AMELOBLASTOMA: CURRENT PERSPECTIVES ON RECURRENCE AND SURGICAL MANAGEMENT – LITERATURE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202503201614
João Victor Pereira¹, Isabela Lopes de Araújo², Mel Torelli Dutra de Souza Freire³, Daniella Guedes de Figueiredo Lopes⁴, Nicolle Carvalho Barbosa⁵, Victória Cardoso Medeiros⁶, Michelle Aparecida de Medeiros Albano⁷, Thaise Batista França⁸, Evellyn Julianne Rodrigues Silva⁹, Camilla Cardoso Barros¹⁰
RESUMO
O ameloblastoma é um tumor odontogênico benigno, porém localmente agressivo, com altas taxas de recorrência quando não tratado adequadamente. O manejo cirúrgico varia desde abordagens conservadoras, como a enucleação e curetagem, até ressecções radicais com margens de segurança ampliadas. Este estudo tem como objetivo revisar a literatura sobre os fatores que influenciam a recorrência do ameloblastoma e avaliar as diferentes estratégias cirúrgicas para o seu controle. Além disso, serão discutidos os avanços na reabilitação funcional e estética dos pacientes submetidos a tratamento cirúrgico. A compreensão dos critérios para a escolha da abordagem mais adequada é essencial para minimizar o risco de recorrência e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Palavras-chave: Ameloblastoma, Recorrência, Cirurgia, Tratamento, Reabilitação.
ABSTRACT
Ameloblastoma is a benign but locally aggressive odontogenic tumor with high recurrence rates when not treated appropriately. Surgical management ranges from conservative approaches, such as enucleation and curettage, to radical resections with wide safety margins. This study aims to review the literature on the factors that influence the recurrence of ameloblastoma and evaluate the different surgical strategies for its control. In addition, advances in functional and aesthetic rehabilitation of patients undergoing surgical treatment will be discussed. Understanding the criteria for choosing the most appropriate approach is essential to minimize the risk of recurrence and improve the quality of life of patients.
Keywords: Ameloblastoma, Recurrence, Surgery, Treatment, Rehabilitation.
INTRODUÇÃO
O ameloblastoma é um tumor odontogênico benigno de origem epitelial, caracterizado por seu crescimento lento, porém localmente agressivo, podendo causar destruição óssea significativa e deformidades faciais. Apesar de não apresentar potencial metastático na maioria dos casos, sua capacidade invasiva e a alta taxa de recorrência após tratamento tornam seu manejo um grande desafio para os cirurgiões. Esse tumor representa aproximadamente 10% das neoplasias odontogênicas e acomete com maior frequência a região posterior da mandíbula, sendo menos comum na maxila. A idade média de diagnóstico varia entre a terceira e a quinta décadas de vida, sem predileção significativa por sexo.
Do ponto de vista clínico e radiográfico, o ameloblastoma pode se apresentar de diferentes formas, sendo classificado em unicístico, multicístico (ou sólido), periférico e desmoplásico. O tipo multicístico é o mais comum e apresenta maior taxa de recorrência, exigindo abordagens cirúrgicas mais amplas para minimizar o risco de recidiva. Já o tipo unicístico, frequentemente diagnosticado em pacientes mais jovens, pode responder a tratamentos mais conservadores, dependendo do padrão histopatológico. O diagnóstico definitivo do ameloblastoma é obtido por meio de exame histopatológico, sendo fundamental a realização de exames de imagem, como tomografia computadorizada, para avaliar a extensão da lesão e seu impacto nas estruturas adjacentes.
O manejo terapêutico do ameloblastoma ainda gera debates na literatura, especialmente no que diz respeito à escolha entre abordagens conservadoras e radicais. O tratamento conservador, que inclui enucleação e curetagem, pode ser indicado para casos de ameloblastoma unicístico ou para pacientes nos quais a preservação da estrutura óssea é uma prioridade. No entanto, esse método está associado a taxas mais altas de recorrência. Em contrapartida, a ressecção segmentar, uma abordagem mais radical, reduz significativamente as chances de recidiva, mas pode resultar em sequelas funcionais e estéticas significativas, tornando necessária a reconstrução com enxertos ósseos ou a utilização de técnicas de engenharia tecidual.
Além do tratamento cirúrgico, a reabilitação dos pacientes é um aspecto crucial do manejo do ameloblastoma. Após a ressecção tumoral, muitos pacientes apresentam deformidades faciais e dificuldades na mastigação, deglutição e fala, o que compromete sua qualidade de vida. A reconstrução óssea, seja por meio de enxertos autógenos, materiais aloplásticos ou técnicas de regeneração óssea guiada, é frequentemente necessária para restaurar a função e a estética. O uso de implantes osseointegrados também pode ser uma alternativa para melhorar a reabilitação protética desses pacientes.
Diante da complexidade no manejo do ameloblastoma e da necessidade de reduzir as taxas de recorrência sem comprometer excessivamente a função e a estética do paciente, torna-se essencial compreender os fatores que influenciam a recidiva da lesão, bem como as estratégias cirúrgicas mais eficazes descritas na literatura atual. Assim, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura sobre o ameloblastoma, abordando suas características clínicas, padrões de recorrência e as abordagens terapêuticas mais indicadas, com ênfase na escolha da melhor estratégia cirúrgica para minimizar a recidiva e otimizar a reabilitação dos pacientes afetados.
MATERIAIS DE MÉTODOS
Para a elaboração deste artigo de revisão sobre ameloblastoma, foi conduzida uma pesquisa bibliográfica abrangente, focando em estudos publicados nos últimos cinco anos (2020-2025). A metodologia adotada envolveu as seguintes etapas:
1. Definição dos Critérios de Inclusão e Exclusão:
- Critérios de Inclusão:
- Artigos publicados entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2025. o Estudos que abordam aspectos clínicos, diagnósticos, terapêuticos e prognósticos do ameloblastoma.
- Publicações em português e inglês.
- Critérios de Exclusão:
- Artigos que não apresentavam revisão por pares. o Estudos com foco exclusivo em tumores odontogênicos não relacionados ao ameloblastoma.
- Publicações que não disponibilizavam o texto completo.
2. Fontes de Dados:
A coleta de dados foi realizada nas seguintes bases de dados eletrônicas:
- PubMed
- SciELO
- Scopus
3. Estratégia de Busca:
Foram utilizados os seguintes descritores e suas combinações:
- “Ameloblastoma”
- “Tratamento do ameloblastoma”
- “Recorrência do ameloblastoma”
- “Cirurgia conservadora no ameloblastoma”
- “Ressecção radical no ameloblastoma”
A busca foi refinada para incluir apenas artigos publicados nos últimos cinco anos.
DISCUSSÃO
O ameloblastoma, apesar de ser um tumor odontogênico benigno, apresenta características biológicas que desafiam seu manejo clínico e cirúrgico. Sua capacidade de infiltração local, a alta taxa de recorrência e o impacto funcional e estético da ressecção tumoral fazem com que o tratamento seja um tema amplamente discutido na literatura. A escolha entre técnicas conservadoras e radicais deve levar em consideração não apenas o controle da doença, mas também a preservação da qualidade de vida do paciente, sendo necessário um equilíbrio entre a eficácia oncológica e a reabilitação funcional.
A recorrência do ameloblastoma continua sendo um dos principais desafios no seu tratamento. Estudos demonstram que a taxa de recorrência varia conforme a abordagem cirúrgica empregada, sendo significativamente maior em técnicas conservadoras. A enucleação e curetagem, frequentemente indicadas para ameloblastomas unicísticos, apresentam taxas de recidiva que podem atingir 55–90%, especialmente quando não há adjuvantes como a aplicação de soluções fixadoras (como Carnoy) ou osteotomias marginais. Por outro lado, a ressecção segmentar, que envolve a remoção da lesão com uma margem de segurança de pelo menos 1 cm de osso sadio, reduz essa taxa para 5–15%, sendo considerada o padrão ouro para casos de ameloblastoma multicístico e variantes agressivas.
A justificativa para a escolha de uma abordagem mais agressiva está na própria histopatologia do tumor. O ameloblastoma frequentemente se infiltra microscopicamente no osso adjacente além dos limites radiográficos visíveis, tornando incompleta a remoção por enucleação. Pequenos focos de células epiteliais remanescentes podem permanecer no local e resultar em recorrência anos após o tratamento. A literatura destaca que a recidiva tende a ocorrer dentro de cinco anos do tratamento inicial, mas casos de recorrência tardia, após dez ou mais anos, também são descritos, reforçando a necessidade de um acompanhamento a longo prazo dos pacientes tratados.
Embora a ressecção segmentar seja mais eficaz na redução da recorrência, essa abordagem resulta em defeitos ósseos significativos, podendo comprometer funções essenciais como mastigação, deglutição e fala. A ressecção mandibular pode levar a uma descontinuidade óssea, resultando em deformidades faciais, dificuldades oclusais e instabilidade da articulação temporomandibular. Por esse motivo, a reconstrução imediata da mandíbula ou maxila tem sido recomendada como parte integrante do tratamento.
As opções de reconstrução óssea incluem enxertos autógenos, como fíbula livre, crista ilíaca e calota craniana, além do uso de materiais aloplásticos, como placas de titânio e próteses customizadas. Estudos recentes apontam que o retalho microvascularizado de fíbula tem se mostrado uma das melhores alternativas, pois permite a instalação de implantes osseointegráveis para a reabilitação protética. Essa abordagem possibilita não apenas a reconstrução da estrutura óssea, mas também a recuperação da função mastigatória e estética do paciente.
Além dos desafios anatômicos, a reabilitação odontológica de pacientes submetidos à ressecção de ameloblastoma exige planejamento multidisciplinar. A instalação de implantes dentários em áreas reconstruídas pode ser um desafio, pois a qualidade do osso enxertado pode influenciar na taxa de sucesso da osseointegração. Técnicas como regeneração óssea guiada e uso de fatores de crescimento, como PRF (Fibrina Rica em Plaquetas), têm sido exploradas para melhorar a integração dos enxertos e otimizar os resultados da reabilitação protética.
O subtipo histológico do ameloblastoma desempenha um papel fundamental na decisão terapêutica. O ameloblastoma multicístico ou sólido é o mais agressivo e apresenta maior propensão à recorrência, justificando a necessidade de ressecções amplas. O ameloblastoma unicístico, por outro lado, pode apresentar diferentes padrões histológicos, sendo que as variantes luminal e intraluminal têm melhor prognóstico e podem ser tratadas de forma conservadora. No entanto, quando há um padrão mural invasivo, a taxa de recorrência se assemelha à do tipo multicístico, e uma abordagem mais radical deve ser considerada.
O ameloblastoma desmoplásico, uma variante rara, também merece atenção especial, pois apresenta um padrão de crescimento mais infiltrativo, tornando a delimitação cirúrgica mais difícil. Estudos sugerem que, apesar de sua menor frequência, essa variante pode ter uma taxa de recorrência maior quando tratada de forma conservadora.
Com o avanço da biologia molecular, novas estratégias terapêuticas têm sido investigadas para o manejo do ameloblastoma. Estudos recentes identificaram mutações na via Hedgehog, especialmente no gene SMO, em alguns subtipos do tumor, sugerindo que inibidores dessa via, como o Vismodegib, podem representar uma alternativa terapêutica no futuro. Outras pesquisas indicam o envolvimento das vias MAPK/ERK, abrindo espaço para terapias-alvo específicas que poderiam reduzir a necessidade de ressecções radicais.
Além disso, o uso de laser de alta potência e terapia fotodinâmica tem sido estudado como terapia adjuvante, especialmente para reduzir células tumorais residuais após cirurgias conservadoras. No entanto, essas abordagens ainda estão em fase experimental e requerem estudos clínicos mais amplos para validar sua eficácia.
Dado o potencial de recorrência tardia do ameloblastoma, a necessidade de acompanhamento prolongado é enfatizada na literatura. Pacientes tratados devem ser monitorados com exames clínicos e de imagem periódicos, como tomografias computadorizadas, por pelo menos dez anos após a cirurgia. O intervalo de acompanhamento pode ser mais frequente nos primeiros cinco anos e progressivamente espaçado a depender da estabilidade do quadro clínico.
A adesão ao acompanhamento é essencial para a detecção precoce de recidivas, permitindo intervenções mais conservadoras quando possível. Além disso, a orientação dos pacientes sobre os sinais clínicos sugestivos de recorrência, como aumento de volume na região operada, é fundamental para o diagnóstico precoce e sucesso terapêutico.
A escolha do tratamento para o ameloblastoma deve ser baseada em uma avaliação criteriosa do tipo de lesão, extensão da infiltração óssea e impacto funcional e estético da cirurgia. Enquanto as ressecções radicais oferecem maior segurança oncológica, a morbidade associada reforça a importância do desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas, incluindo abordagens conservadoras aprimoradas e terapias adjuvantes.
O presente estudo reforça que a abordagem multidisciplinar, envolvendo cirurgiões bucomaxilofaciais, especialistas em prótese e implantodontia, fisioterapeutas e psicólogos, é essencial para otimizar os resultados pós-tratamento. Novas pesquisas, especialmente sobre terapias-alvo e engenharia tecidual, podem contribuir para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes tratados para ameloblastoma.
RESULTADOS
O ameloblastoma, apesar de sua natureza benigna, continua sendo um desafio clínico devido à sua alta taxa de recorrência e comportamento localmente invasivo. A escolha do tratamento ideal deve levar em consideração fatores como subtipo histológico, extensão da lesão, impacto funcional e estético da abordagem cirúrgica e a possibilidade de reconstrução óssea.
A literatura recente reforça que a ressecção segmentar com margens de segurança reduz significativamente a recorrência em comparação com técnicas conservadoras, como enucleação e curetagem. No entanto, a morbidade associada às ressecções amplas exige um planejamento multidisciplinar para otimizar a reabilitação do paciente, incluindo o uso de enxertos ósseos microvascularizados e implantes osseointegráveis.
O avanço das pesquisas sobre terapias-alvo, como os inibidores da via Hedgehog, e novas abordagens de engenharia tecidual abrem perspectivas promissoras para o futuro, possibilitando alternativas menos invasivas e mais eficazes. Além disso, a necessidade de um acompanhamento a longo prazo é enfatizada, considerando que as recidivas podem ocorrer anos após o tratamento inicial.
Dessa forma, o manejo do ameloblastoma deve ser individualizado, equilibrando a necessidade de erradicação tumoral com a preservação da função e estética do paciente. Estudos futuros são essenciais para explorar novas abordagens terapêuticas e aprimorar os protocolos de tratamento, visando melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes afetados por essa patologia.
CONCLUSÃO
O ameloblastoma continua sendo uma das neoplasias odontogênicas mais desafiadoras em termos de diagnóstico, tratamento e prognóstico devido à sua natureza localmente agressiva e alta taxa de recorrência. A análise da literatura atual revela que o manejo do ameloblastoma exige uma abordagem personalizada, considerando o subtipo histológico, a localização da lesão e a saúde geral do paciente. Embora as opções de tratamento, como ressecção cirúrgica ampla, têm se mostrado eficazes, a escolha da abordagem terapêutica deve ser cuidadosamente planejada para minimizar as sequelas funcionais e estéticas, além de garantir a erradicação da neoplasia.
Avanços em técnicas de diagnóstico, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, têm melhorado a capacidade de determinar a extensão da lesão, facilitando um planejamento cirúrgico mais preciso. Além disso, novas abordagens terapêuticas, como a utilização de terapias adjuvantes e a pesquisa sobre biomarcadores genéticos, estão oferecendo perspectivas promissoras para um manejo mais eficaz e menos invasivo.
A recorrência permanece como um dos maiores desafios, especialmente em casos de lesões mais agressivas, o que destaca a importância do acompanhamento rigoroso pós-operatório. A literatura revisada enfatiza a necessidade de uma abordagem multidisciplinar, envolvendo cirurgiões, patologistas, radiologistas e outros profissionais da saúde, para garantir um tratamento eficaz e o melhor prognóstico para os pacientes.
Portanto, embora progressos significativos tenham sido feitos no entendimento e tratamento do ameloblastoma, a pesquisa contínua e a inovação em técnicas terapêuticas são essenciais para aprimorar os resultados clínicos e reduzir as taxas de recorrência
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