REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202503102110
Yngrid Nathália Ramos de Queiroz1; Sofia Costa Celino1; Síntique Arruda Borba Santiago Guimarães1; Marina Nepomuceno Targino Arruda1; Igor Alves Correia Lima de Aquino1; Bárbara Pontes de Carvalho1; Lorena Silveira Rabello de Oliveira1; Beatriz Barbosa de Andrade1; Therezza Virgínia Vital Freire1; Ana Karoline Feitosa Gomes Neves1; Italo Costa Mota1; Geissiane dos Santos Matias1; Luana Bento Herculano1; Maria Victoria Araújo Rafael2; Felipe Germano Monteiro Leite3
Resumo
Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma das principais causas de morbimortalidade tanto no Brasil quanto globalmente, com impacto significativo na qualidade de vida dos indivíduos e elevado custo para os sistemas de saúde. O objetivo deste estudo foi analisar a mortalidade por AVE na Região Nordeste do Brasil no período de 2020 a 2024, investigando as variações entre os estados, faixas etárias, gêneros e grupos raciais. A pesquisa foi conduzida com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), com a exclusão de registros incompletos, e seguiu as diretrizes éticas estabelecidas. Os resultados indicaram que a taxa de mortalidade por AVE na Paraíba foi inferior à média da região, com os estados da Bahia e Pernambuco apresentando os maiores índices absolutos de óbitos. A faixa etária mais afetada foi a de 60 a 79 anos, com predominância de óbitos entre homens e indivíduos de raça parda. Os achados do estudo ressaltaram a necessidade urgente de estratégias de prevenção eficazes, da ampliação do acesso ao tratamento especializado e da melhoria da infraestrutura hospitalar, visando à redução da mortalidade associada ao AVE.
Descritores: Acidente Cerebral Vascular; Morbidade; Epidemiologia; Saúde Pública.
Abstract
Cerebrovascular Event (CVE) is one of the leading causes of morbidity and mortality both in Brazil and globally, significantly impacting individuals’ quality of life and imposing high costs on healthcare systems. The objective of this study was to analyze CVE mortality in the Northeast Region of Brazil from 2020 to 2024, investigating variations across states, age groups, genders, and racial groups. The research was conducted using data from the Department of Informatics of the Unified Health System (DATASUS), excluding incomplete records, and adhered to established ethical guidelines. The results indicated that the mortality rate for CVE in Paraíba was lower than the regional average, with the states of Bahia and Pernambuco recording the highest absolute numbers of deaths. The most affected age group was 60 to 79 years, with a predominance of deaths among men and individuals of mixed-race descent. The findings highlighted the urgent need for effective prevention strategies, increased access to specialized treatment, and improvements in hospital infrastructure to reduce CVE-related mortality.
Keywords: Stroke; Morbidity; Epidemiology; Public Health Surveillance.
1. INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morbimortalidade no mundo, sendo responsável por elevados índices de incapacidade funcional e onerando significativamente os sistemas de saúde (Brasil, 2023). Trata-se de um evento neurológico agudo decorrente de alterações na circulação cerebral, as quais resultam em perda de função neuronal de gravidade variável, a depender da extensão e da localização da lesão (Silva, Andrade, 2024).
No Brasil, o AVC representa a segunda principal causa de óbito e se destaca como um dos agravos de maior impacto socioeconômico, devido à necessidade de reabilitação prolongada e ao comprometimento da qualidade de vida dos pacientes acometidos (Brasil, 2023).
Além do impacto individual, o AVC repercute diretamente sobre o contexto familiar e social, visto que suas sequelas motoras e cognitivas frequentemente demandam suporte assistencial permanente. Assim, a adoção de estratégias de prevenção primária e secundária, aliadas à implementação de protocolos assistenciais baseados em evidências científicas atualizadas, torna-se essencial para a redução da morbimortalidade associadas ao AVC (Santos et al., 2022).
O impacto do AVC estende-se além do indivíduo acometido, influenciando diretamente o contexto familiar e social, uma vez que as sequelas motoras e cognitivas frequentemente demandam suporte constante. Dessa forma, torna-se imprescindível a adoção de estratégias de prevenção primária e secundária, bem como a implementação de protocolos assistenciais baseados em evidências científicas atualizadas, garantindo maior efetividade na abordagem terapêutica e na recuperação funcional dos pacientes (Santos et al., 2022).
Diante do exposto, o presente estudo teve como objetivo analisar a mortalidade por AVE na Região Nordeste do Brasil no período de 2020 a 2024, investigando as variações entre os estados, faixas etárias, gêneros e grupos raciais.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Definição e classificação do Acidente Vascular Cerebral (AVC)
O AVC é definido como uma síndrome neurológica de instalação abrupta, resultante de alterações na perfusão cerebral que provocam danos ao tecido encefálico (Brasil, 2023). Classificam-se em dois tipos principais: isquêmico e hemorrágico. O AVC isquêmico, que corresponde a aproximadamente 85% dos casos, ocorre devido à obstrução de um vaso sanguíneo cerebral, levando à isquemia e à perda neuronal. O AVC hemorrágico resulta do rompimento de uma artéria intracraniana, ocasionando extravasamento sanguíneo para o parênquima cerebral ou para o espaço subaracnóideo, podendo gerar edema cerebral e aumento da pressão intracraniana (Minelli et al., 2022).
2.2 Fatores de risco e prevenção do Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Diversos fatores de risco estão associados ao desenvolvimento do AVC, destacando-se hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia, tabagismo, obesidade, sedentarismo e doenças cardiovasculares subjacentes (Ducci et al., 2022). A prevenção primária baseia-se no controle desses fatores por meio de mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas e adesão a terapias medicamentosas, quando indicadas (Rocha et al., 2024).
2.3 Diagnóstico e manejo clínico para o do Acidente Vascular Cerebral (AVC)
O diagnóstico precoce do AVC é determinante para a implementação de intervenções terapêuticas eficazes, reduzindo sequelas e taxas de mortalidade (Brasil, 2023). A avaliação inicial deve ser rápida, utilizando escalas validadas, como a Escala de AVC do National Institutes of Health (NIHSS). Exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, são essenciais para diferenciar AVC isquêmico de hemorrágico e definir a conduta terapêutica adequada (Silva; Andrade, 2024).
O tratamento do AVC isquêmico pode envolver trombolíticos, como alteplase, administrados dentro da janela terapêutica recomendada. Ademais, a trombectomia mecânica é indicada em casos de oclusão de grandes vasos. No AVC hemorrágico, a conduta baseia-se no controle da pressão arterial, monitoramento da pressão intracraniana e, em casos selecionados, intervenção neurocirúrgica para remoção do hematoma (Santos et al., 2022).
2.4 Reabilitação e qualidade de vida
A reabilitação precoce é essencial para a recuperação funcional, reduzindo sequelas permanentes e promovendo melhor qualidade de vida aos pacientes (Minelli et al., 2022). Programas de reabilitação multidisciplinar, envolvendo fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e suporte psicossocial, demonstram impacto positivo na reintegração social e na autonomia funcional dos pacientes.
2.5 Protocolos e diretrizes para o manejo do Acidente Vascular Cerebral (AVC)
A implementação de diretrizes baseadas em evidências é fundamental para a padronização do atendimento ao paciente com AVC, garantindo maior segurança e eficiência terapêutica. Protocolos estabelecidos abrangem desde a identificação precoce até o manejo hospitalar e a reabilitação, contribuindo para melhores desfechos clínicos e redução da carga da doença sobre os sistemas de saúde (Brasil, 2023).
3. METODOLOGIA
Tratou-se de um estudo epidemiológico descritivo e retrospectivo do perfil da mortalidade por Acidente Vascular Encefálico (AVE) na Região Nordeste do Brasil no período de 2020 a 2024. Os dados foram obtidos a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), utilizando o programa TabNet, e referem-se a hospitalizações registradas nas Autorizações de Internação Hospitalar (AIH).
Para garantir a qualidade e a confiabilidade das informações analisadas, foram excluídos os registros incompletos. A extração dos dados foi realizada por meio do software Tabwin e posteriormente convertida para arquivos compatíveis com o Microsoft Excel, possibilitando um tratamento e análise mais detalhados.
A pesquisa dispensou a necessidade de aprovação por Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), uma vez que os dados utilizados são de domínio público, disponibilizados de forma agregada por estados e municípios, sem qualquer identificação individual. Dessa forma, o estudo está em conformidade com os princípios éticos estabelecidos pela Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde (CNS, 2012), não representando risco de danos físicos, morais ou sociais aos indivíduos.
Foram analisadas variáveis epidemiológicas como gênero, faixa etária, raça número de óbitos por ano e taxa de mortalidade, possibilitando uma compreensão abrangente do impacto do AVE na população nordestina ao longo do período estudado.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise da mortalidade por AVE na região Nordeste entre 2020 e 2024 demonstrou variações significativas nos índices de óbito, com diferenças expressivas entre estados, faixas etárias, gênero e raça. Os achados ressaltaram a importância da distribuição equitativa de recursos em saúde e a necessidade de estratégias eficazes de prevenção e tratamento do AVE na região.
Os dados indicaram que a Bahia foi o estado que apresentou a maior taxa de mortalidade por AVE no período analisado (Figura 1).

Figura 1: Número de óbitos por AVE, registrados na região Nordeste no período de 2020-2024.
Fonte: DATASUS, 2025.
A Figura 2 apresenta a estratificação dos óbitos de AVE na região Nordeste, por etária, sendo notável que o número aumentou com a idade.

Figura 2: Número de óbitos por AVE, por faixa etária de adultos no Nordeste, no período de 2020-2024.
Fonte: DATASUS, 2025.
Analisando os dados do estado da Paraíba, os óbitos aumentaram progressivamente com a idade, sendo mais expressivos na faixa etária de 70 a 79 anos, seguida pelo grupo de 60 a 69 anos (Figura 3).

Figura 3: Número de óbitos por AVE, por faixa etária de adultos na Paraíba, no período de 2020-2024.
Fonte: DATASUS, 2025.
Esse padrão reforça achados prévios que apontam a idade avançada como um dos principais fatores de risco para AVE, uma vez que o envelhecimento está associado a um aumento da rigidez arterial, disfunção endotelial e maior propensão a eventos trombóticos (Amaral et al., 2022). Além disso, idosos frequentemente apresentam multimorbidades, como hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, que potencializam o risco de eventos cerebrovasculares fatais (Gomes et al., 2021).
Por outro lado, a mortalidade entre indivíduos jovens (20 a 39 anos) é consideravelmente menor, embora tenha sido identificada uma incidência crescente de óbitos em faixas etárias mais baixas. Esse fenômeno pode estar associado a fatores como aumento do sedentarismo, obesidade, uso de substâncias ilícitas e patologias cardiovasculares não diagnosticadas precocemente (Silva; Lima, 2021).
A análise da mortalidade por raça revelou disparidades significativas tanto na região Nordeste (Figura 4). O maior número absoluto de óbitos foi registrado entre indivíduos pardos, seguidos pelos pretos e brancos. A população indígena e amarela apresentou menor número de mortes, embora seja relevante considerar possíveis subnotificações nessas categorias.

Figura 4: Número de óbitos por AVE dividido por raça, na região Nordeste, no período de 2020-2024.
Fonte: DATASUS, 2025.
Esses achados corroboraram com pesquisas anteriores que apontaram que fatores socioeconômicos e menor acesso aos serviços de saúde especializados podem impactar negativamente os desfechos clínicos dos pacientes negros e pardos (Oliveira et al., 2020). Estudos indicaram que populações de menor nível socioeconômico enfrentam barreiras adicionais ao atendimento, incluindo menor disponibilidade de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e atrasos no tratamento trombolítico (Freitas et al., 2021).
A mortalidade por AVE estratificada por gênero indicou uma prevalência maior de óbitos entre os homens em relação às mulheres (Figura 5). Esse padrão epidemiológico segundo Souza e Carvalho (2022) é sustentado por evidências que o gênero masculino apresenta maior propensão a fatores de risco modificáveis, como tabagismo, consumo excessivo de álcool e menor adesão a terapias preventivas.

Figura 5: Número de óbitos por AVE dividido por gênero, na região Nordeste, no período de 2020-2024.
Fonte: DATASUS, 2025.
Contudo, é importante destacar que, embora os homens apresentem maior número de óbitos absolutos, as mulheres tendem a apresentar piores desfechos funcionais após um evento cerebrovascular, devido à maior incidência de AVE isquêmico extenso e idade avançada no momento da hospitalização (Machado; Almeida, 2021).
A mortalidade por AVE na região Nordeste manteve-se elevada ao longo do período analisado, sem reduções significativas, o que sugere desafios persistentes no acesso e na qualidade do atendimento hospitalar.
A estabilidade dos índices de mortalidade nos anos subsequentes indica que as estratégias de prevenção e tratamento precisam ser aprimoradas, especialmente em estados com maior incidência de óbitos. Medidas como a ampliação de unidades especializadas, fortalecimento do atendimento pré-hospitalar e campanhas de conscientização populacional sobre os fatores de risco e sintomas do AVE são essenciais para modificar esse panorama (Brasil, 2023).
6. CONCLUSÃO
Os dados analisados evidenciaram que a mortalidade por AVE na região Nordeste mantém padrões preocupantes, com prevalência em idosos, sendo maior incidência entre homens e significativa disparidade racial. Estados como Bahia e Pernambuco registram os maiores números absolutos de óbitos, enquanto a Paraíba apresenta taxas relativamente menores. A relação entre idade e mortalidade por AVE reforça a necessidade de monitoramento contínuo e estratégias de prevenção específicas para a população idosa, incluindo controle rigoroso de fatores de risco como hipertensão e diabetes. As disparidades raciais observadas exigem políticas públicas voltadas à equidade no acesso ao tratamento, garantindo que populações vulneráveis tenham atendimento oportuno e eficaz.
A persistência de altas taxas de mortalidade ao longo dos anos analisados sugere que medidas adicionais devem ser implementadas para reduzir a letalidade do AVE na região Nordeste. O investimento em infraestrutura hospitalar, ampliação do acesso ao atendimento especializado e fortalecimento das ações de prevenção são fundamentais para reverter esse quadro e melhorar os prognósticos dos pacientes acometidos por AVE.
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1Discentes do Curso de Medicina. Centro Universitário Facisa;
2Médica. Centro Universitário Facisa;
3Médico. Centro Universitário Facisa