ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE AOS FATORES DE RISCO DA PRÉ-ECLÂMPSIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10202502282322


Rodrigo De Aguiar Santos Batista1 / Hyashila Souza Silva Batista2 / Vitória Mendes Rosa3 / Eduardo Carvalho Marques de Oliveira4 / Ellen Silva de Lima5 / Alana Karoline de Lemos Lima6 / Nayssa dos Santos Silva7 / Jessyane Mayara Sousa de Carvalho8 / Roger Christian Maciel Reis9 / Rita de Cassia dos Santos10 / Antonia da Conceição Silva11 / Júlia Sousa Ribeiro12 / Orientadoras: Prof.ª Ma. Naylanny Gonçalves Torres Cunha13 / Ana Cláudia de Almeida Varão14 / Andressa Arraes Silva15


RESUMO

INTRODUÇÃO: A pré-eclâmpsia é uma complicação gestacional que contribui significativamente para a morbimortalidade materna e perinatal, caracterizada por hipertensão e disfunção orgânica. Fatores de risco incluem má placentação, doenças crônicas e idade avançada. A assistência de enfermagem, com monitoramento da pressão arterial e avaliação de proteinúria, é essencial para prevenir complicações graves. A identificação precoce e o manejo adequado podem reduzir os índices de mortalidade materna e melhorar os desfechos gestacionais, especialmente em países em desenvolvimento. Por isso, este trabalho tem por objetivo identificar as principais estratégias de assistência de enfermagem para manejar os fatores de risco da pré-eclâmpsia, visando melhorar os desfechos materno-fetais. MÉTODO: Optou-se por uma revisão bibliográfica descritiva e exploratória, com o objetivo de reunir e interpretar as principais estratégias de enfermagem para o manejo dos fatores de risco da pré-eclâmpsia. A busca foi realizada nas bases PubMed, BVS e Scopus, além do auxílio da Inteligência Artificial “Research Rabbit”. Os descritores utilizados foram: “Pré-eclâmpsia”, “Fatores de Risco” e “Enfermagem”. RESULTADOS: A revisão destacou estratégias-chave de enfermagem para o manejo dos fatores de risco da pré-eclâmpsia. O pré-natal completo e humanizado, com acompanhamento contínuo e personalizado, é fundamental para uma abordagem eficaz. A educação em saúde, focada na conscientização sobre os sinais da doença e na adesão ao tratamento médico, também é destacada. A triagem precoce e o diagnóstico oportuno são essenciais para a implementação de medidas preventivas e terapêuticas. A prática de acompanhamento multidisciplinar, com a colaboração de diferentes profissionais de saúde, garante um cuidado integral e eficaz. O monitoramento regular da pressão arterial se mostrou crucial para detectar precocemente a hipertensão gestacional. Além disso, a capacitação contínua da equipe de enfermagem é vital para garantir a qualidade da assistência. As estratégias de mudanças de comportamento, com foco em hábitos saudáveis e adesão ao tratamento, demonstraram ser fundamentais para reduzir os riscos da pré-eclâmpsia e melhorar os desfechos materno-fetais. CONCLUSÃO: A pesquisa evidenciou a importância das estratégias de enfermagem no manejo dos fatores de risco da pré-eclâmpsia, como o pré-natal humanizado, a triagem precoce e o acompanhamento multidisciplinar. Essas práticas ajudam a reduzir complicações e melhorar os desfechos materno-fetais. A capacitação contínua dos profissionais de enfermagem e o monitoramento da pressão arterial são essenciais para a prevenção. A atuação do enfermeiro, baseada em protocolos científicos e com empatia, é crucial para garantir uma assistência segura e eficaz, destacando a necessidade de políticas públicas que assegurem um cuidado adequado durante o pré-natal.

Palavras-chave: enfermagem; fatores de risco; pré-eclâmpsia.

ABSTRACT

INTRODUCTION: Pre-eclampsia is a gestational complication that contributes significantly to maternal and perinatal morbidity and mortality, characterised by hypertension and organ dysfunction. Risk factors include poor placentation, chronic diseases and advanced age. Nursing care, with blood pressure monitoring and proteinuria assessment, is essential to prevent serious complications. Early identification and appropriate management can reduce maternal mortality rates and improve gestational outcomes, especially in developing countries. This study therefore aims to identify the main nursing care strategies for managing pre-eclampsia risk factors in order to improve maternal-fetal outcomes. METHOD: We opted for a descriptive and exploratory literature review with the aim of gathering and interpreting the main nursing strategies for managing pre-eclampsia risk factors. The search was carried out on the PubMed, VHL and Scopus databases, with the help of the Artificial Intelligence ‘Research Rabbit’. The descriptors used were: ‘Pre-eclampsia’, ‘Risk Factors’ and ‘Nursing’. RESULTS: The review highlighted key nursing strategies for managing pre-eclampsia risk factors. Complete and humanised prenatal care, with continuous and personalised monitoring, is fundamental for an effective approach. Health education, focused on raising awareness of the signs of the disease and adherence to medical treatment, is also emphasised. Early screening and timely diagnosis are essential for implementing preventive and therapeutic measures. The practice of multidisciplinary follow-up, with the collaboration of different health professionals, guarantees comprehensive and effective care. Regular blood pressure monitoring has proved crucial for the early detection of gestational hypertension. In addition, continuous training of the nursing team is vital to guarantee quality care. Behaviour change strategies, with a focus on healthy habits and adherence to treatment, have proved to be fundamental in reducing the risk of pre-eclampsia and improving maternal-fetal outcomes. CONCLUSION: The research highlighted the importance of nursing strategies in the management of pre-eclampsia risk factors, such as humanised prenatal care, early screening and multidisciplinary follow-up. These practices help to reduce complications and improve maternal-fetal outcomes. Continuous training of nursing professionals and blood pressure monitoring are essential for prevention. Nurses’ actions, based on scientific protocols and with empathy, are crucial to guaranteeing safe and effective care, highlighting the need for public policies that ensure adequate care during prenatal care

Keywords: nursing; risk factors; pre-eclampsia.

1 INTRODUÇÃO

A pré-eclâmpsia é uma complicação gestacional caracterizada pela hipertensão e disfunção orgânica, sendo uma das principais causas de morbimortalidade materna e perinatal em todo o mundo. No Brasil, estima-se que entre 5% e 7% das gestantes evoluem ao óbito em decorrência dessa condição. Estudos realizados na América Latina indicam que a pré-eclâmpsia é responsável por aproximadamente 25% das mortes maternas na região, representando um grande desafio para os sistemas de saúde devido à alta demanda por intervenções obstétricas emergenciais, especialmente em países da América Latina e Caribe, incluindo o Brasil (Melo et al., 2009).

A compreensão dessa condição evoluiu ao longo dos séculos. Hipócrates já mencionava sintomas como cefaleia e convulsões em gestantes. Entretanto, apenas no século XIX a relação entre hipertensão e proteinúria passou a ser observada na literatura médica. No século XX, a pré-eclâmpsia foi reconhecida como uma doença multifatorial, envolvendo alterações placentárias, inflamatórias e imunológicas, consolidando-se como uma das principais causas de morbimortalidade materna e perinatal (Bell, 2010).

Embora sua etiologia ainda não seja completamente elucidada, a teoria da “má placentação” é amplamente aceita. Segundo essa teoria, defeitos na invasão trofoblástica levam a lesões endoteliais e espasticidade vascular, associadas a fatores como resistência à insulina, inflamação, hipercoagulabilidade e hiperlipidemia. Fatores de risco incluem primiparidade, estado nutricional pré-gestacional, dietas hipoprotéicas, obesidade, doenças crônicas, histórico de pré-eclâmpsia, idade reprodutiva elevada, baixa escolaridade e condições socioeconômicas. A pré-eclâmpsia acomete entre 2% e 8% das gestantes (Silva et al., 2022; Melo et al., 2009).

Casos graves podem evoluir para eclâmpsia, manifestando-se com edema pulmonar, síndrome HELLP (Hemólise, Elevação das Enzimas Hepáticas e Plaquetopenia) e insuficiência renal. Sintomas de alerta incluem cefaleia, aumento da pressão arterial, alterações visuais e dor abdominal, sendo comum a necessidade de internação em Unidades de Terapia Intensiva Obstétrica (UTIO) (Silva et al., 2022).

A ausência de assistência adequada agrava o quadro e eleva os índices de mortalidade materna. Em países desenvolvidos, a incidência permanece alta, reforçando a necessidade de intervenções efetivas e preventivas durante o pré-natal (Campos et al., 2023; Melo et al., 2009). A mortalidade materna é considerada o principal indicador da saúde feminina e reflete a qualidade da gestão de políticas públicas, uma vez que 99% das mortes maternas por causas evitáveis ocorrem em países em desenvolvimento (Silva et al., 2022).

Em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), incluindo a meta de reduzir a razão de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos até 2030. Apesar disso, as síndromes hipertensivas continuam a ser uma das principais causas de morbimortalidade materna, especialmente em países em desenvolvimento (Brasil, 2022).

Os cuidados de enfermagem desempenham um papel crucial na redução das complicações da pré-eclâmpsia. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) possibilita um acompanhamento sistemático e individualizado, abrangendo ações como monitoramento da pressão arterial, avaliação de proteinúria, identificação precoce de sinais clínicos de complicações e orientações sobre repouso e autoavaliação dos movimentos fetais (Luz et al., 2024; Santana et al., 2019).

A pré-eclâmpsia faz parte das síndromes hipertensivas da gravidez (SHG), sendo definida por pressão arterial sistólica ≥ 140 mmHg, diastólica ≥ 90 mmHg e proteinúria ≥ 300 mg em 24 horas, com surgimento após a 20ª semana de gestação. Essa condição pode levar a danos em órgãos-alvo e apresenta impacto significativo nos desfechos gestacionais, incluindo restrição de crescimento fetal e alterações no fluxo uteroplacentário (Peraçoli et al., 2019; Coelho; Siqueira, 2022).

No Brasil, as síndromes hipertensivas afetam entre 5% e 10% das gestações e são responsáveis por até 90% das internações em UTIs obstétricas devido ao agravamento da hipertensão gestacional. Dados do DATASUS (Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde) apontam que, em 2021, essas condições resultaram na morte de 40.166 mulheres, evidenciando seu impacto na saúde materna (Brasil, 2021; Abrahão et al., 2020).

Apesar dos avanços no manejo obstétrico, os índices de mortalidade materna permanecem elevados, especialmente em países em desenvolvimento. Muitas dessas mortes poderiam ser evitadas com um pré-natal de qualidade, capaz de identificar precocemente sinais e sintomas e prevenir complicações (Silva et al., 2021).

Dessa forma, os fatores de risco associados à pré-eclâmpsia representam um desafio significativo para a assistência de enfermagem, exigindo intervenções baseadas em evidências para prevenir complicações e melhorar os desfechos materno-fetais. Este estudo tem como objetivo identificar as principais estratégias de assistência de enfermagem direcionadas ao manejo desses fatores, considerando sua relevância no contexto do pré-natal e da promoção da saúde materna e fetal. A sistematização de cuidados permite uma abordagem proativa, fundamentada na educação em saúde, no monitoramento contínuo e na identificação precoce de sinais e sintomas de agravamento, contribuindo para a redução de morbimortalidade associada à pré-eclâmpsia.

Participar do projeto de extensão com gestantes “Cuidando de quem cuida: Promoção de práticas educativas em saúde para gestantes na atenção básica”, possibilitou observar a importância da educação em saúde e da promoção de práticas preventivas, especialmente no que se refere à pré-eclâmpsia, motivando, assim, o interesse pela temática. Além disso, a questão norteadora desta pesquisa é: quais são as estratégias de assistência de enfermagem utilizadas no manejo dos fatores de risco da pré-eclâmpsia em gestantes?

Este estudo tem como objetivo geral identificar as principais estratégias de assistência de enfermagem para manejar os fatores de risco da pré-eclâmpsia, visando melhorar os desfechos materno-fetais. Para atingir esse propósito, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: buscar na literatura as evidências a respeito das práticas de enfermagem que contribuem para a detecção precoce e o manejo da pré-eclâmpsia; discutir os principais fatores de risco relacionados ao desenvolvimento da pré-eclâmpsia em gestantes atendidas na atenção básica; e descrever como a intervenção da enfermagem pode influenciar de forma positiva os resultados de saúde materno-fetais em gestantes com risco de desenvolver a condição.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 O pré-natal e sua importância

O Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN), instituído pelo Ministério da Saúde (MS) por meio da Portaria GM nº 569/2000, busca adotar medidas que assegurem a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência durante o parto, puerpério e cuidado neonatal. Entre as metas do programa, destacam-se a humanização do atendimento e a promoção de um cuidado integral à saúde da gestante e do recém-nascido (Peixoto, 2014).

A Atenção Primária à Saúde (APS) é reconhecida como um local estratégico para a realização de pré-natal de baixo risco, assegurando um acompanhamento de qualidade. No contexto brasileiro, a APS segue as diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), atribuindo à equipe de saúde a responsabilidade de acolher e atender gestantes e crianças. Suas ações incluem prevenir doenças, promover saúde e tratar agravos que possam surgir durante a gestação, o puerpério e nos cuidados com a criança. Nesse sentido, a integração e a colaboração entre os profissionais de saúde permitem uma abordagem mais abrangente nas práticas de acompanhamento pré-natal, favorecendo um cuidado integral e ampliando a capacidade de resolver demandas (Marques et al., 2021).

É preconizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tendo a Unidade Básica de Saúde (UBS) como porta de entrada preferencial ao sistema de saúde e ponto de atenção estratégico para acompanhamento de forma contínua da gestação. A Estratégia Saúde da Família (ESF) é a proposta principal para organizar e referenciar os modelos de cuidados e práticas no tocante da atenção primária (Nascimento et al., 2021, p. 2).

O Ministério da Saúde, visando qualificar as Redes de Atenção Materno-Infantil em todo o Brasil e reduzir a taxa de morbimortalidade materno-infantil, instituiu a Rede Cegonha. Esta iniciativa contempla mudanças no processo de cuidado à gravidez, ao parto e ao nascimento; articulação dos pontos de atenção em rede e regulação obstétrica no momento do parto; qualificação técnica das equipes de atenção primária e das maternidades; melhoria da ambiência dos serviços de saúde; ampliação de serviços e profissionais para estimular o parto fisiológico; e humanização do parto e do nascimento, por meio de estruturas como Casa de Parto Normal, enfermeiras obstétricas, parteiras, e Casa da Mãe e do Bebê (Brasil, 2013).

Tratando-se do componente Pré-natal da Rede Cegonha, são incluídos, minimamente, os seguintes profissionais: enfermeiro, técnico de enfermagem, médico, cirurgião-dentista e, no caso das Estratégias Saúde da Família (ESF), o agente comunitário da saúde. No entanto, podem ser incluídos outros profissionais, como terapeutas ocupacionais, nutricionistas e fisioterapeutas (Cei et al., 2019, p. 2).

O pré-natal representa uma janela de oportunidade para que o sistema de saúde atue integralmente na promoção e, muitas vezes, na recuperação da saúde das mulheres. Dessa forma, a atenção prestada deve ser qualificada, humanizada e hierarquizada de acordo com o risco gestacional (Brasil, 2022, p.11).

Durante a gravidez as alterações fisiológicas, sejam sutis ou marcantes, configuram entre as transformações mais significativas do corpo humano, gerando, na maioria das vezes, medos, dúvidas, angústias e curiosidades. Esses sentimentos precisam ser devidamente compartilhados com profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, no acompanhamento pré-natal, pois eles oferecem suporte emocional e técnico essencial nesse momento de tantas mudanças (Silva et al., 2019).

Com isso, o pré-natal é a principal ferramenta de acompanhamento da saúde materna e fetal, incluindo um conjunto de procedimentos clínicos e educativos para prevenir complicações e identificar precocemente condições que possam trazer riscos à gestação. Além disso, permite o diagnóstico e o tratamento de problemas que podem surgir nesse período. Para isso, o pré-natal deve incluir, no mínimo, seis consultas: uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro trimestre. Esse cuidado deve ser realizado de forma holística, humanizada e interdisciplinar, garantindo o suporte necessário para cada gestante (Cá et al., 2022).

O Ministério da Saúde define que, na primeira consulta de pré-natal, devem ser dadas à gestante todas as orientações necessárias para uma gestação saudável, de modo a facilitar sua adesão às condutas e intervenções prescritas, sendo que o sucesso nas orientações é primordial para a adesão da gestante às próximas consultas de pré-natal (Brasil, 2013).

Todas as orientações fornecidas pelos profissionais de saúde às gestantes durante o acompanhamento pré-natal são parte importante nesse processo de cuidado (Marques et al., 2021).

Dessa forma, o enfermeiro é o profissional fundamental para efetuar um pré-natal qualificado, pois traça estratégias de promoção à saúde, prevenção e humanização juntamente com a gestante e a família, cuidando das necessidades identificadas e proporcionando à gestante a resolução desse parto, orientando-a aos cuidados com o recém-nascido, orientando e encaminhando para serviços de saúde da criança para cuidados no puerpério saudável e eficaz (Ferreira et al., 2021).

2.2 Fatores de risco da pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é definida como uma doença multissistêmica, caracterizada pela combinação da pressão arterial (PA) elevada (PA sistólica ≥140mmHg ou PA diastólica ≥90 mmHg), identificada pela primeira vez após 20 semanas de gestação, associada à proteinúria, podendo estar sobreposta a outro estado hipertensivo (Ferreira et al., 2019).

O Sistema de Monitoramento e Avaliação do Pré-Natal, Parto, Puerpério e Criança, define como os principais fatores de riscos identificados foram: idade materna avançada acima de 40 anos, idade gestacional precoce, doenças crônicas pré-existentes (como doenças cardíacas e renais), obesidade, nuliparidade, baixo nível socioeconômico e intervalos curtos ou longos entre as gestações (Costa Junior et al., 2024, p. 8).

Além  disso, fatores genéticos possuem um papel significativo, sendo a predisposição hereditária para a PE amplamente reconhecida. Certos grupos étnicos, como mulheres de ascendência africana, demonstram maior suscetibilidade. Paralelamente, fatores socioeconômicos e demográficos, como baixa escolaridade e acesso limitado ao pré-natal, agravam o risco. Variáveis relacionadas ao estilo de vida, como sedentarismo, tabagismo e padrões alimentares inadequados, também estão associadas        ao          desenvolvimento     da      condição. Recentemente, fatores ambientais, como exposição à poluição e substâncias tóxicas, têm sido levantados como potenciais contribuintes (Coutinho et al., 2023).

Na última década, a descoberta e caracterização de novas vias antiangiogênicas   foram particularmente impactantes   tanto no aumento da compreensão da fisiopatologia da doença quanto no direcionamento de esforços preditivos e terapêuticos. Mulheres grávidas pela primeira vez, aquelas com histórico familiar da condição e aquelas com predisposição genética enfrentam um risco aumentado. A raça e etnia também desempenham um papel, com mulheres de ascendência africana apresentando uma propensão aumentada (Cardoso et al., 2024, p. 2).

O risco de pré-eclâmpsia é maior em uma primeira gravidez (4%), e há um efeito protetor de uma primeira gravidez normal com menor risco (2%) em gestações subsequentes. O risco de recorrência é alto; 15% após uma gravidez pré-eclâmpsia e 32% após duas gestações em uma coorte de quase 800.000 gestações na Suécia, com algum efeito de confusão de um intervalo interpartal mais longo (Burton et al., 2019).

O parto cesáreo aumenta o risco de pré-eclâmpsia pós-parto em 2 a 7 vezes em comparação ao parto vaginal, o que é uma descoberta consistente em vários estudos. Taxas mais altas de infusão intravenosa (IV) de fluidos no trabalho de parto e parto também estão associadas a um risco aumentado de pré-eclâmpsia pós-parto. A obesidade pré-gestacional parece estar consistentemente associada a um risco aumentado de pré-eclâmpsia pós-parto de forma dose-dependente, com um risco até 7,7 vezes maior associado a IMC maior que 40 kg/m (Hauspurg; Jeyabalan, 2021).

A avaliação dos fatores socioeconômicos e ambientais tem se mostrado essencial para a compreensão dos determinantes da pré-eclâmpsia. Estudos recentes indicam que mulheres com acesso limitado a cuidados de saúde e condições de vida precárias apresentam maiores taxas de complicações gestacionais, incluindo pré- eclâmpsia. Além disso, fatores como poluição ambiental e exposição prolongada ao estresse ocupacional têm emergido como potenciais contribuintes, reforçando a necessidade de estratégias preventivas e intervenções em políticas públicas de saúde (Morais et al., 2022).

Outro aspecto relevante é o papel da inflamação e da função imunológica no desenvolvimento da pré-eclâmpsia. Alterações nos marcadores inflamatórios, como níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias, têm sido associadas a desfechos adversos na gravidez. Essas descobertas sugerem que mulheres com condições inflamatórias pré-existentes, como doenças autoimunes, possuem risco ampliado, destacando a importância de um monitoramento clínico detalhado e intervenções precoces para minimizar complicações materno-fetais (Souza et al., 2024).

2.3 Sinais e sintomas da pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia representa não apenas um desafio significativo durante a gravidez, mas também um sério problema de saúde pública devido às suas complicações para a mãe e o feto (Salgado et al., 2024).

A pré-eclâmpsia (PE) é classificada em duas formas: leve, quando há hipertensão gestacional confirmada com a presença de proteinúria ≥ 3 g/24h na urina, podendo ser acompanhada de sintomas cerebrais, digestivos, trombocitopenia e alteração das enzimas hepáticas; e grave, quando a pressão arterial é ≥ 160/110 mmHg,  associada à proteinúria ≥ 5 g ou ≥ 3+ em 24h, com comprometimento de múltiplos órgãos, sintomas visuais, cerebrais, dor epigástrica ou no quadrante superior direito persistentes, oligúria (< 500 ml/24h), creatinina elevada (> 1,2 mg/dL) e plaquetas < 100.000/mm³. Contudo, uma pesquisa revelou que, na PE grave, o limite aceito para a proteinúria é de 5 g para a maioria dos pesquisadores (Gomes et al., 2020).

Dentre as principais manifestações clínicas apresentadas na pré-eclâmpsia com sinais de gravidade encontram-se náuseas, vômitos, dor em região epigástrica que irradia para membros superiores, cefaleia, alterações visuais (visão turva), hiperreflexia, taquipneia e ansiedade. Contudo, em algumas gestantes a doença pode evoluir de forma silenciosa (Santana et al., 2019).

Sinais de iminência de eclâmpsia: caracterizados pela sintomatologia secundária a alterações vasculares do sistema nervoso, como cefaleia, distúrbios visuais (fotofobia, fosfenas e escotomas e hiperreflexia, ou hepáticas, sendo náuseas, vômitos e dor no andar superior do abdome (epigástrio ou no hipocôndrio direito) as mais comuns. (Brasil, 2022, p. 153).

A pré-eclâmpsia está associada a uma placentação anormal, que ocorre quando o citotrofoblasto, responsável por invadir as artérias espiraladas no início da gestação, não desempenha seu papel adequadamente. Esse processo, que normalmente resulta na necrose fibrinóide nas paredes dos vasos, não ocorre corretamente, impedindo que o fluxo sanguíneo adequado se estabeleça. Como consequência, há a falha na expressão dos marcadores de lesão endotelial, comprometendo um processo vital. Isso leva a um aumento na velocidade do fluxo sanguíneo, além de isquemia e hipóxia placentária, devido à redução na perfusão útero-placentária (Silva et al., 2024).

Ainda sobre os impasses placentários, em decorrência a defeitos no remodelamento das artérias espiraladas, percebe-se uma   diferença entre os mecanismos pré-oxidantes e antioxidantes, o que acarreta em lesões repetitivas e, consequentemente, isquemia local. Essas lesões podem acabar gerando uma proteinúria, plaquetopenia e desequilíbrio nos fatores angiogênicos (Silva et al., 2024, p. 5).

Outro fator importante relacionado à placentação anormal são os mecanismos imunológicos, uma vez que, na PE, há um desequilíbrio no perfil das células T, havendo um maior predomínio de células T helper 1, IFNγ e TNF, ao contrário da predominância de citocinas T helper tipo 2 na placentação normal, contribuindo dessa forma, para a má placentação, inflamação e disfunção endotelial (Melillo et al., 2023).

Em muitos casos, mulheres com pré-eclâmpsia não apresentam sinais ou sintomas evidentes, caracterizando-se como oligossintomáticas. No entanto, em outras situações, os sintomas podem variar significativamente. O edema, que geralmente ocorre nas mãos, dedos, pescoço, rosto, ao redor dos olhos e nos pés, é considerado um dos primeiros sinais mais leves da condição (Silva et al., 2024).

2.4 Papel da enfermagem na prevenção e manejo da pré-eclâmpsia

As resoluções nº 524/2016 e nº 672/2021 do Conselho Federal de Enfermagem normatizam a atuação e as responsabilidades do enfermeiro, do enfermeiro obstetra e da obstetriz na assistência às gestantes, parturientes, puérperas e recém-nascidos. Essas normativas incluem a assistência em diferentes contextos, como Serviços de Obstetrícia,  Centros de Parto Normal e Casas de Parto, bem como o estabelecimento de critérios para o registro de títulos no Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem (COFEN, 2016).

A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), é uma ferramenta científica que confere maior segurança e qualidade da assistência aos pacientes, e maior autonomia aos profissionais de enfermagem. Na prática se constitui na aplicabilidade da ciência de enfermagem. O enfermeiro vivencia um desafio na edificação e compilação do conhecimento sobre o qual se fundamenta sua prática gerencial e assistencial. Assim, a SAE vem para somar e conformar o planejamento, a execução, o controle e a avaliação das ações de cuidados direto e indireto ao indivíduo e suas famílias (Wanzeler et al., 2019).

Segundo a resolução nº 358/2009, do Conselho Federal de Enfermagem, dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências (COFEN, 2009).

O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes, recorrentes e cíclicas: avaliação de enfermagem, que compreende a coleta de dados subjetivos e objetivos iniciais e contínuos para identificar as necessidades de cuidado relevantes; diagnóstico de enfermagem, que envolve o julgamento clínico sobre os problemas existentes, vulnerabilidades ou disposições para melhorar comportamentos de saúde; planejamento de enfermagem, que abrange a priorização de diagnósticos, determinação de resultados esperados e prescrição de intervenções; implementação de enfermagem, referente à execução das intervenções e ações prescritas, respeitando competências técnicas e legais; e, finalmente, a evolução de enfermagem, que consiste na avaliação dos resultados alcançados e revisão do processo como um todo (COFEN, 2024).

Dito isso, o papel do enfermeiro no cuidado à gestante é acompanhar o pré-natal e tomar medidas preventivas e/ou terapêuticas para minimizar as complicações. Como tal, mostra-se como um fator positivo na assistência à gestante no pré-natal e até mesmo durante a gravidez, durante as consultas de planejamento familiar para procurar fatores de risco e doenças que causam certas complicações durante a gravidez, principalmente nas populações mais vulneráveis (Morais et al., 2022).

O pré-natal adequado deve ocorrer com, no mínimo, seis consultas, iniciando no primeiro trimestre, ocorrendo duas no segundo e três no terceiro trimestre de gestação. Durante todo o acompanhamento pelo enfermeiro, são realizados exames físicos e solicitados outros de maneira complementar. Estas ações possibilitam observar o crescimento fetal e seu desenvolvimento, reduzindo o risco de intercorrências durante a gravidez (Melo et al., 2020, p. 3).

Os cuidados de enfermagem específicos para mulheres com pré-eclâmpsia e eclâmpsia são cruciais para reduzir complicações e taxas de morbimortalidade materna e fetal. Entre as principais intervenções, destaca-se a realização de um exame físico criterioso, a identificação precoce dos sinais clínicos de pré-eclâmpsia, o acompanhamento de exames laboratoriais e a avaliação fetal. Além disso, a equipe de enfermagem deve ser treinada continuamente para garantir que as técnicas de atendimento estejam atualizadas, utilizando instrumentos padronizados para a aferição da pressão arterial (PA) e assegurando a correta técnica de desinsuflação da coluna de mercúrio. O enfermeiro deve ainda aplicar protocolos institucionais para o tratamento precoce de crises hipertensivas, garantindo a padronização do atendimento e a revisão constante dos casos (Sarmento et al., 2020).

O desenvolvimento diário e a adoção de protocolos de enfermagem baseados em evidências científicas na prática clínica do enfermeiro ajudam a orientar o processo de tomada de decisão e garantir a prestação de cuidados de qualidade e seguro (Morais et al., 2022).

Compreender o papel da assistência de enfermagem no manejo da pré-eclâmpsia é essencial para garantir a qualidade do cuidado prestado. Muitas gestantes só descobrem a condição durante a internação, o que pode gerar grande desconforto emocional, agravado pelas alterações hormonais características da gestação. Esse desconhecimento sobre a doença pode ser prevenido por meio de um pré-natal eficaz e acompanhamento contínuo. A assistência baseada em orientações claras e na resolução de dúvidas durante a gravidez promove o envolvimento ativo da gestante no processo de autocuidado, contribuindo para uma gestação mais saudável (Santana et al., 2019).

Ademais, o enfermeiro tem um papel no fornecimento de informações e orientações que promovem a responsabilidade do autocuidado da gestante, esclarecendo os equívocos e corrigindo qualquer desinformação obtida. É importante orientar a paciente a identificar os sinais que seu estilo de vida e ambiente oferecem, e propor maneiras de modificá-las para evitar um agravamento na gestação. A gestante pode cuidar de si mesmo e do feto se suas preocupações forem antecipadas e identificadas pelo enfermeiro e forem inseridas as sessões de orientação em cada consulta pré-natal (Souza et al., 2024, p. 294).

A educação do paciente e a modificação do estilo de vida são intervenções de enfermagem cruciais para pacientes grávidas hipertensas. Os enfermeiros devem fornecer aos pacientes informações sobre   práticas de estilo de vida saudáveis, tais como manter uma dieta equilibrada, praticar atividade física regular e gerir o stress. Além disso, os enfermeiros devem educar os pacientes sobre os sinais e sintomas da hipertensão e a importância de procurar atendimento médico caso apresentem algum sintoma preocupante (Lisboa; Duarte; Silva, 2024, p. 10).

Para a efetivação dos cuidados e prevenção da pré-eclâmpsia, é preciso haver capacitação da equipe multiprofissional através de educação continuada, treinamentos para obtenção de diagnóstico e tratamento precoce – este podendo ser farmacológico ou não –, técnicas e instrumentos adequados para realização de procedimentos, inclusive aferição da pressão arterial sistêmica (Cerilo-Filho et al., 2023).

Portanto, na prática do cuidado clínico a gestante com pré-eclâmpsia, o enfermeiro promove um olhar clínico   e    pensamento   crítico    para   individualizar o cuidado. Como profissional da equipe multidisciplinar de saúde e líder da equipe de enfermagem, deve desenvolver maneiras seguras e eficazes de cuidar.Sua prática clínica permite o alcance dos objetivos necessários, desde que atue com foco no paciente. Compreende-se que o cuidado clínico de enfermagem, no tocante a gestantes com pré-eclâmpsia, deve ser realizado em uma perspectiva ampliada, que valorize as necessidades do paciente e que produza novas formas de cuidar, integrando os demais fatores que contribuem para o bem-estar biopsicossocial (Nunes et al., 2020).

Ademais, no manejo hospitalar da pré-eclâmpsia, o enfermeiro exerce um papel crucial, especialmente em unidades de alto risco, onde sua atuação imediata e técnica é essencial para garantir a segurança da paciente e do feto. Entre as responsabilidades do enfermeiro estão a avaliação inicial e estabilização da paciente logo na admissão, incluindo o manejo das vias aéreas, fornecimento de oxigênio suplementar, posicionamento adequado (como em decúbito lateral ou semi-Fowler), inserção de dispositivos como a cânula de Guedel e a instalação de acesso venoso para terapias medicamentosas. Além dessas medidas, o enfermeiro deve demonstrar competência técnico-científica para monitorar continuamente os sinais vitais e sintomas da paciente, assegurar a correta administração de medicações conforme os protocolos institucionais e promover uma assistência precoce e eficaz. Sua atuação comprometida pode reduzir significativamente o risco de complicações graves, como convulsões e descolamento prematuro de placenta, melhorando os desfechos materno-fetais (Silva et al., 2021).

3 MÉTODO
3.1 Tipo de estudo

A pesquisa bibliográfica é primordial na construção da pesquisa científica, uma vez que nos permite conhecer melhor o fenômeno em estudo (SOUSA et al., 2021). Trata- se da consulta e apropriação por parte do pesquisador de material que já fora construído e publicado e que se encontra disponível para consulta, tais como livros e periódicos (Marcelino, 2020).

Este estudo caracteriza-se como uma revisão bibliográfica com abordagem descritiva e exploratória. A pesquisa exploratória tem como objetivo principal levantar informações relevantes sobre o objeto de estudo. Esse método objetiva tornar um problema explícito, aproximar-se mais dele, visando conhecê-lo melhor e com mais profundidade, ou ainda, dar uma nova visão sobre esse problema. Já a pesquisa descritiva busca transmitir a realidade de um determinado objeto de estudo da forma como ele é percebido pelos envolvidos ou observado pelo pesquisador em seu contexto específico (Pátaro et al., 2023; Gil, 2023).

Para nortear o estudo ocorreu com a utilização do acrônimo PCC, em que o P representa a “população, paciente ou problema” (gestantes em risco de pré-eclâmpsia), C representa o “conceito” (pré-eclâmpsia) e C representa o “contexto” (assistência de enfermagem) (Menezes et al., 2024).

Dessa maneira, a questão norteadora desse estudo é: Quais são as estratégias de assistência de enfermagem utilizadas no manejo dos fatores de risco da pré-eclâmpsia em gestantes?

3.2 Coleta de dados

Para a identificação de artigos pertinentes ao tema da pesquisa, foram selecionadas bases de dados nacionais e internacionais. Entre as principais plataformas utilizadas, destacam-se a Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (PubMed), a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e a Base de Dados Bibliográfica Multidisciplinar (Scopus). Adicionalmente, foi empregada a ferramenta Research Rabbit, que utiliza Inteligência Artificial (IA) para aprimorar a busca por informações relacionadas ao tema da pesquisa. Essa estratégia envolveu a consulta a diversas bibliotecas e bases de dados, através da IA, com a utilização do título de busca: “Assistência de Enfermagem Frente aos Fatores de Risco da Pré-eclâmpsia”, facilitando a identificação de materiais específicos e relevantes para o estudo.

A construção metodológica sucedeu pela seleção de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), como: “Pré-eclâmpsia”, “Fatores de Risco” e “Enfermagem”. Esses termos foram sistematizados e consultados em bases de dados científicas (PubMed, BVS e Scopus), com critérios específicos para a escolha dos artigos. Para maior precisão nos resultados, foi utilizada uma estratégia de pesquisa com operadores booleanos AND e OR: (Pré-eclâmpsia OR Pre-eclampsia) AND (Fatores de Risco OR Risk Factors) AND (Enfermagem OR Nursing).

Os critérios para a seleção dos materiais analisados incluem publicações realizadas entre 2019 e 2024, artigos publicados em revistas científicas revisadas, trabalhos redigidos em português, inglês ou espanhol, disponíveis integralmente para consulta e com metodologia clara e bem definida.

Em contrapartida, foram excluídos artigos anteriores a 2019, publicações que não abordam o tema em questão, materiais com acesso restrito ou incompletos, e trabalhos fora do contexto de periódicos indexados.

3.3 Análise de dados

O processo de seleção dos documentos científicos foi conduzido pelo pesquisador entre outubro e dezembro de 2024, com o auxílio da ferramenta online Rayyan. Este software, amplamente utilizado em revisões sistemáticas, oferece recursos como a identificação automática de duplicatas, a categorização eficiente dos estudos e uma interface interativa, otimizando o fluxo de trabalho em análises científicas (Ouzzani et al., 2016).

Após a remoção das duplicatas, iniciou-se a triagem dos artigos de forma sistemática, com a leitura dos títulos e resumos para selecionar os estudos mais pertinentes ao tema e à abordagem do trabalho. Os artigos que atenderam aos critérios iniciais foram submetidos à leitura integral, a fim de verificar sua relevância e conformidade com os critérios de elegibilidade estabelecidos.

Com base nos critérios de elegibilidade definidos, os documentos científicos relevantes à temática foram analisados minuciosamente. A extração dos dados foi realizada por meio de um instrumento desenvolvido especificamente para a pesquisa, que contemplou informações essenciais, como título, autores, ano de publicação, objetivo, metodologia utilizada e resultados obtidos. Os resultados principais serão apresentados em quadros, proporcionando uma visualização clara e estruturada, facilitando a compreensão dos dados de forma acessível.

3.4 Aspectos éticos da pesquisa

Este estudo seguiu os princípios éticos, com a devida referência aos autores e fontes utilizadas, em conformidade com as leis de direitos autorais no Brasil, especificamente a Lei n° 9.610/1998 e a Lei n° 12.853/2013 (Brasil, 1998; Brasil, 2013). As citações foram realizadas de acordo com as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

4 RESULTADOS

O Fluxograma 1 descreve detalhadamente o processo de seleção dos estudos incluídos nesta pesquisa. Inicialmente, foram identificados 341 documentos científicos. Após a remoção de duplicatas, que resultou na exclusão de 3 artigos, procedeu-se à análise dos títulos e resumos. Nessa etapa, 325 estudos foram considerados inelegíveis, sendo excluídos pelos seguintes motivos: divergência em relação ao tema principal (n=91), publicação fora do período estabelecido pela pesquisa (n=212), exigência de pagamento para acesso (n=5), restrições linguísticas (n=5) e estudos incompletos ou inconsistentes (n=12).

Após essa triagem, a amostra final foi composta por 13 artigos que atenderam aos critérios de elegibilidade. Esses documentos foram selecionados para leitura integral e inclusão na pesquisa, compondo a base de dados para a análise e discussão dos resultados.


Fluxograma 1 – Ilustração do processo de triagem e seleção dos estudos na PubMed, BVS, Scopus e Research Rabbit

Fonte: Autoria Própria (2024).

Assim, foi possível selecionar um total de 13 artigos, que foram organizados e enumerados com informações, incluindo título, autores, ano de publicação, objetivos, método adotado e resultados apresentados. A sistematização dos dados está apresentada no Quadro 1, visando facilitar a visualização e a compreensão das principais informações extraídas para a pesquisa.

Quadro 1 – Caracterização dos estudos incluídos na revisão bibliográfica

  Fonte: Autoria Própria (2024).

O Quadro 2 apresenta os principais meios de assistência de enfermagem identificados para o manejo dos fatores de risco da pré-eclâmpsia. Entre as estratégias destacam-se: pré-natal completo e humanizado (n=09); educação em saúde (n=08); triagem e diagnóstico precoce (n=08); acompanhamento multidisciplinar (n=04); monitoramento da pressão arterial (n=04); capacitação profissional (n=04); e mudanças de comportamento da gestante (n=02).

Quadro 2 – Distribuição dos meios de assistência consoante com os estudos selecionados

Meios de assistência de enfermagemDocumentos
Pré-natal completo e humanizadoA1, A2, A3, A4, A5, A6, A7, A8 e A10
Educação em saúdeA2, A4, A6, A7, A8, A9, A10 e A11
Triagem e diagnóstico precoceA1, A2, A3, A6, A7, A8, A9 e A12
Acompanhamento multidisciplinarA1, A6, A8 e A11
Monitoramento da pressão arterialA3, A4, A6 e A8
Capacitação profissionalA2, A3, A4 e A13
Mudanças de comportamento da gestanteA11 e A13

Fonte: Autoria Própria (2024).

5 DISCUSSÃO
5.1 Pré-natal completo e humanizado

A assistência pré-natal completa e humanizada é essencial para a promoção da saúde materna e fetal, garantindo cuidado integral desde os primeiros estágios da gestação. Segundo Santos; Pinto; Santos (2021), um pré-natal bem estruturado permite a prevenção de complicações obstétricas e contribui significativamente para a redução das taxas de mortalidade materna e infantil.

Para Silva; Sá; Sousa (2023), o cuidado humanizado é um componente indispensável desse processo, englobando não apenas a realização de exames laboratoriais e o monitoramento de sinais vitais, mas também a construção de um ambiente acolhedor e de escuta ativa. Essa abordagem, baseada no diálogo aberto, na valorização das crenças e no estímulo ao autocuidado, proporciona à gestante uma sensação de segurança e apoio ao longo de toda a gestação.

Saraiva et al. (2022) destacam que iniciar o pré-natal precocemente é fundamental para assegurar uma gestação mais tranquila e segura, permitindo oferecer suporte adequado a gestantes em diversas condições. Além disso, Sarmento et al. (2021) enfatizam que o pré-natal humanizado deve respeitar as particularidades e individualidades de cada mulher, promovendo um cuidado mais próximo e empático. Essa atenção personalizada fortalece os vínculos entre as gestantes e os profissionais de saúde, resultando em um atendimento que alia técnica e acolhimento, elementos indispensáveis para uma experiência gestacional positiva.

Leite; Vegenas; Rosa (2023) ressaltam a importância de implementar protocolos e estratégias que assegurem a qualidade da assistência no pré-natal, garantindo que todas as gestantes tenham acesso apropriado aos serviços de saúde.

Nesse sentido, Lins et al. (2022) reforçam que o fortalecimento da atenção primária à saúde desempenha um papel crucial no acompanhamento gestacional, com a enfermagem assumindo um papel de destaque no oferecimento de cuidados humanizados e contínuos. Ao integrar a escuta ativa e o suporte técnico, os enfermeiros asseguram uma atenção centrada na gestante, contribuindo para melhores resultados.

Souza et al. (2024) afirmam que o início precoce do pré-natal está associado a uma assistência de maior qualidade, reduzindo riscos e promovendo desfechos   positivos para a mãe e o bebê. Barros et al. (2022) complementam essa perspectiva ao sublinhar que o pré-natal adequado proporciona segurança e qualidade no atendimento, possibilitando à gestante vivenciar uma gestação mais tranquila. Dessa forma, o enfermeiro, ao atuar nesse cenário, torna-se um agente essencial, oferecendo suporte tanto físico quanto emocional, alinhado às necessidades específicas de cada gestante.

Por fim, Mekie et al. (2021) ressaltam que a adoção de práticas humanizadas no pré-natal contribui para alinhar as necessidades das gestantes com as práticas assistenciais seguras, promovendo melhores condições de cuidado. Assim, o pré- natal completo e humanizado consolida-se como uma estratégia indispensável para garantir não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional da gestante, reforçando o compromisso com uma assistência integral ao longo de toda a gestação.

5.2 Educação em saúde

A educação em saúde no pré-natal possibilita à mulher a preparação para a gestação e o parto, além de aumentar a adesão das gestantes ao acompanhamento. Essa prática contribui diretamente para o bem-estar materno e fetal, promovendo uma gestação mais saudável, conforme Silva; Sá; Sousa (2023).

Silva et al. (2023), destacam ainda que o papel da enfermagem é essencial nesse processo, com a responsabilidade de orientar, apoiar e acompanhar as gestantes. A utilização de uma linguagem simples e acessível pelos enfermeiros favorece o processo psicoemocional da gestante e estreita o vínculo entre ela e o profissional de saúde.

Por sua vez, Sarmento et al. (2021) ressaltam a importância do acompanhamento contínuo, que é crucial para incentivar a gestante a se envolver ativamente no seu autocuidado. Esse acompanhamento contribui para uma gestação mais tranquila e saudável, proporcionando o esclarecimento de dúvidas e a aplicação de orientações precisas ao longo do período gestacional.

A prevenção de complicações durante a gestação, conforme Sarmento et al. (2021), ocorre por meio de ações educativas específicas. Nesse contexto, os enfermeiros devem orientar as gestantes sobre os cuidados com a saúde e incentivá-las a adotar comportamentos saudáveis durante a gestação.

Leite; Vegenas; Rosa (2023) ressaltam a relevância da educação em saúde no monitoramento da hipertensão gestacional. Os enfermeiros têm a responsabilidade de educar as gestantes sobre a importância de monitorar a pressão arterial, seguir uma alimentação balanceada e aderir ao tratamento médico recomendado, prevenindo assim complicações durante a gestação.

De acordo com Barros et al. (2022), a educação continuada e o estímulo ao seguimento das consultas de pré-natal são aspectos fundamentais. Esse acompanhamento, com avaliação fetal regular, permite uma gestão adequada da saúde da gestante e do feto, contribuindo para a prevenção de complicações.

Além disso, Souza et al. (2024) destacam a relevância da educação em saúde, que envolve informar a gestante sobre as patologias que podem afetar a gravidez, como a pré-eclâmpsia, e orientá-la sobre hábitos de vida saudáveis. Tais orientações são cruciais para o sucesso do pré-natal e para a redução de riscos durante a gestação.

De acordo com Mitchell-Brown; Pubols (2020), os enfermeiros desempenham um papel vital ao encorajar as gestantes a manter um peso corporal saudável, seguir uma dieta equilibrada e realizar consultas regulares durante o pré-natal. A educação contínua, nesse caso, é essencial para fornecer recursos que auxiliem na promoção do autocuidado e na detecção precoce de complicações.

Mekie et al. (2021) ressaltam que, especialmente durante o primeiro trimestre do pré-natal, é fundamental enfatizar a orientação sobre um estilo de vida saudável, incluindo dieta balanceada, controle do estresse e exames regulares. Além disso, a educação sobre os fatores de risco, sintomas e complicações da pré-eclâmpsia deve ser abordada nas consultas de pré-natal, garantindo que as gestantes estejam bem informadas e preparadas para lidar com possíveis complicações.

Roberts et al. (2023) identificaram sete estratégias principais para uma educação eficaz do paciente, as quais podem ser aplicadas no contexto do pré-natal. Essas estratégias incluem o uso de uma linguagem simples e não médica, a organização das informações em componentes claros, como “fragmentar e verificar”, e o uso do método “ensinar de volta” para garantir que a gestante compreendeu as orientações, por meio de perguntas abertas.

Além disso, Roberts et al. (2023) ressaltam que não se deve presumir o nível de alfabetização ou compreensão de uma gestante com base em sua aparência ou nível educacional. As mensagens educativas devem ser repetidas para garantir que sejam lembradas e utilizar ferramentas comprovadas para manter a consistência das informações. Por fim, é importante empregar várias estratégias de ensino para acomodar diferentes estilos de aprendizagem das gestantes, melhorando a efetividade das orientações.

5.3 Triagem e diagnóstico precoce

A anamnese e a triagem realizadas na primeira consulta pré-natal são fundamentais para a definição de estratégias de cuidado, permitindo a identificação das necessidades específicas das gestantes com pré-eclâmpsia (PE), visando a redução dos possíveis danos. Segundo Santos; Pinto; Santos (2021), é imprescindível que o profissional responsável por essa etapa obtenha informações detalhadas sobre o histórico de PE em mulheres multíparas, avalie os padrões de pressão arterial (PA) da gestante, além de investigar a presença de patologias pré-existentes ou fatores de risco, como idade, obesidade, diabetes mellitus e estresse.

Santos et al. (2021) também relatam que o risco de PE na primeira gestação é de 4,1%, enquanto nas gestações subsequentes esse risco diminui para 1,7%. Tais dados evidenciam a importância do conhecimento sobre o histórico obstétrico, de forma a possibilitar a inclusão da gestante em um acompanhamento especializado e classificado como pré-natal de alto risco, que será capaz de fornecer uma assistência mais intensiva ao longo da gestação.

Nesse contexto, Silva; Sá; Sousa (2023) destacam que os enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF) devem planejar suas ações de assistência com base no perfil epidemiológico da população atendida pela unidade básica de saúde. Logo após a confirmação da gravidez, uma consulta de enfermagem detalhada deve ser realizada para avaliar as condições da gestante e traçar um plano de cuidados adequado.

Silva et al. (2023), enfatizam que as consultas de enfermagem, tanto para gestantes de baixo quanto de alto risco, devem incluir a realização de exames físicos completos, como aferição de peso e pressão arterial, medição da altura uterina e ausculta dos batimentos cardíacos fetais, sempre que a idade gestacional for apropriada para tal. Além disso, é fundamental o acompanhamento contínuo dos resultados dos exames solicitados a cada trimestre gestacional, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde.

A detecção precoce das alterações fisiológicas da gestante é um aspecto decisivo para a prevenção de complicações e para a redução da morbimortalidade materno- infantil. Leite; Vegenas; Rosa (2023) ressaltam a relevância de se manter um acompanhamento criterioso das gestantes, destacando que a prevenção precoce de complicações, como a pré-eclâmpsia, é essencial para garantir a saúde tanto da mãe quanto do feto.

Barros et al. (2022) reforçam que o exame físico detalhado, que inclui a avaliação dos níveis pressóricos e de outros sinais indicadores de pré-eclâmpsia, deve ser realizado com regularidade. Souza et al. (2024) complementam afirmando que a anamnese detalhada, associada ao exame físico e ao constante monitoramento da pressão arterial, são fundamentais para facilitar a detecção precoce de casos de pré-eclâmpsia e garantir o manejo adequado da gestante.

Para rastrear a pré-eclâmpsia, Mitchell-Brown; Pubols (2020) destacam que a enfermeira deve começar com uma coleta abrangente do histórico de saúde, incluindo a investigação do histórico familiar de hipertensão crônica ou pré-eclâmpsia. Caso esses fatores de risco sejam identificados, a avaliação deve ser aprofundada, sendo essencial informar a gestante sobre os sinais de alerta da doença, como dor de cabeça intensa, dor abdominal superior, anormalidades na visão e edema nas mãos e face.

Meazaw et al. (2020) afirmam que a detecção precoce e o tratamento oportuno da pré-eclâmpsia e eclâmpsia são fundamentais para impedir o agravamento da doença e prevenir complicações graves para a mãe e o feto. Dessa forma, é altamente recomendável que os profissionais de saúde realizem uma avaliação detalhada do histórico da gestante e dos riscos familiares em sua consulta de agendamento, a fim de assegurar um acompanhamento mais eficaz e seguro.

5.4 Acompanhamento multidisciplinar

É essencial que, ao longo de todo o processo gestacional, a mulher tenha acesso contínuo a informações sobre a patologia, possibilitando, juntamente com a equipe multiprofissional, o desenvolvimento de um planejamento reprodutivo focado na redução dos riscos de desfechos desfavoráveis. A atuação da equipe multiprofissional composta por nutricionista, enfermeiro, médico e educador físico, assegura um cuidado integral, proporcionando à gestante um atendimento holístico que contempla suas necessidades nutricionais, físicas e clínicas. Dessa   forma, os profissionais envolvidos contribuem para a melhoria dos hábitos e da qualidade gestacional, promovendo uma abordagem completa e eficaz, conforme destacam Santos; Pinto; Santos (2021).

Leite; Vegenas; Rosa (2023) afirma que a colaboração estreita entre enfermeiros obstetras e outros profissionais de saúde é fundamental para fornecer o melhor atendimento possível à gestante e ao feto. O conhecimento especializado dos enfermeiros, combinado com a coordenação de uma equipe multidisciplinar, é crucial para alcançar resultados positivos no tratamento da pré-eclâmpsia.

O acompanhamento conjunto com a equipe médica e outros profissionais envolvidos, gerando um plano de cuidado compartilhado e avaliando o progresso da gestação, assegura o tratamento adequado durante todo o processo, conforme ressaltado por Souza et al. (2024).

Ademais, os prestadores de cuidados de saúde possuem diversas oportunidades para compartilhar informações sobre os sinais e sintomas da pré-eclâmpsia, tanto antes da gravidez quanto durante a gestação e o período pós-parto, como apontado por Roberts et al. (2023).

5.5 Monitoramento da pressão arterial

A detecção precoce da hipertensão arterial (HA) durante a gestação é crucial para um diagnóstico adequado e para a prevenção de complicações. A aferição da pressão arterial (PA) em todas as consultas de pré-natal é essencial para identificar alterações que possam indicar a presença de patologias que agravam a situação gestacional. A hipertensão arterial é uma das principais causas de internação de gestantes, e está associada a desfechos adversos graves, como o óbito, conforme afirmam Saraiva et al. (2022).

De acordo com Sarmento et al. (2021), a técnica de aferição da PA deve ser realizada com um manguito adequado à circunferência do braço e com uma velocidade lenta de desinsuflação (≤2 mmHg). Além disso, a identificação e o tratamento precoce das crises hipertensivas são fundamentais para evitar complicações. Os autores destacam a importância de seguir os protocolos institucionais, além da revisão periódica dos processos de trabalho, a fim de garantir um atendimento de qualidade.

Leite; Vegenas; Rosa (2023) afirmam que o estado gestacional pode induzir a hipertensão arterial em mulheres que antes eram normotensas ou agravar uma   hipertensão pré-existente. A pressão arterial é considerada hipertensa quando a PA sistólica atinge ou ultrapassa 140 mmHg, e/ou a PA diastólica é superior ou igual a 90 mmHg. Para esses casos, é fundamental realizar uma aferição precisa da PA, a fim de orientar as decisões clínicas, evitando tratamentos inadequados. Com isso, recomenda a padronização da aferição da PA, com o método auscultatório, que é considerado o padrão-ouro para a medição.

Souza et al. (2024) destacam que a padronização da técnica de aferição, que envolve o uso de um manguito adequado e a desinsuflação lenta da coluna de mercúrio, é essencial para o bom acompanhamento da gestante. A revisão contínua dos processos de atendimento também é necessária para garantir a qualidade na prática clínica. Nesse sentido, o enfermeiro desempenha um papel fundamental durante o pré-natal, orientando a gestante, monitorando a pressão arterial e garantindo que ela siga o tratamento corretamente, prevenindo complicações graves.

5.6 Capacitação profissional

É imprescindível que os profissionais de saúde recebam capacitação adequada para atuar nas redes de assistência, com destaque para a importância do compartilhamento de informações claras e objetivas, conforme afirmam Silva; Sá; Sousa (2023). Ademais, a qualificação profissional é essencial para o manejo eficaz de gestantes, e a educação continuada se destaca como uma estratégia fundamental para melhorar a assistência no pré-natal, seja de baixo, médio ou alto risco.

Dessa forma, é crucial que os profissionais, ao concluírem a graduação, busquem meios para se qualificar ainda mais em sua área de atuação, visando prestar atendimento de qualidade e realizar os cuidados necessários em tempo hábil, o que pode prevenir riscos de complicações graves para a mãe e o bebê. Segundo Saraiva et al. (2022), a capacitação contínua tem um papel central na melhoria da assistência e no fornecimento de um atendimento humanizado, especializado e de qualidade.

A educação permanente é um fator essencial para garantir que os profissionais de saúde, especialmente os enfermeiros, desenvolvam um pensamento crítico em relação à sua conduta com pacientes com pré-eclâmpsia, como destaca Sarmento et al. (2021).

Para reduzir o impacto da pré-eclâmpsia grave, Machano; Joho (2020) afirmam que os profissionais da saúde devem possuir um treinamento adequado, sendo capazes de identificar a condição em um estágio inicial durante as consultas de pré- natal, fornecendo o tratamento adequado e encaminhamentos oportunos para evitar complicações. A formação contínua dos enfermeiros, em especial nas emergências obstétricas, é fundamental para a identificação precoce e o manejo eficaz de complicações como a pré-eclâmpsia grave, a fim de melhorar os desfechos maternos e fetais.

5.7 Mudanças de Comportamento da Gestante

Durante a gestação, a adoção de hábitos saudáveis é fundamental para garantir a saúde materno-infantil. Roberts et al. (2023) destacam que uma alimentação equilibrada, a prática regular de atividades físicas e a manutenção de uma boa qualidade de sono são fatores-chave para minimizar riscos à saúde, como diabetes gestacional, parto prematuro e distúrbios hipertensivos. A apneia obstrutiva do sono, por exemplo, tem sido associada ao aumento da pressão arterial durante a gestação, o que pode comprometer a saúde tanto da mãe quanto do bebê.

Além disso, Machano e Joho (2020) ressaltam a importância de promover a conscientização sobre mudanças comportamentais, incluindo o engajamento das gestantes e seus familiares. Eles sugerem que estratégias de promoção da saúde, como programas de acompanhamento, são cruciais para impulsionar hábitos saudáveis e, assim, alcançar melhores resultados para a mãe e o recém-nascido. O fortalecimento dessa conscientização pode resultar não apenas na melhoria dos cuidados durante a gestação, mas também em um impacto positivo no pós-parto, garantindo o bem-estar da mãe e do bebê a longo prazo.

6 CONCLUSÃO

A presente pesquisa alcança seu objetivo ao reforçar a relevância das estratégias de enfermagem no manejo dos fatores de risco da pré-eclâmpsia, evidenciando a importância de práticas fundamentadas em um pré-natal humanizado, triagem precoce, educação em saúde e acompanhamento multidisciplinar. Essas intervenções não apenas contribuem para a redução de complicações e da mortalidade materno-fetal, mas também promovem o bem-estar integral da gestante e do feto.

Com base nos fatores de risco discutidos, destacou-se que a capacitação contínua dos profissionais de saúde, especialmente no contexto do pré-natal, é essencial para a detecção precoce de condições de risco e a implementação de intervenções preventivas e eficazes. A monitorização adequada da pressão arterial, a educação para mudanças comportamentais e o incentivo à adoção de hábitos saudáveis mostraram-se determinantes para melhorar os desfechos materno-fetais. Ademais, o cumprimento do pré-natal completo é essencial, sendo então a principal estratégia da enfermagem quanto a prevenção da pré-eclâmpsia.

Por fim, ao descrever o impacto positivo da assistência de enfermagem, a pesquisa reafirma que, por meio de cuidados qualificados, embasados em protocolos científicos e conduzidos com empatia, o enfermeiro desempenha um papel central na promoção de uma assistência segura e eficiente à saúde materna.

REFERÊNCIAS

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1Graduando em enfermagem na Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
2Graduando de Medicina na Universidade de Rio Verde – UNIRV.
3Graduando em Enfermagem na Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
4Graduando em Enfermagem na Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
5Graduando em Enfermagem na Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
6Graduando em Enfermagem na Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
7Graduando em Enfermagem na Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
8Graduando em Enfermagem na Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
9Graduando em Enfermagem na Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
10Graduando em Enfermagem na Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
11Graduando em Enfermagem na Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
12Graduando em Enfermagem na Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
13Mestre. Docente da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
14Doutora. Docente da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
15Mestre. Docente da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.