RELATIONSHIP OF BODY SCHEME AND BALANCE IN CHILDREN WITH AUTISTIC SPECTRUM DISORDER (ASD) AGED 6 TO 12 YEARS
RELACIÓN DEL ESQUEMA CORPORAL Y EL EQUILIBRIO EN NIÑOS CON TRASTORNO DEL ESPECTRO AUTISTA (TEA) DE 6 A 12 AÑOS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202502271927
Jennyfer Karolaine dos Santos Lima1; Fábia Alves Ramôa2; Glaucia Ferreira Tavares3; Damiris Silva da Silva4; Caroline Vitória Muniz Modesto5; Marianna Cunha de Andrade6; Alice Goés Félix da Silva7; Larissa Salgado de Oliveira Rocha8; Dayse Danielle de Oliveira Silva9
RESUMO: Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) se caracteriza por um conjunto de distúrbios que se manifestam precocemente no neurodesenvolvimento, resultando em diversos déficits principalmente ligados a interação social e comunicação, sendo os primeiros sintomas manifestados desde a infância. As diversas manifestações inerentes ao transtorno podem afetar diretamente a sua relação com a consciência corporal ocorrendo em virtude das experiências motoras essenciais para uma construção progressiva das estruturas cognitivas. Objetivo: Investigar a correlação entre o esquema corporal e o equilíbrio em crianças com TEA na faixa etária de 6 a 12 anos. Metodologia: Trata-se de um estudo de campo transversal, quantitativo realizado no Instituto de Reabilitação e Organização Neurológica do Pará (IONPA) em crianças de 6 a 12 anos, com o grau leve a moderado segundo a Escala de Pontuação para o Autismo na Infância (CARS), além da Escala de Desenvolvimento Motor elaborada por Rosa Neto (2015) e Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP), baseada na Escala de Equilíbrio de Berg (EEB). Utilizou-se o teste de Shapiro wilk seguido de análise descritiva e teste de correlação de Spearman(p≤0,05). Resultados: O estudo analisou 12 crianças com TEA residentes na região metropolitana de Belém (PA), com predominância do sexo masculino, de etnia parda, estudando entre o 2° e 6° ano do ensino fundamental. A renda familiar era inferior a um salário-mínimo (58,3%), com diagnóstico médio aos 4,33 anos e início das terapias aos 5,25 anos, sendo a estereotipia mais encontrada foram os flappings (66,6%). Não houve déficits significativos de amplitude de movimento, tônus ou força muscular, 3 crianças apresentavam qualidade de sono prejudicada e limiar de dor diminuído em 75% da amostra. Não houve correlação entre o esquema corporal e equilíbrio (p= 0,770). Considerações finais: Pôde-se traçar o perfil socioeconômico das crianças estudadas e verificou-se a presença de aspectos motores frequentemente associados ao TEA. Não houve correlação entre o esquema corporal e o equilíbrio, podendo estar associado ao número amostral pequeno e a heterogeneidade da amostra. Dessa forma, nota-se a necessidade de pesquisas com amostra ampliada avaliando as variáveis.
PALAVRAS-CHAVE: Transtorno do Espectro Autista; Imagem Corporal; Equilíbrio; Infância.
ABSTRACT: Introduction: Autism Spectrum Disorder (ASD) is characterized by a set of disorders that manifest early in neurodevelopment, resulting in several deficits mainly related to social interaction and communication, with the first symptoms manifesting since childhood. The various manifestations inherent to the disorder can directly affect its relationship with body awareness, occurring due to motor experiences essential for a progressive construction of cognitive structures. Objective: To investigate the correlation between body schema and balance in children with ASD aged 6 to 12 years. Methodology: This is a cross-sectional, quantitative field study carried out at the Institute of Rehabilitation and Neurological Organization of Pará (IONPA) in children aged 6 to 12 years, with mild to moderate degree according to the Childhood Autism Scoring Scale (CARS), in addition to the Motor Development Scale developed by Rosa Neto (2015) and Pediatric Balance Scale (PES), based on the Berg Balance Scale (BBS). The Shapiro-Wilk test was used, followed by descriptive analysis and Spearman’s correlation test (p≤0.05). Results: The study analyzed 12 children with ASD living in the metropolitan region of Belém (PA), with a predominance of males, of brown ethnicity, studying between the 2nd and 6th grade of elementary school. Family income was less than one minimum wage (58.3%), with an average diagnosis at 4.33 years and the beginning of therapies at 5.25 years. Flapping was the most common stereotypy (66.6%). There were no significant deficits in range of motion, muscle tone or strength. Three children had impaired sleep quality and a decreased pain threshold in 75% of the sample. There was no correlation between body schema and balance (p = 0.770). Final considerations: The socioeconomic profile of the children studied was traced and the presence of motor aspects frequently associated with ASD was verified. There was no correlation between body schema and balance, which may be associated with the small sample size and the heterogeneity of the sample. Thus, there is a need for research with a larger sample to evaluate the variables.
KEYWORDS: Autism Spectrum Disorder; Body Image; Balance; Infancy.
RESUMEN: Introducción: El Trastorno del Espectro Autista (TEA) se caracteriza por un conjunto de trastornos que se manifiestan tempranamente en el neurodesarrollo, dando lugar a diversos déficits vinculados principalmente a la interacción social y la comunicación, apareciendo los primeros síntomas desde la infancia. Las diversas manifestaciones inherentes al trastorno pueden afectar directamente su relación con la conciencia corporal, ocurriendo debido a las experiencias motoras esenciales para una construcción progresiva de las estructuras cognitivas. Objetivo: Investigar la correlación entre el esquema corporal y el equilibrio en niños con TEA de 6 a 12 años. Metodología: Se trata de un estudio de campo cuantitativo, transversal, realizado en el Instituto de Rehabilitación y Organización Neurológica de Pará (IONPA) en niños de 6 a 12 años, con grados leves a moderados según la Escala de Puntuación de Autismo Infantil (CARS). ), además de la Escala de Desarrollo Motor desarrollada por Rosa Neto (2015) y la Escala de Equilibrio Pediátrico (EEP), basada en la Escala de Equilibrio de Berg (EEB). Se utilizó la prueba de Shapiro Wilk seguida del análisis descriptivo y la prueba de correlación de Spearman (p≤0,05). Resultados: El estudio analizó 12 niños con TEA residentes en la región metropolitana de Belém (PA), con predominio de varones, de etnia mixta, cursando entre 2º y 6º año de la escuela primaria. El ingreso familiar fue inferior al salario mínimo (58,3%), con diagnóstico promedio a los 4,33 años e inicio de terapia a los 5,25 años, siendo la estereotipia más común el aleteo (66,6%). No hubo déficits significativos en la amplitud de movimiento, el tono o la fuerza muscular, 3 niños presentaron deterioro de la calidad del sueño y disminución del umbral del dolor en el 75% de la muestra. No hubo correlación entre la disposición corporal y el equilibrio (p= 0,770). Consideraciones finales: Se trazó el perfil socioeconómico de los niños estudiados y se verificó la presencia de aspectos motores frecuentemente asociados al TEA. No hubo correlación entre la disposición del cuerpo y el equilibrio, lo que puede estar asociado con el pequeño número de muestra y la heterogeneidad de la muestra. Por tanto, surge la necesidad de realizar investigaciones con una muestra ampliada que evalúe las variables.
PALABRAS CLAVE: Trastorno del Espectro Autista; Imagen Corporal; Balance; Infancia.
1 INTRODUÇÃO
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por um conjunto de distúrbios que se manifestam precocemente no neurodesenvolvimento do indivíduo, resultando em déficits na comunicação e interação social, acompanhados pela presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento (KODAK; BERGMANN, 2020).
As características centrais desse transtorno se concentram em duas áreas principais: comunicação social e comportamental. O TEA pode ser classificado em três graus, dependendo do quadro clínico do paciente: autismo clássico, autismo de alto desempenho (síndrome de Asperger) e distúrbios globais do desenvolvimento sem outra especificação.
Esses graus variam de leve a grave, refletindo a extensão do comprometimento individual (BRASIL, 2022).
Atualmente, o TEA é classificado em três níveis de suporte com base na gravidade dos sintomas e na necessidade de assistência, sendo eles: nível 1 se caracteriza por paciente que requer suporte, ou seja, podem apresentar dificuldades na expressão e compreensão, mas conseguem lidar com atividades diárias com um nível baixo de assistência. O nível 2 requer suporte substancial, pois pacientes desse grupo necessitam de suporte mais significativo, visto que apresentam dificuldades mais evidentes e intervenções mais intensivas. Já o nível 3 demanda um suporte muito substancial, onde os indivíduos necessitam de suporte severo em comunicação e interação social, o suporte é abrangente e contínuo, focando em melhorar a qualidade de vida através de um atendimento integral e personalizado (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION 2022).
No que se refere a apresentação dos sintomas iniciais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) se manifesta desde o início da infância. Dificuldades em manter ou iniciar uma conversa, comportamentos comunicativos não verbais, déficits na compreensão e uso de gestos, além da presença de movimentos repetitivos, uso de objetos e falas estereotipadas, juntamente com uma adesão inflexível, sendo características marcantes de pessoas afetadas por esse transtorno. Portanto, o rastreamento na primeira infância e a identificação precoce dos sinais de risco são fundamentais, pois é verificado que quanto mais cedo o tratamento é iniciado, melhores serão os resultados em termos de desenvolvimento cognitivo e de linguagem (ALMEIDA ET AL., 2021).
Mediante a particularidade de cada indivíduo diagnosticado com TEA, observa-se que as manifestações inerentes ao transtorno podem afetar diretamente sua relação com a consciência corporal. Isso ocorre porque as experiências motoras durante a infância são cruciais para a construção progressiva das estruturas cognitivas que moldarão seus futuros pensamentos e comportamentos (FERNANDES, 2008).
Em crianças com desenvolvimento atípico, a consciência corporal pode apresentar déficits em atribuir significado social e comunicativo à experiência corporal. Essa dificuldade pode estar relacionada à complexidade em utilizar as interações sociais como uma fonte para compreender o próprio corpo em um contexto social. Esses fatores podem ser evidenciados devido a dificuldades na Teoria da Mente (ToM) ou na empatia (EM), habilidades cruciais para compreender e interpretar as emoções e intenções (RUSSO et al., 2018).
Outra característica que pode ser afetada é o equilíbrio, ou manutenção da estabilidade corporal, o qual decorre do balanço entre as forças que agem no corpo durante o movimento e quando este sofre alterações, interfere na habilidade da criança de realizar atividades motoras das mais simples às mais complexas (ÁVILA, SOUSA, 2022).
Em crianças, a relação entre equilíbrio e habilidades motoras é evidente e amplamente documentada. O desenvolvimento do equilíbrio é fundamental para a execução eficiente de tarefas motoras, pois a percepção e a cognição são essenciais para planejar e realizar ações. Além disso, os comportamentos motores não só promovem a percepção e a cognição, mas também favorecem a interação social, (ADOLPH; FRANCHAK; 2016). No entanto, crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente enfrentam desafios significativos relacionados ao equilíbrio. Estudos recentes indicam que essas crianças apresentam déficits no controle postural e na coordenação motora, o que pode afetar negativamente sua capacidade de participar em atividades físicas e sociais (STEWART; RAIMONDI; PEPPE, 2019).
A relação entre o esquema corporal e o equilíbrio é um aspecto crucial para o entendimento do desenvolvimento motor. O esquema corporal refere-se à percepção interna do próprio corpo e de suas partes em relação ao espaço e ao movimento. A integração sensorial, que envolve a capacidade do sistema nervoso de processar e organizar informações sensoriais do ambiente e do próprio corpo, é fundamental para o desenvolvimento do equilíbrio (WILCZYŃSKI; TATAROWSKA; MOLENDA, 2023). Evidências sugerem uma correlação estreita entre a precisão do esquema corporal e a eficiência do equilíbrio, implicando que uma percepção corporal bem desenvolvida pode melhorar o controle postural e a coordenação (HILTON; RATCLIFF, 2022). Para crianças com TEA, essa correlação tem implicações significativas. Deficiências na integração sensorial podem resultar em dificuldades na formação de um esquema corporal preciso, o que, por sua vez, pode agravar os problemas de equilíbrio (STEWART; RAIMONDI; PEPPE, 2019).
Nesse sentido, este estudo tem como objetivo investigar a correlação entre o esquema corporal e o equilíbrio em crianças com TEA na faixa etária de 6 a 12 anos. A melhor compreensão dessa relação pode contribuir para o desenvolvimento de estratégias de intervenção mais eficazes, promovendo a melhoria da qualidade de vida dessas crianças.
2 METODOLOGIA
A pesquisa, tratou-se de um estudo de campo, transversal, quantitativo, cuja qual teve início após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob número do parecer 6.539.299 e ocorreu no Instituto de Reabilitação e Organização Neurológica do Pará (IONPA) a partir de janeiro de 2024 nos turnos matutino e vespertino. Os responsáveis e voluntários foram informados sobre o objetivo e procedimentos da pesquisa de forma individual por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) ou Termo de Assentimento e Termo de autorização para uso de imagem.
Foram incluídas na pesquisa crianças com diagnóstico clínico de autismo por meio de laudo psiquiátrico ou neurológico, de 6 a 12 anos, com grau leve a moderado segundo a Escala de Pontuação para Autismo na Infância (CARS), podendo ter em associação o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Foram excluídas da pesquisa crianças com outras disfunções e comorbidades associadas como malformações, Síndrome de Down, Paralisia Cerebral, além daquelas que faziam uso de dispositivos de marcha.
A partir da assinatura dos termos realizou-se a coleta dos dados sociodemográficos por meio de ficha de avaliação da criança e dos responsáveis legais, a qual foi preenchida exclusivamente com base nas respostas dadas durante a entrevista, uma vez que os pesquisadores não tiveram acesso ao prontuário da criança.
Em seguida foi realizada a aplicação da CARS, a qual consiste em uma escala de fácil aplicação, comumente utilizada para avaliar a gravidade do TEA, baseada em 12 descritores de comportamento em três domínios comportamentais. A soma geral do escore da CARS variava entre um potencial de zero (sem características de autismo) a 60 (todas as características graves preenchidas). A partir do resultado, o TEA poderia ser classificado de 4 formas: déficit ausente, leve, moderado ou grave.
Após os questionários iniciais, para avaliação do esquema corporal, foi utilizada a Escala de Desenvolvimento Motor elaborada por Rosa Neto (2015), que inclui testes para diferentes áreas do desenvolvimento motor: motricidade fina (óculo manual); motricidade global (coordenação); equilíbrio (postura estática); esquema corporal (imitação da postura, rapidez); organização espacial (percepção do espaço); organização temporal (linguagem, estruturas temporais); e lateralidade (mãos, olhos e pés).
Para este estudo, utilizou-se apenas a o domínio de esquema corporal. A bateria do esquema corporal possuiu três testes motores divididos entre 2 a 11 anos, distribuídos progressivamente em grau de complexidade. A cada tarefa concluída com êxito, foi atribuído um valor que equivale à idade motora (IM) em meses. A soma da bateria do esquema corporal com as outras baterias resultaram na idade motora geral (IMG), a qual proporcionou o cálculo do quociente motor geral (QMG) dividindo os resultados em Muito Superior, Superior, Normal Alto, Normal Médio, Normal Baixo, Inferior e Muito Inferior para o desenvolvimento motor geral.
Para a avaliação do equilíbrio postural, foi utilizada a Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP), baseada na Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), com a finalidade de avaliar, por meio de 14 itens, o equilíbrio funcional estático e dinâmico de crianças. Os itens remetem a atividades de vida diária e contêm pontuação de 0 a 4, com escore máximo de 56 pontos, sendo o escore diretamente proporcional ao desempenho do participante.
Para análise dos dados, as informações coletadas foram analisadas pelo teste de Shapiro-Wilk a fim de verificar a normalidade dos dados. Após isso, os dados foram analisados por estatística descritiva. Para a verificar a correlação entre o equilíbrio e o esquema corporal, foi utilizado o teste de correlação de Spearman (-r), considerando o nível de significância de 95% com p≤0,05.
3 RESULTADOS
Participaram do estudo 12 crianças, sendo que todas (100%) apresentavam nível 1 de suporte (autismo leve-moderado). A respeito dos aspectos sociodemográficos, todas as crianças residiam na região metropolitana de Belém, 11 (91,6%) dos participantes eram do sexo masculino e 10 (83,3%) eram autodeclarados pardos, conforme a tabela 1. A média de idade da amostra foi de 9,33 anos e a média de idade com que receberam diagnóstico foi de 4,33 anos, já a de início das terapias foi de 5,25 anos. Ademais, a maioria (58,3%) possuía renda familiar inferior à um salário mínimo (R$ 1412,00) e 66,6% residiam com uma quantidade de 3 a 5 pessoas. Sobre a escolaridade dos infantes, 4 (33,3%) estavam no 2° ou no 3° ano, 3 (25%) estavam no 4° ou 5° ano e a maioria (41,7%) encontrava-se no 6° ano. Já sobre o grau de escolaridade dos responsáveis, mais da metade (58,3%) possuía o ensino médio completo.
A tabela 2 demonstra a relação dos participantes com as principais estereotipias presentes no TEA, onde a mais presente foi o Flapping, em que 66,6% das crianças apresentavam. Outras estereotipias apresentadas foram: ecolalias (8,4%), andar na ponta dos pés (8,4%), correr ou pular (25%) e bater palmas (8,4%).
Acerca dos aspectos motores, nenhuma criança apresentava alteração de tônus, redução amplitude de movimento ou força muscular. Entretanto, 75% possuíam baixo limiar de dor e 8,4% e 16,7% apresentavam uma qualidade de sono ruim ou regular, respectivamente (Tabela 3).
A Figura 1 representa um comparativo da idade cronológica da criança, de P1 a P12, e sua pontuação no domínio “Esquema Corporal” na Escala de Desenvolvimento Motor (EDM). Nesta imagem, oito crianças (P1, P4, P6, P7, P8, P10, P11, P12: 66,6%) apresentaram o escore do esquema corporal relativo à sua idade em anos; uma criança (P2: 8,33%) apresentou um desempenho maior, tendo dez anos e alcançando escore de 11 anos; outras duas crianças (P5 e P9) apresentaram escore de um ano a menos que o esperado, sendo uma com 9 anos e esquema corporal de 8 anos, e a outra com 7 anos e pontuação de 6, respectivamente. Por fim, uma criança apresentou escore consideravelmente menor que sua idade cronológica, possuindo onze anos e alcançando desempenho de quatro (P3).
Tabela 1. Caracterização da amostra quanto aos aspectos sociodemográficos.
Tabela 2. Caracterização da amostra quanto a presença de sinais e sintomas do TEA (estereotipias).
Tabela 3. Caracterização da amostra quanto aos aspectos relacionados à motricidade (força muscular, tônus muscular, amplitude de movimento, limiar de dor e qualidade do sono)
Além disso, na Figura 2, é demonstrado o resultado da Escala de Equilíbrio de Berg Pediátrica (EEP) por paciente. Nesta, três pacientes apresentaram escore máximo de 56 pontos (P6, P7, P8); três crianças também alcançaram escore de 54 pontos, próximos do valor máximo (P4, P5 e P9); P2 apresentou escore de 52 pontos; P11, 53 pontos; P12, 50 pontos; P1, 46 pontos; P10, 44 pontos e P3, 37 pontos. A paciente P3, que apresentou menor escore na avaliação do esquema corporal, demonstrou também uma pontuação baixa na EEP. Por outro lado, P10 apresentou escore normal na EDM e diminuição do equilíbrio pela EEP. Já, P5 e P9 que apresentaram alteração leve no esquema corporal, também tiveram discreta perda na EEP.
Figura 1. Valores comparativos da idade cronológica e pontuação no domínio “Esquema Corporal” na Escala de Desenvolvimento Motor (EDM).
Figura 2. Valores do Escore total da Escala de Equilíbrio de Berg Pediátrica (EEP) por paciente.
Além disso, a Tabela 4 expressou a correlação entre o esquema corporal, avaliado pela Escala de Desenvolvimento Motor (EDM), e o equilíbrio em crianças com TEA. Os resultados indicam um coeficiente de correlação de Spearman de -0,095, sugerindo uma correlação negativa muito fraca entre as variáveis. Ademais, o valor de p encontrado foi de 0,770, indicando que essa correlação não é estatisticamente significativa. Assim, observou-se uma fraca correlação, inversamente proporcional, entre o equilíbrio e o esquema corporal nas crianças avaliadas.
Tabela 4. Correlação entre o esquema corporal (EDM) e o equilíbrio nas crianças com TEA.
Legenda (-r) = coeficiente de correlação de Spearman; EDM= Escala de desenvolvimento motor.
4 DISCUSSÃO
A amostra deste estudo contou com 12 participantes, com perfil sociodemográfico indicando que a maioria das crianças eram do sexo masculino, assemelhando-se ao perfil traçado pela pesquisa recente de Melo e Mosmann (2023), onde 80,4% dos infantes eram meninos. No estudo de Hodges (2020), é sugerido que meninas que atendem os critérios do TEA tem maior chance de não receber um diagnóstico clínico, isso devido ao fenótipo do autismo feminino de apresentar sintomas menos evidentes, a propensão a mascarar os déficits sociais, o preconceito de gênero e os estereótipos, podendo desencadear um diagnóstico incorreto ou tardio de meninas.
A maior parte das crianças da presente pesquisa eram pardas, aspecto paralelo ao estudo de Maenner et al. (2020) que sugeriram que, em relação a declaração étnico racial, a prevalência foi menor entre crianças brancas não hispânicas (24,3%) e crianças de duas ou mais raças (22,9%) do que entre crianças negras não hispânicas ou afro-americanas (negras), hispânicas e crianças asiáticas. Ainda, de acordo com Hodges et al. (2020), o TEA ocorre em todos os grupos raciais, étnicos e socioeconômicos, mas seu diagnóstico está longe de ser uniforme, tendo mais casos identificados em crianças caucasianas, sendo alguns fatores associados a essa diferença podem ser o estigma e a falta de acesso a serviços de saúde.
O estudo de Oliveira et al. (2024), aponta que uma das maiores dificuldades encontradas no contexto familiar da pessoa com TEA é a condição financeira, justificando-se tanto pelos gastos com terapias quanto pela diminuição ou abdicação do trabalho do cuidador. No estudo atual, 58,3% das famílias das crianças apresentavam renda inferior a um salário-mínimo, ainda assim, foi relatado que este salário era devido benefício do governo. O autor, em seus achados, encontrou uma predominância de 3 pessoas residindo no mesmo ambiente, concomitante com o presente estudo, onde a maior parte das crianças possuem em suas residências a quantidade possui 3 a 5 (66,6%) pessoas.
A média da idade de diagnóstico encontrada foi 4,33 anos. De acordo com Hwang (2024), a idade média do diagnóstico em países desenvolvidos é de 38–120 meses (3 a 10 anos), já nos subdesenvolvidos ou grupos populacionais sem seguro de saúde ou com acesso deficitário à saúde, o diagnóstico pode ser muito mais tardio.
No tocante ao início das terapias, a média foi aos 5,25 anos, e é recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (2019) a intervenção precoce, sendo realizada por uma equipe multidisciplinar a fim de potencializar a qualidade de vida e desenvolvimento das crianças. Já no que se refere à escolaridade dos responsáveis, 58,3% apresentam nível médio completo. Bandeira et al (2024) acrescenta que crianças e adolescentes com TEA são mais propensos a serem filhos de mães com idade igual ou superior a 25 anos, com atividade laboral fora de casa durante a gestação.
Encontrou-se variedade de estereotipias nas crianças participantes deste estudo, dentre elas: ecolalias, andar na ponta dos pés, flapping, correr e pular e bater palmas, além disso, 75% apresentavam limiar de dor reduzido. Segundo Mercês e Andrade (2021), os movimentos motores restritos e repetitivos, ou estereotipias, que compõem o TEA podem ser amplamente variáveis, para mais, outro aspecto do comportamento presente frequentemente é a hipo ou hiper reação a estímulos sensoriais incomuns do ambiente. Ainda, há divergências quando se aborda a sensibilidade em pessoas com TEA, no estudo de Mattos (2019), é descrito que há a presença de hipossensibilidade e hipersensibilidade a estímulos sensoriais, e a conclusão principal foi que crianças com autismo apresentam comportamentos diferentes ao de crianças sem autismo no que se refere aos perfis sensoriais. Já Ruelle et al (2021), relataram que apesar de comumente serem caracterizados como menos sensíveis, os estudos experimentais ainda não possuem um consenso.
No estudo atual, a maioria das crianças estudadas apresentavam uma qualidade de sono ótima e apenas 16,7% apresentavam uma qualidade de sono ruim ou regular, o que diverge da literatura atual. Maurer et al (2023) comenta que crianças com autismo demonstram resistência maior para dormir, incluindo início tardio, menor duração, ansiedade do sono, maior fragmentação e parassonias, sendo alguns fatores que podem contribuir são: cronótipo noturno, má higiene do sono, uso de medicamentos, histórico familiar, transtornos e sintomas comórbidos, como epilepsia, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), dentre outros.
É apontado que os distúrbios do sono podem piorar os sintomas do TEA, mas essa relação de causalidade ainda não é bem definida. Ji et al (2023) apontaram uma relação genética entre a má qualidade do sono e crianças autistas, englobando mutações nos genes MECP2, VGAT, entre outros, que podem causar atividade atípica de circuitos neurais relacionados à vigília, latência prolongada do sono, curta duração total do sono e despertar à noite. Além disso, ácido butírico, deficiência de ferro e disfunção do TRN também estão ligados ao distúrbio do sono NREM em crianças com TEA.
No presente estudo, nenhuma criança apresentou alteração de tônus, diferente dos achados de Paquet (2017), onde a amostra estudada apresentou uma hipotonia distal em todos os membros e proximal nos membros superiores, além de hipertonia axial. Porém, o próprio autor cita que o tônus é um aspecto motor pouco analisado em pesquisas sobre TEA, não havendo normas de referência na literatura específicas para esse grupo.
No que tange a amplitude de movimento (ADM), nenhuma criança apresentou alteração, sendo este um aspecto positivo visto que muitas crianças que estão no espectro apresentam um padrão de marcha na ponta dos pés, que pode levar ao encurtamento dos músculos sóleo e gastrocnêmios e, consequentemente, uma limitação na ADM da articulação talocrural, como na pesquisa de Daltro et al. (2023), onde 82,1% da amostra apresentava esse padrão marcha.
Em relação a força muscular dos pacientes estudados não houve relatos de déficits, na literatura, é citado que desordens sensório-motoras são comuns no TEA, incluindo déficits na força de preensão e de comportamentos rápidos relacionados a mecanismos de feedforward e feedback, associados frequentemente a condições do sistema oculomotor (Unruh, 2021).
Bäckström (2021), descreve de forma similar que o planejamento e a execução de movimentos manuais sequenciais se apresentam desafiadores no TEA, isso pode interferir em atividades cotidianas e, Ludyga (2021), em seu estudo, relata que crianças com TEA apresentaram comprometimentos na função executiva e na força muscular quando comparados com colegas saudáveis e maior grau de força muscular foi associado a melhor função executiva, mas somente nas crianças com TEA.
Neste estudo, seis crianças tiveram perda leve no equilíbrio e três perda moderada a considerável, através da avaliação pela EEP. No estudo de Cordeiro (2021), os participantes não demonstraram dificuldades na realização na EEP, mantendo pontuação próxima do valor máximo, já no de Cadore (2022), que utilizou das escalas e testes: Bateria Psicomotora (BPM), Timed-up and Go Test e Tinetti e observou que infantes com TEA demonstram alteração no equilíbrio, associado a baixo risco de quedas, porém, com comprometimento da praxia global, e uma correlação entre déficit de equilíbrio e alterações relacionadas ao tônus, noção do corpo, estruturação espaço temporal e praxias global e fina.
Ademais, na pesquisa de Dong et al (2024) com uma amostra de 108 crianças com TEA que objetivou investigar o desenvolvimento de habilidades motoras fundamentais (FMS), verificou-se que 80% delas apresentaram desafios motores ou estavam em potencial risco de desenvolver atrasos, pois pontuaram baixo em áreas como destreza manual, habilidade com bola e equilíbrio estático e dinâmico.
O esquema corporal manifestou pouca diminuição no escore em duas crianças e uma apresentou um escore bastante menor que o esperado. Um ponto importante a destacar-se é que as crianças do estudo atual já realizam terapias na unidade na qual foi realizada a pesquisa, podendo ter desenvolvido melhor as habilidades psicomotoras. Alves, Santos, Castro (2022), ao utilizar a EDM, verificaram que todos os integrantes do estudo apresentavam atraso em todos os domínios da escala, incluindo o esquema corporal, onde (78,57%) foram consideradas grave, neste domínio. No estudo de Anjos et al (2017), as 30 crianças com TEA também obtiveram menor idade motora no Esquema Corporal que corresponde a idade motora especifica.
Ao observar a perda de equilíbrio e o esquema corporal, neste estudo, a correlação foi negativa e estatisticamente insignificante, isto podendo ser explicado pelo baixo número de participantes e pela sua heterogeneidade, bem como por apenas três a seis pacientes possuírem alterações segundo as escalas utilizadas. Farias, Silva (2024), após aplicação da EDM verificou-se que a idade cronológica média da amostra foi de 77,0 (±31,5) meses, e a idade motora geral de 54,5 (±25,9) meses, para mais, três aspectos obtiveram classificação muito inferior (QM de 69 ou menos), sendo elas: motricidade global, equilíbrio e esquema corporal.
De uma maneira geral, verifica-se que as habilidades psicomotoras estão relacionadas com o alcance de marcos do desenvolvimento motor, para que a criança associe noções de tempo e espaço, conceitos, ideias, e adquira conhecimentos e o atraso destas, impactam no desenvolvimento da criança (BARROS, 2023). Existem poucos estudos que relacionem as variáveis esquema corporal e equilíbrio no TEA, além disso, a amostra é geralmente reduzida, deixando os resultados inconclusivos.
Fernandes, Pfeifer e Sposito (2023), indicaram em seu estudo que crianças com TEA estão suscetíveis a demonstrar diversas alterações motoras, estas, desempenharam escores abaixo do que o esperado para suas idades cronológicas em todos os aspectos avaliados pela EDM. Por fim, Cadore, (2022) correlacionaram valores encontrados da Bateria Psicomotora de Vitor da Fonseca (BPM), Escala de Equilíbrio e Mobilidade de Tinetti e Teste Time-up and go de 11 escolares autistas, encontrando correlação direta do equilíbrio, praxia global da BPM, escore total de Tinetti, além dos fatores psicomotores apresentarem correlações com o equilíbrio na BPM, sendo forte para noção do corpo, estruturação espaço temporal, praxias global e fina.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da análise dos resultados obtidos, percebe-se a importância do olhar sobre os aspectos motores de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os dados coletados confirmam aspectos motores frequentemente associados ao TEA, como as estereotipias, porém, a amostra atual apresentou resultados que divergem de muitos estudos prévios, a exemplo da inalteração de tônus muscular.
Pôde-se traçar o perfil socioeconômico das crianças acompanhadas bem como, observar a ausência de correlação entre déficit de equilíbrio e o esquema corporal.
Pelo número amostral pequeno e a heterogeneidade da amostra, verificou-se a necessidade de pesquisas com amostra ampliada avaliando as variáveis estudadas, bem como suas repercussões no desenvolvimento infantil dentro do Espectro Autista.
REFERÊNCIAS
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1Fisioterapeuta. Universidade do Estado do Pará – UEPA. E-mail: jennyfelimafisio@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8528-8813;
2Fisioterapeuta. Universidade do Estado do Pará – UEPA. E-mail: ramofabia@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7104-6837;
3Graduanda em Fisioterapia. Universidade do Estado do Pará – UEPA. E-mail: glauciatavaresf@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0009-0002-6225-8392;
4Graduanda em Fisioterapia. Universidade do Estado do Pará – UEPA. E-mail: damiris.silva@aluno.uepa.br ORCID: https://orcid.org/0009-0005-3545-9609;
5Graduanda em Fisioterapia. Universidade do Estado do Pará – UEPA. E-mail: modestocarol230@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0009-0005-7690-7981;
6Graduanda em Fisioterapia. Universidade do Estado do Pará – UEPA. E-mail: mari.andraadec@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0009-0008-7299-1794;
7Graduanda em Fisioterapia. Universidade do Estado do Pará – UEPA. E-mail: alicegoes831@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0009-0003-7845-6091;
8Doutora em Ciências do Movimento Humano. Universidade do Estado do Pará – UEPA. E-mail: larissa.salgado@uepa.br ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6919-4160;
9Doutora em Ciências da Reabilitação. Universidade do Estado do Pará – UEPA. E-mail: dayse.silva@uepa.br. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8400-1104;