THE IMPACTS OF EXCESSIVE SCREEN USE ON CHILDREN’S DEVELOPMENT
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202502241455
Alice Lopes Prado dos Santos1
Eduarda Machado da Silva2
Profa. Ms.Walkiria Silva Soares Marins3
RESUMO
A tecnologia permeia todas as esferas da vida, criando novas formas de interação, comunicação e identidade. No entanto, essa transição também exige adaptação constante, pois seus impactos ainda são imprevisíveis em crianças. A American Academy of Pediatrics e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam a limitação do tempo de tela, especialmente para crianças, devido aos riscos à saúde e ao desenvolvimento infantil. No entanto, muitos pais não seguem essas diretrizes, com mais de 90% das crianças americanas de 0 a 8 anos passando mais de duas horas por dia em frente às telas. Além disso, fatores socioeconômicos influenciam o uso de dispositivos, com crianças de classes sociais mais altas tendo maior acesso à tecnologia. É essencial que os cuidadores promovam um equilíbrio entre o uso de telas e atividades que estimulem o desenvolvimento saudável das crianças, como brincadeiras livres e vínculos emocionais.Este estudo visou destacar os impactos da exposição excessiva às telas no desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças, enfatizando a importância de um uso responsável e equilibrado da tecnologia. Os resultados demonstraram que o aumento do tempo diante das telas está associado a efeitos negativos, prejudicando o desenvolvimento cognitivo e socioemocional, e afetando o desempenho educacional da criança.
Palavras-chave: tempo de tela; tablets; desenvolvimento cognitivo; desenvolvimento socioemocional; crianças.
ABSTRACT
Technology permeates all spheres of life, creating new forms of interaction, communication, and identity. However, this transition also requires constant adaptation, as its impacts on children are still unpredictable. The American Academy of Pediatrics and the Brazilian Society of Pediatrics recommend limiting screen time, especially for children, due to the risks to health and child development. However, many parents do not follow these guidelines, with more than 90% of American children aged 0 to 8 years spending more than two hours a day in front of screens. In addition, socioeconomic factors influence the use of devices, with children from higher social classes having greater access to technology. It is essential that caregivers promote a balance between screen use and activities that stimulate the healthy development of children, such as free play and emotional bonding. This study aimed to highlight the impacts of excessive screen exposure on children’s cognitive and emotional development, emphasizing the importance of a responsible and balanced use of technology. The results showed that increased screen time is associated with negative effects, impairing cognitive and socio-emotional development, and affecting children’s educational performance.
Keywords: screen time; tablets; cognitive development; socio-emotional development; children.
RESUMEN
La tecnología impregna todas las esferas de la vida, creando nuevas formas de interacción, comunicación e identidad. Sin embargo, esta transición también requiere una adaptación constante, ya que sus impactos aún son impredecibles en los niños. La Academia Estadounidense de Pediatría y la Sociedad Brasileña de Pediatría recomiendan limitar el tiempo frente a la pantalla, especialmente en los niños, debido a los riesgos para la salud y el desarrollo infantil. Sin embargo, muchos padres no siguen estas pautas: más del 90% de los niños estadounidenses de 0 a 8 años pasan más de dos horas al día frente a pantallas. Además, los factores socioeconómicos influyen en el uso de dispositivos, siendo los niños de clases sociales más altas los que tienen mayor acceso a la tecnología. Es fundamental que los cuidadores promuevan un equilibrio entre el uso de pantallas y actividades que fomenten el desarrollo saludable de los niños, como el juego libre y los vínculos afectivos. Este estudio tuvo como objetivo resaltar los impactos de la exposición excesiva a las pantallas en el desarrollo cognitivo y emocional de los niños, enfatizando la importancia de un uso responsable y equilibrado de la tecnología. Los resultados demostraron que el aumento de tiempo frente a las pantallas se asocia con efectos negativos, perjudicando el desarrollo cognitivo y socioemocional y afectando el desempeño educativo del niño.
Palabras clave: tiempo frente a la pantalla; tabletas; desarrollo cognitivo; desarrollo socioemocional; niños.
1. INTRODUÇÃO
A imersão digital é mais do que uma simples mudança tecnológica, ela pode ser compreendida como uma revolução que está moldando profundamente a sociedade em todos os aspectos, e está representando uma transição para um mundo cada vez mais conectado, onde a tecnologia permeia todas as esferas da vida humana (LINS et al., 2024).
No âmbito da comunicação, essa mudança trouxe consigo uma nova era de interação instantânea e globalização, onde as redes sociais e plataformas de mensagens instantâneas permitem que pessoas se conectem e compartilhem informações em tempo real, independente da distância geográfica, aproximando indivíduos, mas também criando novas formas de comunidade e identidade (BORGES; ÁVILA, 2021).
A inserção da esfera digital representou uma mudança fundamental na forma como os seres humanos passaram a trabalhar, se comunicar e se relacionar. É um processo contínuo e dinâmico na sociedade de maneiras profundas e ainda imprevisíveis, exigindo adaptação e inovação constantes para mitigar seus impactos negativos.
A tela, seja de computador, celular, tablet ou televisão, é um símbolo da nossa era moderna. Para as crianças que crescem cercadas por informações digitais e entretenimento nas telas, os chamados “nativos digitais”, o tempo nas telas é uma parte importante da vida contemporânea (NASCIMENTO et al., 2024).
Há evidências de que o tempo de tela está associado à obesidade, sendo sugeridos como mecanismos o aumento da ingestão energética, o deslocamento do tempo disponível para atividade física ou, mais diretamente, através da redução da taxa metabólica. Há também evidências de que o elevado tempo de tela está associado a efeitos deletérios sobre a irritabilidade, o mau humor e o desenvolvimento cognitivo e socioemocional, levando a um baixo desempenho educacional (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2016).
Essas preocupações levaram organizações médicas, como a American Academy of Pediatrics (2013), a recomendarem que os pais limitarem o tempo diário de tela das crianças, com períodos de tempo específicos para crianças em idade pré-escolar e uma sugestão geral de tempo nas telas para crianças mais velhas e adolescentes.
Apesar das diversas orientações propostas tanto pela AAP ou pela Sociedade Brasileira de Pediatria, a maioria dos responsáveis pelas crianças não cumpre essas diretrizes. Estudos recentes mostram que mais de 90% das crianças americanas com idade entre 0 e 8 anos passam mais de 2 horas por dia em frente às telas (PEIXOTO et al., 2020). Nesse mesmo universo, alguns fatores socioeconômicos estão diretamente relacionados ao uso de telas. Devido ao maior poder aquisitivo as crianças pertencentes às classes sociais mais favorecidas costumam ter acesso a uma quantidade maior de equipamentos eletrônicos e acesso a internet (NOBRE et al., 2021).
É sabido que, na infância são adquiridas habilidades motoras, psicossociais e cognitivas e o ambiente está diretamente ligado à promoção do desenvolvimento dessas habilidades, por isso é de suma importância proporcionar atividades que ofereçam liberdade de movimento, vínculos emocionais, brincadeiras livres e outros fatores que agreguem o crescimento e desenvolvimento saudável (NOBRE et al., 2021).
As recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria refletem a preocupação crescente com os efeitos do uso excessivo de telas na saúde e no desenvolvimento infantil. Ao seguir essas diretrizes, os pais podem ajudar a promover um equilíbrio saudável entre o uso de tecnologia e outras atividades importantes para o crescimento e bem-estar de seus filhos. É essencial que os cuidadores estejam cientes dos potenciais impactos do uso de telas e tomem medidas proativas para garantir que as crianças utilizem esses dispositivos de maneira segura e responsável (BARRETO et al., 2023; LIMA et al., 2023). Sendo assim, este estudo teve como objetivo apontar os impactos da exposição às telas no desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças.
2. METODOLOGIA
Para a construção desta pesquisa selecionou-se o método revisão bibliográfica do tipo integrativa buscando maior familiaridade com o tema escolhido. No entender de Amaral e Souza (2021, p. 13), “a pesquisa bibliográfica é uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará todas as etapas de uma pesquisa, na medida em que der o embasamento teórico em que se baseará o trabalho”. Tal metodologia proporcionou o aprofundamento do tema, com o intuito de reunir dados e informações atualizadas para compor essa pesquisa. As fontes utilizadas foram artigos científicos, livros e documentos de órgãos oficiais publicados entre 2020 a 2024, em texto completo, nas línguas portuguesa e inglesa. As principais bases de dados pesquisadas foram Scientific Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), US National Library of Medicine National Institutes of Health (Pubmed) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Os descritores em Ciências da Saúde (DeCS) empregados foram: Tempo de exposição; Tempo de tela; Redes sociais; Internet, Mídias; Aplicativos móveis; Televisão; Eletrônicos; Desenvolvimento infantil; Dependência tecnológica; Saúde física; Saúde mental; bem como os estes termos em inglês: Screen time; Social media; Internet, Media; Mobile apps; Television; Electronics; Child development; Technology dependence, Physical health, Mental health. Os critérios de inclusão foram artigos científicos publicados dentro do período estabelecido na coleta de dados e que empregaram ao menos dois dos descritores mencionados. Os critérios de exclusão foram duplicidade de artigos nas plataformas digitais, textos pagos, textos incompletos e não condizentes com o tema.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com o intuito de conhecer os efeitos do uso excessivo de telas no desenvolvimento de crianças e empregando os descritores mencionados na metodologia da pesquisa, cinquenta e nove (59) artigos foram encontrados nas bases de dados. Trinta (30) foram excluídos pela leitura do resumo e por não se enquadrarem nos critérios de inclusão. Apenas nove (9) artigos estavam dentro da seleção dos critérios exigidos para compor esse estudo.
Tabela 1 – Artigos incluídos na pesquisa
Autor Título Periódico Objetivo Principais resultados encontrados Lins et al., (2024) Consequências do uso excessivo de telas no desenvolvimento de crianças: uma revisão integrativa Contribucion es a las ciências sociales, [S. l.], v. 17, n. 3, p. e5655, 2024. Identificar as consequências do uso excessivo de telas no desenvolvimento infantil Dificuldades de linguagem, déficits cognitivos, dificuldades emocionais e comportamentais Cavalcanti et al., (2024) O impacto do uso de telas digitais no desenvolvimento cognitivo infantil: Uma revisão de literatura Research, Society and Development , [S. l.], v. 13, n. 7, p. e6113746285 , 2024 Descrever as consequências do uso de telas digitais para o desenvolvimento cognitivo infantil Consequências no desenvolvimento neuropsicomotor, prejudicar a saúde física e mental Nascimento et al., (2024) Explorando os efeitos da exposição às telas eletrônicas no desenvolvimentocognitivo e emocional de crianças até 12 anos: uma revisão sistemática da literatura Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 213–231, 2024 Aprofundar a compreensão dos efeitos da exposição às telas no desenvolvimento cognitivo e emocional de crianças até 12 anos Podem aprimorar quanto prejudicar o funcionamento executivo, habilidades de leitura e desempenho acadêmico Muppalla et al., (2023) Effects of Excessive Screen Time on Child Development: An Updated Review and Strategies for Management Cureus, v. 15, n. 5, 2023 Examinar os efeitos do tempo de tela em muitos domínios de desenvolvimento e abrange técnicas de gerenciamento e limitação para o uso de telas por crianças Efeitos prejudiciais no crescimento social e emocional, obesidade, distúrbios do sono e condições de saúde mental, incluindo depressão e ansiedade Vasconcelos et al., (2023) O impacto do uso excessivo de telas no desenvolvimento neuropsicomotor de crianças: uma revisão sistemática Revista Foco, [S. l.], v. 16, n. 11, p. e3308, 2023. Investigar o impacto do uso excessivo de telas no desenvolvimento neuropsicomotor de crianças Tempo excessivo de tela associado a atraso no desenvolvimento nos domínios de aquisição de linguagem e comunicação Lima et al., (2023) Efeitos da exposição excessiva de telas no desenvolvimento infantil Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences , [S. l.], v. 5, n. 4, p. 2231– 2248, 2023. Compreender os efeitos do uso de tela no desenvolvimento infantil Atrasos no desenvolvimento da linguagem, dificuldades no sono e prejuízos no desenvolvimento cognitivo, emocional e comportamental Rocha et al., (2022) Consequências do uso excessivo de telas para a saúde infantil: uma revisão integrativa da literatura Research, Society and Development , v. 11, n. 4, e3921142747 6, 2022 Compreender o efeito do uso de telas na infância e suas consequências Comprometimento na linguagem, déficit cognitivo, dificuldades emocionais e comportamentais Costa et al., (2021) Impacto das Telas no Desenvolvimento Neuropsicomotor Infantil: uma revisão narrativa Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 4, n. 5, p. 21060– 21071, 2021 Descrever os impactos causados pelo uso excessivo de telas no desenvolvimento neuropsicomotor de crianças e adolescentes Impacto negativo no desenvolvimento neuropsicomotor de crianças e adolescentes Rocha et al., (2021) Screen time and early childhood development in Ceará, Brazil: a population-based study BMC Public Health, v. 21, n. 2072, p. 1- 8, 2021 Avaliar a associação da exposição à tela com a comunicação infantil, motor grosso, motor fino, resolução de problemas e pontuações de desenvolvimento pessoal-social Resultados negativos no desenvolvimento entre crianças menores de 5 anos
Em um estudo transversal realizado com 3.155 crianças de 0 a 60 meses de idade residentes do estado do Ceará, Brasil, Rocha et al. (2021), avaliaram a associação da exposição à tela ao desenvolvimento infantil. Os autores empregaram as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para definir a exposição excessiva ao tempo de tela, e o desenvolvimento infantil foi avaliado por meio do Questionário Brasileiro de Idades e Estágios. Os resultados demonstram que o tempo de tela aumentava conforme a idade, onde 41,7% para crianças de 0 a 12 meses e 85,2% para crianças de 49 a 60 meses. Impactos negativos no desenvolvimento infantil foram encontrados na comunicação, no desenvolvimento motor grosso, fino, resolução de problemas e habilidades pessoais-sociais.
Na compreensão de Costa et al., (2021), o uso excessivo de mídias digitais interfere no desenvolvimento neuropsicomotor, causando danos à saúde física e psicológica, tornando as crianças mais sedentárias e menos interativas, favorecendo o aparecimento de enfermidades como a obesidade e a depressão. O uso excessivo dessas tecnologias impacta negativamente as crianças, tornando essencial a sensibilização dos pais e encarregados para supervisionar o uso desses dispositivos. Esta intervenção deve começar desde o primeiro contato da criança com esses dispositivos, pois os danos de uma exposição prolongada começam cedo.
O uso inadequado ou excessivo das telas pode estar ligado a um risco aumentado de obesidade, problemas alimentares, distúrbios do sono e problemas psicológicos, como ansiedade e depressão. É fundamental seguir as orientações sobre o tempo apropriado para as crianças utilizarem telas determinadas tanto pela Organização Mundial de Saúde (OMS), American Academy of Pediatrics ou pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Além disso, caberá ao responsável o uso supervisionado para assegurar que o conteúdo visualizado esteja em conformidade com a idade das crianças (ROCHA et al., 2022).
Lima et al., (2023), em seu estudo, enfatiza uma importante realidade a respeito do tema, onde muitos pais utilizam esses dispositivos digitais para entreter ou acalmar a criança quando estão ocupados com as rotinas do cotidiano. Os autores sinalizam que a AAP reconhece que existem ocasiões em que a utilização da mídia pode ser eficaz como tática para tranquilizar a criança, seja durante consultas médicas ou em viagens aéreas. Entretanto, destaca que a aplicação desta tática pode resultar em problemas como a restrição ou a incapacidade da criança de criar seus próprios mecanismos de regulação emocional, portanto, impactando no desenvolvimento socioemocional.
Por meio de uma revisão sistemática de literatura, os achados de Vasconcelos et al., (2023) corroboram com o que já foi evidenciado até o momento. Os autores também chamam a atenção para dois aspectos que podem afetar o desenvolvimento físico e mental das crianças em idade escolar: o sono e a qualidade da dieta daqueles que possuem livre acesso às telas. A duração insuficiente do sono é generalizada e associada a um risco maior de resultados adversos à saúde, incluindo obesidade, doenças cardiovasculares e depressão, apresentando, portanto, um desafio à saúde pública. Já em relação à dieta, existe a associação da exposição ao tempo de tela e aumento nas frequências de consumo de alimentos ricos em gordura, açúcar livre ou sal. Ambas as alterações de comportamento podem estar associadas ao aumento da obesidade infantil, que provavelmente se estenderá até a idade adulta, resultando em doenças metabólicas, musculoesqueléticas ou cardiovasculares e aumentar o risco de câncer.
Em uma análise sobre o desenvolvimento cognitivo e social, Muppalla et al., (2023) afirma que a exposição da criança em seus primeiros anos de vida à tela tem sido vinculada a habilidades cognitivas reduzidas e desempenho acadêmico inferior em anos subsequentes. O tempo de tela impacta o desenvolvimento da linguagem, uma vez que reduz a quantidade e a qualidade das interações entre crianças e cuidadores. O uso excessivo de telas também pode resultar em problemas socioemocionais, comprometer a interpretação emocional, incitar comportamento agressivo e complicar as habilidades sociais e emocionais.
Os efeitos do uso excessivo de telas por crianças de até 12 anos verificados por Lins et al., (2024) sugerem consequências importantes, como distúrbios do sono, psiquiátricos, atrasos no desenvolvimento cognitivo, linguístico e psicossocial, problemas de alimentação, problemas de visão, atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor e o aparecimento de doenças cardiovasculares.
Na compressão de Cavalcanti et al., (2024), considerando a rotina da criança com telas, observou-se consequências negativas como deficiência cognitiva, exaustão extrema, ansiedade, depressão, dificuldade de concentração, mudanças de humor, desempenho escolar insatisfatório, estresse, deficiências alimentares e problemas comportamentais. Impacta o sono, evidenciando-se a alimentação irregular, bem como a interação interpessoal reduzida na infância, crucial para o progresso e o bem-estar nesta etapa da vida.
Portanto, é necessário que cuidadores, educadores e profissionais de saúde compreendam os possíveis perigos do uso excessivo de telas e estabeleçam táticas para estimular o crescimento saudável das crianças, incluindo atividades alternativas que estimulem competências cognitivas, linguísticas e socioemocionais. Tempo de tela consciente, considerando as determinações da APP como mídias sociais pró-sociais e um plano de ação de mídia podem ajudar a reduzir e ser uma solução para os efeitos negativos do tempo de tela entre crianças pequenas visando a redução de danos e a promoção de maior desenvolvimento emocional, cognitivo e social (MUPPALLA et al., 2023; NASCIMENTO et al., 2024).
4. CONCLUSÃO
A imersão digital, apesar das significativas inovações tecnológicas, apresenta desafios significativos para o desenvolvimento infantil. Este estudo examinou os efeitos do uso excessivo de telas no desenvolvimento cognitivo, emocional e físico das crianças, focando nas consequências adversas ligadas ao uso excessivo dessas tecnologias. O estudo demonstrou que a exposição prolongada a telas pode afetar o desenvolvimento motor, social e psicológico, impactando competências como comunicação, solução de problemas e controle emocional. Os achados sugerem que o uso impróprio de aparelhos eletrônicos está associado a diversos problemas de saúde, tais como obesidade, distúrbios do sono e questões psicológicas, como depressão e ansiedade. Além disso, o uso sem restrições de telas pode prejudicar o aprendizado, a performance escolar e o crescimento socioemocional das crianças, tornando-as mais propensas a problemas no futuro. A revisão estudada indica que a limitação do tempo de tela é fundamental para atenuar esses efeitos negativos, onde as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras organizações médicas enfatizam a relevância de restringir o tempo de visualização e assegurar que o conteúdo visualizado seja apropriado para a idade. Portanto, se não for adequadamente administrada, a exposição excessiva às telas pode resultar em efeitos duradouros e danosos à saúde e ao crescimento das crianças. Nessa perspectiva, é imprescindível uma ação conjunta entre pais, educadores e profissionais de saúde para incentivar o uso balanceado de tecnologias, buscando não apenas restringir a duração da exposição, mas também promover atividades que promovam o crescimento físico, emocional, social e cognitivo das crianças.
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1Fundação Oswaldo Aranha.
2Fundação Oswaldo Aranha.
3Fundação Oswaldo Aranha.