VAGINAL MICROBIOME AND SUSCEPTIBILITY TO SEXUALLY TRANSMITTED INFECTIONS AND ITS IMPLICATION IN PREVENTION AND TREATMENT: AN INTEGRATIVE REVIEW
REGISTRO DOI:
Marco Antônio Melo Alencar1; Mireille Francisconi2; Letícia Genaro Bulle3; Melina Souza Fernandes Sá4; Hélio Assayag Canizo5; Jéssica Caroline Lopes Pinho6; Viviane Isabela nascimento Leão7; Juliane Bento da Silva8; Bruno Lopes Amoedo9; Anna Moussallem Rodrigues10
Resumo
O microbioma vaginal é composto por microrganismos que mantêm a saúde vaginal, prevenindo infecções e equilibrando o pH. Dominado por Lactobacilos, ele protege contra ISTs. Desequilíbrios aumentam a suscetibilidade a doenças como HIV e clamídia. Compreender essa relação permite desenvolver intervenções, como probióticos, para reduzir riscos e melhorar a saúde reprodutiva feminina. objetivo: Este estudo revisa a literatura sobre o microbioma vaginal, sua relação com ISTs e estratégias de prevenção e tratamento. Metodologia: A revisão integrativa utilizou bases como PubMed, LILACS e SciELO, analisando artigos de 2018 a 2024. Após critérios de elegibilidade, 60 estudos foram selecionados para sintetizar as evidências mais recentes sobre o tema. Resultados: A revisão identificou estratégias para prevenir e tratar o desequilíbrio do microbioma vaginal e reduzir o risco de ISTs. Manter lactobacilos dominantes e o pH ≤ 4,5 é essencial. Evitar antibióticos desnecessários, duchas vaginais e múltiplos parceiros ajuda a preservar o equilíbrio. O consumo de probióticos e iogurte com lactobacilos mostra ser benéfico. Conclusão: Por conseguinte, manter o equilíbrio do microbioma vaginal, com predominância de lactobacilos, reduz o risco de ISTs. Estratégias incluem evitar antibióticos e duchas vaginais, consumir probióticos e iogurte natural, e considerar o impacto de múltiplos parceiros. A abordagem integrativa alia cuidados clínicos e hábitos saudáveis para prevenir infecções e promover o bem-estar.
Palavras-chave: Infecções Sexualmente Transmissíveis; Microbioma vaginal; Prevenção; Tratamento.
1. INTRODUÇÃO
O microbioma vaginal refere-se à comunidade de microrganismos, incluindo bactérias, fungos e vírus, que residem naturalmente no trato vaginal de uma mulher. Esses microrganismos desempenham um papel crucial na manutenção da saúde vaginal, ajudando a prevenir o crescimento de patógenos prejudiciais, mantendo o equilíbrio do pH e apoiando o sistema imunológico local. Um microbioma vaginal saudável está associado a uma menor incidência de infecções, como vaginose bacteriana e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Esse ambiente é dominado por Lactobacilos, que produzem ácido láctico e outros compostos antimicrobianos, criando um ambiente hostil para patógenos causadores de ISTs. Desequilíbrios nesse microbioma, como a vaginose bacteriana, podem aumentar a suscetibilidade a infecções por HIV, gonorreia, clamídia e outros agentes. Compreender a relação entre o microbioma vaginal e as ISTs abre novas perspectivas para a prevenção e o tratamento. Intervenções que visam modular o microbioma, como o uso de probióticos ou prebióticos, podem ser promissoras para reduzir o risco de aquisição de ISTs e melhorar a saúde reprodutiva feminina, além do objetivo de realizar uma revisão da literatura sobre a prevenção e tratamento do desequilíbrio do microbioma vaginal e sua relação com a susceptibilidade para infecções sexualmente transmissíveis e atualizar a literatura sobre a temática com as evidências mais recentes.
2. METODOLOGIA
Este estudo é uma revisão integrativa da literatura realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando como base de dados o PubMed, LILACS, SciELO e o MEDLINE. Esse resumo foi desenvolvido com base em uma Revisão Integrativa, visando a síntese dos resultados obtidos nas pesquisas de maneira abrangente e ordenada. Como critério de seleção, a busca foi limitada a artigos publicados entre os anos de 2018 a 2024, utilizando somente aqueles publicados nos idiomas português e inglês. Os descritores “Microbioma vaginal”, “Infecções Sexualmente Transmissíveis”, “Prevenção” e “Tratamento” foram aplicados em conjunto com o operador booleano “AND”, o que resultou em uma amostra de 76 artigos, dos quais 60 foram filtrados com base nos critérios de elegibilidade e disponíveis na íntegra, sendo excluídos trabalhos duplicados, relatos de caso, não escritos nas línguas selecionadas e monografias.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS
Após a revisão da literatura, foi possível identificar as estratégias mais eficazes para abordar a susceptibilidade às infecções sexualmente transmissíveis por desequilíbrio do microbioma vaginal. Para prevenir e tratar do desequilíbrio é importante manter ambientes vaginais livres de inflamação e dominados por lactobacilos. A produção de ácidos orgânicos pelos lactobacilos mantém o pH vaginal menor ou igual a 4,5 criando um ambiente inóspito que inibe o crescimento de patógenos causadores de ISTs. Outro ponto de ênfase dos artigos foi atentar-se ao uso de antibióticos que eliminam bactérias benéficas, permitindo o crescimento de patógenos, prática de ducha vaginal que perturbam o equilíbrio natural do microbioma e aumenta o risco de DSTs, ter múltiplos parceiros sexuais visto que a microbiota do parceiro pode influenciar a composição do microbioma vaginal e por fim, consumir probióticos e iogurte natural com lactobacilos.
4. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, foi demonstrado que a manutenção do equilíbrio do microbioma vaginal, especialmente com a predominância de lactobacilos, é fundamental para reduzir a susceptibilidade às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). As estratégias mais eficazes para prevenção e tratamento do desequilíbrio incluem: evitar práticas que comprometam a microbiota benéfica, como o uso indiscriminado de antibióticos e duchas vaginais; adotar medidas que favoreçam um ambiente vaginal estável, como a ingestão de probióticos e iogurte natural com lactobacilos; e considerar o impacto de múltiplos parceiros sexuais na composição da microbiota vaginal. Essas ações reforçam a importância da abordagem integrativa na saúde vaginal, combinando cuidados clínicos e hábitos de vida para prevenir infecções e promover o bem-estar feminino.
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1Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) Campus Manaus-AM e-mail: alencar2004@icloud.com;
2Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Santa Teresa Campus Manaus-AM e-mail: francisconimireille@gmail.com;
3Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Santa Teresa Campus Manaus-AM e-mail: leticia.genaro20@gmail.com;
4Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Santa Teresa Campus Manaus-AM e-mail: melinasouzasa@gmail.com;
5Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) Campus Manaus-AM e-mail: helioassayag@gmail.com;
6Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) Campus Manaus-AM e-mail: jessicapinho080502@gmail.com;
7Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) Campus Manaus-AM e-mail: leao.viviane@yahoo.com.br;
8Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) Campus Manaus-AM e-mail: Julianebento1408@gmail.com;
9Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) Campus Manaus-AM e-mail: brunolamoedo@icloud.com;
10Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) Campus Manaus-AM e-mail: annamoussallem12@gmail.com