A PLACA OBTURADORA COMO SUPORTE A ALIMENTAÇÃO DE RECÉM-NASCIDO COM FENDA LABIOPALATINA: RELATO DE CASO

THE OBTURATOR PLATE AS A SUPPORT FOR BREASTFEEDING OF NEWBORN WITH CLOSE LIP AND PALATE: CASE REPORT

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202502231521


Deborah Tatiane Pinheiro dos Santos Costa1; Wylly Jerffeson Gonçalves Barros1; Larissa Ribeiro de Souza1; Layra Fialho Vieitas1; Edilsa Portal Sacramento1; Luana Gabriela Figueiredo de Montalvão Leite1; Thamires Rosa Freitas do Nascimento1; Ana Karina Leite Costa1; Valeria Regina Cavalcante dos Santos1; Ana Paula Figueiredo de Montalvão França2


Resumo

A Fenda Labiopalatina é uma formação inadequada na região orofacial que compromete funções fisiológicas básicas do recém-nascido, uma delas é a função nutricional que está intrinsecamente ligada ao crescimento e desenvolvimento de uma criança. Mesmo diante da dificuldade de amamentar, o  aleitamento materno  exclusivo  durante  os  seis  primeiros  meses  de  vida é prioritário,  ainda que esteja sendo prejudicado pela fissura. Desse modo, a placa obturadora flexível é um recurso que pode ser utilizado para restaurar funções fisiológicas como a mastigação, deglutição e produção da fala. Em razão disso, o objetivo do estudo é descrever um relato de caso obre o suporte da placa obturadora para o aleitamento materno de um recém-nascido com fenda labiopalatina. Trata-se de um estudo qualitativo do tipo relato de caso de abordagem descritiva, realizado durante o período de novembro de 2024 a fevereiro de 2025, a partir dos registros da equipe multiprofissional contidos no prontuário eletrônico do paciente, enquanto o Recém-Nascido (RN) estava sendo acompanhado em uma Unidade de Cuidados Intensivos (UCI). A análise das informações foi feita com a seleção do material coletado e descrição minuciosa do caso. A confecção pela equipe de cuidado e o uso da placa obturadora palatina pelo RN foi essencial para equilibrar suas demandas fisiológicas e nutricionais de amamentação, bem como de estabelecer o vínculo materno, foi observado a relevância da equipe multiprofissional nos cuidados com o neonato. Assim, nota-se os benefícios da utilização de próteses palatinas para estabelecer o aleitamento materno, ganho de peso, redução do tempo de internação e para o crescimento e desenvolvimento infantil.

Palavras-chave: Fenda Palatina. Obturadores Palatinos. Recém-Nascido.

Abstract

Cleft lip and palate is an inadequate formation in the orofacial region that compromises basic physiological functions of the newborn, one of which is the nutritional function that is intrinsically linked to the growth and development of a child. Even when breastfeeding is difficult, exclusive breastfeeding during the first six months of life is a priority, even if it is being impaired by the cleft. Thus, the flexible obturator plate is a resource that can be used to restore physiological functions such as chewing, swallowing and speech production. Therefore, the objective of the study is to describe a case report on the support of the obturator plate for breastfeeding of a newborn with cleft lip and palate. This is a qualitative case report study with a descriptive approach, carried out from November 2024 to February 2025, based on the records of the multidisciplinary team contained in the patient’s electronic medical record, while the Newborn (NB) was being monitored in the Intensive Care Unit (ICU). The analysis of the information was done by selecting the collected material and providing a detailed description of the case. The preparation by the care team and the use of the palatal obturator plate by the newborn was essential to balance the physiological and nutritional demands of breastfeeding, as well as to establish the maternal bond. The relevance of the multidisciplinary team in the care of the newborn was observed. Thus, the benefits of using palatal prostheses to establish breastfeeding, weight gain, reduction of hospitalization time and for child growth and development are noted.

Keywords: Cleft Palate. Palatal Obturators. Newborn.

1 INTRODUÇÃO

As fissuras  labiopalatinas são  conhecidas  como  más  formações  congênitas  que  ocorrem  no  primeiro  trimestre  de gestação,  com  mais  exatidão,  na  quarta  semana  de  vida  intrauterina.  Essas  anormalidades  acometem  a  formação  da  face  e podem  variar  da  forma  mais  simples,  como  a  fissura  de  lábio,  até  as  mais  complexas,  como  a  fissura  completa  de  lábio  e palato (Bhandari, 2018).

As fissuras orofaciais apresentam prevalência de 1/700 em nascidos vivos a nível global (Nasredinne, 2021). A prevalência média de fissuras labiopalatinas no Brasil, foi de 52 recém-nascidos por 100 mil nascimentos, entre 2008 a 2017, revelando sua importância epidemiológica.

Tal condição pode ser decorrente de fatores ambientais e hereditários, podendo variar o grau de gravidade, atingindo total  ou  parcialmente  o  lábio,  o  rebordo  alveolar  e,  como situação  mais  severa,  o  palato  anterior e/ou  posterior,  podendo  ser diagnosticadas  com  exatidão  a  partir  de  26  semanas  de  gestação  por  meio  da ultrassonografia (Johnson, 2019).

Além  da  deformidade  anatômica,  com  alterações  de  arcada dentária,  as  fissuras podem  provocar  alterações  funcionais  na  fala  e  na  alimentação  e  predispor  o  bebê  a  infecções  de  vias aéreas  e  de  orelha média. (Albergaria et al., 2015). Os  problemas  mais  comuns  são  trauma  mamilar,  ingurgitamento mamário,  pouco  leite,  sucção  inadequada  por  falta  de  pressão  intraoral (Silva, Amaral e Silva et  al.,  2021).

Mesmo diante da dificuldade de sucção das crianças com fissuras em razão da impossibilidade anatômica de isolar a cavidade  oral,  da  falta  de  apoio  e  de  estabilização  do  bico  do peito,  bem  como  da  posteriorização  da  língua,  o  aleitamento materno  exclusivo  durante  os  seis  primeiros  meses  de  vida  deve  ser  estimulado,  principalmente  no  lado  da  fissura (Santos et al., 2021).

O tratamento  pré-cirúrgico  baseia-se  na  utilização  de aparelhos  ortopédicos  removíveis  na  maxila  dos  bebês portadores  de  fissura  ou  na  realização  de  exercícios  para  direcionar  as  estruturas  comprometidas  pela  fissura,  logo  após  o nascimento. As placas obturadoras palatinas flexíveis, criam uma vedação entre as  cavidades oral e nasal fechando essencialmente o defeito palatino.

A placa obturadora restaura as funções básicas da mastigação, deglutição e produção da fala até que os lábios leporinos possam ser corrigidos cirurgicamente. Tais dificuldades alimentares comprometem o estado nutricional da criança. (Silva, Amaral e Silva, 2021).

A placa palatina simples, também chamada de placa de amamentação, é indicada para uso antes da cirurgia porque além de melhorar a amamentação do bebê, evita a regurgitação nasal e a inspiração excessiva de ar, além de estimular o correto crescimento maxilar e auxiliar no desenvolvimento da fala. (Jesus et al., 2022).

Estas placas de amamentação simples são realizadas logo após o nascimento para auxiliar na amamentação. Além disso, melhoram a capacidade respiratória pela diminuição da deformidade do nariz enquanto fazem o alinhamento dos maxilares. Tais próteses consistem em próteses maxilofaciais removíveis que objetivam obstruir a comunicação oral e nasal. (Silva et al., 2019).

Dessa forma, para reabilitar esses recém-nascidos que podem possuir dentes ausentes ou mal formados, além de defeitos de rebordo mesmo após a realização das cirurgias corretivas, tem-se o uso das próteses ou placas obturadoras, como forma de reabilitar a estética e função nasal e oral, bem como a sua alimentação.

A atuação multiprofissional se faz necessária para atender as necessidades psicológicas, funcionais e estéticas dos neonatos. Dessa forma, a equipe deve ser composta por diversas especialidades, como Cirurgia Plástica, Odontologia, Nutrição, Fonoaudiologia, Pediatria, Otorrinolaringologia, Enfermagem, Psicologia, dentre outros. (Silva, Amaral e Silva et al., 2021).

Tendo em vista esses aspectos, o objetivo do estudo é relatar a utilização da placa obturadora como suporte ao aleitamento materno de um Recém-Nascido (RN) com fenda labiopalatina, bem como relatar as práticas multiprofissionais da equipe na abordagem e tratamento dessa condição e sua relação com o processo de cuidado neonatal, por meio de um relato de caso.

Desse modo, observa-se que o estudo tem importância para o aprimoramento do conhecimento científico sobre os benefícios de próteses labiopalatinas que podem garantir o sucesso da amamentação e possibilitar o desenvolvimento desenvolvimento físico e cognitivo adequado da criança.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 FENDA LABIOPALATINA

A fissura labiopalatal é uma má formação congênita comum que se apresenta por descontinuidade na formação orofacial podendo acometer desde a face até o osso palatino. Tal deformação interfere na qualidade de vida uma vez que causa prejuízos na fala, alimentação, respiração, audição, entre outros (Costa et al., 2018).

Esta anomalia ocorre durante a 4ª e 12ª semana de gestação pela má fusão do osso palatino durante o desenvolvimento fetal. Esse fato pode estar associado a fatores intrínsecos como mutações genéticas, polimorfismos, consanguinidades como também a fatores extrínsecos como o uso de drogas lícitas e ilícitas durante a gestação, exposição a agentes tóxicos, uso de medicamentos e subalimentação (Souza et al., 2022). Pode se manifestar no lábio (Fenda labial) e no palato (Fenda palatal) de forma isolada ou associadas de forma única ou bilateralmente (Santos e Oliveira, 2021).

Estima-se que a incidência é cerca de 1 para cada 650 nascimentos no Brasil. Andrade et al. (2021) constatou em sua pesquisa que a ocorrência dessa anomalia ocorre em maior número nas gestações únicas e com pais de idade ≥37 anos. A respeito do tipo de fissura e sexo mais acometidos, Rollemberg et al. (2019) referiu em sua pesquisa que o sexo masculino tem maior prevalência de fissuras labiais enquanto pessoas do sexo feminino, fissuras palatinas.

O diagnóstico é possível durante a gestação a partir da ultrassonografia morfológica (28ª a 33ª semanas) o que favorece o conhecimento precoce dos pais sobre a anomalia de modo que estes tenham ciência do plano de cuidados a ser realizado com o recém-nascido após o nascimento e suas repercussões para o próprio e a família (Souza et al., 2022).

2.2 TRATAMENTO CIRÚRGICO

O tratamento é realizado a partir do tipo e extensão da fissura. Inicialmente, são realizadas as cirurgias primárias: Para as fissuras labiais é realizada a queiloplastia a partir do 3º mês de vida do RN seguido pela palatoplastia com 12 meses, esses procedimentos se restringem aos tecidos moles (Santos e Oliveira, 2021). O tratamento pode se estender do nascimento à fase adulta.

Tendo em vista o crescimento de estruturas ósseas é feita nova avaliação para realização de nova abordagem cirúrgica, denominada de secundária. Na fase adulta pode ser necessária cirurgia ortognáticas para melhora da região maxilo-mandibular (Silva, Amaral e Silva; 2021).

Esses procedimentos têm como finalidade melhorar a estética do paciente como também melhorar sua qualidade de vida. Em vista disso, o paciente, para realizar os procedimentos, deve estar saudável, com exames laboratoriais estáveis e peso adequado (Mattos, 2019).

2.3 PLACA OBTURADORA

A placa feita por resina é confeccionada nos primeiros dias de vida para que a amamentação seja facilitada e diminua acidentes provocados pela conexão oro nasal. Essa confecção pode ser feita em uma ou duas etapas na qual primeiramente é feita a moldeira individual e posteriormente a impressão para confecção da placa. Para a moldagem pode ser usada a resina acrílica autopolimerizável, silicone Putty e cera rosa com folha de EVA e alginato (Lima, 2022).

Pesquisa realizada com cuidadores de crianças fissuradas mostrou que 97% delas veem benefícios no uso da placa obturadora, entre eles a melhoria da alimentação, do sono e respiração. Ademais, o estudo referiu uma boa taxa de aceitabilidade das crianças quanto a utilização da placa (Brito, 2023).

2.4 ALEITAMENTO MATERNO

O leite materno é essencial para o crescimento e desenvolvimento sadio de uma criança nos seis primeiros meses de vida de forma exclusiva e até os dois anos ou mais de forma complementar pois tem uma ampla composição de nutrientes, proteínas, anticorpos, enzimas, e lipídeos, como também contribui no desenvolvimento orofacial e do sistema estomatognático, previne infecções e alergias, diminui a chance ao desenvolvimento de obesidade infantil, hipertensão e diabetes (OPAS, 2024).

 Os recém-nascidos que apresentam fissura labiopalatal têm comprometimento na amamentação devido a dificuldade de sucção e deglutição do leite. Essa problemática compromete o ganho de peso favorecendo a desnutrição, fadiga ao amamentar, regurgitação nasal, engasgo, aspiração e abalo no vínculo mãe-bebê (Ville et al., 2020).

De modo a proporcionar nutrição adequada e trabalhar precocemente os movimentos orofaciais, são usadas técnicas a depender do tipo de fissura encontrada, que vão desde o posicionamento do bebê e da mãe, até o uso de micropore, copo e mamadeira (Vitorino et al., 2022). A equipe de enfermagem, nesse sentido, deve incentivar a amamentação logo na primeira hora de vida e orientar a mãe quanto a pega correta, auxiliar no posicionamento da mãe e bebê que mais se adeque ao tipo de fissura do RN (Esteves e Hergert, 2019)

2.5 EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

O projeto de lei 1172/2015 dispõe sobre a obrigatoriedade de cirurgia reconstrutiva em pessoas com fissura labiopalatal de forma gratuita. Dessa forma, partindo do princípio da integralidade da assistência é de responsabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) ofertar os serviços de forma ampla abrangendo todo um aparato disponível para que o usuário tenha apoio no pré e pós-operatório.

Nesse sentido, a equipe multiprofissional é de grande valia para o sucesso do processo tendo em vista que o paciente deve ser visto de forma holística e humanizada. Dentre os profissionais necessários, estão cirurgião-dentista, enfermeiro, pediatra, fonoaudiólogo, psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, entre outros.

O cirurgião-dentista tem o papel de intervir diretamente na anomalia orofacial de acordo com a especificidade de cada caso, realizando a reconstrução óssea, alinhamento dos maxilares, indicação de órteses e próteses para melhor manejo (Macedo e Delmiro et al., 2021).

O profissional de enfermagem atua no acompanhamento desde a descoberta da má formação durante a gestação, a nível ambulatório, realizando consulta de enfermagem e orientações pré-operatórias, no pós-operatório são realizados cuidados imediatos e mediatos (Oliveira e Bandeira, 2019).

O psicólogo participa de forma contínua nesse processo que inicia no apoio aos pais diante da descoberta dessa anomalia e durante todo processo de cuidado ajudando-os na diminuição de estresse e ansiedade provocado por inúmeros procedimentos (Ramalho et al., 2023). O fonoaudiólogo auxilia na estimulação de movimentos peribucais, interposição da língua, na fala, nas funções estomatognáticas como mastigação e deglutição (Santos et al., 2019).

O nutricionista propicia uma dieta adequada em todo o processo de tratamento visando um crescimento saudável e prevenindo riscos causados pela anomalia (Nascimento, 2020). O cuidado do fisioterapeuta está presente no pré-operatório sendo realizados exercícios respiratórios de modo ensinar a forma correta de respirar mesmo com a fissura e no pós-operatório ajustando possíveis disfunções (Silvestre et al., 2020).

3 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo qualitativo do tipo relato de caso de abordagem descritiva. Nesse tipo de estudo, o pesquisador pretende descrever os fatos e os fenômenos de uma determinada realidade com exatidão e sem manipulação dos dados. Esse modelo de estudo apresenta bastante aceitação em casos clínicos ao possibilitar visualizar a total realidade de uma situação, desde seu início até o desfecho, possibilitando descrever e interpretar esse objeto de pesquisa que precisa ser delimitado (Colodetti e Silva, 2019).

A pesquisa e coleta de informações foi feita em um hospital público de referência em saúde materno-infantil no estado do Pará. Em especial, na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) da instituição. Os dados provenientes são de um recém-nascido que utilizou uma prótese labiopalatina para o auxílio do aleitamento materno enquanto estava internado e foi coletado entre novembro de 2024 e fevereiro 2025, a partir de registros feitos pela equipe multiprofissional no Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP).

Os dados e informações coletadas foram submetidos a uma análise para narrativa minuciosa abordando as condições de relevância para o estudo como as práticas multiprofissionais de cuidado, utilização da placa obturadora e os benefícios envolvidos no emprego desse recurso na amamentação do recém-nascido.

Para a realização do relato de caso, houve tramitação dos procedimentos éticos que envolvem pesquisas com seres humanos, conforme a Resolução nº 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde, com aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição, sob o parecer nº 6.642.182, mantendo os direitos éticos e dignidade da pessoa humana.

Além disso, seguiu-se os princípios da Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, com o objetivo de preservar a segurança, proteção e o direito da participante, apresentando a autorização do familiar responsável pelo paciente, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e o Termo de Autorização para Utilização de Imagem.

4 RELATO DE CASO

O relato de caso descreve um bebê do sexo masculino que nasceu em um Hospital de Referência Materno-Infantil no estado do Pará. O recém-nascido, a termo (idade gestacional maior que 37 semanas), apresentou mal formação maxilofacial, sendo a fenda labiopalatina bilateral (Figura 1) identificada no bebê após o nascimento pela equipe neonatal da maternidade. De acordo com os procedimentos do hospital, esses bebês são encaminhados para cuidados mais intensivos em uma das unidades neonatais.

No caso do RN, foi avaliado e encaminhado para uma UCI para melhor acompanhamento e cuidados, sendo atendido pela equipe de fonoaudiologia, odontologia, enfermagem e médica. O RN apresentava comportamento, ativo, reativo e irritado durante a oferta de leite, gerando dificuldades para ingestão adequada do leite materno.

De início, o RN mantia alimentação por sonda gástrica durante a internação com esforços da genitora e dos profissionais para introdução dee após recomendação da equipe multiprofissional progrediu para via oral em mamadeira de silicone, porém apresentava grupos de sucções curtos a moderados com pressão intra oral reduzida, canolamento lingual, estridor inspiratório, dispneia e cianose perioral, sendo necessário controlar ritmo e fluxo de amamentação.

Figura 1: RN com fissura labiopalatina bilateral.

Fonte: Autores, 2025.

Diante disso, o RN apresentando sinais de alerta e amamentando abaixo das necessidades nutricionais, foi encaminhado pela enfermeira para o ambulatório de fissurados que, após discussões entre nutricionista, pediatra e equipe multiprofissional, optou-se pela utilização da placa obturadora para melhora do aleitamento materno e dos sinais apresentados, assim foi confeccionada uma prótese obturadora palatina flexível transparente (Figura 2), a partir de um molde com o intuito de possibilitar a amamentação efetiva do bebê que se apresentava dificultada pela sua sucção inadequada, até que a cirurgia corretiva pudesse ser realizada.

Figura 2: Molde e placa obturadora flexível confeccionadas pela equipe.

Fonte: Autores, 2025.

Após a colocação da placa e a modificação para uma fórmula de leite mais calórica, observou-se boa adaptação do RN com a placa observado pelo aumento da pressão intra oral, melhora da sucção em mamadeira, diminuição no tempo de oferta do leite, redução dos estridores inspiratórios e regulação da dispneia.

Com o passar dos dias, o RN foi se apresentando mais alerta e com aumento progressivo do volume de leite materno ingerido. Assim, após 36 dias de terapêutica, lactente recebeu alta hospitalar com boa amamentação, tolerando volume total da dieta, ganho de peso adequado e com genitora orientada e treinada em relação à oferta do leite com a placa obturadora.

Com retorno do RN ao ambulatório para reavaliação do seu quadro de saúde, foi observado a efetividade da placa obturadora como suporte ao aleitamento materno, não apenas no ambiente hospitalar, assim como no ambiente domiciliar. Além disso, sua importância como um recurso essencial a ser utilizado em casos de bebês com fissuras labiopalatinas.

5 DISCUSSÕES

As fendas labiopalatinas são anormalidades que acometem a formação da face e/ou maxila, podem variar da forma mais simples, como a fissura de lábio, até as mais  complexas, como a fissura completa de lábio e palato, sendo essa a situação do relato do RN. Aproximadamente 80% dos casos de fissuras labiais são unilaterais,  sendo  20% bilaterais. Cerca de 70% das fendas labiais unilaterais ocorrem no lado esquerdo. Além disso, 70% dessas estão associadas à fissura palatina, aumentando para 85% nos pacientes com fenda labial bilateral (Garcez et al., 2015).

Esta condição pode ocorrer de forma isolada, estar associada a outras malformações ou ainda fazer parte de um quadro sindrômico. Albergaria et al. (2015) expõe que as fissuras podem acarretar alterações de arcada dentária, provocar alterações funcionais na fala e na alimentação e predispor o bebê a infecções de vias aéreas, além da deformidade anatômica. No relato, o RN apresentava dificuldades na amamentação, sucção débil e ineficiente com repercussões negativas para o ganho de peso e desenvolvimento global.

No estudo de Luiz  et  al.  (2017), a ineficiência na sucção, deglutição e respiração em lactentes com fenda labiopalatina é um problema central, aponta que a coordenação inadequada dessas funções resulta em problemas como engasgos, refluxo nasal, ingestão insuficiente de nutrientes e consequente perda de peso.

As principais  dificuldades encontradas  pelas  mães  de  crianças  com  fissuras  são  a  asfixia, o refluxo nasal e dificuldade de sucção. Essas e outras complicações foram relatadas no caso do RN, como a dispneia, esforço respiratório e cianose, que podem ser achados negativos relacionados a fenda labiopalatina para estabelecer uma adequada terapêutica de abordagem e cuidado e para a manutenção efetiva do aleitamento materno.

De acordo com Bhandari et al. (2018), o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade é considerado um importante fator de desenvolvimento da criança  e  da  relação  materno-infantil,  no  entanto,  representa  um  desafio  de  adaptação  da  mãe  com  o  filho  nos  primeiros dias de vida de um bebê com fenda labiopalatina. Podem representar um fator de  risco para o desmame precoce devido à insegurança da mãe em lidar com as necessidades de um bebê. A dificuldade de alimentação desses bebês torna-se prejudicada devido ao mecanismo de sucção e deglutição, decorrente da falta de integridade das  estruturas anatômicas.

Pontua-se a importância e necessidade de manutenção do aleitamento materno exclusivo em portadores de fissuras labiopalatinas. Registros na literatura apontam para diminuição das otites de repetição (redução de até 80%), quando o aleitamento se prolonga até o oitavo mês de vida e a inflamação da mucosa nasal causada pelo refluxo nasal de leite diminui (Tamasiae Sanches, 2016).

As placas palatinas, como abordado por Santos (2021), têm sido preconizadas como um recurso essencial para a oclusão de fendas do palato, facilitando a sucção, a respiração, evitando episódios de regurgitação e favorecendo o crescimento orofacial. Promovem mudanças positivas na morfologia do arco alveolar superior, com aumento das distâncias em largura das bases maxilares e possibilita a correta amamentação do modo que foi descrito no relato da criança. Também possui outros benefícios como correção da posição da língua, evitando a regurgitação e o engasgamento. (Souza et al., 2022).

A  placas obturadora  palatina  flexível  é citada por Santos  et  al.  (2021), como uma intervenção eficaz para facilitar o aleitamento materno em bebês com fenda palatina, destacando a melhora significativa que essa tecnologia pode apresentar ao tratar da eficiência da sucção em bebês com fissuras extensas. Além disso, o uso da placa obturadora demonstrou ser um fator promissor para aumentar a adesão ao aleitamento materno, uma vez que facilita a alimentação direta ao seio e reduz a necessidade de métodos alimentares invasivos, como a sonda nasogástrica.

Para uma eficaz reabilitação de indivíduos com fenda labiopalatina é necessária uma equipe multidisciplinar, envolvendo as áreas médica e odontológica, bem como a inclusão da fonoaudiologia, serviço social, enfermagem e psicologia (Almeida et al., 2017). A atuação da equipe multidisciplinar no acompanhamento e terapêutica do RN foi relevante no processo de produção da placa e de sua aplicação, considerando seus múltiplos benefícios à nutrição e desenvolvimento do RN.

Macedo  et  al.  (2021) também destacam que famílias bem-informadas e com acesso a suporte psicológico têm maior capacidade de adaptação aos cuidados exigidos por crianças com a fissura palatina, o que contribui para uma menor taxa de desmame precoce e maior compromisso com a amamentação, essenciais para o desenvolvimento infantil e do círculo familiar.

6 CONCLUSÃO

 Ressalta-se a importância e a necessidade de se conhecer sobre dispositivos e recursos assistenciais empregados à saúde dos neonatos e seus benefícios como tecnologias de cuidado. Pode-se elencar a equipe multidisciplinar como indispensável para que a reabilitação destes pacientes possa ser conquistada. A placa obturadora se configura como um meio eficaz e seguro para manejo de dificuldades na amamentação de neonatos, possibilitando adequado desenvolvimento nutricional e cognitivo de crianças portadoras dessa condição crânio-facial.

Produções científicas na área em questão, servem como embasamento para novas pesquisas e podem orientar melhores práticas assistenciais de manejo de fendas labiopalatina de maneira integral para recém-nascidos.

REFERÊNCIAS

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1Graduada em Fonoaudiologia pela pela Universidade da Amazônia, Especialização em Fonoaudiologia Hospitalar, Especialização em Gestão da Saúde. E-mail: deborahbya@hotmail.com

1Graduada em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará, Residente em Saúde da Mulher e da Criança. E-mail: wyllybarros15@gmail.com

1Graduado em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará, Residente em Saúde da Mulher e da Criança. E-mail: larissa.9rs@gmail.com

1Graduada em Fonoaudiologia pela Universidade da Amazônia, Pós-graduação em desenvolvimento infantil, Especialização em motricidade orofacial. E-mail: layravieitas@hotmail.com.

1Graduada em Odontologia pela , Especialização em ortodontia e odontopediatria, Mestrado em Dor Orofacial. E-mail: edilsaprtl@icloud.com

1Graduada em Medicina pelo Centro Universitário do Estado do Pará. E-mail: luanagfmleite99@gmail.com

1Graduada em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará, Residente em Saúde da Mulher e da Criança. E-mail: thamyrosa232@gmail.com

1Graduada em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará, Residente em Saúde da Mulher e da Criança. E-mail: kakaleitecosta@gmail.com

1Graduada em Farmácia pela Universidade do Federal do Pará, Mestrado em Saúde Sociedade e Endemias na Amazônia, Doutorado em Ciências do Curso em Medicina Tropical. E-mail: valregsantos@hotmail.com

2Graduada em Enfermagem pela Universidade do Federal do Pará, Mestrado em Gestão e Serviços em Saúde da Amazônia, Doutorado em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários. E-mail: anapaula@alexandrohup.com