ANÁLISE DO CONHECIMENTO E PRÁTICA DE PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM SOBRE A NR-32

ANALYSIS OF THE KNOWLEDGE AND PRACTICE OF NURSING PROFESSIONALS ABOUT NR-32

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102502141643


Sérgio Ferreira Tannús[1]
Priscila Neves Faria[2]
Vivianne Peixoto da Silva[3]


RESUMO

Objetivo: Analisar o conhecimento sobre a NR-32 e a prática de trabalho de profissionais da enfermagem. Métodos: Pesquisa quantitativa realizada com profissionais de enfermagem de um Hospital Federal. Foi aplicado um questionário elaborado pelos autores especificamente para a pesquisa e os dados foram analisados em três etapas: 1) frequencia e comparação de proporção; 2) análise de variância/ teste Kruskal-Wallis e 3) confiabilidade do questionário. A amostra foi composta por 280 profissionais de enfermagem, sendo estes enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Resultados: Participaram da pesquisa 91 enfermeiros(as), 123 técnicos(as) e 33 auxiliares de enfermagem, além de 33 que não declararam seu cargo na instituição. 96 (34,3%) entre 30 a 39 anos; 95 (33,9%) entre 40 a 49 anos; 46 (16,4%) entre 50 a 59 anos; 26 (9,3%) entre 18 a 29 anos e 17 (6,1%) entre 60 a 69 anos. Em relação ao gênero, 209 (74,6%) do sexo feminino e 71(25,4%) do sexo masculino. Quanto ao vinculo institucional, 128 servidores federais, 112 celetistas e 43 não relataram o vínculo. A resposta que mais apareceu foi a categoria 5 da escala Likert, exceto para P 7, P 17, P18 e P19. Já os itens com baixa expressividade, apresentando índices abaixo de 1% foram: P11 e P14 na categoria 1 e P13, P14, P21 no eixo 2. P14 e P21 apresentam conhecimento expressivo no serviço, pois foram contemplados com mais de 50% das respostas para o eixo 5.Conclusão: Pôde-se concluir que, em sua maioria, os profissionais da enfermagem apresentaram pleno, muito ou mediano conhecimento sobre a NR-32, embora em suas práticas profissionais, a norma não seja executada. Dentre os motivos citados estão presentes: falta de cobrança por parte das chefias, ritmo acelerado de trabalho, falta de estrutura física, falta de capacitação e/ou orientação das equipes e falta de compromisso dos trabalhadores. Ressalta-se a necessidade de ampla discussão e educação continuada com os profissionais envolvidos na NR-32.

DESCRITORES: Enfermagem; Saúde do Trabalhador; Enfermagem do Trabalho.

ABSTRACT:

Objective: To analyze the knowledge about the NR-32 and the work practice of nursing professionals. Methods: Quantitative research carried out with nursing professionals at a Federal Hospital. A questionnaire designed by the authors specifically for the research was applied and the data were analyzed in three stages: 1) frequency and proportion comparison; 2) analysis of variance/Kruskal-Wallis test and 3) questionnaire reliability. The sample consisted of 280 nursing professionals, including nurses, technicians and nursing assistants. Results: 91 nurses, 123 technicians and 33 nursing assistants participated in the research, in addition to 33 who did not declare their position in the institution. 96 (34.3%) between 30 and 39 years old; 95 (33.9%) between 40 and 49 years old; 46 (16.4%) between 50 and 59 years old; 26 (9.3%) between 18 and 29 years old and 17 (6.1%) between 60 and 69 years old. Regarding gender. 209 (74.6%) were female and 71 (25.4%) were male. As for the institutional link, 128 federal civil servants, 112 CLT holders and 43 did not report the bond. The answer that appeared the most was category 5 of the Likert scale, except for P 7, P 17, P18 and P19. The items with low expressiveness, presenting rates below 1% were: P11 and P14 in category 1 and P13, P14, P21 in axis 2. P14 and P21 present expressive knowledge in the service, since they were contemplated with more than 50% of the answers for axis 5. Conclusion: It could be concluded that, for the most part, nursing professionals had full, very or medium knowledge about the NR-32, although in their professional practices, the norm is not implemented. Among the reasons cited are present: lack of demand from managers, accelerated pace of work, lack of physical structure, lack of training and/or guidance of teams and lack of commitment from workers. The need for broad discussion and continued education with the professionals involved in the NR-32 is highlighted.

KEY WORDS: Nursing, Occupational Health, Occupational Health Nursing.

INTRODUÇÃO

A Norma Regulamentadora NR-32, criada pelo Ministério do Trabalho e Emprego em 2005 define riscos biológicos, químicos, radiações ionizantes e também integra a legislação sanitária referente às lavanderias, aos resíduos, refeitórios e serviços de limpeza, bem como regras e orientações para a implantação de medidas de proteção e gestão de segurança à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde. A norma preconiza também a capacitação continuada, a disponibilidade de materiais em locais de fácil acesso e possui diretrizes gerais para procedimentos de movimentação de paciente (BRASIL, 2022).

Os profissionais da enfermagem inseridos em ambientes hospitalares estão diretamente submetidos à NR-32, não só como força produtiva nos diferentes níveis de atenção, como também, em relação ao conhecimento do próprio processo de saúde-doença. É imprescindível a estes profissionais, no âmbito de seu exercício laboral compreender onde e como o trabalho é realizado, os agentes de risco e determinantes de adoecimento e acidente relacionados à prática profissional, bem como, as legislações que embasam a profissão e dão diretrizes em prol da adoção de medidas de biossegurança.

Nossa hipótese era de que os profissionais de enfermagem conheciam alguns riscos a que estavam expostos em seu trabalho, mas, desconheciam a NR-32 e sua aplicabilidade dentro do hospital. Nesse cenário, questionamos: Qual o nível de conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre a NR-32 em um hospital federal? Qual o entendimento sobre a aplicabilidade da norma? Quais as atitudes e práticas dos profissionais de enfermagem em um hospital federal?

Dessa forma, o presente manuscrito objetivou avaliar e mensurar o nível de conhecimentos de profissionais da enfermagem que atuam em um hospital federal, sobre a NR-32.

METODOLOGIA

Tratou-se de uma pesquisa de caráter exploratório, descritivo, não experimental, com abordagem quantitativa, que visa avaliar e mensurar o nível de conhecimentos de profissionais da enfermagem que atuam em um hospital federal, sobre a NR-32.

O cenário da pesquisa foi um hospital público federal, prestador de serviços pelo SUS, tido como referência em média e alta complexidade para 86 municípios em Minas Gerais (HCU, 2022).

A partir do prévio levantamento realizado junto ao Setor de Estatística e Informações Hospitalares (2022), averiguou-se a existência de 1430 funcionários de enfermagem, sendo 391 enfermeiros, 737 técnicos de enfermagem e 302 auxiliares em enfermagem, sendo uma parte vinculada ao Regime Jurídico Único e outra parte significativa vinculada a Fundação de Assistência de Estudo e Pesquisa (FAEPU) e Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) sob o regime de Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

A divulgação do estudo se deu por meio de cartazes impressos e anexados em locais específicos do hospital federal e via informativos enviados nos grupos de trabalho via aplicativo de celular dos setores do hospital e via e-mail para as chefias, para que fizessem a divulgação para os trabalhadores de cada setor.

Nas mensagens de e-mail e nos aplicativos de celular, os interessados em participar da pesquisa tiveram acesso a um questionário via Google Forms através de link e/ou Qrcode, A estratégia permitiu ao mesmo tempo manter a dinâmica do trabalho e conseguimos respeitar o distanciamento social imposto pela pandemia da COVID-19.

O questionário foi construído pelos autores especificamente para a pesquisa com base na NR-32 e foi composto por quatro perguntas sobre o perfil do participante; duas perguntas sobre a NR-32, segundo a visão do participante e 17 perguntas (7 a 23) que propuseram a análise de trechos da NR-32 dividindo as questões em três partes, quais sejam: 1) Trecho retirado da NR-32 (o participante apresentava sua declaração sobre o conhecimento do assunto), 2) Aplicabilidade da norma no setor de trabalho e, 3) Motivos para aplicação ou não da NR-32 no setor de trabalho.

Entre as perguntas 7 a 23, cada item foi analizado segundo a escala Likert de um a cinco, onde o valor um foi atribuído para a resposta “não tenho conhecimento sobre o assunto” e o valor cinco foi atribuído para a resposta “tenho pleno conhecimento sobre o assunto”, e foi registrado o grau de conhecimento e aplicabilidade da NR-32 pelos profissionais de enfermagem do hospital federal estudado.

Todas as perguntas foram feitas para alcançar o objetivo do real entendimento do profissional e, consideradas confiáveis, pois, foram retiradas da própria NR 32, não sendo necessário escrever metodologia de confiabilidade.

Os dados foram analisados em três etapas como seguem: 1) frequencia e comparação de proporção; 2) análise de variância e 3) confiabilidade do questionário.

No entanto, a fim de avaliar se o questionário foi devidamente elaborado e que reproduzia de forma confiável a realidade foi calculado o coeficiente alfa de Cronbach, cujo objetivo é o de expressar, por meio de um fator, o grau de confiabilidade das respostas decorrentes do questionário aplicado, fornecendo maior robustez ao estudo. Segundo Cortina (1993), o coeficiente alfa descrito em 1951 por Lee J. Cronbach (CRONBACH, 1951) é certamente uma das ferramentas estatísticas mais importantes e difundidas em pesquisas envolvendo a construção de testes e sua aplicação.

A preferência estabalecida por Streiner (2003), que sugere que os valores do coeficiente  alfa de Cronbach estejam entre 0,80 e 0,90.

A amostra foi composta por 282 profissionais de enfermagem, sendo estes enfermeiros, tecnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem. A coleta de dados foi realizada no período de novembro/2021 a março/2022.

Elegeu-se como critério de inclusão ser funcionário do Hospital Federal estudado nos cargos de Enfermeiro(a), Técnicos(as) ou Auxiliares de enfermagem e concordar em assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram utilizados como critério de exclusão: profissionais de enfermagem que estivessem ausentes por motivos de férias, licença para tratamento de saúde, licença maternidade, profissionais em disfunção, reabilitação e recondução; profissionais que se recusassem em participar da pesquisa e, os profissionais que não aceitassem assinar o TCLE.

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) com numero de parecer 5.042.775.

RESULTADOS

A pesquisa contou com 280 participantes que aceitaram e responderam o questionário. O estudo foi realizado em período pandêmico, o que pode ter influenciado na adesão dos participantes visto que o número de respondentes foi pequeno em relação ao total de profissionais da enfermagem no hospital. Contudo, a amostra mostrou-se estatisticamente significante.

Do total de partícipes (280), 96 (34,3%) dos participantes declararam ter entre 30 a 39 anos; 95 (33,9%) entre 40 a 49 anos; 46 (16,4%) entre 50 a 59 anos; 26 (9,3%) entre 18 a 29 anos e 17 (6,1%) entre 60 a 69 anos. Não foram registradas pessoas com idade igual ou superior a 70 anos ou inferior a 17 anos de idade.

Em relação ao gênero, 209 (74,6%) declaram pertencer ao sexo feminino e 71(25,4%) declaram pertencer ao sexo masculino sendo que 91 são enfermeiros (as), 123 são técnicos (as) de enfermagem e 33 são auxiliares de enfermagem e 33 não declararam seu cargo na instituição. Em relação ao vinculo institucional, 128 pertencem ao Regime jurídico Único, 28 fazem parte da fundação de amparo ao hospital com vínculo via Consolidação das Leis do Trabalho, 84 dos participantes são da Ebserh[4] via Consolidação das Leis do Trabalho e 43 não apresentaram o vínculo que mantêm com o hospital.

A instituição se divide em várias unidades distintas, sendo que dos participantes, 116 (41,4%) estão lotados no setor de Pronto Socorro, 40 (14,3%) Centro Cirúrgico, 7 (2,5%) Unidade Coronariana, 16 (5,7%) Unidade de Terapia intensiva adulto, 1 (0,4%) Unidade de Terapia intensiva pediátrico, 7 (2,5%) Unidade de terapia intensiva neonatal, 18 (6,4%) Unidade de internação cirúrgica, 4 (1,4%) Unidade de Internação COVID, 11 (3,9%) Unidade de internação Oncológica, 3 (1,1%) Unidade de internação pediátrica, 12 (4,3%) Unidade de internação de saúde mental, 13 (4,6%) Unidade de internação transplante renal, 4 (1,4%) Unidade de internação queimados, 2 (0,7%) Unidade de internação moléstia infecciosa, 3 (1,1%) UCI canguru, 8 (2,9%) Central de material e esterilização, 2 (0,7%) Setor de Saúde do Trabalhador, 9 (3,2%) Propedêutica, 8 (2,9%) Ambulatórios, 30 (10,7%) se consideram de outros setores que não foram mencionados. Cabe ressaltar que não houve adesão dos profissionais do setor de comissão de infecção hospitalar.

Ao perguntar aos participantes (280 pessoas) qual era o seu conhecimento sobre a NR-32 em uma escala likert que permite avaliar diferentes níveis de intensidade da opinião a respeito de um mesmo assunto, a menor parte dos entrevistados 3,9% (11) acreditam ter pleno conhecimento, 10,7% (30) relatam ter muito conhecimento, em uma maior porcentagem 47,9% (134) afirmaram ter conhecimento mediado, 29,6% (83) compreendem ter pouco conhecimento seguidos por 7,9% (22) que dizem não ter conhecimento sobre o assunto.

O questionário apresentou quatro conceitos e apenas um seria a finalidade correta da NR-32 e, solicitou que o partícipe selecionasse qual seria a finalidade correta para a normativa em estudo. Este questionamento objetivou confirmar os números apresentados na questão anterior. Um total de 278 pessoas respondeu esta pergunta, destes, 82,4% (229) apresentaram a alternativa correta e 17,6% (49) confundiram a resposta.

As perguntas de 7 a 23 (P7 a P23) apesentadas no Quadro 1 refletem trechos da NR-32 e, para cada uma foram inseridas mais dois questionamentos, sendo: a) Aplicabilidade no setor (pergunta objetiva com as opções: nunca se aplica esta regra no setor, raramente aplica-se, frequentemente aplica-se, sempre se aplica e não tem opinião formada sobre o assunto) e b) Justificativa(s) para a resposta a, (pergunta aberta).

Quadro 1:Perguntas P7 a P23 do questionário de pesquisa.

P7Os quartos ou enfermarias destinados ao isolamento de pacientes portadores de doenças infectocontagiosas devem conter lavatório em seu interior.
P8O empregador deve VEDAR: a) a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos; b) o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho; c) o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho; d) a guarda de alimentos em locais não destinados para este fim; e) o uso de calçados abertos.
P9A vestimenta deve ser fornecida sem ônus para o empregado.
P10A higienização das vestimentas utilizadas nos centros cirúrgicos e obstétricos, serviços de tratamento intensivo, unidades de pacientes com doenças infectocontagiosa e quando houver contato direto da vestimenta com material orgânico, deve ser de responsabilidade do empregador.
P11Os colchões, colchonetes e demais almofadados devem ser revestidos de material lavável e impermeável, permitindo desinfecção e fácil higienização. E o revestimento não pode apresentar furos, rasgos, sulcos ou reentrâncias.
P12Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais.
P13Os trabalhadores que utilizarem objetos perfuro cortantes devem ser os responsáveis pelo seu descarte.
P14O uso de luvas NÃO substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas.
P15Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de documento de liberação para o trabalho.
P16É vedado o procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos.
P17Toda trabalhadora GESTANTE só será liberada para o trabalho em áreas com possibilidade de exposição a gases ou vapores anestésicos após autorização por escrito do médico responsável pelo PCMSO, considerando as informações contidas no PPRA.
P18O trabalhador que realize atividades em áreas onde existam fontes de radiações ionizantes deve: a) permanecer nestas áreas o menor tempo possível para a realização do procedimento; b) ter conhecimento dos riscos radiológicos associados ao seu trabalho; c) estar capacitado inicialmente e de forma continuada em proteção radiológica; d) usar os EPI adequados para a minimização dos riscos; e) estar sob monitoração individual de dose de radiação ionizante, nos casos em que a exposição seja ocupacional.
P19Os Serviços de Radioterapia devem adotar, no mínimo, os seguintes dispositivos de segurança: a) salas de tratamento possuindo portas com sistema de Inter travamento, que previnam o acesso indevido de pessoas durante a operação do equipamento; b) indicadores luminosos de equipamento em operação, localizados na sala de tratamento e em seu acesso externo, em posição visível.
P20Para os recipientes destinados a coleta de material perfuro cortante, o limite máximo de enchimento deve estar localizado 5 cm abaixo do bocal.
P21São vedados o reencape e a desconexão manual de agulhas.
P22Toda trabalhadora com gravidez confirmada deve ser afastada das atividades com radiações ionizantes, devendo ser remanejada para atividade compatível com seu nível de formação.
P23A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no PCMSO.

Fonte: Elaborado pelos autores.

O coeficiente alfa de Cronbach, considerando-se todos os itens (17 perguntas) como um único grupo, teve como resultado o valor de 0,92 de acordo com a equação proposta por Cronbach (1951).

Para obtenção da Média e Desvio-padrão de P7 a P23 foram calculados considerando as categorias de respostas: 1- Não tenho conhecimento sobre o assunto; 2- Tenho pouco conhecimento sobre o assunto; 3- Tenho conhecimento mediano sobre o assunto; 4- Tenho muito conhecimento sobre o assunto e 5- Tenho pleno conhecimento sobre o assunto, conforme Tabela 1.

Tabela 1: Média e Desvio-padrão de P7 a P23.

Tabela 2: Média e Desvio-padrão de P7.1 a P23.1.

Aplicado o teste de Shapiro-Wilk para avaliar se os dados seguiam normalidade, o p-valor foi significativo (p < 0,0001) para todas as colunas rejeitando-se assim, hipótese de normalidade. Portando, para avaliar se as médias diferiam entre si foi utilizada a Análise de Variância não paramétrica, isto é, o teste Kruskal-Wallis.

O gráfico 1 apresenta a distribuição das respostas quanto ao conhecimento da NR-32 nas categorias de 1 a 5 da escala Likert.

Gráfico 1: Distribuição das opções de respostas segundo as categorias da escala Likert de 1 a 5, sobre o conhecimento da NR-32.

A resposta que mais apareceu foi a categoria 5 da escala Likert, exceto para P 7, P 17, P18 e P19. Já os itens com baixa expressividade, apresentando índices abaixo de 1% foram: P11 e P14 na categoria 1 e P13, P14, P21 no eixo categoria 2. P14 e P21 apresentam conhecimento expressivo no serviço, pois foram contemplados com mais de 50% das respostas para o eixo categoria 5.

Quanto a aplicabilidade, o gráfico 2 apresenta a distribuição das opções de respostas segundo as categorias da escala Likert, para P7.1 a P23.1, sobre a aplicabilidade da NR-32.

Gráfico 2: Distribuição das opções de respostas segundo as categorias da escala Likert 1 a 5, para P7.1 a P23.1, sobre a aplicabilidade no setor de trabalho segundo a NR-32.

A resposta que mais apareceu foi a categoria 5 da escala Likert, exceto a P 7.1, P 8.1, 19.1 e P20.1. Importa sinalizar que a P17.1 obteve o mesmo percentual de respostas para a categoria 5 e para a categoria 1, o que parece ser contraditório. P14.1 apresentou 0% na categoria 2 e P13.1 0,36%  para a resposta Categoria 2. P11.1, P12.1 e P14.1 não foram contempladas com porcentagem expressivas não categoria 1, com índices abaixo de 3% das respostas. Já as questões P10.1, P13.1, P14.1, P21.1, P22.1 e P23.1 apresentam aplicabilidade expressiva no serviço, pois aparecem com mais de 50% das respostas para a Categoria 5.

Observou-se maior empenho nas respostas fechadas, “questões mestres” e nas questões sobre a aplicabilidade no setor de trabalho. Em contrapartida, nas questões abertas respectivas à cada questão mestre, sobre os motivos para a resposta dada à aplicabilidade ou não da NR-32 no setor de trabalho, foi menor o número de respondentes, seja por dificuldades com a temática, estresse momentâneo ou por excesso/sobrecarga de trabalho no momento pandêmico vivenciado, quando da aplicação do questionário. O quadro 02 apresenta os motivos para a aplicabilidade ou não da NR-32 nos setores de trabalho, seguido da frequência em que aparecem.

De forma geral, verificou-se que o entendimento dos trabalhadores de enfermagem sobre o assunto é bom, pois 92,5% dos entrevistados afirmaram ter conhecimento pleno, muito conhecimento ou conhecimento mediano. Em contrapartida apenas 7,5% manifestaram pouco ou nenhum conhecimento. Quanto à aplicabilidade da regra no setor de trabalho, 69,3% afirmaram que sempre ou frequentemente respeitam as orientações, porem 25,4% raramente ou nunca cumprem e 5,4% não tem opinião formada. Sobre os motivos para a aplicação da NR-32 no cotidiano do trabalho ou não aplicação, verificou-se em maior medida a não cobrança por parte das chefias, seguida de falta de estrutura física para realizar atividades como alimentação e pias exclusivas para lavagem das mãos, ritmo acelerado de trabalho, e uma porcentagem pequena afirma cumprir as regras sem dificuldade.

DISCUSSÃO

Principais saberes da enfermagem sobre NR-32:

Novák, M (2019) e Golob JF Jr (2019) concordam que a higiene das mãos é um procedimento de fundamental importância para reduzir as chances de transmissão de germes e bactérias após contato com fluidos corporais e/ou secreções de pacientes no ambiente hospitalar, o que faz necessário a existências de pias em locais estratégicos como nas entradas e saídas de quartos ou enfermarias. Porém, os estudos afirmam que mudanças estruturais podem ser necessárias. O profissional envolvido na assistência ao paciente utiliza-se de luvas, sendo importante retira-las utilizando técnicas visando evitar a contaminação das mãos, e a higiene delas deverá ser realizada imediatamente após a remoção (Brown, L; 2019). Esses achados corroboram com o presente estudo que mostrou ciência de 84,2% dos participantes com pleno, muito ou mediano conhecimento sobre o assunto ao mesmo tempo em que 36,8% dos participantes afirmam nunca ou raramente se aplicar em seu setor de trabalho por falta de estrutura física, ritmo acelerado de trabalho e superlotação da instituição, e falta de cobrança por parte das chefias e órgãos de fiscalização.  Acreditasse que a falta de profissionais de enfermagem afetam a não adesão ao processo de lavagem das mãos, pois estes profissionais trabalham sob pressão por varias horas consecutivas, apresentando efeitos negativos a assistência ao paciente. Ao programar treinamentos básicos de higiene das mãos com a equipe, a mesma apresenta um melhora significativa da técnica e estes efeitos duram por longo período (Peters, A; 2020).

Estudos realizados por Schmidt, MG; 2019 apontam que colchões de plásticos utilizados em unidades hospitalares são focos de microrganismos com potencial contaminação para pacientes, visitantes e funcionários e que a melhora na limpeza destes locais podem reduzir as infecções hospitalares. 96,1% dos profissionais de enfermagem estudados consideram ter pleno, muito ou mediano conhecimento sobre este item e apenas 3,9% afirmaram ter pouco ou nenhum conhecimento. 84% destes afirmaram que sempre ou frequentemente a rotina de limpeza é mantida na instituição, e quanto às razões para o não cumprimento, alegam ser em relação à falta de cobrança por parte das chefias e ritmo acelerado de trabalho.

Para Guimarães (2022) a prática de reencapar a agulha é um hábito presente entre os profissionais de enfermagem mesmo com as recomendações e protocolos de segurança, o que predispõe o acontecimento de acidentes de trabalho. O uso incorreto dos equipamentos de proteção individual e o reencape manual das agulhas são os principais motivos de acidentes de trabalho durante as atividades de enfermagem.  (FERREIRA, et. al., 2022). Conforme orientação da NR-32 (2022) “são vedados o reencape e a desconexão manual de agulhas”. De acordo com o estudo aplicado, 98,5% dos profissionais entrevistados apresentam pleno, muito ou mediano conhecimento sobre este item e 1,4% tem pouco ou nenhum conhecimento sobre o assunto, porém, os participantes relatam vícios adquiridos no decorrer da vida profissional, falta de cobrança por parte das chefias imediatas, falta de treinamento, falta de material para substituição, no caso caixas de coleta de perfurocortantes, com isso é necessário a desconexão manual para economizar espaço.

A Agência Europeia para segurança e saúde no trabalho afirma que um milhão de acidentes causados por ferimentos com agulhas ocorrem na Europa todos os anos. De acordo com a legislação local o empregador deverá avaliar as atividades laborais e determinar os riscos pertinentes, estimulando a diminuição de exposição aos riscos (Ochmann, U; 2020). Na Etiópia o Ministério da saúde aperfeiçoou formas de prevenção e tratamento a acidentes com perfurocortantes, garantindo unidades de saúde limpas e seguras, eles afirmam também que esses acidentes são causados pelo excesso de trabalho, utilização de EPI’s inadequados, descarte destes materiais sem a caixa de segurança correta e sonolência no trabalho (Berhan, Z; 2021). É de fundamental importância a utilização de normas de biossegurança para precaver os acidentes de trabalho juntamente com a fiscalização das mesmas. Recomenta-se a utilização de educação continuada com toda equipe propiciando que estes profissionais capacitados sirvam de exemplo para resoluções de problemas. (RAMOS, et. al., 2021).Em conformidade com a pesquisa, 97,7% dos participantes declaram ter pleno, muito ou mediano conhecimento sobre o assunto, e apenas 2,1% acreditam ter pouco ou nenhum conhecimento sobre o assunto e os pontos apresentados para o descarte de perfurocortantes por outros profissionais que não seja o profissional que utilizou foram: profissional de enfermagem tem que descartar material perfurocortante utilizado por outras categorias, falta de cobrança por parte das chefias, ritmo acelerado de trabalho, Falta de capacitação e/ou orientação das equipes.

Baixos índices de saberes da enfermagem sobre NR-32:

Vazamento de gazes anestésico pode acontecer no serviço de saúde e se inalado de forma constante e em baixas doses, poderá acarretar ao trabalhador exposto patologias como aborto espontâneo e má formação congênita (Filho, F.R.A.M; 2018). Os mecanismos de ação anestésica nunca foram testados em humanos por razões éticas, para estudar os efeitos desses fármacos, submeteram ratas grávidas em um período tardio da gestação e observaram uma migração neuronal alterada e padrões ruins em funções de memoria e teste comportamental de aprendizagem, no quesito avaliativo da função motora não apresentou alterações (Gluncic, V; 2019). Acredita-se que devido à particularidade do assunto e a baixa discussão dos efeitos dos gases/vapores anestésicos as trabalhadoras gestantes, a equipe de enfermagem não apresentaram resposta expressiva sobre o conhecimento da necessidade de laudo médico para liberar gestantes ao trabalho com gases ou vapores anestésicos, pois, 60,6% expressaram pleno, muito ou médio conhecimento e um quantitativo expressivo de 39,4% tem pouco ou nenhum conhecimento sobre o assunto, o que pode alertar a população de enfermagem sobre enfatizar discussões com os profissionais envolvidos com estes gases. Porém, ao analisar a aplicabilidade no setor de trabalho encontramos o mesmo valor atribuído nas categorias 1 e 5, mostrando a vulnerabilidade desta questão e a necessidade de atenção por parte dos gestores.

Em estudo realizado na Coreia, observou-se a necessidade de implementar atividades de promoção da segurança para acompanhamento de feridas, isto se a instituição quiser chegar a padrões de países desenvolvidos. O aumento de férias presente em idosos, por exemplo, pode elevar os custos hospitalares impactando a qualidade de vidado mesmo, com isso devemos realizar ações preventivas e enfatizar cuidados intensivos caso ocorra o acidente (Hong, S.O; 2020). Segundo a NR-32 é necessário que os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de documento de liberação para o trabalho. Os profissionais de enfermagem analisados não apresentaram conhecimento elevado nesta questão, pois ficou distribuídos o conhecimento em todos os níveis. 74,8% afirmam ter pleno, muito ou mediano conhecimento, porém 25% considerando seu conhecimento pouco ou nenhum sobre o assunto. As afirmativas encontradas para esta divergência de dados foram: Falta de cobrança por parte das chefias, falta de conhecimento/orientação da regra, ritmo acelerado de trabalho ficando inviável parar para passar pela avaliação médica e o não afastamento do trabalhador, pois se o mesmo se afastar, ele perderá o direito de realizar horas extras, afetando diretamente em seu ordenado.

Aplicabilidade no setor que não atingiram maioria de categoria 5:

Ao fazer a análise da aplicabilidade de partes da NR-32 no setor de trabalho, encontramos quatro itens que permaneceram com sua maioria na categoria 4, que são estes:

P7 a maior parte dos entrevistados queixam de falta de estrutura física, pois o hospital em estudo tem mais de 50 anos de existência e com o decorrer do tempo a arquitetura hospitalar com suas necessidades foi alterando e como sabemos o serviço público de saúde no Brasil não consegue acompanhar todas as demandas. Segundo Naccarella (2018) o ambiente hospitalar pode ajudar ou dificultar o trabalho em equipe, com isto propôs a realização de um grupo focal onde os participantes preenchiam um formulário on-line e trazia questionamentos sobre o ambiente de trabalho e suas demandas, proporcionando o escutar de toda equipe visando o melhoramento do serviço.

P8 participantes expressam a falta de cobrança por parte das equipes e chefias, falta de estrutura física e ritmo acelerado de trabalho para o não cumprimento de regras.

P20 De acordo com Makeen (2022) em países subdesenvolvidos a segurança dos trabalhadores não são priorizadas e não fazem treinamentos de técnicas seguras, podendo observar descarte de perfurocortantes em lixo comum e a falta de conhecimento de recipientes coletores de perfurocortantes de diversos tamanhos o que vem de acordo com o presente estudo, onde os participantes relatam falta de caixas coletoras de perfurocortantes, problemas estruturais, descompromisso por parte dos trabalhadores, falta de cobrança por parte das chefias e falta educação continuada.

P19 A radiação ionizante é outro ponto preocupante com a saúde do trabalhador.  Esta radiação pode provocar danos celulares, causando reações teciduais como queimaduras de pele, formação de catarata e câncer causados por mutação ou outras alterações. Durante a gravidez, este tipo de exposição causa riscos ao feto, principalmente se esta ocorrer durante o primeiro trimestre de gestação. Este risco ocupacional deverá ser notificado à chefia imediata e deverá realizar um acompanhamento, recomendado limitar a exposição ocupacional (Akram, S; 2021). Esta foi a única pergunta que a categoria 1 prevaleceu, isto nos mostra a incerteza do cumprimento das normas em relação ao serviço de radioterapia pelos profissionais de enfermagem, acredita-se que esta resposta seja atribuída pelas particularidades deste serviço e a maioria dos trabalhadores da enfermagem não atuam diretamente com este tipo de radiação.

Aplicabilidade expressiva no setor, atingindo mais de 50% na categoria 5:

As aplicabilidades no setor de trabalho que apresentaram maior envolvimento da equipe de enfermagem foi nas questões P10.1, P13.1, P14.1, P21.1, P22.1 e P23.1 esta atuação de forma correta pelos trabalhadores se relacionam pela familiaridade da norma com as rotinas vivenciadas a todos os profissionais da enfermagem, seja este atuante de atenção básica, terciaria ou até mesmo de alguma área específica.

CONCLUSÃO

Pôde-se concluir que, em sua maioria, os profissionais da enfermagem apresentaram pleno, muito ou mediano conhecimento sobre a NR-32, embora em suas práticas profissionais, a norma não seja executada. Dentre os motivos citados estão presentes: falta de cobrança por parte das chefias, ritmo acelerado de trabalho, falta de estrutura física, falta de capacitação e/ou orientação das equipes e falta de compromisso dos trabalhadores. Ressalta-se a necessidade de ampla discussão e educação continuada com os profissionais envolvidos na NR-32.

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[1] Mestrando do Programa de Pós-graduação Mestrado Profissional em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador – PPGAT da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). E-mail: sergiodez@hotmail.com

[2] Docente do curso de graduação em Estatística da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

[3] Docente do curso de graduação em Saúde Coletiva e do Mestrado Profissional em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador – PPGAT da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

[4] EBSERH: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares é uma empresa pública de direito privado, vinculada ao Ministério da Educação, com a finalidade de prestar serviços de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de apoio diagnóstico e terapêutico à comunidade, no âmbito do SUS, sendo responsável pela gestão de 41 hospitais universitários federais.