ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: AVANÇOS QUE APOIAM O CONSTRUTO DA CAPACIDADE INTRINSECA EM IDOSOS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202502121650


Kamilla de Brito Vasconcelos1
Lilian Conceição Coelho Costa2


RESUMO 

Introdução: Em busca da promoção e preservação do envelhecimento saudável,  novas estratégias de saúde têm sido empregadas, a capacidade intrínseca surge para  reestruturar o que se conhecia como marcador de envelhecimento saudável, pois se  baseia nas reservas biológicas residuais e não somente no número de comorbidades.  Objetivo: Verificar estudos que apoiam a construção da avaliação da capacidade  intrínseca como medida de envelhecimento saudável. Metodologia: Trata-se de uma  revisão de literatura, do tipo scoping review, utilizando as bases de dados Medline,  PEDro e Scielo. Resultados: Foram encontrados na primeira busca 96 artigos a  respeito do tema, após a análise, restaram 36 artigos relevantes e posteriormente,  após uma análise mais criteriosa, 13 artigos foram elegíveis para esta pesquisa.  Considerações Finais: A capacidade intrínseca mostrou-se um instrumento  promissor para a construção de estratégias que auxiliem na avaliação e ajudem a  preservar o envelhecimento saudável. 

Palavras-chaves: capacidade intrínseca; envelhecimento saudável; idoso.

ABSTRACT 

Introduction: In search of promoting and preserving healthy aging, new health  strategies have been employed, the intrinsic capacity emerges to restructure what was  known as a marker of healthy aging, as it is based on residual biological reserves and  not just on the number of comorbidities. Objective: Verify studies that support the  construction of intrinsic capacity assessment as a measure of healthy aging.  Methodology: This is a literature review, of the scoping review type, using the  Medline, PEDro and Scielo databases. Results: 96 articles on the topic were found in  the first search, after the analysis, 36 relevant articles remained and subsequently,  after a more careful analysis, 13 articles were eligible for this research. Final Considerations: Intrinsic capacity proved to be a promising instrument for building  strategies that assist in assessment and help preserve healthy aging. 

Keywords: intrinsic capacity; healthy aging; elderly.

1. INTRODUÇÃO 

O envelhecimento populacional é visto como um grande êxito para a  humanidade, e também, um grande desafio na busca de um processo saudável e com  qualidade de vida, visto que o envelhecimento pode trazer grandes mudanças nos  indicadores de saúde. Estima-se que em 2050 a população mundial de idosos será  superior a jovens de 15 anos. (GARCIA et al 2018).  

Dias et al (2014) demonstrou preocupação com o aumento da expectativa de  vida e aumento da população idosa, pois com o envelhecimento, também se eleva as  chances do aparecimento de doenças crônico-degenerativas que podem levar a  perdas funcionais e cognitivas.  

Nesse contexto, em 2015, a OMS divulgou um documento denominado  ‘Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde’, que se sugere novas perspectivas  para a pessoa idosa. A ideia é que o status de envelhecimento do idoso não deve ser  calculado quanto às suas doenças, partindo do sentido onde as habilidades funcionais  se tornam mais importantes com o avançar da idade. Nesse sentido, se propõe que  para que um indivíduo tenha um envelhecimento ativo e saudável, ele se enquadre em  alguns princípios relacionados ao que ele é capaz de realizar, dentre eles, está a  capacidade intrínseca.  

Como citado por Cesari et al (2018), a capacidade intrínseca será a soma das  habilidades mentais e físicas dos indivíduos. Esta surge para reestruturar o que se  conhecia como marcador de envelhecimento saudável, pois se baseia nas reservas  biológicas residuais e não nas alterações de saúde negativas do idoso.  

Sabe-se que existe uma interação complexa e persistente entre o processo de  envelhecimento e a doença; portanto, abordagens baseadas no mero tratamento de  doenças podem ser inadequadas para evitar a cascata de incapacidades. Estratégias,  como melhorar ou manter a CI ao longo da vida, podem desempenhar um papel  importante na melhoria da vida dos idosos. Estudos anteriores mostraram que a CI é  capaz de predizer maus resultados de saúde. (ZHAO et al, 2021) 

O conceito de capacidade funcional é então introduzido como todos os atributos  relacionados à saúde que permitem que as pessoas sejam e façam o que têm razão  para valorizar. A capacidade funcional é, por sua vez, determinada por: a capacidade  intrínseca (ou seja, o composto de todas as capacidades físicas e mentais de um indivíduo), o ambiente (isto é, todos os fatores do mundo extrínseco que formam o  contexto da vida de um indivíduo) e as interações entre os dois. (CESARI et al, 2018) Para Briggs et al (2018) apesar dos avanços em estratégias que promovam um  envelhecimento mais saudável, ainda se há uma dificuldade em padronizar a  integração entre os serviços de saúde. Grandes pesquisadores têm buscado um  modelo mais apropriado que se integre devidamente nas demandas do público idoso,  buscando bem-estar e qualidade de vida 

No estudo realizado por Charles et al (2020), onde se buscava prever declínios  funcionais através da avaliação da capacidade intrínseca, alguns domínios puderam  prever os resultados de saúde relacionados à capacidade funcional. Espera-se que  uma avaliação contínua nessa população possa auxiliar na independência funcional e consequentemente promover um envelhecimento mais ativo e saudável.  Segundo Beard et al (2019), O relatório proposto para inserção da nova  estratégia do envelhecimento em saúde sugere que o desempenho funcional seja  determinado pela capacidade intrínseca. Muitos estudos têm estudado a relação da  cognição e locomoção para determinar o desempenho funcional, porém nenhum  mensura a CI como um aspecto geral para que isso seja melhor compreendido. As  perdas das capacidades de realizar as AVD’s, geralmente são apenas observadas  com um decréscimo significativo dessas habilidades. Quando essas associações são  entendidas, é possível buscar intervenções mais previamente, como forma de  comparar os benefícios relativos de intervenções em diferentes domínios funcionais  ou em diferentes sistemas orgânicos. 

O modelo de avaliação pela capacidade intrínseca torna-se importante para se  obter os domínios que podem comprometer a autonomia do idoso, para que estes  possam auxiliar na elaboração de estratégias na promoção de saúde. O objetivo deste  trabalho é verificar estudos que apoiam a construção da avaliação da capacidade  intrínseca como medida de envelhecimento saudável no ambiente clínico e de  pesquisa.  

2. CAPACIDADE INTRINSECA  

Segundo Wiggers (2021), com o aumento da população idosa, torna-se  estigmatizado o conceito de envelhecimento saudável. Isso porque o envelhecimento está amplamente ligado com perdas funcionais e surgimento de doenças crônicos  degenerativas. Diante desse quadro, buscar alternativas que promovam a prevenção  da dependência funcional e o envelhecimento saudável tem sido cada vez mais  estudados.  

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2015), o envelhecimento  saudável é um processo de otimização da capacidade funcional, física e mental, o que  nos identifica que estar livre de patologias não determina um envelhecimento  saudável. O conceito de capacidade intrínseca surge com o objetivo de ser um  marcador multidimensional de envelhecimento saudável, que busca determinar as  funções que tornam um envelhecimento mais sadio.  

Com o surgimento da CI, Cesari e participantes publicaram em 2017 os  domínios avaliados na capacidade intrínseca e no mesmo ano, a OMS lança a  estratégia ICOPE (que gira em torno do conceito da CI). A CI se estabelece na reserva  de cinco domínios: psicológico, cognição, vitalidade, locomoção e sensorial. Estes são  expressos por subdomínios (Figura 1). 

Segundo Yu et al (2021), o conceito de capacidade intrínseca pode atuar como  auxiliar na busca de respostas que possam vencer muitos estigmas da velhice. Assim,  pode-se efetivar medidas organizacionais nas avaliações e práticas clínicas.  Quando se tem uma padronização no sistema em favor do idoso, pode-se efetivar um  estímulo positivo tanto para o idoso, na busca de um envelhecimento sadio, quanto  para a sociedade que carrega o envelhecimento como um fardo. 

Figura 1: Fluxograma dos domínios da capacidade intrínseca

Fonte: Cesari et al, (2018). Adaptado pela autora

Domínio Vitalidade 

Segundo Urtado et al (2018), o envelhecimento é marcado por uma série de  mudanças biológicas, e vem sendo acompanhado da degradação de diversas funções  orgânicas. A partir disso, pode-se dizer que o envelhecimento e seu leque de  alterações estão relacionados com a disfunção do metabolismo. Muitas pesquisas são  realizadas buscando entender como nosso sistema celular funciona durante o  envelhecimento para que se alcance a longevidade e além disso para que se alcance  a longevidade sem que haja alterações degenerativas.  

Para Nestola, Orlandini e Cesari (2020), o domínio da vitalidade vem sendo  compreendido pelas mudanças do metalismo energético, as mudanças fisiológicas  que acompanham o processo de envelhecimento biológico. Esse metabolismo se  encontra em bons parâmetros quando a ingestão alimentar é suficiente para o gasto  energético diário.  

Os protocolos de avaliação para o domínio da vitalidade estão amplamente sendo  utilizados seguindo o estudo realizado por Albertini et al (2022), que utiliza a FPP  da mão dominante e a Mini Avaliação nutricional.  

Domínio Psicológico 

Guimarães et al (2019) afirma que o cenário institucional pode favorecer o idoso  a estar vulnerável a transtornos psicológicos, piorando doenças já existentes e  podendo comprometer sua autonomia. Muitos fatores se associam ao aparecimento  desses transtornos, tais como: distância da família, convivência com desconhecidos,  perda de privacidade, entre outros fatores associados. 

Em um estudo realizado por Gato et al (2018), utilizando a Escala de Depressão  Geriátrica – GDS 15 os idosos com depressão leve apresentaram melhor  funcionalidade em relação aos que apresentavam um quadro mais elevado da  doença. Nesse cenário, pode-se relacionar contexto de saúde e bem-estar com  maiores índices de autonomia. Os sintomas depressivos afetam diretamente a  qualidade de vida, aumentam o nível de dependência e acarretam muitos declínios  gerais. 

Domínio Sensorial 

Segundo Morsch, Pereira e Bós (2018) os primeiros sistemas a sofrer impacto  com o avanço da idade é o sistema sensorial. O sistema sensorial perde 70% de seus  receptores em idosos acima de 70 anos, e se tem declínio principalmente na  funcionalidade visual e auditiva, que sofrem declínio gradual no processo de  envelhecimento.  

Davis et al (2016) e Schotte et al (2019) acreditam que as habilidades  sensoriais declinam com a idade, cerca de 5% da população mundial sofre com perda  auditiva e com o passar da idade se instalam a dupla perda sensorial (audição e  visão). Esses resultados estão ligados com resultados negativos para a saúde e  distanciamento para atividades sociais. Acredita-se que as perdas sensoriais também  podem acarretar em declínios cognitivos, motores e comprometer a autonomia do  idoso.  

Domínio Locomoção 

Para Cesari et al (2018) a locomoção humana pode ser definida como o ato de  transferir-se, realizar a marcha/deambulação, movimentar-se. Esta recruta  capacidades do indivíduo, como a resistência muscular, equilíbrio, coordenação  motora e força. Todos os mecanismos são importantes para que se realize uma  marcha eficiente e que o auxilie para realizar suas AVD’s e outras atividades.  

Amorim et al (2021) ressalta que os problemas locomotores podem ser  preditores de quedas e que deve ser visualizado com uma atenção especial. As  quedas em sua maioria podem resultar em fraturas, hospitalizações, perda de  participação social e morte. Além disso, o tempo de recuperação de lesões  envolvendo quedas podem levar a mais perdas funcionais.  

Domínio Cognição 

Mariano et al (2020) afirma que a cognição pode ser bem definida como um  bom funcionamento da mente e esta oferece boas respostas a estímulos do ambiente.  A cognição está muito associada às atividades que o indivíduo consegue realizar, e  principalmente quanto a sua mobilidade e é extremamente importante para manter a  autonomia do indivíduo, mas deve-se atentar muito mais na velhice pelos fatores  fisiológicos do envelhecimento. 

Com o envelhecimento, ocorre uma redução do número de células nervosas,  assim como uma diminuição na velocidade de condução do estímulo nervoso. no  entanto, isto não significa, necessariamente, incapacidade, uma vez que o cérebro,  suficientemente estimulado, consegue aumentar e fortalecer as ligações sinápticas  existentes, independentemente da idade do indivíduo. Estas ligações criadas  compensam a deterioração neuronal (JACOB, 2012) 

Em um estudo realizado por Mathur (2022), em sua avaliação dos domínios da  capacidade intrínseca, houve prevalência de declínio do domínio cognitivo de 30%  dos participantes do estudo. Atualmente a avaliação da cognição tem sido bem  empregada com o Mini Exame de Estado Mental (MEEM) e pela triagem cognitiva de  10 pontos (10Cs), assim como realizado por Stolz et al (2022). 

Estratégia ICOPE 

Para Briggs et al (2018) apesar dos avanços em estratégias que promovam um  envelhecimento mais saudável, ainda se há uma dificuldade em padronizar a  integração entre os serviços de saúde. Grandes pesquisadores têm buscado um  modelo mais apropriado que se integre devidamente nas demandas do público idoso,  buscando bem-estar e qualidade de vida.  

Em outubro de 2017 a Organização Mundial de Saúde propôs um guia com  instruções para gerenciar condições prioritárias sobre os declínios da capacidade  intrínseca. A estratégia permite que haja uma série de promoções em saúde, com a  manutenção da capacidade intrínseca e que isso se torne uma reflexão positiva a nível funcional, evitando a dependência na velhice.  

Sabe-se que existe uma interação complexa e persistente entre o processo de  envelhecimento e a doença; portanto, abordagens baseadas no mero tratamento de  doenças podem ser inadequadas para evitar a cascata de incapacidades. Estratégias,  como melhorar ou manter a CI ao longo da vida, podem desempenhar um papel  importante na melhoria da vida dos idosos. Estudos anteriores mostraram que a CI é  capaz de predizer maus resultados de saúde em residentes de casas de repouso.  (ZHAO et al, 2021) 

Segundo Tavassoli et al (2020) a estratégia ICOPE consiste na integração  individual das capacidades do indivíduo: seus desejos, suas perspectivas, suas  patologias, seu estilo de vida, seu ambiente. Espera-se que a padronização do sistema entre os profissionais de saúde permita uma melhor assistência ao idoso. O  programa conta com 5 etapas de cuidados, como descrito na tabela 1. 

Tabela 1: Etapas de cuidado proposto pela OMS

Fonte: Tavassoli et al (2020). Adaptado pela autora. 

3. METODOLOGIA 

Trata-se de uma revisão de literatura, do tipo scoping review, na qual se  caracteriza por analisar a extensão e a natureza de determinada linha de pesquisa. A  preferência por essa metodologia se justifica pela baixa disponibilidade de evidência  científica a respeito do tema.  

A questão norteadora desta pesquisa foi “a capacidade intrínseca é válida  como medida de envelhecimento saudável? “. As bases de dados utilizadas na  pesquisa foram: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online – MEDLINE  ® (acesso via PubMed); Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Physiotherapy  Evidences Database (PEDro). Os estudos a serem apontados nesta pesquisa,  seguiram a estratégia de análise PCC – população, conceito e contexto. A população  analisada foram as pessoas idosas, o conceito trata-se da capacidade intrínseca e o  contexto são os avanços que a apoiam como medida de envelhecimento saudável.  

Os critérios de inclusão foram: estudos publicados a partir de 2015; estudos  observacionais que abordam o modelo conceitual da capacidade intrínseca, artigos  com textos completos em inglês, português e espanhol. Os critérios de exclusão  foram: artigos de revisão e resumo; artigos duplicados e artigos com metodologia  experimental. 

4. RESULTADOS 

Foram encontrados inicialmente 96 artigos, em uma primeira triagem,  considerando título e resumo, 34 artigos se mostraram relevantes para a pesquisa.  Após uma análise mais criteriosa, considerando os textos completos, permaneceram  13 artigos relevantes, nos quais são descritos e identificados na tabela 1. Não foram  encontrados artigos nas bases Scientific Electronic Library Online (Scielo) e  Physiotherapy Evidence Database (PEDro). O processo de busca e elegibilidade se  apresenta no fluxograma, na figura 1.  

Figura 2: Triagem de recrutamento de artigos 

Fonte: elaborado pela autora, 2023 

Tabela 2: características dos artigos elegíveis

ANO AUTOR TIPO DE  ESTUDORESULTADOS
2022 BEARD, R.J et  al Longitudinal A capacidade intrínseca previu o  declínio do desempenho em ambas as  AIVDs. Após contabilização de idade,  sexo, educação, riqueza e número de  doenças crônicas. Cada característica  foi associada à capacidade intrínseca,  proporcionando forte validade de  construto.
2022 LEUNG, M.Y.A  et alTransversal Pessoas com idade mais jovem, com  maior escolaridade e ausência de  hipertensão eram mais propensos a ter  melhor capacidade intrínseca. A capacidade intrínseca associou-se  positivamente à capacidade de  autocuidado na realização de  atividades de vida diária e  engajamento social.
2021 HUANG, H.C et  alLongitudinal A fragilidade social estava associada à  CI, principalmente nos domínios  cognição, função psicológica e  vitalidade. Os homens com fragilidade  social eram mais vulneráveis do que as  mulheres ao declínio da sua função  psicológica e dos domínios cognitivos.
2022 WARIS, M et al Longitudinal O desenvolvimento de um construto  objetivo do conceito de capacidade  intrínseca, utilizando parâmetros  clínicos e bioquímicos comumente  medidos, é viável e preditivo da  funcionalidade subsequente de um  indivíduo.
2021 GUTIÉRREZ ROBLEDO, L.  M; GARCÍA CHANES, R. E;  PÉREZ ZEPEDA, M. U.Transversal Níveis diminuídos de capacidade  intrínseca em idosos mexicanos estão  associados a menos escolaridade,  autoavaliação de saúde precária, mais  doenças crônicas, mais consultas  médicas e problemas nas atividades  da vida diária.
2021 ZENG, X et al Transversal A perda de CI na admissão previu  resultados adversos para a saúde,  incluindo novas dependências em AVD  e AIVD e mortalidade 1 ano após a alta  entre pacientes hospitalizados mais  velhos.
2022 MENG, C. L et  alTransversal O sistema integrado de pontuação do  CI, desenvolvido a partir do conceito  proposto pela OMS, capturou  substancialmente o risco de  mortalidade de pessoas mais velhas.  Além disso, não apenas prevê  mortalidade, mas também sugere  diferentes fisiopatologias ao longo do  ciclo de vida do envelhecimento
2023 CAMPBELL, C.  L et alLongitudinal Melhores pontuações iniciais de IC  foram associadas à redução do risco  de dificuldades subsequentes com  AVDs e AIVDs, internação hospitalar e  mortalidade. Estes resultados  sugerem a utilidade deste escore CI  como medida de risco para futuros resultados adversos em pessoas  idosas. 
2023 JIANG, S. Y et  alTransversal Os resultados sugeriram que um  ambiente de vida favorável ao idoso  influenciou a capacidade funcional foi  mais proeminente em idosos com CI  ruim. Estas descobertas sugerem que  um ambiente de vida favorável ao  idoso é importante para manter e  melhorar a AF dos idosos,  especialmente naqueles com CI  deficiente.
2023 JIA, S et al Estudo de coorte prospectivoAs transições de CI, mas não a  fragilidade, foram associadas a maior  risco de incapacidade incidente. A  locomoção basal e o comprometimento  da vitalidade foram associados à piora  ou à manutenção da fragilidade.  Nossas descobertas apoiam a noção  da OMS de monitorar e otimizar a CI  para retardar a deterioração da CI e  prevenir a fragilidade e a incapacidade.
2023 CHEN, J. Z et al Transversal Os resultados do estudo revelaram  associações significativas e efeitos  mediadores entre capacidade  intrínseca, felicidade e resiliência no  contexto do envelhecimento saudável.  A grande maioria dos participantes  (94,7%) apresentou prejuízos na  capacidade intrínseca, significando  uma presença predominante de  déficits funcionais na população  estudada.
2021PRINCE, J. M  et alEstudo de  CoorteObserva-se alta prevalência de  declínio da capacidade intrínseca,  principalmente nas faixas etárias mais  avançadas. As pessoas afetadas  aumentaram substancialmente os  riscos de dependência e morte. Essas  descobertas oferecem algum suporte  para a estratégia de otimização da  capacidade intrínseca na busca por um  envelhecimento saudável.
2023RAMÍREZ VÉLEZ, R et alEstudo de  CoorteO escore de déficit de CI é um  poderoso preditor das trajetórias  funcionais e das vulnerabilidades do  indivíduo em relação à incidência de  doenças cardiovasculares e à morte  prematura. O monitoramento da pontuação CI de um indivíduo pode  fornecer um sistema de alerta precoce  para iniciar esforços preventivos.

Fonte: elaborado pela autora, 2023 

5. DISCUSSÃO 

A avaliação da capacidade intrínseca se mostrou um bom instrumento para  medir o envelhecimento saudável, de acordo com o objetivo proposto para esta  revisão, então 13 artigos foram analisados e elegíveis para pesquisa.  

Os estudos mediram a capacidade intrínseca através dos 5 domínios  implementados (cognição, locomoção, vitalidade, psicológico e sensorial), o déficit  dos domínios isolados teve ampla variação entre os estudos, isso pode ser explicado  devido a variação quanto a região, cultura e ambiente da população analisada. Outro  fator que pode ter influenciado na variação são as diferentes estratégias de medições,  testes e biomarcadores utilizados pelos autores. Embora os estudos tenham  analisado a capacidade intrínseca sob cenários e comparações distintas, 12 deles  previram o declínio na funcionalidade, o que ratifica um bom constructo para a  estratégia da OMS.  

Meng e seus colaboradores (2022) afirmam que a capacidade intrínseca  deficitária esteve associada à mortalidade e à fragilidade. Quando se tratava de um  ambiente hospitalar, esses preditores também se mostraram consideráveis, de acordo  com o estudo de Zeng et al (2021), onde se destaca o domínio cognitivo, no qual  desencadeou um efeito prejudicial na realização de AVD e AIVD 1 ano após a alta em  pacientes idosos que foram hospitalizados. Além disso, comprovou-se que o mau  resultado do domínio cognitivo esteve amplamente associado à fragilidade  subjacente. 

Nos estudos de Beard et al (2022) e Leung et al (2022), níveis diminuídos gerais  de capacidade intrínseca foram diretamente relacionados com aumento da idade,  níveis baixos de escolaridade, portadores de hipertensão arterial e menor poder  aquisitivo. Quando avaliadas pontuações de fatores específicos, a cognição estava  positivamente associada ao ensino superior e a locomoção negativamente ao  aumento da idade. Embora os autores tenham chegado a desfechos semelhantes, o  estudo de Leung apresentou distinção de boa ou má capacidade intrínseca quando relacionado com o sexo, enquanto no estudo de Beard, a baixa capacidade intrínseca  foi mais associada ao sexo feminino. 

Embora haja um consenso quanto a implementação da capacidade intrínseca  como um bom instrumento de avaliação, é necessário que também haja um consenso  quanto aos instrumentos de medições utilizados para que a estratégia seja mais efetiva,  também são necessários mais estudos longitudinais a respeito do tema. Apesar das  limitações citadas, esta revisão fornece informações valiosas quanto à medição do  envelhecimento saudável através da avaliação da capacidade intrínseca em diferentes  populações.  

O campo do envelhecimento ainda passa por muitas modificações e necessita  de ampla exploração para que novas medidas de avaliação e intervenção sejam  utilizadas para promover um envelhecimento mais sadio. 

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

A capacidade intrínseca (CI) foi avaliada através de testes e questionários auto  relatados de acordo com cada domínio, tendo variação na abordagem dos autores. A  CI mostrou-se um instrumento promissor para a construção de estratégias que  auxiliem na avaliação e ajudem a preservar o envelhecimento saudável. Foi possível  associar a capacidade intrínseca com o déficit de desempenho funcional na maioria  dos estudos analisados, também à fragilidade, mortalidade e maior tempo de  hospitalização. 

Acredita-se que a avaliação contínua da população idosa através da  capacidade intrínseca possa ser um método que amplie o envelhecimento saudável  em diferentes populações, principalmente quando utilizado na atenção primária. No  entanto, existem vários desafios antes que a capacidade intrínseca seja adotada de  forma mais ampla nos campos de saúde e pesquisa.  

7. REFERÊNCIAS  

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1Kamilla de Brito Vasconcelos – Fisioterapeuta
2Lilian Conceição Coelho Costa – Fisioterapeuta