REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th1025012711221
Levi Cunha Braga 1
Luís Fellype Oliveira Santos2
Tenessee Andrade Nunes3
Rafaela Cabral de Oliveira4
Alexandre Henrique Cavalcante da Costa5
Lissandro Arielle Vale Batista 6
Silene Oliveira de Souza Patricio7
Yascara Pryscilla Dantas Costa8
Andreza Cristina de Sousa Fernandes 9
Thallia Oliveira Ferreira10
José Augusto de Oliveira Freitas 11
Jordan Medeiros de Oliveira 12
Resumo – Em um contexto dinâmico e desafiador, a sobrevivência das empresas destaca-se como uma das maiores dificuldades do empreendedorismo brasileiro. Para mitigar a mortalidade empresarial, o Programa Agentes Locais de Inovação (ALI), promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), figura como uma das principais iniciativas. Este estudo tem como objetivo analisar os impactos do Programa ALI na gestão da produtividade de empresas do setor de saúde situadas no oeste potiguar. De natureza aplicada e abordagem quali-quantitativa, o estudo é classificado como exploratório e foi sustentado por pesquisa de campo. A metodologia ALI foi implementada em 15 empresas do segmento entre agosto de 2023 e junho de 2024. Além da mensuração do indicador de produtividade, avaliou-se o nível de maturidade em gestão de inovação utilizando a ferramenta Radar de Inovação. Os resultados evidenciam que a média geral do indicador de produtividade das empresas analisadas foi de 65,19%, refletindo o impacto positivo do programa. No que diz respeito à dimensão de controles gerenciais, as empresas foram classificadas, em média, como inovadoras ocasionais, atingindo uma pontuação de 3,93. Dessa forma, o acompanhamento do Programa ALI promoveu resultados sólidos e consistentes, demonstrando sua eficácia na potencialização da gestão e inovação no setor da saúde.
Palavras-chave – Setor da Saúde.Programa ALI. Indicador de Produtividade. Micro e Pequenas Empresas. Radar de Inovação.
1. INTRODUÇÃO
O cenário empreendedor no Brasil apresenta grande dinamismo (Gera, 2023; GEM, 2022). De acordo com dados do relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2022), o país contabilizava 42 milhões de empreendedores em 2022. No entanto, entre os principais desafios enfrentados pelos proprietários de negócios, destacam-se a competitividade e a sobrevivência das empresas. Estudos de campo realizados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae, 2023a), entre 2018 e 2021, indicam que, dentre as empresas encerradas em 2020, 21,6% eram Microempresas (MEs) e 17% eram Empresas de Pequeno Porte (EPPs). Entre os fatores que contribuem para as elevadas taxas de mortalidade empresarial, destacam-se questões relacionadas ao planejamento e à gestão do negócio (Sebrae, 2023b).
Entre os desafios relacionados à sobrevivência empresarial, o Programa Agentes Locais de Inovação (ALI) do Sebrae, na modalidade Produtividade, tem como objetivo fortalecer as vantagens competitivas dos pequenos negócios. Isso é feito por meio da aplicação de metodologias ágeis voltadas para a inovação e a resolução de problemas (Sebrae, 2023c).
Dados do Mapa de Empresas (Brasil, 2024), registram que, em novembro de 2024, o Brasil registrou 597.700 empresas ativas no setor de saúde. De acordo com o Sebrae (2024), em 2023, as atividades de atenção ambulatorial realizadas por médicos e odontólogos em consultórios, ambulatórios, clínicas médicas especializadas, clínicas odontológicas e serviços de vacinação e imunização registraram a abertura de 48,7 mil novas micro e pequenas empresas (MPE). Esse número representou um aumento de 10,5% em comparação com o ano anterior e um crescimento de 84% em relação a 2019, fazendo com que o segmento alcançasse a primeira posição no ranking da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), com o maior volume de pequenos negócios abertos. O Brasil registrou a abertura de 36,5 mil MPE em áreas lideradas por nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. Esse número representa uma alta de 32% em relação ao ano anterior, quando foram abertas 27,7 mil novas empresas, e um impressionante aumento de 226,6% na comparação com 2019, que registrou 11,1 mil novas empresas nesse setor (Sebrae, 2024).
Em 2020, o Rio Grande do Norte contribuiu com 0,94% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e 6,63% do PIB nordestino (Sebrae, 2022a). O setor de serviços representou 46% da geração de riqueza econômica do estado (Sebrae, 2022a). Diante da relevância do setor de saúde para a economia do Rio Grande do Norte, este estudo propõe a seguinte pergunta norteadora: quais são os impactos do Programa ALI Produtividade nas empresas do setor de saúde na região oeste norte-rio-grandense?
O estudo justifica-se pela crescente demanda e relevância do setor da saúde, que desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida e bem-estar da sociedade. A busca por serviços de saúde de qualidade é cada vez mais intensificada, não apenas pela necessidade de cuidados médicos e odontológicos, mas também por demandas por inovação e eficiência nos processos de gestão. Além disso, o setor de saúde se destaca pela sua capacidade de impulsionar a economia local, gerando empregos, desenvolvimento e inovação em produtos e serviços. A gestão eficiente das empresas desse setor pode resultar em ganhos significativos tanto para os empreendedores quanto para a sociedade como um todo. Portanto, a análise da produtividade e inovação nas empresas de saúde é de grande importância para o desenvolvimento e fortalecimento desse setor estratégico para o país.
O presente estudo tem como objetivo geral analisar os efeitos do Programa ALI na gestão da produtividade de empresas do setor de saúde situadas no oeste norte-rio-grandense, durante o período de agosto de 2022 a junho de 2024. Os objetivos específicos estabelecidos são: (i) medir o indicador de produtividade das empresas participantes; (ii) verificar o nível de maturidade em gestão da inovação por meio da ferramenta Radar da Inovação, com ênfase na dimensão Controle Gerenciais; e (iii) examinar as ações implementadas pelas empresas ao longo do Programa.
Para proporcionar uma melhor organização do conteúdo, este artigo está estruturado da seguinte maneira: A primeira seção, intitulada “Introdução”, aborda a contextualização do tema, apresenta o objetivo geral e específicos, além de destacar a relevância e justificativa da pesquisa. A segunda seção expõe o referencial teórico, oferecendo uma visão detalhada do setor de saúde e discutindo o Programa ALI Produtividade.
A terceira seção descreve os procedimentos metodológicos adotados, organizados em tópicos como o tipo de estudo, a abordagem metodológica, a técnica utilizada para o tratamento dos dados e sua análise. Na quarta seção, são apresentados os resultados da pesquisa. Por fim, a quinta seção reúne as considerações finais da pesquisa, juntamente com sugestões para futuros estudos.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O SETOR DE SAÚDE
O complexo da indústria da saúde representa cerca de 9% do PIB nacional, englobando não apenas serviços e mão de obra altamente especializada, mas também insumos de alta tecnologia, equipamentos e dispositivos médicos em constante evolução. Além disso, o setor tem recebido significativos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) por parte de instituições públicas e privadas, tanto antes quanto após a pandemia de covid-19. Nesse contexto, o processo de inovação na indústria da saúde avança em três principais dimensões: (i) novas pesquisas alinhadas às prioridades críticas da OMS, (ii) digitalização e novos modelos de negócios no setor, e (iii) desenvolvimento de dispositivos inovadores para diagnóstico médico (Sebrae, 2022).
Conforme Mendes Junior (2022), em 2020, a cadeia de saúde no Brasil foi responsável por mais de 3,7 milhões de vínculos empregatícios e um total de R$ 10,5 bilhões em remunerações. No Nordeste, os empregos e remunerações do setor representaram, respectivamente, 17,3% e 13,8% do total nacional, evidenciando uma maior concentração de empregos na região. O estado de São Paulo destacou-se como líder tanto na quantidade de vínculos empregatícios quanto no volume de remunerações, com participações de 32,7% e 41,0%, respectivamente. No Nordeste, a Bahia se sobressaiu, alcançando 4,9% dos empregos e 3,9% das remunerações, demonstrando maior intensidade de vínculos em comparação à remuneração total no Brasil. Esse padrão se manteve em todos os estados do país, com exceção de São Paulo e Rio Grande do Sul, onde houve maior intensidade nas remunerações.
Considerando o ranking nacional, as microrregiões de São Luís (MA) e Teresina (PI) se destacam por suas posições em nível de Nordeste, ficando à frente das demais capitais, exceto das maiores, como Salvador, Recife e Fortaleza. Assim, pode-se concluir que Teresina é um dos principais polos de saúde. O número de médicos no Brasil é baixo, estimado em 2,3 por 1.000 habitantes em 2020. A consultoria EIU (2021) projeta que esse número suba para 2,5 por 1.000 até 2026, já considerando o crescimento populacional. O número de enfermeiros também tem aumentado de forma constante, estimado em 7,4 por 1.000 habitantes em 2019. No entanto, a distribuição de médicos é desigual, com média de 5,1 médicos por 1.000 habitantes nas capitais brasileiras e apenas 0,3 por 1.000 em cidades com menos de 5.000 habitantes. Cerca de metade dos médicos no Brasil trabalham no setor privado do Nordeste (Mendes Junior, 2022).
A “saúde digital” ou saúde 4.0 é uma tendência consolidada, marcada pela integração de tecnologias da informação e comunicação (TICs) à área da saúde. Esse modelo tem sido reconhecido, inclusive pelo SUS, como um elemento crucial para a melhoria substancial dos serviços de saúde, por meio da disponibilização de informações abrangentes, precisas e que promovam a qualidade dos processos de saúde. Essa transformação no ecossistema da saúde também se reflete nas ações de importantes instituições brasileiras, que estão se adaptando e avançando em direção a um futuro mais consistente e seguro para o setor (Sebrae, 2022).
2.2 PRODUTIVIDADE E INOVAÇÃO
A gestão da produtividade empresarial é um elemento-chave para garantir a competitividade e o sucesso contínuo de um negócio (Ferreira, 2018). Conforme aponta Santos (2021), empresas que almejam competitividade devem alinhar suas características e metas organizacionais durante a formulação de estratégias.
Melhorar a produtividade, reduzir custos e obter resultados mais expressivos são objetivos comuns entre os empreendedores. No atual cenário empresarial, caracterizado por rápidas mudanças e alta competitividade, a busca por soluções que otimizem processos e aumentem a eficiência operacional tornou-se indispensável para assegurar a sobrevivência das organizações (Exame, 2023).
A produtividade funciona como um importante indicador de estabilidade, evidenciando a sustentabilidade e o potencial de crescimento de uma empresa (Sebrae, 2020). Nesse contexto, é essencial que as organizações busquem crescimento constante, ainda que em pequena escala. Empresas com altos níveis de produtividade enfrentam menos desafios relacionados à gestão administrativa, ao uso eficiente de recursos e ao desenvolvimento de equipes. Esse equilíbrio permite à empresa investir, expandir sua capacidade produtiva e promover um ambiente favorável ao progresso de seus colaboradores (Sebrae, 2020).
2.3 O PROGRAMA AGENTES LOCAIS DE INOVAÇÃO PRODUTIVIDADE
Conforme discutido na seção 2.1.2, o aumento da produtividade não apenas fortalece a competitividade das empresas, mas também está diretamente relacionado à melhoria da qualidade de vida de uma nação (Sebrae, 2020). Nesse contexto, foi criado o Programa Agentes Locais de Inovação (ALI), que oferece consultorias presenciais, personalizadas e gratuitas, realizadas por agentes capacitados e acompanhadas por especialistas (Quadro 1). O programa busca construir negócios mais sólidos e rentáveis.
Coordenado pelo MDIC e executado em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Sebrae, o ALI Produtividade tem como foco ampliar a competitividade e a produtividade das empresas brasileiras. Por meio de melhorias rápidas, econômicas e de alto impacto, o programa promove avanços na gestão, inovação de processos e redução de desperdícios (Sebrae, 2023e).
As ações descritas no Quadro 1 destacam o papel essencial de cada participante na implementação do Programa ALI. Para que os resultados sejam positivos, é imprescindível que haja uma comunicação clara e eficiente entre os envolvidos, além do cumprimento de suas respectivas responsabilidades.
Quadro 1 – Funções dos atores do Programa ALI
Ator | Atuação |
Coordenação Nacional | Representantes do Sebrae Nacional, responsáveis pela implantação e acompanhamento das ações do Programa Brasil Mais, e do Programa ALI no sistema Sebrae. |
Coordenação Estadual | É responsável por elaborar, coordenar, supervisionar, monitorar e avaliar o Programa no estado. Também realiza o monitoramento das bolsas e bolsistas do Projeto ALI no estado (plano de trabalho dos bolsistas, avaliação sobre o desempenho dos bolsistas, entre outros). |
Gestor Local | Tem a função de apoiar e monitorar o ALI nas suas atividades, ajudando em informações setoriais/territoriais, bem como o acompanhamento de ofertas de soluções do portfólio Sebrae, sugerindo para aplicação nas empresas. |
Consultor Sênior | Responsável por supervisionar o trabalho de campo do agente, tirar dúvidas e apoiar a implementação da metodologia. Trabalhará com o Coordenador Estadual para identificar os pontos-chave do Programa, recomendando melhorias, e ajudar na avaliação do desempenho do ALI. Sua função é tirar dúvidas, recomendar e orientar os agentes. A atuação do consultor deve estar fortemente ligada à atuação do escritório regional, onde o ALI atua, a fim de melhor alinhar as necessidades da empresa com as soluções que o próprio Sebrae/local pode oferecer. |
Orientador Acadêmico | A função de orientação acadêmica será sempre exercida por um bolsista orientador, que atuará juntamente com o ALI na elaboração de produtos bibliográficos com base na experiência das empresas monitoradas. |
Agente Local de Inovação | Bolsistas do Sebrae, graduados, com experiência de mercado e atuação como facilitadores da abordagem do Programa de Produtividade ALI para Pequenas Empresas. |
Empresas | Microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). Negócios que estejam em busca de aumentar a produtividade, identificar problemas e buscar soluções. |
Fonte: Elaborado pelos autores a partir do Guia ALI Produtividade Sebrae (2024)
Desde 2008, o Sebrae desempenha um papel fundamental no programa, contribuindo para o fortalecimento de pequenos negócios em todo o Brasil. Nesse período, foram capacitados 6.896 bolsistas, 5.149 atuaram em campo, 261 orientadores acadêmicos participaram, e mais de 415.212 pequenos negócios foram atendidos. O principal objetivo do Programa é promover a inovação como meio de reduzir custos e/ou aumentar o faturamento das micro e pequenas empresas, utilizando ferramentas ágeis para acelerar o desenvolvimento de produtos e serviços, além da entrega de projetos específicos. A iniciativa também fomenta a troca de experiências entre empreendedores, estimulando a experimentação e o uso prático de metodologias ágeis para alcançar melhores resultados (Sebrae, 2023e).
3 METODOLOGIA
Com base no problema de pesquisa e nos objetivos gerais e específicos definidos, este estudo caracteriza-se como uma pesquisa de natureza aplicada. Conforme exposto por Thiollent (2009), a pesquisa aplicada visa explorar os desafios enfrentados por instituições, organizações, grupos ou atores sociais, concentrando-se na elaboração de diagnósticos, identificação de problemas e desenvolvimento de soluções práticas.
Quanto à abordagem, adotou-se o método qualitativo, com o objetivo de apresentar dados ricos e detalhados (Gerhardt; Silveira, 2009). Paralelamente, utilizou-se a abordagem quantitativa, que se apoia na análise objetiva de dados brutos coletados por instrumentos padronizados (Gerhardt; Silveira, 2009). Por fim, em relação à finalidade do estudo, optou-se por um caráter exploratório, buscando investigar o tema com profundidade e identificar novas perspectivas.
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRAGEM
A amostra de empresas deste estudo é descrita no Quadro 2.
Quadro 2 – Caracterização das Empresas Estudadas
Empresa Atendida pelo Programa ALI | Ramo de Atuação | Localização | Período do atendimento |
Empresa A | Farmácia | Mossoró/RN | Ago/22 a Dez/22 |
Empresa B | Farmácia | Mossoró/RN | Ago/22 a Dez/22 |
Empresa C | Farmácia | Mossoró/RN | Ago/22 a Dez/22 |
Empresa D | Farmácia | Mossoró/RN | Jan/23 a Jun/23 |
Empresa E | Farmácia | Mossoró/RN | Jan/23 a Jun/23 |
Empresa F | Odontologia | Mossoró/RN | Jan/23 a Jun/23 |
Empresa G | Terapia Ocupacional | Mossoró/RN | Jan/23 a Jun/23 |
Empresa H | Farmácia | Mossoró/RN | Jan/23 a Jun/23 |
Empresa I | Farmácia | Mossoró/RN | Jan/23 a Jun/23 |
Empresa J | Terapia Ocupacional | Mossoró/RN | Jul/23 a Dez/23 |
Empresa K | Farmácia | Mossoró/RN | Jul/23 a Dez/23 |
Empresa L | Farmácia | Mossoró/RN | Jul/23 a Dez/23 |
Empresa M | Estética | Mossoró/RN | Jan/24 a Jun/24 |
Empresa N | Fisioterapia | Caicó/RN | Jan/24 a Jun/24 |
Empresa O | Clinica Médica | Mossoró/RN | Jan/24 a Jun/24 |
Fonte: O autor, com base nos dados da pesquisa de campo, 2024
A referida amostra consiste em 15 (quinze) empresas do oeste norte-rio-grandense atuantes no ramo de saúde e participantes do Programa ALI Produtividade, no período de agosto de 2023 a junho de 2024.
3.1.2 Pesquisa de Campo: A Jornada de Produtividade
Para fomentar a produtividade das empresas atendidas pelo Programa ALI, aplica-se a Jornada ALI Produtividade. A metodologia está organizada em 10 (dez) etapas, como ilustra a Figura 1, e é executada em ciclos de até seis meses.
Figura 1 – Etapas do ALI Produtividade
![](https://revistaft.com.br/wp-content/uploads/2025/01/image-21.gif)
Fonte: Elaborado pelo autor a partir do Guia ALI Produtividade Sebrae (2024)
O processo inicia-se com o interesse do empresário em introduzir inovação em sua empresa. Durante a Jornada, a empresa, com o apoio do empreendedor e da equipe de colaboradores, realiza as ações propostas, vivencia experiências de inovação e implementa melhorias significativas nos processos internos. Cada ciclo é acompanhado por um agente responsável por monitorar, no mínimo, 25 (vinte e cinco) empresas. As etapas da Jornada são sintetizadas na Figura 1.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nesta seção, os resultados obtidos são apresentados com base no arcabouço metodológico mencionado, incluindo: (1) o cálculo da produtividade alcançada por meio da Jornada ALI Produtividade, (2) os índices obtidos pelo Radar de Inovação, além das experiências compartilhadas pelos empresários e sua relação com o referencial teórico adotado.
4.1 MENSURAÇÃO DO INDICADOR DE PRODUTIVIDADE DAS EMPRESAS PARTICIPANTES
O foco desta seção está no primeiro objetivo específico: medir o indicador de produtividade das empresas participantes. Este indicador busca oferecer ao gestor uma visão clara do desempenho produtivo da empresa, permitindo uma análise crítica dos resultados alcançados (Sebrae, 2023g). O cálculo do indicador de produtividade utiliza a fórmula apresentada na Equação 1: subtração dos custos variáveis do faturamento bruto total, dividida pelo número de pessoas ocupadas.
(Equação 1).
O Quadro 3 apresenta os resultados das medições iniciais e finais do Indicador de Produtividade.
Quadro 3 – Mensuração do Indicador de Produtividade
Empresa Atendida pelo Programa ALI | T0 (Mensuração Inicial) | Tf (Mensuração Final) | Variação da Produtividade (%) | Status |
Empresa A | R$ 5.188,71 | R$ 6.049,36 | 16,50% | Aumentou |
Empresa B | R$ 3.166,67 | R$ 3.588,68 | 13,32% | Aumentou |
Empresa C | R$ 3.967,50 | 2.834,17 | -28,56% | Diminuiu |
Empresa D | R$ 3.724,99 | 2.418,40 | -35% | Diminuiu |
Empresa E | R$ 393,30 | R$ 717,40 | 82,44% | Aumentou |
Empresa F | R$ 3.128,84 | R$ 2.938,70 | -6,07% | Diminuiu |
Empresa G | R$ 15.861,00 | R$ 13.500,00 | -15% | Diminuiu |
Empresa H | R$ 7.149,31 | R$ 9.325,00 | 30,43% | Aumentou |
Empresa I | R$ 982,99 | R$ 1.325,00 | 34,92% | Aumentou |
Empresa J | R$ 2.422,80 | R$ 3.923,60 | 61,97% | Aumentou |
Empresa K | R$ 2.882,60 | R$ 2.995,60 | 3,92% | Aumentou |
Empresa L | R$ 825,00 | R$ 6.265,40 | 659,39% | Aumentou |
Empresa M | R$ 5.333,40 | R$ 2.533,33 | -52,50% | Diminuiu |
Empresa N | R$ 1.347,80 | R$ 2.333,33 | 73,19% | Aumentou |
Empresa O | R$ 3.316,80 | R$ 7.916,67 | 138,72% | Aumentou |
Empresa P | R$ 5.188,71 | R$ 6.049,36 | 16,50% | Aumentou |
Média Final do Indicador de Produtividade = 65,19% |
Fonte: O autor, com base nos dados da pesquisa de campo, 2024
4.2 AFERIÇÃO DO NÍVEL DE MATURIDADE DE GESTÃO DE INOVAÇÃO NA DIMENSÃO CONTROLES GERENCIAIS DAS EMPRESAS PARTICIPANTES
O Programa ALI utiliza o Radar de Inovação como uma ferramenta estratégica para aprimorar a Gestão de Inovação nas empresas, contribuindo para o aumento da produtividade. O Radar de Inovação avalia o grau de maturidade em inovação de pequenas empresas, identificando as práticas já implementadas por meio de um questionário que abrange 6 Dimensões da empresa: Controles Gerenciais, Gestão das Operações, Gestão de Marketing, Práticas de Inovação, Transformação Digital e Ambiental, Social e Governança (ESG) (práticas sustentáveis) (Sebrae, 2023f), conforme ilustrado na Figura 2.
Figura 2 – Dimensões do Radar de Inovação
![](https://revistaft.com.br/wp-content/uploads/2025/01/image-22.gif)
Fonte: Elaborado pelo autor a partir do Guia ALI Produtividade Sebrae (2024).
Cada Dimensão é composta por variáveis classificadas com pontuações de 5, 3 ou 1, de acordo com a resposta do empresário. As questões são distribuídas em três cenários, para categorizar as respostas em pouco ou nada inovadoras (1), inovadoras ocasionais (3) ou inovadoras sistêmicas (5). O índice de inovação da empresa é calculado pela soma das pontuações de todas as variáveis, dividida pelo número total de questões (24). O grau de inovação é determinado pela média das pontuações das dimensões, sendo 5 o nível máximo de inovação alcançável (Silva Néto, 2012).
Nesta seção, abordamos o segundo objetivo específico: verificar o nível de maturidade em gestão da inovação por meio da ferramenta Radar da Inovação, com ênfase na dimensão Controle Gerenciais. O controle gerencial é destacado, pois durante a Jornada ALI, as empresas são incentivadas a implementar indicadores em todas as áreas e setores. A implementação de indicadores é crucial para o aumento da produtividade, conforme afirma Peter Drucker (2001): “o que pode ser medido, pode ser melhorado”.
No Radar de Inovação Inicial, os valores iguais ou superiores a 3 são destacados em amarelo, indicando inovação ocasional mínima antes da participação no Programa. Após a Jornada ALI Produtividade, os valores iguais ou superiores a 3 são destacados em azul, confirmando a presença de inovação. O Quadro 04 apresenta os resultados da aplicação do Radar de Inovação na Dimensão Controles Gerenciais.
Quadro 4 – Pontuação da Dimensão Controles Gerenciais
Empresa Atendida pelo Programa ALI | Radar Inicial | Radar Final | Variação da Dimensão |
Empresa A | 3.00 | 5.00 | 2.00 |
Empresa B | 2.00 | 4.00 | 2.00 |
Empresa C | 2.00 | 5.00 | 3.00 |
Empresa D | 2.00 | 4.00 | 2.00 |
Empresa E | 2.00 | 3.00 | 1.00 |
Empresa F | 2.00 | 5.00 | 3.00 |
Empresa G | 1.00 | 4.00 | 3.00 |
Empresa H | 2.00 | 4.00 | 2.00 |
Empresa I | 2.00 | 4.00 | 2.00 |
Empresa J | 2.00 | 4.00 | 2.00 |
Empresa K | 3.00 | 4.00 | 1.00 |
Empresa L | 3.00 | 5.00 | 2.00 |
Empresa M | 2.00 | 3.00 | 1.00 |
Empresa N | 2.00 | 2.00 | 0,00 |
Empresa O | 2.00 | 3.00 | 1.00 |
Empresa P | 3.00 | 5.00 | 2.00 |
Empresa Q | 2.00 | 4.00 | 2.00 |
Empresa R | 2.00 | 5.00 | 3.00 |
Empresa S | 2.00 | 4.00 | 2.00 |
MÉDIA FINAL DA DIMENSÃO GESTÃO POR INDICADORES: | 3,93 |
Fonte: O autor, com base nos dados da pesquisa de campo, 2024
Os dados indicam que, de maneira geral, as empresas analisadas no setor de saúde apresentam inovação ocasional na dimensão de controles gerenciais, com uma média de 3,93. Das 15 empresas estudadas, 14 apresentaram médias acima de 3,0, enquanto apenas uma empresa (N) apresentou média 2, sendo considerada pouco ou nada inovadora. A análise das empresas com médias superiores a 3,0 revela melhorias no indicador de qualidade e elaboração das metas, com destaque para as empresas A, C, F, L, P e R, que foram consideradas inovadoras sistêmicas.
4.3 IMPACTOS DAS PRINCIPAIS AÇÕES IMPLEMENTADAS
Esta seção cumpre o terceiro objetivo específico – examinar as ações implementadas pelas empresas ao longo do Programa. No Quadro 1, observa-se que a média geral do indicador de produtividade das empresas estudadas foi de 65,19%. Destaca-se a performance da Empresa L, que teve a produtividade impulsionada em mais de 600% (seiscentos).
A empresa L implementou com sucesso 11 (onze) das 12 ações sugeridas ao longo do programa, alcançando melhorias significativas em todas as dimensões avaliadas pelo Radar de Inovação. Entre as principais iniciativas, destacam-se a implantação de indicadores-chave de desempenho, que permitiram um monitoramento mais eficaz das operações e resultados da empresa. Além disso, houve um avanço expressivo na organização de processos internos, o que contribuiu para a otimização de recursos e aumento da eficiência operacional. A empresa também desenvolveu um planejamento estratégico de marketing, focado em ampliar sua presença no mercado e aprimorar o relacionamento com os clientes. Paralelamente, foi realizada uma reestruturação na divisão de tarefas, garantindo maior clareza nas responsabilidades de cada colaborador, o que resultou em uma equipe mais alinhada e produtiva. Por fim, a reestruturação da estrutura geral da organização trouxe melhorias em sua governança, favorecendo a tomada de decisões estratégicas e consolidando a empresa como um modelo de gestão inovadora.
As empresas E e O apresentaram aumentos expressivos em sua produtividade, alcançando índices de 82,44% e 138,72%, respectivamente. Esses resultados refletem uma série de melhorias implementadas durante o programa. Ambas as empresas aprimoraram significativamente a gestão financeira, estabelecendo processos mais organizados e eficientes para controle e monitoramento de receitas, despesas e investimentos. Além disso, adotaram práticas de gestão participativa ao implementar reuniões regulares com suas equipes, criando um espaço para alinhamento estratégico, discussão de resultados e definição de prioridades. Como parte dessas iniciativas, também foram estabelecidas metas claras e mensuráveis, o que fomentou maior engajamento dos colaboradores e contribuiu para o alcance de resultados mais expressivos. Essas ações integradas consolidaram a base para um crescimento sustentável e orientado por resultados.
Por outro lado, as empresas C, D, F, G e M registraram uma redução na produtividade durante o período avaliado. O principal fator responsável por esse declínio foi a realização de compras sem o devido planejamento ou pesquisa de mercado, o que resultou em uma gestão ineficiente dos custos. Além disso, alguns empresários mencionaram aumentos expressivos nos preços dos insumos, o que impactou significativamente os custos variáveis das operações. Em particular, a empresa M apresentou o pior desempenho, com uma queda de 52,50% na produtividade. Segundo a empreendedora, esse resultado foi atribuído a um mês em que os custos variáveis atingiram níveis elevados, aliado a uma sazonalidade desfavorável, já que esse período do ano é caracterizado por um menor fluxo de clientes. Esses fatores combinados contribuíram para o desempenho negativo observado.
No Encontro 9, as empresas participantes realizaram uma avaliação do Projeto ALI, atribuindo uma nota de zero a dez para responder à seguinte questão: “Em que medida o problema prioritário da sua empresa foi solucionado?” Essa avaliação buscou medir a eficácia da solução inovadora desenvolvida e implementada ao longo da Jornada, com foco na resolução dos problemas identificados durante o Encontro 2 (Mapeando os desafios e soluções). Como resultado, a média das notas atribuídas pelos empresários foi de 7,93.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo foi conduzido com o objetivo de avaliar os impactos do Programa ALI na gestão da produtividade de empresas do setor da saúde localizadas no oeste potiguar, por meio da proposição e implementação de ações focadas na dimensão Controles Gerenciais, utilizando o Radar de Inovação como ferramenta de monitoramento. No atendimento ao primeiro objetivo específico – medir o indicador de produtividade das empresas participantes, os resultados revelaram uma média geral de produtividade de 65,19%, demonstrando o sucesso do Programa ALI entre as empresas analisadas.
A pesquisa contou com uma amostra de 15 empresas do setor da saúde no oeste norte-rio-grandense, que participaram do Programa ALI Produtividade entre agosto de 2023 e junho de 2024. Com relação ao segundo objetivo específico – verificar o nível de maturidade em gestão da inovação por meio da ferramenta Radar da Inovação, com ênfase na dimensão Controle Gerenciais, constatou-se que, de modo geral, as empresas avaliadas foram classificadas como inovadoras ocasionais, apresentando uma média de 3,93 nessa dimensão.
Destacam-se os resultados das empresas E e O, que registraram aumentos expressivos em seus índices de produtividade, alcançando 82,44% e 138,72%, respectivamente. Esses resultados refletem o impacto positivo das melhorias implementadas durante a jornada do programa, especialmente no aprimoramento da gestão financeira. Ambas as empresas estabeleceram processos mais eficientes e organizados para o controle e monitoramento de receitas, despesas e investimentos, evidenciando avanços significativos. Assim, o terceiro objetivo específico – examinar as ações implementadas pelas empresas ao longo do Programa, também foi alcançado com sucesso.
A avaliação realizada pelas empresas participantes no Encontro 9 indicou um elevado grau de satisfação com as soluções desenvolvidas e implementadas ao longo do programa, resultando em uma média de 7,93 para a eficácia na resolução dos problemas identificados no Encontro 2 (Mapeando os desafios e soluções). Esses resultados reafirmam o impacto positivo do Programa ALI, apontando para novas perspectivas de atuação e aprimoramento. Para futuras pesquisas, sugere-se a realização de estudos que explorem os impactos do Programa ALI em empresas de outros setores, bem como a ampliação da área geográfica analisada. Essa abordagem permitiria avaliar a eficácia do programa em diferentes contextos industriais e regionais, contribuindo para uma visão mais abrangente e estratégica sobre os benefícios e limitações das práticas de inovação implementadas.
REFERÊNCIAS
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