USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS COMO ESTRATÉGIA PARA PRODUÇÃO DE GÊNERO TEXTUAL JORNALÍSTICO ENTRE ALUNOS DO PRIMEIRO E SEGUNDO SEGMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA MUNICIPAL NOEL DE CARVALHO EM RESENDE – RIO DE JANEIRO

USE OF DIGITAL TECHNOLOGIES AS A STRATEGY FOR THE PRODUCTION OF JOURNALISTIC TEXTUAL GENRE AMONG STUDENTS OF THE FIRST AND SECOND SEGMENTS OF ELEMENTARY SCHOOL AT NOEL DE CARVALHO MUNICIPAL SCHOOL IN RESENDE – RIO DE JANEIRO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202501231517


Rachel Camara Rodrigues de Melo1*
Orientador 1: Profº André Cotelli do Espírito Santo (M. Sc)
Orientador 2: Profº Claudio Marcio do Nascimento Abreu Pereira (D. Sc.)


RESUMO

A constante proximidade dos estudantes com a tecnologia é percebida através do desenvolvimento das habilidades e a forma como está interligada nas suas relações sociais, tanto dentro quanto fora da escola, pelas mídias sociais. A escola, com sua característica universal, assume a função de minimizar o alfabetismo digital através de Políticas de Inclusão Digital. A sequência didática propõe uma metodologia do ensino da Cultura Digital visando utilizar a informática educativa escolar por meio da produção de gêneros textuais jornalísticos no ensino fundamental. A sequência didática, estruturada em etapas, inclui o incentivo aos alunos para pesquisas, a coleta de dados e ações colaborativas. A aplicação prática de conceitos como ética, responsabilidade social, criatividade, pensamento crítico e a habilidade de comunicação dos alunos como um todo. 

Palavras-chave: tecnologia, gênero textual, produção textual.

ABSTRACT 

The constant proximity of students to technology is evident through the development of their skills and how it is integrated into their social relationships, both inside and outside of school, via social media. The school, with its universal characteristic, plays a role in reducing digital illiteracy through Digital Inclusion Policies. The teaching sequence proposes a methodology for teaching Digital Culture, aiming to use educational computing in schools through the production of journalistic text genres at the elementary level. The structured teaching sequence includes encouraging students to conduct research, collect data, and engage in collaborative activities. It also emphasizes the practical application of concepts such as ethics, social responsibility, creativity, critical thinking, and overall communication skills.

Keywords: technology, textual genre, textual production.

1 INTRODUÇÃO

A pandemia da COVID-19 acelerou a cultura digital nas escolas, destacando a importância da informática educativa. Retornei como Professora de Informática Educativa para os anos finais do ensino fundamental, percebendo a inadequação dos planos de aula tradicionais frente aos “nativos digitais” equipados com smartphones modernos.

Dentro da sala de aula, observei a constante interação dos alunos com a tecnologia e sua influência nas relações sociais. Questionei a eficácia dos modelos tradicionais de aula ao confrontá-los com o uso real das tecnologias no cotidiano dos estudantes. As mídias digitais eram as principais fontes de conhecimento, gerando desafios como a disseminação de “fake News”.

Percebi a oportunidade de transformar os alunos de consumidores passivos em criadores ativos de conhecimento. Utilizando o gênero jornalístico e a interdisciplinaridade, iniciamos a produção de um jornal escolar, que provou ser uma ferramenta eficaz para envolver os alunos e demonstrar o alcance das informações digitais.

A cultura digital pode estimular o pensamento crítico e tornar os alunos protagonistas na criação e disseminação de conhecimento. O jornal produzido pelos alunos revelou-se uma prática metodológica inovadora, promovendo a autorresponsabilidade e autonomia na produção de conteúdo.

1 A CULTURA DIGITAL NA ESCOLARIZAÇÃO

Na cultura contemporânea em que a mídia digital se tornou inerente à vida, tem sido natural considerar, a partir dessa lógica proposta por Freire (2011, p. 31), onde aponta que o trabalho, especialmente o intelectual, e da mesma maneira a formação que antecede este trabalho, seja afetado diretamente pelas condições tecnológicas que se impõem.  

O homem é um ser do trabalho e da transformação do mundo. O homem é um ser das práxis, da ação e da reflexão. Nestas relações com o mundo, através de sua ação sobre ele, o homem se encontra marcado pelos resultados de sua própria ação. Atuando, transforma; transformando, cria uma realidade que, por sua vez, envolvendo-o, condiciona sua forma de atuar (Freire, 2011, p. 30).

Sob a necessidade de transformação do mundo que deveria impingir a práxis da ação e da reflexão, da construção dos conteúdos através da criticidade e com a infindável oferta de meios de comunicação digitais, tal como e-mail, redes sociais, presença e eventos online, onde a interação entre diferentes públicos tem se tornado constante e acessível, pois encontra-se apenas à distância de um clique (computadores, tablets e celulares smartphones, entre outros), de qualquer cidadão e, portanto, vinculada aos seus intentos (Miller, 2011).

Nesse sentido, somamos a necessidade do uso evidente da tecnologia e inclusão digital de estudantes da Educação Infantil, dos anos iniciais ou finais e Médio, foi homologado pelo Ministério da Educação o Parecer CNE/CEB 2/2022 (Brasil, 2022), que contém o projeto de Resolução, sobre as normas que definem o ensino de Computação na Educação Básica de todo o país. A normatização, elaborada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), atende ao art. 22 da Resolução CNE nº 2, de 22 de dezembro de 2017, que instituiu e orientou a implantação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O texto foi publicado no Diário Oficial da União dia 3 de outubro de 2022 cabendo aos estados, municípios e ao Distrito Federal iniciar a implementação dessa diretriz até um ano após a homologação. 

Segundo estabelecido pela nova norma “Computação – Complemento à BNCC” (Brasil, 2022), é imprescindível que os estudantes ao longo da Educação Básica desenvolvam habilidades específicas organizadas em três eixos: Pensamento Computacional, Mundo Digital e Cultura Digital.

Ressalta-se, na prática pedagógica apresentada aqui, o eixo Cultura Digital, pois este aborda o desenvolvimento de habilidades e competências que contribuem para a formação de agentes ativos e conscientes de transformação capazes de analisar criticamente os impactos sociais, ambientais, culturais, econômicos, científicos, legais e éticos das tecnologias digitais na sociedade.  

Trabalhar a produção de conteúdo editorial nos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental, pode ser uma ferramenta para elucidar a forma pertinente de produção de conteúdo, bem como, apoiar os educandos na ampliação do pensamento crítico suficiente e ajustado para proteger-se ou ao menos questionar os conteúdos os quais estão expostos diariamente. Por isso, propomos a realização da produção editorial utilizando-se das ferramentas digitais aos alunos de 5º ao 9º ano do Fundamental da Escola Municipal Noel de Carvalho, no município de Resende-RJ, com as turmas: 503, 504, 603, 604, 605, 704, 705, 803, 805, 901, 902 e 903. Esta prática nos deu sinais significativos de como podemos melhorar o desempenho acadêmico e social de nossos alunos.

Assim, revisita-se o termo pensamento crítico com a pergunta central: como a Informática Educativa pode atender às demandas da Cultura Digital, engajando os alunos de forma crítica e social, além de desenvolver habilidades linguísticas, culturais e de comunicação social? 

Metodologia

Para identificar as principais características da Informática educativa dentro da realidade dos alunos atuais, para o ensino da Cultura Digital, foi necessário buscar na literatura através de pesquisa bibliográfica, os dados e informações que apontam como a cultura contemporânea incorporou a mídia digital, fazendo desta primordial para vida. Observando como está sendo natural, considerar que é impossível viver sem ser intermediado pelas tecnologias digitais nos processos relacionais mais intrínsecos. Logo, apontando para a comunicação e seus veículos, já que a socialização depende mutuamente da comunicação entre os pares. A partir dessa lógica, verificar que o trabalho, especialmente o intelectual – e da mesma maneira a formação que antecede este trabalho – está afetado diretamente pelas condições tecnológicas que se impõem. Posteriormente, foi desenvolvido uma sequência didática, permeada pelas tecnologias digitais, para a produção textual no gênero jornalístico abordando os conhecimentos das seguintes áreas: Linguagens e Língua Portuguesa, Informática Educativa e ainda conhecimentos específicos do contexto jornalístico. Desta forma garantimos a ampliação dos conhecimentos do aluno, bem como de habilidades, visando dilatar as possibilidades de interação com o mundo e com seus saberes prévios. A produção de gênero textual jornalístico na Educação Fundamental pode ser uma ferramenta para elucidar a forma pertinente de produção de conteúdo, bem como, suportar os educandos de pensamento crítico suficiente e ajustado para proteger-se ou ao menos questionar os conteúdos os quais estão expostos diariamente. Desta forma, propor a prática docente de realização da produção jornalística utilizando-se das ferramentas digitais aos alunos do 6º ao 9º ano, pode nos dar sinais significativos de como podemos melhorar o desempenho acadêmico e social de nossos alunos. A etapa final é a avaliação da sequência didática com professores dos anos finais do Ensino Fundamental, a fim de verificar o desenvolvimento da mesma entre a comunidade acadêmica. A avaliação de uma sequência didática é fundamental para garantir que os objetivos educacionais sejam alcançados e que os alunos tenham uma experiência significativa de aprendizado. 

A fim de utilizar as novas tecnologias digitais na educação, como ferramenta para construção de habilidade crítica para a validação de informações disponíveis nas redes sociais, entre os jovens de 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Noel de Carvalho, foi utilizado o aplicativo Canva, que oferece as ferramentas necessárias para a construção do editorial informativo da escola. Os alunos foram inseridos como colaboradores na plataforma Canva, funcionalidade oferecida de forma gratuita pelo aplicativo.

Em relação ao texto jornalístico, este é composto por algumas partes: título, lide, corpo do texto e imagens que estiveram à disposição dos alunos e professores no aplicativo Canva. No entanto, cada tipo de jornal possui cadernos variados. Os temas privilegiados na edição foram definidos através das reuniões de pauta com os alunos. 

Naquele momento, selecionar, buscar as fontes, estabelecer e organizar as informações foram ações importantes para que os alunos pudessem ver, de forma prática, os constructos da mensagem que se desejava partilhar. O estabelecimento de causas e consequências também foi proposto por meio de perguntas norteadoras para o processo. Garantindo um ambiente de conhecimento das novas tecnologias digitais e ao mesmo tempo, propondo a produção editorial de forma coletiva e colaborativa. 

Assim, as etapas norteadoras desta produção editorial foram: 

  1. Apresentar a importância de produzir um editorial com a finalidade de garantir a comunicação, a liberdade de expressão e promoção da informação na comunidade escolar;
  2. Criar um endereço eletrônico da turma para garantir acessibilidade ao aplicativo;
  3. Apresentar o aplicativo Canva e criar o grupo de trabalho, garantindo acesso aos alunos e ofertando aos educandos a possibilidade de construir de forma coletivas através das edições textuais;
  4. Contextualizar a turma no tempo e no espaço, colocando as propostas da gestão escolar para o calendário, bem como programações e ainda, assuntos pertinentes para o mês, já que os informativos produzidos foram mensais;
  5. Formar a pauta e estabelecer o assunto base para depois definir o assunto central do informativo;
  6. Construir com as turmas a pauta e suas subdivisões, além de analisar os conteúdos que foram selecionados, bem como suas fontes;
  7. Compartilhar e submeter aos pares o informativo, na forma impressa na biblioteca da escola e sob a forma digital na plataforma virtual de aprendizagem utilizada na REMEP.

Em relação à BNCC (Brasil, 20187), no que diz respeito à área de conhecimento Língua Portuguesa que contempla o 5º ano do Ensino Fundamental, objetivou-se fortalecer as habilidades, descritas pelos seguintes códigos alfanuméricos: EF35LP16 que consiste em identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para o público infantil e cartas de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais; EF35LP21 que consiste em ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores; EF35LP26 que consiste em ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto; EF35LP23 que consiste em apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido e EF05LP10 que consiste em ler e compreender, com autonomia, anedotas, piadas e cartuns, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto. 

Entende-se que a consolidação dessas habilidades pode promover a construção do pensamento crítico e assim, os alunos serão capazes de avaliar a veracidade de informações disponíveis na internet. 

Em relação às turmas de 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental na área de conhecimento da Língua Portuguesa, objetivou-se fortalecer as habilidades, descritas pelos seguintes códigos alfanuméricos: EF06LP08 que consiste em identificar, em texto ou sequência textual, orações como unidades constituídas em torno de um núcleo verbal e períodos como conjunto de orações conectadas; EF67LP09 que consiste em planejar notícia impressa e para circulação em outras mídias (rádio ou TV/vídeo), tendo em vista as condições de produção, do texto, o objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc; EF67LP28 que é definida por ler, de forma autônoma, e compreender , selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes, romances infanto-juvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, entre outras narrativas; EF69LP16 que consiste em analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros jornalísticos da ordem do relatar, tais como notícias, blocos noticiosos, hipertextuais e hipermidiáticos no digital, que também pode contar com imagens de vários tipos, vídeos, gravações de áudio; EF69LP20 que consiste em identificar, tendo em vista o contexto de produção, a forma de organização dos textos normativos e legais, a lógica de hierarquização de seus itens e subitens e suas partes: parte inicial (título, nome, data e ementa), blocos de artigos (parte, livro, capítulo, seção, subseção); EF69LP36 que consiste em produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigos de divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico, infográfico animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento, relatório; EF69LP46 que consiste em participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/ manifestações artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes e EF69LP51 que consiste em engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as configurações da situação de produção, o leitor pretendido, o suporte (Brasil, 2018). 

Entende-se que o desenvolvimento destas habilidades estão diretamente relacionados à promoção do senso crítico pelos alunos para que possam ser capazes de avaliar a veracidade de informações disponíveis no amplo contexto da internet.

RESULTADOS

Destaca-se aqui a importância de alguns fatores essenciais para a viabilidade desta prática: a disponibilidade de computadores com acesso à internet, a escolha de temas significativos,  para que os alunos, engajados potencializassem o trabalho desde a produção até a divulgação da produção do conteúdo editorial, nos mais diversos canais e  pelos próprios alunos/ autores. 

Nas quatro edições produzidas ao longo dos meses agosto, setembro, outubro e novembro do ano de 2022 atingimos o total de 532 alunos envolvidos na construção do Jornal. Todas as edições foram publicadas na plataforma virtual de aprendizagem da REMEP. De acordo com os relatórios disponibilizados por esta plataforma o valor médio das interações com o público foi de 335,25 usuários em cada edição.

  Abaixo apresentamos o quantitativo de usuários que interagiram em cada edição:

  • A 1° edição foi elaborada pelos alunos das turmas: 704, 504 e 901 e o engajamento nesta postagem foi de 382 usuários;
  • A 2° edição foi elaborada pelos alunos das turmas: 503, 603, 604, 704, 805 e 902 e o engajamento nesta postagem foi de 425 usuários; 
  • A 3° edição foi elaborada pelos alunos das turmas: 603, 604, 605, 704, 705, 803, 901 e 903, com um resultado de 334 usuários engajados;
  • A 4° edição foi elaborada pelos alunos das turmas: 601, 603, 704, 801 e 901, apresentando um engajamento de 200 usuários.

A publicação do jornal na plataforma virtual de aprendizagem da REMEP permitiu o monitoramento do quantitativo de usuários que acessaram as respectivas edições totalizando 1363 usuários interagindo com as respectivas postagens. 

Durante o ano letivo, nas quatro edições publicadas, observou-se uma média de acesso de 340 usuários até o período de novembro de 2022. Este público compreendeu os alunos envolvidos nas produções como autores, os alunos de outras turmas da unidade escolar e também os responsáveis pelos alunos matriculados na escola. 

Foi possível observar o fomento da cultura de produção de conteúdo, sobretudo, de conteúdos confiáveis e do desenvolvimento da criticidade diante das matérias publicadas. Para isso, os alunos foram instruídos a utilizar fontes confiáveis para as pesquisas como sites oficiais de organizações envolvidas na notícia, bibliotecas digitais como o Google Acadêmico, entre outros. 

Destaca-se como resultado das produções, primeiro a qualidade estética da produção editorial, segundo o conteúdo pertinente e contextualizado das produções editoriais, atrelado com as necessidades da comunidade escolar e terceiro, mas não menos importante, os dados relativos ao alcance do informativo na comunidade local, que foram para além dos muros da escola, alcançando pais e alunos de toda a escola através das redes sociais e de plataformas de aprendizagem da REMEP utilizada para sua publicação.

Figura 1 – Capa da “Edição de Comemoração de Aniversário da Escola”

Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 2 – Página 2 “Informativo”

Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 2 – Página 3 “Informativo”

Fonte: Arquivo pessoal.

2 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De forma geral, as percepções captadas durante o desenvolvimento dessa prática foram que devido ao contexto geracional, os alunos têm uma capacidade tecnológica de apreensão e uso cotidiano das redes sociais digitais normalmente superior aos professores (migrante digital) que se propõem a discutir o tema, sendo necessária a formação continuada do corpo docente para utilização de tecnologias digitais. 

Contudo, falta-lhes o “olhar do editor”, no sentido crítico de como reunir as informações relevantes e confiáveis. Faltam aos alunos as habilidades técnicas eficazes para um conteúdo jornalístico e estético que responda às demandas das redes, transformando o trabalho do educador em facilitador de extrema necessidade, haja vista, a imaturidade e ausência de criticidade dos alunos que buscamos construir a longo prazo. 

Entende-se que houveram benefícios quanto ao desenvolvimento da criticidade nos alunos. No entanto, é preciso que o desenvolvimento do pensamento crítico seja constantemente estimulado para que alcance resultados a médio e longo prazo, pois estes dados não podem ser oportunizados em um curto período.  

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. 2. ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Conselho Nacional de Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Brasília, MEC/SAEB, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 04 jul 2023.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer CNE/CEB n. 2, de 2022. Dispõe sobre as diretrizes curriculares nacionais para a educação básica. Brasília, DF: MEC, 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018.

FREIRE, P. Extensão ou comunicação? 15. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.  

MILLER, M. The Ultimate Web Marketing Guide. Indianapolis, Indiana, Estados Unidos: Pearson Education, Inc., (2011).

SOUZA, R. Crítica Literária: Seu Percurso e seu Papel na Atualidade. Floema, ano VII, n. 8, p. 29-38, jan./jun. 2011. 


* 1Mestre em Novas Tecnologias Digitais na Educação. Licenciada em Psicologia, Especialista em Psicopedagogia Institucional, Gestão Escolar, Supervisão e Orientação Escolar, Neuropsicopedagogia e Psicomotricidade. Professora de Informática Educativa na Escola Municipal Noel de Carvalho em Resende-, /RJ.

Orientada por:
Orientador 1 : Profº André Cotelli do Espírito Santo (M. Sc)
Orientador 2: Profº Claudio Marcio do Nascimento Abreu Pereira (D. Sc.)