PSYCHOLOGICAL IMPACT OF THE WEATHER ON WOMEN’S MENTAL HEALTH
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102501200160
Adriana Quaresma de Souza Carvalho1
Me. Tammya Tercia Oliveira Ribeiro da Silva2
RESUMO
O climatério é um período fisiológico e natural na vida das mulheres, caracterizado por mudanças hormonais que podem afetar significativamente a saúde mental. Este estudo teve como objetivo analisar a natureza e a extensão do impacto psicológico do climatério na saúde mental das mulheres, investigando os aspectos psicológicos dessa fase, avaliando o conhecimento das mulheres sobre as mudanças psicológicas e identificando as estratégias de enfrentamento utilizadas. Realizou-se uma pesquisa exploratória, descritiva e qualitativa, por meio de entrevistas semiestruturadas com 10 mulheres entre 40 e 55 anos atendidas em uma clínica ginecológica de um hospital público em Teresina, Piauí. As participantes foram selecionadas com base em critérios de inclusão, que contemplaram: idade entre 40 e 55 anos, fase climatérica, ausência de terapia hormonal ou contraceptivos hormonais, e ausência de histórico de histerectomia ou ooforectomia. Foram excluídas mulheres em tratamento oncológico, com doenças metabólicas, neurológicas, reumatológicas, neuromusculares ou autoimunes, além daquelas em uso de contraceptivos hormonais ou terapia hormonal. Os resultados revelaram que muitas participantes desconheciam a fase do climatério, embora reconhecessem os sintomas associados. A diversidade de sintomas e a falta de orientações adequadas destacam a necessidade de capacitação das equipes multiprofissionais e de suporte psicológico especializado, visando reduzir a vulnerabilidade ao adoecimento mental e emocional durante o climatério. Logo, esta pesquisa enfatizou a importância de um atendimento integral que aborde tanto os aspectos físicos quanto os psicológicos, promovendo uma melhor qualidade de vida para as mulheres nessa fase.
Palavras chaves: Fase climatérica; Climatério; Aspectos psicológicos; Impacto psicológico; Saúde mental.
ABSTRACT
The climacteric is a physiological and natural period in women’s lives, characterized by hormonal changes that can significantly affect mental health. This study aimed to analyze the nature and extent of the psychological impact of menopause on women’s mental health, investigating the psychological aspects of this phase, evaluating women’s knowledge about psychological changes and identifying the coping strategies used. An exploratory, descriptive and qualitative research was carried out through semi-structured interviews with 10 women between 40 and 55 years old treated at a gynecological clinic at a public hospital in Teresina, Piauí. Participants were selected based on inclusion criteria, which included: age between 40 and 55 years, climacteric phase, absence of hormonal therapy or hormonal contraceptives, and absence of a history of hysterectomy or oophorectomy. Women undergoing cancer treatment, with metabolic, neurological, rheumatological, neuromuscular or autoimmune diseases, in addition to those using hormonal contraceptives or hormonal therapy, were excluded. The results revealed that many participants were unaware of the climacteric phase, although they recognized the associated symptoms. The diversity of symptoms and the lack of adequate guidance highlight the need for training multidisciplinary teams and specialized psychological support, aiming to reduce vulnerability to mental and emotional illness during menopause. Therefore, this research emphasized the importance of comprehensive care that addresses both physical and psychological aspects, promoting a better quality of life for women at this stage.
Keywords: Climacteric phase; Climacteric; Psychological aspects; Psychological impact; Mental health.
1 INTRODUÇÃO
O climatério é um período vital, que geralmente ocorre entre os 40 e 55 anos, caracterizado por mudanças marcantes. Essas transformações impactam profundamente a saúde mental das mulheres, na medida em que atravessam essa fase de transição entre a maturidade e o envelhecimento (Botelho, 2022; Khakkar; Kazemi, 2023).
As mudanças fisiológicas durante o climatério têm repercussões significativas na saúde mental das mulheres. Essas transformações refletem diretamente em seu bem-estar e qualidade de vida. A alta frequência de transtornos psíquicos nessa fase está associada a consequências negativas, especialmente entre mulheres que enfrentam desafios para redefinir seus papéis sociais e objetivos existenciais. É crucial ressaltar que a ocorrência desses transtornos mentais e a qualidade de vida das mulheres são influenciadas por uma complexa interação de fatores biopsicossociais (Brasil, 2016; Martins et al., 2021).
A saúde mental das mulheres na fase climatérica pode se tornar susceptível a problemas de saúde devido a uma combinação de fatores, como experiências de vida, ambientais e aspectos biológicos, genéticos, pessoais e circunstanciais. No entanto, mesmo diante desses desafios, a saúde mental pode ser preservada. Compreender a saúde mental vai além da ausência de transtornos; é um componente essencial do bem-estar geral. Essa perspectiva abrange autoaceitação, crescimento pessoal, propósito de vida, controle sobre o ambiente, autonomia e emoções positivas, compondo tanto o bem-estar psicológico quanto o subjetivo (Khakka; Kazemi, 2023; Sousa; Melo, 2022).
A compreensão dessa fase se revela como um tema complexo, com poucos estudos voltados para os aspectos mentais na transição enfrentada pelas mulheres. No entanto, é essencial reconhecer que o climatério é uma fase natural e fisiológica da vida feminina, que não deve ser encarada como um processo anormal ou patológico, mas sim como um período de transformação e oportunidades de autodescoberta. À medida que a expectativa de vida aumenta, o climatério se prolonga, garantindo às mulheres o direito de vivenciá-lo plenamente. Além disso, os impactos hormonais durante o climatério vão além do biológico, apresentando repercussões significativas em seus contextos social, cultural e psicológico (Dantas et al., 2022).
A relevância do estudo sobre o climatério é indiscutível, especialmente considerando os múltiplos desafios de saúde enfrentados pelas mulheres ao longo de suas vidas, que abrangem tanto aspectos físicos quanto psicológicos. É preocupante que, tanto no Brasil quanto em outros países, a atenção à saúde da mulher ainda se concentre predominantemente no período reprodutivo, negligenciando as necessidades específicas das mulheres em meia-idade e na velhice (Rodrigues et al., 2022).
O objetivo geral dessa pesquisa é analisar a natureza e a extensão do impacto psicológico do climatério na saúde mental das mulheres. Para isso, a pesquisa se propõe a: Investigar os principais aspectos psicológicos que se manifestam durante o climatério; avaliar o nível de conhecimento e compreensão das mulheres sobre as mudanças psicológicas relacionadas a essa fase; identificar as estratégias de enfrentamento que elas utilizam para lidar com os desafios psicológicos do climatério. Nesse contexto, embora o climatério seja um estágio natural da vida feminina, ele pode acarretar desafios psicológicos significativos. As mudanças hormonais e emocionais podem impactar de forma negativa a qualidade de vida. Para desenvolver estratégias e orientações adequadas, é essencial compreender e abordar esses
desafios. Essa compreensão se torna crucial para aprimorar as práticas clínicas, as políticas de saúde e os programas de apoio, garantindo que as necessidades das mulheres durante o climatério sejam atendidas de maneira eficaz. Dessa forma, promover um suporte integral e adequado é fundamental para contribuir com o bem- estar das mulheres nessa fase de transição.
2 METODOLOGIA
Este estudo foi classificado como exploratório-descritivo e com abordagem qualitativa, realizado em uma clínica ginecológica de um hospital público em Teresina, Piauí. A clínica atende mulheres de Teresina, municípios e outros estados, é especializada em ginecologia, mastologia, sexologia e reprodução humana, oferecendo tratamentos cirúrgicos como mastectomias, histerectomias, oncologia e intervenções para incontinência urinária.
As participantes foram formalmente convidadas para o estudo após receberem informações detalhadas sobre os objetivos da pesquisa. Foram selecionadas 10 mulheres em atendimento na clínica, que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: idade entre 40 e 55 anos, fase climatérica, ausência de terapia hormonal ou contraceptivos hormonais, e sem histórico de histerectomia ou ooforectomia. As participantes foram incluídas independentemente do estado civil ou do número de filhos, desde que demonstrassem interesse voluntário em participar.
Os critérios de exclusão foram definidos para garantir a homogeneidade do grupo e a integridade dos dados. Assim, foram excluídas mulheres em tratamento oncológico ou com doenças metabólicas, neurológicas, reumatológicas, neuromusculares ou autoimunes, além de usuárias de contraceptivos hormonais ou terapia hormonal, devido ao possível impacto dessas condições e medicamentos nos sintomas do climatério.
Para preservar a confidencialidade das participantes, cada uma foi identificada com a letra “E” de Entrevistada, seguida de um número sequencial (E1, E2, etc.). A coleta de dados ocorreu em dois dias de novembro, utilizando entrevistas semiestruturadas guiadas por um roteiro previamente definido, com duração média de
20 a 25 minutos. As entrevistas foram realizadas individualmente em uma sala reservada na clínica e gravadas em áudio para análise posterior.
Para a análise dos dados da entrevista, foi utilizado o método de Bardin, que organiza o conteúdo do estudo em quatro partes distintas. A primeira parte aborda a perspectiva histórica, seguida pela análise das entrevistas. Em seguida, o conteúdo é organizado em categorização, inferência e interpretação das análises, finalizando com a análise categorial, que inclui avaliação, enunciação, proposição do discurso, expressão e relações, conforme descrito por Santos (2012).
O estudo seguiu rigorosamente as diretrizes éticas e legais estabelecidas pela Resolução nº 466/12, que regulamenta pesquisas envolvendo seres humanos, e pela Resolução nº 510/16, que garante a confidencialidade e o anonimato dos participantes. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), sob parecer consubstanciado nº 7.209.053 e CAAE nº 82885924.5.0000.5613.
3 RESULTADO
Caracterização da amostra
A coleta de dados para o estudo foi realizada na clínica ginecológica nos dias 11 e 12 de novembro de 2024, envolvendo um total de 104 mulheres atendidas nesse período. No primeiro dia, 56 mulheres estavam em consulta ginecológica. Dessas, 9 foram convidadas a participar do estudo, mas, após a aplicação dos critérios de inclusão, apenas 1 participante foi selecionada. No segundo dia, entre as 48 mulheres atendidas, 28 foram convidadas a participar. Destas, 19 foram excluídas pelos critérios de inclusão, totalizando 9 participantes. Ao final, a amostra do estudo foi composta por 10 mulheres, atendendo aos critérios de representatividade estabelecidos (Figura 1).
Figura 1: Fluxograma da seleção da amostra
Os primeiros dados da amostra da entrevista referem-se às características sociodemográficas das participantes, incluindo idade, estado civil, nível de escolaridade e local de residência. Quanto à idade, as participantes tinham entre 40 e 55 anos, com a seguinte distribuição: 2 participantes com 42 anos, 2 com 47 anos, e
as demais (4 participantes) com 40, 41, 43, 48, 50 e 55 anos. Em relação ao estado civil, 5 eram casadas, 2 solteiras, 2 divorciadas e 1 viúva. Quanto ao nível de escolaridade, 4 mulheres possuíam o ensino médio completo, 4 tinham o ensino fundamental incompleto e 2 possuíam ensino superior completo. Por fim, em relação ao local de residência, 8 moravam na capital, Teresina (PI), e 2 residiam em outra cidade do estado do Piauí (Tabela 1).
Tabela 1: Dados sociodemográficos das participantes.
ENTREVISTADA | IDADE | ESTADO CÍVIL | ESCOLARIDADE | RESIDENTE |
1 | 42 anos | Casada | Médio completo | Teresina/PI |
2 | 47 anos | Divorciada | Fundamental incompleto | Outra cidade/PI |
3 | 42 anos | Viúva | Médio completo | Teresina/PI |
4 | 43 anos | Divorciada | Fundamental incompleto | Teresina/PI |
5 | 47 anos | Solteira | Superior completo | Teresina/PI |
6 | 48 anos | Casada | Médio completo | Outra cidade/PI |
7 | 41 anos | Casada | Médio completo | Teresina/PI |
8 | 50 anos | Casada | Fundamental incompleto | Teresina/PI |
9 | 55 anos | Solteira | Fundamental incompleto | Teresina/PI |
10 | 40 anos | Casada | Superior completo | Teresina/PI |
Fonte: Autoras da pesquisa, 2024.
Em relação ao conhecimento sobre o climatério e seus sintomas, 6 entrevistadas relataram não reconhecer a fase que estão vivenciando, enquanto 4 afirmaram ter algum conhecimento ou já ter ouvido falar das mudanças hormonais típicas da meia-idade (Tabela 2).
Tabela 2: Conhecimentos e sintomas sobre a fase climatérica.
ENTREVISTADA | CONHECIMENTO | SINTOMAS |
1 | Não | Ondas de calor, suores noturnos, mudanças de humor. |
2 | Não | Ondas de calor, suores noturnos, mudanças de humor, alterações na libido. |
3 | Sim | Ondas de calor, suores noturnos, mudanças de humor, ganho de peso, dor abdominal. |
4 | Não | Ondas de calor, suores noturnos, mudanças de humor, dificuldades para dormir, ganho de peso, cólicas, dor nas pernas. |
5 | Sim | Mudanças de humor, alterações na libido, ganho de peso. |
6 | Sim | Ondas de calor, suores noturnos, mudanças de humor, dificuldades para dormir, secura vaginal, alterações na libido. |
7 | Sim | Mudanças de humor. |
8 | Não | Ondas de calor, suores noturnos, mudanças de humor, dificuldades para dormir, alterações na libido, ganho de peso. |
9 | Não | Ondas de calor, suores noturnos, mudanças de humor, alterações na libido, ganho de peso, dor nas pernas. |
10 | Não | Mudanças de humor, dificuldades para dormir, alterações na libido, ganho de peso. |
Fonte: Autoras da pesquisa, 2024.
Quanto ao impacto, apoio e estratégias de enfrentamento da fase climatérica, 8 mulheres consideraram essa fase negativa em suas vidas, 1 a avaliou como positiva e 1 não soube avaliar. Em relação à busca por apoio psicológico, 4 mulheres afirmaram que não consideraram procurar esse apoio, enquanto 3 não o buscaram até agora, mas estão abertas à possibilidade de buscar ajuda. Além disso, 3 mulheres já buscaram apoio psicológico. Dentre essas, 2 haviam sido acompanhadas anteriormente em 2019, mas interromperam o tratamento devido à pandemia de SARS-CoV-2. A 3ª mulher, no momento, está em acompanhamento terapêutico com um profissional psicólogo (Tabela 3).
Tabela 3: Impacto, apoio e estratégias de enfrentamento no período do climatério.
ENTREVISTADA | IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA | APOIO PSICOLÓGICO | ESTRATÉGIAS UTILIZADAS |
1 | Negativo | Não, não considerei procurar. | Prática de exercícios físicos. |
2 | Positivo | Sim, já procurei. | Não faço uso de estratégias. |
3 | Negativo | Não, não considerei procurar. | Prática de exercícios físicos. |
4 | Negativo | Sim, já procurei. | Não faço uso de estratégias. |
5 | Não consigo avaliar | Não, não considerei procurar. | Não faço uso de estratégias. |
6 | Negativo | Sim, já procurei. | Prática de exercícios físicos, terapia psicológica. |
7 | Negativo | Não, mas estou considerando procurar. | Prática de exercícios físicos, orações. |
8 | Negativo | Não, mas estou considerando procurar. | Prática de exercícios físicos, louvar hinos. |
9 | Negativo | Não, não considera procurar. | Não faço uso de estratégias. |
10 | Negativo | Não, mas estou considerando procurar. | Não faço uso de estratégias. |
Fonte: Autoras da pesquisa, 2024.
Após a análise das 10 entrevistas com mulheres que estavam na fase climatérica e conforme os critérios estabelecidos no estudo, foram identificadas quatro categorias temáticas principais. Essas categorias estão listadas na Tabela 4.
Com base nos dados coletados, o estudo forneceu uma análise detalhada das experiências e percepções dos participantes sobre o climatério, enfatizando seu impacto na saúde mental. As categorias temáticas identificadas nas entrevistas destacam as principais dificuldades enfrentadas pelas mulheres durante essa fase da vida, oferecendo uma compreensão mais profunda dos desafios vivenciados.
4 DISCUSSÃO
A presente discussão visa abordar os relatos das mulheres que vivenciam o climatério e seus impactos na saúde mental. A partir das queixas e mudanças relatadas pelas participantes, foram identificadas as implicações psicológicas dessa fase da vida. A análise foi estruturada em torno dos aspectos sociodemográficos, seguidos de quatro categorias temáticas principais. Esses pontos foram discutidos de forma a proporcionar uma compreensão mais aprofundada dos desafios enfrentados pelas mulheres durante essa etapa da vida.
Vivências e experiências da mulher no climatério
A primeira categoria temática descreve os relatos das mulheres sobre como elas percebem e vivenciam a etapa da meia-idade. O climatério é um processo fisiológico e natural, marcando a transição entre o período reprodutivo e não reprodutivo da mulher (Brasil, 2016).
Conforme relataram as entrevistadas, seis das participantes desconheciam a fase do climatério. A maioria das mulheres que estavam vivenciando essa fase descreveu a experiência de forma negativa, utilizando expressões como:
“… eu to achando assim, que é uma fase que eu tou me sentindo assim, um pouco estranha…” (E 1).
“… não é algo bom pra gente quando a gente entra…………………………………………………………………… nessa fase, a gente pensa que vai melhorar, vai é piorando, então gostaria sim de compartilhar ” (E 4).
“… é rui né, é ruim, só isso mesmo… ” (E 9).
O climatério é compreendido como uma experiência multifatorial, envolvendo aspectos biológicos, socioculturais, espirituais e psicológicos. Esse entendimento é transmitido de geração em geração por avós e tias, formado por rituais, crenças e saberes compartilhados (Bisognin et al., 2022).
Curta e Weissheimer (2020) observaram que as participantes tinham conhecimento limitado sobre o climatério, o que gerava dúvidas sobre estar na pré- menopausa ou pós-menopausa. A percepção dessa fase variava, sendo considerada positiva ou negativa dependendo das queixas, da intensidade dos sintomas e dos cuidados assistenciais recebidos durante o período.
Benetti et al. (2019) relataram que as mulheres associam vários significados ao climatério, frequentemente ligando-o a humor instável e ondas de calor. No entanto, com orientação adequada e ações específicas, é possível amenizar os desconfortos associados a essa fase.
O estudo de Souza et al. (2022), realizado no Paraná, Brasil, revela que a maioria das participantes desconhecia o significado do climatério. A pesquisa também destacou a percepção delas sobre o climatério e a menopausa, evidenciando um déficit de conhecimento sobre o tema. Cada mulher vivencia essa fase de maneira única, ressaltando a importância de auxiliá-las a conhecer, desmitificar e ressignificar esse novo ciclo da vida.
Nessa perspectiva, observa-se que muitas mulheres entram no climatério sem preparação ou suporte. Esse tema ainda é silenciado, gerando dúvidas e angústias. Muitas descobrem sobre essa fase em conversas com amigas, familiares ou por meio de pesquisas na internet, recorrendo ao médico apenas depois, em busca de orientação para lidar com as mudanças físicas e emocionais (Benetti et al., 2019).
Embora algumas mulheres compreendam esse período, o conhecimento ainda é superficial. Muitas têm uma visão vaga sobre o climatério, descrevendo-o como uma fase desafiadora, difícil e acompanhada de sofrimento (Souza et al., 2022).
Sintomas psicológicos da fase climatérica
Nessa segunda categoria aborda os sintomas presente no período de transição. A literatura mostra que durante essa etapa, as mulheres enfrentam uma ampla variedade de sintomas, todos eles associados à diminuição dos hormônios femininos essenciais para a regulação e secreção celular. Esses hormônios desempenham funções vitais em diversos aspectos do organismo, como o crescimento, desenvolvimento, equilíbrio hidroeletrolítico, reprodução e comportamento (Castro; Alvarenga; Baracho, 2021).
Os relatos das entrevistas a seguir são bastante significativos e ilustram claramente os sintomas vivenciados pelas mulheres:
“… sintomas tão complicados, que nem mesmo consigo entender eles…” (E 6).
“… o problema é só ansiedade, a depressão foi curada né, mais aí por enquanto estou falando com o psiquiatra…” (E 2).
“… essa mudança de humor é direto…” (E 5).
“… esquecimento, minha filha, esquecimento, dificuldade de lembrar as coisas…” (E 8).
“… assim, com algumas mudanças, eu sinto assim um calor…” (E 1). “… dificuldade para dormir tenho muito…” (E 9).
O estudo de Coslov, Richardson e Woods (2024), realizado por meio de uma pesquisa online em 2019 com mulheres entre 35 e 55 anos, residentes nos Estados
Unidos e Canadá, revelou que 63,3% das participantes na transição para a menopausa afirmaram “não se sentirem elas mesmas” durante metade dessa fase e nos três meses anteriores à pesquisa. A pesquisa incluiu 61 sintomas possíveis para essa etapa, dos quais quatro (dores nas pernas, dor abdominal, cólicas e esquecimento) coincidiram com os achados do presente estudo. Esses sintomas, que não estavam entre as opções de resposta, foram mencionados pelas participantes na seção “outros, especificar”.
Na fase climatérica, ocorrem diversos sinais e sintomas que podem variar de mulher para mulher. Entre eles, estão as alterações menstruais, como o alargamento e/ou encurtamento dos ciclos, aumento e/ou diminuição do fluxo e ciclos anovulatórios. Além disso, são comuns manifestações neurogênicas, como fogachos, palpitações, tonturas, cefaleia e insônia (Dantas et al., 2022).
Um estudo realizado por Gonçalves et al. (2023) em uma Estratégia Saúde da Família em Minas Gerais, Brasil, avaliou os fatores associados à disfunção sexual em mulheres de meia-idade. Das 195 participantes, 29,6% estavam no climatério e relataram sintomas de intensidade moderada a grave.
Estudos confirmam que a redução dos níveis de estrogênio, característica do período climatérico, pode causar sintomas genitais como ressecamento vaginal, dispareunia e urgência miccional, impactando a saúde sexual da mulher nessa fase (Wiggi et al., 2022; Curta; Weissheimer, 2020).
Segundo Morais et al. (2023), em seu estudo com 77 mulheres entre 40 e 65 anos, usuárias de uma Unidade Básica de Saúde da Família no Amazonas, Brasil, avaliou os sintomas climatéricos por meio da Escala de Avaliação da Menopausa (MRS) e os sintomas depressivos pelo Inventário de Depressão de Beck (BDI). Os resultados mostraram que 96,1% das participantes apresentaram sintomas climatéricos, com 74% relatando sintomas severos, como irritabilidade, distúrbios do sono, dores musculares, esgotamento físico e mental, e ansiedade. Além disso, 74% das mulheres exibiram sintomas depressivos, com predominância de quadros leves a moderados.
A literatura indica que os sintomas da ansiedade englobam tanto experiências subjetivas, como sensação de tensão e preocupação excessiva, quanto manifestações fisiológicas, como sudorese, tontura, aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. Esses sinais constituem um alerta para a necessidade de atenção e cuidado com a saúde mental durante esse período de transição (Quagliato; Nardi, 2020).
Os autores Luo e Lin (2024), que investigaram a relação entre sono e vigília em mulheres de 44 a 56 anos, encontraram uma associação entre distúrbios do sono e um risco aumentado de sintomas depressivos durante a transição da menopausa. Entre as participantes, 57% apresentaram risco maior de depressão em comparação com aquelas que tinham apenas alterações leves no sono.
Na transição do climatério, é comum que as mulheres enfrentem insônia, o que pode resultar em consequências prejudiciais para o corpo e a mente, tornando mais difícil lidar com o estresse do dia a dia. Nesse contexto, a falta de sono não apenas causa desconforto e irritabilidade, mas também pode afetar negativamente a função cognitiva, a capacidade de concentração e a sensação de clareza mental (Lage et al., 2024).
Estratégias de enfrentamento e adaptação no climatério
Esta terceira categoria temática aborda as estratégias de enfrentamento adotadas pelas mulheres para lidar com os desafios do climatério. Observou-se a prática de atividade física, o uso de medicamentos para a dor e a religiosidade como recursos frequentes, conforme apresentado nas seguintes falas:
“… eu pratico atividade física, quando estou com muita dor, tomo remédio para passar a dor, é isso…” (E 3).
“… orações mesmo, Deus em primeiro lugar mesmo…” (E 7). “… é isso as estratégias, caminhar e louvar…” (E 8).
Bisognin et al. (2022), em um estudo qualitativo realizado em 2015 no Rio Grande do Sul, Brasil, com mulheres atendidas pela Estratégia Saúde da Família, destacam que o conhecimento e as práticas relacionadas ao climatério são frequentemente transmitidos por mulheres dentro de seus círculos sociais. Esse saber, compartilhado de geração em geração, incluem orientações obtidas na internet e práticas como o uso de ervas medicinais, compressas frias, suplementação alimentar, atividade física e lazer, visando minimizar os sintomas do climatério. Essas práticas estão intimamente relacionadas às condições de vida, trabalho e ao contexto social das participantes.
Benetti et al. (2019) observam que a religiosidade desempenha um papel significativo para algumas mulheres durante o climatério, independentemente da crença religiosa. Muitas mantêm um vínculo com a religião, frequentando igrejas e buscando apoio espiritual como estratégias de enfrentamento. O estudo aponta que a participação em atividades espirituais e religiosas pode contribuir para a melhoria da saúde mental, aliviando problemas psicológicos, físicos e existenciais típicos dessa fase da vida.
De acordo com Curta e Weissheimer (2020), mulheres sedentárias apresentam mais sintomas durante o climatério em comparação com aquelas que praticam atividade física três ou mais vezes por semana. A prática de exercícios atua como um recurso terapêutico importante, melhorando a qualidade de vida e reduzindo os sintomas do climatério.
Moreira et al. (2024) avaliou o impacto do exercício físico e da atividade física em mulheres com síndromes climatéricas. O estudo revelou que mulheres que não praticavam exercício físico apresentaram maior carga sintomática e mais sintomas psicológicos. Em contrapartida, o exercício físico planejado, estruturado e repetitivo esteve associado a menor humor deprimido, menor carga de sintomas somáticos e melhor função cognitiva, enquanto a atividade física, por si só, pareceu insuficiente para melhorar a sintomatologia climatérica.
Apoio psicológico para o manejo do climatério
A quarta categoria temática explora o apoio psicológico e as estratégias de manejo direcionadas para melhorar a assistência às mulheres no climatério. Esse aspecto é evidenciado nas falas das entrevistadas:
“… acho que a questão de assistência tanto psicológica, quanto toda a assistência do dos gestores…………………………………. porque a mulher, a mulher, ela tem muitos e muitos problemas.. ” (E 7).
“… eu gostaria que fosse mais informado né…. porque sobre essa fase do de chegar até a menopausa tem esse percurso aí né, ele ainda é desconhecido pelas mulheres……………………………… ” (E 10).
“… eu acho que deveria acontecer que as pessoas procurassem apoiar as mulheres não só a partir dos 40 anos… tem mulheres que se sente todos esses sintomas mesmo sem tá nesse período… ” (E 5).
“…o médico disse que é bom para ajudar, faço academia e tenho acompanhamento do psiquiatra e tenho o psicólogo também…” (E 6).
O estudo de Luz e Frutuoso (2021), realizado com uma equipe da Estratégia Saúde da Família em São Paulo, Brasil, por meio de oficinas voltadas a discutir a perspectiva dos profissionais de saúde sobre o cuidado das mulheres no climatério na atenção primária, evidenciou lacunas importantes nesse atendimento. Os profissionais destacaram a ausência de ações específicas para esse público e a inexistência de iniciativas efetivas para atender mulheres no climatério.
Segundo Anjos et al. (2021), em um estudo com 17 mulheres acima de 40 anos que frequentavam regularmente uma unidade básica de saúde na Bahia, Brasil, observaram que muitas tinham uma compreensão equivocada sobre o climatério, embora reconhecessem as mudanças típicas desse período da vida. Os participantes utilizaram práticas integrativas, como plantas medicinais, para alívio dos sintomas. O estudo destaca a importância de capacitar e sensibilizar os profissionais de saúde para promover uma assistência adequada, voltada para a subjetividade feminina, proporcionando uma melhor compreensão e apoio durante esse período da vida.
Cruz et al. (2024), em um estudo de intervenção realizado na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Minas Gerais, Brasil, investigou os aspectos biopsicossociais de 21 mulheres que estavam passando pelo climatério. Dentre os participantes, 81% apresentaram sintomas relacionados a essa fase. O estudo destaca a prática do yoga como um fator de melhoria na saúde dessas mulheres, reforçando a importância das práticas integrativas para enfrentar os desafios do climatério.
Na pesquisa bibliográfica, Sousa e Melo (2022) destacam que altos níveis de bem-estar psicológico e bem-estar subjetivo são fundamentais para uma percepção positiva do envelhecimento, mesmo na presença de doenças ou limitações. Segundo o autor, para garantir uma boa qualidade de vida, é essencial promover um ajuste adequado entre a autonomia do indivíduo e o ambiente em que ele está inserido, favorecendo condições psíquicas funcionais que contribuam para esse processo.
Embora o Ministério da Saúde disponha de um manual de atenção à mulher no climatério e na menopausa, essa fase da vida continua frequentemente negligenciada. Há uma necessidade urgente de capacitar as equipes de saúde para garantir o acesso e o acolhimento adequado, utilizando abordagens multiprofissionais que promovam ações individuais e coletivas, incentivem o autocuidado e integrem parceiros e redes de apoio no cuidado dessas mulheres (Luz; Frutuoso, 2021).
4 CONCLUSÃO
Este estudo evidenciou que, embora o climatério seja uma fase natural na vida das mulheres, ele acarreta desafios significativos que impactam a saúde física, mental e emocional. A análise das entrevistas revelou que muitas mulheres desconhecem essa etapa, o que pode agravar a experiência, marcada por sintomas decorrentes da queda hormonal, como ondas de calor, suores noturnos, mudanças de humor, dificuldades para dormir, alterações na libido, ganho de peso, dor abdominal, cólicas e dores nas pernas. A diversidade desses sintomas ressalta a necessidade de abordagens personalizadas, uma vez que o impacto do climatério afeta não apenas a saúde física, mas também o bem-estar psicológico e emocional, exigindo uma visão integral da mulher como um ser biopsicossocial.
As estratégias de enfrentamento mencionadas pelas participantes incluem a prática de atividades físicas, o uso de medicamentos para alívio dos sintomas e o apoio religioso, evidenciando a importância de recursos que favorecem o autocuidado e o suporte emocional. A pesquisa também apontou para a necessidade urgente de suporte psicológico especializado como parte essencial do atendimento, ajudando as mulheres a compreender e lidar melhor com essa fase da vida.
Apesar de o Ministério da Saúde oferecer um manual para o atendimento de mulheres no climatério e na menopausa, essa fase continua sendo frequentemente ignorada pelos profissionais de saúde. Assim, é necessária a capacitação de equipes multiprofissionais para garantir um cuidado integral e humanizado, com estratégias que integrem ações individuais e coletivas, promovam o autocuidado e envolvam redes de apoio. Esses esforços são cruciais para melhorar a qualidade de vida, o bem- estar e reduzir a vulnerabilidade ao adoecimento mental e emocional das mulheres no climatério.
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APÊNDICE
Questionário sobre Impacto do Climatério na saúde mental da mulher
Caro participante, obrigado por participar desta pesquisa. Suas respostas são extremamente valiosas para entendermos melhor o impacto psicológico do climatério na saúde mental das mulheres. Por favor, responda as seguintes perguntas com honestidade e sinceridade. Suas informações serão mantidas estritamente confidenciais.
1. Dados Sociodemográficos:
Idade Estado civil
( ) Solteira ( ) Casada
( ) União estável
Nível de escolaridade
( ) Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino fundamental completo
( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio completo
( ) Ensino superior incompleto ( ) Ensino superior completo Local de residência
( ) Teresina/PI
( ) Outra cidade/PI
( ) Outra cidade/Estado
2. Conhecimento sobre o climatério:
( ) Sim
( ) Não
- Sintomas Psicológicos:
Quais dos seguintes sintomas você experimenta ou experimentou durante a fase climatérica?
(Marque todas as opções que se aplicam)
( ) Ondas de calor ( ) Suores noturnos
( ) Mudanças de humor (irritabilidade, ansiedade, depressão) ( ) Dificuldade para dormir
( ) Secura vaginal
( ) Alterações na libido (desejo sexual) ( ) Ganho de peso
( ) Outros (por favor, especifique):
4. Impacto na qualidade de vida:
Como você avalia o impacto dos sintomas psicológicos do climatério na sua qualidade de vida?
( ) Negativo ( ) Positivo
( ) Não consigo avaliar
5. Apoio profissional:
Você já procurou ou considerou procurar apoio psicológico para lidar com os desafios associados à fase climatérica?
( ) Sim, já procurei apoio psicológico
( ) Não, mas estou considerando procurar apoio psicológico ( ) Não, não considerei procurar apoio psicológico
6. Estratégias de enfrentamento:
Que estratégias você utiliza para lidar com os desafios psicológicos do climatério?
( ) Não faço uso de estratégias ( ) Prática de exercício físicos
( ) Terapia psicológica ou aconselhamento ( ) Meditação ou mindfulness
( ) Apoio social ( família, amigos) ( ) Outros ( por favor, especifique)
7. Você gostaria de compartilhar alguma informação sobre sua experiencia durante o climatério ou sugerir alguma abordagem para lidar com os sintomas psicológicos associados a esta fase da vida?
Obrigado por participar desta pesquisa. Suas respostas serão utilizadas apenas para fins acadêmicos e contribuirão para o avanço do conhecimento sobre o climatério e suas implicações na saúde mental das mulheres.
ANEXO 1
ANEXO 2
1 Graduanda do curso Bacharel em Psicologia do Centro Universitário Mauricio de Nassau Teresina – Sul. E-mail: adrian24quaresma@gmail.com
2 Orientadora-Mestre em Psicologia do Centro Universitário Mauricio de Nassau Teresina – Sul. E-mail: tammyatercia@gmail.com