TREATMENT FOR EPILEPSY WITH THE USE OF CANNABIDIOL
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202501180140
Bianca Ayumi Parreira Hayashida1;
Camila Alexandre Alves Moura2;
Orientador: Ramon Fraga de Souza Lima3.
Resumo
A síndrome de Dravet (SD), síndrome de Lennox-Gastaut (LGS) e complexo de esclerose tuberosa (CST) são doenças extremamente graves, presente no Sistema nervoso central que constituem com crises epiléticas refratárias aos medicamentos convencionais. Diante disso, o objetivo desse estudo foi descrever a eficácia e a necessidade da ampliação de estudos e medidas governamentais, sobre a utilização da canabis medicinal como tratamento alternativo para as crises epiléticas refratárias. Foi utilizada a base de dados PubMed e BVS com os descritores “Treatment”, “Epilepsy”, “Cannabidiol”, e os critérios de inclusão utilizados foram artigos publicados entre 2021 e 2024, de texto completo gratuito e do tipo ensaio clínico, foram excluídos artigos duplicados e fora do tema. Após a leitura dos artigos e uso de critérios mantiveram-se no total de 22 artigos, e foi observado que a principal medicação utilizada atualmente para as crises epiléticas refratárias é o Epidiolex, que apresenta na sua formulação o componente ativo do canabidiol, sendo muito benéfico para as síndromes citadas na população pediátrica. Entretanto, ainda é possível observar que existe um alto custo dessa medicação e uma falta de acessibilidade da mesma. Assim, correlacionado as complicadas demandas de protocolizações judiciais, que são fatores bastante evidentes principalmente no Brasil. Portanto, torna-se necessário novos estudos e medidas governamentais, para que o tratamento com o canabidiol seja preconizado.
Palavras-Chave: Tratamento; Epilepsia; Canabidiol;
Abstract
Dravet syndrome (DS), Lennox-Gastaut syndrome (LGS) and tuberous sclerosis complex (TSC) are extremely serious diseases present in the central nervous system that cause epileptic seizures that are refractory to conventional medications. Therefore, the objective of this study was to describe the effectiveness and the need for expanding studies and government measures on the use of medicinal cannabis as an alternative treatment for refractory epileptic seizures. The PubMed and BVS databases were used with the descriptors “Treatment”, “Epilepsy”, “Cannabidiol”, and the inclusion criteria used were articles published between 2021 and 2024, free full text and clinical trial type; duplicate articles and off-topic articles were excluded. After reading the articles and using the criteria, a total of 22 articles were kept, and it was observed that the main medication currently used for refractory epileptic seizures is Epidiolex, which has the active component cannabidiol in its formulation, being very beneficial for the syndromes mentioned in the pediatric population. However, it is still possible to observe that there is a high cost of this medication and a lack of accessibility. Thus, correlated with the complicated demands of legal filings, which are quite evident factors, especially in Brazil. Therefore, new studies and government measures are necessary, so that treatment with cannabidiol is recommended.
Keywords: Treatment; Epilepsy; Cannabidiol;
Introdução
A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico mais comum no mundo. Além disso, é possível evidenciar que cerca de um terço dos casos se apresentam como refratários ao tratamento convencional que se caracteriza ao uso de duas ou mais drogas antiepilépticas. Assim, tornou-se necessário novos estudos terapêuticos para o controle dessa patologia, sendo instituído o uso do canabidiol que é um dos principais princípios ativos da planta Cannabis Sativa que apresenta efeitos anticonvulsivantes ¹.
Os casos refratários mais comuns se encontram na população pediátrica nas seguintes síndromes: síndrome de Dravet (DS), síndrome de Lennox-Gastaut (LGS) e complexo de esclerose tuberosa (CST). Com isso, tornando-se extremamente preocupante, visto que estas patologias estão associadas a altos índices de morbidades e mortalidades, necessitando de cuidados especiais multidisciplinares e um importante núcleo familiar ².
A SD é uma encefalopatia extremamente grave e rara, que apresenta como etiologia em 90% dos casos à alteração no gene SCN1A, que se inicia logo nos primeiros meses de vida dos indivíduos (5 a 8 meses). Sendo a sua principal manifestação a presença de crises epiléticas de altas frequências, além de apresentarem exames com resultados encefalográficos anormais e atrasos cognitivos nos pacientes com o passar do tempo 3. Em conjunto a isso, essa patologia apresenta uma variedade de estados epiléticos, como crises tônico-clônicas generalizadas, clônicas generalizadas, clônicas focais (hemiclônicas), mioclônicas, atípicas e focais com comprometimento da consciência, que são incontroláveis com a medicação tradicional valproato e clobazam 4.
A LGS se apresenta com características bem similares a SD, entretanto ainda não foi constatado precisamente a sua etiologia. Normalmente se inicia em crianças com menos de 7 anos de idade, com presença de convulsões clássicas, que incluem tônicas especificamente ao despertar e convulsões generalizadas atônicas que podem proporcionar ataques de queda e corroborando danos extremamente abrasivos aos pacientes. Sendo instituído, a estes uma polifarmácia de anticonvulsivantes e terapias alternativas como dietas cetogênicas, para tentar controlar os estados epiléticos que com o processo de refratariedade não apresentam sucesso ao tratamento5.
O CST é uma doença caracterizada com a presença de múltiplos hamartomas e se demonstra de etiologia genética com mutação nos genes supressores de tumor TSC1 ou TSC2, gerando um complexo que possibilita o aumento ativação mecanística do alvo da rapamicina (mTOR), levando ao processo de multiplicação celular. Cerca de 85% dos casos dessa síndrome apresentam crises epiléticas que se iniciam nos 2 primeiros anos de vida, que são tratadas com diversas vias para tentar controlar a refratariedade como: inibidor da via mTOR everolimus; procedimentos cirúrgicos; estimulação do nervo vago; e terapia dietética6.
Dessarte, foram realizados ensaios clínicos controlados com no mínimo 16 semanas, para analisar e confirmar os principais efeitos benéficos do uso do canabidiol nos casos de refratariedade, visto que tanto nos EUA quanto na União Europeia foram instituídos o tratamento em crianças a partir dos dois anos de idade em ambas as síndromes. Tendo como resultados bastante relevantes, com um número absoluto na redução das crises epiléticas de igual ou superior a 50% que não eram controladas com medicações tradicionais, superando os riscos de toxicidade e trazendo benefícios na qualidade de vida do cuidador e do paciente1.
O objetivo desse trabalho se embasa na ampliação dos estudos e medidas governamentais voltados para os casos de epilepsia refratária com o uso do canabidiol, sendo atualmente normatizado a utilização dessa substância pelo Conselho Federal de Medicina. Dessa forma, tornando-se cada vez mais facilitado o acesso a este medicamento pela população pediátrica, perante o risco iminente de mortalidade nessas síndromes.
Metodologia
Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, retrospectiva e transversal executado por meio de uma revisão integrativa da literatura. Cabe ressaltar que a pesquisa bibliográfica que é desenvolvida com auxílio de material já elaborado, constituído principalmente de artigos científicos.
Os dados foram coletados em Base de Dados Virtuais. Para tal utilizou-se o portal regional da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), e pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (PubMed). Os descritores utilizados para busca dos artigos foi: Treatment and Epilepsy and Cannabidiol. Foram incluídos no estudo artigos publicados nos últimos 3 anos (2021-2024); do tipo ensaio clínico controlado, texto gratuito e completo. Foram excluídos artigos duplicados e artigos fora do tema abordado.
Resultados e Discussão
Após a associação de todos os descritores nas bases pesquisadas foram encontrados 1600 artigos. Foram encontrados 903 trabalhos na base de dados PubMed e 697 na base de dados BVS. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 5 artigos na base de dados PubMed e 17 na base BVS.
Dos 22 artigos selecionados, 5 abordavam sobre o CST, 3 sobre a SD os outros 15 artigos estavam relacionados as três síndromes de maneira geral ou sobre o processo de epilepsia e a instituição do canabidiol com seus efeitos benéficos. O tratamento com canabidiol perante 10 artigos se demonstrou efetivo em média após uma semana do início da medicação para as síndromes presentes e seus efeitos adversos como sonolência, náuseas, vômitos, tonturas e instabilidades desapareceram com a utilização da medicação por 4 semanas. Dessa forma, o medicamento Epidylex que apresenta o canabidiol como componente ativo, tem sido o mais utilizado na terapêutica adjuvante de crises convulsivas, sendo benéfico o uso pediátrico para crises refratárias, apresentando como dose média de 10 a 20 mg/kg/dl, isso segundo todos os artigos analisados com a temática.
Quadro 1. Caracterização dos artigos conforme autor, ano de publicação, tipo de leishmaniose, tipo de estudo e principais conclusões.
AUTOR | ANO | TIPO DE ESTUDO | PRINCIPAIS CONCLUSÕES |
JOVEL-E.C. et al. | 2023 | Ensaio clínico controlado e randomizado | Demonstrou que o canabidiol está sendo amplamente usado nos casos de epilepsias em humanos. |
GAO C. et al. | 2023 | Ensaio clínico controlado | O canabidiol após ser aprovado sua utilização nos EUA e na União Europeia, tem sido utilizado como terapia alternativa para síndromes refratárias como Síndrome de Dravet e Lennox-G. |
O’SULLIVAN E.S. et al. | 2023 | Ensaio clínico controlado | Demonstrou os benefícios do canabidiol nas diversas patologias existentes, inclusive nos casos de epilepsias. Sendo licenciado atualmente para o uso desta. |
EBADI R.S. et al. | 2023 | Ensaio clínico controlado; triplo-cego | O estudo apresentou redução de crises convulsivas a partir de 4 semanas utilizando o canabidiol. |
SPECCHIO N. et al. | 2023 | Ensaio clínico randomizado | Demonstrou os métodos de tratamento utilizados no Complexo da Esclerose Tuberosa e a associação do canabidiol com os tratamentos já existentes para melhorar a terapêutica da população pediátrica. |
JOVEL-E.C. et al. | 2023 | Ensaio clínico controlado | Demonstrou o canabidiol como tratamento eficaz e seguro no tratamento adjuvante das epilepsias nas síndromes refratarias. |
WU Y.J. et al. | 2022 | Ensaio clínico controlado e randomizado | Demonstrou que o efeito anticonvulsivante surgiu de 6 a 10 dias nos pacientes com Complexo Esclerose Tuberosa após o início do tratamento com canabidiol. |
O’BRIEN J.T. et al. | 2022 | Ensaio clínico randomizado; duplo-cego e controlado | Demonstrou a eficácia do uso transdérmico do canabidiol nas crises refratárias. |
BELDZINSKA – M.M. et al. | 2022 | Ensaio clínico controlado | O canabidiol se tornou uma droga alternativa para a crise epilética na população pediátrica que apresenta Síndrome de Lennox-G. e Complexo Esclerose Tuberosa. |
BILBAO A. et al. | 2022 | Ensaio clínico controlado | Os canabinóides são utilizados atualmente em diversas indicações terapêuticas, devendo ampliar cada vez mais seus estudos. |
SILVINATO A. et al. | 2022 | Ensaio clínico controlado | O canabidiol apresenta redução dos processos de convulsões na Síndrome de Dravet, Síndrome de Lennox-G. e no Complexo Esclerose Tuberosa. |
THIELE A.E. et al. | 2021 | Estudo clínico randomizado | O canabidiol reduziu de maneira significativa as convulsões presentes no complexo esclerose tuberosa |
JUGL S. | 2021 | Ensaio clínico | O uso de dosagens adequadas do canabidiol possibilita risco-benefício favoráveis no tratamento da epilepsia. |
THIELE A.E. et al. | 2021 | Estudo clínico randomizado | Pacientes que apresentam TSC e uma alta carga de convulsões focais são beneficiados com o uso do canabidiol. |
TREVES N. et al. | 2021 | Estudo clínico randomizado | O canabidiol se demonstrou efetivo no tratamento das crises epilépticas na população pediátrica. |
PRIVITERA M. et al. | 2021 | Ensaio clínico controlado | Os resultados demonstraram mais eficácia e uma segurança aceitável no uso do canabidiol na redução das convulsões associadas a síndrome de Lennox-G. |
THIELE A.E. et al. | 2021 | Ensaio clínico controlado | Pacientes com Complexo Esclerose Tuberosa e que apresentam uma alta frequência de crises convulsivas refratarias são possíveis serem controladas com o uso do canabidiol |
LATTANZI S. et al. | 2021 | Ensaio clínico controlado | Pode ser observados efeitos benéficos com uso do canabidiol em uma gama de transtornos e etiologias de epilepsia. |
VILLANUEVA V. et al | 2021 | Ensaio clínico controlado | O uso da solução oral do canabidiol é um medicamento extremamente importante para o processo anticrise na Síndrome de Dravet e Síndrome de Lennox-G. |
PATEL D.A. et al. | 2021 | Ensaio clínico controlado | O tratamento com canabidiol a longo prazo obteve um bom perfil de segurança e demonstrou uma redução das convulsões totais. |
COHEN M.J. et al. | 2021 | Ensaio clínico controlado randomizado | O canabidiol oferece redução das taxas de convulsão durante o início do tratamento e permanece a longo prazo. |
SCHFFER E.I. et al. | 2021 | Ensaio clínico controlado randomizado e duplo-cego | O canabidiol a longo prazo levou a redução das convulsões e teve um perfil de segurança aceitável ao ser analisado na Síndrome de Dravet. |
SCHFFER E.I. et al. | 2021 | Ensaio clínico controlado não randomizado | O gel transdérmico de canabidiol foi considerado seguro e aceitável para o tratamento convulsivo. |
Discussão
Os resultados analisados mostraram que o a utilização da terapêutica com canabidiol se demonstrou eficiente na redução das convulsões a partir da segunda semana, mostrando em estudos que houve uma redução da frequência de pelo menos de 50%.6 Assim, a resposta a longo prazo aos tratamentos foram descritas cerca de 2 – 4 anos após seu início, sendo evidenciado controle de diversos tipos de crises convulsivas, que não estavam sendo controladas muitas vezes mesmo com associação de tratamentos anticonvulsivantes farmacológicos convencionais e não farmacológicos, como estimulação do nervo vago. Dessa forma, demonstrando como um fator importante presente nas crises refratárias, visto que podem gerar diversas sequelas aos pacientes, principalmente correlacionados ao processo de desenvolvimento cognitivo, ainda mais quando se refere a população pediátrica, visualizando possíveis consequências que acometeram o resto da vida do paciente11.
Em conjunto aos testes executados com a terapêutica com o canabidiol, realizaram uma comparação com o placebo, que possibilitou confirmar mais ainda a eficácia na redução das crises epiléticas. Apresentando, os demais efeitos adversos pelo uso da medicação que podem ser citados como sonolência e uma possível sedação caso haja associação ao clobazam ou alteração elevações dos níveis de transaminases, em especialmente na presença de valproato. Entretanto, não impediu que houvesse adesão ao tratamento e grande número de desistência, visto que não são todos os pacientes que apresentaram esses efeitos e que os testes foram realizados com profissionais altamente especializados e qualificados, utilizando os devidos cuidados6.
Após diversos testes realizados, foi concluído que a melhor formulação do canabidiol terapêutico é a administração oral do Epidiolex em cerca de 100mg/ml, que pode ser associado ao clobazam para crises epilépticas associadas à SD e SLG para pacientes a partir de 2 anos de idade. Apresentando um bom perfil de aceitabilidade e segurança, não possuindo nenhum perfil propriedades psicoativas3.
Conclusão
Através da análise dos estudos observados em relação ao uso do canabidiol como terapia alternativa para os casos de epilepsia refratária, é possível concluir que tivemos como resultado uma redução significativa da frequência das crises convulsivas, e apresentando um menor potencial de gravidade para a população pediátrica, sem efeitos colaterais expressivos. Ademais, estudos mais robustos são necessários para corroborar para uma maior confiabilidade ao uso do Canabidiol a longo prazo, para que seja efetivado o direito a medicação e garantia de acesso universal aos que necessitam, sem maiores burocracias jurisdicionais como tal fato presente.
Referências
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¹Discente do curso de graduação de Medicina, da Universidade de Vassouras, Vassouras, Rio de Janeiro, Brasil. Email: ayumiparreira@hotmail.com ORCID: https://orcid.org/0009-0006-5544-4321 .
Autor Responsável: ayumiparreira@hotmail.com
²Discente do curso de graduação de Medicina, da Universidade de Vassouras, Vassouras, Rio de Janeiro, Brasil. Email: Camilamouramed2020@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0009-0008-0200-7149 .
Co-autor: Camilamouramed2020@gmail.com
³Docente do curso de graduação de Medicina, da Universidade de Vassouras, Vassouras, Rio de Janeiro, Brasil. Email: ramonlima2112@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7508-4200 .
Orientador: ramonlima2112@gmail.com