RELATO DE EXPERIÊNCIA: O IMPACTO DA TELEMEDICINA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE 01 DE SANTA MARIA – DISTRITO FEDERAL, UMA PARCERIA ENTRE O GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL E O HOSPITAL ALBERT EINSTEIN

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202501031523


Carolina Zampronha Correia1
Natália Souza Gomes2


RESUMO:

Introdução: O médico de família e comunidade (MFC) desempenha um papel essencial na Atenção Primária à Saúde (APS), que serve como o primeiro ponto de contato do paciente com o Sistema Único de Saúde (SUS). Com o intuito de melhorar a qualificação e eficácia das equipes da APS, e considerando a situação de longas esperas para consultas com especialistas no Distrito Federal (DF) pelo SUS, o Governo do Distrito Federal (GDF) estabeleceu uma parceria com o Hospital Albert Einstein em 2023, implementando a Telemedicina. Metodologia:  Estudo descritivo, abrangendo as teleconsultas nos períodos de 01 de Junho de 2023 a 01 de Julho de 2024. Resultados: Os pacientes conseguem acesso rápido a médicos especialistas. O convênio firmado pelo GDF possibilita consultas por Telemedicina em diversas especialidades: Endocrinologia (adulto e pediátrica), Neurologia (adulto e pediátrica), Pneumologia, Cardiologia (adulto), Psiquiatria (adulto e pediátrica), Pediatria, Infectologia (adulto), Gastroenterologia (adulto e pediátrica) e Reumatologia (adulto). Discussão: O modelo adotado envolve o trabalho conjunto de dois profissionais: o especialista, via Telemedicina, e um médico de família, encarregado do acompanhamento regular do paciente. O médico de família opera a tecnologia e fornece ao profissional remoto uma visão detalhada do estado clínico do paciente e esclarece as dúvidas e questionamentos do paciente após a consulta. Conclusão: A experiência na UBS 01 de Santa Maria DF tem sido produtiva. A Telemedicina oferece maior segurança, melhora a resolutividade dos atendimentos e proporciona o desenvolvimento de novas competências.

Palavras-chaves: Telemedicina. Atenção primária à saúde. Medicina de família e comunidade. Sistema Único de Saúde.

ABSTRACT:

Introduction: The family and community physician (FCP) plays a crucial role in Primary Health Care (PHC), serving as the patient’s first point of contact with Brazil’s Unified Health System (SUS). To enhance the qualification and effectiveness of PHC teams and address long waiting times for specialist consultations within the SUS in the Federal District (FD), the Federal District Government (FDG) partnered with the Albert Einstein Hospital in 2023 to implement Telemedicine. Methodology: A descriptive study covering teleconsultations conducted from June 1, 2023, to July 1, 2024. Results: Patients gain quick access to specialist physicians. The FDG agreement enables Telemedicine consultations across several specialties: Endocrinology (adult and pediatric), Neurology (adult and pediatric), Pulmonology, Cardiology (adult), Psychiatry (adult and pediatric), Pediatrics, Infectious Diseases (adult), Gastroenterology (adult and pediatric), and Rheumatology (adult). Discussion: The adopted model involves collaboration between two professionals: the specialist via Telemedicine and a family physician responsible for the patient’s regular follow-up. The family physician operates the technology, provides the remote professional with a detailed clinical overview of the patient, and addresses the patient’s questions after the consultation. Conclusion: The experience at UBS 01 in Santa Maria DF has been productive. Telemedicine ensures greater safety, improves the resolution of consultations, and fosters the development of new competencies.

Keywords: Telemedicine. Primary health care. Family and community medicine. Unified Health System.

INTRODUÇÃO

O Sistema Único de Saúde (SUS) é organizado em três níveis de atenção à saúde: Atenção Primária, Atenção Secundária e Atenção Terciária. Esses níveis são articulados em Redes de Atenção à Saúde (RAS) para assegurar a integração dos serviços de saúde oferecidos à população. A Atenção Primária à Saúde (APS), que atua como o primeiro ponto de contato com o SUS, desempenha um papel fundamental na recepção e solução da maioria das necessidades e problemas de saúde da comunidade. Para garantir efetivamente os princípios de universalidade, integralidade e equidade estabelecidos pelo SUS, é essencial que a APS conte com profissionais capacitados e recursos, muitas vezes “tecnológicos e inovadores”, que promovam a eficácia no atendimento (1).

Os pilares essenciais da APS englobam acesso, coordenação, integralidade e longitudinalidade, os quais se desdobram em três aspectos adicionais: foco na família, orientação comunitária e competência cultural. As atividades da APS abrangem cuidados, promoção da saúde, prevenção de doenças, reabilitação, diagnóstico, tratamento e vigilância em saúde. Estas ações são realizadas por uma equipe multidisciplinar e direcionadas a uma população de determinada área geográfica, com capacidade para atender entre 80% e 90% das necessidades dessa comunidade (1).

Dentre esses recursos, está a Telemedicina e seu acesso se tornou possível por meio do Programa de Desenvolvimento de Apoio Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), regulamentado por meio da Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009, o qual realiza projetos em parceria com o Ministério da Saúde (MS) em prol de fortalecer e aprimorar o SUS. Albert Einstein é uma das cinco instituições amplamente reconhecidas que fazem parte desse programa. Esse programa se baseia no conhecimento especializado de hospitais renomados e se concentra em capacitação, adoção de tecnologia e pesquisa (2, 3).

Brasília, Distrito Federal (DF), possui uma ampla rede de atenção à saúde, cuja organização e supervisão dos serviços são realizadas em níveis local, regional e central. Para efeitos de gestão e planejamento, Brasília é dividida em sete regiões de Saúde (Norte, Centro-Norte, Centro-Sul, Sul, Leste, Oeste, Sudoeste). Dentro da região Sul de saúde está localizada a região administrativa de Santa Maria – DF (4).

Em 2020, devido à infecção humana pelo novo coronavírus (COVID-19), a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional em 30 de janeiro. Posteriormente, em 04 de fevereiro de 2020, o Ministério da Saúde do Brasil também declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) através da Portaria nº 188. Para lidar com essa situação, medidas de proteção da coletividade, como o distanciamento social, foram adotadas em todos os estados e municípios do país. Embora tenham apresentado desafios à gestão dos serviços de saúde, essas medidas proporcionaram oportunidades para melhorias e inovações na gestão e na assistência à população, como Telemedicina. A pandemia da COVID-19 representou desafios para o acesso e a continuidade da prestação de cuidados na APS (5, 6).

Durante a pandemia, devido às medidas de distanciamento social em face da disseminação generalizada do novo coronavírus, foi necessário ajustar a prestação de cuidados por parte das diversas profissões da saúde. Como resultado, vários conselhos profissionais, incluindo o Conselho Federal de Medicina (CFM) e os Conselhos Regionais de Medicina (CRM) de cada estado, optaram por expandir o uso de recursos tecnológicos durante esse período. Em 15 de abril de 2020, a Lei nº 13.989 foi promulgada no Brasil, autorizando o uso da Telemedicina enquanto durar a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. No ano de 2022, a Resolução CFM nº 2.314/2022 foi promulgada para regularizar as práticas que foram debatidas e temporariamente permitidas em 2020 durante a pandemia. Essa nova legislação trouxe segurança aos médicos que prestam atendimento aos seus pacientes remotamente (7, 8).

Oferecer serviços de saúde por meio de tecnologias é uma estratégia reconhecida que tem o potencial de satisfazer os usuários, ampliar o acesso a médicos especialistas e reduzir os custos. A Telemedicina pode contribuir para coordenar o cuidado, regular o acesso e facilitar a transição entre diferentes pontos da RAS. A adoção dessa abordagem tende a se expandir ainda mais com a globalização, impulsionada pelo crescimento das telecomunicações e pela maior inclusão digital (9).

A adoção da Telemedicina na UBS 01 de Santa Maria-DF, em 2023, teve um impacto ao aprimorar a capacidade de resolver questões médicas e reduzir as filas de espera por consultas especializadas no sistema de regulação (SISREG). Anteriormente, pacientes classificados como não urgentes (azul e verde) enfrentavam uma espera de pelo menos um ano por uma consulta. Entretanto, atualmente, devido à implementação da Telemedicina, esses pacientes conseguem agendar consultas com especialistas em menos de um mês, a depender da especialidade. Durante essas consultas, o médico de família pode discutir os casos de seus pacientes e tomar decisões em conjunto com os especialistas do Hospital Albert Einstein (9).

OBJETIVOS

O objetivo desse relato de experiência é descrever a experiência do uso da Telemedicina, em parceria com o Hospital Albert Einstein, por uma médica residente em Medicina de família e Comunidade na Unidade Básica de Saúde (UBS) número 01 de Santa Maria-DF, bem como elucidar como foi a implementação da Telemedicina, demonstrar como a Telemedicina pode contribuir para o fortalecimento de tais atributos e incentivar o uso de tal ferramenta por outros profissionais da saúde da APS.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo, na modalidade relato de experiência sobre o uso da Telemedicina por uma residente de Medicina de Família e Comunidade na UBS 01 de Santa Maria – DF, possibilitado pelo convênio entre Governo do Distrito Federal e o Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo. Na UBS são fornecidos atendimentos com médicos especialistas das seguintes áreas por Telemedicina: Endocrinologia (adulto e pediátrica), Neurologia (adulto e pediátrica), Pneumologia, Cardiologia (adulto), Psiquiatria (adulto e pediátrica), Pediatria, Infectologia (adulto), Gastroenterologia (adulto e pediátrica) e Reumatologia (adulto). O relato será feito analisando dados dos meses de junho de 2023 a julho de 2024. O agendamento dos pacientes para Telemedicina ocorre de acordo com a avaliação do médico de família quanto a necessidade ou não de consulta com médico especialista e são selecionados de acordo com a lista de espera no SISREG, lista fornecida pela própria regulação da Região Sul. As consultas ocorreram em um consultório na UBS dotada de notebook com câmera, caixa de som e microfone. Nas consultas estavam presentes o paciente, acompanhado ou não de acompanhante, o médico especialista virtualmente presente por videochamada e um médico da própria UBS, respeitando todas as normas da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os principais resultados dessa experiência se iniciaram na residência médica em MFC em junho de 2023 quando fui apresentada à Telemedicina pelos preceptores. Nas primeiras semanas, após discussão de um caso de psiquiatria com a preceptoria, uma discussão sobre esquizofrenia, foi orientado agendar o paciente via Telemedicina para discutir o caso com psiquiatras do Hospital Albert Einstein e auxiliar no manejo do paciente.  Dessa forma, após cadastro na plataforma, autorização, o paciente conseguiu se consultar 2 dias depois do agendamento, e foi então realizada a consulta. Meses   após   essa consulta, foi atendido outro paciente esquizofrênico, e, devido ao conhecimento previamente adquirido, foi possível diagnosticar e tratar sem ser necessário encaminhar ou discutir o caso novamente via Telemedicina. Inicialmente, foi uma experiência complexa, pois estava em processo de adaptação do início da residência, aprendendo a lidar com a demanda da agenda, discutindo casos com os preceptores. Em meio a isso, ainda tivemos que organizar a implementação dos teleatendimentos. 

A Telemedicina, de forma abrangente, é a utilização de tecnologias de informação e comunicação na área da saúde, permitindo a prestação de serviços relacionados ao cuidado com a saúde (expansão da atenção e cobertura), especialmente em situações em que a distância é um fator crítico. Diante desse contexto, a Telemedicina é vista como uma ferramenta fundamental para lidar com os desafios atuais dos sistemas de saúde universais. Adicionalmente a esses benefícios, a Telemedicina pode auxiliar os profissionais de saúde a melhorar o gerenciamento de suas bases de pacientes, diminuindo as tarefas administrativas e simplificando os processos clínicos (10). A implantação na UBS 1 Santa Maria ocorreu com a participação de toda equipe (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agente comunitário de saúde e gestão da UBS).

Realizando a análise do custo-benefício como citado por Oliveira et al. (2024) os pacientes em Santa Maria possuem a facilidade de poderem consultar com um médico especialista em sua própria UBS, podemos ter os custos de implantar a instalação da Telemedicina, mas possui um retorno positivo em redução de hospitalizações e idas a emergências devido descompensações clínicas. A Telemedicina é altamente efetiva em condições crônicas, não só reduz os custos que teriam com o tratamento devido espera por uma consulta com o especialista como também proporciona agilidade no controle da doença. 

Em março/abril de 2024, quase um ano após a implementação da Telemedicina na UBS, houve mudanças significativas nos atendimentos, devido ao contexto da epidemia de dengue que ocorreu nesse período de 2024. Dessa forma, quase toda a equipe da residência médica fora transferida para os atendimentos da dengue, havendo então redução dos atendimentos na Telemedicina. Ainda assim, ao menos uma vez por semana, os preceptores orientavam a agendar pacientes específicos para mediar o atendimento com os especialistas da Telemedicina. Devido ao contexto de epidemia as consultas médicas estavam reduzidas a atendimento de gestantes e emergências sensíveis à APS, e os atendimentos via Telemedicina também foram reduzidos. Em maio, os atendimentos retornaram ao normal, assim como os teleatendimentos, contribuindo para a educação permanente.

Com o reinício dos atendimentos em maio de 2024, a Telemedicina retomou suas atividades normalmente, como mostrado na tabela 1. Mais uma vez, ela se revelou uma ferramenta essencial tanto para a prática clínica quanto para a educação contínua dos profissionais. Em muitas ocasiões, não era necessário o auxílio do supervisor para utilizar essa ferramenta, pois sua utilização ocorria de forma espontânea. 

Tabela 1. Número de consultas mensais no período de 01 de junho de 2023 a 01 de julho de 2024.

Durante o período analisado (01 de junho de 2023 a 01 de julho de 2024), foram agendados 997 pacientes, sendo 381 atendimentos cancelados e 612 atendimentos concretizados, como exemplificado na tabela 2. Dessa forma, foram atendidos 612 pacientes via Telemedicina na UBS 01 de Santa Maria em parceria com o Hospital Albert Einstein. 

Tabela 2. Número de atendimentos na UBS 1 de Santa Maria no período de 01 de junho de 2023 a 01 de julho de 2024.

Ao longo do tempo, podemos observar diversos benefícios. Em primeiro lugar, houve um aumento significativo de conhecimento, especialmente nas áreas de neurologia, psiquiatria, cardiologia e endocrinologia. Várias condições sensíveis à APS, como tremor essencial, perda de memória, transtorno bipolar, depressão, ansiedade, cefaleia, tontura, arritmias e insuficiência cardíaca, foram diagnosticadas e tratadas com mais facilidade após os teleatendimentos. Além disso, houve aprendizado de escalas que auxiliam no cuidado e diagnóstico de pacientes com transtornos mentais. As teleconsultas também foram de grande ajuda quando havia dúvidas sobre resultados de exames, como eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma e monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Outro benefício observado foi a redução da morosidade do sistema e dos encaminhamentos desnecessários, como no caso do início de anticoagulação oral para tratamento de fibrilação atrial crônica. Condições mais específicas, como hipertireoidismo, tireoidite de Hashimoto e insuficiência cardíaca, tiveram seus tratamentos iniciados na APS antes da consulta com o especialista, beneficiando tanto os profissionais quanto os pacientes. Todo o tratamento realizado foi registrado no prontuário eletrônico (E-SUS), com o nome do médico responsável pela teleconsulta e sua especialidade, para possível reavaliação do caso. A Telemedicina também auxiliou na investigação de casos difíceis de diagnosticar, facilitando o encaminhamento consciente e agilizando o processo diagnóstico, como no caso de um paciente com dor torácica crônica previamente tratado sem sucesso com diversos medicamentos (11).

Moresco et al. (2024) destaca como as teleconsultas com especialistas auxiliam médicos em áreas com longas esperas para a atenção especializada. Possibilita o médico da UBS a identificar e manejar com agilidade, indo de encontro como relatado anteriormente. 

Apesar da Telemedicina oferecer muitas vantagens, ela também possui algumas desvantagens. Como por exemplo: limitação do exame físico ser realizado pelo especialista; ocorrência de problemas técnicos com a internet e computador/notebook utilizado; falhas no sistema utilizado; atrasos em consultas ou cancelamentos devido imprevistos com a tecnologia; casos complexos demandam atendimento presencial e não devem ser manejados por Telemedicina; adaptação dos pacientes com consultas on-line, muitos sentem a necessidade de ter um médico presencial para estar conversando e serem examinados; alguns pacientes se sentem desconfortáveis ao expor seus problemas através de uma videochamada. 

Em geral, os benefícios superam as desvantagens, a otimização do tempo de o médico em poder proporcionar melhorias e monitoramento rápido na própria UBS, não se iguala ao tempo que esses pacientes ficam aguardando uma consulta na atenção especializada. Com a Telemedicina não tem a dificuldade de alcançar populações que estão remotas, a acessibilidade é feita com dispositivos tecnológicos na UBS junto ao paciente (12, 13).

Por fim, um grande ponto positivo do uso da Telemedicina foi o aumento da satisfação dos pacientes. Ao verem o compromisso da equipe em tentar solucionar o seu problema em tempo hábil, houve maior adesão aos tratamentos propostos e, consequentemente, via-se a resolução do caso. Destaca-se ainda o compromisso dos médicos do Hospital Albert Einstein em questão, prestativos, sempre dispostos em esclarecer dúvidas e a dos pacientes da melhor forma possível. Dessa forma, posso concluir que ficamos muito satisfeitos com a implementação da telemedicina na UBS 01 de Santa Maria.

CONCLUSÃO

Este relato de experiência indica que os benefícios da Telemedicina são alinhados aos observados na prática clínica, como a melhoria na resolução dos casos ao reduzir encaminhamentos desnecessários e aprimorar os encaminhamentos necessários, além de aumentar a satisfação dos pacientes e usuários, contribuir para a eficiência do sistema e promover a educação continuada. Assim, há uma maior eficácia e capacitação dos médicos da APS, reforçando-a. 

Conclui-se, portanto, que é crucial incentivar ainda mais o uso dessa ferramenta e promover o Programa nas Unidades Básicas de Saúde. Além disso, apesar do número limitado de relatos sobre o uso da Telemedicina na atenção primária, observado neste trabalho e em outros estudos mencionados, é essencial realizar mais pesquisas sobre o tema para explorar os aspectos positivos e negativos. Isso não apenas incentiva o uso da Telemedicina, mas também ajuda a estabelecer estratégias para superar os obstáculos que impedem sua adoção, cumprindo assim o objetivo deste relato.

REFERÊNCIAS
1. OLIVEIRA, Maria Amélia de Campos; PEREIRA, Iara Cristina. Atributos essenciais da Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 66, esp., p. 158-164, set. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/5XkBZTcLysW8fTmnXFMjC6z/?lang=pt. Acesso em: 18 dez. 2024.
2. BRASIL. Governo Federal regulamenta telessaúde e amplia acesso à saúde em áreas remotas do Brasil. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/junho/governo-federal-regulamenta-telessaude-e-amplia-acesso-a-saude-em-areas-remotas-do-brasil. Acesso em: 18 dez. 2024.
3. PROADI-SUS. Sobre o programa. Disponível em: https://hospitais.proadi-sus.org.br/sobre-o-programa. Acesso em: 18 dez. 2024.
4. GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL. Regiões de saúde. Disponível em: https://www.saude.df.gov.br/regioes-de-saude. Acesso em: 18 dez. 2024.
5. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. WHO declares public health emergency on novel coronavirus. Disponível em: https://www.paho.org/pt/news/30-1-2020-who-declares-public-health-emergency-novel-coronavirus. Acesso em: 18 dez. 2024.
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 188, de 4 de fevereiro de 2020. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2020/prt0188_04_02_2020.html. Acesso em: 18 dez. 2024.
7. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Após amplo debate, CFM regulamenta prática da telemedicina no Brasil. Disponível em: https://portal.cfm.org.br/noticias/apos-amplo-debate-cfm-regulamenta-pratica-da-telemedicina-no-brasil. Acesso em: 18 dez. 2024.
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1 Médica residente de Medicina de Família e Comunidade da Escola de Saúde Pública do DF (ESP-DF).
2 Médica de Família e Comunidade da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)