DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS ENFERMEIROS NA IDENTIFICAÇÃO DOS SINAIS DE ALARME DO AUTISMO A NÍVEL DA ATENÇÃO BÁSICA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102501030911


Maria Vitória Almeida Vieira[1]
Andreza Mendes Ferreira [2]
Gustavo Henrique Bezerra Candido[3]
Rebecka Kellen Alves Abílio[4]
Valderi Terto Júnior[5]
Jordânia dos Santos Xavier[6]
Josivânia Andrelino da Silva Sousa[7]
Ivanderlânia Pereira Bezerra[8]
Jordeyanne Ferreira de Oliveira[9]
Orientadora: Profa Patricia Freires de Almeida[10]


Resumo

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio que afeta o desenvolvimento neurológico do indivíduo e pode se apresentar em diferentes graus; geralmente os alertas surgem nos primeiros meses de vida, mas a confirmação do diagnóstico costuma ocorrer aos dois ou três anos de idade. a escolha do tema deu-se pelo aumento dos números de casos de autismo, as estimativas variam, mas acredita-se que cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem desta deficiência. Deste modo, é interessante que a Atenção Básica, tenha profissionais da Enfermagem especializados para que realizem uma puericultura mais detalhada e podendo assim, reduzir o grau do TEA com um diagnóstico precoce, isto é, identificando os sinais do transtorno o quando mais cedo na criança e auxiliar o responsável a procurar tratamento instantâneo. O estudo teve como objetivo geral detectar os desafios enfrentados pelos enfermeiros na identificação dos sinais de alarme para autismo no nível da atenção básica. O estudo foi do tipo exploratório, qualiquantitativo, tendo como campo de análise as Unidades Básicas de Saúde da cidade de Coremas localizada no sertão da Paraíba. A amostra contou com oito enfermeiros responderam um questionário previamente elaborado com dez questões sobre o tema. Os dados foram analisados conforme a técnica de análise de conteúdo. Os resultados demonstram que os entrevistados reconhecem a importância da capacitação contínua dos profissionais como fator determinante de um diagnóstico necessário. Reforça-se então, o valor de treinamentos e formações específicos dos enfermeiros tendo em vista o preparo adequado quanto ao enquadramento correto dos casos. Também foi apontada a família como detentora de responsabilidade no acompanhamento de um desenvolvimento infantil saudável. Sendo, portanto, a detecção dos primeiros sinais compatíveis com comportamentos anormais, devendo ser identificados no convívio familiar e assim, seguido se necessário do encaminhamento às unidades para diagnóstico clínico.

Palavraschave: Autismo. Assistência de enfermagem. Sinais de alarme do autismo. Puericultura. Atenção Básica.

Introdução

O autismo é definido por Zilbovicius, Meresse e Boddaert (2006), como um transtorno de neurodesenvolvimento com diversas apresentações clínicas. Essas apresentações variam em gravidade (leves a graves) e são denominadas Transtornos do Espectro do Autismo (TEA). O sinal mais comum aos transtornos desse espectro é o déficit de interação social, que está associado a déficits de comunicação verbal e não-verbal e a comportamentos estereotipados e repetitivos. Neste contexto, Reis e Lenza (2020), enfatiza o quanto é essencial o papel da enfermagem na identificação do transtorno autismo, pois é necessário que o profissional de enfermagem entenda o assunto para transmitir orientação ao responsável do menor a procurar ajuda o mais breve possível.

Esse trabalho tem como finalidade em auxiliar o enfermeiro da atenção básica a ter uma visão mais ampla na identificação dos sinais prematuros do autismo. No Brasil, ainda não há estudos sobre a prevalência do TEA na população, mas segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o País pode ter mais de 2 milhões de pessoas com autismo, apesar que os comportamentos e interesses repetitivos e/ou rituais, dificilmente se manifestam antes dos 18 meses e tendem a se tornar mais aparentes aproximadamente entre os 3 e 4 anos (Zanon; Backes; Bosa, 2014, Tunner,1999; OMS, [s.d.]).

Levando em consideração que o tema Autismo deveria expandir em nossa sociedade para obtermos entendimento sobre o mesmo e repassar orientações aos pais e portadores do transtorno na rede de saúde básica. Isto significa que quanto mais compreendermos sobre o assunto, mais prévio irá detectar as manifestações do Autismo, sendo capaz agilizar o tratamento e não obter agravamento no grau do TEA (Transtorno do Espectro Autista). Uma vez que o transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio que afeta o desenvolvimento neurológico do indivíduo e pode se apresentar em diferentes graus. Mas suas três principais características são sempre as mesmas: dificuldade de comunicação e de interação social, além da presença de comportamentos repetitivos e restritivos. Paiva Junior (2023) enfatiza que os sinais de alerta surgem nos primeiros meses de vida, mas a confirmação do diagnóstico costuma ocorrer aos dois ou três anos de idade.

O papel do enfermeiro é fundamental na identificação precoce dos sinais e sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e é de suma importância que o profissional de Enfermagem que atua na Atenção Primária à Saúde (APS) tenha o conhecimento necessário para detectar estes sinais e prestar uma assistência adequada ao paciente autista que faz acompanhamento em sua Unidade Básica de Saúde (UBS).

Considerando todo esse conhecimento provocou o seguinte questionamento: Quais os desafios enfrentados pelo enfermeiro na identificação dos sinais de alarme para autismo a nível de atenção básica? Além disso, a escolha do tema deu-se pelo aumento dos números de casos de autismo, as estimativas variam, mas acredita-se que cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem desta deficiência (CNS,2011). Portanto, é evidente que o enfermeiro deveria ter conhecimento específico para poder contribuir na identificação precoce da enfermidade.

Deste modo, é interessante que a Atenção Básica, tenha profissionais da Enfermagem especializados para que realizem uma puericultura mais detalhada e podendo assim, reduzir o grau do TEA com um diagnóstico precoce, isto é, identificando os sinais do transtorno o quando mais cedo na criança e auxiliar o responsável a procurar tratamento instantâneo. Portanto, o estudo teve como objetivo geral detectar os desafios enfrentados pelos enfermeiros na identificação dos sinais de alarme para autismo no nível da atenção básica.

Metodologia

A pesquisa, do tipo exploratória, com abordagem qualitativa descritiva e teve como campo de análise as Unidades básicas de saúde do Município de Maturéia, Sertão da Paraíba.

O instrumento utilizado foi um questionário contendo 10 perguntas, a qual os enfermeiros responderam de acordo com seus conhecimentos. A coleta de dados foi realizada após a aprovação do comitê de ética para avaliarmos os conhecimentos dos profissionais de enfermeiro acerca dos sinais de alarme do TEA e os dados foram analisados conforme a análise do conteúdo, modalidade temática, e os resultados organizados em categorias.

Resultados e discussão

Foram entrevistadas oito profissionais de enfermagem que atuam em Atenção Básica da cidade de Coremas-PB. Para melhor compreensão dos resultados, os dados foram organizados em categorias. A amostra foi composta por oito enfermeiras que atuam nas UBS do referido município, duas delas com idade entre 18 e 30 anos e seis disse ter idade entre 31 e 39 anos.

Conhecimento sobre o TEA e importância de educação permanente.

Foi perguntado as participantes sobre o seu conhecimento a respeito do Transtorno do Espectro Autista (TEA), e, para uma enfermeira classificou como, como ótimo (12,5%), cinco como bom (62,5%) e duas como ruim (25%). Em relação a participação em capacitação para o tema, tivemos quatro (50%) das enfermeiras entrevistadas que responderam sim e quatro disseram que nunca participaram, quando perguntado sobre com que frequência essas capacitações deveriam ocorrer, seis delas (75%), falaram que deveria ser realizada semestralmente para ajudar no diagnóstico precoce do Autismo, e duas (25%) relataram que deveria ser feito anualmente, conforme o gráfico 1 abaixo:

Gráfico 1 – Questões 1, 2 e 3 da amostra

Fonte: Dados da pesquisa, 2024.

A falta de conhecimento a respeito do autismo observada nos profissionais de saúde representa uma situação bastante comum, de acordo com Nascimento, et al., (2018) resultando

em um sentimento de incapacidade deles em lidar com a situação de forma adequada. Contra- pondo-se em parte ao autor, identificou-se, portanto, no município de Coremas, que as enfer- meiras apresentam uma boa evolução quanto aos seus conhecimentos sobre o autismo, o que é considerado um fator favorável para a puericultura da localidade, contribuindo assim para o enquadramento correto dos casos de crianças autistas.

De acordo com os dados da coleta, percebe-se que as unidades ainda são insuficientes em relação ao aperfeiçoamento dos profissionais, embora metade das enfermeiras responsáveis por cada unidade já participaram de algum treinamento, ficando ainda uma parcela descoberta, no entanto as mesmas responderam que reconhecem a relevância de uma capacitação contínua ao tema para proporcionar um melhor atendimento aos pacientes.

Devido a identificação de sinais iniciais de alterações do desenvolvimento ser uma das ações da atenção primária na assistência infantil, e de responsabilidade das equipes dos profissionais de saúde, Ranalli (2017), torna-se essencial munir tais equipes de instrumentos de avaliação, como manuais e procedimentos de rotina específicos, e principalmente a capacitação deles para adquirir conhecimentos específicos adequados na identificação e reconhecimento mais eficaz dos sinais da doença. Desse modo, torna-se imprescindível a execução de treinamentos e capacitações a fim de proporcionar um preparo adequado dos enfermeiros, uma vez que eles atuam na linha de frente da identificação dos sinais de autismo, e assim, sendo evitadas possíveis falhas no diagnóstico.

O Ministério da Saúde apresenta desde 2014, as “Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com TEA ‘’como meio de capacitação dos profissionais da saúde para identificação dos primeiros indícios e comportamentais do autismo, e indicadores da doença. Há ainda, O Modified Checklist for Autism in Toddlers(M-Chat) com indicadores de comportamentos e sinais precoces de TEA, dirigido aos pais de crianças de 18 a 24 meses; como também se tem os Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDI), composto por 31 indicadores de desenvolvimento de crianças de 0 a 18 meses a serem induzidas ao cuidador, segundo dados trazidos por Pitz, Gallina e Schultz (2021).

É fundamental, portanto, a disponibilização pelos órgãos reguladores de saúde de manuais e procedimentos para disseminar informações sobre o TEA. Para desse modo, auxiliar os profissionais, servindo como uma forma de capacitação, assim como os pais na identificação precoce dos sinais característicos da criança autista.

Identificação de sinais de alarme do autismo.

As participantes foram questionadas se possuíam segurança para identificar sinais de alarme para o autismo, dentre as entrevistadas, cinco (62,5%) demonstraram segurança, enquanto três (37,5%) delas expressaram insegurança para lidar com essa questão. Já quando perguntadas se já observaram em crianças durante suas consultas de puericultura, alguns sinais de alarme para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), sete das entrevistadas afirmaram já ter observado algum sinal de alarme, apenas uma disse nunca ter observado nada, conforme apresentado no quadro 1 abaixo

Quadro 1 – Questão 5 do instrumento de coleta- Principais sinais de alarme percebidos pelos profissionais

Fonte: Dados da pesquisa, 2024.

De acordo com Souza e Passos (2022), um estudo realizado no ano 2021, ainda é observado dificuldades para identificar os sinais do Transtorno do Espectro Autista, é importante aqui destacar a importância dos cursos de capacitação para que só assim as profissionais da área estejam preparadas e aptas a se sentirem seguras quando se depararem com situações desse tipo, pois como vimos nos itens anteriores, Duarte (2022) já menciona a importância da capacitação do enfermeiro diante o tema exposto.

Algumas das características identificadas, de acordo com Araújo et al. (2022), incluem, além de processo atípico de desenvolvimento, alterações nos processos cognitivos de comunicação e comportamental, sendo os principais aspectos da sintomatologia provenientes da área neurológica. Então, por meio das consultas de puericultura, o enfermeiro tem a oportunidade de identificar essas disfunções no neurodesenvolvimento que indicam o TEA, que apresentam como sintomas especificamente movimentos repetitivos, comportamentos agressivos e diferenciado, isolamento, dificuldade em compartilhar brinquedos, alterações no sono e na amamentação, como ainda seletividade alimentar.

Atendimento, estrutura, intervenção e protocolo a portadores de autismo na UBS:

O gráfico 2 abaixo, traz as questões seis, sete, oito e nove do instrumento de coleta que investiga sobre o atendimento a alguma criança com transtorno do espectro autista, acerca da estrutura das unidades básicas de saúde para este tipo de atendimento, investiga ainda sobre as intervenções precoces realizadas ainda na puericultura traria alguma melhoria na opinião das

entrevistadas e na última pergunta questiona as enfermeiras sobre a existência de protocolo em suas unidades para que houvesse o devido encaminhamento em caso de detecção de algum sinal de alarme para a doença.

Gráfico 2 – Atendimento, estrutura, intervenção e protocolo a portadores de autismo na UBS

Fonte: Dados da pesquisa, 2024.

De acordo com os dados apresentados no gráfico 2 acima, foi perguntado as participantes, se elas já haviam realizado atendimento a alguma criança portadora de TEA, obtendo afirmação em seis (75%) das respostas e duas (25%) profissionais disseram nunca ter realizado tal atendimento.

Quando questionadas sobre a estrutura da UBS, sete delas (87,5%), responderam que nas UBS não possuíam uma estrutura adequada para atender esse público, uma pessoa afirmou que sim. Nota-se que há predominância entre as enfermeiras, no consenso quanto à falta de recursos disponíveis para um atendimento qualificado dos pacientes com a condição.     As participantes destacam que a triagem não é realizada com a utilização de um instrumento particular aos sintomas de TEA, o que segundo Pitz, Gallina e Schultz (2021) procura-se reconhecer indícios de perigo, de acordo com os estágios de desenvolvimento registrados no diário da criança. Eles acreditam que outros profissionais, como médicos especialistas, psicólogos e educadores, são os mais adequados para detectar indícios de TEA em crianças. Questionadas quanto a intervenção precoce, sete (87,5%) responderam que, na sua

percepção, esta medida melhoraria o processo de trabalho a longo prazo, uma (12,5%) responderam que não. Esses dados demonstram a alta incidência de pacientes autista na região, uma vez que a maioria das UBS já atenderam crianças com a condição. Portanto, fica evidente mais uma vez, a importância de um preparo adequado tanto de profissionais, quanto a nível de estrutura a fim de lidar corretamente com a recorrência dos casos.

Quando a criança está inserida nos serviços de saúde cabe os profissionais de enfermagem atuarem com parceria com a equipe multiprofissional, observando a rotina, reduzindo o estresse durante o atendimento. Bischof et al. (2020), acredita que a atuação dos enfermeiros frente à criança autista e sua família são fundamentais propiciando um ambiente socializador, com estabelecimentos de limites e orientação e principalmente o apoio família.

Com isso, vê-se que essa atuação muitas vezes acontece de forma multidisciplinar, na medida em que é importante que haja interação com outros profissionais da área, de modo complementar, assim como, com a família dos pacientes. E dessa forma, agir conjuntamente na busca por um atendimento mais amplo.

Para a maioria das enfermeiras a puericultura feita de forma prévia é fundamental para a efetividade no tratamento do autismo. O que é visto como um fato positivo obviamente, uma vez que há o reconhecimento dos profissionais quanto a necessidade da intervenção precoce e assim obter melhores resultados no enfrentamento da condição.

Cardoso et al. (2018) ressalta que é evidente o desafio na detecção precoce do Transtorno do Espectro Autista e isso ocorre por várias razões. Vários fatores, incluindo a identificação de sinais e sintomas fundamentais para uma avaliação mais eficaz. Outro fator é a falta de treinamento adequado dos profissionais para realizar esse tipo de diagnóstico, avalie de maneira cuidadosa e atenta aos detalhes relevantes. Zech (2024) alerta que, casos suspeitos ou confirmados de Transtorno do Espectro Autista circulam pela Atenção Primária à Saúde, mas frequentemente podem ser negligenciados, especialmente quando envolvem crianças.

Na reflexão de Cardoso et al. (2018) e Medeiros et al. (2023), o enfermeiro é de suma importância no cenário da saúde infantil na Atenção Primária à Saúde, é crucial focar nas ações desse profissional ao lidar com crianças suspeitas ou diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista durante as consultas de puericultura.

Perguntadas quanto a existência de protocolos para atendimentos, cinco (62%), delas responderam que o serviço apresenta encaminhamento para estas crianças identificadas com sinais de alarme em suas unidades e três (38%) profissionais disseram em suas Unidades Básicas de Saúde não contam com esse recurso para fazer a direção necessária.

Esse fato indica uma evolução em relação a correta forma de tratamento com os casos suspeitos de autismo na cidade, uma vez que a maioria delas consideram encaminhar os possíveis casos aos centros especializados para tratamento, facilitando com isso, no tratamento mais adequado.

Por último, as entrevistadas foram questionadas se já haviam realizado algum encaminhamento de casos suspeitos de TEA. Quatro (50%) enfermeiras responderam que já encaminharam pacientes autistas ao setor responsável e as outras quatro (50%) responderam que nunca realizaram nenhum encaminhamento. Por último foi perguntado o que poderia ser feito para melhorar o atendimento deste público, onde algumas mencionaram a solicitação de avaliações por outros especialistas, reconhecendo a importância de expandir o suporte à família. O quadro 2 abaixo, apresenta as principais respostas das enfermeiras:

Como estratégia de intervenção, foi citado ainda, a busca por recursos de apoio a indivíduos com TEA, além de serviços especializados e de referência, como o Centro de Atenção Psicossocial para Crianças e Adolescentes (CAPSi). Dessa forma, como bem observado por Nascimento et al. (2018), é fundamental que seja feito esse encaminhamento para centros especializados de referência na existência de caso suspeitos de TEA. Uma vez que são os estabelecimentos capacitados com profissionais e recursos qualificados para um melhor entendimento e tratamento da condição, a exemplo dos CAPSs dentre outros centros de referência psicossociais e sendo essencial a existência desses protocolos nas UBS.

Considerações finais

O estudo apontou um avanço acerca do nível de conhecimento e segurança dos enfermeiros responsáveis pela puericultura a respeito do TEA, na qual a maioria dos profissionais relataram possuir conhecimentos adequados sobre o tema, em que contribui favoravelmente na busca por um diagnóstico mais preciso.

É evidente destacar, portanto, o valor do diagnóstico precoce e correto do TEA como fator determinante para um tratamento eficaz. Diante dos fatos apresentados percebe-se que o objetivo do estudo foi alcançado ao identificar os pontos críticos enfrentados pelos enfermeiros e assim sugerir o manejo de toda uma estrutura condicionante para que seja proporcionada uma puericultura qualificada. Nesse sentido, profissionais capacitados, estrutura física adequada assim como o apoio familiar foram identificados como fatores determinantes no enfrentamento da condição, a fim de proporcionar resultados satisfatórios no tratamento e uma qualidade de vida aos pacientes autistas.

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[1] Acadêmica de enfermagem, pelo Centro Universitário Planalto do Distrito Federal UNIPLAN, Patos-PB. 

[2] Acadêmica de enfermagem, pelo Centro Universitário Planalto do Distrito Federal UNIPLAN, Patos-PB.

[3] Acadêmico de enfermagem, pelo Centro Universitário Planalto do Distrito Federal UNIPLAN, Patos-PB.

[4] Acadêmica de enfermagem, pelo Centro Universitário Planalto do Distrito Federal UNIPLAN, Patos-PB.

[5] Acadêmico de enfermagem, pelo Centro Universitário Planalto do Distrito Federal UNIPLAN, Patos-PB.

[6] Enfermeira, graduada pelas Faculdades Integradas de Patos (FIP).  E-mail: jordania.claudio@gmail.com.

[7] Acadêmica de enfermagem, pelo Centro Universitário Planalto do Distrito Federal UNIPLAN, Patos-PB.

[8] Acadêmica de enfermagem, pelo Centro Universitário Planalto do Distrito Federal UNIPLAN, Patos-PB.

[9] Enfermeira, graduada pelas Faculdades Integradas de Patos. Email: jordeyanne@gmail.com.

[10] Enfermeira, graduada pelo Centro Universitário (UNIFIP). Docente do Curso Superior de Enfermagem do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal UNIPLAN, Patos-PB.  Pós-graduação em Saúde da Família, Urgência emergência e UTI (UNIFIP/Patos-PB), Auditoria em Serviços de Saúde e Saúde Pública com ênfase em Vigilância em Saúde (FaHol/Curitiba-PR). Email: patriciafreires46@gmail.com ORCID:  https://orcid.org/0000-0002-1361-2685