Historical series of hospitalization for cases of mouth and pharynxal cancer in Brazil in the last 10 years
REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/th102412231034
Ângelo Fonseca Silva
André Ferreira da Silva
Jaime de Freitas Maia Júnior
Yure Gonçalves Gusmão
Herberth Campos Silva
Lucinéia de Pinho
Resumo
Objetivo: O objetivo desse estudo foi analisar a prevalência das internações hospitalares por câncer de boca e faringe no Brasil no período de 2014 a 2023. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e análise quantitativa, onde os dados foram coletados do Sistema de Internamento Hospitalar (SIH), disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) referentes aos internamentos por essa doença no Brasil, no período de 2014 a 2023, por local de residência no Brasil. Resultados: De 2014 a 2023 foram registradas no SIH/SUS 253,153 internações por neoplasia maligna do lábio, cavidade oral e faringe no Brasil. O coeficiente de internação hospitalar por 100 mil habitantes apresentou tendência estacionária. Houve diferenças significativas por região nas taxas de internações hospitalares. A região Norte, apresentou aumento significativo, a região Sul apresentou diminuição significativa, as regiões Nordeste Sudeste e Centro-Oeste apresentaram taxa estacionária. Conclusão: Entre 2014 e 2023, as taxas de internação por neoplasia maligna do lábio, cavidade oral e faringe no Brasil mantiveram-se estáveis, com variações regionais: aumento significativo no Norte e redução no Sul. Esses dados apontam desigualdades regionais nos padrões de internação.
Palavras-chave: Neoplasia. Taxa de internação. Taxa de mortalidade.
Abstract
Objective: The objective of this study was to analyze the prevalence of hospitalizations for mouth and pharynx cancer in Brazil from 2014 to 2023. Materials and Methods: This is a retrospective, descriptive study with quantitative analysis, where data were collected from the Hospital Admissions System (SIH), available at the Informatics Department of the Unified Health System (DATASUS) regarding hospitalizations for this disease in Brazil, from 2014 to 2023, by place of residence in Brazil. Results: From 2014 to 2023, 253,153 hospitalizations for malignant neoplasm of the lip, oral cavity, and pharynx were recorded in the SIH/SUS in Brazil. The coefficient of hospitalization per 100,000 inhabitants showed a stationary trend. There were significant differences by region in the hospitalization rates. The North region showed a significant increase, the South region showed a significant decrease, and the Northeast, Southeast, and Central-West regions showed a stationary rate. Conclusion: Between 2014 and 2023, hospitalization rates for malignant neoplasms of the lip, oral cavity, and pharynx in Brazil remained stable, with regional variations: a significant increase in the North and a reduction in the South. These data indicate regional inequalities in hospitalization patterns.
Keywords: Neoplasm. Hospitalization rate. Mortality rate.
Autor correspondente: Nome completo do autor correspondente | email
Recebido em: 00|00|2023. Aprovado em: 00|00|2023. Como citar este artigo: Autores. Título do artigo. Revista Bionorte. 2023 meses;v(n):XX-XX. https://doi.org/10.47822/
Introdução
De acordo o Instituto Nacional do Câncer – INCA1 (2022), o câncer bucal é uma preocupação significativa em saúde pública, pois pode afetar a qualidade de vida e até mesmo ser fatal se não for detectado e tratado precocemente. O número de casos de câncer de boca tem aumentado consideravelmente, sendo o sexto tumor mais comum em todo mundo. O Brasil, em particular, apresenta uma projeção crescente com uma distribuição heterogênea entre as cidades brasileiras, com aproximadamente 30% dos casos concentrados nas capitais2.
Estudos apontam que a maioria dos pacientes com câncer bucal chega aos hospitais em estágio avançado da doença, isso porque essa neoplasia tem início silencioso, sem sintomatologia, contribuindo para um diagnóstico tardio e comprometendo o tratamento efetivo1. No que diz respeito ao diagnóstico dos estágios da doença, evidências científicas demonstraram que apenas 6,25% dos tumores são diagnosticados na fase inicial, 18,19% no estágio II, 34,45% no estágio III e 41,12% no estágio IV, o que demonstra, consequentemente, o comprometimento do acesso dos pacientes com essa neoplasia ao tratamento adequado e a respostas terapêuticas que garantam a eles qualidade de vida e uma maior sobrevida3.
O tabagismo e o consumo excessivo de álcool são dois dos principais fatores de risco para o câncer bucal. O aumento no número de pessoas que fumam ou consomem álcool em excesso na população poderia contribuir para um aumento nos casos de câncer bucal4. Outro importante fator de risco é o vírus do Papiloma Humano (HPV), que tem sido associado a um aumento nos casos de câncer bucal, especialmente em pessoas mais jovens. O HPV é um vírus que tem afinidade ao tropismo pelo tecido epitelial. Existem mais de 110 subtipos que podem associar-se comumente com neoplasias benignas e malignas. Na cavidade bucal os HPV dos tipos 6 e 11 podem ser associados a lesões benignas e os tipos 16 e 18 com lesões pré-cancerígenas e carcinoma espinocelular de Boca (CEB)1.
No Brasil, a Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada no Sistema Universal de Saúde (SUS) para a identificação dos fatores de risco, realizar diagnósticos precoces, bem como para fornecer cuidados básicos para pacientes com câncer. A partir de 2004, a Política Nacional de Saúde Bucal incluiu o diagnóstico de lesões da cavidade oral no escopo dos exames da APS. Exames bucais de rotina podem proporcionar a detecção de cânceres em estágio inicial e aumentar as chances de cura2.
Apesar dos avanços na ampliação do acesso aos serviços odontológicos, ainda existem grandes desafios na estrutura e no processo de trabalho da APS. Atualmente, existe um baixo nível de inclusão de dentistas em iniciativas de detecção precoce do câncer bucal; além disso, em 2016, a política de saúde bucal da APS cobria apenas 37% da população brasileira. Os problemas citados em todo o sistema de APS brasileiro incluem a falta de ações de triagem preventiva, lacunas na formação profissional e desigualdades socioeconômicas2.
Há que se ressaltar que, por se tratar de uma doença crônica de saúde pública no Brasil, há campanhas de integração dos serviços e sistemas de saúde tanto para prevenção, que inclui propagandas e leis protetivas, quanto para diagnóstico e tratamento. Desta forma às atividades preventivas, no que diz respeito ao consumo de tabaco, no Brasil, levou a implantação do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), na década de 1980, que promoveu propagandas tanto em ações individuais como coletivas, com o objetivo de prevenir a iniciação do tabagismo, entre crianças, adolescentes e adultos; promover a cessação de fumar; e divulgar ambientes livres do tabaco5.
Considerado a incidência mundial de cânceres de boca e orofaringe, analisar a prevalência das internações hospitalares por câncer de boca e faringe no Brasil no período de 2014 a 2023 resultará em evidências sobre os custos com tratamento da doença em detrimento das estratégias de diagnóstico no Brasil, possibilitará conhecer o perfil sociodemográfico do câncer de boca no Brasil; bem como favorecerá uma discussão acadêmica sobre a incipiência do acesso dos usuários aos serviços odontológicos, que acaba por incidir na detecção tardia desse tipo de câncer. Assim o objetivo desse estudo é analisar a prevalência das internações hospitalares por câncer de boca e faringe no Brasil no período de 2014 a 2023.
Materiais e Métodos
Este estudo apresenta uma abordagem descritiva ecológica de série temporal para avaliar a prevalência de internações e as taxas de mortalidade por câncer de boca e faringe no Brasil no período de 2014 a 2023.
A coleta de dados ocorreu durante os meses de fevereiro e março de 2024, utilizando o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), disponibilizado pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS) através do endereço eletrônico (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/niuf.def). Foram avaliadas as internações por neoplasia maligna do lábio, cavidade oral e faringe no Brasil e suas regiões geográficas, além de incluídas no estudo todas as internações que segundo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados (CID-10) foram codificadas como C00 a C14 no diagnóstico principal.
As informações foram parametrizadas de acordo com região brasileira, óbito e internação pelo SUS, por câncer de boca ou faringe, no período de 2014 a 2023. Os dados populacionais foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), utilizando as estimativas populacionais anuais como denominador para o período de 2014 a 2023.
A análise dos dados foi realizada utilizando estatística descritiva. As medidas de prevalência e porcentagem foram calculadas e os resultados foram apresentados em tabelas e gráficos. A comparação dos resultados foi feita tanto para o Brasil como um todo quanto para cada região e ano separadamente.
Os coeficientes de internação foram calculados como a razão entre o número total de internações e a população total anual, ajustados para cada 100 mil habitantes. A análise estratificada por características da internação e desfechos foi realizada considerando as razões entre o número de internações em cada estrato e a população total para cada ano. Para a análise de tendências temporais, foi utilizado o modelo de regressão linear.
As tendências foram interpretadas com base nos valores de p e variação. As ferramentas TabWin e TabNet do DATASUS foram utilizadas para tabulação e análise descritiva dos dados, enquanto o software SPSS e o Libre Office Calc. 7.2 foram utilizados para análise estatística e construção de gráficos e tabelas, respectivamente.
Cuidados éticos
A presente pesquisa não enseja em submissão a Comitê de Ética em Pesquisa, uma vez que não utilizará de entrevistas, aplicação de questionários, entre outras ferramentas que exigem a concordância dos participantes. Os dados são disponibilizados pelo DATASUS observada a Lei Nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, Lei Geral de Proteção de Dados.
Resultados
Durante o período de 2014 a 2023 foram registradas no SIH/SUS 253.153 internações por neoplasia maligna do lábio cavidade oral e faringe no Brasil. O coeficiente de internação hospitalar por 100 mil habitantes apresentou tendência estacionária nesse período (-0,55%, p-valor: 0,097; IC 95% -6,77 à 0,70) (Figura 1).
Os resultados mostram que de 2014 a 2023 a taxa de internações hospitalares, devido a neoplasia maligna do lábio cavidade oral e faringe, oscilou de 2014 a 2021. Em 2019 houve a maior a taxa de internação (12,7) e em 2021 ocorreu a menor taxa (11,4). A média das taxas de internações durante o período foi de 12,1 (Figura 1).
A taxa de mortalidade hospitalar por neoplasia maligna do lábio cavidade oral e faringe no Brasil é apresentada na Figura 1. A menor taxa ocorreu em 2020 (11,7) e a maior ocorreu em 2018 (12,5). Em 2014 a taxa foi de 11,8 e em 2023 foi de 12,4, com tendência estacionária nesse período histórico de análise (0,20%; IC 95% -6,36;10,61; p-valor: 0,579) (Figura 1). A média das taxas de mortalidade foi de 11,98.
Observou-se que houve diferenças significativas por região nas taxas de internações hospitalares para a neoplasia maligna do lábio cavidade oral e faringe. A região Norte (0,69%; IC 95% 0,78;9,68; p-valor: 0,026), apresentou aumento significativo entre os anos de 2014 e 2023. Já a região Sul (-0,43%; IC 95% 0,78;9,68; p-valor: 0,026) apresentou diminuição significativa. Na região Norte ocorreu os menores coeficientes de internação durante todo o período analisado, enquanto a região Sul ocorreu os maiores coeficientes. A maior taxa ocorreu na região Sul em 2019 (21,02) e a menor taxa ocorreu na região Norte em 2014 (2,80). As regiões Nordeste (0,12%; IC 95% -3,86; 5,31; p-valor: 0,725) Sudeste (-0,69%; IC 95% -3,41; -0,90; p-valor: 0,217) e Centro-Oeste (0,24%; IC 95% -3,70; 6,97; p-valor: 0,500) apresentaram taxa estacionária nesse mesmo período (Figura 2).
Discussão
Com localização acessível anatomicamente, as neoplasias malignas do lábio, cavidade oral e faringe poderiam ser diagnosticadas ainda em fase inicial, mas situações como a falta de sintomas específicos nas fases iniciais da doença e a sobreposição de sinais comuns a outras condições benignas1 acabam por dificultar a identificação desses tumores o que leva a uma queda no diagnóstico precoce, fazendo com que as internações ocorram em períodos já avançados da doença.
Essas internações demonstram a prevalência e as complicações advindas dessas neoplasias. Ao mesmo tempo, permite definir padrões da doença, bem como, os grupos de risco e regiões mais afetadas de maneira eficaz.
Com isso, é possível observar, pelo número de internações do período, oscilações com os maiores picos em 2015, 2017 e 2019, períodos que antecedem a Pandemia do Covid-19 (2020 – 2023). Coincidentemente esses números tendem a cair progressivamente durante a Pandemia o que pode sugerir subnotificação de casos, sendo o ano de 2020 o que apresenta o menor coeficiente de internação, seguido por uma possível estabilização até o ano de 2023. Os impactos do Covid-19 também foram descritos em outros estudos6 ao avaliarem a diminuição de internações por outras patologias e a maior ocupação de leitos por pacientes afetados pelo Covide-19.
Resultados parecidos foram encontrados em outros estudos7 para o ano de 2019 com sugestivo aumento nos casos notificados, sendo que, a partir de 2020 as notificações diminuíram com uma tendencia à estabilidade nos próximos anos.
Outro ponto a ser observado é que mesmo com a redução no coeficiente de internações a partir do ano de 2020, a taxa de Mortalidade não refreou. Mesmo com o seu maior pico no ano de 2018 e progressiva queda até o ano de 2020, a partir desse ano, mesmo com oscilações a Taxa de mortalidade se manteve alta em 2023. Esses resultados podem estar diretamente ligados a fatores socioeconômicos, tratamento de qualidade e acesso ao diagnóstico precoce8.
O fato de a Taxa de mortalidade não acompanhar, exatamente, o coeficiente de Internações pode ser em decorrência do caráter multifatorial que envolve as neoplasias malignas do lábio, cavidade oral e faringe. Comportamentos sociais como o uso de tabaco e álcool, dieta, níveis de esclarecimento sobre o assunto, exposição prolongada ao sol e exposição a IST´s, podem afetar diretamente a incidência dessa patologia. Essa mesma perspectiva social pode ser observada em outros estudos9.
Ao avaliar a incidência das neoplasias malignas do lábio, cavidade oral e faringe por região do Brasil observou-se a região Norte com aumento significativo na taxa de internações, mesmos obtendo os menores coeficientes, e a região Sul com diminuição para a taxa de internações e maiores coeficientes. Esse contraponto pode ser explicado avaliando essas regiões e suas características.
A região Sul apresenta um desenvolvimento exponencial, com aumento da expectativa de vida e consequentemente, aumenta a incidência de doenças como as neoplasias10,11. Já a região Norte evidencia sua condição socioeconômica que pode interferir no acesso a prevenção, diagnóstico e tratamento12. Resultados semelhantes foram encontrados em estudos quer reafirmam o contraponto das regiões Norte e Sul9,13.
Outros autores destacam a região Sudeste com maior predominância de internações8,14,7 devido a densidade populacional e grandes áreas metropolitanas. O mesmo não foi observado nesse estudo, onde as regiões Sudeste, Nordeste e Centro-oeste permaneceram com a taxa de internações estacionada para o período avaliado de 2014 a 2023.
As análises deste estudo apresentam possíveis fragilidades no seu delineamento, uma vez que, ao levantar hipóteses, a avaliação das casualidades pode ser deturpada. Por outo lado, a diminuição e estabilização das taxas de internação nos últimos anos não necessariamente significam diminuição dos casos de neoplasia maligna do lábio, cavidade oral e faringe no Brasil, pois a taxa de mortalidade não acompanhou essa tendência. Além disso, uma pesquisa mais apurada a cerca da eficácia do sistema de saúde e suas intervenções para tal patologia se faz necessária para mapear e pontuar as suas vulnerabilidades e possíveis correções.
Visto isso, percebe-se que as neoplasias malignas do lábio, cavidade oral e faringe podem ser consideradas como um problema de saúde pública15 necessitando de controle odontológico e da atuação dos profissionais da área em políticas públicas de conscientização, prevenção, diagnóstico e tratamento9. Ao mesmo tempo, esses dados demonstram que é possível e necessário estabelecer planos de ação na saúde pública, juntamente com os profissionais da odontologia, a fim de trabalhar em fatores como o entendimento dos riscos relacionados a doença, falta de conhecimento de sintomas e formas de ação e o medo relacionado ao caráter negativo da doença15.
Conclusão
Conclui-se que, entre 2014 e 2023, o coeficiente de internação hospitalar por neoplasia maligna do lábio, cavidade oral e faringe no Brasil apresentou tendência estacionária, sem variações estatisticamente significativas ao longo do tempo. Em nível regional, destacam-se variações distintas: a região Norte apresentou aumento significativo, enquanto a região Sul apresentou redução no mesmo período. Esses dados sugerem diferenças regionais na incidência e na demanda por internações associadas a essas neoplasias, refletindo possíveis disparidades no acesso e na prevenção em diferentes áreas do país.
Contribuição dos autores
Todos os autores aprovaram a versão final do manuscrito e se declararam responsáveis por todos os aspectos do trabalho, inclusive garantindo sua exatidão e integridade.
Conflito de interesse
Os autores declaram não haver conflitos de interesse.
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Anexo
Figura 1 – Taxa de internações por 100 mil habitantes e taxa de mortalidade por neoplasia
maligna do lábio cavidade oral e faringe no Brasil de 2013 a 2023
Fonte. Ministério da Saúde – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH / SUS) 2024.
Figura 2 – Evolução da taxa de internações por 100 mil habitantes, de acordo com as regiões para a Neoplasia maligna do lábio cavidade oral e faringe no Brasil de 2014 a 2023
Fonte. Ministério da Saúde – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH / SUS)
FILIA Orcid: 0000-0003-4299-2346 Ângelo Fonseca Silva – Funorte
Orcid: 0009-0006-7552-8450 André Ferreira da Silva – Funorte
Orcid: 0009-0002-7003-4362 Jaime de Freitas Maia Júnior – Funorte
Orcid: 0000-0002-4580-9175 Yure Gonçalves Gusmão – UFVJM
Orcid: 0000-0003-3731-1884 Herberth Campos Silva – UFVJM
Orcid: 0000-0002-2947-5806 Lucinéia de Pinho – UnimontesÇÃO