THE RISKS OF EMERGENCY CONTRACEPTIVE ABUSE
LOS RIESGOS DEL ABUSO DE ANTICONCEPTIVOS DE EMERGÊNCIA
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202412141603
Miriam de Jesus Neves1;
Vitória Pereira Ribeiro2;
Carolinne de Oliveira Marquez3
Resumo
Contracepção de emergência (CE) é um método que pode ser utilizado em relações sexuais de risco e também em casos de violência sexual. O uso excessivo de CE pode causar vários problemas de saúde e só deve ser usado em casos extremos. Este estudo teve por objetivo descrever os possíveis riscos associados ao uso de contraceptivo de emergência, seus efeitos colaterais mais comuns e mecanismo de ação. Para tanto se empregou uma revisão integrativa da literatura com abordagem qualitativa a respeito dos riscos do uso abusivo do contraceptivo de emergência. Os artigos foram selecionados nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), incluídas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A CE é uma verdadeira bomba hormonal e pode conter dez vezes mais hormônios do que os anticoncepcionais convencionais. O abuso pode causar diversos danos ao organismo da mulher, além de efeitos colaterais, que incluem, além de náuseas e vômitos, tromboembolismo e outras reações de estresse, amamentação, sangramento vaginal, fadiga, dor de cabeça, tontura, fraqueza e dor pélvica. Em suma, o papel da CE é prevenir uma possível gravidez indesejada após relação sexual desprotegida, por isso tem as suas vantagens e desvantagens. Porém, deve ser usado com cautela porque causa sobrecarga hormonal no organismo da mulher e quando usado de forma excessiva e sem conhecimento prévio causa graves consequências por ser um medicamento de fácil acesso.
Palavras-chave: Contraceptivo de Emergência; Pílula do Dia Seguinte; Prevenção; Riscos.
Summary
Emergency contraception is a method that can be used in risky sexual intercourse and also in cases of sexual violence. Overuse of EC can cause a number of health problems and should only be used in extreme cases. This study aimed to describe the possible risks associated with the use of emergency contraceptives, their most common side effects, and mechanism of action. To this end, an integrative review of the literature with a qualitative approach was used regarding the risks of emergency contraceptive abuse. The articles were selected from the Scientific Electronic Library Online (SciELO) and Latin American and Caribbean Health Sciences Literature (LILACS) databases, included in the Virtual Health Library (VHL). EC is a true hormone pump and can contain ten times more hormones than conventional contraceptives. Abuse can cause various damages to the woman’s body, in addition to side effects, which include, in addition to nausea and vomiting, thromboembolism and other stress reactions, breastfeeding, vaginal bleeding, fatigue, headache, dizziness, weakness and pelvic pain. In short, the role of the EC is to prevent possible unwanted pregnancies after unprotected sex, so it has its advantages and disadvantages. However, it should be used with caution because it causes hormonal overload in the woman’s body and when used excessively and without prior knowledge, it causes serious consequences because it is an easily accessible drug.
Keywords: Emergency Contraceptive; Morning After Pill; Prevention; Risks.
Resumen
La anticoncepción de emergencia es un método que se puede utilizar en relaciones sexuales de riesgo y también en casos de violencia sexual. El uso excesivo de AE puede causar una serie de problemas de salud y solo debe usarse en casos extremos. Este estudio tuvo como objetivo describir los posibles riesgos asociados con el uso de anticonceptivos de emergencia, sus efectos secundarios más comunes y el mecanismo de acción. Para ello, se realizó una revisión integradora de la literatura con enfoque cualitativo sobre los riesgos del abuso de anticonceptivos de emergencia. Los artículos fueron seleccionados de las bases de datos Scientific Electronic Library Online (SciELO) y Latin American and Caribbean Health Sciences Literature (LILACS), incluidas en la Biblioteca Virtual en Salud (BVS). La AE es una verdadera bomba hormonal y puede contener diez veces más hormonas que los anticonceptivos convencionales. El maltrato puede causar diversos daños al cuerpo de la mujer, además de los efectos secundarios, que incluyen, además de náuseas y vómitos, tromboembolismo y otras reacciones de estrés, lactancia, sangrado vaginal, fatiga, dolor de cabeza, mareos, debilidad y dolor pélvico. En definitiva, el papel de la CE es prevenir posibles embarazos no deseados tras mantener relaciones sexuales sin protección, por lo que tiene sus ventajas y desventajas. Sin embargo, debe usarse con precaución porque provoca una sobrecarga hormonal en el cuerpo de la mujer y cuando se usa en exceso y sin conocimiento previo, causa graves consecuencias porque es una droga de fácil acceso.
Palabras llave: Anticonceptivos de Emergencia; Píldora del día después; Prevención; Riesgos.
1. Introdução
A contracepção de emergência (CE) é um agente hormonal composto por levonorgestrel, um progestágeno isolado, comumente conhecido como pílula do dia seguinte, amplamente utilizado no Brasil para prevenir gravidez indesejada por uso indevido de contraceptivos ou relações sexuais. Para ser totalmente eficaz, deve ser administrado imediatamente após a relação sexual ou em até 120 horas após (Lacerda et al., 2019).
Dentre os métodos contraceptivos, a CE é uma ferramenta importante para prevenir gravidezes indesejadas em situações como distúrbios rotineiros de fertilidade, violência sexual e até relações sexuais desprotegidas (Oliveira et al., 2020). Porém, tem suas desvantagens em termos de efeitos colaterais, que exigem cada vez mais atenção, uma vez que o produto está facilmente disponível e pode ser consumido de forma descontrolada.
Em 1996, a Secretaria de Vigilância Sanitária (ANVISA) incorporou o CE ao programa do Ministério da Saúde (MS), enfatizando que esse método contraceptivo só deveria ser utilizado em situações de emergência, como quando a camisinha rompe, sem esquecer-se da contracepção de comprimidos, vítimas de violência sexual ou estupro (Pinheiro; Sampaio, 2019).
As recomendações estabelecidas pela ANVISA descrevem que deve ser apresentada receita médica na venda nas farmácias da CE, lei nascida no Brasil em 1999, que atualmente não é seguida (Brandão et al., 2019).
O CE é um medicamento que nem sempre está disponível aos usuários da rede pública através do Sistema Único de Saúde (SUS), por isso o medicamento é adquirido diretamente nas instituições de saúde, farmácias ou farmácias privadas sem receita médica. Esse acesso fácil e sem orientação adequada é preocupante porque substitui o método regular de contracepção mensal pela contracepção de emergência, levando ao seu uso repetido (Santos et al., 2020).
No Brasil, o aborto é um problema de saúde pública tanto em escala quanto em persistência. Ao longo dos anos, vários estudos em diferentes regiões e utilizando diferentes métodos tentaram estimar o número de abortos que ocorrem a cada ano, sejam eles espontâneos ou induzidos (Diniz et al., 2019).
A lei do aborto no Brasil foi criada há mais de 80 anos. O Código Penal Brasileiro de 1940 criminaliza o aborto e prevê que mulheres e médicos serão punidos criminalmente se praticarem um aborto. No entanto, existem algumas exceções à lei: trata-se de abortos legais. O aborto é permitido em três casos: anencefalia fetal, ou seja, mau desenvolvimento do cérebro fetal; gravidez que ameace a vida da gestante; gravidez por estupro (Figueiredo et al, 2022).
No contexto apresentado, o farmacêutico é o profissional de saúde mais indicado para orientar o uso de medicamentos, pois cumpre seu papel na sociedade prestando um serviço de monitoramento e orientação medicamentosa de qualidade que auxilia na redução da automedicação (Oliveira; Rodrigues, 2021).
Portanto, devido à situação delicada, é oferecida a contracepção de emergência, que visa reduzir a ocorrência de gravidezes e abortos não planejados e também limitar a morbimortalidade materna. Assim, o objetivo do presente estudo é descrever os possíveis riscos associados ao uso de contraceptivo de emergência, seus efeitos colaterais mais comuns e mecanismo de ação.
Para a realização deste estudo, optou – se por realizar uma revisão integrativa de literatura a respeito dos riscos do uso abusivo do contraceptivo de emergência. Portanto, percorremos as seguintes etapas neste trabalho: identificação do tema; busca de materiais publicados em bases de dados; classificação dos estudos; avaliação de estudos, interpretação e discussão dos resultados.
Iniciou-se a pesquisa pela identificação de fontes documentais, após o que foram analisadas e coletadas informações para conhecer as ideias sobre o tema da pesquisa. Os artigos serão selecionados nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), incluídas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); utilizando palavras-chave: Contracepção de Emergência; Riscos e Saúde da Mulher. Durante a busca encontrou-se 01 (um) artigo na base de dados LILACS e 10 (dez) artigos na SCiELO, nos períodos de 2019 a 2023 na língua portuguesa.
Na pesquisa feita foram incluídos artigos publicados nos últimos 5 anos que abordaram os riscos do uso indevido do contraceptivo de emergência e excluídos os artigos que foram publicados fora do período de 2019 a 2023 e que não estavam condizentes com o tema.
A análise da síntese das informações extraídas dos artigos foi feita de forma descritiva, o que permitiu observar, descrever e classificar o material, com o objetivo de coletar as informações produzidas sobre o tema discutido na revisão.
Ao iniciar a pesquisa foram encontrados 60 artigos relacionados sobre os riscos do uso abusivo do contraceptivo de emergência, dos quais 30 apresentavam repetições nas bases de dados, ficando 30 artigos para a leitura. Durante o processo de análise 20 artigos foram eliminados por não corresponderem as principais adaptações dos critérios estabelecidos, resultando em 10 artigos selecionados de acordo com a abordagem e objetividade do tema na elaboração do artigo. A Figura 1demostra de forma transparente toda a metodologia de busca pela pesquisa escolhida para a confecção da respectiva revisão.
Figura 1 – Análise dos artigos selecionados.
3. Referencial Teórico
3.1 Contraceptivo de emergência
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia (ACOG), as CE são descritas como um método que pode fornecer às mulheres, ferramentas menos arriscadas para prevenir gravidez indesejável até 120 horas após a relação sexual (cinco dias). Destina-se ao uso após sexo desprotegido, abuso ou falha de conceptivos, estupro ou sexo forçado desprotegido.
Desempenha um papel importante na redução dos casos de abortos ilegais que representam uma séria ameaça à saúde das mulheres, na sua maioria realizados ilegalmente (Rodrigues; Oliveira; Carvalho, 2022).
A contracepção de emergência é segura e eficaz na prevenção de gestações indesejadas e melhora sua dosagem quando seguida corretamente, a CE causa efeitos colaterais relatados em sua embalagem (Vieira; Geron, 2020).
Embora esse método seja prático, com uso frequente pode causar perda ou comprometimento da potência, desencadeando problemas hormonais e infertilidade (Vargas et al., 2019).
Guedes (2019) citou que os anticoncepcionais mais utilizados pelas mulheres são os que contêm combinação de estrogênio e progestógeno puro. Isso é conhecido como método Yuzpe, no qual duas doses de 100 mcg de levonorgestrel e etinilestradiol são tomadas apenas duas vezes com intervalo de 12 horas, começando com a primeira dose imediatamente após o sexo desprotegido. O contraceptivo emergencial tem sido objeto de conflitos éticos, médicos, ideológicos e políticos porque se refere ao “início da vida humana” e diz respeito às mudanças no comportamento sexual (especialmente entre adolescentes e adultos jovens).
De acordo com Rebelo et al.(2021) a procura por pílulas de emergência e abuso aumentaram significativamente nos últimos 10 anos. Tal ação pode ser justificada pelo fato dos medicamentos estarem facilmente disponíveis em drogarias. Portanto, devido à facilidade de obtenção desse medicamento, muitas mulheres utilizam a pílula como único método contraceptivo, já que o uso correto é apenas em caso de acidente.
Os médicos aconselham as mulheres a tomar a pílula o mais rápido possível após a relação sexual desprotegida, pois a duração da eficácia é de até 72 horas se utilizada imediatamente, após o que diminui significativamente: 95% até as primeiras 12 horas; 85% após as primeiras 24 horas; e menos de 55% após 48 horas. Portanto, fica claro que a pílula do dia seguinte não deve ser usada como pretendido e nunca deve substituir um método contraceptivo de rotina (Rebelo et al., 2021).
3.2 Mecanismo de ação do contraceptivo de emergência
Os espermatozoides se juntam no colo uterino e são capazes de adentrar o útero e as tubas uterinas cerca de até 5 dias após a ejaculação. O levonorgestrel age aumentando a viscosidade do muco cervical e impedindo a penetração e locomoção dos espermatozoides no útero, ele também ativa a secreção de glicodelina-A pelo endométrio, ela também suaviza a aderência do espermatozoide à zona pelúcida do ovócito, impedindo também a fecundação. Assim, na segunda fase do ciclo, caso não tenha sido possível atrasar ou impedir a ovulação, a pílula cria um ambiente inóspito para os espermatozoides dificultando a fecundação (Rodrigues; Oliveira; Hott, 2022).
O levonorgestrel é absorvido e metabolizado no intestino, ao entrar na corrente sanguínea impede ou retarda a evolução, altera a migração dos espermatozoides para o óvulo, atua antes do esperma fecundar o óvulo, seu efeito não interrompe a gravidez, pois o consumo de CE é necessário antes de 72 horas após a relação sexual, caso sua principal função seja prevenir gravidez indesejada (Medeiros, 2019).
Dependendo da época do ciclo menstrual em que for administrado o CE pode adiantar ou atrasar a ovulação, interferindo no ciclo natural da mulher, podendo causar anormalidades em seu organismo reprodutor (Pinheiro, 2022).
O uso repetido de CE pode causar infertilidade. Afinal, o medicamento provoca uma secreção hormonal muito forte em curto prazo. Mas, a longo prazo, pode levar à gravidez nas trompas (gravidez ectópica). Além disso, também prejudica o funcionamento do aparelho reprodutor da mulher e dificulta futuras gestações (Brandâo et al., 2019).
Portanto, faz sentido evitar o uso contínuo. A ginecologista Denise Coimbra afirma que se a mulher tomar a pílula com frequência e por pouco tempo, o medicamento pode não funcionar como fonte emergencial. “O perigo é que, se abusados, os comprimidos podem perder a finalidade, ou seja, a mulher pode engravidar, porque o medicamento atrapalha o ritmo hormonal” (Medeiros, 2019).
3.3 Riscos e efeitos adversos causados pelo uso do contraceptivo de emergência
Os hormônios são considerados essenciais para o corpo, mas quando usados em excesso podem causar desequilíbrios destruindo não só os órgãos sexuais e reprodutivos, mas outras partes como os ossos, além de causar dores de cabeça, distúrbios do sono e comportamento (Rebelo et al., 2021).
Os riscos da CE podem ser mínimos se usados corretamente, podem estar associados a efeitos colaterais do consumo, os principais sintomas são vômitos, dor de cabeça, dor no peito e tontura de curta duração. Qualquer corpo pode desencadear efeitos colaterais indesejados que não estão listados como efeitos colaterais, embora não atinjam intensidade tal que sejam registrados no órgão de saúde ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que reporta os efeitos indesejados dos medicamentos (Matias, 2019).
Segundo Pandovan e Freitas (2019), o uso do CE libera hormônios que podem desencadear trombrose venosa profunda, que pode ocorrer através da coagulação sanguínea, que é um dos efeitos colaterais do uso de anticoncepcionais orais, ressaltando que eles aumentam os níveis de hormônios estrogênio e progesterona.
O uso excessivo também pode desencadear a gravidez ectópica, que é a implantação de um saco gestacional e seu desenvolvimento fora da cavidade uterina, podendo causar sangramento nos primeiros meses de gravidez, mas os sinais de gravidez ectópica devem ser conhecidos, pois o tratamento precoce reduz os riscos para a mãe e para o bebê, deve sempre perguntar ao médico sobre o método correto de tratamento e opções de prevenção naqueles raros casos que podem eventualmente ocorrer na vida de uma pessoa (Azenha et al., 2020).
Pêgo et al. (2021) constataram que o uso contínuo de contracepção de emergência resulta em sintomas relacionados a alterações de humor, baixa libido, náuseas, vômitos, dor de cabeça, dor mamária, sangramento não menstrual e ganho de peso.
Está comprovado cientificamente que o uso excessivo desse método contraceptivo pode alterar o ciclo menstrual e reduzir sua eficácia na prevenção de gravidez indesejada (Hafi et al., 2021).
Sousa e Cipriano (2019) enfatizam que as mulheres que se automedicam com CE geralmente desconhecem seus efeitos colaterais.
3.4 O papel do farmacêutico na prevenção do uso excessivo do CE
Segundo César et al. (2023) sobreo perfil de distribuição do CE em uma farmácia comercial localizada no município de Assis Chateaubriand, oeste do Paraná, os farmacêuticos atuam diretamente para orientar os pacientes sobre o tempo de uso do anticoncepcional de emergência e dão informações sobre a eficácia do medicamento.
No estudo qualitativo e bibliográfico de Borges et al. (2021) sobre o uso correto do mecanismo e eficácia do medicamento de emergência, além dos principais problemas que podem ser causados pela sua administração incorreta, ficou evidenciado que o farmacêutico atua diretamente na garantia dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, fornecendo acesso a procedimentos que podem ajudar a prevenir possíveis gravidezes indesejadas.
Em complemento ao citado, vale frisar que o farmacêutico é o profissional da saúde mais indicado para orientar quanto ao uso de medicamentos, desempenhando assim seu papel na sociedade com um serviço de qualidade com acompanhamento e orientação farmacêutica, que auxilia na diminuição dos índices de automedicação, evitando o uso de doses e medicamentos inadequados (LeaL; Rodrigues; Dalcin, 2019).
Por fim, Brandão et al. (2019) em um estudo de prevenção de emergências na região metropolitana do Rio de Janeiro com funcionários de farmácias descobriu que os farmacêuticos têm um papel no treinamento e na orientação da equipe que trabalha em farmácia e instalações e observa-se que a distribuição de medicamentos pode informar as usuárias sobre a importância do uso de contracepção regular após o uso da contracepção de emergência e direcionando-as à saúde pública.
4. Resultados
Dos 10 artigos selecionados, 7 são revisões bibliográficas e 3 de revisões descritivas/experimentais. O perfil e características dos estudos estão apresentados na Tabela 1.
Tabela 1- Principais estudos sobre os riscos do uso abusivo do contraceptivo de emergência encontrados a partir da busca bibliográfica.
AUTOR/ANO | OBJETIVO | DESENHO DO ESTUDO | CONSIDERAÇÕES FINAIS |
Lacerda et al. (2019) | Descrever o mecanismo de ação do CE, identificar riscos associados ao uso continuo e os seus efeitos adversos mais comuns. | Revisão de Literatura. | Contudo deve ser usado com cautela, já que o mesmo provoca uma sobrecarga hormonal no organismo feminino, gerando serias consequências para sua usuária, isso quando usada em excesso e sem conhecimento prévio, por ser um medicamento de fácil acesso. |
Brandão et al. (2019) | Levantar dados de uso abusivo de contraceptivo de emergência e seus efeitos indesejados em acadêmicas da área da saúde em uma faculdade no município de Ariquemes Rondônia. | Revisão Descritiva. | Concluindo que mesmo conhecendo os riscos que o consumo desse medicamento pode causar à sua saúde, a maioria prefere se arriscar sem se preocupar com os efeitos indesejados, pois uma gravidez indesejada pode mudar o planejamento de uma pessoa. |
Borges et al. (2023) | Observar o uso abusivo dos contraceptivos de emergências e os meses com maiores índices de uso. | Revisão Descritiva. | Com base no material coletado foi possível concluir que a sazonalidade de compras ocorreu entre o mês de fevereiro e novembro de forma esporádica. |
Figueiredo et al. (2022) | Avaliar o conhecimento das mulheres sobre o método contraceptivo de emergência e seus efeitos colaterais. | Revisão Observacional Transversal. | Palestras, debates no âmbito Institucional contribui também para aumentar o conhecimento das mulheres, no início da vida sexual. |
Diniz et al. (2019) | Relatar a incidência do uso indiscriminado do levonorgestrel nos alunos da EEEF 4 de janeiro, Porto Velho – RO. | Revisão Bibliográfica. | Com base nos dados coletados muitos alunos não procuraram informações básicas e essenciais sobre o medicamento, ocorrendo mais tomadas do medicamento em curto prazo, procedimento este que aumenta os riscos de complicações graves a longo prazo. |
Braga (2019) | Apresentar a discussão sobre as políticas de provisão da contracepção de emergência, notadamente por meio das farmácias, expressa na produção científica no Brasil. | Revisão Bibliográfica. | Adotar a dispensação pelas farmácias como uma medida de melhoria do acesso ao medicamento não significou perder de vista as implicações do uso inapropriado da CE, devendo ser utilizada apenas em situações emergenciais. Portanto, faz-se necessária a ampliação do debate sobre a garantia de acesso e uso racional da CE, incluindo os farmacêuticos nessa discussão, pois eles são aliados importantes neste tema estratégico à saúde pública. |
Continuação
Oliveira et al. (2020) | Avaliar o conhecimento das usuárias acerca do tema e agregar conhecimento sobre o mesmo. | Revisão Sistemática. | O estudo sobre o uso de métodos contraceptivos de emergência é de extrema importância, haja vista a quantidade de mulheres que utilizam este método como contraceptivo. Desta forma, destaca-se a importância do acesso a informação e orientação de um profissional (farmacêutico), para que o desconhecimento dos usuários sobre os contraceptivos de emergência seja evitado. |
Pereira et al. (2023) | Descrever e explicar os mecanismos de ação e os efeitos negativos do uso indiscriminado da anticoncepção de emergência. | Revisão Bibliográfica. | A revisão apontou que a anticoncepção de emergência é um método pouco conhecido e os que conheciam apresentavam dúvidas sobre seu mecanismo de ação e seus efeitos adversos. |
Al Hafi e Chen (2023) | Analisar os potenciais riscos do uso excessivo da pílula do dia seguinte. | Revisão Sistemática. | Foi possível compreender os aspectos que cercam o uso do anticoncepcional de urgência, bem como compreender o papel do farmacêutico na prevenção do seu uso excessivo, caracterizando-se este, como um precursor do conhecimento acerca da temática apresentada. |
Vieira e Geron (2020) | Abranger informações sobre o modo correto de utilizar a pílula, os riscos advindos de seu consumo inadequado e os pontos de maior consumo na cidade de Foz do Iguaçu. | Revisão Descritiva. | A partir disso, conscientizar tanto às mulheres que consomem quanto aos seus parceiros o quão prejudicial à saúde da mulher, evitando ao máximo o consumo deste. |
5. Discussão
Lacerda et al. (2019), descrevem que no Brasil, em 12 de janeiro de 1996, o planejamento familiar (PF) foi aprovado pela Lei nº. 9.263, que promove a educação sexual segura e a saúde reprodutiva de qualidade por meio de programas educativos e distribuição de métodos anticoncepcionais, tendo a mulher como protagonista, pois ela pode escolher o melhor método em acordo com os profissionais de saúde.
Posteriormente, aumentou o uso de métodos contraceptivos de emergência, tornando-os facilmente disponíveis em farmácias e drogarias sem receita médica, em 2000, o Ministério da Saúde ofereceu CE para ajudar vítimas de violência sexual que logo passou a fazer parte do Planejamento Familiar (PF) (Carmo et al., 2019).
Brandão et al. (2019) destacam o objetivo do profissional farmacêutico é promover a saúde da população, inclusive direcionando o uso racional dos medicamentos, orientando sobre dosagens e possíveis riscos, pois o CE se destacou na venda de farmácias e farmácias todos os dias.
Para LeaL, Rodrigues e Dalcin (2019), cabe ao farmacêutico orientar o consumidor sobre a importância do tratamento caso seja necessário, pois o objetivo do acompanhamento médico é a segurança a saúde. A Atenção Farmacêutica (FA) deve estar presente na dispensação de todos os medicamentos, incluindo a de CE, pois esta função é da responsabilidade da farmácia.
De acordo com Borges et al. (2023), a escolha do medicamento a utilizar é individual, mas cada usuário possui características ou condições clínicas evidentes que podem ser consideradas na seleção e presença de contraindicações, dependendo da situação clínica do momento. A confiabilidade do método é necessária para que não cause efeitos colaterais ou riscos à saúde.
Vargas et al. (2019) enfatizam que os efeitos secundários causados pelos medicamentos CE, os mais comuns são as náuseas, que ocorrem em cerca de 40 a 50% dos casos, e os vómitos, em 15 a 20% dos casos. Dor de cabeça, dor no peito (mastalgia) e tontura ocorrem com menor frequência, mas mesmo assim é um medicamento bem aceito e não tem contraindicações para a maioria das mulheres que necessitam dele após relação sexual sem preservativo, o que neste contexto pode reduzir o percentual de abortos e assim, gravidezes indesejadas.
Para Figueiredo et al. (2022) é importante destacar os benefícios da CE. A vantagem é prevenir a gravidez em cerca de três quartos dos casos; esta é a única opção após relações sexuais desprotegidas que as mulheres podem utilizar e não há contraindicações para o seu uso. E as desvantagens são náuseas, vômitos, tonturas, fadiga, dor de cabeça, sensibilidade no peito, dor abdominal, por isso os efeitos colaterais da CE. Isso pode ser confirmado no presente estudo, onde os principais efeitos colaterais observados foram: sensibilidade mamária, dor de cabeça, náusea.
Diniz et al. (2019) destacaram que os jovens usam o medicamento sem ajuda médica profissional e costumam fazer sexo desprotegido e administra o medicamento todas as vezes após a relação sexual. Também é importante notar que a CE não oferece proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (IST), incluindo o temido vírus da imunodeficiência humana (HIV).
Braga (2019) enfatiza sobre a Organização Mundial da Saúde que cria condições para o “uso racional de medicamentos”. Primeiro, a necessidade do uso do medicamento; então é prescrito o medicamento correto, a melhor escolha de acordo com diretrizes de eficácia e segurança comprovadas e aceitas. Além disso, é necessário que o medicamento seja prescrito de acordo com a forma, dose e duração do tratamento; que esteja disponível a tempo, a um preço razoável e que cumpra sempre os critérios de qualidade exigidos; que seja administrado em condições apropriadas, com a orientação e responsabilidade necessárias e, finalmente, que o programa de tratamento prescrito seja seguido da melhor maneira possível.
Para Guedes (2019) o farmacêutico é o profissional de saúde mais próximo do paciente, além de ser muito procurado nos balcões das farmácias de todo o país, ele dá maior segurança à pessoa na hora de comprar determinado medicamento, instruções, por exemplo, sobre o uso correto da substância, modo de administração, prescrição, efeitos colaterais. Isso garante melhor qualidade de saúde aos pacientes, o que ajuda a evitar problemas graves decorrentes do uso correto da substância.
Conforme estudos atuais feitos por Oliveira et al. (2020), indica que a maioria dos utilizadores de CE são de adolescentes e adultos jovens. A maioria dessas usuárias tem poder financeiro baixo a moderado e utiliza o pós-pílula sem orientação ou prescrição médica. Tais informações sobre o uso desses medicamentos são provenientes de amigos, familiares e da mídia, o que é motivo de grande preocupação devido à sua fácil disponibilidade nas farmácias comerciais e aos possíveis riscos do uso inadequado. Estudo realizado com mulheres universitárias revelou que quanto menor a idade, maior a frequência de utilização do método (p=0,02961).
Entre outras variáveis obtidas no estudo, não foi encontrada relação significativa entre o uso de CE ou a frequência de seu uso (Rodrigues; Oliveira; Hott, 2022).
Corroborando com este estudo, Medeiros (2019) também mostrou que faixa etária, idade de início da relação sexual, nenhum ou nenhum uso de preservativo durante a relação sexual e conhecer alguém que usou CE estavam associados ao uso dessas pílulas. Por outro lado, outros autores também enfatizaram que a não utilização de CE ainda está relacionada ao baixo conhecimento de CE, limitação de idade, menor escolaridade, ter filhos, experiência anterior de aborto.
Pereira et al. (2023) apontam a única contraindicação absoluta à CE é a gravidez confirmada, classificada pela Organização Mundial da Saúde como 4. Além desta doença, o método pode ser utilizado com segurança por todas as mulheres, inclusive aquelas com contraindicações gerais ao uso de hormônios combinados. Mulheres com histórico de acidente vascular cerebral, tromboembolismo, enxaqueca grave ou diabetes com complicações vasculares são classificadas na Categoria 2 da Organização Mundial da Saúde, onde são recomendadas precauções. Nestes casos deve-se realizar CE, preferencialmente pelo método de Yuzpe com reposição de levonorgestrel.
Pêgo et al. (2021) citam a ginecologista Felisbela Holanda, o uso repetido de CE pode causar infertilidade. Afinal, o medicamento provoca uma secreção hormonal muito forte em curto prazo. Mas, a longo prazo, pode levar à gravidez nas trompas (gravidez ectópica). Além disso, também prejudica o funcionamento do aparelho reprodutor feminino e dificulta futuras gestações.
Al Hafi e Chen (2023) citam nas pesquisas feitas que os sintomas são associados a alterações de humor, diminuição da libido, náuseas, vômitos, dor de cabeça, dor mamária, sangramento não menstrual e ganho de peso ocorreram com o uso contínuo de contracepção de emergência.
Souza e Cipriano (2019) enfatizam que as mulheres que se automedicam com CE geralmente desconhecem seus efeitos colaterais.
Vieira e Geron (2020), a sensibilização para o CE era significativamente mais comum entre as mulheres com idades compreendidas entre os 21 e os 40 anos (85,8%). As mulheres que usaram CE eram mais jovens, com idades entre 14 e 29 anos. Para tornar o método mais eficaz, há necessidade de educação em saúde e orientação sobre o uso de CE para adolescentes e adultos jovens, que promova seu uso correto e seguro em um grupo com maior risco de relações sexuais desprotegidas.
Em estudos de Rebelo et al. (2021), as mulheres solteiras eram mais propensas a usar CE do que as mulheres em um relacionamento sério ou mulheres casadas. O uso de CE mais de duas vezes foi associado a relacionamentos instáveis.
No estudo Vargas et al. (2019), 69,4% das mulheres em relacionamento estável usavam CE, as mulheres casadas tinham 1,6 vezes mais probabilidade de ter conhecimento de CE do que as mulheres solteiras.
6. Considerações Finais
Ainda não existe nenhum método contraceptivo de emergência conhecido que não cause sintomas indesejados, mas atenuar esses efeitos pode ser uma maneira mais fácil de ajudar as mulheres que o utilizam.
A investigação sobre o uso da contracepção de emergência é muito importante devido ao número de mulheres que utilizam este método como contracepção. A maioria dos estudos recomenda o uso deste método de contracepção de emergência dentro de 120 horas após a relação sexual, mas alguns estudos mostram que quanto mais cedo à pílula for tomada, mais eficaz será na prevenção de gravidez indesejada. Os fatores mais associados ao uso foram idade, idade da primeira relação sexual, não usar ou não usar camisinha nas relações sexuais e conhecer alguém que usou CE.
Desta forma, ressalta-se a importância das informações e instruções fornecidas por um profissional farmacêutico para evitar o desconhecimento das usuárias sobre a contracepção de emergência, o que reduz o uso inadequado, os riscos e o desconhecimento de como afetam o corpo da mulher e a confusão com outras drogas abortivas.
7. Referências
AL HAFI, Inaam; DA SILVA PENTEADO, Camila Valéria; CHEN, Monica. Riscos associados ao uso consecutivo de método contraceptivo de emergência e mapeamento do consumo em Foz do Iguaçu-PR. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 6, p. 18864-18877, 2020.
AZENHA, Ettore Mendes et al. Ações de educação médica a distância por meio de protótipos de apresentações eletrônicas interativas. Revista de Medicina e Saúde de Brasília, v. 6, n. 1, 2017.
BORGES, Ana Luiza Vilela et al. Uso da anticoncepção de emergência entre mulheres usuárias de Unidades Básicas de Saúde em três capitais Brasileiras. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, p. 3671-3682, 2021.
BRAGA, Ana Paula da Costa. Efeitos do uso da contracepção de emergência: revisão de literatura. 2016.
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1ORCID: https://orcid.org/0009-0003-4892-7067
FIC – Faculdade Integrada dos Carajás, Brasil
E-mail: miriam1997.neves@hotmail.com
Graduanda em Farmácia
2ORCID: https://orcid.org/0009-0007-2247-8880
FIC – Faculdade Integrada Carajás, Brasil
E-mail: vitoriapereiraribeiro1@gmail.com
Graduanda em Farmácia
3ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6556-5094
Faculdade Integrada Carajás (FIC)
E-mail: carolzinhaoliveiramarquez@yahoo.com.br
Farmacêutica e docente do curso de Farmácia