REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202413122232
Márcio Guilherme Tissiani1,
Adriana Vanderlei Do Amorim2,
Co-Autor: Alisson Aiac Amorim3,
Co-Autor: Thimóteo De Almeida Barbosa4,
Co-Autor: Maylon Luciano Garcia Barbosa5
RESUMO
Introdução: O conhecimento da anatomia do seio maxilar é o primeiro passo para a execução da técnica, a Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) é uma matriz que potencializa a regeneração óssea (CHOUKROUN, 2006) que acontece pelo aumento da concentração de fatores de crescimento. Objetivo: analisar uso da PRF como recurso que potencializa o procedimento do levantamento de seio maxilar. Metodologia: revisão integrativa da literatura realizada através de pesquisa em bases de dados científicas PubMed, LILACs, Google Acadêmico e Scielo tendo como critério de inclusão estudos publicados entre os anos de 2015 a 2020 e de exclusão foram descartados artigos nos formatos de revisão, resenhas, dissertações, monografias, teses e resumos em anais de eventos, foram elencados estudos referentes a temática. Resultados: os achados deste estudo sugerem que a membrana PRF pode ser uma viável para o reparo do seio perfurada. Por ser uma técnica de natureza autógena, reduz os riscos de contaminação, o PRF apresenta fatores de crescimento que promovem a regeneração óssea e tecidual, sendo capaz de minimizar risco nos procedimentos do seio maxilar com excelentes resultados a curto prazo. Conclusão: A realização de estudos clínicos randomizados podem ampliar as possibilidades de uso da PRF como recurso que potencializa o procedimento do levantamento de seio maxilar.
Palavras-Chave: Levantamento de seio maxilar; concentrados plaquetários; fibrina rica em plaquetas.
ABSTRACT
Introduction: The knowledge of the anatomy of the maxillary sinus is the first step to implement the technique, Platelet-Rich Fibrin (PRF) is a matrix that enhances bone regeneration (CHOUKROUN, 2006) which occurs by increasing the concentration of growth factors. Objective: to analyze the use of PRF as a resource that enhances the procedure for lifting the maxillary sinus. Methodology: integrative literature review conducted through a search in scientific databases PubMed, LILACs, Academic Google and Scielo, having as inclusion criteria studies published between the years 2015 to 2020 and for exclusion, articles in review formats, reviews, were discarded. dissertations, monographs, theses and abstracts in annals of events, referent and thematic studies were listed. Results: the findings of this study suggest that the PRF membrane may be a viable method for repairing the perforated sinus. As it is an autogenous technique, it reduces the risks of contamination, the PRF presents growth factors that promote bone and tissue regeneration, being able to minimize risk in maxillary sinus procedures with excellent short-term results. Conclusion: The realization of randomized clinical studies can expand the possibilities of using PRF as a resource that enhances the procedure for lifting the maxillary sinus.
Palavras-Chave: Maxillary sinus lifting; platelet concentrates; platelet-rich fibrin.
1. INTRODUÇÃO
A região posterior da maxila representa um desafio para a reabilitação com implantes dentários, uma vez que a pneumatização do seio maxilar causa uma redução significativa da oferta óssea (ESPOSITO et al., 2006). O conhecimento da anatomia do seio maxilar é o primeiro passo para a execução de qualquer técnica.
O osso maxilar e suas estruturas anatômicas formam o esqueleto facial superior que se articula com os ossos nasais, o osso zigomático e o osso frontal, formando as cavidades nasais e orbitais, ele é o maior, o mais volumoso da face, porém é o osso mais leve, onde é localizado o seio maxilar, uma importante cavidade pneumática (GAUDY, CANNAS, GILLOT, 2014)
A Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) é conceituada como uma matriz de fibrina autóloga utilizada para potencializar a regeneração óssea (CHOUKROUN, 2006) que acontece pelo aumento da concentração de fatores de crescimento, como o de crescimento transformante-b (TGF-b), semelhante à insulina1 (IGF-1), derivado das plaquetas (PDGF), vascular endotelial (VEGF), fibroblástico (FGF), epidermal (EGF) e epidermal derivado de plaquetas (PDEGF) (MOURAO et al., 2015).
Conforme Choukron et al., (2006) a matriz de fibrina é a estrutura ideal para reter células-tronco da corrente sanguínea por ser composta por todas as células imunes circulantes e moléculas plasmáticas antigênicas, se tornando um material totalmente específico para o doador. Pesquisas recentes avaliaram o uso de PRF em levantamentos de seio-maxilar, desses alguns mostraram que o uso da PRF associado ao osso liofilizado produz uma redução considerável na etapa cicatrização. Um exemplo é o estudo conduzido por Marco Tattulo (2012) que demonstrou que com 04 (quatro) meses após a realização da cirurgia já foi possível a instalação dos implantes com boa estabilidade primaria quando utilizado a combinação de Bio-oss® e PRF.
Diante do exposto, o objetivo desse estudo é realizar uma revisão integrativa de literatura sobre o levantamento de seio maxilar potencializado com PRF. Mais que descrever uma técnica, almeja-se comprovar por meio de uma investigação científica a eficácia do uso do PRF como alternativa viável e com menos efeitos colaterais e com possibilidade de uma recuperação em menor tempo. No primeiro momento é apresentada uma revisão que literatura que contempla informações sobre a importância do levantamento de seio maxilar em procedimentos de implantodontia, em seguida são elencados aspectos sobre a utilização do PRF em procedimentos odontológicos e também como a utilização do PRF potencializa o levantamento de seio maxilar.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A importância do levantamento de seio maxilar em procedimentos de implantodontia
O seio maxilar foi discutido e estudado primeiramente pelo anatomista inglês Nathaniel Highmore, devido a isso recebeu a sinomínia de “antro de Highmore” (MAIA FILHO et al., 2007). É conceituado como uma cavidade pneumatizada, localizada na maxila, com forma piramidal, frequentemente, reforçada por septos intra sinusais, seu tamanho varia de pessoa para pessoa, tendo no adulto um tamanho médio de 35mm de base e 25mm de altura (CORREIA et al., 2012).
A perda de dentes na região posterior da maxila pode estar associada ao avanço da idade do paciente e trazer consequências na reabsorção óssea do osso alveolar e pneumatização dos seios maxilares, que impossibilita a instalação dos implantes. A quantidade adequada de altura óssea é uma condição essencial para a reabilitação na implantodontia, sendo assim atrofia óssea e a pneumatização do seio maxilar, associados a baixa densidade óssea dessa região (BASSI et al., 2015).
O uso de implantes dentários na reabilitação bucal é frequentemente dificultado por deficiência quantitativa e qualitativa da estrutura óssea remanescente é considerada dificuldade adicional no interior das cavidades dos seios maxilares, há restrições que podem complicar o posicionamento ideal dos implantes. Essas incluem, inclinações do assoalho da cavidade e a presença de septos ósseos na região (ALBUQUERQUE, et al., 2014).
A realização do procedimento de elevação do seio maxilar ou levantamento do seio maxilar possibilita o aumento de osso residual na maxila posterior através da elevação da membrana de Schneider e, consequentemente, do assoalho do seio maxilar. Esse ganho de altura óssea viabiliza a instalação e o posicionamento adequado dos implantes dentários osseointegrados (AL-DAJANI, 2014).
O levantamento de seio maxilar é um procedimento cirúrgico que permite através de enxerto ósseo na cavidade do seio, o aumento do volume vertical da porção posterior da maxila, permitindo a colocação de um implante dentário em um segundo tempo cirúrgico ou em conjunto (TING et al., 2017). É um procedimento com comprovado potencial de resolução das limitações resultado de atrofias maxilares posteriores (STERN; GREEN, 2012).
A utilização de implantes dentários na reabilitação bucal tem se tornado comum na Odontologia (WHEELER, 1997), o sucesso a longo prazo dos implantes osseointegráveis no tratamento de pacientes edentados totais ou parciais com uma quantidade e qualidade óssea suficiente, tem sido amplamente documentado na literatura (JENSEN; SINDET-PEDERSEN; OLIVER, 1994), para tal tratamento é necessário considerar as características do osso maxilar e sua pobre densidade apresentados nas figuras 1 e 2 (LEKHOLM; ZARB, 1985).
Figura 1: Classificação dos maxilares em relação à qualidade óssea (I, II, III e IV)
Figura 2: Distribuição dos Tipos ósseos encontrados na Maxila e na Mandíbula
Fonte: de MISH, 2000.
O seio maxilar descrito pela primeira vez por Higmore em 1651, conforme essa descrição é o maior dos quatro seios paranasais e o primeiro a se desenvolver no feto humano. No adulto assemelha-se a uma pirâmide de quatro paredes ósseas delgadas, cuja base localiza-se na parede nasal lateral e, o ápice se estende na direção do osso zigomático conforme apresentado nas figuras 3 e 4 (MISCH, 2000; NAVARRO, 2002).
Figura 3: Corte coronal da região dos molares
Figura 4: Vista lateral óssea de uma maxila num crânio fresco.
A perfuração de membrana constitui o achado mais comum na literatura nos últimos anos, essa intercorrência se dá por fatores diversos como erro ou falta de experiência do profissional, variações anatômicas como presença de septo, espessura fina da membrana, patologias no seio, acesso prévio ao seio e colocação de enxerto em excesso (NOLAN et. al., 2014).
A cavidade sinusal é forrada por um mucoperiósteo que se continua com a mucosa respiratória da cavidade nasal do tipo epitélio colunar pseudoestratificado ciliado representada na figura 5 (CARDOSO; CAPELLA; DI SORA, 2002).
Figura 5: Apresentação microscópica da membrana de revestimento do seio maxilar humano
2.2 Utilização do PRF em procedimentos odontológicos
Corso et al. (2012) publicaram estudo no formato de revisão de literatura sobre a PRF e o plasma rico em plaquetas (PRP), onde foi possível observar que os concentrados de plaquetas utilizados em cirurgias são ferramentas transformadoras da medicina regenerativas, e têm sido abrangentemente utilizados na cirurgia oral e maxilofacial. A preservação do alvéolo dentário com uso de biomateriais é possível com o uso dos agregados plaquetários PRP e PRF (ALZAHRANI, MURRIKY et al., 2017).
Um protocolo de obtenção de fibrinas rica em plaquetas foi desenvolvido na França, que consistia em um biomaterial de origem autóloga com função de reparo tecidual. A partir da malha de fibrina que se obtém, há liberação de fatores de crescimentos, angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos), controle imunológico e diferenciação celular a partir do aproveitamento de células circulantes (CHOUKROUN et al, 2006).
Meza et al. (2014) descreveram, através de revisão de literatura, as propriedades biológicas e aplicações clínicas da PRF na cirurgia muco gengival (cobertura radicular) e no levantamento do piso do seio maxilar. Estudos tem demonstrado que após a centrifugação, 97% das plaquetas e 50% dos leucócitos do volume de sangue original, se concentram na PRF. Esses autores concluíram que a fibrina rica em plaquetas é um concentrado plaquetário de fácil manipulação e viável para uso na prática clínica, conforme representação gráfica de sua matriz na figura 6.
Figura 6: Matriz de PRF
Para Sclafani e Saman (2012); Takamori et al. (2018) e Wang et al. (2019), a PRF é definida como um biomaterial que tem como propriedade mais importante a quimiotaxia que a possibilita conduzir em sua superfície as migrações de células epiteliais e leucócitos, além de induzir condições adequadas para a microvascularização. Nesse sentido, a PRF é uma matriz de fibrina rica em plaquetas, citocinas, leucócitos, células estaminais e fatores de crescimento.
Dohan Ehrenfest, Rasmusson e Albrektsson (2009), apresentaram uma classificação dos diferentes tipos de concentrados plaquetários. Essa classificação proposta divide os concentrados em famílias: do puro plasma rico em plaquetas (P-PRP) ao plasma rico em fibrina e leucócitos. Várias técnicas são utilizadas para a obtenção de concentrados plaquetários; entretanto, suas aplicações são um pouco confusas, pois cada método para a obtenção do concentrado plaquetário leva a obtenção de um produto com diferentes propriedades biológicas e usos distintos.
Os estudos conduzidos por Sclafani e Saman (2012); Miron et al. (2016) apontam que as vantagens de se usar a fibrina rica em plaquetas na face pela sua capacidade de estimular a liberação de fatores de crescimento a longo prazo e auxiliando no processo de reparo, essa matriz de PRF pode ainda evitar efeitos negativos e indesejáveis dos leucócitos na região cutânea. Segundo esses estudos, PRF é um procedimento seguro, pouco invasivo que estimula os vasos sanguíneos e melhora a capacidade cicatrização do paciente.
Hamzacebi, Oduncuoglu e Alaaddinoglu (2015) investigaram e compararam a eficácia clínica da aplicação do PRF e cirurgia convencional com retalho para tratamento de perda óssea ao redor do implante e foram obtidos resultados significativamente melhores no grupo tratado com retalho + PRF. Diminuição no nível clínico de inserção e na distância entre a margem da restauração e a margem da mucosa priimplantar com ganho de mucosa queratinizada
Em outro estudo liderado por Slafani e Azzi, os autores concluíram que os agregados plaquetários PRF e PRP demonstraram resultados considerados quanto a cicatrização no rosto, no qual o plasma rico em plaquetas demonstrou efeito mais rápido, enquanto que a fibrina rica plaquetas liberou fatores de crescimento mais lentamente a longo prazo (SCLAFANI E AZZI, 2015).
Conforme Wang et al. (2019) o PRF não apresenta toxicidade na pele além de ser capaz por potencializar a migração de fibroblastos quando comparados ao plasma rico em plaquetas, que no contexto clinico, indica que durante a regeneração local, as células ativadas são recrutadas para os tecidos defeituosos após a aplicação.
2.7 Levantamento de seio maxilar potencializado com PRF
A utilização do PRF como recurso que potencializa o levantamento do seio maxilar é objeto de várias investigações científicas que apontam para a eficácia do uso desse material principalmente na aceleração do processo de recuperação. Para Clipet et al. (2012) publicaram um estudo in vitro cujo objetivo foi verificar a relevância do PRF na implantodontia, determinando os efeitos in vitro dos fatores liberados pela membrana de PRF. Foram utilizadas três (03) diferentes linhas de células relevantes para a implantodontia: osteoblastos, queratinócitos e fibroblastos.
Ainda conforme esses autores O PRF age de duas maneiras durante a cicatrização: 1) pelo contato direto com as células da região por adesão celular, essa correlação com a fibrina facilita a adesão das células ao substrato e estimula a proliferação e diferenciação; 2) age a distância, através das substâncias que libera, como fatores de crescimento TGF β1 e TGF β2 que podem estimular a proliferação de osteoblastos, podendo levar à síntese de colágeno e fibronectina (CLIPET et al., 2012).
Esse estudo demonstrou que o PRF agiu de modo a aumentar a viabilidade das 3 linhas de células cultivadas e confirmou estimulação da cicatrização de tecidos, indicando sua utilização em inúmeras aplicações clínicas como estimulador da cicatrização do alvéolo antes da instalação de implantes, colaborador no preenchimento de espaços durante extrações e implantes imediatos e estimulando a reparação de tecido ósseo e mucoso em enxertos autógenos ou heterógenos em levantamentos de seio (CLIPET et al., 2012).
Jeong et al (2014) realizaram um trabalho para avaliar os efeitos do PRF utilizado sozinho como material de enxertia em cirurgias de levantamento de seio maxilar com instalação de implantes no mesmo procedimento. Uma das questões que sempre são levantadas em relação aos procedimentos de levantamento de seio, diz respeito ao material de enxertia para preenchimento da cavidade. Vários autores têm relatado sucesso utilizando apenas PRF com instalação imediata de implantes nesse tipo de cirurgia (MAZOR et al, 2009; SIMOMPIERI et al, 2011; SOHN et al, 2011).
3. DISCUSSÃO
A pneumatização do seio maxilar pode reduzir significativamente a altura do osso alveolar. As cirurgias de elevação do assoalho do seio maxilar são indicadas na ausência de altura óssea suficiente que possa impedir ou dificultar a instalação de implantes na região posterior maxilar (CARA-FUENTES et al., 2016). A elevação do seio maxilar, independentemente do método, é executada, com alto índice de sucesso, como um procedimento de rotina (SILVA et al., 2016).
O PRF serve como veículo para células envolvidas na regeneração tecidual e promove uma contínua liberação de fatores de crescimento, estimulando um ambiente propicio para a cicatrização de feridas. Apresenta uma estrutura semelhante à de um coágulo sanguíneo, no entanto, é considerado mais homogêneo e estável, sendo mais fácil sua manipulação e posicionamento no local indicado (TEMMERMAN, VANDESSEL et al., 2016; CHHABRA, CHHABRA, et al., 2019).
Alguns estudos demonstraram que o PRF é um biomaterial de cura com um grande potencial para a regeneração de osso e tecido mole, sem reações inflamatórias e pode ser utilizado sozinho ou em combinação com enxertos ósseos, promover hemostasia, crescimento ósseo, e maturação (KIM, et al., 2014; SIMONPIERI, et al. 2012).
Tofler et al. (2009) a partir de suas pesquisas recomendam o uso da membrana PRF para selar uma perfuração da membrana do seio maxilar não detectado durante uma janela de osteotomia lateral em procedimento de elevação do seio maxilar. A membrana de PRF ajuda na cicatrização de feridas, protegendo o local da cirurgia, promove a reparação dos tecidos moles; quando misturada com enxerto ósseo, pode atuar como um “conector biológico”, favorecendo a migração de células osteoprogenitoras para o centro do enxerto, e fornece uma neo-angiogénese.
O PRF, derivado da polimerização natural e progressiva ocorrida durante a centrifugação do sangue, tem comprovação clínica que acelera o processo de cicatrização e neoformação óssea quando utilizado em combinação com enxertos ósseos e levantamentos de seio maxilar e melhora a integração dos substitutos ósseos em enxertos periimplantares.
4. CONCLUSÃO
O levantamento do seio maxilar potencializado com PRF é uma opção terapêutica eficaz, documentada e altamente previsível para a reabilitação da maxila posterior atrófica associada a anamnese adequada e o correto diagnóstico são fundamentais para a indicação da conduta cirúrgica mais apropriada, e, consequentemente, para o sucesso do tratamento. O plano de tratamento corresponderá às necessidades da área a ser tratada e, assim, saber identificar e respeitar a anatomia e os limites da região posterior maxilar é indispensável para a escolha da técnica cirúrgica, bem como para a redução do risco de falhas durante o procedimento cirúrgico.
Longe de conclusões, os achados deste estudo sugerem que a membrana PRF pode ser uma viável para o reparo da membrana do seio perfurada. Por ser uma técnica de natureza autógena, reduz os riscos de contaminação, o PRF apresenta fatores de crescimento que promovem a regeneração óssea e tecidual, sendo capaz de minimizar risco nos procedimentos do seio maxilar com excelentes resultados a curto prazo. A realização de estudos clínicos randomizados podem ampliar as possibilidades de uso da PRF como recurso que potencializa o procedimento do levantamento de seio maxilar.
5 REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, A.F.M. et al. Levantamento de seio maxilar utilizando osso liofilizado associado a instalação imediata de implante do tipo cone morse: Relato de caso. RFO UPF vol.19 no.1, Passo Fundo Jan./Abr. 2014.
AL-DAJANI M. Recent Trends in Sinus Lift Surgery and Their Clinical Implications. Clin Implant Dent Relat Res. 2014; 18(1): 204-212.
ALZAHRANI AA; MURRIKY, A; SHAFIK, S. Influence of platelet rich fibrin on postextraction socket healing: a clinical and radiographic study. Saudi Dent J. 2017 Oct; 29(4):149-155.
BASSI AP, et al. Maxillary sinus lift without grafting, and simultaneous implant placement: a prospective clinical study with a 51-month follow-up. Int J Oral Maxillofac Surg. 2015; 44(7): 902-907
CARDOSO, R. F.; CAPELLA, L. R. C.; DI SORA, G. Levantamento de seio maxilar. In: CARDOSO, R. J. A.; GONÇALVEZ, E. A. N. Odontologia. Periodontia, cirurgia para implantes, cirurgia, anestesiologia. São Paulo: Artes Médicas, p. 467-81, 2002.
CARA-FUENTES M, et al. Long-term outcome of dental implants after maxillary augmentation with and without boné grafting. Med Oral Patol Oral Cir Buccal. 2016;1(21):e229-e235
CHHABRA P, CHHABRA P, SHARMA K. Platelet rich fibrin – its structural design and composition. Int J Oral Health Dent 2019;5(2):81-4.
CHOUKROUN J, et al. Platelet-rich fibrin (PRF): A second-generation platelet concentrate. Part V: Histologic evaluations of PRF effects on bone allograft maturation in sinus lift. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2006;101:299-303.
CLIPET F. et al. In vitro effects of Choukroun’s platelet-rich fibrin conditioned medium on 3 different cell lines implicated in dental implantology. Implant Dent. 2012;21(1):51-6.
CORREIA, F. et al. Levantamento do seio maxilar pela técnica da janela lateral: tipos enxertos. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial. Vol. 53. Issue 3. pages 190-196 (July – September 2012)
CORSO M et al. Current knowledge and perspectives for the use of platelet-rich plasma (PRP) and platelet-rich fibrin (PRF) in oral and maxillofacial surgery part I: Periodontal and dentoalveolar surgery. Curr Pharm Biotechnol. 2012; 13(7): 12071230.
DOHAN EHRENFEST DM., et al. Classification of platelet concentrates: from pure platelet-rich plasma (P-PRP) to leucocyte- and platelet-rich fibrin (L-PRF). Trends in biotechnology, 27(3), 158–167, 2009. https://doi.org/10.1016/j.tibtech.2008.11.009
ESPOSITO, M. et al. The efficacy of various bone augmentation procedures for dental implants: a Cochrane systematic review of randomized controlled clinical trials. The International Journal of oral e Maxillofacial Implants, V 21, p. 696-710, 2006.
GAUDY J, CANNAS B, GILLOT L. Atlas de anatomia para implantodontia. 2 ed. Rio de Janeiro: Elservier; 2014.
HAMZACEBI B, ODUNCUOGLU B, ALAADDINOGLU EE. Treatment of peri-implant bone defects with platelet-rich fibrin. Int J Periodontics Restorative Dent. 2015;35(3):415-22.
KIM TH, KIM SH, SÁNDOR GK, KIM YD. Comparison of platelet-rich plasma (PRP), platelet-rich fibrin (PRF), and concentrated growth factor (CGF) in rabbit-skull defect healing. Arch Oral Biol 2014; 59: 550-558
JENSEN, J.; SINDET-PEDERSEN, S.; OLIVER, A. J. Varying treatment strategies for reconstruction of maxillary atrophy with implants: results in 98 patients. J. oral Maxillofac. Surg., v. 52, p. 210-6, 1994.
JEONG SM, LEE CU, SON JS, OH JH, FANG Y, CHOI BH. Simultaneous sinus lift and implantation using platelet-rich fibrin as sole grafting material. J Craniomaxillofac Surg. 2014;42(6):990-4
LEKHOLM; U.; ZARB, G. A. Patient selection and preparation. In: BRANEMARK, P-I.; ZARB, G. A.; ALBREKSSON, T. Tissue-integrated protheses. Osseintegration in clinical dentistry. Chicago: Quintessence, 1985, Cap. 12, p. 199-210. 1985
MAIA FILHO ALM, et al. Seio maxilar e sua relação de proximidade com as raízes dos dentes superiores posteriores: uma revisão bibliográfica. In: XI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação; 2007; Revista Vale do Paraíba, Brasil. Vale do Paraíba: Universidade do Vale do Paraíba; 2007. 1929-1932.
MAZOR Z, et al. Sinus floor augmentation with simultaneous implant placement using Choukroun’s platelet-rich fibrin as the sole grafting material: a radiologic and histologic study at 6 months. J Periodontol 2009; 80: 2056-2064.
MEZA-MAURICIO, Edwin J. et al. Fibrina rica en plaquetas y su aplicación en periodoncia: revisión de literatura. Rev. Estomatol. Herediana, Lima, v. 24, n. 4, p. 287-293, oct. 2014. Disponible en <http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S101943552014000400011&lng=es&nrm=iso>. accedido en 07 set. 2021.
MIRON, RJ., et al. Injectable platelet rich fibrin (i-PRF): opportunities in regenerative dentistry? Clin Oral Investig. 21(8). 2619-2627, 2016.
MISCH, CE Cirurgia para levantamento do seio maxilar e enxerto sinusal. In: MISCH, C. E. Implantes dentários contemporâneos. 2a ed. São Paulo: Ed. Santos, 2000, p. 46995.
MOURÃO, CF, et al. Obtention of injectable platelets rich-fibrin (i-PRF) and its polymerization with bone graft: technical note. Revista do Colegio Brasileiro de Cirurgioes, 42(6), 421–423, 2015. https://doi.org/10.1590/0100-69912015006013
NAVARRO, JAC. Anatomia cirúrgica do nariz, dos seios paranasais e da fossa pterigopalatina, com interesse na cirurgia estético funcional. In: COLOMBINI, N. E. P. Cirurgia da face – Interpretação funcional e estética. Rio de Janeiro: Ed. Revinter, 2002, Cap. 51, v. 3, p. 1046-60.
NOLAN PJ, FREEMAN K, KRAUT RA. Correlation between Schneiderian membrane perforation and sinus lift graft outcome: a retrospective evaluation of 359 augmented sinus. J Oral Maxillofac Surg. 2014; 72(1): 47-52.
SCLAFANI AP, SAMAN, M. Platelet-Rich Fibrin Matrix for Facial Plastic Surgery. Facial Plast Surg Clin N Am. 20(1), 177-186, 2012.
SCLAFANI, AP, AZZI, J. Platelet Preparations for Use in Facial Rejuvenation and Wound Healing: A Critical Review of Current Literature. Aesth Plast Surg. 39(1), 495505, 2015.
SILVA LD, et al. Maxillary sinus lift surgery—with or without graft material? A systematic review. Int J Oral Maxillofac Surg. 2016; 45(12): 1570-1576.
SIMONPIERI A, et al. Simultaneous sinus-lift and implantation using microthreaded implants and leukocyte- and platelet-rich fibrin as sole grafting material: a six-year experience. Implant Dent 2011; 20: 2-12.
SIMONPIERI A, et al. Current knowledge and perspectives for the use of platelet-rich plasma (PRP) and platelet-rich fibrin (PRF) in oral and maxillofacial surgery part 2: Bone graft, implant and reconstructive surgery. Curr Pharm Biotechnol 2012; 13: 1231-1256.
SOHN DS, et al. Bone Regeneration in the Maxillary Sinus Using an Autologous FibrinRich Block With Concentrated Growth Factors Alone. Implant Dentistry 2011
STERN, A.; GREEN, J. Sinus lift procedures: an overview of current techniques. Dent. Clin. North Am., v.56, n.1, p.219-233, jan., 2012.
TAKAMORI, ER, et. al. Fibrina rica em plaquetas: preparo, definição da qualidade, uso clínico. Vigil Sanit Debate. 6(1), 118-124, 2018.
TATULLO, M. et al., Platelet rich fibrin (P.R.F) in Reconstructive Surgery of Atrophied Maxillary Bones: Clinical and Histological Evaluations. Internationa Journa of Medical Sciences, v.9(10), p. 872-880, 2012. PubMed PMID: 23155361.
TEMMERMAN, A. et al. The use of leucocyte and platelet‐rich fibrin in socket management and ridge preservation: a split‐mouth, randomized, controlled clinical trial. Journal of clinical periodontology, Leuven, v. 43, n. 11, p. 990-999, nov. 2016.
TING, M. et al. Maxillary Sinus Augmentation for Dental Implant Rehabilitation of the Edentulous Ridge: A Comprehensive Overview of Systematic Reviews. Implant Dentistry, v. 26, n. 3, p. 438–464, 2017.
TOFFLER M, TOSCANO N, HOLTZCLAW D, Corso MD and Dohan Ehrenfest DM. Introducing Choukroun’s platelet rich fibrin (PRF) to the reconstructive surgery milieu. J Implant Clin Adv Dent 2009; 1: 21-30.
WANG, X et al. Fluid platelet‐rich fibrin stimulates greater dermal skin fibroblast cell migration, proliferation, and collagen synthesis when compared to platelet‐rich plasma. J Cosmet Dermatol. 18(3), 1-7, 2019.
WHEELER, S. L. Sinus augmentation for dental implants: The use of alloplastic materials. J. oral Maxillofac. Surg., v. 55, p. 1287-93, 1997.
1Especialização em Implantodontia
2Professora Orientadora, Implantodontista, Mestre Em Bioengenharia
3Cirurgião Dentista
4IBRO – Instituto Brasileiro De Reabilitação Oral
5IBRO – Instituto Brasileiro De Reabilitação Oral