FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O SURGIMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON PRECOCE: EVIDÊNCIAS PARA QUALIFICAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

FACTORS THAT CONTRIBUTE TO THE ONSET OF EARLY-ONSET PARKINSON’S DISEASE: EVIDENCE FOR QUALIFYING NURSING CARE

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102412121338


Rosy Meiry Dornelas Barradas
Josinete Brito da Costa Rodrigues
Rayane Castro Cardoso
Carla Venâncio Gregório
Joelma do Socorro de Souza Tota
Michelle portal da Silva Silva
Málac Rodrigues de Sousa
João Victor Castro da Costa
Sabrina do Socorro Marques de Araújo de Almeida
Lucileide dos Santos Botelho
Nicole Ayumi Murakami Dos Santos
Mayra Naiara Sozinho da Costa
Bruna Alessandra Braga costa
Paolla Karolliny De Jesus Freitas Santos
Orientador: Alexandre Aguiar Pereira


Resumo

A Doença de Parkinson é um distúrbio neurológico que atinge o Sistema Nervoso Central e afeta os movimentos. A doença também possui apresentações de início precoce (3 a 5% dos casos), nas quais os sintomas aparecem antes dos 40 anos, requerendo assistência em saúde qualificada, para investigação de sua etiologia, e acompanhamento adequado. Assim, objetivou-se analisar, a partir da literatura científica, os fatores que contribuem para o surgimento da Doença de Parkinson precocemente. Realizou-se Revisão Integrativa da Literatura, que ocorreu por meio da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), permitindo buscar nas bases indexadas de dados virtuais LILACS, MEDLINE e BDENF, além das bibliotecas eletrônicas de acesso aberto SciELO e NCBI/PubMed®. Foram incluídos artigos completos, disponíveis online gratuitamente, publicados no período de 2019 a 2024, nos idiomas português, inglês e espanhol, com os descritores: “Fatores de Risco” e “Transtornos Parkinsonianos” (DeCS), e “Risk Factors” e “Parkinsonian Disorders” (MeSH), cruzados com os operadores booleanos “AND” e “OR”. Para realização da seleção inicial de títulos e resumos foi utilizada a ferramenta Rayyan Qatar Computing Research Institute (Rayyan QCRI). Para melhor extração dos dados, foi utilizado instrumento padronizado, posteriormente submetidos a técnica de análise de conteúdo temática. Dessa forma, resultou-se na amostra final de 13 artigos, que permitiram a elaboração de duas (02) categorias temáticas. Os resultados apresentaram os fatores que influenciam no surgimento da Doença de Parkinson Precoce, além dos principais cuidados de saúde, incluindo de enfermagem, que devem ser realizados com paciente, com vistas a auxiliar no acolhimento humanizado, reabilitação, apoio psicossocial, diagnóstico e tratamento adequados. Portanto, por meio deste estudo, foi possível identificar que os fatores que influenciam no surgimento precoce da doença estão associados, principalmente, a fatores genéticos, traumáticos e químicos. Além disso, notou-se importância do acompanhamento interdisciplinar, atrelado ao melhor acolhimento dos pacientes e cuidadores, com fortalecimento dos vínculos.

Palavras-chave: Transtornos Parkinsonianos. Fatores de Risco. Enfermagem. Revisão.

1  INTRODUÇÃO

A Doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurológico que atinge o Sistema Nervoso Central (SNC) e afeta os movimentos. Sua incidência aumenta com a idade, ou seja, trata-se de uma condição muito mais frequente na população idosa, acima de 60 anos. Porém, a doença também pode atingir os mais jovens (Carolis et al., 2023).

A DP é uma síndrome de natureza crônico-degenerativa, lenta e progressiva, que ocupa a segunda colocação como a desordem neurodegenerativa mais comum, além de ser a síndrome extrapiramidal que mais atinge a população idosa, caracterizada por sintomas motores: rigidez, bradicinesia, tremor de repouso, instabilidade postural, e sintomas não motores: distúrbios neuropsiquiátricos, sono, autonômicos e sensoriais (Trentin et al., 2022).

A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2022) estima que entre 10 e 15% dos pacientes diagnosticados tenham menos de 50 anos e cerca de 2% menos de 40, causados pela degeneração de células no cérebro que produzem um neurotransmissor chamado dopamina. A dopamina conduz estímulos nervosos para todo o organismo e atua no controle dos movimentos, sua redução pode causar sintomas como tremores, desequilíbrio e rigidez muscular.

A DP é uma patologia de acometimento neurológico comum e complexo que engloba vários subtipos clínicos, epidemiológicos e genéticos. O Estudo de Fatores de Risco Global Burden of Dissasse Study de 2016 ressaltou que, entre os distúrbios neurológicos conhecidos e estudados pela ciência, sabe-se que a DP é considerada a que mais cresce em prevalência, incapacidades e mortes ao longo dos anos (Dorsey; Elbaz, 2018; Rieder, 2020).

No Brasil, os dados epidemiológicos são escassos, mas estima-se uma prevalência de 7 casos para cada 1.000 pessoas com idade entre 60 e 69 anos e cerca de 36 mil novos casos anualmente. A doença acomete 1,5 vezes mais homens do que mulheres (Pinto et al., 2022).

A DP também possui apresentações de início precoce (3 a 5% dos casos), nas quais os sintomas aparecem antes dos 40 anos. Ela pode ser dividida em Parkinson de início jovem, com apresentação entre 21 e 40 anos de idade, e Parkinson de início juvenil, com apresentação antes dos 21 anos (Radhakrishnan, 2018).

Os pacientes que desenvolvem as manifestações clínicas da DP em idade mais jovem são chamados de portadores de DP de início precoce (DPIP). Classicamente, a idade determinada como ponto de corte pela maioria dos autores foi de 40 anos (Silva et al., 2021). Contudo, também existe um subgrupo desses pacientes nos quais os sintomas se iniciam antes

dos 21 anos e que são denominados de Parkinson juvenil, provavelmente reunindo um grupo heterogêneo de doenças, demonstrando mutações genéticas numa proporção grande dos pacientes com DPIP (Simon, 2020).

O tema foi escolhido devido experiência de uma das autoras, ao ser diagnosticada com a doença. Além disso, os estudos de cunho epidemiológico sobre a DP e DPIP no Brasil ainda são escassos. Assim, a continuidade das pesquisas pode contribuir para a identificação de fatores de risco, diagnóstico precoce e planejamento de melhores estratégias para tratamento, no intuito de controlar o avanço da doença e proporcionar melhor assistência (Clementino et al., 2021).

Nesse contexto, o enfermeiro possui um papel importante na promoção da saúde, direcionando seu plano de cuidados para o atendimento às necessidades de cada portador de DP com a orientação da independência do paciente em relação aos seus limites físicos, cognitivos e comportamentais (Van Munister et al., 2021).

A necessidade de enfermeiros especializados no manejo e cuidados com a DP, suas complexidades de sintomas e a progressão são evidentes, são capazes de colaborar com a equipe multiprofissional para melhorar a qualidade da assistência por meio do plano de cuidados sistematizado, que pode incluir a motilidade, eliminação, sono e repouso, dentre outros (Connor et al., 2020).

Os profissionais de enfermagem operam na análise dos sintomas motores e não-motores, na apuração de complicações e reconhecimento de tratamentos, fornecendo apoio, educação e gerenciamento, incluindo auxílio no enfrentamento da DP, sendo essencial conduzir o cuidado de forma eficaz e atualizada (Nunes; Alvarez; Valcarenghi, 2022).

Diante do exposto, elaborou-se como questão norteadora de pesquisa: Quais as evidências científicas sobre os fatores que contribuem para o surgimento do Parkinson precocemente? Assim, o presente artigo objetivou analisar, a partir da literatura científica, os fatores que contribuem para o surgimento da Doença de Parkinson precocemente.

2  FUNDAMENTAÇÃO DA LITERATURA

Desde que foi descrita por James Parkinson, em 1817, sempre foi entendida como enfermidade que afeta indivíduos na meia-idade ou acima desta faixa etária. Casos de início mais precoce, entretanto, têm sido descritos em todas as grandes séries publicadas, com uma proporção que vai diminuindo progressivamente numa relação direta com a queda da idade de início (Hayes, 2019).

Os primeiros casos de parkinsonismo de início precoce, que apareceram na literatura, foram dois irmãos relatados por Gershanik, em 1899. Logo a seguir, em 1902, Bury relatou também dois casos familiares. Outros casos já haviam sido relatados anteriormente aos citados, mas houve controvérsias a respeito do diagnóstico. Os casos familiares, em sua opinião, deveriam ser classificados num grupo separado da DP clássica e, inclusive, propôs para eles uma nova denominação, de “Paralysis Agitans Juvenilis Familialis” (Balestrino; Schapira, 2019).

Com as características clínicas e de resposta terapêutica, sugeriu-se uma classificação, baseada em dois aspectos dos pacientes com DPIP, em três tipos básicos: tipo 1, pacientes com apresentação clínica e curso similar ao que ocorre nos casos de DP idiopática de início mais tardio, como habitual, porém com uma resposta terapêutica à levodopa mais dramática; tipo 2, os pacientes são similares aos do tipo 1 no que concerne à idade e sintomas, mas a resposta à levodopa é menos evidente; tipo 3, aqui se concentraram casos de início muito mais precoce (abaixo dos 20 anos, entre os 6 e os 16 anos), cujos sintomas habitualmente se iniciavam nos membros inferiores, com manifestações distônicas e posturas anormais, como pé equino (Redone, 2021).

Clinicamente, a DP é caracterizada por três sinais clássicos: rigidez, bradicinesia e tremor. O aparecimento destes sinais é causado pela deficiência da dopamina, que desempenha importante papel no funcionamento dos núcleos da base (Peres, 2018). Em situação normal, o equilíbrio dos eventos inibitórios e excitatórios nos núcleos da base e no córtex motor permitem a manutenção da postura e do movimento normal. Quando este equilíbrio é prejudicado, sobrevêm sinais e sintomas de rigidez, alterações posturais e bradicinesia, como podem ser observados na DP (Crippa et al., 2019).

A DP é comumente classificada como idiopática, o que corresponde a 75% dos casos. Todavia, existe ainda o parkinsonismo primário, que subdivide-se em: parkinsonismo juvenil (antes dos 21 anos), parkinsonismo de início precoce (entre 21 e 40 anos de idade), DP com tremor predominante (DP benigna) e DP com instabilidade postural e distúrbios de marcha (DP maligna) (Cabreira et al., 2019; Chou, 2020).

O diagnóstico da DP nas suas fases iniciais nem sempre é fácil. Às vezes, os sinais e sintomas são dificilmente caracterizados, devido alteração da escrita, perda de agilidade, dores articulares, fraqueza em membros inferiores, lentidão ao caminhar, ou ainda queixas vagas como fadiga, apatia, depressão e indisposição para o trabalho, que podem ser indícios iniciais da doença. Na maioria dos casos, os sintomas clássicos (tremor, rigidez e bradicinesia) permitem o diagnóstico na primeira avaliação (Santos, 2015).

A DP se inicia com avaliação neurológica feita em consultório, quando se destaca pelo menos três de quatro sinais: presença de tremores, rigidez nas pernas, braços e tronco, lentidão e diminuição dos movimentos e instabilidade na postura. Nem todos os sintomas precisam ser constatados para se suspeitar do Parkinson, pois mesmo sintomas leves podem ser evidentes aos olhos de um especialista (Cabreira; Massano, 2019; Chou, 2020).

Além disso, o neurologista prescreve a medicação específica e havendo melhora significativa o diagnóstico é reafirmado. Mesmo assim, a confirmação final do diagnóstico de Parkinson pode levar até alguns anos e admite-se que após toda a constatação dos sintomas, se espera até 5 anos desde o início dos sintomas para finalizar o diagnóstico (Cabreira; Massano, 2019; Chahine; Tarsy, 2020; Chou, 2020).

Portanto, existem três exames de imagem que auxiliam no diagnóstico assertivo. A ultrassonografia transcraniana, aplicado através do crânio, sem necessidade de contrastes, que mostra mudança de cor (ecogenicidade) de uma parte do cérebro chamada da substancia negra, a região do cérebro que mais produz dopamina. A modificação em sua ecogenicidade corresponde as alterações degenerativas nesta região, ou seja, perda das células dopaminérgicas e, consequentemente, redução da dopamina cerebral, um dos mecanismos presentes na doença de Parkinson (Kang; Fang, 2018).

Quanto ao tratamento, a levodopa é a droga mais eficaz para o alívio dos sintomas parkinsonianos, mas nem sempre ela deve ser administrada no início da doença. Nessa fase, a maioria dos especialistas prefere iniciar o tratamento com medicamentos menos potentes e reservar a levodopa para as fases mais avançadas. A levodopa é um aminoácido, uma substância precursora da dopamina, pois quando sofre a ação da enzima dopa-descarboxilase dá origem à dopamina. Portanto, a administração de levodopa aumenta os níveis de dopamina no cérebro (Pereira et al., 2019; Edinoff et al., 2020).

A levodopa é rapidamente absorvida na porção proximal do intestino delgado. Alguns fatores como a redução da motilidade do estômago e a ingestão de alimentos ricos em proteínas, próxima do horário da tomada da medicação, podem retardar ou mesmo reduzir a absorção da levodopa (Spindler; Tarsy, 2020).

Em geral, após 20 a 30 minutos da tomada da medicação, o efeito antiparkinsoniano começa a desaparecer. A duração do efeito de cada dose também é variável e depende, entre outros fatores, do estágio da doença. Nas fases iniciais, quando ainda existem células cerebrais capazes de funcionar como “depósitos”, e armazenar a dopamina produzida pela levodopa, cada dose pode ser eficaz durante mais de 6 horas, de modo que duas a três tomadas por dia podem ser suficientes para o controle dos sintomas (Pereira et al., 2019).

Nos primeiros 4-5 anos de tratamento com levodopa, os sintomas podem ser bem controlados com relativa facilidade. Após esse período, muitos pacientes começam a experimentar complicações do tratamento. À medida que a doença progride, e mais células cerebrais degeneram, o cérebro perde a capacidade de armazenamento de dopamina e a duração do efeito torna-se progressivamente menor (Fahn, 2018).

3  METODOLOGIA

Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL), que é um método que tem como finalidade sintetizar resultados obtidos em pesquisas sobre um tema ou questão, de maneira sistemática, ordenada e abrangente. É denominada integrativa, porque fornece informações mais amplas sobre um assunto/problema, constituindo, assim, um corpo de conhecimento (Sousa et al., 2017).

A RIL requer a formulação de um problema, realização da pesquisa na literatura sobre o tema, avaliação de forma crítica um conjunto de dados, análise desses dados e apresentação dos resultados. Com isso, esse método permite reunir os dados da pesquisa e sintetizar os resultados obtidos, de forma sistemática e ordenada, para fundamentar um estudo significativo sobre o tema proposto (Dantas et al., 2021).

Para o desenvolvimento desse estudo, seguiram-se, com rigor metodológico de parâmetros qualitativos, conforme a metodologia do estudo de Dantas et al. (2021), seis etapas, a saber: (1) identificação do tema e formulação da questão de revisão; (2) estabelecimento de critérios de elegibilidade; (3) definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados/categorização dos estudos; (4): avaliação dos estudos incluídos na íntegra; (5) interpretação dos resultados obtidos; (6) síntese da revisão/síntese do conhecimento.

Na primeira etapa, a questão de revisão foi formulada por meio da estratégia PICo, considerando P (População): pessoas com Parkinson; I (Interesse): Fatores que contribuem; Co (Contexto): Parkinson Precoce. Assim, formulou-se a seguinte questão de revisão: Quais as evidências científicas sobre os fatores que contribuem para o surgimento do Parkinson precocemente?

Na segunda etapa, foram incluídos estudos primários, originais, publicados no período de 2019 a 2024, nos idiomas português, inglês e espanhol e que estivessem publicados em periódicos científicos, de forma eletrônica. Excluíram-se os estudos secundários e outros estudos de revisão, artigos repetidos nas bases de dados e que não tivessem relação com a temática proposta no estudo.

A pesquisa foi realizada através da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), buscando nas bases de dados virtuais Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), além da biblioteca eletrônica de acesso aberto Scientific Electronic Library Online (SciELO) e National Center for Biotechnology Information (NCBI/PubMed®).

A busca ocorreu no mês de setembro de 2024, adotando-se os descritores: “Fatores de Risco” e “Transtornos Parkinsonianos”, consultados no site dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), e “Risk Factors” e “Parkinsonian Disorders”, da Medical Subject Headings (MeSH), cruzados com os operadores booleanos “AND” e “OR”, sendo que em cada fonte de informação utilizaram-se comandos diferentes e adaptando-se conforme as especifidades de cada base.

Para realização da seleção inicial de títulos e resumos foi utilizada a ferramenta Rayyan Qatar Computing Research Institute (Rayyan QCRI), a qual facilita a automação da revisão, inclusive, identificando duplicatas, incorporação de um alto nível de usabilidade e eficácia de seleção, utilizando a opção de cegamento duplo entre os revisores. Para minimizar possíveis vieses, a seleção foi realizada por dois revisores de forma independente. Em casos de divergências no processo, um terceiro revisor foi acionado, para que se chegasse em um consenso na seleção. Após, seguiu-se a leitura na íntegra dos estudos pré-selecionados, resultando na amostra de 13 artigos.

Na terceira etapa, após leitura dos artigos incluídos e para a definição de informações a serem extraídas dos artigos selecionados, foi utilizado instrumento de coleta de dados previamente adaptado e validado por Ursi e Galvão (2006), dividido em quatro (04) eixos: A) Identificação; B) Instituição sede do estudo; C) Periódico de publicação; e D) Características metodológicas do estudo. Posteriormente, para a demonstração do procedimento de amostragem dos artigos, foi empregado fluxograma adaptado do PRISMA-ScR (Tricco et al., 2018), explorando as diferentes fases de seleção, a fim de esmiuçar o processo de busca e síntese da revisão.

Para garantir a validade da revisão, a ordenação e sumarização dos resultados foi feita pela organização por intermédio do software Microsoft Office Excel 2016, para propiciar a compilação de quadros, buscando melhor elucidação dos resultados e discussão crítica dos estudos.

Com isso, na quarta etapa, os estudos incluídos foram analisados por meio da técnica de análise de conteúdo temática, proposta por Bardin (2016), compreendida como um conjunto de

técnicas de análise qualitativa, composta por três fases fundamentais: pré-análise, em que as pesquisadoras organizaram o material para que se tornasse útil à pesquisa e realizada leitura flutuante; exploração do material, fase que teve por finalidade a categorização ou codificação no estudo; e, por fim, o tratamento dos resultados mediante inferência e interpretação, buscando-se a significação de mensagens, intuição, análise reflexiva e crítica. Nesta fase, o tratamento dos resultados teve a finalidade de constituir e captar os conteúdos contidos em todo o material coletado (Bardin, 2016).

Na quinta etapa ocorreu a interpretação dos resultados e a avaliação crítica dos estudos incluídos, permitindo a categorização dos achados. Na sexta e última etapa, elaborou-se a apresentação da síntese dos achados obtidos com as informações que respondiam à questão desta revisão. Por se tratar de uma revisão integrativa, a pesquisa não foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa.

4  RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na busca inicial foram identificados 441 estudos. Após a aplicação dos filtros, tendo como base os critérios de inclusão e exclusão, 80 foram excluídos. Assim, restaram 361 artigos completos e selecionados para a análise crítica dos títulos e resumos. Estes foram exportados para o Rayyan, permitindo a identificação de duplicatas, estudos de revisão e que não mostraram aproximação com o objetivo do estudo, excluindo-se 339 estudos.

Dessa forma, 22 artigos foram lidos na íntegra e, com isso, identificou-se que nove artigos não traziam informações relevantes para o objeto de estudo, sendo excluídos. Portanto, 13 artigos compuseram a amostra final desse estudo. Ressalta-se que os trabalhos considerados para a revisão passaram pelos processos de identificação, seleção, elegibilidade e inclusão, conforme o fluxograma adaptado do PRISMA-ScR (Tricco et al., 2018).

Figura 1 – Fluxograma do processo de seleção dos estudos, adaptado do PRISMA-ScR (Tricco et al., 2018), Belém, Pará, Brasil, 2024.

A partir do Quadro 1, evidenciou-se a predominância de estudos quantitativos (100%), todos publicados em língua inglesa e em periódicos internacionais. Quanto ao ano de publica- ção, a maioria foi publicado no ano de 2019 (5/46,1%), seguido de 2021 (3/23,1%), 2020 (2/15,4%), 2023 (2/7,7%) e 2024 (1/7,7%), respectivamente.

Quadro 1 – Estudos incluídos de acordo com título do estudo, autoria principal, fonte de publicação, método, idioma e ano de publicação. Belém, Pará, Brasil, 2024.

Diante da síntese do conhecimento (Quadro 2), observou-se que os principais achados dos estudos apontaram que os fatores que levam a DPIP são comumente identificados pelos sinais e sintomas ou pela hereditariedade, genética ou algumas substâncias químicas, demonstrando sua relevância para a saúde pública e enfermagem.

Quadro 2 – Síntese dos principais achados e evidências dos estudos selecionados. Belém, Pará, Brasil, 2024.

Principais Resultados/Evidências
E1Ao contrário de muitas doenças neurológicas, cujos estados prodrômicos são predominantemente identificados por anormalidades no mesmo domínio, os marcadores prodrômicos na DP são notavelmente diversos. Além de sinais motores sutis, os marcadores prodrômicos potenciais incluem anormalidades autonômicas, perda olfativa, alterações cognitivas, depressão, ansiedade, etc.
E2O parkinsonismo de início jovem e de início médio/tardio exibiu tendências diferentes na incidência. Ressaltou-se a necessidade de concentrar os serviços de saúde pública na melhoria do prognóstico, no avanço das opções de tratamento farmacológico e não farmacológico, bem como na alocação adequada de recursos e instalações para pacientes que vivem com parkinsonismo.
E3Manifestações físicas como tremor, bradicinesia e rigidez da doença podem prejudicar o funcionamento social e ocupacional. Sintomas psicológicos como disforia, apatia e comprometimento cognitivo são os principais contribuintes para atitudes negativas do paciente e do cuidador em relação à terapia.
E4Na população em geral, a deterioração da qualidade e da duração do sono são marcadores da fase prodrômica do parkinsonismo, incluindo a DPIP. Concluindo, a má qualidade do sono e a curta duração do sono aumentaram o risco de parkinsonismo.
E5Alterações em genes associados à DP mendeliana podem atuar como um fator de risco genético para a forma esporádica e até mesmo uma mutação heterozigótica em genes AR-PD pode contribuir para a suscetibilidade à doença.
E6Pacientes diagnosticados com parkinsonismo, incluindo a de início precoce, têm uma expectativa de vida reduzida em comparação com seus pares na população em geral. A expectativa de vida absoluta é reduzida principalmente se o parkinsonismo for diagnosticado antes dos 70 anos.
E7Fatores locomotores fora do SNC, como baixa força muscular e função sensório-motora, também podem potencialmente influenciar o início e a gravidade dos sinais parkinsonianos. Outros fatores de risco para sinais parkinsonianos incluem condições cardiometabólicas crônicas, especialmente hipertensão e diabetes.
E8Os fatores que levam à neurodegeneração precocemente são, principalmente, toxinas ambientais, fatores inflamatórios, estresse oxidativo e lesão cerebral traumática.
E9Existe necessidade de avaliar a real suscetibilidade dos pacientes com a doença COVID-19 em desenvolver a DP, incluindo a DPIP, e como a infecção pode influenciar no risco de piora clínica e aumento da mortalidade.
E10O aumento da DPIP em pacientes pode não ser devido à toxicidade causal dos efeitos antidopaminérgicos, mas sim a um gatilho dos medicamentos causadores nos pacientes que já tinham patologia subclínica.
E11A DPIP geralmente ocorre entre 20 e 40 anos de idade e se manifesta com parkinsonismo, distonia e, às vezes, epilepsia. Atrofia cerebelar e deposição de ferro nos gânglios da base são sinais radiológicos comuns que são detectados na maioria dos casos usando ressonância magnética (RM).
E12Marcadores prodrômicos como depressão, disfunção autônoma, transtorno de comportamento do sono REM (RBD), sinais motores sutis e imagens dopaminérgicas patológicas podem já indicar processos neurodegenerativos precoces que podem levar ao diagnóstico clínico de DP.
E13O conhecimento da incidência de institucionalização e a identificação de seus fatores de risco precocemente podem ajudar os planejadores de serviços de saúde a prever futuras necessidades de cuidados. Além disso, se esses fatores de risco forem modificáveis, isso também pode levar à redução da necessidade de institucionalização, beneficiando os pacientes e reduzindo o fardo econômico.

Assim, após a leitura minuciosa dos textos e das evidências apontadas, identificaram- se os principais temas abordados nas pesquisas que emergiram da análise de conteúdo, permitindo, a posteriori, a organização de duas (02) categorias temáticas, que serão discutidas a seguir.

4.1.  Categoria 1: Principais os fatores que contribuem para o surgimento do Parkinson Precoce

Essa categoria apresenta os fatores que influenciam no surgimento da DPIP, evidenciando-se que os estudos destacam quatro deles: fatores genéticos, fatores traumáticos e fatores químicos. O estudo “E8” destacou como fatores que contribuem para o surgimento das vias de neurodegeneração do Parkinson Precoce as toxinas ambientais, fatores inflamatórios, estresse oxidativo e lesões cerebrais traumáticas (Koziorowski et al., 2021).

Em relação aos fatores genéticos, estudo de “E5” disse que alterações em genes associados à DP podem atuar como um fator de risco genético para a forma esporádica e até mesmo uma mutação heterozigótica genética, especificamente no gene AR-PD, contribuindo para a suscetibilidade à doença em estágios precoces (Illés et al., 2019).

A DP possui origem desconhecida, entretanto alguns estudos indicam que ela pode ser ocasionada por um conjunto de fatores. Dentre eles, pode-se citar o resultado de uma combinação da predisposição genética, que envolve genes que favorecem o desenvolvimento da enfermidade (Cabreira; Massano, 2019; Balestrino; Schapira, 2019).

A contribuição dos fatores genéticos para a DP é amplamente reconhecida na literatura, apontando para várias mutações genéticas associadas à susceptibilidade à doença. Por exemplo, a mutação no gene SNCA e variantes genéticas nos genes LRRK2, PARKIN, PINK1 e DJ-1 também foram implicadas na patogênese da DP, evidenciando a diversidade genética subjacente à doença (Bezerra et al., 2024).

Quanto aos fatores traumáticos, além das lesões cerebrais traumáticas, no estudo de “E4” destacou-se que a deterioração da qualidade e da duração do sono são marcadores da fase prodrômica do parkinsonismo, incluindo a DPIP. Concluindo, a má qualidade do sono e a curta duração do sono aumentaram o risco de parkinsonismo (Lysen et al., 2019).

Segundo Morin et al. (2020), os distúrbios de sono podem estar associados a declínios da saúde física e mental, uma vez que o sono de duração e de qualidade adequados propicia a construção de mecanismos de enfrentamento a situações adversas e uma boa função imune do SNC.

“E12” reforça que marcadores prodrômicos como depressão, disfunção autônoma, transtorno de comportamento do sono REM (RBD), sinais motores sutis e imagens dopaminérgicas patológicas podem já indicar processos neurodegenerativos precoces que podem levar ao diagnóstico clínico de DP (Sood et al., 2023). Já “E7” observou que outros fatores de risco para sinais parkinsonianos incluem condições cardiometabólicas crônicas, especialmente hipertensão e diabetes (Rosano, et al., 2020).

Destaca-se no estudo de “E9” a importância de se investigar fatores traumáticos relacionados a infecções, a exemplo da COVID-19, uma vez que a infecção por SARS-CoV-2 pode afetar diretamente o cérebro, incluindo o tronco cerebral, tanto em animais experimentais quanto em pacientes. Contudo, existe necessidade de avaliar a real suscetibilidade dos pacientes com a doença COVID-19 em desenvolver a DP, incluindo a DPIP, e como a infecção pode influenciar no risco de piora clínica e aumento da mortalidade (Sorbera et al., 2021).

Por fim, em relação aos fatores químicos, exposições ambientais estão relacionadas aos casos de pacientes com DPIP residentes em regiões rurais, com exposição ao uso de pesticidas e herbicidas, associando o estresse oxidativo a uma exposição à produtos químicos industriais (Cabreira; Massano, 2019; Balestrino; Schapira, 2019)

Além disso, a exposição a metais pesados, como o chumbo e o mercúrio, bem como a toxinas ambientais, como os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, demonstrou estar correlacionada com um aumento da incidência de DP em diferentes populações (Gomes et al., 2021).

Além disso, “E10” identificou que o consumo de laticínios (efeito de redução de urato), tabagismo, exposição a pesticidas e uso de drogas e/ou medicamentos podem provocar toxicidade causal dos efeitos antidopaminérgicos, agindo como um gatilho nos pacientes (Jeong et al., 2021).

Quanto aos agrotóxicos, a suspeita de sua relação com a DP foi aventada pela primeira vez em 1976, quando a neurotoxina 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetraidropiridina (MPTP), que possui uma estrutura química semelhante à do herbicida paraquat, foi observada em experimento e chamou a atenção por promover efeitos tóxicos no modelo, destruindo neurônios dopaminérgicos de forma permanente, causando sintomas parecidos com a DP (Langston, 2017).

Portanto, observou-se a relevância de estudar esses fatores de risco para compreender os mecanismos da doença e sua heterogeneidade. A DPIP começa muitos anos antes do aparecimento dos sinais motores clássicos; assim, consequentemente, a identificação das condições socioeconômicas e os fatores associados favorecem a prevenção, o diagnóstico e a promoção da saúde na população (Vasconcellos et al., 2020).

4.1.    Categoria 2: Cuidados de saúde e enfermagem necessários para orientação e acolhimento do paciente com a doença de Parkinson Precoce

Nesta categoria discutem os principais cuidados de saúde, incluindo de enfermagem, que devem ser realizados com paciente, com vistas a auxiliar no acolhimento humanizado, reabilitação, apoio psicossocial, diagnóstico e tratamento adequados.

Segundo os achados do estudo “E2”, no parkinsonismo de início jovem e de início médio/tardio, ressalta-se a necessidade de concentrar os serviços de saúde pública na melhoria do prognóstico, no avanço das opções de tratamento farmacológico e não farmacológico, bem como na alocação adequada de recursos e instalações para pacientes que vivem com parkinsonismo (Wong et al., 2019).

No tratamento farmacológico, sabe-se que a levodopa (L-Dopa) é o fármaco mais eficaz para o tratamento sintomático da DP. Todavia, Maximiano Barreto e Fermoselli (2018) identificaram que os efeitos da associação do tratamento do Parkinson, utilizando o fármaco associado ao acompanhamento psicológico tornou-se benéfico para o paciente, inferindo-se que o tratamento interdisciplinar pode retardar as futuras consequências da sintomatologia, devido ao uso prolongado do medicamento.

Nesse sentido, o uso da L-DOPA e da terapia são primordiais, pois garantem um controle no uso da medicação e promovem melhoria no cotidiano tanto do enfermo como também de seus cuidadores, corroborando a necessidade de que haja um trabalho interdisciplinar, com o auxílio de profissionais de saúde: fisioterapeutas, nutricionistas, médicos e enfermeiros (Gomes et al., 2021).

Para Gomes et al. (2021), fica claro, portanto, que as estimulações junto aos tratamentos convencionais são capazes de trazer melhoras aos portadores do Parkinson, que é tornar o sistema nervoso desses mais responsivos. Com a manutenção da intelectualidade, preservação das expressões faciais, assim como a redução da perda do controle motor, trazendo a eles autonomia e, assim, voltarem a responder às técnicas, o que acelera a reabilitação. Dessa forma, vê-se uma doença até então incapacitante como vida, perspectiva e possibilidade do avanço da ciência.

No estudo de “E11”, foi descrito que o diagnóstico de Parkinson em pacientes de 20 a 40 anos de idade pode trazer disfunções motoras e cognitivas significativas, e a progressão da doença tende a ser rápida. Faz-se, então, necessário avaliar e acompanhar para que o fatores agravantes da doença sejam retardados e tratados por uma equipe multiprofissional de saúde, que visa promover a qualidade de vida, por meio de um tratamento humanizado, com acolhimento ao paciente (Bakhit et al., 2023).

Já na pesquisa de “E7”, afirma-se que uma atenção no estágio precoce, a identificação dos sintomas iniciais e o apoio continuo ao paciente, com orientações a ele e seus familiares, incluindo as tecnologias modernas e inteligência artificial, podem ser utilizados para analisar dados clínicos e identificar padrões sutis que antecedem o diagnostico formal da doença, podendo assim ajudar nas intervenções mais precoces, melhorando os resultados ao longo prazo (Sood et al., 2023).

Diante disso, percebe-se que o Parkinson tem diferentes componentes, que transpassam o componente motor de dificuldades locomotoras, de equilíbrio e dores, mas envolvem aspectos emocionais, que, por vezes, levam o quadro depressivo, isto porque a doença torna-se visível, e o paciente sente-se envergonhado (Gomes et al., 2021).

Assim,    pesquisa    de    “E13”    afirmou    que    conhecimento    da incidência de institucionalização e a identificação de seus fatores de risco da DP precocemente podem ajudar os planejadores de serviços de saúde a prever futuras necessidades de cuidados. Além disso, se esses fatores de risco forem modificáveis, isso também pode levar à redução da necessidade de institucionalização, beneficiando os pacientes e reduzindo o fardo econômico (Li et al., 2024). Nessa perspectiva, a enfermagem tem um papel importante juntamente com uma equipe multiprofissional nos cuidados do paciente portador de Parkinson, devendo observar e prescrever os cuidados com base na avaliação das atividades da vida diária, na capacidade funcional e a resposta ao tratamento, promovendo cuidados direcionados ao paciente, possibilitando conforto, bem-estar físico e emocional (Nunes; Alvarez; Valcarenghi, 2022).

Portanto, o Processo de Enfermagem (PE) deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todo contexto socioambiental, em que ocorre o cuidado de enfermagem e estar fundamentado em suporte teórico, que podem estar associados entre si, como Teorias e modelos de cuidado, sistemas de linguagens padronizados, instrumentos de avaliação de predição de risco validados, protocolos baseados em evidências e outros conhecimentos correlatos, como estruturas teóricas conceituais e operacionais que fornecem propriedades descritivas, explicativas, preditivas e prescritivas que lhe servem de base (COFEN, 2024).

5  CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio deste estudo, foi possível identificar os fatores que influenciam no surgimento da DPIP, estando associados, principalmente, a fatores genéticos, traumáticos e químicos. Além disso, notou-se que o acompanhamento interdisciplinar, atrelado ao melhor acolhimento dos pacientes e cuidadores, com fortalecimento dos vínculos familiares, dão expectativas de vida digna ao portador.

Sob essa perspectiva, considera-se que os fatores econômicos, emocionais e sociais são componentes que influenciam na DPIP. Assim, vale lembrar que, no ciclo evolutivo da doença, torna-se comum o acometimento físico e mental, requerendo profissionais de saúde capacitados para acolher e orientar esses pacientes, envolvendo seus familiares.

Por esta razão, os profissionais de saúde, especialmente o enfermeiro, precisam estar capacitados para orientar de forma clara, objetiva e motivadora sobre a DPIP, utilizando estratégias individuais e eficazes, além de estabelecer uma ligação de confiança com cada paciente, para diminuir as dificuldades e dúvidas que possibilitem a ocorrência de sofrimento e isolamento.

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