EFEITOS DA EXPOSIÇÃO SOLAR NA PELE E O PAPEL DOS FILTROS SOLARES

EFFECTS OF SUN EXPOSURE ON THE SKIN AND THE ROLE OF SUNSCREENS

EFECTOS DE LA EXPOSICIÓN AL SOL EM LA PIEL Y PAPEL DE LOS PROTECTORES SOLARES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202412120854


Talison Oliveira Batista1
Daniely Pereira Brito2
Regina Castro Araújo3


Resumo  

O câncer de pele é uma condição que causa impactos significativos na vida do paciente, afetando sua saúde, além de trazer prejuízos econômicos, sociais e pessoais. Assim o objetivo do presente estudo foi, explorar os efeitos da exposição solar sobre a pele, destacando os mecanismos biológicos envolvidos nos danos causados pela radiação ultravioleta (UV) e discutir o papel dos filtros solares como uma estratégia de prevenção e proteção, com ênfase na sua eficácia, composição e impactos na saúde e no meio ambiente. O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura, descritiva, de aspecto qualitativo, método que oferece, como resultado, a situação atual acerca do conhecimento sobre o tema investigado. A absorção da radiação UV pelos cromóforos produz diferentes reações fotoquímicas e interações secundárias envolvendo espécies reativas de oxigênio que podem ter efeitos deletérios quando expostas em excesso. Os fotoprotetores são físicos ou substâncias químicas que absorvem, dispersam ou atenuam os efeitos da radiação ultravioleta (UV). Dependendo da constituição do indivíduo, da predisposição genética do tempo e da intensidade de exposição, à radiação ultravioleta (UV) pode causar envelhecimento prematuro da pele, degeneração inestética dos tecidos fotodermatoses, exacerbação de certas doenças pré-existentes e cancro da pele. Este trabalho alcançou o objetivo, pois identificamos os danos da radiação UV e mostramos como os filtros solares podem proteger a pele. A radiação solar é a principal causa do surgimento de problemas imediatos e duradouros na pele, como o envelhecimento precoce, que são agravados por uma exposição excessiva e inadequada.

Palavras-chave: Exposição solar; Proteção da pele; Filtro solar; Radiação UV; Fotoprotetores. 

Abstract  

Skin cancer is a condition that causes significant impacts on the patient’s life, affecting their health, in addition to causing economic, social and personal losses. Thus, the objective of the present study was to explore the effects of sun exposure on the skin, highlighting the biological mechanisms involved in the damage caused by ultraviolet (UV) radiation and to discuss the role of sunscreens as a prevention and protection strategy, with emphasis on their efficacy, composition and impacts on health and the environment. The present study is a narrative review of the literature, descriptive, with a qualitative aspect, a method that offers, as a result, the current state of knowledge on the investigated topic. The absorption of UV radiation by chromophores produces different photochemical reactions and secondary interactions involving reactive oxygen species that can have deleterious effects when exposed in excess. Photoprotectors are physical or chemical substances that absorb, disperse or attenuate the effects of ultraviolet (UV) radiation. Depending on the individual’s constitution, genetic predisposition, time and intensity of exposure, ultraviolet (UV) radiation can cause premature skin aging, unsightly degeneration of photodermatous tissues, exacerbation of certain pre-existing diseases and skin cancer. This work achieved its objective, as we identified the damage caused by UV radiation and showed how sunscreens can protect the skin. Solar radiation is the main cause of immediate and long-lasting skin problems, such as premature aging, which are aggravated by excessive and inadequate exposure.

Keywords: Sun exposure; Skin protection; Sunblock; UV Radiation; Photoprotectors.

Resumen  

El cáncer de piel es una condición que causa impactos significativos en la vida del paciente, afectando su salud, además de causar pérdidas económicas, sociales y personales. Así, el objetivo del presente estudio fue explorar los efectos de la exposición solar en la piel, destacando los mecanismos biológicos involucrados en el daño causado por la radiación ultravioleta (UV) y discutir el papel de los protectores solares como estrategia de prevención y protección, con énfasis en su eficacia, composición e impactos en la salud y el medio ambiente. El presente estudio es una revisión narrativa de la literatura, descriptiva, con un aspecto cualitativo, método que ofrece, como resultado, el estado actual del conocimiento sobre el tema investigado. La absorción de la radiación UV por los cromóforos produce diferentes reacciones fotoquímicas e interacciones secundarias que involucran especies reactivas de oxígeno que pueden tener efectos deletéreos cuando se exponen en exceso. Los fotoprotectores son sustancias físicas o químicas que absorben, dispersan o atenúan los efectos de la radiación ultravioleta (UV). Dependiendo de la constitución individual, la predisposición genética, el tiempo y la intensidad de la exposición, la radiación ultravioleta (UV) puede provocar envejecimiento prematuro de la piel, degeneración antiestética de los tejidos fotodérmicos, exacerbación de ciertas enfermedades preexistentes y cáncer de piel. Este trabajo logró su objetivo, ya que identificamos los daños que causa la radiación UV y demostramos cómo los protectores solares pueden proteger la piel. La radiación solar es la principal causa de problemas cutáneos inmediatos y duraderos, como el envejecimiento prematuro, que se agravan con una exposición excesiva e inadecuada.

Palabras clave: Exposición al sol; Protección de la piel; Filtro solar; Radiación UV; Fotoprotectores.

1 Introdução  

Nas últimas décadas, tem-se observado um aumento significativo na incidência de raios ultravioletas (UV) na superfície terrestre. Esse fenômeno está relacionado a fatores como a redução da camada de ozônio, mudanças climáticas e alterações ambientais causadas por atividades humanas. Como consequência, tornou-se evidente a necessidade de adotar medidas preventivas para proteger a pele contra os efeitos nocivos da radiação UV, sendo o uso de protetores solares, também conhecidos como fotoprotetores, uma das estratégias mais eficazes. Com a crescente conscientização sobre os riscos associados à exposição solar excessiva, como queimaduras, envelhecimento precoce e câncer de pele, a produção e o consumo de protetores solares têm aumentado de forma exponencial. Desde o final do século XX, a indústria cosmética e farmacêutica tem investido intensivamente no desenvolvimento de novas formulações, resultando na comercialização de milhões de toneladas desse tipo de produto em todo o mundo. Esse cenário reflete não apenas a preocupação com a saúde pública, mas também o impacto econômico e social de uma demanda global cada vez maior por produtos de fotoproteção (Carvalho, 2019).

Os filtros solares podem ser classificados em dois tipos principais: orgânicos e inorgânicos, cada um com mecanismos distintos de proteção contra a radiação ultravioleta (UV). Os filtros orgânicos, também conhecidos como filtros químicos, atuam absorvendo a radiação UV, convertendo-a em calor e impedindo que ela penetre na pele. Por outro lado, os filtros inorgânicos, frequentemente chamados de filtros físicos ou minerais, trabalham dispersando e refletindo a radiação UV, criando uma barreira protetora que bloqueia tanto os raios UVA (320-400 nm) quanto os UVB (290-320 nm). Essa proteção é fundamental, pois esses tipos de radiação podem causar uma ampla gama de danos à pele, incluindo o desenvolvimento de câncer, hiperpigmentação e o envelhecimento precoce. Entre os filtros inorgânicos mais amplamente utilizados estão o óxido de zinco (ZnO) e o dióxido de titânio (TiO2). Esses compostos são considerados protetores solares físicos devido à sua capacidade de formar uma barreira refletora altamente eficaz. Suas partículas possuem tamanhos típicos na faixa de 200 a 500 nm, aproximadamente dez vezes maiores do que as partículas encontradas em muitos filtros químicos. Essa característica contribui para uma maior eficiência na reflexão e dispersão da luz UV (Silva, & Dumith, 2019).

O câncer de pele é uma condição que causa impactos significativos e abrangentes na vida do paciente, afetando sua saúde física e emocional, além de trazer prejuízos econômicos, sociais e pessoais. Do ponto de vista físico, essa doença pode provocar lesões cutâneas, dores e desconfortos, que muitas vezes exigem tratamentos prolongados e, em casos mais graves, cirurgias invasivas. Psicologicamente, os pacientes frequentemente enfrentam medo, ansiedade e estresse relacionados ao diagnóstico e às consequências da doença, como cicatrizes visíveis ou restrições em atividades cotidianas. Além disso, os custos financeiros associados ao tratamento, incluindo consultas médicas, medicamentos e procedimentos terapêuticos, podem representar um peso econômico significativo, não apenas para os pacientes, mas também para seus familiares. Sob o aspecto social, a doença pode impactar a autoestima e a interação social dos indivíduos, especialmente quando há alterações na aparência física ou limitações funcionais (Belintani, 2021; Costa, Silva, Ribeiro, Silva, Silva, & Ferreira,).

A crescente incidência do câncer de pele está profundamente associada à exposição prolongada e desprotegida à radiação ultravioleta (UV), especialmente em contextos laborais. Profissionais que trabalham ao ar livre, como agricultores, pescadores, trabalhadores da construção civil e outros que desempenham suas atividades sob o sol, estão especialmente vulneráveis a essa condição. A exposição solar contínua sem as devidas medidas de proteção, como o uso de roupas adequadas, chapéus, óculos de sol e protetor solar, torna-se um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer (Farias, Tocantins, Santos, Costa, Galles, & Braz, 2021).Dessa forma, é essencial promover a conscientização sobre os perigos da exposição excessiva ao sol, especialmente entre esses grupos de trabalhadores, e incentivar políticas públicas que garantam condições mais seguras de trabalho. A implementação de medidas preventivas, aliada a uma maior educação sobre os riscos da radiação ultravioleta, pode ajudar a reduzir os índices dessa patologia e minimizar seus impactos na vida das pessoas. Assim o objetivo do presente estudo foi,explorar os efeitos da exposição solar sobre a pele, destacando os mecanismos biológicos envolvidos nos danos causados pela radiação ultravioleta (UV) e discutir o papel dos filtros solares como uma estratégia de prevenção e proteção, com ênfase na sua eficácia, composição e impactos na saúde e no meio ambiente.

2 Metodologia  

O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura, descritiva, de aspecto qualitativo, método que oferece, como resultado, a situação atual acerca do conhecimento sobre o tema investigado. Consiste em um método amplo de pesquisa baseada em evidências, onde permite a combinação de dados da literatura empírica e teórica e a inclusão de estudos experimentais e não experimentais, que estão relacionados à sistematização e publicação dos resultados de uma pesquisa bibliográfica. Tem como principal objetivo a integração entre a pesquisa cientifica e a prática profissional (Silveira & Galvao, 2008; Chaves, & Santos, 2024)

 Para tanto, para conferir rigor metodológico, serão percorridas as seguintes etapas para a realização deste estudo: Identificação de problema, com a definição da questão de pesquisa; estabelecimento de critérios para inclusão e/ou exclusão de estudos para a busca de literatura científica; definição das informações a serem extraídas dos estudos; avaliação dos estudos; interpretação dos resultados e apresentação da revisão/síntese do conhecimento (Souza, Silva & Carvalho, 2010)

 A busca foi realizada em dois bancos de dados: Scielo, Google Scholar Nas seguintes etapas: escolha e delimitação do tema; estabelecimento das palavras-chave e critérios de inclusão e exclusão, e análise das informações colhidas. Na busca vão ser utilizados os seguintes descritores, em português exposição solar; saúde da pele; radiação ultravioleta (UV); UVA e UVB; danos à pele; câncer de pele; filtros solares; e protetores solares.

Como descrito no estudo de Moysés, & Santos (2022), foram adotados critérios de inclusão e exclusão. Critérios de inclusão: artigos no período de 2019 a 2024, (sendo necessário referenciar artigos mais antigos, por serem fundamentais para elucidar pontos importantes sobre o tema). Após a coleta de dados nesses artigos foi realizado um detalhamento sobre a importância da acupuntura no tratamento da ansiedade. Os critérios de exclusão foram: artigos pagos, artigos não associados ao tema e as duplicações de indexação de artigos serão excluídos. 

3 Resultados e Discussão  

A radiação UV é absorvida por vários cromóforos da pele, tais como: melanina, DNA8, RNA, proteínas, aminoácidos aromáticos (como tirosina e Triptofano), ácido urocânico, etc. A absorção da radiação UV pelos cromóforos produz diferentes reações fotoquimicas e interações secundárias envolvendo espécies reativas de oxigênio que podem ter efeitos deletérios quando expostas em excesso (Silva, de Souza, & Labre, 2022). O DNA é um dos principais alvos da radiação UV. As pirimidinas sofrem modificação fotoquímica, produzindo dimeros de ciclobutano e outros subprodutos, e são reparadas fisiologicamente por enzimas específicas. Exonucleases ABC, DNA polimerase I e DNA ligases são exemplos de enzimas envolvidas em sistemas de reparo de DNA. Este sistema é eficaz; no entanto, a exposição excessiva ao sol pode reduzir a eficiência do reparo. Portanto, o uso de protetor solar é essencial para reduzir os efeitos nocivos da radiação UV no material genético (Ambrósio, 2019). 

As reações fotoquímicas têm um impacto importante na pele humana, e ○ impacto específico depende do tamanho de ^ e da energia. A epiderme e a derme sofrem alterações químicas e histológicas após exposição solar sustentada, que favorecem rugas, rugosidade, ressecamento, telangiectasia pigmentação irregular, imunossupressão e aparecimento acelerado de lesões, que podem ser benignas, pré-malignas ou malignas. A radiação UV afeta os olhos, com aproximadamente 3 milhões de pessoas perdendo a visão a cada ano devido a lesões relacionadas aos raios UV, como fotoconjuntivite e catarata. A radiação UV é conhecida por trazer benefícios à saúde. Isto estimula a produção de vitamina D3 (colecalciferol) que está envolvida no metabolismo ósseo e na função do sistema imunológico e é usada para tratar doenças de pele como psoriase vitiligo (Silva, de Souza, & Labre, 2022) A fototerapia é uma marca registrada da exposição frequente dos pacientes à radiação ultravioleta, e a fototerapia pode ser usada em conjunto com alguns medicamentos que aumentam a sensibilidade do paciente à radiação para promover melhorias em certas condições da pele (Ambrósio 2019) 

A radiação UVA tem sido associada aos efeitos do envelhecimento prematuro da pele. Esta radiação tem maior A (>320 nm) e menor energia. Esta faixa de comprimento de onda facilita sua penetração na derme, afetando negativamente a elasticidade natural da pele e agravando fotodermatoses como lúpus eritematoso e erupção solar polimorfa. A radiação UVA também provoca diminuição do número de células de Langerhans e aumento do número de células inflamatórias na derme (Teixeira, 2016). 

 Danos no DNA, desenvolvimento de inflamação e carcinogênese são características associadas à radiação UVB. Este tipo de radiação tem comprimento de onda mais curto e mais energia que a radiação UVA. A radiação UVB interage diretamente com o DNA para produzir mutações no dímero de pirimidina associadas a cânceres de pele não melanoma (carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular), podendo desempenhar papel relevante em algumas fotodermatoses, como erupção polimorfa à luz e urticária solar. Pois essas doenças são sensíveis à luz visível e à radiação ultravioleta (Silva, de Souza, & Labre, 2022). 

3.2 Filtro Solar 

Os fotoprotetores são físicos ou substâncias químicas que absorvem, dispersam ou atenuam os efeitos da radiação ultravioleta (UV). A qualidade do filtro solar, depende do seu fator de proteção solar (FPS) e das suas propriedades fisicoquímicas (ideal formação de filme na pele, estabilidade baixa solubilidade em água e hipoalergenicidade) (Ambrósio, 2019; de Medeiros et al., , 2021). 

Protetor solar é uma preparação tópica, é um método para reduzir os efeitos nocivos dos raios UV podem ser divididos em métodos químicos e físicos. A combinação dos dois potencializa o efeito protetor (Araújo, Carmo, Cunha, Martins, Gon, & Caldeira, 2019) 

 Os bloqueadores químicos absorvem a radiação solar, tornando-a menos energética. Eles possuem propriedades químicas insaturadas que absorvem a radiação ultravioleta (UV) e devem absorver radiação entre 290 e 400 nm (UVA ou UVB) para serem eficazes. Este fenômeno ocorre devido a mudanças de ressonância. A pele emite radiação na forma de calor. Exemplo: PABA (ácido para-aminobenzóico), cinamatos, benzofenos, salicilatos e antitralinatos (Coelho et al., 2020) 

 Os bloqueadores físicos refletem a radiação solar. São substâncias opacas que refletem e dispersam a energia luminosa, formando uma barreira física à radiação. UVA/UVB, infravermelho (IR) e a radiação são visíveis, são formas de protetor na pele. Exemplos: dióxido de titânio, óxido de zinco, óxido de magnésio, caulim e óxido de ferro (Saucedo &, Vallejo, 2020). 

 O FPS (Fator de Proteção Solar) é determinado comparando o tempo necessário para a luz ultravioleta (UV) causando uma reação eritematose mínima (DEM) na pele revestida com protetor solar com a mesma pele sem filtro solar. O resultado é uma medida de tempo em minutos e não uma medida de potência (Araújo, Carmo, Cunha, Martins, Gon, & Caldeira, 2019) Por exemplo: se uma pessoa consegue ficar dez minutos ao sol sem nenhuma proteção, usar um filtro FPS 15 prolongará esse tempo em 15 vezes. São 150 minutos (duas horas e trinta minutos) lembrando que o protetor solar deve ser reaplicado a cada 3 a 4 horas (Silva, de Souza, & Labre, 2022). 

 Segundo Ambrósio (2019) os protetores solares naturais são derivados do óleo vegetal, extratos de etanol ou líquidos que absorvem a radiação UVA/UVB. Eles têm taxas de absorção mais baixas, como a fotoestabilidade do produto ainda não foi determinada como todos sabemos, deve ser usado com cautela. Recomenda-se utilizá-los como coadjuvantes de filtros químicos e físicos. Extratos etanólicos dos seguintes ingredientes, possuem propriedades de proteção solar: alecrim, amor-perfeito, aloe vera, camomila, café verde, algodão, amendoim, coco e gergelim. 

3.2.1 A importância do uso de filtros solares contra radiações ultravioleta (UV) 

 A luz é necessária para o bem-estar humano. A exposição aos raios ultravioleta (UV) pode causar alterações sistêmicas que aumentam as concentrações circulantes de vitamina D e diminuem a função imunológica do sangue. Dependendo da constituição do indivíduo, da predisposição genética do tempo e da intensidade de exposição, à radiação ultravioleta (UV) pode causar envelhecimento prematuro da pele, degeneração inestética dos tecidos fotodermatoses, exacerbação de certas doenças pré-existentes e cancro da pele (Coelho et al., 2020). Na Tabela 1 são apresentados riscos do não uso de filtro solar.

 Portanto, é importante não deixar que a luz solar e a radiação sejam inimigas, aprendendo como se proteger sem causar danos à sua saúde. Para evitar problemas futuros, é indispensável tomar cuidado com uma rotina: evitando a exposição às irradiações, e fazendo o uso de filtros solares (Saucedo, & Vallejo, 2020).

 A eficácia de um filtro solar é geralmente avaliada em termos de proteção contra queimaduras solares (fator de proteção solar ou FPS) e resistência à remoção. Produtos com alto valor de FPS (10 a 25 vezes mais protetores) são sempre mais aceitáveis para os consumidores (Araújo, Carmo, Cunha, Martins, Gon, & Caldeira, 2019; Addor, Barcaui, Gomes, Lupi, Marçon,, & Miot, 2022) Portanto, os filtros solares não são apenas cosméticos, mas também protetores eficazes contra os raios UV em diversas situações. Desta forma, seu uso se torna necessário, independentemente da cor da pele, idade, etnia e região geográfica, para prevenir queimaduras solares, evitar fotoenvelhecimento prematuro da pele e degeneração inestética dos tecidos. Além de prevenir a progressão de certas doenças pré-existentes (Saucedo &, Vallejo, 2020). 

4 Considerações Finais

Este trabalho alcançou o objetivo, pois identificamos os danos da radiação UV e mostramos como os filtros solares podem proteger a pele. A radiação solar é a principal causa do surgimento de problemas imediatos e duradouros na pele, como o envelhecimento precoce, que são agravados por uma exposição excessiva e inadequada.

Durante a vida, a pele pode ser lesionada devido à exposição excessiva e inadequada à radiação solar. Essa exposição pode causar efeitos agudos e crônicos na pele, com consequências variadas, como queimaduras solares, bronzeamento, imunossupressão, envelhecimento precoce e câncer de pele. A aplicação de filtros solares é a primeira medida de proteção contra os raios do sol, criando uma camada de proteção entre a pele e a luz solar para evitar danos.

Visto isto, é essencial se proteger do sol – os raios UVA e UVB. Esses radicais livres em excesso (moléculas de oxigênio) provocam danos nas células. Quanto mais danos provocam, maior é a probabilidade de surgirem rugas, doenças crônicas e outras enfermidades, incluindo o câncer de pele.

Apesar de os filtros solares serem reconhecidos como seguros e eficientes na proteção contra os raios UV, ainda é frequente a ocorrência de danos causados pelo sol. Isso acontece devido ao uso inadequado dos protetores solares e à exposição prolongada ao sol, destacando a importância de orientar adequadamente os consumidores sobre a forma correta de aplicar o produto. 

Futuros trabalhos podem ser realizados buscando estratégias de educação e conscientização para informar a população sobre o uso correto de protetores solares, explorando também o desenvolvimento de produtos mais acessíveis e sustentáveis. Além disso, é relevante realizar estudos comportamentais sobre hábitos de exposição solar em diferentes grupos, bem como investigar os efeitos a longo prazo do uso adequado de filtros solares na redução de doenças relacionadas à radiação UV. Pesquisas sobre inovações tecnológicas, como materiais e acessórios com proteção UV aprimorada, também podem complementar as medidas preventivas. Por fim, a avaliação de políticas públicas voltadas à prevenção do câncer de pele, especialmente em áreas de alta radiação solar, é essencial para mitigar os danos causados pela exposição inadequada ao sol.

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1ORCID: https://orcid.org/0009-0005-8427-2648
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2ORCID: https://orcid.org/0009-0003-5757-374X
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3ORCID: https://orcid.org/0009-0005-6973-1471
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