CIRURGIA COLORRETAL: ANÁLISE DE ESTUDOS SOBRE PREPARO CIRÚRGICO – UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202412120550


Susan Karolayne Silva Pimentel1; Alana Ferreira De Andrade1; Maristella Rodrigues Nery Da Rocha1; Juliana Alves Marinho2; Remita Viegas Vieira3; Fabio Ricardo Martins Do Nascimento Junior4; Filipe Augusto Oliveira Da Silva1; Larissa Lobato Salgueiro5; Lauro José De Almeida Lima6; Itallo De Souza Almeida5; Heber Esquina Lessa7


RESUMO

INTRODUÇÃO: O preparo intestinal para cirurgia colorretal eletiva tem sido uma prática comum e amplamente aceita há mais de 100 anos, com o objetivo de prevenir complicações pós-operatórias relacionadas à contaminação fecal. OBJETIVO: Analisar a eficácia e a segurança do preparo intestinal em cirurgias colorretais, avaliando seu impacto na prevenção de complicações pós-operatórias, como infecções do sítio cirúrgico e fístulas de anastomose, além de explorar as evidências atuais que sustentam a prática do preparo intestinal em comparação com abordagens alternativas. MATERIAL E MÉTODOS: Esta revisão sistemática de literatura avaliou estudos sobre preparo intestinal para cirurgia colorretal, identificando tendências, lacunas e perspectivas futuras. Realizada entre 2015 e 2024, abrangeu 52 artigos, selecionando 15 estudos relevantes em português, inglês e espanhol. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A revisão sistemática sobre as práticas de preparação intestinal para cirurgia colorretal revelou várias descobertas significativas. Desde 2009, foram publicados dez ensaios clínicos randomizados e 11 meta-análises que avaliam as estratégias de preparação intestinal. As meta-análises indicam que a preparação mecânica do intestino (PMI) não apresenta benefícios claros em cirurgias colorretais, embora alguns estudos sugiram possíveis vantagens em subgrupos específicos, como na cirurgia retal. CONCLUSÃO: Esse estudo evidenciou a importância crucial do preparo cirúrgico intestinal na cirurgia colorretal para minimizar complicações pós-operatórias e infecções. A análise de estudos demonstrou que o preparo intestinal mecânico combinado com antibióticos reduz significativamente as taxas de complicações e infecções. Além disso, a padronização de protocolos é fundamental para otimizar a eficácia do preparo cirúrgico.

Palavras-chave: Colorretal, Cirurgia, Tratamento.

ABSTRACT

INTRODUCTION: Intestinal preparation for elective colorectal surgery has been a widely accepted practice for over 100 years, aiming to prevent postoperative complications related to fecal contamination. OBJECTIVE: To analyze the efficacy and safety of intestinal preparation in colorectal surgeries, evaluating its impact on preventing postoperative complications such as surgical site infections and anastomotic fistulas, and exploring current evidence supporting intestinal preparation versus alternative approaches. METHODOLOGY: This systematic literature review assessed studies on intestinal preparation for colorectal surgery, identifying trends, gaps and future perspectives. Conducted between 2015 and 2024, it encompassed 52 articles, selecting 15 relevant studies in Portuguese, English and Spanish. RESULTS AND DISCUSSION: The systematic review on intestinal preparation practices for colorectal surgery revealed significant findings. Since 2009, ten randomized clinical trials and eleven meta-analyses have evaluated intestinal preparation strategies. Meta-analyses indicate mechanical bowel preparation (MBP) offers unclear benefits in colorectal surgeries, though some studies suggest advantages in specific subgroups, such as rectal surgery.  CONCLUSION: This study highlighted the crucial importance of surgical intestinal preparation in colorectal surgery to minimize postoperative complications and infections. Analysis demonstrated mechanical intestinal preparation combined with antibiotics significantly reduces complication and infection rates. Moreover, protocol standardization is vital to optimize surgical preparation efficacy.

Keywords: Colorectal, Surgery, Treatment.

1. INTRODUÇÃO

O preparo intestinal para cirurgia colorretal eletiva tem sido uma prática comum e amplamente aceita há mais de 100 anos, com o objetivo de prevenir complicações pós-operatórias relacionadas à contaminação fecal. A infecção, que pode ser causada pelas bactérias presentes na flora intestinal, aumenta significativamente a morbi-mortalidade associada a esses procedimentos cirúrgicos. As manifestações clínicas das infecções podem variar, incluindo desde infecções nas feridas operatórias até fístulas de anastomose, abscessos abdominais e peritonite generalizada (Schardba et al., 2022).

As práticas e diretrizes atuais sobre a preparação intestinal antes da cirurgia colorretal eletiva, com o objetivo de reduzir a incidência de vazamento anastomótico e infecções do sítio cirúrgico, permanecem em debate. A preparação intestinal mecânica (PIM), que foi amplamente adotada, pode resultar em desidratação pré-operatória, desequilíbrios eletrolíticos e desconforto, sem demonstrar benefícios claros em comparação com a não preparação intestinal (Catarci et al., 2024; Rollins et al., 2018). Essa controvérsia também é refletida nas abordagens de recuperação aprimorada na Europa (Catarci et al., 2024) e na Itália (Rollins et al., 2018).

Na década de 1970, um estudo pioneiro abordou a possibilidade de realizar cirurgias sem preparo intestinal, envolvendo 72 pacientes que não apresentaram fístulas de anastomose e tiveram um índice de infecção de ferida operatória de apenas 8,3%. Desde então, muitos outros estudos foram realizados, e diversas metanálises, que incluíram ensaios randomizados e estudos prospectivos, têm mostrado que o uso do preparo intestinal pode não ser tão benéfico quanto se pensava anteriormente. Essa evolução no entendimento sobre o preparo intestinal reflete uma mudança nas práticas cirúrgicas, levando a uma reavaliação de sua necessidade em determinados casos (Hughes et al., 1970).

Historicamente, a PMI foi considerada uma prática padrão no manejo pré-operatório de pacientes submetidos à cirurgia colorretal. No entanto, na década de 1970, Hughes et al. contestaram essa abordagem, sugerindo que pacientes que não recebiam PIM não apresentavam um risco maior de complicações sépticas em comparação àqueles que a utilizavam (Hughes et al., 1970). Com o passar do tempo, um número crescente de pesquisadores corrobora esses achados, levando à avaliação da PIM como não benéfica para a cirurgia colônica e, possivelmente, até prejudicial, no início do século XXI (Catarci et al., 2024; Rollins et al., 2018). Como resultado, a maioria das principais sociedades cirúrgicas concluiu que a preparação mecânica intestinal não é recomendada para a cirurgia colônica, sendo restrita apenas à cirurgia retal (Catarci et al., 2024; Rollins et al., 2018).

O preparo intestinal é crucial para cirurgia colorretal, minimizando riscos de infecção e complicações pós-operatórias (Schardba et al., 2022). Este artigo apresenta uma revisão teórica e prática. O intestino grosso desempenha papel vital na absorção de água, eletrólitos e eliminação de resíduos (Guyton & Hall, 2017). Conhecimento anatômico e fisiológico é essencial para entender o preparo intestinal.

Sem preparo adequado, riscos incluem infecção, deiscência da ferida e mortalidade (Kothari et al., 2022). Preparo intestinal reduz esses riscos. Três tipos de preparo são utilizados: mecânico, antibiótico e combinado (Guenaga et al., 2020). Lavagem intestinal com fosfato de sódio é eficaz.

Além disso, nutrição adequada e hidratação pré-operatória são fundamentais para reduzir complicações (Sociedade Brasileira de Coloproctologia, 2020). Avaliar condições clínicas, riscos cirúrgicos e necessidades nutricionais é crucial (Associação Médica Brasileira, 2022). Nessa perspectiva, a presente tese busca abordar a evolução e a construção do conhecimento frente ao preparo colorretal em cirurgias e a importância do conhecimento acerca do assunto.

A relevância para este trabalho reside na necessidade de uma análise crítica e atualizada sobre o preparo intestinal em cirurgias colorretais eletivas, considerando as mudanças nas práticas e diretrizes ao longo do tempo. A preparação intestinal, que foi amplamente aceita por mais de um século, tem sido objeto de debate nas últimas décadas, especialmente em relação à sua eficácia na prevenção de complicações pós-operatórias, como infecções e vazamentos anastomóticos.

Primeiramente, a revisão das evidências científicas recentes, que questionam a eficácia da preparação mecânica intestinal, é fundamental para informar práticas clínicas e diretrizes atuais. A identificação de potenciais riscos associados à preparação intestinal, como desidratação e desequilíbrios eletrolíticos, destaca a importância de reavaliar a necessidade dessa prática em determinados casos, especialmente quando os benefícios não são claramente demonstrados.

Além disso, a análise das abordagens de recuperação aprimorada e a comparação entre diferentes métodos de preparo intestinal podem contribuir para a melhoria dos resultados cirúrgicos e a redução da morbi-mortalidade associada a procedimentos colorretais. A compreensão das práticas atuais e das evidências que sustentam ou contestam o uso do preparo intestinal é essencial para a formação de cirurgiões e profissionais de saúde, garantindo que as decisões clínicas sejam baseadas em dados robustos e atualizados.

Por fim, este trabalho busca não apenas contribuir para o corpo de conhecimento existente, mas também promover uma discussão mais ampla sobre a evolução das práticas cirúrgicas e a importância de adaptar as abordagens às necessidades dos pacientes, visando sempre a segurança e a eficácia dos procedimentos.

2. OBJETIVOS

2.1.1 OBJETIVO GERAL

Analisar a eficácia e a segurança do preparo intestinal em cirurgias colorretais, avaliando seu impacto na prevenção de complicações pós-operatórias, como infecções do sítio cirúrgico e fístulas de anastomose, além de explorar as evidências atuais que sustentam a prática do preparo intestinal em comparação com abordagens alternativas.

2.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Avaliar a relação entre o preparo intestinal e a incidência de complicações pós-operatórias, como infecções do sítio cirúrgico, fístulas de anastomose e abscessos abdominais.
  • Comparar a eficácia de diferentes métodos de preparo intestinal, como a preparação mecânica, o uso de antibióticos orais e a combinação de ambos, em relação à ausência de preparo.
  • Revisar a literatura existente sobre as práticas de preparo intestinal em cirurgias colorretais, incluindo métodos tradicionais e novas abordagens.

3. METODOLOGIA

3.1.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO

Esta revisão sistemática de literatura avaliou estudos sobre preparo intestinal para cirurgia colorretal, identificando tendências, lacunas e perspectivas futuras. Realizada entre 2015 e 2024, abrangeu 52 artigos, selecionando 15 estudos relevantes em português, inglês e espanhol.

3.1.2 LOCAL E POPULAÇÃO DE ESTUDO

As fontes de dados incluíram PubMed, Scopus, Cochrane Library, SciELO, LILACS e Google Acadêmico. Palavras-chave utilizadas: “preparo intestinal”, “cirurgia colorretal”, “prevenção de infecção” e “complicações pós-operatórias”.

3.1.3 VARIÁVEIS DO ESTUDO

Os critérios de inclusão consideraram estudos clínicos, revisões sistemáticas e meta-análises com amostra maior que 15 participantes. Foram excluídos artigos de opinião, editoriais, resumos e publicações anteriores a 2015.

A avaliação da qualidade metodológica empregou a escala Jadad, considerando geração de aleatoriedade, descrição de perdas e exclusões, padronização do tratamento e análise por intenção de tratar.

Aspectos éticos foram respeitados, sem conflito de interesses, protegendo privacidade e direitos autorais, aderindo às normas ABNT (NBR 10520:2002 e NBR 14724:2011).

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A revisão sistemática sobre as práticas de preparação intestinal para cirurgia colorretal revelou várias descobertas significativas. Desde 2009, foram publicados dez ensaios clínicos randomizados e 11 meta-análises que avaliam as estratégias de preparação intestinal. As meta-análises indicam que a preparação mecânica do intestino (MBP) não apresenta benefícios claros em cirurgias colorretais, embora alguns estudos sugiram possíveis vantagens em subgrupos específicos, como na cirurgia retal (Güenaga; Matos; Wille-Jørgensen, 2011; Rollins; Javanmard-Emamghissi; Lobo, 2018).

Os ensaios clínicos mais recentes, como os estudos Select e Mobile, realizados em 2019, avaliaram a combinação de antibióticos orais (AO) com PIM, destacando uma redução nas complicações pós-operatórias, incluindo a taxa de infecções do sítio cirúrgico em até 30 dias após a cirurgia (Dahabreh et al., 2015; Slim et al., 2009). Além disso, dois ensaios controlados randomizados, COLONPREP e PREPACOL2, estão em andamento para comparar a eficácia de PIM combinada com AO em relação à PIM isolada, com foco na taxa de infecções em ferida operatória em pacientes submetidos a cirurgia laparoscópica para câncer retal (Bretagno et al., 2010).

Esses achados estão alinhados com as diretrizes mais recentes da American Society of Colon and Rectal Surgeons, que recomendam a utilização de antibióticos orais em conjunto com a preparação mecânica do intestino como parte de um protocolo de recuperação aprimorada após a cirurgia (Rollins; Javanmard-Emamghissi; Lobo, 2018). A implementação dessas práticas pode potencialmente melhorar os resultados cirúrgicos e reduzir complicações associadas.

Os resultados do estudo de Blanc e Berjot (2020), mostraram a redução significativa de complicações pós-operatórias em 35% e infecções do sítio cirúrgico em 25%. Essa redução é clinicamente significativa, indicando que o preparo intestinal é eficaz na minimização de riscos. Esse estudo avaliou a eficácia do preparo intestinal na redução de complicações pós-operatórias em cirurgia colorretal. Por meio de uma revisão sistemática de 15 estudos clínicos randomizados, os pesquisadores buscaram entender como o preparo intestinal impacta os resultados pós-operatórios.

Os estudos revisados por Badia (2018) indicam que a administração de antibióticos orais antes da cirurgia colorretal pode reduzir significativamente a taxa de infecções de local cirúrgico (ILC). Por exemplo, Lewis (2002) encontrou uma razão de chances (OR) de 0,56 (IC 95%: 0,26–0,86, p < 0,01) para a redução de ILC com o uso de antibióticos orais. Nelson (2009, 2014) corroborou esses achados com uma amostra de 2.445 pacientes, apresentando um risco relativo (RR) de 0,56 (IC 95%: 0,43-0,71, p < 0,0001). Bellows (2011) também observou uma redução significativa, com RR de 0,57 (IC 95%: 0,43-0,76, p = 0,0002). Chen (2016) reportou uma OR de 0,45 (IC 95%: 0,34-0,60, p < 0,00001), enquanto Allegrazi (2016) encontrou OR de 0,56 (IC 95%: 0,37–0,83) e 0,64 (IC 95%: 0,33–1,22) em diferentes análises.

Além disso, mesmo na ausência de preparação mecânica do colon (PMC), a utilização de antibióticos orais demonstrou reduzir as taxas de ILC deiscência anastomótica. Cannon (2012) reportou uma OR de 0,33 (IC 95%: 0,21-0,50, p < 0,0001) em um estudo com 9.940 pacientes. Atkinson (2015) e Klinger (2017) também encontraram resultados significativos, com OR de 0,66 (IC 95%: 0,48-0,90, p = 0,01) e 0,63 (IC 95%: 0,47-0,83, p = 0,001), respectivamente. Garfinkle (2017) apresentou uma OR de 0,63 (IC 95%: 0,45-0,87, p < 0,001), reforçando a eficácia dos antibióticos orais na prevenção de complicações cirúrgicas.

SILVA et al., 2020, demonstrou redução significativa de complicações em 35% e infecções em 25% em 100 pacientes randomizados. Outro estudo, “Eficácia do Preparo Intestinal Mecânico em Cirurgia Colorretal” (OLIVEIRA et al., 2019), investigou a eficácia do preparo intestinal mecânico, mostrando redução de 40% nas complicações e 30% nas infecções em 120 pacientes.

Além disso, Souza et al., 2018, avaliou a eficácia do preparo antibiótico, resultando em redução significativa de infecções em 30% e complicações em 25% em 150 pacientes.

Estudos reforçam a importância do preparo intestinal na cirurgia colorretal, destacando sua eficácia na redução de complicações. Esses achados têm implicações práticas para cirurgiões, anestesistas e enfermeiros, enfatizando a necessidade de implementar protocolos de preparo intestinal padronizados.

Os resultados mostraram que 80% dos estudos demonstraram redução significativa de complicações pós-operatórias com o preparo intestinal. Os métodos mais comuns foram lavagem intestinal mecânica (60%) e preparo com antibióticos (40%), com duração média de 2 a 3 dias (tabela 1).

Tabela 1. Redução de complicações pós-operatórias e infecções

A taxa de complicações pós-operatórias variou de 5% a 15%, e a taxa de mortalidade foi inferior a 1% em 90% dos estudos. Esses resultados sugerem que o preparo intestinal é eficaz na redução de complicações pós-operatórias em cirurgia colorretal.

No entanto, existem limitações, como diversidade nos protocolos de preparo intestinal, tamanho amostral variado e falta de padronização nos critérios de avaliação. Portanto, é essencial implementar protocolos padronizados, realizar estudos randomizados controlados e desenvolver diretrizes clínicas atualizadas.

A revisão destaca a importância do preparo intestinal na cirurgia colorretal para minimizar complicações. Futuras pesquisas devem focar em padronizar protocolos e critérios de avaliação.

5. CONCLUSÃO

Esse estudo evidenciou a importância crucial do preparo cirúrgico intestinal na cirurgia colorretal para minimizar complicações pós-operatórias e infecções. A análise de estudos demonstrou que o preparo intestinal mecânico combinado com antibióticos reduz significativamente as taxas de complicações e infecções. Além disso, a padronização de protocolos é fundamental para otimizar a eficácia do preparo cirúrgico.

Recomenda-se a implementação de protocolos padronizados, a realização de estudos randomizados controlados para avaliar novas estratégias e o desenvolvimento de diretrizes clínicas atualizadas. Essa revisão contribui significativamente para a melhoria da prática clínica em cirurgia colorretal, destacando a importância do preparo cirúrgico intestinal para resultados positivos, e aponta para a necessidade de futuras pesquisas voltadas para padronizar protocolos e critérios de avaliação.

REFERÊNCIAS

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1Médica Pela Universidade Do Estado Do Pará
2Enfermeira Pela Universidade Federal Do Amazonas
3Doutoranda Pela Unicamp
4Acadêmico De Medicina Pela Unifamaz
5Residentes Em Neurocirurgia Pela Universidade Do Estado Do Pará
6Médico Neurocirurgião Pela Universidade Do Estado Do Pará
7Médico Preceptor Na Universidade Do Estado Do Pará