REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202412120530
Mayara Fernandes Silva1; Rudieres Maycon Pereira da Silva2; Naomy Sol Fernandes Machado3; Ana Paula Cunha Duarte4; Noélia Santos Silva5; Laurien Silva de Queiroz Coelho6; Juliana Roberta Pereira Batista7; Kelly Rose Pinho Moraes8; Sudário Vítor de Aguiar Lima9; Elaynne Soemy de Sousa Abreu10; Orientador (a): Prof. (a) Walicy Cosse Silva11
RESUMO
Introdução: A sepse é classificada como uma infecção da corrente sanguínea ou infecção generalizada, potencialmente com risco a vida, que pode progredir ao choque séptico, as manifestações encontradas em pacientes com sepse baseiam-se em alguns fatores como, inflamação no local, doença precedente e do diagnóstico é elaborado, onde faz necessário o conhecimento de duas modificações sistêmicas, como a temperatura corporal, respiratória, frequência cardíaca, e incluindo a antibioticoterapia. Dessa forma, é indiscutível a importância da equipe de enfermagem no gerenciamento do sistema de informação para a identificação da sepse, já que permanecem em grande parte à beira leito durante todo cuidado, desde a sua admissão à unidade hospitalar até a alta. Objetivo: verificar atuação da enfermagem no ambiente hospitalar em pacientes com sepse. Metodologia: Tratou-se de uma revisão integrativa da literatura realizada por meio de busca de artigos publicados no período de 2017 a 2022, através da combinação dos descritores “Enfermagem”, “Sepse” e “Reabilitação” nas bases de dados BVS, Google acadêmico e SciELO. Resultado: Foram incluídos 05 estudos nesta revisão, dos quais 100% foram publicados no idioma português. Estavam na língua portuguesa (100%). A maioria das publicações foram concentradas no ano de 2019 com (60%), distribuídos em duas bases de dados. As abordagens destacadas foram, atuação da enfermagem usada na elaboração do plano de cuidados na detecção precoce dos sinais de sepse, educação permanente como forma de oferecer treinamento ou capacitação para contribuir em uma melhora assistencial, a identificação precoce e a condução rápida se tornaram eficientes ao prognósticos dos pacientes. Conclusão: o presente estudo buscou identificar a compreensão dos enfermeiros sobre a sepse, onde é destacada a formação acadêmica de conhecimentos adotados por eles e a falta de conhecimentos sobre determinados assuntos apontou algumas fragilidades, como melhora na capacitação profissional. No entanto, há necessidade de mais pesquisas robustas sobre a enfermagem em pacientes com sepse, dada a pouca disponibilidade de estudos encontrados na literatura.
Palavras-Chave: Enfermagem. Sepse. Reabilitação.
ABSTRACT
Introduction: Sepsis is classified as a bloodstream infection or generalized infection, potentially life-threatening, which can progress to septic shock, the manifestations found in patients with sepsis are based on some factors such as local inflammation, preceding disease and the diagnosis is elaborated, where knowledge of two systemic modifications is necessary, such as body temperature, respiratory rate, heart rate, and including antibiotic therapy. Thus, the importance of the nursing team in managing the information system for the identification of sepsis is indisputable, since most of them remain at the bedside throughout the care, from admission to the hospital unit until discharge. Objective: to verify nursing performance in the hospital environment in patients with sepsis. Methodology: This was an integrative literature review carried out through the search for articles published in the period from 2017 to 2022, through the combination of the descriptors “Nursing”, “Sepsis” and “Rehabilitation” in the VHL databases, Google Scholar and SciELO. Result: 05 studies were included in this review, of which 100% were published in Portuguese. were in Portuguese (100%). Most publications were concentrated in the year 2019 with (60%), distributed in two databases. The highlighted approaches were, nursing performance used in the elaboration of the care plan in the early detection of signs of sepsis, permanent education as a way of offering training or qualifications to contribute to an improvement in care, early identification and rapid conduction became efficient when patient prognosis. Conclusion: the present study sought to identify the understanding of nurses about sepsis, which highlights the academic training of knowledge adopted by them and the lack of knowledge on certain subjects pointed out some weaknesses, such as improvement in professional training. However, there is a need for more robust research on nursing in patients with sepsis, given the limited availability of studies found in the literature.
Keywords: Nursing. Sepsis. Rehabilitation.
1. INTRODUÇÃO
Segundo Sivayoham et al. (2021), afirma que a sepse é uma descoberta constante em pacientes hospitalizados, diminuindo a sobrevida, sendo considerada em maiores taxas de mortalidade em períodos de internação mais longos comparadas com aqueles não diagnosticados com sepse, o qual são admitidos com emergências e com a identificação precoce pode facilitar no processo de tratamento.
Nessa perspectiva, essa patologia interfere anualmente, a cerca de 20 a 30 milhões de casos e são alcançadas pela doença com alto índice de letalidade, sendo necessário a medidas de prevenção, manuseio eficaz dos pacientes, isso dá a repartição do manejo clínico associado ao compatível tratamento, evitando a progressão do quadro infeccioso (MORETTI et al., 2019).
Mundialmente a sepse incide 600 mil pacientes no Brasil, alegando-se ser o segundo país com maior número de casos, retratando o desenho epidemiológico indica cerca de 54.5% de óbitos em pacientes hospitalizados. Embora a principal causa de mortes na Unidade Terapia Intensiva (UTI), em intermédia 93% desenvolvem a síndrome fora desse âmbito, contudo, os serviços de urgência e emergência hospitalar são a essencial porta de entrada de pacientes com sepse (LOHN et al., 2022).
Nesse contexto, é importante ressaltar as manifestações encontradas em pacientes com sepse baseiam-se em alguns fatores como, inflamação no local, doença precedente e do diagnóstico é elaborado, onde faz necessário o conhecimento de duas modificações sistêmicas, como a temperatura corporal, respiratória, frequência cardíaca, e incluindo a antibioticoterapia e os exames laboratoriais, devem ser realizadas mais precocemente podendo gerar privilégios adicionais nas primeiras horas de internação (LIU et al., 2018).
Deste modo, redefina que a sepse é um notável problema de saúde pública, concretização de métodos e planos para o atendimento eficaz nas unidades de terapia intensiva e urgência e emergência hospitalar, faz-se necessário assistência multiprofissional apontar fragilidades e rever as práticas do cuidado a esses pacientes (GOULART et al., 2019).
Destaca-se que a sepse representa a outros processos não infecciosos, que exige que os profissionais de saúde, ou seja, a equipe de enfermagem identifica a disfunção orgânica, traçando as ações nos protocolos de gerenciamento e os Bundle de tratamento, de alta qualidade assistencial (ALVIM et al., 2020).
Ter o reconhecimento e a investigação precoce, associado ao tratamento efetivo, estão relacionados com o planejamento de novas táticas de forma direta ao prognóstico do paciente (SANTOS et al., 2019). O exame clínico se torna um grande parceiro para os profissionais, confirmam a magnitude da sepse, tendo em vista que para um adequado prognóstico são indispensáveis o reconhecimento e a intervenção (LIU et al., 2018).
Com isso em mente, os profissionais de enfermagem, que estão mais perto do enfermo, são primordiais que concebem, conduz e obedeçam aos atos que venham a fortalecer a prevenção do domínio e a eficaz dos danos infecciosos, com as ações de obter um alto nível na assistência, elaborando resultado na sobrevivência dos pacientes afetado pela doença, assim também encontrando a redução de internação hospitalar e nas taxas de mortalidade e morbidade, diminuindo a angústia do paciente e seus familiares e os gastos do sistema de saúde (GOULART et al., 2019).
É indiscutível a importância da equipe de enfermagem no gerenciamento do sistema de informação para a identificação da sepse, já que permanecem em grande parte à beira leito durante todo cuidado, desde a sua admissão à unidade hospitalar até a alta, a atuação dos profissionais deve ser conhecedora para os casos suspeito ou confirmado de sepse. Além disso, o quadro dos pacientes pode mudar rapidamente (LIU et L., 2021).
Com a implementação do processo clínico para o seu reconhecimento, o enfermeiro deve guiar a avaliação de forma ordenada, na primeira etapa do processo, que consiste na coleta de dados, anamnese e no exame físico, que podem direcionar de forma concreta o cuidado de enfermagem. Com o empoderamento do enfermeiro ao perceber sinais e sintomas que apontam o quadro de sepse, tem um melhor direcionamento imediatamente no seu atendimento, realizado em sincronicamente, os exames e direção dos medicamentos de aspecto mais rápido (VERAS et al., 2019).
Portanto, é relevante investigar atuação da enfermagem em pacientes com sepse em um ambiente hospitalar, visto que através da convivência e realidade é possível observar que evidente a importância da enfermagem nesses cuidados e no processo de promoção e prevenção desses pacientes.
Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi verificar a atuação da enfermagem no ambiente hospitalar em pacientes com sepse, e com isso descrever a atuação dos enfermeiros no ambiente hospitalar, os sinais e sintomas da sepse para avaliar mais eficazes dos enfermeiros em pacientes com sepse.
2. METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura, consistindo em uma pesquisa do tipo descritiva sobre o tema “Atuação da Enfermagem no Ambiente Hospitalar em Pacientes com Sepse”. Segundo Ercole, Melo e Alcoforado (2014), a revisão integrativa de literatura é um método que tem como finalidade sintetizar resultados obtidos em pesquisas de maneira sistemática, ordenada e abrangente, mediante diferentes metodologias. Este método proporciona a combinação de dados da literatura teórica e empírica, proporcionando maior compreensão do tema de interesse.
Segundo as fases de Botelho; Cunha; Macedo (2011, p.129), é possível destacar que para a identificação do tema e seleção da questão de pesquisa, esta etapa consiste na identificação do tema e seleção da questão de pesquisa. A partir da problemática requerida entendida como: Qual atuação da enfermagem em pacientes com sepse no ambiente hospitalar?
A busca dos artigos foi realizada na plataforma da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), coordenada pela BIREME e composta de bases de dados como a LILACS e MEDLINE, Google Acadêmico, Scielo e na base de dados PubMed.
Os critérios de inclusão utilizados foram: artigos originais publicados no período entre 2017 a 2022, disponíveis gratuitamente na língua portuguesa e inglesa. Sendo aproveitados os com abordagem qualitativa, quantitativa, exploratória e descritiva.
Os critérios de exclusão definidos foram: artigos incompletos e que não permitiam seus acessos on-line, bem como artigos de revisão, monografias e aqueles que não se encaixam na temática proposta.
Os estudos foram pré-selecionados e selecionados segundo os critérios de inclusão e exclusão e de acordo com a estratégia de funcionamento e busca de cada base de dados, onde foi utilizado bases de dados como Google Acadêmico, BVS, SCIELO e PUBMED.
Os descritores controlados utilizados na estratégia de busca foram selecionados no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e no Medical SubjectHeadings (MeSH). Foram utilizados os operadores booleanos “AND” e “OR” para combinar os termos. Os termos foram combinados nos bancos de dados, resultando em estratégias específicas de cada base, onde observou-se que na BVS foram utilizados a estratégia de busca (sepsis) AND (nursing OR evidence Based Nursing) AND (Hospital) onde se obteve 150 resultados e 4 selecionados já na base de dado Scielo a estratégia de busca foi a seguinte(sepse) AND (enfermagem OR enfermagem baseada em evidências) AND (reabilitação OR hospital) com 90 resultados e 1 selecionado. (Quadro 1).
3. RESULTADO
A apresentação dos resultados está organizada em duas partes. A primeira está relacionada com a caracterização dos estudos, já a segunda, relaciona-se ao cumprimento do objetivo do estudo, que diz respeito verificar a atuação da enfermagem no ambiente hospitalar em pacientes com sepse.
Dos cinco estudos incluídos nesta revisão, os 05 estavam na língua portuguesa (100%). A maioria das publicações foram concentradas no ano de 2019 com (60%), distribuídos em duas bases de dados, sendo 04 artigos encontrados no BVS (80%) e 01 artigo encontrado na Scielo (20%), conforme Tabela 01 abaixo.
Tabela 1. Análise descritiva das produções científicas acerca da temática.
Fonte: Elaboração própria (2023).
Quadro 1. Estudos incluídos segundo as características metodológicas.
Autor(es) / Ano | Título | Objetivo | Delineamento da pesquisa / Amostra | Resultado | Conclusão |
Moura et al. (2019). | Plano de Cuidados de Enfermagem a pacientes admitidos com Sepse em Unidade de Terapia Intensiva. | Apresentar plano de cuidados de enfermagem, à luz da teoria dasNecessidades Humanas Básicas (NHB) e da Taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) a pacientes admitidos com sepse em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital privado em Salvador-BA | Estudo qualitativo/ 10 primeiros pacientes admitidos com sepse. | As NHB e os diagnósticos de enfermagem mais frequentes, incluídos no plano de cuidados final foram: Oxigenação – Padrão Respiratório Ineficaz; Integridade física – Integridade da pele prejudicada; Regulação fisiológica– Risco de desequilíbrio eletrolítico, Risco de choque e Hipertermia; Locomoção – Mobilidade física prejudicada; Eliminação – Risco de perfusão renal ineficaz; Participação – Interação social prejudicada, e comunicação – Comunicação verbal prejudicada. | Foi criado um plano de cuidados que visa contribuir para a produção científica acerca do manejo de pacientes com sépticos em UTI, fornecer subsídios teórico-práticos para profissionais de enfermagem no manejo destes pacientes e estimular o cuidado sistematizado, contribuindo para melhor prognóstico. |
(Moretti et al., 2019). | Sepse e IAM:conhecimento da população frequentadora deparques eacompanhantes de pacientes | Identificar o conhecimento da população referente aos termos “sepse” e “infarto agudo do miocárdio” (IAM). | Estudo transversal, quantitativo/ 1986entrevistados. | Em relação ao conhecimento de sepse, apenas 19,1% dos entrevistados já tinham ouvido falar sobre o tema, já, em comparação ao conhecimento do IAM, 98,7% souberam responder sobre o termo. | Evidenciou-se que o déficit de conhecimento da população sobre o termo “sepse” está diretamente relacionado com o nível social dos entrevistados, demonstrando um déficit no acesso à informação no cuidado em saúde. |
(Leite et al., 2020). | Sistematização da Assistência de Enfermagem aplicada ao idoso com sepse. | Descrever a Sistematização da Assistência de Enfermagem, respaldada na Teoria do Autocuidado, a uma paciente com sepse. | Estudo qualitativo/ descritivo/ 5 discentes de enfermagem. | Apresentam-se, como resultados, os diagnósticos de Enfermagem, as intervenções sob a ótica da Teoria do Autocuidado de Dorothea Orem e a prescrição de Enfermagem. | Podem-se corroborar, deste feito, as intervenções propostas pelo plano assistencial de Enfermagem por meio de literatura, concluindo-se que atendeu ao seu objetivo e contribuiu para a formação acadêmica dos envolvidos, reafirmando o papel da Enfermagem como ciência. |
(Amário et al., 2019). | Conhecimento do Enfermeiro sobre os sinais e sintomas da sepse em adulto. | Identificar o conhecimento do enfermeiro sobre a sepse em um hospital público de grande porte. | Estudo quantitativo, descritivo, de delineamento transversal/ 41 enfermeiros. | Os dados deste estudo revelaram baixo percentual de acertos nas variáveis identificadas na sepse, principalmente no que se refere às variáveis inflamatórias, hemodinâmicas, de disfunção orgânica, de perfusão tissular e outras variáveis. | Os enfermeiros que participaram deste estudo apresentaram déficit no conhecimento sobre os sinais e sintomas que podem ser identificados na sepse. |
(Phungoen et al., 2020). | Índice de Gravidade de Emergência como preditor de mortalidade intra-hospitalar em pacientes com suspeita de sepse no departamento de emergência | Demonstrar a precisão, sensibilidade e especificidade do Índice de Gravidade de Emergência (ESI), avaliação rápida de falência de órgãos relacionada a pacientes com suspeita de sepse. | Estudo de coorte retrospectivo realizado em um hospital terciário, na Tailândia/ 8.177 pacientes. | No estudo, 509 (6,2%) dos quais morreram e 1.810 (22,1%) foram admitidos na UTI. O ESI e o NEWS tiveram precisão comparável para prever a mortalidade intra-hospitalar (AUC de 0,70, intervalo de confiança [IC]. | O ESI foi preciso e teve a maior sensibilidade para prever a mortalidade intra-hospitalar e internação na UTI em pacientes com suspeita de sepse no pronto socorro. Isso confirma que o ESI é útil tanto na triagem de emergência quanto na previsão de resultados adversos nesses pacientes. |
4. DISCUSSÃO
O presente estudo teve como objetivo e foco verificar atuação da enfermagem no ambiente hospitalar em pacientes com sepse, além relatar a atuação dos enfermeiros no ambiente hospitalar, descrever os sinais e sintomas da sepse e avaliar os métodos dos enfermeiros em pacientes com sepse. Na qual é possível observar que ainda existem poucos estudos que falam dessa temática, porém é notável melhor desempenho e prognóstico nos resultados com esses pacientes.
Segundo Moura et al. (2019), traz um estudo sobre o cuidado de enfermagem na terapia intensiva em pacientes com sepse um estudo realizado através do levantamento de dados de prontuários dos 10 primeiros pacientes admitidos na UTI, observou que a atuação da enfermagem usadas na elaboração do plano de cuidados são eficientes e que a detecção precoce dos sinais de sepse são fatores contribuintes ao prognóstico do paciente. Neste contexto, é utilizado uma identificação precoce, através da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), como manejo clínico, para a equipe de enfermagem podendo fortalecer um cuidado programado, investigação dos problemas e plano de ação com metas determinadas para revisar a resposta do paciente.
Corroborando com este resultado, no estudo de Ramos et al. (2020), realizado em Fortaleza com 7 enfermeiros intensivistas com cerca de 4 a 27 anos de atuação em UTI, observou que os enfermeiros têm entendimento suficiente do conceito de sepse, porém, apresentam deficiência de conhecimento baseado em evidência científica sobre os parâmetros que relaciona sepse e choque séptico. Portanto, seu objetivo é implantar diretrizes com intuito de otimizar o tempo de atendimento e reduzir a incidência de mortalidade em pacientes com sepse, na qual utilizaram pacotes de bundles que obtiveram benefícios aos pacientes.
Neste estudo, foi abordado o conhecimento da população frequentadora de parques e acompanhantes de pacientes com sepse e IAM, Moretti et al. (2019), constituiu um total de aproximadamente 2000 entrevistados, quanto à ocupação dos questionado, verificou-se 212 eram profissionais da área da saúde (enfermeiro, técnico em enfermagem, médicos, entre outros), evidenciou a falta de conhecimento da sociedade sobre o termo sepse, demonstrando um baixo nível de acesso à informação do agravo e cuidado à saúde e o termo infarto agudo do miocárdio referia-se clareza da maior parte da amostra analisada e evidenciando maior acesso à informação referente a esse agravo.
Dessa forma, corroborando com esse estudo Sousa et al. (2021), em um estudo realizado no hospital universitário do Centro-Oeste por meio de entrevistas, gravadas em áudios, identificaram que ao avaliar aos enfermeiros observaram dificuldade referente à sepse entre os sinais e sintomas inespecíficos, além disso, encontraram adversidades para o reconhecimento precoce das modificações sistêmicas hemodinâmicas, ocasionada pela sepse em pacientes adultos. Desse modo, destaca- se a educação permanente como forma de oferecer treinamento ou capacitação para contribuir em uma melhora assistencial nos prognósticos dos pacientes.
No estudo de Leite et al. (2020), verificado com cinco discentes de enfermagem para avaliar o cuidado adequado ao paciente, baseado na Teoria de Dorothea Orem indicar as deficiências do autocuidado a designar os papeis da pessoa cuidada, de seus familiares/acompanhantes, o papel do profissional enfermeiro é interferir para atender as obrigações de autocuidado, revela-se outro meio para o apoio, por meio da educação em saúde, o enfermeiro pode instruir a família por meio da prática do cuidado.
Corroborando com este trabalho, Oliveira et al. (2022), em um estudo epidemiológico com 20 idosos com sepse atendidos por hospital público com a identificação da solução clínico da assistência que a sepse faz parte da realidade de saúde dos idosos em defluência das alterações fisiológicas que ocorrem no procedimento da velhice, na qual quando estão internados são submetidos a monitorização e cuidados ininterruptos, além disso a enfermagem traz como direcionamento na tomada de decisões, manejo correto da síndrome e no processo de gerenciamento desses pacientes.
No estudo de Amário et al. (2019), realizado com 41 enfermeiros para avaliar os conhecimentos dos profissionais sobre os sinais e sintomas da sepse, o estudo constatou a deficiência dos enfermeiros na identificação dos indícios na sepse adulto, as entidades de ensino possam possibilitar condições necessárias para a eficiente na atuação e no diagnóstico clínico, para ter um tratamento precoce da doença, mas foi possível identificar a presença da educação permanente, eventos científicos e a habilitação profissional o que trouxeram maior experiência e melhores resultados em pacientes com sepse.
Lima et al. (2020), no estudo realizado com 47 enfermeiros entrevistados, corrobora que o entendimento dos enfermeiros sobre a sepse, ficou evidenciado que os integrantes obtiveram um olhar geral adequado, onde citaram a categoria de compreensão sobre os sinais e sintomas e desenvolveram competências e habilidades para identificação precoce da sepse com intuito de acompanhamentos de qualidade da assistência prestada a fim de reconhecer precocemente visando intervenções imediatas.
Phungoen et al. (2020), realizou um estudo com 8.177 pacientes, demonstrando mortalidade intra-hospitalar e internação em uma unidade de terapia intensiva com suspeita de sepse em um espaço de emergência, ou seja, a identificação precoce e a condução rápida e adequada nas primeiras horas após a triagem na repartição de contingência, se tornaram eficientes ao prognósticos dos pacientes, além de ser útil na priorização, reavaliando outras ferramentas estabelecidos, como os sinais e sintomas estabelecidos como agravante, mostrar assistência e desenvolvimento assistencial a eles.
Dentro dessa perspectiva, em contrapartida com esse estudo, Saberian et al. (2022), realizou uma pesquisa com mil e quarenta e oito casos, nos achados apresentaram que a triagem é uma parte essencial do primeiro atendimento de emergência, demonstrando a fins graves, envolvendo morte, tendo como incapacidades e outras morbidades, desse modo, utilizaram de tratamento como oxigenoterapia, controle da dor e infusão intravenosa de fluidos para melhorar o quadro clínico dos pacientes.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desse modo, o presente estudo buscou identificar a compreensão dos enfermeiros sobre a sepse, onde é destacada a formação acadêmica de conhecimentos adotados por eles e a falta de conhecimentos sobre determinados assuntos apontou algumas fragilidades, como melhora na capacitação profissional, mas que isso pode partir de uma iniciativa institucional como parte da implantação de protocolos gerenciados, mudança de cultura organizacional e paradigma de cuidado em que a compreensão clínica da sepse é parte crucial no funcionamento das engrenagens de todo o sistema de assistência.
Por meio deste estudo, evidenciou que a sepse prossegue sendo um importante desafio na saúde pública, além de ser uma das principais causas de morte no mundo, onde foi possível evidenciar o desempenho do enfermeiro, representando as oportunidades para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com o quadro séptico, faz-se primordial as ações de enfermagem e da execução das medidas de intervenção, percebe que uma apreciação minuciosa e otimização do cuidado individualizado.
Além disso, torna-se fundamental que os profissionais de enfermagem reconheçam todos os aspectos atribuídos às diretrizes e recomendações, desde a monitorização dos pacientes até o tratamento adequado, valorizando o conhecimento científico que norteia os cuidados de enfermagem e a qualidade assistencial. Podemos concluir que não houve resultados negativos em nenhuma das abordagens apresentadas nos estudos. Vale mencionar a pouca disponibilidade de estudos, dificultando a comparação de resultados, visto que vários aspectos podem influenciar no desfecho, como tipo de método, frequência, bem como aspectos inerentes ao país.
Portanto, ainda assim é perceptível a escassez de estudos que abordem a gama de modalidades sobre a sepse e profissionais capacitados para o conhecimento e entendimento dessa patologia, visto que mesmo assim vem se tornando bem atual. Por fim, este trabalho poderá servir como um disparador para o interesse em realizar outras pesquisas abordando a atuação da enfermagem no ambiente hospitalar em pacientes com sepse.
REFERÊNCIAS
ALVIM, André Luiz et al. Conhecimento da equipe de enfermagem em relação aos sinais e sintomas da sepse. Enfermagem em foco, v. 11, n. 2, 2020.
AMÁRIO, Ana Paula Sementino et al. Conhecimento do enfermeiro sobre os sinais e sintomas da sepse em adulto. Enfermagem Brasil, v. 18, n. 4, 2019.
BOTELHO, Louise Lira Roedel; DE ALMEIDA CUNHA, Cristiano Castro; MACEDO, Marcelo. O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e sociedade, v. 5, n. 11, p. 121-136, 2011.
ERCOLE, Flávia Falci; MELO, Laís Samara de; ALCOFORADO, Carla Lúcia Goulart Constant. Revisão integrativa versus revisão sistemática. Reme: Revista Mineira de Enfermagem, v. 18, n. 1, p. 09-11, 2014.
GOULART, Layala de Souza et al. Os enfermeiros estão atualizados para o manejo adequado do paciente com sepse?. Escola Anna Nery, v. 23, 2019.
LEITE, Fabrícia Cristine Santos et al. Sistematização da assistência de enfermagem aplicada ao idoso com sepse. Revista de Enfermagem UFPE on line, v. 14, 2020.
LIMA, Jéssica Caroline Costa et al. Sepse e choque séptico: compreensão de enfermeiros de um hospital escola de grande porte. Revista de Divulgação Científica Sena Aires, v. 9, n. 2, p. 254-261, 2020.
LIU, Bofu et al. Development and internal validation of a simple prognostic score for early sepsis risk stratification in the emergency department. BMJ open, v. 11, p. e046009, 7 2021.
LIU, Vicente X. et al. Healthcare Utilization and Infection in the Week Prior to Sepsis Hospitalization. Critical care medicine, v. 46, p. 513 – 516, 1 2018.
LOHN, Arilene et al. Registros de enfermagem e médicos sobre pacientes com sepse ou choque séptico em emergência hospitalar. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 12, p. e59-e59, 2022.
MORETTI, Miriane Melo Silveira et al. Sepse e IAM: conhecimento da população frequentadora de parques e acompanhantes de pacientes. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 40, 2019.
MOURA, Luna Vitória Cajé et al. Plano de cuidados de enfermagem a pacientes admitidos com sepse em unidade de terapia intensiva. Revista Brasileira de Saúde Funcional, v. 7, n. 1, p. 145-145, 2019.
OLIVEIRA, Geovana Samuel et al. Perfil clínico-epidemiológico de idosos com sepse atendidos na emergência geral de um hospital público. 2022
PHUNGOEN, Pariwat. et al. Emergency Severity Index as a predictor of in-hospital mortality in suspected sepsis patients in the emergency department. The American journal of emergency medicine, v. 38, p. 1854 – 1859, 8 2020.
RAMOS, Fernanda Maria Freitas et al. O conhecimento do enfermeiro na detecção precoce da sepse em pacientes críticos. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 12, p. 102690-102702, 2020.
SABERIAN, Peyman et al. Comparing the prehospital NEWS with in-hospital ESI in predicting 30-day severe outcomes in emergency patients. BMC Emergency Medicine, v. 22, n. 1, p. 42, 2022.
SANTOS, Mayara Cristina da Silva et al. Aspectos clínicos e procedência de pacientes sépticos atendidos em um hospital universitário. Acta Paulista de Enfermagem, v. 32, p. 65-71, 2019.
SIVAYOHAM, Narani et al. An observational cohort study of the performance of the REDS score compared to the SIRS criteria, NEWS2, CURB65, SOFA, MEDS and PIRO scores to risk-stratify emergency department suspected sepsis. Annals of medicine, v.53, p. 1863 –1874, 10 2021.
SOUSA, Thais Vilela et al. Dificuldades enfrentadas por enfermeiros no reconhecimento e manejo da sepse/Difficulties faced by nurses in the recognizing and managing sepsis. Journal of Nursing and Health, v. 11, n. 3, 2021.
VERAS, Raissa Ellen Silva de et al. Avaliação de um protocolo clínico por enfermeiros no tratamento da sepse. J. Health Biol. Sci.(Online), p. 292-297, 2019.
1Graduada em Bacharelado em Enfermagem – UEMA. Pós-graduada em Unidade de Terapia Intensiva e Urgência e Emergência – Faculdade Adelmar Rosado. Email: fernandesmayara203@gmail.com
2Enfermeiro – UNIFACEMA. Email: mayconruds@gmail.com
3Graduanda em Bacharelado em Enfermagem – UEMA. Email: naomysol2021@gmail.com
4Bacharel em Enfermagem pela Universidade Estadual do Maranhão, pós graduada em Gestão em Saúde pela Universidade Federal do Maranhão. Email: anapduarte002@gmail.com
5Enfermeira – UNIFACEMA. Email: noeliasantos010@gmail.com
6Enfermeira Especialista em Unidade Terapia Intensiva – Gianna Bereta. Email: laurinesq@gmail.com
7Bacharelado em enfermagem – Faculdades Integradas de Patos. Pós graduada em enfermagem do trabalho, saúde da mulher, saúde mental, gerontologia. E-mail: julianaroberta1970@gmail.com
8Enfermeira – Pós Graduanda em Gestão em Saúde – UFMA. E-mail: kelly.rose125@gmail.com
9Enfermeiro – Centro universitário Uninovafapi. E-mail: sudariovitor@hotmail.com
10Fisioterapeuta – UNIFACEMA. Especialista em Traumato Ortopedia e Esportiva com Ênfase em Terapia Manual. E-mail: soemy_elaynne@hotmail.com