IDENTIFICATION AND MANAGEMENT ALTERNATIVES FOR ECONOMICALLY IMPORTANT PESTS IN PASSION FRUIT (PASSIFLORA SP.) CROPS IN THE PALMAS REGION
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202412070036
Karin Jacoby Riva1,
Thiago Magalhães de Lázari2,
Daisy Parente Dourado3,
Cid Tacaoca Muraishi4
RESUMO
O gênero Passiflora é comumente cultivado pelo seu potencial paisagístico e pela produção de frutos comestíveis. O Brasil é um grande produtor de maracujá, somando cerca de 70% da produção mundial. O cultivo da frutífera possui grande importância no fator social, contudo, é ameaçada por uma diversidade de doenças e pragas que trazem prejuízos econômicos, sendo necessária a adoção de estratégias de manejo para espécies de pragas da cultura. O presente trabalho, tem como objetivo identificar e descrever pragas e seus métodos de manejo em cultivos de maracujazeiro na região de Palmas, Tocantins. Foram visitadas sete propriedades voltadas ao cultivo da frutífera, onde foram aplicados questionários de diagnóstico situacional das lavouras, os resultados foram tabulados com propósito de fornecer informações com aplicabilidade no contexto estadual. Foram descritas como pragas, uma espécie Lagarta-desfolhadora, além da presença de percevejos, especialmente o Percevejo-do-maracujá, Percevejo-das-frutas e o Percevejo-pé-de-folha, e de espécies de abelha Arapuá, sendo que mais de 70% dos produtores indica que utiliza o método de manejo químico para o controle de pragas. Além destas, foram indicadas uma grande variedade de pragas presentes nos cultivos, e uma alta porcentagem de ineficiência nos métodos de manejo utilizados.
Palavras-chave: Maracujá, Pragas, Manejo.
ABSTRACT
The genus Passiflora is commonly cultivated for its landscaping potential and the production of edible fruits. Brazil is a major producer of passion fruit, accounting for approximately 70% of the world’s production. Passion fruit production is of great social importance; however, it is threatened by a variety of diseases and pests that cause damage to the crop, requiring the adoption of management strategies for pest species in the crop. This study aims to identify and describe pests and their management methods in passion fruit crops in the region of Palmas, Tocantins. Seven properties dedicated to the cultivation of the fruit were visited, where questionnaires for the situational diagnosis of the crops were applied; the results were tabulated with the purpose of providing information with applicability in the state context. Bugs, especially the passion fruit bug, fruit bug and leaf-footed bug, were described as pests, in addition to the presence of a species of defoliating caterpillar and species of Arapuá bee, with more than 70% of producers indicating that they use the chemical management method for pest control. In addition to these, a wide variety of pests present in the crops and a high percentage of inefficiency in the management methods used were indicated.
Keywords: Passion fruit, Pests, Management.
1 INTRODUÇÃO
O gênero Passiflora compreende cerca de 500 espécies, muitas das quais produzem frutos comestíveis, além de um grande potencial paisagístico (Faleiro et al, 2017), sendo comumente encontrada por todo o país. No Brasil, a produção de maracujá concentra-se na espécie Passiflora edulis Sims, conhecida como maracujá-azedo ou maracujá-amarelo presente em mais de 95% das áreas cultivadas (Jesus et al, 2017).
O Brasil é um grande produtor mundial de maracujá. Em 2021, somou cerca de 70% da produção mundial (Embrapa, 2022) e em 2023, foram cultivados quase 46 mil hectares, proporcionando uma produção de mais de dois bilhões de reais (IBGE, 2023). Grande parte do maracujá produzido é consumido no Brasil, demonstrando uma grande demanda no mercado interno e a presença de um mercado externo pouco explorado (Faleiro, 2022).
No ano de 2023, o estado do Tocantins alcançou uma produção de pouco mais de 1500 toneladas em 153 ha de área colhida, concentrada especialmente na região ocidental do estado nos municípios de Araguaína, Nova Olinda e Miracema do Tocantins, com produção média de 10000 quilos por hectare (IBGE, 2023).
A produção de maracujá é uma opção consideravelmente rentável (Faleiro, 2022), possuindo grande importância no fator social, gerando emprego em diversos setores, e sendo uma alternativa de geração de renda para agricultura familiar, devido aos diversos mercados envolvidos na cadeia produtiva dessa frutífera.
Um dos grandes gargalos para a produção de frutos de maracujá consiste na presença de doenças e pragas, que causam sérios prejuízos ao cultivo (Faleiro et al, 2017). Apesar da diversidade de insetos e ácaros que causam danos às plantas e frutos de maracujazeiro, a ponto de comprometer a produtividade e a qualidade do produto final, apenas algumas dessas espécies alcançam populações que requerem adoção de medidas de controle. Destacam-se as lagartas desfolhadoras, os percevejos e a broca das hastes (Carvalho et al. 2017).
Devido a variedade de organismos prejudiciais ao cultivo do maracujá, torna-se necessário a adoção de estratégias de manejo visando manter populações de pragas abaixo do nível de dano econômico sem influenciar negativamente populações de organismos benéficos (Oliveira e Frizzas, 2014).
Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo identificar pragas de relevância econômica em cultivos de maracujá na região de Palmas, Tocantins, bem como indicar alternativas de manejo para seu controle.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1. O cultivo do maracujá
O gênero Passiflora é explorado mundialmente pelo potencial em ornamentação e o consumo alimentício de seus frutos, tanto in natura como para a indústria alimentícia. No Brasil, são exploradas comercialmente quatro espécies de maracujazeiro, destacam-se as espécies de maracujá-azedo (P. edulis Sims) e maracujá-doce (P. alata Curtis), outras espécies como P. setacea DC. (maracujá-do-cerrado) e P. cincinnata Mast. (maracujá-da-caatinga) apresentam participação no comércio da frutífera (Faleiro et al. 2017).
O cultivo de maracujá é explorado em todo o território nacional. Em 2023 a produção somou 711.278 toneladas com rendimento médio de 15,5 toneladas por hectare (IBGE, 2023), grande parte concentra-se na região Nordeste, com mais de 69% da produção, e na região sudeste (11,8%) destacam-se os estados da Bahia e Ceará que juntos somam mais de 57% da produção brasileira de maracujá.
No estado do Tocantins, o cultivo de maracujá vem apresentando números significativos, especialmente com incentivos direcionados para a agricultura familiar e a fruticultura em geral. Nos últimos anos, a produção de maracujá no estado apresentou modificações expressivas, em 2023, chegou a mais de 6 milhões de reais, foram colhidas 1509 toneladas em 153 ha, com rendimento médio de 9,8 toneladas por hectare, um crescimento considerável comparado aos dois anos anteriores, onde houve uma baixa na produção da frutífera.
Em 2021 houve a atualização do Zoneamento Agrícola de Risco Climático para o cultivo do maracujá reforçando o potencial produtivo do estado, sendo recomendado em 112 dos 139 municípios tocantinenses, considerando os melhores períodos de plantio, que coincidem com o início das chuvas, nos meses de outubro e novembro.
Além das questões climáticas, o cultivo do maracujazeiro pode ser limitado devido às doenças e pragas que incidem sobre a cultura. Os insetos pragas, podem ocasionar perdas médias de até 10% da produção, sendo que, em casos de graves infestações, as perdas podem chegar à ordem dos 100% (Picanço et al, 2001). Embora os danos causados ao cultivo não sejam tão significativos quanto os causados por fitopatógenos, as pragas da cultura do maracujazeiro exigem atenção constante (Rossetto et al. 1974).
2.2. Pragas do maracujazeiro
São descritas aproximadamente um milhão de espécies de insetos, cerca de 10% dessas são pragas, prejudicando plantas, animais e o próprio homem (Gallo et al., 2002). Em um levantamento o Centre for Agriculture and Bioscience International relata um total de 21 espécies de insetos e ácaros pragas da espécie P. edulis no Brasil (Cabi, 2003). Destacam-se como principais pragas as lagartas e os percevejos (Fadini; Santa-Cecília, 2000; Lemos 2009).
As lagartas desfolhadoras estão entre os insetos mais comuns no cultivo do maracujazeiro (Carvalho et al. 2017; Fadini; Santa-Cecília, 2000) cerca de 14 espécies podem atacar o cultivo (Aguiar-Menezes et al., 2002) contudo, apenas as espécies Dione juno (Cramer, 1779) e Agraulis vanillae (L., 1758) possuem importância econômica.
Os percevejos são considerados as pragas mais severas do maracujazeiro, no Brasil as principais espécies são encontradas nas famílias Coreidae e Tingidae (Fadini; Santa-Cecília, 2000). Sendo as três espécies de maior importância: Diactor bilineatus (Fabr., 1803), Holhymenia clavigera (Herbst, 1784) e Leptoglossus spp. (Carvalho et al., 2017; Aguiar -Menezes et al., 2002; Oliveira, 2000).
Além de uma grande variedade de coleópteros, formigas, cochonilhas e ácaros, espécies de abelhas também são consideradas pragas na cultura do maracujá, devido tanto a alimentação de espécies do gênero Trigona na base dos botões florais, quanto a diminuição da taxa de polinização por mamangavas (Xylocopa spp.) pela presença de Apis mellifera (L. 1758) (Hymenoptera: Apidae).
Diversas espécies de insetos podem incidir sobre cultivos de maracujá, algumas dessas, são pragas primárias, ocorrendo constantemente e em grandes populações, outras, são consideradas pragas secundárias, ocorrendo esporadicamente e em pequenas quantidades. É comum que apenas pragas primárias necessitem de controle de qualquer forma, contudo, o Manejo Integrado de Pragas (MIP) vem sendo utilizado como forma de prevenção de grande incidência de pragas.
2.3. Medidas de controle
A adoção de medidas de controle de pragas é essencial para o cultivo de maracujá. O Brasil, devido ao clima tropical e as extensas áreas cultivadas, apresenta sérios problemas de pragas (Gallo et al., 2002). A maioria dos ataques de espécies-praga concentram-se em folhas e botões florais, podendo causar a queda de produção ou morte das plantas (Ruggiero et al., 1996), levando a perdas de até 100% (Picanço et al, 2001).
Algumas espécies podem causar perdas significativas na cultura do maracujá, tanto diretamente no fruto ou por meio de ataques a outras partes e transmissão de doenças, as espécies de lagartas desfolhadoras, por exemplo, podem causar a desfolha parcial ou total das plantas, diminuindo a taxa fotossintética (Carvalho et al., 2017) enquanto que espécies de percevejos podem causar deformações nos frutos devido ao ataque a botões florais e frutos novos (Gallo et al., 2002). Espécies de pulgão vem sendo descritas como vetores do vírus CABMV (Cowpea aphid – borne mosaic virus) conhecido como vírus da dureza do maracujá (Garcêz et al., 2015).
O CABMV, entre os principais sintomas, reduz a vida útil de plantas de maracujá de 36 para 18 meses, deforma o limbo foliar (Correa et al., 2015), diminui o crescimento das plantas afetadas (Tomomitsu et al., 2014) e deforma frutos, que apresentam consistência endurecida e diminuição da polpa (Fischer et al., 2005).
Assim, para alcançar produtividade e qualidade no cultivo de maracujá é necessária a adoção de metodologias integradas de manejo (Faleiro et al., 2017). Para controle de insetos e ácaros em espécies de maracujazeiro podem ser adotados diferentes tipos de controle: cultural, químico e biológico. De acordo com Fadini e Santa-Cecília (2000) para além da utilização de múltiplas técnicas de controle, é necessário realizar o monitoramento de pragas e considerar os fatores ambientais e a ecofisiologia das plantas, das pragas e dos inimigos naturais.
3 METODOLOGIA
O presente trabalho foi desenvolvido no município de Palmas, Tocantins. Foram realizadas visitas a sete propriedades rurais voltadas ao cultivo de maracujá, onde foram aplicados questionários de diagnóstico situacional das lavouras, visando compreender melhor os desafios enfrentados pelos empreendedores rurais.
A metodologia utilizada consistiu em uma abordagem descritiva, exploratória e bibliográfica, com procedimento de coleta de dados por meio de questionários estruturados com objetivo de obter a informações detalhadas sobre a incidência de pragas nas lavouras, época de maior ocorrência, métodos de manejo empregados pela propriedade e sua eficácia no controle das pragas descritas.
Segundo Andrade (2006), a pesquisa exploratória é o primeiro passo de todo trabalho científico. Para este mesmo autor, “Uma das características da pesquisa descritiva é a técnica padronizada da coleta de dados realizada principalmente através de questionários e da observação sistemática”.
O formulário utilizado para obtenção de dados foi pensado de maneira que padronizasse as respostas de cada proprietário com o intuito de uma atingir compilação de dados mais otimizada e facilitasse o entendimento das particularidades de cada produtor, obtendo a informação sobre as cinco principais pragas de maior ocorrência e importância econômica em cada propriedade e entendendo o manejo utilizado por cada produtor.
O questionário situacional se baseou nas maiores demandas de informações para manejo de pragas, sendo essas, as principais espécies de maior ocorrência, o período do ano em que elas ocorrem, o estágio da cultura em que as pragas causam prejuízos, a metodologia de manejo utilizada para controle e sua eficácia.
Os dados obtidos foram analisados e tabulados, com propósito de fornecer informações com aplicabilidade no contexto estadual, visando contribuir para melhorias e avanços das práticas de manejo de pragas no maracujazeiro.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foi observada uma variedade de insetos-praga, de maior e menor ocorrência, que trazem prejuízos aos cultivos, algumas ordens de insetos demonstram-se presentes em mais de uma espécie em cada um dos empreendimentos estudados, representando potenciais pragas primárias nos cultivos de maracujazeiro observados. Na figura 01 estão representas as 10 principais espécies-praga, descritas pelos empreendedores nos cultivos visitados.
Figura 01. Ocorrência de espécies-praga em empreendimentos de cultivo de maracujá.
Foram observadas as espécies: Percevejo-das-frutas (Holymenia clavigera (Herb, 1784) (Hemiptera, Coreidae)), Percevejo-do-maracujá (Diactor bilineatus (Fabr., 1803) (Hemiptera, Coreidae)), Percevejo-pé-de-bananeira ou Percevejo-pé-de-folha (Anisoscelis sp) e Percevejo-escuro (Leptoglossus gonagra (Fabr.) (Hemiptera, Coreidae)), de Lagartas-desfolhadoras (Dione juno e Agraus vanilae (Lepidoptera: Nymphalidae)), abelhas Africana e abelhas Arapuá (Apis mellifera e Trigona spp. (Hymenoptera: Apidae) e outros insetos como a Broca-do-maracujazeiro ou Broca-da-haste (Philonis sp. Coleoptera: Curculionidae)) e a Vaquinha (Monomacra sp. (Coleoptera: Chrysomelidae)).
A figura 02 expressa as seis principais pragas em ordem de ocorrência nas propriedades rurais estudadas.
Figura 02. Espécies de importância econômica de maior ocorrência em cultivos de maracujá na região de Palmas.
A Borboleta-do-maracujá (Agraulis vanillae (L., 1758) (Lepidoptera: Nymphalidae)) foi descrita como espécie de maior presença nos cultivos, sendo mencionada em 5 dos 7 empreendimentos visitados. Os danos causados pela espécie estão relacionados à desfolha parcial ou total que afeta a taxa fotossintética das plantas, quando pequenas as lagartas raspam o limbo foliar evoluindo para o consumo de grandes áreas foliares (Oliveira e Frizzas, 2014). As lagartas podem chegar a 40mm, apresentam hábitos solitário se coloração contando com listras longitudinais alaranjadas e espinhos pelo corpo. Os ovos medem cerca de 1 mm de comprimento e são postos de forma isolada em folhas, caules e ramos, apresentam coloração amarelada. As borboletas possuem coloração alaranjada com envergadura de 60mm e manchas pretas esparsas pelas asas posteriores, nas asas anteriores apresenta linha preta com manchas mais claras na margem exterior.
Figura 05. Adulto (A), lagarta (B) e ovo (C) de A. vanillae.
Espécies de percevejo como: Percevejo-das-frutas (Holymenia clavigera (Herb, 1784) (Hemiptera, Coreidae)), Percevejo-do-maracujá (Diactor bilineatus (Fabr., 1803) (Hemiptera, Coreidae)) e o Percevejo-pé-de-bananeira ou Percevejo-pé-de-folha (Anisoscelis sp. (Hemiptera, Coreidae)) foram descritos como bastante frequentes nos cultivos, presentes em 4 dos 7 empreendimentos. Os percevejos do maracujazeiro apresentam hábitos parecidos, com preferência por partes mais tenras das plantas, especialmente botões florais e frutos novos, podendo atacar ramos, brotações e flores. Como consequência das injúrias causadas tem-se a murcha da parte atacada, podendo ocorrer o abortamento de flores de frutos atacados ou a perda de peso e alteração de tamanho e coloração. Os percevejos-das-frutas adultos possuem cerca de 18mm de comprimento, a coloração é variável sendo que o abdome apresenta coloração mais avermelhada, possuem quatro manchas brancas na parte superior do tórax, as pernas são alaranjadas, as antenas são pretas com as extremidades brancas e as asas são pretas translúcidas. As ninfas não possuem asas, nos primeiros instares apresentam coloração verde clara e pernas e antenas pretas. No último instar passam a apresentar manchas mais claras nas pernas e antenas e a parte superior do corpo apresenta coloração mais escura.
Figura 06. Adulto (A), ninfa em último instar (B) e ninfa em primeiro instar (C) de H. clavigera.
Os percevejos-pé-de-folha adultos apresentam coloração marrom na parte superior do corpo e coloração amarelada ou alaranjada na parte inferior, possuem dilatação do último par de pernas características da espécie, normalmente apresentando manchas amarelas e roxas. As ninfas não possuem asas, nos primeiros instares apresentam coloração verde clara e antenas e pernas pretas com dilatação característica em formato de folha. No último instar passam a apresentar coloração mais escura por todo corpo e apresentam a dilatação completa no último par de pernas.
Figura 07. Adulto (A), ninfa em último instar (B) e ninfa em primeiro instar de Anisoscelis spp.
Os percevejos-do-maracujá adultos apresentam 20mm de comprimento, coloração verde escura com duas linhas alaranjadas da cabeça ao final do escutelo, pernas posteriores com expansão tibial característica, com pontos alaranjados. As ninfas não possuem asas, nos primeiros instares apresentam coloração alaranjada no abdome e mancha branca próxima a cabeça, pernas, cabeça e antenas pretas com dilatação característica em formato de folha. No último instar passam a apresentar coloração parecida com os adultos e apresentam a dilatação completa no último par de pernas. Os percevejos de D. bilineatus são monófagos na cultura do maracujá.
Figura 08. Adulto (A) e ninfa em último instar (B) e ninfa em primeiro instar (C) de D. bilineatus
Além destes insetos, observou-se a presença do Percevejo-escuro (Leptoglossus gonagra (Fabr.) (Hemiptera, Coreidae)) e das abelhas Arapuá (Trigona spp. (Hymenoptera: Apidae)), em 3 das 7 propriedades, sendo destacados como causadoras de prejuízos econômicos devido ao ataque nos frutos e nas flores, respectivamente.
Adultos de percevejo-escuro medem de 15 mm a 19 mm de comprimento, apresentam coloração marrom escura com manchas amarelas nas laterais e intercaladas nas antenas, o último par de pernas apresenta alargamento e a presença de espinhos, além de pequena dilatação na tíbia em formato de folha. As ninfas não possuem asas, nos primeiros instares apresentam coloração alaranjada com pernas e antenas pretas. No último instar passam a apresentar coloração mais escura por todo o corpo com exceção de manchas alaranjadas no abdome e no pronoto.
Figura 09. Adulto (A) e ninfa em último instar (B) e ninfa em primeiro instar (C) de L. gonagra.
As abelhas-arapuá adultas medem cerca de 7 mm de comprimento, apresenta asas marrom translúcidas e corpo escuro, espécies do gênero Trigona não possuem ferrão. São insetos sociais, que vivem em colmeias, e são atraídos por florações de diversas plantas. Os danos causados decorrem especialmente da destruição da base das flores e perfuração das sépalas, chegando até mesmo ao nectário, podendo também danificar caules e ramos e até mesmo afugentar mamangavas.
Figura 10. Abelha do gênero Trigona (A), abelhas do gênero Trigona em flor de maracujá (B), ninho de abelhas do gênero Trigona (C).
Os resultados corroboram a literatura que descreve as lagartas e os percevejos como as pragas mais comuns em cultivos de maracujá (Carvalho et al. 2017; Fadini; Santa-Cecília, 2000; Lemos 2009), e destacam os percevejos como pragas mais severas nesse cultivo (Fadini; Santa-Cecília, 2000).
A figura 3 apresenta as 4 principais ordens das 10 principais pragas identificadas nesta pesquisa.
Figura 03. Ordens de espécies de maior ocorrência em cultivos de maracujazeiro.
De forma geral, as principais espécies de pragas presentes na região de Palmas, Tocantins, se concentram na ordem Hemíptera, especificamente na subordem Heteroptera, que abriga famílias de percevejos. Himenópteros (abelhas, vespas e formigas), Lepidópteros (borboletas e mariposas), e Coleópteros (besouros) apresentam, respectivamente, ocorrência de espécies em 5, 5 e 3 dos 7 cultivos estudados.
A figura 4 expõe os principais métodos de manejo que os empreendedores rurais visitados utilizam para controle das pragas em períodos de maior ocorrência.
Figura 04. Métodos de manejo de pragas utilizadas por empreendimentos de cultivo de maracujazeiro na região de Palmas.
No que diz respeito aos métodos de manejo, 71,4% dos estabelecimentos destacam o método de manejo químico como principal utilizado na propriedade. Atualmente, são regulamentados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), 22 ingredientes ativos para cultura do maracujazeiro, entre inseticidas, formicidas e acaricidas (AGROFIT, 2024). É recomendada a aplicação de inseticidas com ação de contato e curto poder residual, do grupo dos piretróides, fosforados, carbamatos e reguladores de crescimento, recomenda-se também que as aplicações sejam feitas no período da manhã, antes da abertura das flores, buscando preservar os polinizadores (Gallo et al., 2002; Oliveira e Frizzas, 2014; Aguiar-Menezes et al., 2002).
Apesar da larga utilização, o método de manejo químico não apresenta grande eficiência, sendo que as pragas reincidem o cultivo posteriormente. Essas questões podem estar relacionadas a dosagem e escolha de produtos não recomendados. Ao optar pela aplicação de inseticidas químicos, deve-se optar por formulações reguladas pelo MAPA para a cultura e contar com supervisão de profissional habilitado (Carvalho et al., 2017).
Para além do manejo químico, alguns produtores contam com métodos de manejo cultural, como a catação manual e eliminação dos insetos praga. Esse tipo de controle recomenda-se em áreas pequenas. Outras práticas, como a eliminação de plantas hospedeiras de pragas, a poda e destruição de ramos atacados por broca, a eliminação dos frutos caídos e a utilização de plantas armadilhas (Fadini; Santa-Cecília, 2000), podem ser utilizadas em conjunto com outros métodos para facilitar o manejo das pragas.
Produtores que utilizam apenas de métodos de manejo cultural, destacam a presença de inimigos naturais nos cultivos, criando-se um controle biológico conservativo devido a não utilização de inseticidas químicos e a presença de outras plantas hospedeiras de insetos predadores. Apesar dessas questões, o manejo cultural separadamente não é eficiente no controle de pragas, podendo ser empregado juntamente com outros métodos.
O controle biológico para além do conservativo e/ou natural presente na área, pode ser realizado por meio de aplicações frequentes de agentes de controle. São comumente utilizados produtos microbiológicos de controle, como a bactéria Bacillus thuringiensis utilizada no controle de lagartas, ou a liberação de insetos parasitoides ou mesmo pupas estéreis da própria praga, comumente utilizado no controle da Mosca-do-mediterrâneo (Ceratitis capitata) no maracujá. Apesar da crescente utilização, existem poucos formulados biológicos registrados no MAPA para controle de pragas no maracujazeiro, sendo que esses concentram-se no controle da lagarta D. juno e da Mosca-do-mediterrâneo, C. capitata.
Outra opção de método de controle que pode ser adota em cultivos de maracujazeiro é o MIP (Manejo Integrado de Pragas), que é a junção de diferentes métodos de manejo para controle de pragas e outras técnicas benéficas para o cultivo de maracujá. A premissa do MIP se baseia na amostragem de insetos, que só são consideradas pragas para fins de controle quando geram danos econômicos que justificam a adoção de uma estratégia de manejo específica. De forma gera, o MIP adota estratégias em conjunto, com utilização de técnicas de manejo que buscam manter a população de pragas abaixo do nível em que é necessário o controle. Os principais métodos de manejo descritos pela literatura que podem ser adotados em conjunto para controle das 06 principais pragas encontradas estão destacados na tabela 01.
Tabela 01. Principais métodos de manejo recomendados pela literatura.
5 CONCLUSÃO
A praga de maior incidência nas lavouras objeto deste estudo foi Agraulis vanillae (Lagarta-do-maracujazeiro). Embora tenha ocorrido na maioria dos empreendimentos rurais, pelo relato dos empreendedores não é a que provoca maior dano econômico.
Os percevejos Holymenia clavigera (Percevejo-das-frutas), Anisoscelis spp (Percevejo-pé-de-folha) e Diactor bilineatus (Percevejo-do-maracujá), embora tenham sido identificados em somente 4 propriedades rurais, por manifesto dos empreendedores são as pragas que provocam maiores danos econômicos.
Em relação ao manejo, os produtores que descrevem a utilização de apenas um método de manejo de pragas não alcançam satisfação no controle, sendo que uma parte significativa dos empreendimentos rurais demonstram intenção de adotar métodos alternativos, como o Manejo Integrado de Pragas e/ou o manejo com produtos biológicos.
A maior parte dos empreendimentos estudados apresentam adoções de técnicas genéricas para o controle de pragas e condução dos cultivos, essas, por vezes, deixam a desejar em sua eficiência, podendo facilmente serem substituídas por técnicas mais vantajosas, adquirindo maior eficiência no controle de pragas, como o Manejo Integrado de Pragas, e na condução dos pomares, como a Produção Integrada de Maracujá, que capacita e adequa processos produtivos garantindo a produção com grande nível de qualidade.
REFERÊNCIAS
Aguiar-Menezes, L. E.; Menezes, E. B.; Cassino, P. C. R.; Soares, M. A. Passion Fruit. In: Penã, J. E.; Sharp, J. L. Wysoki, M. Tropical fruit pests and pollinators: biology, economic importance, natural enemies and control. Wallingford: CAB International. 2002.
Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA. AGROFIT. Disponível em: <https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons>. Acesso em: 13 de novembro de 2024.
CABI. Crop Protection Compendium. Wallingford, UK: CAB International. 2003.
Carvalho, R. da S.; Fancelli, M.; Machado, C. de F. Principais insetos e ácaros associados ao maracujazeiro. Maracujá: do cultivo à comercialização. Brasília, DF : Embrapa, 2017. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/doc/1081724/1/MARACUJA-do-cultivo-a-comercializacao-ed01-2017.pdf#page=192>. Acesso em: 26 de setembro de 2024.
Correa M. F.; Pinto, A. P. C.; Rezende, J. A. M.; Harakava, R.; Mendes, B. M. J. Genetic transformation of sweet passion fruit (Passiflora alata) and reactions of the transgenic plants to Cowpea aphid-borne mosaic virus. European Journal of Plant Pathology. v. 143. n. 4. p. 813-821, 2015. Disponível em: <https://doi.org/10.1186/s40064-015-1263-5>. Acesso em: 06 de novembro de 2024.
Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Produção brasileira de maracujá em 2021. 2022. Online. Disponível em: <https://www.embrapa.gov.br/mandioca-e-fruticultura>. Acesso em: 26 de setembro de 2024.
Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Risco Climático e Indicação de Época de Plantio do Maracujá no Estado do Tocantins. Boletim de pesquisa e desenvolvimento 30. Embrapa Pesca e Aquicultura. Palmas. 2023. Disponível em: <https://www.embrapa.br/en/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1160297/risco-climatico-e-indicacao-de-epoca-de-plantio-do-maracuja-no-estado-do-tocantins>. Acesso em: 22 de outubro de 2024.
Fadini, M. A. M.; Santa-Cecília, L. V. C. Manejo integrado de pragas do maracujazeiro. Informe Agropecuário, v. 21, n. 206, p. 29-33, 2000.
Fujihara R.T.; L.C. Forti; M.C. Almeida; Baldin, E.L.L. Insetos de importância econômica: guia ilustrado para identificação de famílias. Botucatu [Brasil]: FEPAF, 2011.
Faleiro, Fábio Gelape. Maracujá: fruta nativa do Brasil para o mundo. Anuário Campo & Negócios Hortifruti. Embrapa Cerrados, 2022. v. 11, p. 79-81. Disponível em: <http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1152428>. Acesso em: 18 de novembro de 2024.
Faleiro, F. G.; Junqueira, N. T. V.; Costa, A. M.; Jesus, O. N. de; Machado, C. de F.. Maracujá Passiflora spp. Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura (IICA). 2017. Disponível em: <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/1095883/1/Maracuja03a.pdf>. Acesso em: 20 de outubro de 2024.
Faleiro, F. G.; Junqueira, N. T. V.; Costa, A. M.; Jesus, O. N. de; Machado, C. de F; Junqueira, K. P; Araújo, F. P. de; Junghans, T. G. Espécies de maracujazeiro no mercado internacional. Maracujá : do cultivo à comercialização. Brasília, DF: Embrapa, 2017. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/doc/1081724/1/MARACUJA-do-cultivo-a-comercializacao-ed01-2017.pdf#page=192>. Acesso em: 26 de setembro de 2024.
Faleiro, F. G.; Junqueira, N. T. V.. Manejo integrado do maracujá: normas técnicas específicas e boas práticas agrícolas. Viçosa, MG: UFV, CEAD, 2022.
Fischer, I. H.; Kimati, H.; Rezende, J. A. M. Doenças do maracujazeiro. In: Kimati, H.; Amorim, L.; Rezende, J. A. M.; Bergamin Filho, A.; Camargo, L. E. A. (Ed.) Manual de fitopatologia: doenças das plantas cultivadas. Piracicaba: Agronômica Ceres, 2005, p. 467-474. Disponível em: <https://ppgfito.ufersa.edu.br/wp-content/uploads/sites/45/2015/02/Livro-Manual-de-Fitopatologia-vol.2.pdf>. Acesso em: 06 de novembro de 2024.
Gallo, D.; Nakano, O.; Silveira Neto, S.; Carvalho, R. P. L.; Baptista, G. C. De; Berti Filho, E.; Parra, J. R. P.; Zucchi, R. A.; Alves, S. B.; Vendramim, J. D.; Marchini, L. C.; Lopes, J. R. S.; Omoto, C. Entomologia agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002. 920 р.
Garcêz, R. M.; Chaves, A. L. R.; Eiras, M.; Meletti, L. M. M.; Azevedo Filho, J. A. de; Silva, L. A. de; Colariccio, A. Levantamento da população de pulgões em uma cultura de maracujá-amarelo e sua relação com a disseminação do Cowpea aphid-borne mosaic virus em uma região subtropical do Brasil. Springer Plus. v.4. p.537, 2015. Disponível em: <https://springerplus.springeropen.com/articles/10.1186/s40064-015-1263-5>. Acesso em: 06 de novembro de 2024.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção agrícola – Lavoura permanente/ 2023. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pesquisa/15/0?ano=2023>. Acesso em: 26 de setembro de 2024.
Lunz, A. M.; Souza, L. A. de; Lemos, W. P. Reconhecimento dos Principais Insetos-Praga do Maracujazeiro. 1. ed. Belém, PA: Embrapa Amazônia Oriental, 2006. 36 p. (Documentos Embrapa Amazônia Oriental, 245). Disponível em: <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/379352/1/Doc245.pdf>. Acesso em 11 de novembro de 2024.
Lemos, W. P. Controle integrado de pragas em fruteiras amazônicas. Fortaleza: Instituto Frutal, 2009. 107 р.
Ministério da Agricultura e Pecuária. Portaria nº 313, de 20 de julho de 2021. Secretaria de política agrícola. 2021. Disponível em: <https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/riscos-seguro/programa-nacional-de-zoneamento-agricola-de-risco-climatico/portarias/safra-vigente/tocantins>. Acesso em: 22 de outubro de 2024.
Nakano, Octavio. Entomologia Econômica. Piracicaba: Edição do Autor, 2011.
Ruggiero, C.; São José, A. R.; Volpe, C. A.; Oliveira, J. C. De; Durigan, J. F.; Baumgartner, J. G.; Silva, J. R. da; Nakamura, K.; Ferreira, M. E.; Kavati, R.; Pereira, V. de P. Maracujá para exportação: aspectos técnicos da produção. FRUPEX. Publicações técnicas, 19. Brasília: Embrapa-SPI, 1996. 64p.
Souza, J. da S.; Gerum, A. F. A. de A. Aspectos econômicos da produção do maracujá no Brasil. Maracujá : do cultivo à comercialização. Brasília, DF : Embrapa, 2017. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/doc/1081724/1/MARACUJA-do-cultivo-a-comercializacao-ed01-2017.pdf#page=192>. Acesso em: 26 de setembro de 2024.
Oliveira, M. A. S.; Icuma, I. M.; Alves, R. T.; Junqueira, N. T. V.; Oliveira, J. N. S.; Andrade, G. A. De; Silva, J. F. Principais pragas do maracujazeiro no cerrado. Embrapa Cerrados: Recomendações Técnicas, 3. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2000. 2p.
Oliveira, M. A. S.; Frizzas, R. M. Principais pragas do maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Degener) e seu manejo 1. ed. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2014. 43 p. Documentos Embrapa Cerrados, 323. Disponível em: <https://www.embrapa.gov.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1016673/principais-pragas-do-maracujazeiro-amarelo-passiflora-edulis-f-flavicarpa-degener-e-seu-manejo>. Acesso em: 26 de setembro de 2024.
Picanço, M.; Gonring, A. H. R.; Oliveira, I. R. Manejo integrado das pragas. In: Bruckner, C. H; Picanço, M. C. (Ed.). Maracujá: tecnologia de produção, pós-colheita, agroindústria, mercado. Porto Alegre: Cinco Continentes, 2001. Cap. 8, p. 189-242.
Ribeiro, N. A. et al.. Stink Bug Population Fluctuation and Control in Sour Passion Fruit Orchards in Southern Brazil. Revista Caatinga, v. 32, n. 4, p. 1111–1116, out. 2019. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1983-21252019v32n428rc>. Acesso em: 26 de setembro de 2024.
Rolim, Guilherme Gomes et al. Morfologia, Nutrição e Principais Pragas do Maracujazeiro Doce (Passiflora alata Curtis). Revista de Agroecologia no Semiárido, [S.l.], v. 3, n. 1, p. 01-13, out. 2019. ISSN 2595-0045. Disponível em: <https://periodicos.ifpb.edu.br/index.php/ras/article/view/2185>. Acesso em: 28 Out. 2024. doi:http://dx.doi.org/10.35512/ras.v3i1.2185.
Rossetto, C. J.; Cavalcante, R. D.; Crisi Jr., C.; Carvalho, A. M. Insetos do maracujazeiro. Instituto Agronômico. Circular, 39. São Paulo: Instituto Agronômico, 1974. 12p.
Tomomitsu, A. T.; Chaves, A. L. R.; Duarte, L. M.; Eiras, M.; Santos, D. Y. A. C. Effect of Cowpea aphid-borne mosaic virus on growth and quantitative variation of total phenolics and flavonoids from Passiflora edulis Sims. Boletim Botânico, São Paulo, v. 32, n. 1, p. 141- 144, 2014. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-9052.v32i1p141-144>. Acesso em: 06 de novembro de 2024.
Zucchi, Roberto Antonio. Pragas agrícolas e florestais na Amazônia. Brasília: EMBRAPA, 2016. 11 cap.
1Discente do Curso Superior de Engenharia Agronômica da Universidade Estadual do Tocantins Campus Palmas e-mail: karinjacoby@unitins.br.
2Docente do Curso Superior de Engenharia Agronômica da Universidade Estadual do Tocantins Campus Palmas. Mestre em Agroenergia (MA/UFT). e-mail: thiago.ml@unitins.br.
3Docente do Curso Superior de Tecnologia em Gestão do Agronegócio da Universidade Estadual do Tocantins Campus Palmas. Mestre em Agroenergia (MA/UFT). e-mail: daisy.pd@unitins.br.
4Docente do Curso Superior de Engenharia Agronômica da Universidade Estadual do Tocantins Campus Palmas. Mestre em Agronomia (DA/UEP). e-mail: cid.tm@unitins.br.