USO DE POLIMETILMETACRILATO PARA FINS ESTÉTICOS EM PACIENTES NÃO IMUNODEPRIMIDO

USE OF POLYMETHYLMETHACRYLATE FOR AESTHETIC PURPOSES IN NON-IMMUNODEPRESSED PATIENTS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202412062152


Thiago Mattos Pereira1
Synara Abrantes de Araújo2


RESUMO

Em um mundo onde se predomina a importância do cuidado através de métodos estéticos, abordar sobre o componente plástico (polimetilmetacrilato – sigla PMMA) é fundamental, pois permite o entendimento de sua composição, suas formas de utilização, os seus efeitos, bem como denuncia o seu máximo risco e proibição à finalidade estética, além de direcionar o tratamento adequado, quando, mesmo assim, são realizados procedimentos com o produto por profissionais que não são treinados e habilitados. Considerando os métodos de aplicação do polimetilmetacrilato, a forma de gel para preenchimento cutâneo de pequenas áreas do corpo é uma das mais utilizadas e requisita de profissional médico habilitado, com dose restrita de utilização do produto, com devida certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, somente para reparação de defeitos tegumentares ou da pele.

Palavras-Chave: polimetilmetacrilato, estética, denúncia de irregularidades

ABSTRACT

In a world where the importance of care through aesthetic methods predominates, addressing the plastic component (polymethylmethacrylate – acronym PMMA) is fundamental, because it allows the understanding of its composition, its forms of use, its effects, as well as denounces its maximum risk and prohibition to the aesthetic purpose, in addition to directing the appropriate treatment, when, even then, procedures with the product are performed by professionals who are not trained and qualified. Considering the methods of application of polymethylmethacrylate, the gel form for cutaneous filling of small areas of the body is one of the most used and required by qualified medical professional, with restricted dose of use of the product, with proper certification from the National Health Surveillance Agency, only for repair of skin or integumentary defects.

Keywords: polymethylmethacrylate, aesthetics, reporting irregularities

INTRODUÇÃO

De acordo com o Horvatich (2024), o polimetilmetacrilato (PMMA) “é um componente plástico com diversos tipos de aplicação, tanto na saúde quanto em setores produtivos”. Considerando o parâmetro estético, com o qual o presente trabalho almeja contribuir com maior atenção, o PMMA “pode ser usado para preenchimento cutâneo, em forma semelhante a um gel” (HORVATICH, 2024).

Manfro et al. (2020) discorre sobre a utilização do polimetilmetacrilato (PMMA) na área estética, destacando sua utilização de maneira recorrente em procedimentos de preenchimentos dérmicos, sendo, estes, capazes de amenizar rugas e linhas de expressão e de corroborar com a afirmação de Cruz et al. (2021) sobre a crescente busca pelo “corpo perfeito”, onde os autores sinalizam a importância da estética para a realização do ser em se adequar aos consideráveis “padrões de beleza”.

Portanto, hoje, de acordo com Coelho (2024), o PMMA “é um dos produtos mais utilizados como preenchedor, por ter resultados positivos e duradouros”, pois através dele se “obtém uma correção volumétrica corporal, com equilíbrio de assimetrias e definição de contorno corporal e facial”. Porém, esses resultados são – de modo comprovado – passíveis de intercorrências, e essa perfeição desejada não é, em sua totalidade, alcançada. De acordo com Kurimori et al. (2019), apenas no ano de 2016, foram diagnosticados mais de 17 mil casos consequentes de complicações originadas através do uso de PMMA.

Os autores (2019), inclusive, alertam que, para fins estéticos, o uso de PMMA de maneira indiscriminada no Brasil, “mereceu alerta público do Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2006 devido à aplicação sem embasamento científico” e, além disso, “por profissionais não qualificados, e propaganda fantasiosa e exagerada da ténica conhecido por “bioplastia””.   

Coelho (2024) aponta a escolha pelo polimetilmetacrilato (PMMA) com base em dois aspectos consideráveis: o baixo custo e uma difícil absorção pelo organismo, sendo este último fator, a principal causa para resultados duradouros. A autora (2024) também destaca sua utilização como forma de substituição ao Ácido Hialurônico, um composto glicosaminoglicano responsável por uma “hidratação prolongada da pele” e, assim como o polimetilmetacrilato (PMMA), veiculado como preenchedor. Porém, a principal diferença entre ambos se dá à absorção: como bem mencionado por Coelho (2024): “o PMMA é dificilmente, e até impossível de ser retirado; diferente do ácido hialurônico que não chega a causar danos à saúde, porém é absorvido pelo organismo em até dois anos”.

Portanto, devido a gravidade do assunto e a comprovação de recentes estudos sobre as consequências deste componente quanto utilizado para fins estéticos, este trabalho visa acrescentar uma contribuição a esta abordagem e enfatizar, de maneira comprometida, as consequências acerca das complicações associadas à utilização de PMMA. Logo, verifica-se como uma fonte de conhecimento acerca do tema, bem como uma conscientização para os indivíduos que, porventura, cogitarem realizar todo e qualquer procedimento vinculado ao produto em questão.

MÉTODO

Cavalcante e Oliveira (2020) discorrem que os “diferentes métodos de revisão bibliográfica surgem como alternativas de compreensão ampla do conhecimento da produção científica de um campo, área ou tema”. As autoras (2020) descrevem sobre este tipo de metodologia, caracterizando-o “pelo uso e análise de documentos de domínio científico, tais como livros, teses, dissertações e artigos científicos; sem recorrer diretamente aos fatos empíricos”.  

Sendo assim, este trabalho de conclusão de curso tem como metodologia a revisão bibliográfica de modo qualitativo e descritivo dos principais e relevantes estudos já realizados sobre a temática em questão, com base em artigos científicos disponíveis à base de dados online da biblioteca digital Scielo (Scientific Electronic Library Online) e físicos, caso necessário.

Martins (2004) descreve que “a metodologia qualitativa, mais do qualquer outra, levanta questões éticas, principalmente devido à proximidade entre pesquisador e pesquisados”, e enfatiza a importância da “capacidade integrativa e analítica” do autor, mediante “a variedade de material obtido” por ele.

Tratando-se das pesquisas do estudo em questão, estas foram delimitadas por palavras-chaves e/ou sentenças como: Polimetilmetacrilato (PMMA); complicações associadas ao uso de PMMA; complicações imediatas; complicações tardias e casos relatados.

Uma vez alcançado o material desejado, realizou-se uma análise qualitativa e apurada deles, com o objetivo de encontrar informações cruciais ao desenvolvimento deste trabalho. Para tanto, recorreu-se de leituras detalhadas para, após a aquisição de conteúdos relevantes e selecionados, mediante análise descritiva, apresentar conclusões auferidas, finalmente.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Complicações associadas ao uso de PMMA

Barros (2023) evidencia que “a aplicação do PMMA varia de acordo com a finalidade desejada”. Para fins estéticos, como é a abordagem principal da discussão presente neste trabalho, o doutor (2023) explica que “o PMMA é injetado na pele através de agulhas finas, preenchendo rugas e sulcos faciais. Em procedimentos cirúrgicos, o PMMA é utilizado na forma de implantes”.

Rotolo (2024) corrobora evidenciando que o PMMA “é indicado para corrigir pequenas deformidades ou a perda de gordura facial em pessoas com infecção pelo vírus HIV e deve ser aplicado somente pelo dermatologista ou cirurgião plástico”. Portanto, o doutor (2024) indica que “a aplicação do PMMA não é recomendada para fins estéticos, devido ao risco de complicações”.

Sobre a maneira como o uso desta substância plástica é realizado, Rotolo (2024) descreve que o material “é aplicado em uma pequena região através de injeções no tecido subcutâneo (…), geralmente formuladas com lidocaína, um tipo de anestésico para reduzir a dor durante a aplicação”. Além disso, o dermatologista (2024) destaca que há, também, na composição: colágeno bovino, sendo “uma proteína que é absorvida pela pele em alguns dias após a sua aplicação” e faz um alerta sobre o PMMA não ser absorvido pelo corpo, contribuindo para que os resultados possam ser notados “após 1 ou 2 meses do tratamento”.

Embora seja um produto aprovado pela Anvisa, no Brasil, Kumori (2019) destaca que a sua utilização pode extrapolar suas indicações e, portanto, ocasionando complicações graves. O autor (2019) ressalta que o esforço das entidades médicas comparado aos inúmeros casos de complicações agudas e crônicas presentes na literatura brasileira torna-se complicado estabelecer informações confiáveis a nível epidemiológicos, uma vez que “não há controle do número de aplicações, da qualidade do produto utilizado e da capacitação dos profissionais que o utilizam”.

Em relação a pauta, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (2022) destaca que o uso do polimetilmetacrilato (PMMA) “é extremamente perigoso quando utilizado fora das recomendações do CFM1 e do CREMESP2.”, apontando, portanto, que esta substância “pode ocasionar complicações precoces e tardias de difícil resolução”.

Kumori et al (2019) corrobora, inclusive, com a denúncia de que, se tratando do Brasil, “há um número expressivo de procedimentos reparadores para a correção de complicações decorrentes do uso do PMMA”, o que contribui para que haja um alerta ao que ele discorre sobre ter uma “necessidade de combate à má prática por profissionais não capacitados, assim como um controle mais rigoroso da comercialização do produto por entidades reguladoras”. Para tanto, a SBCP (2022) destaca que apenas os dermatologistas e cirurgiões plásticos são profissionais com permissão para realizar práticas envolvendo a substância em questão, considerando, assim, os demais profissionais da área da saúde desautorizados à aplicação desta, em procedimentos estéticos.

Sobre a não recomendação do uso do PMMA, Rotolo (2024) cita quem não deve usar o polimetilmetacrilato, destacando:

“O PMMA não deve ser usado por: criança menores de 18 anos; Mulheres grávidas ou em amamentação; Pessoas que realizaram outros tratamentos estéticos nos últimos 6 meses; Pessoas que estão recebendo terapia de luz ultravioleta; Histórico de alergias ou reação anafilática; Alergia à lidocaína ou outros anestésicos, ou ao colágeno bovino; Pessoas com tendência à formação de cicatrizes grossas; Pessoas com feridas, infecções, espinhas ou cistos na pele.” (ROTOLO, 2024)

De acordo com Coelho (2024), “a influência das redes sociais e a mídia na definição dos padrões de beleza contemporâneos não podem ser ignoradas”, pois corroboram para o fenômeno que Kumori et al (2019) discorre como a disponibilidade de uma cultura predominante no compartilhar estético visual; onde se gera uma oferta de resultados imediatos de transformação e forte impacto comuns à massa.

Indicado para correção de deformidades em grau pequeno e perda da gordura fácil em pessoas infectadas pelo vírus HIV, o PMMA não é recomendável com objetivos estéticos, afinal, na medicina estética, o uso de PMMA não está isento de riscos, embora amplamente adotado. Considerando o nível de complicações, estas podem ser classificadas em imediatas e tardias, cada qual com seus impactos e particularidades (Menezes & Costa, 2019).

Complicações imediatas

Esse tipo de complicações ocorre logo após o procedimento, conforme Silva (2020), e estão relacionadas com o desenvolvimento de reações alérgicas, infecções e a formação de nódulos (Rodrigues & Almeida, 2018). Tratando-se do nível de complexidade, podem variar de leves a severas, de acordo com a sensibilidade do paciente e do modo como o procedimento foi exercido tecnicamente.

Ferraz (2006) considera como complicações imediatas “as que ocorrem até 30 dias do tratamento cirúrgico, mesmo que o paciente esteja em sua residência”. Sob a ótica da cirurgia estética, o autor (2006) aponta que “qualquer cirurgia realizada em um paciente tem um componente de risco”, incluindo-a ao “agravante de ser realizada em pessoa normal, que não é portadora de doença”.

Reações alérgicas

Fernandez (2022) denomina as reações alérgicas, ou como também descreve, reações de hipersensibilidade, sendo “respostas inadequadas do sistema imunológico a uma substância que normalmente é inofensiva”. De acordo com o autor, em pessoas sensíveis, “o sistema imunológico pode reagir de forma exagerada quando exposto a certas substâncias (alérgenos) no ambiente, alimentos ou fármacos, que são inócuos para a maioria das pessoas”.  

Aplicando-se ao conteúdo proposto, Barros (2023) evidencia que, ainda que o PPMA seja amplamente utilizado, o polímero termoplástico transparente e rígido possui riscos dos quais, um dos principais “está relacionado à possibilidade de reações alérgicas, que podem variar de leves a graves”. De acordo com o doutor (2023), tais reações podem ser manifestadas por “vermelhidão, coceira, inchaço e dor no local da aplicação. Em casos mais graves, podem ocorrer dificuldade respiratória, taquicardia e queda da pressão arterial”.

Portanto, como forma de prevenção e cuidado, frente às possibilidades citadas, Barros (2023) enaltece a importância de “realizar um teste de alergia antes da aplicação do PMMA, a fim de identificar possíveis sensibilidades”.

Rotolo (2024) confirma a importância da aplicação de PMMA ser discutida com um médico, pois, de acordo com o dermatologista, “é um tratamento que possui vários riscos, podendo causar complicações como infecção ou alergia, e não é indicado para utilização em grandes áreas do corpo como glúteos ou pernas, por exemplo”.

Sobre as reações de vermelhidão e/ou inchaço na região da pele onde foi realizada a aplicação já citadas, o doutor (2024) evidencia que “geralmente melhoram em 24 horas” e complementa afirmando que, caso haja o surgimento de hematomas, estes “desaparecem de 3 a 7 dias após a aplicação”.

Assim como Barros (2023), Rotolo (2024) destaca a importância da realização de um teste cutâneo alérgico ao PMMA, uma vez que o “colágeno bovino na fórmula do PMMA pode causar alergia”.

Infecções

De acordo com Tortora, Funke e Case (2017), “infecção é o crescimento de microrganismos em um local onde não são normalmente encontrados no corpo, o que pode ou não causar doença”. Tratando-se do conceito desse termo, define-se como a apropriação e crescimento de modo múltiplo de bactérias, vírus, fungos ou parasitas, por exemplo, no corpo humano ou em outros seres vivos, ocasionando variações fisiológicas e anomalias.

Considerando a perspectiva clínica, Murray, Rosenthal e Pfaller (2021) contribuem sob a ótica de que “a infecção não implica necessariamente em doença; muitas infecções permanecem assintomáticas ou latentes até que fatores ambientais ou imunológicos alterem o equilíbrio entre o hospedeiro e o agente infeccioso”.

Segundo Prescott et al (2022), trata-se do “estabelecimento, crescimento e multiplicação de microrganismos no hospedeiro, resultando em uma resposta imunológica, que pode levar ou não a sintomas clínicos”. Em contribuição ao tema, considerando o contato entre o hospedeiro e o agente infeccioso, Levinson (2020) evidencia que “uma infecção ocorre quando um microrganismo patogênico invade um hospedeiro suscetível, utilizando os recursos do organismo para sobreviver, replicar-se e, muitas vezes, causar dano aos tecidos”.

No cenário dos procedimentos estéticos, as infecções são complicações originadas da introdução de microrganismos patogênicos no organismo durante práticas realizadas em consultórios, clínicas ou ambientes não hospitalares. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2019):

“infecções em procedimentos estéticos podem ser causadas por microrganismos como bactérias, fungos ou vírus, sendo frequentemente associadas a práticas inadequadas de higienização das mãos, desinfecção de equipamentos ou uso de produtos contaminados” (ANVISA, 2019).

Os procedimentos estéticos, argumentados na abordagem de Monteiro et al (2020), mesmo apontados com um grau de risco baixo, “podem se tornar portas de entrada para infecções graves quando não realizados sob rigorosos critérios de higiene”. Em colaboração ao tema, Silva e Oliveira (2018) explica que a existência de infecção está “diretamente relacionado à qualificação do profissional, à técnica empregada e à adoção de protocolos de biossegurança, incluindo a esterilização correta de materiais e o uso de insumos descartáveis”.

Complementando, Rodrigues e Castro (2021) abordam um dos pontos mais relevantes para o alerta à condição de existência deste tema: a importância da capacitação profissional, pois, segundo os autores, o uso correto de antissépticos, bem como o cumprimento das normas de biossegurança, estão diretamente relacionados à prevenção de infecções, já que estas originam-se em contrapartida à formação e ao treinamento dos profissionais.

Evidenciando esse tema em decorrência do uso de polimetilmetacrilato, Ribeiro e Andrade (2019) alegam que mesmo sendo um produto regulamentado – trazendo, portanto, segurança quanto à aplicação de modo preciso –, as infecções geradas a partir de sua observância são acarretadas “à reativação de biofilmes bacterianos formados ao redor das partículas do material”.

Barros (2023), sobre a aplicação inadequada do PMMA, também alerta sobre a presença de uma quantidade excessiva do produto, em locais não indicados ou sob condições precárias de higiene e evidencia, portanto, a necessidade de um tratamento médico adequado quando surgirem inflamações e infecções no local onde realizado o procedimento.

Complicações tardias

Segundo DeLorenzi (2013), o retorno crônico do organismo frente ao material introduzido caracteriza o que se denomina como complicações tardias, compreendendo a composição de granulomas ou a subsistência de biofilmes bacterianos. Em contribuição ao tema, Goodman et al. (2019) discorre que esses embaraços são capazes de suceder “processos inflamatórios crônicos associados a materiais de preenchimento permanente ou semipermanente, sendo mais difíceis de tratar do que as complicações imediatas.”.

Associando-as ao uso de PMMA em procedimentos estéticos, técnica aprovada apenas para correção de lipodistrofia e volumetria facial e corporal, verifica-se uma associação à resposta imunológica crônica, formação de biofilmes bacterianos, ou técnicas inadequadas de aplicação, o que pode desencadear efeitos adversos com o passar do tempo, uma vez que o PMMA é um material permanente. Para tanto, Ribeiro et al (2021) valida que microrganismos de crescimento lento geram biofilmes ao redor das partículas do preenchedor, sucedendo em nódulos dolorosos ou assintomáticos em determinado período após a aplicação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora haja produtos com registro há mais de dez anos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, as características do polimetilmetacrilato torna-o um componente de máximo risco, evidenciando determinada atenção e análise perante sua utilização.

A condenação do uso de polimetilmetacrilato em procedimentos estéticos por profissionais médicos é uma realidade no Brasil, uma vez que o corpo não consegue deteriorar o polímero, por se tratar de um plástico. Logo, para retirar o material introduzido ao corpo, é necessário um procedimento cirúrgico, do qual se remove junto ao tecido.

Verifica-se, em consequência disso, que a realização de qualquer procedimento corporal, seja ele para fins estéticos ou não, deve ser exercida por profissionais formados, com registro em órgãos competentes e capacitados para atender a necessidade do paciente. Sendo assim, é possível que, diante do caso, o PMMA não seja uma alternativa executável, fazendo-se viável outro material ou procedimento.

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1Graduando de Biomedicina do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU, Brasil

2Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Piauí e Especialista em Clínica Médica