TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE: OS PRINCIPAIS SINTOMAS À LUZ DA ANÁLISE COMPORTAMENTAL E COGNITIVA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102412061709


Dayaci Maria Pinheiro De N.Cecilio*
Evanicélia Bento Da Silveira*
Marinete Nascimento Alves Júlio*
*Hytalo Mangela De Sousa Faria**


Resumo: Este estudo aborda o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), a partir dos principais sintomas, à luz da análise comportamental. O objetivo é conhecer melhor sobre o TPB, entender como os principais sintomas alteram o comportamento, para diferenciar o bordeline de outros transtornos de personalidade. Esta pesquisa utilizou uma abordagem qualitativa, fundamentada em artigos científicos, em investigadores da saúde mental e em teóricos que estudam tendências e comportamento humano. Os resultados apontam para a necessidade de uma avaliação clínica criteriosa e a combinação de diferentes abordagens terapêuticas, como a análise comportamental e cognitiva, para um paciente ser diagnóstico com Borderline . A conclusão desta investigação reforça a importância de uma abordagem multidisciplinar e personalizada para o diagnóstico eficaz do TPB, considerando a singularidade de cada paciente e a construção de uma aliança terapêutica sólida. Esta discussão pode contribuir para incentivar novas investigações sobre o Borderline, principalmente no âmbito de terapias que proporcionem alívio efetivo, para que o paciente consiga viver boas e duradouras experienças emocionais.

Palavras-chave: Borderline; Análise Comportamental, Terapia Cognitiva comportamental e Diagnóstico.

Abstract: This study addresses Borderline Personality Disorder (BPD), exploring its characteristics, diagnoses, and therapeutic approaches. The goal is to deepen the understanding of BPD, differentiating it from other personality disorders, and identifying the most effective therapeutic strategies. The research uses a qualitative approach, based on a comprehensive bibliographic review, including books, scientific articles, and case analyses. The results point to the complexity of diagnosing BPD, highlighting the need for a thorough clinical evaluation and the combination of different therapeutic approaches, such as behavioral analysis and cognitive-behavioral therapy. The conclusion reinforces the importance of a multidisciplinary and personalized approach for the effective treatment of BPD, considering the uniqueness of each patient and the construction of a solid therapeutic alliance. This research contributes to the improvement of diagnostic and therapeutic practices, providing a foundation for future investigations and interventions in the field of mental health.

Key-words: Borderline, Behavioral Analysis, Cognitive Behavioral Therapy and Diagnosis.

1   INTRODUÇÃO

Na presente pesquisa buscou-se abordar sobre o Transtorno de Personalidade Borderline: os principais sintomas à luz da análise comportamental. A reflexão vai se desenvolver, passando por alguns períodos históricos relevantes, um olhar sobre a conceituação, análise dos principais sintomas a partir do comportamento e as contribuições desta investigação para a sociedade acadêmica e para a população civil.

Antes de entrar no foco da pesquisa, é necessário trazer alguns apontamentos relativos às mudanças histórico-temporais¹ que influenciaram as inevitáveis alterações psico-comportamentais² nos humanos. Neste sentido, considera-se relevante fazer uma síntese da sequência temporal³, pela qual a sociedade passou (e continua a passar), a qual provocou (e ainda o faz) mudanças comportamentais resultantes de um conjunto cultural e ambiental que circundam uma pessoa.

Diante do exposto, convém mencionar as sequências cronológicas que guiaram a sociedade para a realidade social, cultural, tecnológica, ambiental e comportamental em que vive atualmente. Deve-se destacar que, até o início da Segunda Guerra Mundial4, viveu-se o período conhecido como modernidade sólida5, caracterizado pela solidificação das relações humanas, das relações sociais, da ciência e do pensamento, segundo MIGUEL (2021).

A partir de 1960, iniciou-se a chamada modernidade líquida6, marcada pela lógica do consumo: TER em detrimento de SER, em que as mudanças rápidas e imprevisíveis nas relações econômicas eram sobrepostas as relações sociais, como também o enfraquecimento do afeto entre as pessoas, e ainda, valorização do que as pessoas têm, conforme MIGUEL (2021), inspirado no teórico polonês, Zygmunt Bauman7, pai da teoria da Modernidade líquida de 1999.

Por volta dos anos 2000 (grifo nosso), deu-se o fim da Modernidade Líquida e principiou o período entendido como Modernidade Gasosa, segundo DEWEIK (2024)8


¹ Acontecimentos que impactam diretamente a vida das pessoas, como mudanças na economia, no cenário político, tendências na moda, etc.

² São reações psíquicas como: ansiedade, raiva, pressão psicológica, entre outras, difíceis de serem controladas, que refletem no comportamento como: inquietação, palpitação, tremor, medo, insônia, compulsão alimentar, entre outras.

³ Sequência cronológica de acontecimentos que culminaram numa série de resultados histórico-sociais, que refletiram em diversas formas de comportamento.

marcado pelo advento das redes sociais. Segundo Morace apud Deweik, as pessoas são multiplicadas através do digital, jovens empreendedores, startupeiros, influenciadores, criadores voam para a popularidade benéfica ou maléfica. Ainda conforme Morace, na condição gasosa, há um forte desejo por popularidade, neste sentido, as relações acontecem por meio de aplicativos e redes sociais.

Seguindo a visão de Morace, Deweik menciona que as mudanças acontecem cada vez mais rápido, pois vivemos verdadeiras tempestades, nas quais, hábitos e certezas podem ser substituídos por novas formas de conceber a vida e o mundo que nos rodeia. Neste sentido, a pressão digital, impulsiona a conectividade como condição, isso significa que os algoritmos refinam nossas pesquisas e descobrem nossos gostos e prazeres, um caminho virtual, quase irresistível.

Diante desse cenário de mudanças rápidas, intensas e, dificilmente, reversíveis, onde a tecnologia e as redes sociais direcionam o futuro das coisas e das pessoas, frente a aceleração frenética de busca incessante por likes, engajamento, seguidores, bater metas no trabalho, compras por status, entre outras compulsividades, surge uma indagação: qual a relação entre essa somatória de mudanças e o desenvolvimento de transtornos mentais?

Para responder a pergunta acima, foram pesquisados alguns sites de saúde mental e várias bibliografias, entre elas, a Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, na temática “Em busca das origens desenvolvimentais dos transtornos mentais, do Doutorando Guilherme V. Polanczyk (2009), para ele, os pesquisadores conceituam que os transtornos mentais surgem a partir de relações em múltiplos níveis, entre características do indivíduo, ambientais e sociais.

Entende a psicopatologia desenvolvimental que, há uma tendência natural das pessoas a se adaptarem ao ambiente, se esse é patológico, há a possibilidade de a adaptação também ser. Por isso, “as causas dos transtornos mentais são diferentes conforme a idade, momento do indivíduo e o contexto familiar e social”, sustenta Polanczyk (2009).


4 Ocorreu de 1º de setembro de 1939 a 2 de setembro de 1945.

5 Modernidade sólida: outras características, valorização das tradições; compromisso sério com a busca pela verdade; valorização das pessoas pelo que elas são. SER em detrimento do TER.

6 Relações cada vez mais temporárias, falência do pensamento, os indivíduos passam por constantes adaptações devido às mudanças de trajetórias (SANTOS e DIAS, 2019).

7 Zygmunt Bauman (1925 – 2017), nascido em Poznan, na Polônia. Foi sociólogo e professor emérito de sociologia nas Universidades de Leeds (Inglaterra) e de Varsóvia (Polônia). Recebeu o Prêmio de Príncipe das Astúrias de comunicação e humanidades em 2010.

8 Sabina Deweik é caçadora de tendências, futurista, pesquisadora, consultora e educadora. Formada em jornalismo pela PUC, é mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC, também é mestre em Comunicação de moda pela Domus Academy, de milão, entre outras especialidades.

Diante desse cenário de transtornos, segundo CARNEIRO (2004), o Transtorno de Personalidade Borderline – TPB é caracterizado por relacionamentos intensos e instáveis, sintomados por profundo medo de abandono.

Em muitos casos, indivíduos com TPB demonstram uma luta constante entre o desejo de conexão e o medo de rejeição. Esse padrão de comportamento pode ser interpretado dentro da análise comportamental como uma tentativa de evitar a solidão ou abandono, que são experiências aversivas. O comportamento de aproximação intensa, por exemplo, pode ser reforçado quando há uma resposta emocional forte (mesmo que negativa), como uma forma de garantir atenção ou validação, mesmo que momentânea (Linehan, 1993). A busca por validação pode ser observada como um comportamento reforçado por contingências que fortalecem a dependência emocional.

Conforme Fitzpatrick & Andrasik, (2020), as respostas a essas tentativas de conexão são muitas vezes imprevisíveis ou insatisfatórias, o que pode gerar a instabilidade nos relacionamentos. A pessoa com TPB, em muitos casos, experimenta essas variações como situações emocionais de aversão (medo do abandono), que podem gerar comportamentos impulsivos como uma forma de evitar a dor emocional. Esse ciclo de tentativa e erro, onde o comportamento de aproximação alterna com o de afastamento, pode ser visto como um padrão aprendido de fuga das contingências aversivas.

A presente pesquisa na oportunizou aprofundar os estudos concernetes a alguns motivos que estimulam o surgimento do Transtorno de Personalidade Borderline – TPB, em uma dada pessoa. Esta clarificação contribui para uma formação mais completa do profissional em saúde mental, tendo em vista um diagnóstico mais eficaz, bem como para leitores interessados em transtornos mentais e ainda fonte de pesquisa para a comunidade acadêmica.

Dessa forma, pesquisar sobre o Transtorno de Personalidade Borderline à luz da análise comportamental tem duas relevâncias principais: para a sociedade científica, se traduz como fonte de conhecimento específico sobre as aplicações psicológicas, em um paciente com borderline e para a população em geral, reflete em psicólogos melhor preparados, para desenvolver planos terapeúticos, sugerir políticas públicas específicas, e ainda usar as mídias para abordar os sintomas.

2                FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA
2.1  Uma breve abordagem sobre os conceitos

Inicialmente, Stern, em 1938, apud Dalgalarrondo e Vilela s.d. foi o primeiro a usar o termo borderline para pacientes que despertavam fortes reações contratransferenciais em seus terapeutas. No início da década de 50, o transtorno de borlerline surge como categoria diagnóstica na clínica psiquiátrica e psicanalítica, conforme Masterson (1972) apud Dalgalarrondo e Vilela s.d. Em 1953, através do trabalho de Robert Knight titulado “Estados Borderline”, o termo boderline começa a ganhar mais espaço nas pesquisas psiquiátricas e psicanalíticas. Knight usava a expressão boderline para pacientes internados, que não eram psicóticos e nem neuróticos.

Segundo Gunderson (1984), o borderline tem um padrão de comportamento mais associado a atos de autodestruição intencional e tentativas suicidas. Conforme o mesmo autor, tais comportamentos são ignorados como fontes a serem tratadas.

Conforme a psiquiatra, Drª Molina, autora do Artigo “O que é transtorno de personalidade Borderline” (2022 – 2024), a síndrome de Borderline é uma condição que faz o indivíduo viver no limite de suas emoções, por isso acontecem as mudanças repentinas de humor. Molina aponta dois tipos de Borderline: a explosiva: é muito intensa e manifestada em ataques de raiva e fúria; e a implosiva: volta tudo para dentro de si, o sofrimento é convertido em práticas autodestrutivas.

Para Souza SSC e Correa AS (2019) apud Warol et al. (2022) em decorrência do desequilíbrio emocional e comportamental provocado pelo borderline, os pacientes se envolvem em situações perigosas como: relações abusivas, masoquistas, abuso de álcool e drogas. Por isso, aponta Finkler DC et. al. (2017) apud Warol et al. (2022), Esses indivíduos vivem no limite de seus sentimentos e sentem suas emoções mais intensamente, como: ataque de fúria, de ansiedade e de choro com duração maior.

Segundo Dalgalarrondo e Vilela s.d., ao longo dos últimos 20 anos, o termo boderline tem ganhado popularidade e maior precisão. Os autores ainda mencionam que essa síndrome vem sendo pesquisada crescentemente por clínicos e investigadores. Dalgalarrondo e Vilela também destacam que nos últimos 10 anos, foram publicados mais de 1.500 artigos com o tema “transtorno de personalidade borderline”.

Como visto, ainda não há um padrão de conceito de Borderline entre médicos e pesquisadores, apesar de todo avanço em conhecimento da sindrome em discussão. É importante destacar que eles concordam que é um transtorno de manifestação muito intensa e essa intensidade faz o paciente viver no limite das emoções.

2.2  Revisão teórica doTranstorno de Borderline

O transtorno de personalidade borderline (TPB) tem sido considerado uma condição desafiadora de diagnosticar, e continua sendo visto da mesma forma atualmente. Pacientes que se enquadram no espectro bipolar podem preencher os critérios para TPB devido à sua instabilidade emocional significativa e impulsividade. Esses dois transtornos frequentemente coexistem, dificultando a distinção entre eles devido a características clínicas compartilhadas. Por exemplo, tanto o transtorno bipolar quanto o TPB exibem níveis elevados de comportamento impulsivo, labilidade afetiva (mudanças subtas de emoção) e irritabilidade (Silva, 2018).

O DSM-5¹ categoriza os transtornos de personalidade em três grupos: A, B e C. O TPB é classificado no grupo B, ao lado dos transtornos de personalidade histriônico, antissocial e narcisista, pois suas principais características incluem ser errático, dramático e ansioso (APA, 2014).

Em algum momento da vida, as pessoas vivenciam sentimentos de tristeza, raiva incontrolável, impulsividade, desespero, ciúme, instabilidade emocional, medo da rejeição, apego emocional, insatisfação pessoal ou falta de controle emocional, causando danos a si mesmas e/ou aqueles ao seu redor. Se essas emoções e comportamentos disfuncionais ocorrerem com frequência e intensidade, pode-se estar diante de uma condição complexa, confusa e desordenada chamada transtorno de personalidade borderline (Cavalcanti; Nunes, 2016).

A palavra inglesa “borderline” significa uma fronteira ou linha que forma uma margem ou limite. O “posicionamento” do transtorno de personalidade limítrofe entre neurose e psicose (e muitas vezes tendo comportamentos do tipo psicótico) inspirou o nome “limítrofe” (Scherer; Hutz, 2016).

Atualmente denomina-se borderline essencialmente como um transtorno de personalidade em que o comportamento se assemelha à psicose em muitos aspectos, mas ainda mantém um certo grau de integração da personalidade e contato com a realidade (Honorio; Kuwakino; Souza, 2020).


¹ Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais

Para a abordagem comportamental, os transtornos, como esquizotipia, esquizoidia, pré-psicose e outras condições, que não se enquadram claramente, entre neurose e psicose, são analisados em termos de comportamentos observáveis e as contingências que os mantêm. Esses transtornos são vistos como padrões de comportamento aprendidos e reforçados pelo ambiente, não como manifestações de conflitos inconscientes. O comportamento excêntrico ou de isolamento, como no caso da esquizotipia e esquizoidia, pode ser reforçado pela evitação de interações sociais aversivas ou pelo reforço de atenção diferenciada (Skinner, 1953; Kazdin, 2013).

A intervenção comportamental envolve modificar as contingências supramencionadas através de técnicas como treino de habilidades sociais e exposição gradual, que visam modificar os reforços ambientais que mantêm os comportamentos desadaptativos. Na análise aplicada do comportamento (ABA), o foco está em entender a função desses comportamentos no contexto ambiental e ajustá-los para promover comportamentos adaptativos (Baer, Wolf; Risley, 1968).

Tratamentos como a Terapia Dialética Comportamental (DBT), desenvolvida para o Transtorno de Personalidade Borderline, utilizam princípios comportamentais para treinar a regulação emocional e a resolução de problemas, visando reduzir comportamentos impulsivos e autodestrutivos (Linehan, 1993). Isso demonstra como a abordagem comportamental trata esses transtornos focando nas interações comportamentais e nas consequências ambientais que perpetuam os sintomas.

Apesar da relativa integração da personalidade e da conexão com a realidade, o transtorno de personalidade borderline é fundamentalmente caracterizado pela variabilidade psicológica nos níveis individual e interpessoal, bem como pela dissonância comportamental, afetiva e cognitiva. Pesquisas recentes como a intitulada “Transtorno de personalidade borderline: considerações da avaliação psicológica sobre a relação paciente/família” de Jorge de Almeida Ferreira, por exemplo, descrevem o transtorno como instabilidade em todos os aspectos do funcionamento humano, incluindo relacionamentos, autoimagem, emoções e comportamento (Ferreira, 2019).

A pessoa com TPB pode apresentar explosões de raiva, crises intensas e comportamentos extremistas, vivenciar exageros e instabilidade. Em detrimento desses fatores, a desregulação emocional pode dificultar os relacionamentos (Honorio; Kuwakino; Souza, 2020).

Pessoas com transtorno de personalidade borderline, eventualmente se envolve em relacionamentos instáveis, tensos e se sujeitam a apresentar comportamentos que dificultam a sua manutenção, quer seja romântico, com amigos, familiares ou até relacionamentos terapêuticos. Existe um medo profundo do abandono, que os leva a fazer tudo o que estiver ao alcance para não ficarem sozinhos, podendo demonstrar apego excessivo às pessoas ao seu redor. (Cavalheiro; Melo, 2016).

Alguns tipos de temperamento que têm base genética podem aumentar a probabilidade de eventos negativos na vida, portanto, há uma interação entre a atividade dos genes e o ambiente no desenvolvimento do transtorno de personalidade limítrofe, e envolve vários fatores etiológicos em graus variados. Este fato confirma a necessidade de tratar cada paciente como um caso único, considerando as diferentes variáveis que podem estar associadas à sua trajetória e posterior desenvolvimento psicológico (Cavalcanti; Nunes, 2016).

(…) o mundo do trabalho pode representar um refúgio em relação à anarquia dos relacionamentos sociais. E por isso que os indivíduos borderline se saem melhor em ambientes de trabalho altamente estruturados. As profissões em que se oferece algum tipo de ajuda – medicina, enfermagem, sacerdócio, consultoria – atraem muitos com TPB, que lutam para alcançar o poder ou o controle que não conseguem ter nos relacionamentos sociais. Ao encarar esses papéis, eles podem cuidar dos outros e receber o reconhecimento pelo qual anseiam na própria vida. Os indivíduos borderline são quase sempre muito inteligentes e têm habilidades artísticas notáveis; abastecidos por um acesso fácil a emoções potentes, podem ser profissionalmente criativos e bem-sucedidos. (KREISMAN; STRAUS, 2023, p. 27-28)

De acordo com Kreisman e Straus (2023), indivíduos com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) podem enfrentar dificuldades em sua vida pessoal, contudo, muitos conseguem ter um desempenho produtivo no ambiente de trabalho, especialmente quando as funções são bem definidas e há apoio disponível. No entanto, mudanças na estrutura do trabalho ou na vida pessoal podem levar a demissões abruptas ou autosabotagens. Além disso, ambientes profissionais competitivos ou a presença de superiores críticos pode intensificar sentimentos de raiva e hipersensibilidade à rejeição, o que pode prejudicar o ambiente laboral e a carreira do indivíduo.

Para Kreisman e Straus,

Muitos dos traços da sindrome borderline – impulsividade, relacionamentos turbulentos, problemas de identidade, instabilidade do humor são obstáculos importantes de desenvolvimento para qualquer adolescente. De fato, o estabelecimento de uma identidade consistente é a principal busca tanto do adolescente quanto do borderline. Consequentemente o TPB é diagnosticado com mais frequência entre adolescentes e adultos jovens do que em outros grupos etários. (2023, p.29).

A patologia do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é observada em diversas culturas e classes sociais, a exemplo disso, as taxas de TPB nos Estados Unidos são significativamente mais altas entre indivíduos que estão separados, divorciados, viúvos ou que vivem sozinhos, assim como entre aqueles com menor renda e menor nível de escolaridade. As consequências da pobreza na infância, como altos níveis de estresse, falta de instrução e carência de cuidados adequados, além do acesso limitado a atendimento psiquiátrico e pré-natal, podem contribuir para uma maior incidência de TPB entre as classes sociais mais baixas (KREISMAN; STRAUS, 2023, pp. 29-30).

2.3 Aplicações psicológicas aos principais sintomas do borderline, à luz da análise comportamental

Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é definido pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) como um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e de afetos e de impulsividade acentuada que surge no começo da vida adulta e esta presente em vários contextos.

De acordo com o DSM-5, os sintomas de transtorno de personalidade podem incluir:

  • Mudanças rápidas do humor, que podem durar horas ou dias, variando entre momentos de ira, tristeza e ansiedade;
  • Identidade instável, com mudanças rápidas de valores, metas e opiniões sobre carreira profissional, identidade sexual e tipos de amigos, por exemplo;
  • Medo de ser abandonado, pelo parceiro, amigos ou familiares;
  • Sentimentos de desvalorização, achando que o parceiro ou amigos, por exemplo, não se importam o suficiente;
  • Impulsividade, envolvendo-se em jogos de aposta, gasto de dinheiro descontrolado, consumo exagerado de comida, abuso de álcool ou drogas e atividades irresponsáveis;
  • Raiva frequente e difícil de ser controlada, especialmente direcionada às pessoas com que se importa, e seguida por sentimentos de vergonha e culpa;
  • Sensação de solidão, que normalmente é persistente (APA, 2022).

Conforme Merck and., inc., 2020 e apud Oliveira e silva s.d. alguns fatores contribuem para a causa desse transtorno, a saber: estresses durante a primeira infância, história infantil de abuso físico e sexual, negligência, separação dos cuidadores, perdas e componentes hereditários são bastante comuns entre pacientes com transtorno de personalidade borderline. Distúrbios nas funções reguladoras dos sistemas cerebrais e de neuropeptídios também podem contribuir para a existência desse transtorno.

Determinar uma boa conexão com terapêutico é de grande importância, especialmente quando se considera o paciente com Transtorno de Personalidade Borderline, isso está associado ao fato que pode apresentar grandes dificuldades em se relacionar, tendo em vista que pode apresentar vulnerabilidade emocional, um medo exagerado de abandono e uma tendência em valorizar demasiadamente ou desvalorizar o outro (Young et al., 2008).

Para o guia do terapeuta, os tratamentos que funcionam, segundo a terapia cognitiva comportamental, sobre focar na solução de problemas, podemos afirmar que:

O terapeuta deve tentar sintetizar pontos de vista contraditórios. Ele deve ajudar a paciente a reduzir emoções adversas e negativas, enquanto, ao mesmo tempo, ajudar a paciente a enxergar que a capacidade de lidar com algum afeto desagradavél é necessária para a redução de exitação. Se técnicas de solução de problemas forem usadas aqui, quase sempre é essencial selecionar alguma área limitada da crise atual para intervir. (LINEHAN, 2010, p.428-429)

Young et. al, (2008) apud Oliveira e silva (s.d) enfatiza que o terapeuta se alia ao paciente para lutar contra seus esquemas, usando estratégias cognitivas, comportamentais e vivenciais, confrontando-os empaticamente para a mudança. O progresso do paciente na terapia se dá pela identificação com a reparação parental limitada, realizada pelo terapeuta, suprindo parcialmente as necessidades que não foram adequadamente atendidas na infância. A eficácia se dá como resultado de um modelo de psicoterapia que compreende todo o contexto envolvido no transtorno para depois fazer intervenções, mostrando o quanto a família está ligada ao desenvolvimento de esquemas que são disfuncionais e o que acarreta na vida atual do indivíduo.

Conforme Linehan & Neacsiu, 2016 e apud Wagner 2018 a terapia comportamental dialética progrediu a partir da terapia cognitivo comportamental como tratamento para TPB. O tratamento fundamenta-se a partir de três posições teóricas: a ciência comportamental, a filosofia dialética e a prática zen. No que diz respeito a ciência comportamental, a mudança de comportamento necessita da aceitação do paciente, utilizando técnicas zen e práticas contemplativas ocidentais. Os polos entre mudança e aceitação, são equilibrados através da dialética. A base teórica da TCD, consiste em uma teoria behaviorista, no entanto seus procedimentos e estratégias utilizam orientações terapêuticas alternativas.

É importante trazer para esta abordagem, questões como tentativas de suicídio e automutilação, como características marcantes em pessoas borderlines. O primeiro pode acontecer porque o paciente não vê dentro do diagnóstico TPB, com isso, é corriqueiro a sensação de perda de sentido na própria existência. Já o segundo, principalmente em momentos de crise, se manifesta quando esse paciente é tomado por uma raiva excessiva, devido alguma insatisfação (Cavalcanti; Nunes, 2016).

Vale ressaltar que, o tratamento do transtorno de personalidade borderline por meio da aplicação psicológica dos princípios da análise do comportamento enfatiza a modificação de comportamentos que intensificam a instabilidade emocional, a impulsividade e os desafios nos relacionamentos interpessoais. Os terapeutas comportamentais se esforçam para promover reações mais adaptativas a situações que frequentemente provocam crises borderline, implementando intervenções como treinamento em regulação emocional e habilidades de resolução de problemas (Cavalcanti; Nunes, 2016).

Técnicas como confrontar cenários de conflito, combinadas com reforço positivo para estratégias de enfrentamento eficazes, podem ajudar a diminuir ações autodestrutivas e impulsivas. Além disso, a aplicação da análise do comportamento ao transtorno de personalidade borderline inclui identificar as contingências que perpetuam padrões comportamentais mal adaptativos, incluindo reforço social não intencional ou a evitação de situações desagradáveis (Ferreira, 2019).

Técnicas de modelagem, juntamente com reforço diferencial e extinção de comportamentos inapropriados, contribuem para o desenvolvimento de novos repertórios comportamentais que se alinham melhor com as necessidades sociais e emocionais de um indivíduo. Este método busca reformular sistematicamente as conexões entre estímulos, respostas e consequências, concedendo assim ao paciente maior domínio sobre seus impulsos e emoções (Honorio; Kuwakino; Souza, 2020).

3 METODOLOGIA

Para interesse deste artigo científico, foi realizada, de acordo com Malheiros (2010), uma abordagem qualitativa como principal estratégia. O levantamento bibliográfico, por sua vez, foi realizado por meio da abordagem qualitativa, buscando aprofundar a compreensão da problemática abordada neste TCC III.

Ainda importa mencionar que outra forma aplicada nesta pesquisa é a metodologia dedutiva, que “Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, […], em virtude unicamente de sua lógica” (GIL, 2008, apud PRODANOV e FREITAS, 2013, p. 28).

Diante do exposto, seguem as fontes pesquisadas: Terapia Cognitiva Comportamental para Transtorno da Personalidade Borderline da Autora Marsha Linehan; Mentes que Amam Demais: o jeito borderline de ser, de Ana Beatriz, mesma Autora do Livro Mentes Perigosas; e Borderline: Clínica Psicanalítica de Mauro Hegenberg.

Também foi pesquisado o banco de dados do Google Acadêmico, o site “Scientific Electronic Library Online” (SCIELO) em busca de artigos, bem como outros sites sobre saúde mental para embasar o conteúdo.

Destaca-se a análise de discurso como método de investigação, viabilizando uma compreensão aprofundada dos fenômenos envolvendo o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) e suas implicações. Essa abordagem permite adentrar às narrativas e nos significados subjacentes aos discursos dos Indivíduos afetados pelo TPB, para trazer solidez às argumentações.

Para tanto, investigou-se a literatura científica sobre o Transtorno de Personalidade Borderline, como também algumas reuniões para alinhamento das ideias, conforme apresentado no cronograma. Por isso,

O método científico é um trabalho sistemático, na busca de respostas às questões estudadas, é o caminho que se deve seguir para levar a formulação deumateoria científica. É umtrabalho cuidadoso quesegueum caminho sistemático. (PEREIRA et al. 2018, p28)

4   CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa se deu com o objetivo de promover importante fonte de conhecimento sobre o Transtorno de Personalidade Borderline, a partir dos principais sintomas, à luz da análise comportamental.

É importante mencionar que os Artigos, livros e outros recursos pesquisados para embasar o desenvolvimento desta temática tratam o Borderline como um transtorno de manifestação intensa e que condiciona o paciente a se comportar no extremo de suas reações emocionais. Por isso, pode ficar sujeito a experienciar episódios de tentativas de suicídio.

Para a Análise Comportamental, os sintomas do borderline podem ser interpretados como uma resposta adaptativa as vivências que a pessoa experimentou em sua história de vida. A exemplo disso, uma pessoa com TPB que aprendeu a reagir, impulsivamente, faz isso como uma forma de “controle”, para evitar sentimentos de desamparo ante ao risco de abandono.

As reações emocionais intensas, como explosões de raiva ou comportamentos autodestrutivos, resultam em atenção ou diminuição temporária de sofrimento. Dessa forma, o foco da análise comportamental, então, seria identificar esses padrões de comportamento e trabalhar para modificar as contingências (contextos) que desencadeiam as respostas disfuncionais.

Analisar o comportamento é um meio eficaz para entender e tratar os sintomas centrais do transtorno, como a impulsividade, as dificuldades relacionais e a instabilidade emocional. Neste sentido, as terapias ajudam a reduzir o sofrimento e promovem uma melhoria da qualidade de vida. Para tanto, é necessário compreender as manifestações do TPB, para que as intervenções específicas possam proporcionar mudanças significativas para aqueles que convivem com o borderline, a fim de viver de forma mais equilibrada e satisfatória.

Por fim, em busca de técnicas mais eficazes para um diagnóstico assertivo e para uma abordagem que promova segurança no paciente, o profissional em saúde mental deve reavaliar quais formas são mais adequadas, para a promoção de bem- estar no paciente, tendo em vista que

[…] o doente mental precisa ser visto como um indivíduo que apresenta uma doença, e com em outras doenças, precisa receber o melhor tratameto disponível para que assim ele consiga ter uma melhor qualidade de vida”. (BRASIL, 2001, apud FREITAS, s.d.)

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*Dayaci Maria Pinheiro de Negreiros Cecílio, Licenciatura Plena em Letras 2005/2 pelo CELP/ULBRA; Bacharelanda em Psicologia 2024/2. psi.dayaci.pinheiro@gmail.com

*Evanicélia Bento Da Silveira, Bacharelanda em Psicologia 2025/2. evanicelia98@gmail.com

*Marinete Nascimento Alves Júlio, Pedagogia pelo CEULP/ULBRA, Bacharelanda em Psicologia 2024/2. marinetejulio@gmail.com

** Professor orientador Hytalo Mangela de Sousa Faria, Esp. em Saúde Mental e AtençãoPsicossocial E-mail: 011210812@prof.uninassau.edu.br