NOVAS TECNOLOGIAS DE ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS: UM ESTUDO DO USO DE CELULAR NAS PRÁTICAS DE PROFESSORES DA REDE BÁSICA DE ENSINO DO MUNICÍPIO DE LIMOEIRO DO AJURU CONCLUINTES DO CURSO PARFOR.

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202412052146


Lenice Pastana Trindade1
Coautor: Dr. Milvio da Silva Ribeiro2


RESUMO

Este artigo apresenta um estudo bibliográfico e de campo a respeito do uso do celular como recurso pedagógico na sala de aula. Tem por objetivo: analisar a utilização dessa ferramenta como recurso educacional e suas contribuições no ensino-aprendizagem da língua portuguesa, bem como fazer com que os educadores busquem ou tomem consciência do papel que exercem nesse processo. A referida pesquisa foi realizada com professores do curso de Letras/ PARFOR/ 2014 Habilitação em Língua Portuguesa da Universidade Federal do Pará/ Campus Universitário do Tocantins/ Cametá, núcleo de Limoeiro do Ajuru-Pa. Para melhor organização da pesquisa e coleta de informações, optou-se por utilizar a metodologia: videoaula, questionários com perguntas abertas e um grupo de comunicação e informação no aplicativo WhatsApp. Por meio da pesquisa realizada conclui-se que são vários fatores que dificultam a utilização do celular como ferramenta pedagógica em sala de aula. É importante frisar que o uso do celular enquanto ferramenta didática sem nenhuma estratégia ou limite, torna-se como outra qualquer, pois ao incluir essa ferramenta na sala de aula é necessário, clareza na finalidade dos objetivos que se deseja alcançar.  

Palavras-chave: Celular. Metodologia. Aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

A utilização de recursos tecnológicos em sala de aula, vem tornando-se cada vez mais frequente. De modo que, com o passar dos tempos, os avanços da tecnologia tornaram-se cada vez mais sofisticados. 

Atualmente as escolas vêm incorporando em suas atividades equipamentos de última geração. O livro, o quadro negro, o giz, vem sendo substituídos por equipamentos como: a lousa digital, os computadores, multitela e até mesmo o celular. Nessa perspectiva considera-se como critério principal para a aplicação da pesquisa a seguinte problemática: o que impede ou dificulta que o professor concluinte do curso de Letras PARFOR (Plano Nacional de Formação de Professores) Habilitação em Língua Portuguesa da Universidade Federal do Pará/ Campus Universitário do Tocantins/ Cametá do Município de Limoeiro do Ajuru, utilize o celular como recurso pedagógico, para fins didáticos em sala de aula? 

O uso do celular em sala de aula, torna-se uma ferramenta tão importante quanto outras utilizadas pelo educador, uma vez que, encontra-se presente no cotidiano dos alunos, desperta o interesse e estimula a aprendizagem dos mesmos. A referida pesquisa tem como objetivo: fazer com que os educadores busquem ou tome consciências da importância do uso do celular como recurso pedagógico nas aulas de Língua Portuguesa para o aprendizado dos alunos; levá-los a compreender o seu papel nesse processo e apresentar proposta para a implementação de estratégias que desenvolva o uso do aparelho celular de forma construtiva.

Durante o processo de investigação da pesquisa, observou-se que apesar de estarmos em uma época de grandes avanços tecnológicos os educadores ainda precisam adequar-se por vários motivos, entre eles: conhecer as políticas para a inclusão do uso do aparelho celular nas escolas; formação pedagógica adequada para utilizar o celular como recurso didático; entre outros que serão abordados neste artigo.

A pesquisa fundamenta-se em teóricos como: Wilson Leffa (2008), “Como produzir materiais para o ensino de línguas”, no qual explica passo a passo a importância das escolhas dos materiais pedagógicos para preparar as aulas. Irandé Antunes (2003), “Repensando o objeto de ensino de uma aula de português”, no qual nos aponta sugestões que leve o professor a repensar o objeto de ensino, voltado para uma nova concepção de língua/ linguagem. José Moran (2013), “Novas tecnologias e mediação pedagógica” no qual aborda a mudança no papel do professor em um contexto de sociedade globalizada e informatizada, assim como as discussões da sua atuação visando uma mediação pedagógica, entre outros. 

A pesquisa deste artigo contém procedimentos bibliográficos e de campo, por meio de uma abordagem qualitativa. Segundo Bogdan & Biklen apud Oliveira “a pesquisa qualitativa envolve cinco características básicas que configuram este tipo de estudo: ambiente natural, dados descritivos, preocupação com o processo, preocupação com o significado e processo de análise indutivo”. Para melhor organização da pesquisa, utilizaram-se algumas metodologias, tais como vídeo aula para disponibilizar aos educadores do Curso de Letras PARFOR, informações relevantes quanto à utilização do uso do celular enquanto ferramenta pedagógica em sala de aula; questionário envolvendo perguntas e respostas a respeito do tema pesquisado e a criação de um grupo no aplicativo WhatsApp, denominado como “Perdidas em Marte” para promover a interação acerca do tema abordado com os professores.

Este artigo apresenta a seguinte estrutura: 1- introdução (breve consideração relevante acerca das pesquisas realizadas: bibliográfica e de campo); 2- referencial teórico (faz referências aos autores e suas abordagens a respeito da temática pesquisada); 3- procedimentos metodológicos (referente às estratégias utilizadas, durante toda a pesquisa); 4- análise de dados (estudo dos dados coletados na pesquisa de campo com professores do curso PARFOR), 5-considerações finais e referências.

2.  A RELAÇÃO EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

2.1 O DIREITO À EDUCAÇÃO DE QUALIDADE       

A educação é um processo pelo qual o indivíduo se apropria de saberes que contribuem para o seu desenvolvimento intelectual, físico, emocional, social e cultural. A Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB) Lei N° 9394/96, vem garantir ao cidadão uma educação de qualidade com acesso e permanência nas escolas, enfatizando os domínios dos princípios científicos e tecnológicos (art, 35), como o incentivo ao trabalho de pesquisa e investigação científica, visando ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia (art.43), como a determinação de uma educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e a tecnologia.

Entretanto as realidades apresentadas no cotidiano não condizem com o que a lei referência, as desigualdades estão presente entre as pessoas de forma espantosa, além disso, a falta de estrutura para que seja proporcionado um ensino de qualidade, torna-se um dos grandes vilões, o qual contribui para que ocorra a exclusão aos cidadãos menos favorecidos antes, durante e após seu processo educativo. A falta de espaços adequados como bibliotecas e laboratório de informática, entre outros, acabam excluindo os direitos dos sujeitos.

Dessa forma a educação enquanto direito e dever de todos necessita de políticas que sejam engajadas e sem distinção, e que crie meios de adaptar a participação e a interação de todos, proporcionando uma educação igualitária com práticas educativas que estejam em concordância com tecnologias atuais e que realmente venham a garantir o acesso e a permanência aos indivíduos nas escolas.

A tecnologia educacional não é uma atividade recente, desde o começo dos registros das palavras que a tecnologia faz se presente em nosso meio social, o processo educativo vem passando por profundas mudanças. Por muito tempo o nosso único recurso tecnológico eram os livros e o quadro, em nível educacional pouco foi feito, apesar da inclusão das novas tecnologias, as escolas ainda caminham a passos lentos.  

As mudanças provocadas pelo uso da tecnologia educacional geram a necessidade de competências mais eficazes, para que esta seja percebida como um meio e não um fim, ou seja, a mesma deve ser introduzida na escola como uma aliada e não como um processo mecânico como antes realizado, levando aos envolvidos com o processo educacional novos métodos de ensinar, capaz de associar as ferramentas mais tradicionais como o livro didático aos mais sofisticados como a internet. 

A esse aspecto, Moran (2013, p.12), nos leva a refletir quanto ao uso dos recursos. “Não são os recursos que definem a aprendizagem, são as pessoas, o projeto pedagógico, as interações, a gestão”.  Todas as ferramentas podem ser utilizadas como recurso pedagógico, cabe aos comprometidos com a educação promover a interação nas práticas educativas de forma coesa. 

A relação educação e tecnologia fazem-se cada vez mais presente no âmbito da sociedade, pois a utilização da tecnologia na educação não é mais uma opção desta sociedade, mas uma exigência. Dessa forma o contexto educacional precisa estar relacionado com o cotidiano dos alunos, pois vivemos em um tempo que exige novos métodos para educar. Nesse sentido a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) fazem referências à inclusão do uso da tecnologia na escola, uma vez que a sociedade apresenta focada no meio digital, de modo que tal situação nos leva a refletir a importância de se explorar novos recursos em prol de uma educação que venha favorecer o aprendizado dos educandos e suas relações com meio social.

A (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, a qual contempla diferentes áreas de conhecimentos, temáticas referentes à interculturalidade, à sustentabilidade socioambiental, assim como as causas históricas, políticas, econômicas e sociais. Desse modo o sistema precisa adequar-se às práticas de ensino que valorize toda e qualquer forma de aprendizagem. 

Dentre as dez competências tecnológicas que a BNCC enfatiza, duas delas ganham espaços expressivos: a 04 (quatro) e a 05 (cinco). A primeira faz referências em utilizar diferentes linguagens verbal, corporal, visual, sonora e digital.  A segunda faz referências em compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais.  

Nesse sentido, podemos afirmar que não há como separar a tecnologia e suas relações com a educação. No processo educacional a formação do sujeito passa a ter uma nova perspectiva, voltada ao contexto social do aluno na educação. A abordagem dos recursos tecnológicos nas escolas é uma realidade que vem sendo muito discutida, porém alcançando pouco resultado em prol de uma educação que valorize os recursos tecnológicos na escola.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) recomendam que a tecnologia seja aliada do professor em suas práticas pedagógicas: 

É indiscutível a necessidade crescente do uso de computadores pelos alunos como instrumento de aprendizagem escolar, para que possam estar atualizados em relação às novas tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as demandas sociais presentes e futuras. (BRASIL, 1998. P.96).

Hoje vivemos em uma sociedade totalmente envolvida com as diferentes formas de tecnologias, daí a importância de aperfeiçoamento neste campo é de grande relevância para que os alunos possam sentir-se inseridos nesse processo. É nesse sentido que as escolas precisam adaptar-se para a inclusão de novos recursos pedagógicos que envolvam a tecnologia enquanto método de estudo. Moran (2013, p. 08), enfatiza que as tecnologias nos permitem “ampliar o conceito de aula, de espaço e de tempo, estabelecendo novas pontes entre o estar juntos fisicamente e virtualmente”.

O autor nos leva a refletir quanto à importância do recurso tecnológico tanto em sala de aula quanto fora dela, de modo que são ferramentas que estão presentes em vários setores da sociedade e que permite criar novas abordagens de ensino, levando o aluno a ser um pensador criativo, capaz de experimentar e explorar novos desafios. Dessa forma é possível pensar em um processo educacional diferente, inovador, atual e associado ao contexto social voltado à realidade do aluno. A utilização do celular enquanto recurso didático abre um vasto caminho de possibilidades de aprendizado, e nesse novo modelo de fazer pedagógico que o professor precisa acompanhar as mudanças de maneira que busque ajudar os alunos em suas dificuldades de aprendizagem, oportunizando aos mesmos uma formação participativa, crítica, criativa e com uma ampla variedade de fluxo de informação e comunicação.

2.2  O USO DO CELULAR COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA

Em 1967, Martin Cooper, engenheiro eletrônico e designer inventou o celular, na época o aparelho portátil pesava mais ou menos um quilo e media 25 centímetros. Com o passar dos tempos outros nomes também tornaram – se relevantes na história dos aparelhos de celular, pois criaram modelos mais sofisticados como os smartphones e hoje estes aparelhos estão presentes no mundo inteiro. 

A revolução tecnológica caracteriza-se como um marco na sociedade, capaz de promover mudanças na forma de agir e pensar das pessoas. As tecnologias móveis como o celular são grandes responsáveis nessa mudança que ocorrem na sociedade, pois atingem expressivamente a vida das pessoas de forma que facilita o seu cotidiano em suas tarefas particulares e sociais. O celular hoje se apresenta como uma necessidade aos cidadãos, devido o aparelho permitir acesso a informações em qualquer momento ou lugar.

O uso das tecnologias da informação e da comunicação já é uma realidade no cotidiano de crianças e adolescentes. Diante disso, as políticas educacionais e as práticas pedagógicas em nosso país caminham no sentido de incorporar essas tecnologias ao trabalho escolar. Incluir os recursos tecnológicos nas aulas parece uma tendência inevitável e, ao mesmo tempo, capaz de contribuir para o desenvolvimento de metodologias inovadoras no processo de ensino aprendizagem. Porém, cabe salientar que, para que o uso dessas tecnologias como ferramenta de ensino-aprendizagem realmente se justifique e de fato contribua para esse processo, faz-se necessário um planejamento prévio considerando sua relação com o conteúdo, os objetivos pretendidos, a aplicação em sala de aula e a capacitação dos profissionais que delas vão se utilizar.  (BURANELLO, 2017, p.24). 

A escola como parte da sociedade, necessita de ambientes que disponham de recursos pedagógicos que promova a efetiva participação dos alunos nas aulas ministradas pelos professores, de modo que favoreça a incorporação das novas tecnologias que vão surgindo como uma ação educativa a mais para contribuir com o processo educacional. O tipo de formação, hoje ofertado pelas escolas, necessita de políticas públicas que venham amparar e assegurar ao educador a ter uma formação que possibilite o mesmo a dominar os recursos tecnológicos de modo que o ensino possa ir de encontro com as mudanças da sociedade.

A escola precisa reaprender a ser uma organização efetivamente significativa, inovadora, empreendedora. Ela é previsível demais, burocrática demais, pouco estimulante para os bons professores e alunos. Não há receitas fáceis nem medidas simples. Mas essa escola está envelhecida em seus métodos, procedimentos, currículos. A maioria das instituições superiores se distancia velozmente da sociedade, das demandas atuais. Elas sobrevivem porque são os espaços obrigatórios para a certificação. Na maior parte do tempo os alunos frequentam as aulas porque são obrigados, não por escolha real, por interesse, por motivação, por aproveitamento. (MORAN, 2013, p. 12 e 13). 

A escola precisa avaliar e reavaliar constantemente o papel que exerce, para que possa acompanhar as mudanças que a nova sociedade exige, na qual se torne capaz de inovar e criar possibilidades que favoreçam a integração de um contexto maior aos alunos em suas práticas educativas. A expressão usada pelo autor “escola envelhecida” nos remete a uma série de indagações: qual o papel da escola frente a esse novo contexto tecnológico? Qual o papel do educador frente a essa nova sociedade?  Que tipo de formação os educadores estão recebendo para atuar nesse campo? O que o aluno espera da escola? Enfim, são vários questionamentos que exigem de todos uma reflexão aprofundada para que nossos erros ou acertos estejam pautados em fundamentos concretos.

A educação há muito tempo deixou de ocorrer somente entre as paredes da escola, ela ultrapassou barreiras, as quais pareciam ser impossíveis. O ensino ofertado hoje ao aluno não desperta o interesse em tamanha proporção que os mesmos gostariam de alcançar, visto que o aluno está mediado de informação que precisa ser transformado em algo positivo. A escola deve apresentar metodologias que leve o aluno a ter vontade de frequentar e permanecer em sala de aula. O mundo que o cerca, parece ser bem mais atrativo, e é exatamente nessa nova realidade que a escola precisa adequar-se, visando preparar o aluno para essa nova sociedade, pois a escola nesse contexto ocupa um lugar de destaque.                                                      

Com a implantação das novas tecnologias em sala de aula, a escola aos poucos vai tornar-se mais flexível, aberta, inovadora, mais criativa e menos cheia de imposições e obrigações. Dessa forma diminui sensivelmente a obrigação de que todos precisam aprender as mesmas coisas no mesmo espaço, ao mesmo tempo e do mesmo jeito. Nesse sentido o uso de celulares como recurso pedagógico na sala de aula torna-se um dos meios que leva esse novo modo de educar a um caminho propício para ultrapassar as barreiras e as exigências impostas por essa nova sociedade. 

As escolas digitais móveis desafiam as instituições a sair do ensino tradicional, em que o professor é o centro, para uma aprendizagem mais participativa e integrada, com momentos presenciais e outros com atividades a distâncias, mantendo vínculos pessoais e afetivos, estando juntos virtualmente. Podemos utilizar uma parte do tempo de aprendizagem com outras formas de aula, mais de orientação à distância. Não precisamos resolver tudo dentro da sala de aula.  (Moran, 2013. p. 30) 

Para que as mudanças ocorram, as instituições de ensino devem deixar que o novo faça parte de suas práticas educacionais, enfatizando o uso do celular como um meio que também propicie a interação entre os envolvidos, de forma que os valores façam parte do processo afetivo nesse novo modo de ensinar, visando um aprendizado integrado e pautado em uma pedagogia que valorize também o ensino a distância, sem desconstruir a importância da figura do educador nesse novo modelo de ensino aprendizagem.

Segundo Braga (2013, p. 59) “Não é a incorporação da tecnologia que determina as mudanças nas práticas de ensino, mas sim o tipo de uso que o professor faz das possibilidades e recursos oferecidos pelas tecnologias”.  A esse respeito vale ressaltar que a inclusão dos recursos tecnológicos nas salas de aula não pode ocorrer de qualquer forma, antes é preciso um minucioso processo de inclusão dessas ferramentas no ato de planejar as aulas com metodologias que assegurem um bom desenvolvimento ao aluno. Promover o ensino dentro dessa perspectiva é permitir que todos que fazem parte da comunidade escolar tenham mais comprometimento com o ensino dos alunos, pois gera uma responsabilidade não só dos educadores e sim de todos que sejam comprometidos com a educação. 

A lei Nº 2.547/2007 proibir em todo o país o uso do aparelho eletrônico, sem fins educacionais em sala de aula ou qualquer outro ambiente em que esteja permitir ou proibir cabe às escolas em seu regimento escolar e em suas atividades pedagógicas encontrar meios para que o celular seja introduzido nas salas de aula, sem qualquer prejuízo às atividades desenvolvidas aos alunos, claro o professor que é realmente comprometido com uma educação de qualidade sempre vai procurar adequar-se a práticas inovadoras que seja capaz de levar o aluno a desenvolver suas habilidades sempre da forma mais apropriada.

2.3 TECNOLOGIA E OS NOVOS DESAFIOS PARA OS EDUCADORES

A tarefa de educar nos dias atuais, vem sendo um grande desafio para os educadores, visto que as mudanças na sociedade atual, mudam rapidamente. O uso das tecnologias em ambiente escolar põe em evidência o papel do professor e o uso da tecnologia. 

Segundo (MORAN, 2013.p.142). Com a introdução das tecnologias em sala de aula, “O professor passa a adquirir a oportunidade de realizar o seu verdadeiro papel: o de mediador entre o aluno e sua aprendizagem, o facilitador, incentivador e motivador dessa aprendizagem”. Nesse sentido faz-se necessário que o educador compreenda sua postura nesse novo modelo de educar.  

O docente não deve ter receio de incluir o novo em suas práticas educativas, pois o mesmo sempre será uma peça indispensável no processo educativo, sua presença e as ações são insubstituíveis, embora os recursos tecnológicos sejam fontes riquíssimas de aprendizagem, ainda assim o educador tem seu papel de destaque nesse processo, pois sem a participação ativa do educador a utilização dessa ferramenta na escola corre o risco de ser apenas um meio de distração, comprometendo o aprendizado dos alunos. 

O professor não deverá estranhar se, porventura, o aluno chegar a dados ou informações que ele próprio ainda não possua. Seu papel não é o de saber tudo o que existe sobre um assunto antes do aluno, mas estar aberto para aprender também com as novas informações descobertas por esse aluno e, principalmente, estar em condições de discutir e debater as informações com eles, bem como ajudá-lo a desenvolver sua criatividade diante do que venha a encontrar”. (MORAN, 2013 p. 163-164).

As ações desenvolvidas por meio do uso de novos recursos tecnológicos fazem parte de um novo contexto social, e nessa perspectiva é fundamental a intercomunicação frequente dos envolvidos no processo educacional. A troca de experiência nesse processo é o fator primordial para que ocorra um ensino pautado na confiança, no respeito e no diálogo. Frente a esse fato, cabe ressaltar que não é só o educador que deve estar preparado para enfrentar esse novo desafio e sim toda a sociedade de forma geral.  

Resnick (2014, p. 20) enfatiza que: “a falta de formação adequada, que prepare o educador para atuar nesse ambiente de interação é um grande problema”. Muitos educadores não possuem formação adequada para ministrar aulas utilizando os recursos tecnológicos em sala de aula, embora possua esses recursos, porém, necessitam de formações para auxiliá-lo na aplicação das tecnologias disponíveis como o celular. O professor precisa manter esse aparato de informações em conjunto com os alunos, pois torná-los seus aliados nesse novo modelo é fundamental para o processo avançar e obter um bom resultado.

A tecnologia precisa ser contemplada na prática pedagógica do professor, a fim de instrumentalizá-lo a agir e interagir no mundo com critério, com ética e com visão transformadora. O desafio imposto aos docentes é mudar o eixo do ensinar para optar pelos caminhos que levem ao aprender. Na realidade, torna-se essencial que professores e alunos estejam num permanente processo de aprender a aprender. O desejo de mudança da prática pedagógica se amplia na sociedade da informação quando o docente depara com uma nova categoria do conhecimento, denominada digital. (MORAN, 2013. p. 81)

Incluir as novas tecnologias em sala de aula vai além da simples tarefa de ensinar ou adequar-se à nova sociedade, torna-se uma questão de busca do novo por acreditar que a prática educativa pode ir muito além do que a sociedade espera. Hoje o docente depara-se com o conhecimento digital de tal forma que repercute em seu modo de ensinar, aliada a vontade de buscar o novo e ofertar aos educandos um conhecimento de qualidade. As novas tecnologias têm uma influência muito pertinente na vida dos educandos, nesse sentido o educador precisa ir moderando esse processo junto com o aluno de forma que ambos possam caminhar lado a lado nesse novo modelo de ensinar.  

O celular é uma das ferramentas mais presentes no cotidiano do aluno, nesse sentido torna-se um excelente recurso pedagógico. Ao introduzir essa ferramenta em suas aulas, o educador deve atentar-se para alguns cuidados quanto à orientação desta, pois o mesmo deve instruir os alunos a usar a ferramenta e os aplicativos conectados à internet sempre com ética, responsabilidade e compromisso.  

Leffa (2008) “A produção de materiais não está centrada nem no professor, nem no aluno; está centrada na tarefa”. Dessa forma a tarefa é quem define que conteúdo deve ser aprendido durante a sequência de atividades, ou seja, a utilização do artefato de novos recursos, não define o quão proveitoso a aula pode ser e sim o método que o professor pode utilizar para trabalhar com esse recurso. 

Entretanto, incluir novos recursos tecnológicos dentro da sala de aula não define as mudanças na prática de ensino, para isso reafirmamos a importância do planejar e do desenvolver metodológico que valorize as ferramentas utilizadas nas atividades propostas aos educandos, sempre pautado em tarefas que desenvolvam a habilidade integral dos alunos. 

Antunes (2003, p. 108), enfatiza que: “O professor precisa ser visto (inclusive pelas instituições competentes) como alguém que, com os alunos (e não para os alunos), pesquisa, observa, levanta hipóteses, analisa, reflete, descobre, aprende e reaprende”. Precisamos desconstruir o paradigma da postura do professor como aquele que apenas transmite e não constrói com o aluno o conhecimento, pois dessa forma o processo educativo se constrói dentro de uma prática interativa e no compartilhamento mútuo de saberes que vão além do desenvolvimento de competências.   

A referida autora apresenta sugestões que proporcionam ao professor, o trabalho pedagógico com a linguagem em forma de interação por meio do texto. Essa concepção da linguagem como forma de interação visa em tornar as práticas com a linguagem voltadas para situação de comunicação do aluno, de modo que ele reflita sobre o uso, bem como em sua ação de prática social, tornando-se um indivíduo com mobilidade social. 

A condição de repensar o objeto de ensino (Antunes, 2003) é compreendida quando se aborda o objeto de ensino por meio do desenvolvimento das competências linguísticas como: fala, escuta, leitura e escrita. Nesse sentido, o professor é o mediador na criação dessas possibilidades para que o aluno realize a análise e reflexão dos elementos linguísticos no Ensino de Língua Portuguesa. Desse modo, os alunos terão mais facilidade para compreender o texto abordado nas aulas de Língua Portuguesa, o que proporciona aos alunos maior mobilidade com o uso da língua nas atividades ou práticas sociais.

Quando o professor de Língua Portuguesa passa a realizar o trabalho pedagógico com a linguagem em forma de interação por meio do texto, ele tem necessidade de permear a referida concepção de Linguagem durante a produção dos materiais didáticos voltados para o Ensino de Língua Portuguesa.

Num mundo globalizado, que derruba barreiras de tempo e de espaço, o acesso à tecnologia exige atitude crítica e inovadora, possibilitando o relacionamento com a sociedade. O desafio passa por criar e permitir uma nova ação docente na qual professores e alunos participem de um processo conjunto para aprender de forma criativa, dinâmica, encorajadora e que tenha como essência o diálogo e a descoberta. (MORAN, 2013. p. 84).

A prática educativa, quando compartilhada, atinge uma maior eficiência, pois os objetivos convergem em um plano de aprendizagem que eleve o ensino a uma perspectiva de construir novas propostas engajadas no coletivo. Dessa forma a aprendizagem do aluno adquire um comprometimento por parte de todos que integram a comunidade escolar, principalmente entre os protagonistas desse processo que são os professores e alunos, levando a aprendizagem a um mundo de descobertas que leve o aluno a ser um pensador criativo e que seja capaz de refletir os caminhos já percorridos e a percorrer no processo ensino-aprendizagem. 

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para melhor compreender como o processo educacional ocorre nas salas de aula por meio dos recursos tecnológicos optou-se, por utilizar neste artigo uma pesquisa de abordagem qualitativa com relevância na didática adotada pelos educadores da rede básica de ensino do município de Limoeiro do Ajuru, concluintes do curso de “Letras Língua-Portuguesa PARFOR”, quanto ao uso dos recursos tecnológicos na sala de aula.  

Figura 01: o uso do celular na sala de aula

Fonte: imagem retirada do Instagram.

A pesquisa está embasada em procedimentos técnicos bibliográficos, pois segundo Lakatos (2003), “a pesquisa, portanto, é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para a realidade ou para descobrir verdades parciais”.  

Dessa forma a pesquisa encaminha-se: em primeiro momento foi elaborada uma aula em slide, com a utilização do recurso Datashow para a gravação de uma vídeo aula destinada aos professores. Em média utilizou-se cerca de duas semanas para a concretização e gravação do vídeo, o qual tem como objetivo informar e orientar os educadores quanto: a utilização do celular como recurso pedagógico na sala de aula; o papel do educador nesse novo processo de ensino-aprendizagem e a apresentação de propostas de intervenção do uso do celular nas aulas de Língua Portuguesa.

Optou-se pela videoaula pelo fato de ser um importante recurso didático que auxilia na fixação do tema abordado e por ser uma dinâmica que atinge maior número de participantes.

Figura 04: vídeo aula postada no grupo WhatsApp.

Fonte: professores do curso PARFOR. (2014)

Em segundo momento foi criado um grupo no aplicativo WhatsApp para propagar as informações contidas na videoaula destinada aos educadores. O grupo foi intitulado “Perdidas em Marte”, a escolha desse nome ocorreu pelo fato de que durante o período de orientação para o “Trabalho de Conclusão do Curso” o orientado nos apresentou o filme “Perdidos em Marte”, esse filme conta a história de uma equipe de astronautas que realizaram uma expedição em Marte e se viram obrigados a deixar um tripulante no planeta explorado, pelo fato que todos corriam risco de vida se eles não saíssem daquele lugar imediatamente. Em suma um tripulante foi deixado para trás e é nesse momento que o orientador foi enfático dizendo que: jamais iria deixar um de seus orientandos para trás, pois precisava de todos para vencer a batalha.

Figura 05: grupo no WhatsApp

Fonte: professores do curso PARFOR. (2014)

A escolha do grupo no aplicativo WhatsApp é mais uma metodologia benéfica para a apresentação do tema abordado neste artigo para os educadores do curso de “Letras Língua- Portuguesa PARFOR”, pois vem mostrar a importância do planejar e da escolha da metodologia nas aulas desenvolvidas com o uso do celular, para a contribuição do aprendizado, bem como demonstrar como essa ferramenta pode ser útil e enriquecedora dentro e fora da sala de aula.  

Em terceiro momento foi encaminhado aos educadores pesquisados um questionário contendo dez questões com perguntas abertas, relacionadas ao tema pesquisado com o objetivo de obter informações mais precisas quanto ao assunto abordado. Junto ao questionário foi enviada aos educadores uma carta de apresentação explicando a natureza da pesquisa, bem como agradecendo a participação dos mesmos. Pois segundo Lakatos (2003), ”Junto com o questionário deve-se enviar uma nota ou carta explicando a natureza da pesquisa, sua importância e a necessidade de obter respostas”. 

Figura 06: grupo no WhatsApp

 Fonte: professores do curso  PARFOR. (2014)

Figura 07: questionário aos professores

Fonte: professores do curso PARFOR (2014)

3.1 SUJEITOS DA PESQUISA

A prática foi aplicada com professores concluintes do curso de Letras Língua- Portuguesa “PARFOR” pela Universidade Federal do Pará no município de Limoeiro do Ajuru.

O curso faz parte de um programa do governo federal para atender o disposto no artigo 11, inciso III do decreto n° 6.755 de 29 de janeiro de 2009 e implantado em regime de colaboração entre a Capes, os estados, municípios, o Distrito Federal e as instituições de Educação Superior- IES. Para garantir sua matrícula, o educador precisa estar atuando na área a qual o curso será ofertado e dessa forma passa a executar sua matrícula pela Plataforma Freire. Cabe ressaltar que o programa é específico para professores que ainda não possuem nenhuma graduação.

A faixa etária dos educadores da pesquisa varia entre 30 a 60 anos, pois são sujeitos que atuam na educação há cerca de 12 a 25 anos na sala de aula, os alunos atendidos correspondem à Educação Infantil, 1° e 9° ano do ensino Fundamental da rede pública de Ensino. A escolha dos participantes ocorreu justamente pelo fato de serem educadores que atuam há bastante tempo em sala de aula e tem uma vasta experiência no ramo. Assim a pesquisa passa a receber maior credibilidade, quanto aos fatos pesquisados durante todo o processo de investigação do tema abordado. 

4. ANÁLISE DOS DADOS

Tendo como princípio de que a tecnologia é indispensável no processo educativo, nos dias atuais, procuramos nos informar sobre o posicionamento dos professores frente a este novo método de proceder a aprendizagem nas aulas de língua portuguesa. Dentre as questões destinadas aos educadores, procurou-se de imediato saber se os educadores incluem os novos recursos tecnológicos como o celular em suas aulas?  

Tivemos como resultado: os professores pesquisados não trabalham com o celular em suas aulas por desconhecerem a legalidade da ferramenta nas escolas, ou seja, os mesmos desconhecem se o uso do celular é permitido ou não em sala de aula e não inclui também por não se sentirem preparados para trabalhar com essa ferramenta em sala de aula, pois os mesmos alegam não ter formação adequada para incluir em suas aulas o celular como recurso pedagógico. Apesar de reconhecer que os recursos são excelentes, porém o que falta é curso de capacitação para que os mesmos possam utilizar os recursos com seus alunos.

Outro questionamento pertinente foi em relação à importância do papel do educador na inclusão de novos recursos tecnológicos para as mudanças que ocorrem no processo educacional na atualidade? 

Por meio da interação do grupo criado no aplicativo WhatsApp, foi possível perceber que os educadores compreendem seu papel nesse novo modo de educar, de forma que definem o uso de tecnologias nas aulas como um estímulo ao aprendizado dos alunos, pautado no ensino transformador e capaz de propiciar aos educandos uma maior oportunidade de adquirir conhecimentos.  

O que mais despertou a atenção foi a exposição por meio do questionário, em que apresentam dificuldades ao desenvolver metodologias que levem a utilização dessas ferramentas em sala de aula.  Dentre os participantes da pesquisa, cerca de 90% dos professores relataram dificuldades em usar os novos recursos tecnológicos em sala de aula. Porém os mesmos demonstram-se empenhados em aprender. 

Ao questionar sobre o uso correto dessas ferramentas pelos alunos em sala de aula: os educadores relatam que o ponto mais importante para debater nos planejamentos é exatamente esse, pois suas preocupações destacam-se em como os educadores podem contribuir para que os alunos possam ser orientados corretamente para utilizar essa ferramenta de forma ética, responsável tanto dentro, quanto fora da sala de aula. 

O desafio apresenta-se, exatamente nesse aspecto, pois os alunos recebem orientações na escola, mas fora dela são bombardeados de informações que muitas das vezes não contribuem para uma educação de qualidade. É nesse momento que o educador passa a exercer seu principal papel como Moran (2003) destaca o de mediador, pois a postura do professor é de direcionar o aluno a respeito do uso desse recurso. 

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A concretização deste trabalho foi tão relevante para compreender o quanto é importante a busca constante do aperfeiçoamento do profissional, e isso foi o que aconteceu na construção deste trabalho, pois por meio deste foi possível compreender melhor sobre os recursos tecnológicos no ensino de língua. A partir daqui tomamos consciência que não basta termos só conhecimento básico de determinado assunto, é necessário conhecermos o conceito e aprofundarmos em tudo que nos propusemos fazer. 

Em relação aos recursos tecnológicos no ensino de língua, sabe-se que apesar de fazerem parte do cotidiano dos alunos os mesmos não são usados com frequência em nossos ambientes escolares, a esse fato é indispensável enfatizar que nossos professores precisam adequar-se às novas tecnologias que hoje fazem parte do cotidiano dos alunos, até por que os mesmos demonstram muita habilidade com o meio tecnológico e aclamam a inclusão destes recursos também em sala de aula.

A tecnologia quando bem utilizada estimula os alunos no processo educativo, a desenvolver suas habilidades de forma integral, pautado no aprender, compreender e interagir na sociedade. A tecnologia ajuda, mas pode ser interpretada de maneira errônea se não for elaborada e planejada de acordo com a realidade que o aluno vivencia, pois é necessário, clareza nas finalidades dos objetivos que se pretende alcançar. Dessa forma, a metodologia deve ser elaborada pelo professor com o objetivo de promover o uso correto desse recurso, sempre pautado na ética e na moral.

Ao ensinar o português na sala de aula observa-se que é relevante introduzir novas tecnologias de ensino que venha desatrelar o ensino de metodologias tradicionais que impedem que o aluno alcance resultados satisfatórios em seu aprendizado.

Seria interessante se a comunidade, a escola, o professor, os órgãos governamentais se atentassem para as exigências que a sociedade nos impõe com um olhar mais voltado para o principal protagonista nesse processo, que é o educador, disponibilizando aos mesmos, formações adequadas para exercer a inclusão digital. 

Nas salas de aulas com mais qualidade.  Essa pesquisa foi um ponto de partida para o maior desafio que hoje assola os educadores que estão comprometidos com uma educação de qualidade. 

Entretanto, quero ressaltar que este trabalho teve como objetivo: fazer com que o professor de alguma maneira, busque ou tome consciência do papel de destaque que ocupar nesse processo.     

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

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BNCC – a Base Nacional Comum Curricular na prática da gestão escolar e pedagogia / organização Tereza Peres. São Paulo: editora Moderna, 2018.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa. Brasília: Ministério da Educação, Secretária de Educação Fundamental, 1998. 

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. LDB – Lei n° 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.  

BRAGA, Denise Bértoli. Ambientes digitais reflexões teóricas e práticas. 1. Ed, São Paulo: Cortez, 2013.

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RESNICK, Mitchel. A tecnologia deve levar o aluno a ser um pensador criativo. Nova escola. Org. br. Junho de 2014.


1Autora.
2Doutor em Geografia pelo programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Pará – PPGEO/UFPA. Professor da Faculdade de Teologia, Filosofia e     Ciências Humanas Gamaliel – FATEFIG. E-mail: milvio.geo@gmail.com Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1118-7152 CV: http://lattes.cnpq.br/9542173320344070