REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102412030857
Aclécia Alencar De Albuquerque1
Selma De Sousa Silva2
Maria Elisa Magalhaes Albuquerque Souto Ribeiro3
Resumo: O presente trabalho discorre sobre as contribuições da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) para a saúde mental de mulheres, apresentando os pressupostos teóricos dessa abordagem como modelo de atenção à saúde mental que valoriza o potencial das pessoas e resgata a autonomia, bem como enfatiza a importância do indivíduo no seu processo terapêutico e de desenvolvimento pessoal. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, com dados das bases SciELO, CAPES Periódicos e BVS Brasil, publicados nos últimos cinco anos. Conclui-se que a atenção à saúde mental, especialmente no que se refere às mulheres, permanece dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas quecomo um campo que demanda investigações aprofundadas. Evidencia-se que o sofrimento psicológico das mulheres é multicausal, mas é sentido e percebido de forma subjetiva e única e que a Abordagem Centrada na Pessoa apresenta-se viável em intervenções psicológicas, tanto individuais quanto grupais.
Palavras-chave: Abordagem Centrada na Pessoa; saúde mental; mulheres.
Abstract: This paper discusses the contributions of the Person-Centered Approach (PCA) to women’s mental health, presenting the theoretical assumptions of this approach as a model of mental health care that values people’s potential and restores autonomy, as well as emphasizing the importance of the individual in their therapeutic process and personal development. This is a systematic literature review, with data from the SciELO, CAPES Periódicos and BVS Brasil databases, published in the last five years. It is concluded that mental health care, especially with regard to women, remains a field that requires in-depth investigation. It is evident that women’s psychological suffering is multicausal, but is felt and perceived in a subjective and unique way, and that the Person-Centered Approach is viable in psychological interventions, both individual and group.
Keywords: Person-Centered Approach; mental health; women.
1 INTRODUÇÃO
A Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) foi desenvolvida por Carl Ransom Rogers, psicólogo norte-americano, considerado pioneiro no estudo sistemático da clínica psicológica e no interesse pela pesquisa científica em psicoterapia. Ele integrou o movimento humanista e ajudou a consolidar os princípios da Psicologia Humanista, se diferenciando por uma psicoterapia sustentada na existência de uma tendência individual para o crescimento e a saúde, dando ênfase mais aos elementos emocionais e priorizando o presente (Castro, 2022; Lima e Branco, 2023).
A ACP reconhece o papel da relação terapêutica na experiência de crescimento, considerando que “é o próprio cliente que sabe aquilo de que sofre, qual a direção a tomar, quais problemas são cruciais, que experiências foram profundamente recalcadas” (Rogers, 1997, p. 26). Compreender é algo duplamente enriquecedor, ou seja, modifica o psicoterapeuta, tornando-o mais sensível e é essa compreensão que permite ao cliente também se modificar (Rogers, 1997, p.22).
Nos últimos anos, algumas pesquisas sobre saúde mental de mulheres em todo o mundo apresentaram dados preocupantes. Para a ONU (2023), uma em cada oito pessoas no mundo apresentam problemas de saúde mental, sendo as mulheres e os jovens desproporcionalmente mais impactados. No contexto brasileiro, pode-se citar o Jornal da USP, o qual publicou os resultados de uma pesquisa apontando que as mulheres foram as mais afetadas emocionalmente no período pandêmico, respondendo por 40,5% de sintomas de depressão, 34,9% de ansiedade e 37,3% de estresse (Jornal da USP, 2021).
Esses dados evidenciam a necessidade de estudos cada vez mais aprofundados para uma busca empática de superação do sofrimento psíquico na população feminina. Sabe-se que a saúde mental não se limita apenas ao sentimento individual, mas a uma rede de fatores relacionados. E, em se tratando do público feminino especificamente, cabe aos profissionais de saúde, compreender os determinantes sociais e estruturais da saúde mental e intervir de forma a reduzir riscos, proporcionar condições de resiliência e desmontar barreiras, pois pessoas que apresentam problemas de saúde mental, muitas vezes, apresentam comprometimento tanto no âmbito profissional quanto pessoal (Brasil, 2022).
A Saúde Mental pode ser considerada, um estado de bem-estar vivido pelo indivíduo, que possibilita o desenvolvimento de suas habilidades pessoais para responder aos desafios da vida e contribuir com a comunidade (OMS, 2013). Na perspectiva da ACP, é importante pensar na pessoa como um todo em pleno funcionamento, sem focar apenas nas categorias classificatórias da psicopatologia (Vieira e Freire, 2012).
Sendo assim, pensar a saúde mental das mulheres, especialmente em contextos urbanos, gera algumas inquietações que, no presente trabalho, buscaremos responder como identificar as principais contribuições teóricas da Abordagem Centrada na Pessoa e suas influências na promoção da saúde mental de mulheres.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Carl Rogers e o surgimento da Abordagem Centrada na Pessoa- ACP
Carl Rogers foi um psicólogo americano que iniciou a Abordagem Centrada na Pessoa- ACP. Ele nasceu em 8 de janeiro de 1902, em Oak Park, Illinois e morreu no dia 4 de fevereiro de 1987, na California. Rogers desenvolveu uma nova prática no campo da psicologia clínica, cujo princípio é a confiança sem restrição no potencial das pessoas para encontrar as melhores respostas diante das situações experienciadas (Rogers, 1942).
A Abordagem Centrada na Pessoa é considerada uma das principais teorias que priorizam a responsabilidade individual do cliente, respeitando-o como agente de mudança em si mesmo. Para Moreira (2009, p.), “a psicoterapia deve facilitar a emergência de indivíduos abertos à experiência, receptivos, sem defesas, capazes de funcionar como participantes e observadores dos processos vitais”, indivíduos confiantes nos próprios sentimentos e engajados no processo de ser e de tornar-se pessoas.
Trata-se de uma proposta que dá prioridade à capacidade do cliente para a autoatualização das suas potencialidades. Ao buscar a definição de potencialidade, percebemos que Rogers (1961) define que o cliente é a maior autoridade sobre si e quando lhe são dadas as condições facilitadoras para seu crescimento, este pode desenvolver suas potencialidades. Essas potencialidades, variam entre as pessoas e a Abordagem Centrada na Pessoa valoriza a potencialidade terapêutica da relação.
Carl Rogers ainda destaca a importância da comunicação ao afirmar que ouvir traz consequências, pois, quando se ouve efetivamente, muitas coisas acontecem (Rogers, 1983, p.6) se ouvimos os significados que são importantes naquele momento para a pessoa, não apenas suas palavras, mas ela mesma, e quando lhe demonstramos que ouvimos seus significados pessoais e íntimos. Para Amatuzzi (2001), compreendemos o significado real atribuído pelo falante e nos prendemos a toda presença significante da pessoa.
O que se percebe é que na ACP, a comunicação é mais que uma função cognitiva, ela é, de acordo com Rogers (1983), “algo mais ‘vivencial’, algo que abrange a pessoa inteira, tanto as reações viscerais e os sentimentos como os pensamentos e as palavras” (p.4). E essa comunicação é algo além do verbal.
É uma abordagem baseada na crença de que cada indivíduo possui uma tendência natural para o crescimento e a autorrealização. “É a tendência fundamental que motiva o processo de contínuo vir-a-ser do indivíduo no sentido de sua plena realização como pessoa humana individual e social” (Ramos, 1980, p.63).
Na busca pelo crescimento e autorrealização, Rogers (1983) acreditava que, para que um indivíduo se desenvolva plenamente, ele precisa de um ambiente seguro e empático, onde seja aceito e compreendido incondicionalmente. Por isso, a Abordagem Centrada na Pessoa apresenta como conceitos-chaves: a empatia, a congruência e a consideração positiva incondicional.
A empatia envolve a capacidade do terapeuta de compreender ao máximo as experiências e os sentimentos do outro. Segundo Moreira (2010, p.539), “através da empatia, o psicoterapeuta busca perceber e compreender o mundo do cliente na perspectiva dele.” Assim, na ACP, a empatia é um interesse e uma receptividade em relação ao cliente, prevalecendo a busca de uma compreensão profunda e não crítica.
Para Rogers (1997) a congruência é uma “adequação entre a experiência, a consciência e a comunicação” (p.392). A congruência do terapeuta está interligada à compreensão empática, ou seja, “ao ser transparente, verdadeiro”.
Por fim, o terceiro conceito-chave é a consideração positiva incondicional que é realizada através da compreensão empática (Rogers & Kinget, 1965/1977). Ela diz respeito a aceitar e valorizar o cliente como pessoa, independentemente de suas escolhas ou comportamentos: “Os indivíduos possuem dentro de si vastos recursos para a autocompreensão e para modificação de seus autoconceitos, de suas atitudes e de seu comportamento autônomo” (Rogers, 1983, p.38). Ao experienciar a Consideração Positiva Incondicional, a pessoa desenvolve uma maior capacidade de empatia em relação aos outros.
Ao criar um ambiente terapêutico centrado na pessoa, Rogers acreditava que os indivíduos poderiam explorar e compreender melhor seus próprios sentimentos, pensamentos e experiências. Isso permitiria o crescimento pessoal e a resolução de conflitos internos, levando a uma maior autoaceitação e autorrealização, pois “[…] todo organismo é movido por uma tendência inerente para desenvolver todas as suas potencialidades e para sua conservação e enriquecimento” (Rogers-Kinget, 1977, p. 159).
A Abordagem Centrada na Pessoa, segundo Braghirolli et al (1990) privilegia a situação imediata mais do que o passado e, ao relacionamento terapêutico mais do que em si mesmo. “[…] A essência da terapia… é um encontro de duas pessoas, no qual o terapeuta é aberto e livremente ele próprio e evidencia isto talvez mais completamente, quando ele pode livre e com receptividade entrar no mundo da outra pessoa.” (Rogers, 1980, p. 100 – 101).
Desde a morte de Carl Rogers, em 1987, a Abordagem Centrada na Pessoa desenvolveu uma grande diversidade de vertentes em vários lugares do mundo (Moreira, 2010) elencada por Segrera (2002) da seguinte maneira: (1) A versão clássica, desenvolvida pelo Center for Studies of the Person, em San Diego, Califórnia, onde Carl Rogers passou os últimos anos de sua vida; (2) A linha experiencial, criada por Gendlin (1988; 1990), com foco na experiência e na técnica de focalização, desenvolvida na University of Chicago; (3) A linha experiencial processual, representada por Laura Rice, no Canadá, e Robert Elliot, nos Estados Unidos, com um enfoque aprofundado no estudo dos elementos do processo (Greenberg, Rice & Elliot, 1993; Rice & Greenberg, 1990); (4) A linha existencial-fenomenológica, baseada na fenomenologia existencial, desenvolvida principalmente por autores brasileiros, como Moreira (2001), além de Advíncula (1991), Amatuzzi (1989), Belém (2004), Boris (1987; 1990), Cury (1987; 1988; 1993), Fonseca (1988; 1998) e Holanda (1998) (Segrera, 2002); (5) A linha transcendental, que incorpora aspectos espirituais, religiosos e transpessoais, representada por autores como Curran (1952) nos Estados Unidos, Saint-Arnaud (1967) no Canadá, Thorne (1993) na Inglaterra, Schmid (1995) na Áustria, González (1995) no México e Boainain Jr. (1999) no Brasil; (6) A linha expressiva, que une elementos artísticos e de movimento corporal, integrando influências da gestalt-terapia e do psicodrama, e representada por N. Rogers (1993), filha de Carl Rogers; (7) A linha analítica, que examina a relação com a psicologia do self de Heinz Kohut e outros aspectos analíticos, representada por Kahn (1985); (8) A linha comportamental-operacional, que se concentra no desenvolvimento de habilidades e é representada por Tausch (1990) na Alemanha e Ernest Meadows (Meadows & Stillwell, 1998) na Califórnia. Moreira (2008; 2009) acrescenta ainda um desenvolvimento contemporâneo, (9) a linha do currículo centrado na pessoa, voltada para a educação no Chile, e representada por Eric Troncoso e Ana Repetto (Moreno, Troncoso & Videla, 1999; Troncoso & Repetto, 1997). Recentemente, observam-se também outros desenvolvimentos potenciais que podem consolidar novas vertentes na Abordagem Centrada na Pessoa.
2.2 Saúde mental de mulheres – conceitos fundamentais
É importante retomar alguns conceitos que direcionam para a temática, como a compreensão do que é saúde, saúde mental e saúde mental de mulheres. Inicialmente, vale ressaltar que em 1948, ocorreu uma mudança conceitual, a qual a OMS, “propõe como princípio, norteador das suas atividades, o entendimento de saúde como o completo bem-estar físico, mental e social” (Kahhale, 2003, p. 165).
Assim, a partir desse novo enfoque, os aspectos psíquicos e sociais da população passaram a ser objeto de preocupação, além das questões biológicas (Bacellar; Rocha; Flor, 2012).
Com a nova Constituição Federal de 1988, surgem as políticas de intervenção em saúde pública no Brasil com foco no artigo 196 que norteia, até hoje, o Sistema Único de Saúde (SUS):
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação.
Essa garantia do direito constitucional à saúde inclui o cuidado à saúde mental e é um dever do Estado oferecer condições dignas de cuidado em saúde para toda população (BRASIL, 2024). Uma das maneiras de se contribuir com essa oferta é o atendimento psicológico com suas diversas correntes teóricas e abordagens, dentre elas a Abordagem Centrada na Pessoa(ACP).
A ACP enfatiza a importância de criar um ambiente terapêutico seguro, empático e não-julgador, no qual as mulheres possam explorar seus sentimentos e desafios relacionados à saúde mental, como questões relacionadas à identidade de gênero, violência doméstica, discriminação e desigualdade social.
O (a) psicoterapeuta busca compreender essas experiências e trabalhar em colaboração com a mulher para ajudá-la a encontrar seus próprios caminhos de crescimento e bem-estar (Scorsolini-Comin, 2014).
Ao olhar para a história da saúde mental, percebe-se que no contexto mundial, o sofrimento mental sempre esteve associado aos processos de exclusão e estigmatização (Whitley, 2012).
À medida que o isolamento social se afirmava como imperativo terapêutico e a periculosidade como característica inerente à loucura, fortalecia-se o lugar do hospital psiquiátrico como única instituição adequada ao tratamento das pessoas com doença mental. A vida nessas instituições totais era marcada por relações autoritárias, violentas e de controle, bem como por processos de des-historização, negação de direitos e destituição subjetiva (SAMPAIO, 2021).
No contexto da saúde mental das mulheres, a Abordagem Centrada na Pessoa busca promover o autoconhecimento, a autenticidade e a capacidade de tomar decisões. Ao criar um ambiente terapêutico seguro e acolhedor, a abordagem supracitada permite que as mulheres se sintam capacitadas a explorarem suas próprias emoções, aspirações e seus desafios, facilitando o crescimento pessoal e o desenvolvimento de estratégias saudáveis de enfrentamento.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa adotou como procedimento metodológico a revisão sistemática de literatura que é o processo de busca, análise e descrição de um corpo do conhecimento em busca de resposta a uma pergunta específica (IPUSP, 2024). Nesse tipo de estudo reúne-se e analisa materiais de vários autores, com o objetivo de mapear a produção de uma área e apresentar uma agenda de pesquisa.
No primeiro momento, a revisão sistemática de literatura buscou elaborar a questão clínica, ou seja, o objetivo principal, e um projeto de revisão; em seguida, realizar uma ampla busca da literatura, selecionando os estudos e aplicando os critérios para avaliação da qualidade metodológica. Por fim, sintetizar os resultados numa metanálise.
Após definição do tema principal, saúde mental de mulheres na perspectiva da Abordagem Centrada na Pessoa, foi possível estabelecer as palavras-chaves para início da pesquisa nas bases Scielo, BVS Brasil e Capes Periódicos, sendo elas: Abordagem Centrada na Pessoa(ACP); mulher; saúde mental; psicologia. Definiu-se o período entre 2019-2024 como filtro temporal e artigos que estivessem nas línguas portuguesa e inglesa. Como critérios de inclusão, definiu-se os trabalhos publicados e disponíveis integralmente em bases de dados científicas ou em versões impressas, publicados a partir de 2019, que tratem da temática da saúde mental de mulheres sob a visão da Abordagem Centrada na Pessoa.
Como critérios de exclusão foram desconsiderados trabalhos que não estavam disponíveis integralmente nas bases de dados pesquisadas, bem como, que não correspondiam ao nosso corte temporal (anteriores a 2019), e que não tratavam de conceitos clássicos relacionados a área de interesse desta pesquisa e não abordavam funções de similaridade.
Após a etapa da seleção dos artigos, destacaram-se aqueles cujos resultados dialogassem com nossa busca sobre as contribuições da ACP na saúde mental de mulheres.
4 RESULTADOS
Na base da dados BVS – Biblioteca Virtual em Saúde – BRASIL foram utilizados os descritores “saúde mental”; “mulher” e “Abordagem Centrada na Pessoa”. Foram identificadas cinco (05) publicações. Após leitura e análise das publicações, considerou-se aqueles trabalhos que correspondiam aos objetivos da pesquisa, gerando o quadro a seguir, com duas (02) publicações:
Tabela 1: Saúde mental de mulheres e Abordagem Centrada na Pessoa-BVS Brasil.
Autores | Ano | Título | Palavras-Chave |
Souza, Carolina de; Santos, Manoel Antônio dos. | 2024 | Significados atribuídos por mulheres com câncer de mama ao grupo de apoio. | Câncer de mama; Grupos de apoio; Psicoterapia de grupo; Saúde mental; Teoria fundamentada. |
Pereira, Leihge Roselle Rondon; Calhao, Ana Rafaela Pecora. | 2019 | Ser pessoa na hospitalização: relatos de gestantes sobre as relações estabelecidas com a equipe multiprofissional | Psicologia Humanista; Abordagem Centrada na Pessoa ; Clima Facilitador; Percepção; Equipe de Assistência ao Paciente. |
Fonte: das autoras, 2024.
Já na base de dados Capes Periódicos foram encontrados dois (02) artigos após realizar a busca por trabalhos publicados entre 2019 e 2024, com os descritores “saúde mental”; “mulher”; “Abordagem Centrada na Pessoa”.
Tabela 2: Saúde mental de mulheres e Abordagem Centrada na Pessoa-Portal Capes Periódicos.
Autores | Ano | Título | Palavras-Chave |
Teixeira, E. O.; Souza, S.; Franken, I.; Da Silva, M. O.; Felix, V. S.; E Oliveira, R. A. Da S. C.; De Oliveira, T. R. A. | 2024 | Sofrimento lésbico e plantão psicológico: uma compreensão da Abordagem Centrada na Pessoa | Plantão Psicológico, Abordagem Centrada na Pessoa , Lésbicas |
Abreu, C. S. De; Magalhães, F. C.; Delmondes, P. T. | 2021 | Narrativas sobre atenção psicológica e humanização do parto e nascimento | Narrativas; Gestantes; Grupo; Plantão psicológico; Abordagem Centrada na Pessoa . |
Fonte: das autoras, 2024.
Por fim, na base de dados Scielo Brasil, não houve resultados com os descritores “saúde mental”; “mulher”; “Abordagem Centrada na Pessoa”. Optou-se por usar somente “saúde mental e mulher”, no período 2019 a 2024 e trabalhos publicados na área temática “Psicologia”, nas línguas inglesa e portuguesa. Após leituras e análise das publicações encontradas, obteve-se o quadro a seguir com dois (02) artigos:
Tabela 3: Saúde mental de mulheres e Abordagem Centrada na Pessoa-Scielo Brasil.
Autores | Ano | Título | Palavras-Chave |
Stochero, L.; Pinto, L. W | 2024 | Prevalência e fatores associados à violência contra as mulheres rurais: um estudo transversal, Pesquisa Nacional de Saúde | Violência contra a mulher; Violência de gênero; Zona rural; Inquéritos epidemiológicos |
Santos, G. C. et al.. | 2023 | Impacto do Racismo nas Vivências de Mulheres Negras Brasileiras: Um Estudo Fenomenológico | Racismo; Mulher Negra; Saúde Mental; Fenomenologia |
Fonte: das autoras, 2024.
5 DISCUSSÃO
O primeiro trabalho analisado de Souza e Santos (2024) trata-se de estudo descritivo-exploratório que buscou valorizar a perspectiva de um grupo de mulheres com câncer, em relação aos serviços de saúde, assim como clarificar o impacto das ações de saúde mental implementadas pelos serviços de apoio no campo da psico-oncologia. Os autores concluem que as mulheres participantes dessa pesquisa valorizaram a solicitude dos profissionais de psicologia em atender suas demandas da melhor forma possível, sejam físicas, emocionais ou psicossociais, destacando que os psicólogos promoveram um clima grupal de gestão coletiva do enfrentamento e da partilha de recursos frente ao problema vivido pelas mulheres, no caso, o câncer.
Na Abordagem Centrada na Pessoa, o psicólogo deve apresentar as condições para que ocorra o crescimento dos seus clientes, com foco na empatia, na aceitação positiva incondicional e na congruência. Ao serem acolhidas, as mulheres, em sofrimento físico e mental, percebem o alto grau de envolvimento dos profissionais de saúde e os benefícios pessoais da psicoterapia “englobam desde a melhora física, favorecendo o retorno gradual às atividades diárias, com as necessárias adaptações, até ganhos emocionais e sociais.” (Souza; Santos, 2024, p.14).
Nessa mesma perspectiva de atenção e acolhimento psicológico, Pereira e Calhao (2019) destacam que em pesquisas orientadas pela ACP, o clima facilitador empreendido pelos profissionais deve levar em conta a consideração positiva incondicional, a congruência e a compreensão empática, proporcionando às mulheres um espaço de apoio e segurança. As autoras destacam que os recursos para as soluções dos conflitos humanos estão presentes nas pessoas que os vivenciam (Rogers, 2009) e que, “com o cuidado centrado na pessoa, é notória a abertura das participantes para as atualizações das suas necessidades” (Pereira e Calhao, 2019, p. 234).
Assim, as mulheres vão lidar com as suas experiências, contribuindo nas relações de ajuda para a adesão ao tratamento e fomento de confiança. Corroborando, Souza e Santos (2024) relatam que a partir da dimensão do cuidado do grupo, as mulheres aprenderam a compartilhar suas experiências, entenderam que é importante dividir seus problemas e conseguiram solicitar e oferecer ajuda em diversas situações”.
Com relação aos trabalhos do Portal de Periódicos da CAPES, verifica-se que os estudos de Teixeira et al. (2024) tratam do Plantão Psicológico (PP) como uma modalidade clínica de acolhimento a problemas emocionais ancorado pela base teórica da Abordagem Centrada na Pessoa(ACP), desenvolvida pelo psicólogo Carl Rogers. Os pesquisadores, realizaram uma pesquisa documental retrospectiva de abordagem quanti-qualitativa, de caráter exploratório, selecionando “fichas sociodemográficas e os prontuários de mulheres LGBTQIAP+ atendidas no ano de 2019, maiores de 18 anos” (Teixeira et al., 2024, p. 2356).
Nesse estudo, evidencia-se que 2,5% do total de atendimentos foi relacionado à população feminina LGBTQIAP+, ou seja, uma pequena parcela de mulheres lésbicas procura o serviço de psicologia e que a ACP possibilita a essas mulheres vivenciar a própria experiência, sendo livre de ser quem se é e vivenciar o self de maneira integral. Para Teixeira et al. (2024) as mulheres lésbicas são tão expostas à homofobia que se tornam suscetíveis a tratar a si mesmas de forma objetivada e inferiorizada, resultando em desfechos negativos para a saúde mental.
A Abordagem Centrada na Pessoano serviço de Plantão Psicológico, busca facilitar a essas mulheres uma melhor compreensão tanto do seu momento quanto de si mesmas baseada na “capacidade do ser humano de tomar consciência de sua experiência, de avaliá-la, verificá-la, corrigi-la, que exprime sua tendência inerente ao desenvolvimento em direção à maturidade e, portanto, em direção à autonomia e à responsabilidade” (Rogers e Kinget, 1977, p. 55).
Ainda no Portal Capes, Abreu; Magalhães; Delmondes (2021) discorrem sobre Grupo Psicoeducativo e o Plantão Psicológico como possibilidade de promoção à saúde da gestante à luz da Abordagem Centrada na Pessoa. Através da escuta e consideração da mulher para além das informações sobre as questões biológicas da gestação, o espaço de cuidado e escuta, geraram mudanças significativas nas participantes do grupo. Deste espaço, Rogers (1987) sublinha que “[…] muitas coisas acontecem. Há, em primeiro lugar, um olhar agradecido. Ela se sente aliviada. Quer falar mais sobre seu mundo. Sente-se impelida em direção a um novo sentido de liberdade. Torna-se mais aberta ao processo de mudança.” (p.151). Por fim, os autores evidenciam que foi possível vivenciar, no contexto da saúde pública, a atuação psicológica na assistência à saúde das mulheres, em especial, no período do pré-natal, visualizando possíveis horizontes para a Psicologia (Abreu; Magalhães; Delmondes, 2021).
Na base de dados Scielo, verificam-se estudos que ligam a saúde mental de mulheres à violência. As mulheres pesquisadas por Stochero; Pinto (2024), que relataram ter algum diagnóstico de comprometimento da saúde mental, também afirmaram sofrer violência. Essas obtiveram maior prevalência em comparação com aquelas que não tinham diagnóstico algum de adoecimento psíquico.
Para alguns estudiosos como Frazão; Pimenta; Lima; Valdevino; Silva; Costa (2019) mulheres que sofrem violência e depressão tendem a ter graves consequências, como “abandono da atividade laboral, falta de ânimo para realizar atividades, isolamento social, desenvolvimento ou agravo de problemas de saúde e ausência de expectativas sobre o futuro.” (p.06).
Já os estudos de Santos et al. (2023) tiveram como objetivo compreender a partir de uma análise fenomenológica, o impacto do racismo sobre vivências de mulheres negras, sobretudo na saúde mental. Ao direcionar a análise da Abordagem Centrada na Pessoa sobre essa pesquisa destaca-se que o profissional, ao buscar uma compreensão da essência da experiência de sofrimento de mulheres negras frente ao racismo, não se desconsidera a especificidade das vivências individuais, pois, como enfatiza Amatuzzi (2007), “há sempre mais na experiência vivida do que no significado que dela construímos” (p. 9).
6 considerações finais
A pesquisa permite concluir que a atenção à saúde mental, especialmente no que se refere às mulheres, permanece como um campo que demanda investigações aprofundadas. Ademais, destaca-se a necessidade de intervenções psicológicas direcionadas, uma vez que as mulheres enfrentam, de modo particular, questões críticas como violência, discriminação, identidade de gênero, e desigualdade social, entre outros aspectos.
Como constatado, a Abordagem Centrada na Pessoa apresenta-se viável em intervenções psicológicas, tanto individuais quanto grupais. Os três conceitos-chaves da ACP quando postos em prática por profissionais éticos e comprometidos, promovem acolhimento, crescimento psicológico, autonomia e uma vida mais saudável, assim como pode-se verificar nos resultados e discussões dessa proposta com mulheres.
Afirma-se também que, o comprometimento da saúde mental das mulheres apresenta causas diversas, constituindo uma espécie de colcha de retalhos, onde podem estar presentes: conflitos familiares, violência doméstica e/ou de gênero, racismo, entre outros. Dessa forma, entende-se que o sofrimento psicológico das mulheres é multicausal, mas é sentido e percebido de forma subjetiva e única.
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* Aclécia Alencar de Albuquerque. Graduanda em Psicologia, Uninassau Palmas. E-mail: psiaclecia@gmail.com.
** Selma De Sousa Silva Graduanda em Psicologia, Uninassau Palmas. E-mail: selmadesousasilva22@gmail.com.
** Professora orientadora, Me em Psicologia UFRN, Doutoranda em Educação UEL. E-mail: elisamagalhaes@ifto.edu.br