TRANSPLANTE CAPILAR MASCULINO: TÉCNICAS ATUAIS E PERSPECTIVAS DE AVANÇOS TECNOLÓGICOS NO TRATAMENTO DA CALVÍCIE

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202411300950


Amiraldo Paiva Da Silva
Professor: Msc. Gabriel De Oliveira Rezende


RESUMO

A calvície, ou alopecia androgenética, é uma condição caracterizada pela perda progressiva dos cabelos, influenciada por fatores genéticos e hormonais. O objetivo geral deste trabalho será explorar as técnicas de transplante capilar masculino disponíveis, além de investigar as inovações tecnológicas emergentes. Os objetivos específicos incluíram discutir a fisiologia da calvície, analisar as técnicas de transplante capilar mais utilizadas atualmente, como o FUE e FUT, e relatar os avanços tecnológicos que estão sendo desenvolvidos no tratamento da calvície, como o uso de células-tronco e bioimpressão 3D. A metodologia adotada será uma revisão de literatura, de caráter descritivo e qualitativo. A busca bibliográfica será realizada em bases de dados online, como Periódicos Capes, BVS, PubMed e Google Acadêmico. Serão incluídos artigos, livros, teses e trabalhos acadêmicos publicados entre 2014 e 2024 em inglês ou português, que abordem os temas propostos. Em conclusão, o transplante capilar masculino é um campo em constante evolução, impulsionado por melhorias técnicas e avanços tecnológicos que visam resultados cada vez mais eficientes e duradouros. Embora as técnicas atuais já ofereçam soluções seguras para a calvície, o futuro parece promissor com a integração de novas ferramentas e abordagens biotecnológicas, que poderão revolucionar ainda mais o tratamento da alopecia masculina, tornando-o mais seguro, acessível e com resultados aprimorados.

Palavras-chave: Transplante Capilar; Calvície; Técnicas De Transplante; Avanços Tecnológicos.

1. INTRODUÇÃO

O transplante capilar masculino tem se consolidado como uma das alternativas mais eficazes no tratamento da calvície, especialmente em homens que sofrem de alopecia androgenética, uma das principais causas da perda de cabelo. O avanço das técnicas cirúrgicas e o desenvolvimento de novas tecnologias têm permitido resultados cada vez mais naturais e duradouros, com procedimentos menos invasivos e um tempo de recuperação mais rápido. Atualmente, as duas principais técnicas de transplante capilar utilizadas são a Extração de Unidades Foliculares (FUE) e o Transplante de Unidades Foliculares (FUT), sendo a primeira a mais moderna e preferida pelos pacientes devido às suas vantagens (Delibori, 2023).

A técnica FUE, que significa Extração de Unidade Folicular, envolve a remoção individual dos folículos capilares da área doadora, que geralmente fica localizada na parte posterior ou lateral da cabeça. Esse método dispensa a necessidade de incisões lineares, resultando em cicatrizes pontuais, quase imperceptíveis. O tempo de recuperação é relativamente curto, e o desconforto pós-operatório costuma ser mínimo. Além disso, a técnica FUE permite que os pacientes retornem rapidamente às suas atividades cotidianas. A técnica FUT, por outro lado, envolve a remoção de uma faixa de couro cabeludo da área doadora, da qual os folículos são retirados para serem transplantados na área calva. Embora essa técnica também produza bons resultados, ela pode deixar uma cicatriz linear visível e requer um tempo maior de recuperação (Terra, 2023; Hidalgo et al., 2021).

Nos últimos anos, o avanço tecnológico tem desempenhado um papel essencial na melhoria dos procedimentos de transplante capilar. O uso de robôs para auxiliar na remoção de folículos, como o sistema ARTAS, tem aprimorado a precisão e a eficiência dos transplantes. Com a tecnologia robótica, o processo de degradação torna-se menos suscetível a erros humanos, permitindo uma seleção e remoção de folículos mais fluidos e preservando a área doadora. Essa inovação reduz o tempo de cirurgia e melhora a qualidade do procedimento, proporcionando resultados mais consistentes e naturais (Lee et al., 2021).

Além das técnicas cirúrgicas propriamente ditas, outros tratamentos complementares têm sido incorporados para melhorar os resultados pós-transplante. O uso do plasma rico em plaquetas (PRP) tem ganhado popularidade como um tratamento auxiliar que ajuda a acelerar a cicatrização e a estimular o crescimento de novos fios. O PRP é preparado a partir do sangue do próprio paciente e é injetado no couro cabeludo para potencializar a regeneração capilar e a vascularização dos folículos transplantados. Além disso, técnicas como o microagulhamento, que envolvem a aplicação de pequenas agulhas no couro cabeludo para estimular a produção de colágeno e melhorar a circulação sanguínea, apresentam eficácia no estímulo ao crescimento de novos fios após o transplante (Salman et al., 2017).

As perspectivas para o futuro do transplante capilar masculino são promissoras, principalmente com o desenvolvimento de novas técnicas baseadas em bioengenharia. Uma das áreas de pesquisa mais avançadas envolve a clonagem de folículos capilares. Cientistas estão estudando formas de regenerar folículos a partir de células-tronco, o que poderia revolucionar o tratamento da calvície. Essa técnica resolveria um dos maiores desafios enfrentados atualmente no transplante capilar: as limitações da área doadora. Com a clonagem de folículos, seria possível criar um número ilimitado de folículos saudáveis ​​para transplante, oferecendo uma solução definitiva para homens com grandes áreas de calvície (Olli et al., 2017).

2. OBJETIVO

2.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral do presente estudo será discorrer sobre o transplante capilar masculino voltado para as técnicas atuais e avanços tecnológicos.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos serão discorrer sobre a fisiologia da calvície humana, analisar as técnicas atuais de transplante capilar e relatar sobre as tecnologias emergentes e avanços no tratamento da calvície.

3. DESENVOLVIMENTO

3.1 A CALVÍCIE MASCULINA

A calvície masculina, também conhecida como alopecia, é uma condição multifatorial que afeta uma grande parcela da população masculina ao redor do mundo. A perda de cabelo está associada a alterações fisiológicas, genéticas e hormonais, e pode trazer implicações psicológicas e sociais significativas para os indivíduos que sofrem dessa condição. Abaixo, são discutidos os principais tipos de calvície e suas causas, com foco na alopecia androgenética, assim como os impactos dessa condição na saúde mental e social dos indivíduos (Lobo; Machado; Selores, 2018).

Existem diferentes tipos de calvície, sendo a alopecia androgenética a mais comum. Entre os demais tipos, destaca-se a alopecia areata, que é caracterizada pela perda de cabelo em áreas específicas do couro cabeludo, podendo se estender para outras partes do corpo. A causa desse tipo de calvície é atribuída a fatores autoimunes, nos quais o sistema imunológico ataca os folículos capilares, levando à sua destruição. Outro tipo é a alopecia cicatricial, que ocorre devido a danos aos folículos capilares causados por processos inflamatórios ou traumas, resultando em perda permanente do cabelo (Lohia; Doshi; Manjunathswamy, 2021).

A alopecia por tração é uma forma de calvície que resulta de práticas de estilo de vida, como o uso constante de penteados apertados que provocam tensão excessiva nos folículos capilares. Essa tração repetida enfraquece os fios de cabelo, levando à queda contínua. Além disso, fatores ambientais, como a exposição excessiva ao calor, produtos químicos e radiação ultravioleta, também contribuem para a queda de cabelo, agravando condições predispostas geneticamente (Ruston; Rocco; Baroudi, 2014).

A alopecia androgenética é a principal responsável pela calvície masculina, afetando cerca de 50% dos homens ao longo da vida. Esse tipo de calvície está relacionado à ação dos andrógenos, particularmente a di-hidrotestosterona (DHT), um derivado da testosterona que age sobre os folículos capilares, promovendo sua miniaturização progressiva. A miniaturização dos folículos leva à produção de fios cada vez mais finos e curtos, até que o folículo se torne incapaz de gerar novos fios de cabelo (Sawant et al., 2014).

Os fatores genéticos desempenham um papel crucial na alopecia androgenética. Estudos recentes indicam que a susceptibilidade à condição é herdada de maneira poligênica, ou seja, múltiplos genes estão envolvidos na predisposição à calvície. O gene mais associado à calvície androgenética está localizado no cromossomo X, o que explica por que muitos homens herdariam a condição de suas mães. Contudo, genes autossômicos também estão implicados, sugerindo uma herança mais complexa do que se pensava anteriormente (Silva, 2022).

O papel da genética é ampliado pela interação com os hormônios androgênicos, que, ao longo do tempo, alteram o ciclo de crescimento capilar. Com isso, a fase anágena (de crescimento) é encurtada, e a fase telógena (de repouso) é prolongada, resultando na queda gradual dos fios (Hidalgo et al., 2021).

A calvície, embora seja uma condição fisiológica, pode ter repercussões profundas na saúde mental e na vida social dos homens. A perda de cabelo é frequentemente associada à perda de masculinidade, juventude e atratividade física, o que pode afetar negativamente a autoestima e a autoconfiança dos indivíduos. Em alguns casos, os homens desenvolvem distúrbios de imagem corporal, como a dismorfia corporal, caracterizada por uma preocupação excessiva com a aparência física (Lee et al., 2021).

Do ponto de vista social, a calvície pode influenciar a forma como os homens são percebidos por outras pessoas. Pesquisas indicam que homens com calvície tendem a ser percebidos como menos atraentes e menos confiáveis em alguns contextos sociais e profissionais. Esses fatores podem levar à discriminação em ambientes de trabalho e relacionamentos pessoais, amplificando os impactos psicológicos da condição (Delibori, 2023).

Estudos recentes destacam que a calvície também pode estar associada ao aumento de sintomas depressivos e ansiedade, principalmente em homens jovens que percebem a perda de cabelo como uma ameaça à sua identidade social. Dessa forma, intervenções psicossociais, como aconselhamento e terapias de apoio, podem ser necessárias para ajudar os indivíduos a lidar com os aspectos emocionais da calvície (Terra, 2023).

As motivações que levam indivíduos a optarem pelo transplante capilar são diversas e frequentemente estão interligadas a questões profundas de autoimagem e bem-estar psicológico. A calvície, especialmente quando se torna evidente e afeta a aparência pessoal, pode ter um impacto significativo na autoestima e na percepção de si mesmo. Para muitos, a perda de cabelo representa não apenas uma mudança estética, mas também uma questão de identidade pessoal e confiança. A busca pela restauração capilar muitas vezes é motivada pelo desejo de recuperar uma aparência mais jovem e vital, alinhando-se aos padrões culturais e sociais de beleza (Gevifinkiel et al., 2014).

Além das razões estéticas, o transplante capilar pode desempenhar um papel crucial na melhoria da qualidade de vida emocional dos indivíduos afetados pela calvície. A percepção de envelhecimento prematuro, associada à perda de cabelo, pode gerar sentimentos de desconforto e insegurança social, afetando as interações pessoais e profissionais. Portanto, a decisão de se submeter ao procedimento muitas vezes reflete um esforço para restaurar não apenas a aparência física, mas também o equilíbrio psicológico e emocional (Silva, 2022).

Além das questões de autoimagem e autoestima, o impacto psicológico da calvície pode ser profundo, afetando negativamente o bem-estar emocional dos indivíduos. A perda de cabelo pode desencadear sentimentos de ansiedade, depressão e até mesmo isolamento social, à medida que as pessoas se sentem menos confiantes e preocupadas com a forma como são percebidas pelos outros. Para muitos, o transplante capilar representa uma oportunidade de recuperar não apenas o cabelo perdido, mas também uma sensação renovada de normalidade e controle sobre sua própria imagem (Delibori, 2023).

Desta forma, o sucesso do transplante capilar em melhorar a aparência física e o estado emocional dos pacientes tem sido amplamente documentado, reforçando a validade das motivações por trás dessa escolha. A tecnologia avançada e as técnicas cirúrgicas aprimoradas não apenas aumentaram a eficácia do procedimento, mas também reduziram os riscos e os tempos de recuperação, tornando-o uma opção mais acessível e atraente para aqueles que desejam restaurar sua plenitude capilar. Assim, entender as motivações por trás do transplante capilar não se limita apenas às questões estéticas, mas também abre caminho para uma análise mais profunda dos aspectos emocionais e psicológicos envolvidos na busca pela autoaceitação e bem-estar pessoal (Santana; Lopes; Santos, 2017).

3.2 TÉCNICAS ATUAIS DO TRANSPLANTE CAPILAR 

O transplante capilar é um procedimento cirúrgico que visa restaurar a densidade dos cabelos em áreas afetadas por calvície ou afinamento. A técnica baseia-se na transferência de folículos capilares de uma área doadora, geralmente na parte posterior da cabeça, para uma área receptora que apresenta escassez de cabelo. Este método tem evoluído consideravelmente ao longo das décadas, refletindo avanços significativos na ciência e na tecnologia médica (Baker et al., 2018).

O conceito inicial de transplante capilar foi desenvolvido na década de 1930 pelo Dr. Sasagawa, no Japão. No entanto, o marco mais significativo na história do transplante capilar moderno foi o trabalho do Dr. Norman Orentreich na década de 1950. Orentreich introduziu o método de transplante de unidades foliculares, demonstrando que os folículos capilares transplantados mantinham suas características de crescimento e poderiam continuar a crescer normalmente quando transplantados para áreas calvas (Hidalgo et al., 2021).

Nos últimos anos, o desenvolvimento de técnicas de transplante capilar tem sido acelerado, com inovações tecnológicas aprimorando tanto os resultados quanto a experiência do paciente. A técnica de FUE, introduzida no início dos anos 2000 e amplamente desenvolvida nos anos seguintes, representa um avanço significativo. A FUE permite a remoção individual de folículos sem a necessidade de cortes lineares, o que reduz a cicatrização e melhora a naturalidade dos resultados. Estudos recentes têm demonstrado que a técnica FUE oferece vantagens consideráveis em termos de precisão e recuperação (Hidalgo et al., 2021).

Outro avanço importante é a utilização da técnica robótica no transplante capilar. A introdução de sistemas robóticos como o ARTAS tem transformado a prática ao fornecer uma precisão sem precedentes na extração e implantação de folículos capilares. Esses sistemas robóticos têm mostrado melhorar os resultados estéticos e a eficiência do procedimento, minimizando o risco de erro humano e aumentando a satisfação dos pacientes (Khan et al., 2022).

A integração de novas tecnologias também inclui o uso de terapia com células-tronco e a aplicação de técnicas regenerativas para melhorar a eficácia dos transplantes capilares. A pesquisa recente sugere que a combinação de transplante capilar com terapias regenerativas pode promover um crescimento mais robusto e duradouro dos fios transplantados, além de potencialmente beneficiar a saúde geral do couro cabeludo (Jung et al., 2023).

3.3 O IMPACTO PSICOLÓGICO DO TRANSPLANTE CAPILAR

O impacto psicológico do transplante capilar também merece destaque. A restauração da densidade capilar pode ter efeitos profundos na autoestima e na qualidade de vida dos pacientes. Estudos indicam que a melhoria na aparência capilar pode levar a uma maior confiança e bem-estar emocional, refletindo a importância psicológica do procedimento além dos resultados estéticos (Tani et al., 2022).

A técnica de FUT, também conhecida como método de tira, foi uma das primeiras técnicas amplamente utilizadas. O processo envolve a remoção de uma faixa de couro cabeludo da área doadora, geralmente na parte posterior da cabeça, e a subsequente dissecção dessa faixa em unidades foliculares individuais. Esses enxertos são então implantados nas áreas calvas. O método FUT é conhecido por permitir a extração de um grande número de folículos de uma só vez, mas pode deixar uma cicatriz linear na área doadora (Terra, 2023).

A FUE é uma técnica mais recente que surgiu como uma alternativa ao FUT. Em vez de remover uma faixa de couro cabeludo, a FUE envolve a extração individual de folículos capilares usando uma ferramenta de punção circular. Os folículos são então transplantados para a área receptora. Esta técnica minimiza a cicatrização e oferece uma recuperação mais rápida, além de proporcionar resultados estéticos mais naturais, pois não deixa cicatrizes lineares visíveis. A FUE tem se tornado cada vez mais popular devido à sua menor invasividade e melhores resultados cosméticos (Han et al., 2014).

Recentemente, a técnica Robótica no transplante capilar tem ganhado destaque. Sistemas robóticos, como o ARTAS, utilizam tecnologia de imagem e algoritmos avançados para realizar a extração e implantação de folículos capilares com alta precisão. Esses sistemas automatizados ajudam a reduzir o erro humano e a melhorar a eficiência do procedimento. A robótica no transplante capilar tem mostrado avanços significativos na precisão da extração dos folículos e na realização de implantes mais consistentes e naturais (Cooper, 2016).

Além dessas técnicas principais, o transplante capilar também se beneficia de inovações adicionais, como o uso de células-tronco e terapia de indução de crescimento capilar. A aplicação de células-tronco têm demonstrado potencial para melhorar a regeneração dos folículos capilares e promover o crescimento de novos fios, enquanto a terapia de indução, como a PRP (plasma rico em plaquetas), pode ser usada em conjunto com o transplante para maximizar os resultados (Crisóstomo et al., 2014).

Nos últimos anos, o campo do transplante capilar tem experimentado avanços tecnológicos significativos que têm transformado a prática e melhorado os resultados para os pacientes. Esses avanços abrangem desde novas técnicas cirúrgicas até inovações em tecnologia robótica e terapia regenerativa, refletindo uma evolução contínua na busca por procedimentos mais eficazes e menos invasivos (Greco; Maceiro; Lipo, 2015).

A integração de tecnologias robóticas no transplante capilar também tem revolucionado o campo. Sistemas como o ARTAS utilizam algoritmos avançados e tecnologia de imagem para automatizar a extração e o implante de folículos capilares. Esses sistemas robóticos melhoram a precisão do procedimento, reduzindo o erro humano e aumentando a eficiência. Estudos recentes demonstram que a robótica pode proporcionar resultados mais consistentes e naturais, além de minimizar o tempo de operação e a recuperação pós-operatória (Lee et al., 2021).

Outro desenvolvimento significativo é o uso de técnicas de terapia regenerativa em conjunto com o transplante capilar. A aplicação de PRP e células-tronco está se tornando cada vez mais comum para melhorar a saúde do couro cabeludo e promover o crescimento de cabelo. O PRP é obtido a partir do próprio sangue do paciente e é rico em fatores de crescimento que estimulam a regeneração dos folículos capilares. A terapia com células-tronco, por sua vez, está em fase avançada de pesquisa e tem se mostrado promissora em promover a regeneração dos folículos e melhorar os resultados do transplante (Salman et al., 2017).

A personalização do tratamento também tem sido um foco de inovação. O uso de imagens 3D e modelagem digital permite uma análise mais detalhada da área doadora e receptora, ajudando os cirurgiões a planejar e executar o procedimento com maior precisão. Esses avanços tecnológicos permitem a personalização dos procedimentos de acordo com as necessidades individuais dos pacientes, resultando em uma melhor adequação dos enxertos e um aspecto mais natural após o transplante (Olli et al., 2017).

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 LOCAL DA PESQUISA

O presente estudo foi uma revisão de literatura de caráter descritivo e qualitativo. Para Cavalcante e Oliveira (2020) a revisão de literatura é uma metodologia de pesquisa qualitativa que tem como objetivo sintetizar e analisar criticamente a literatura existente sobre um determinado tema, proporcionando uma visão abrangente e integradora, permitindo uma maior flexibilidade na seleção das fontes e na interpretação dos dados. Esta abordagem é especialmente útil para explorar áreas de conhecimento amplas e complexas, identificar lacunas na literatura, e propor novas direções para pesquisas futuras. 

De acordo com Batista e Kumada (2021) a pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever as características de uma população ou fenômeno específico, ou estabelecer relações entre variáveis. Diversos estudos se enquadram nessa categoria, caracterizando-se pela utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados. Esse tipo de pesquisa busca descrever minuciosamente um fenômeno ou situação, especialmente o que está ocorrendo, permitindo uma compreensão detalhada das características de um indivíduo, uma situação ou um grupo, além de revelar as relações entre os eventos.

Por fim, a pesquisa qualitativa é uma abordagem que permite uma investigação aprofundada das questões relacionadas ao fenômeno em estudo e suas interações. Essa metodologia valoriza o contato direto com a situação estudada, buscando compreender tanto o que é comum quanto a individualidade e os múltiplos significados envolvidos. A análise qualitativa dos dados visa entender o significado do fenômeno em seu contexto, capturando não apenas sua aparência superficial, mas também suas essências, origens, relações, mudanças e potenciais consequências (BATISTA; KUMADA, 2021).

O local da busca bibliográfica foi em bases de dados online, sendo elas Periódicos Capes, BVS, PubMed e Google Acadêmico. Os descritores e o período da busca bibliográfica foram: Transplante Capilar; Calvície; Técnicas De Transplante; Avanços Tecnológicos. O período da busca foi de 10 anos, sendo de 2014 a 2024.

4.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

Os critérios de análise de dados qualitativos se basearão em critérios de inclusão e exclusão. Os critérios de inclusão serão livros, teses, trabalhos de conclusão de curso, artigos científicos publicados no idioma inglês ou português, que abordarão o tema proposto no resumo e nos objetivos e serão publicados entre 2014 e 2024. Serão excluídos artigos duplicados, incompletos, pagos e que, no momento da leitura completa, não apresentarem os pontos relevantes para o desenvolvimento do estudo.

4.3 ANÁLISE DOS DADOS

Os artigos serão escolhidos de acordo com as seguintes fases: primeiro, serão excluídas as duplicações. Em seguida, os artigos remanescentes serão triados por título, resumo e texto completo. Os artigos serão selecionados com base nos critérios de elegibilidade acima citados. Caso a elegibilidade não possa ser determinada durante a triagem inicial do título e do resumo, o texto completo dos artigos será obtido e passará por uma primeira leitura criteriosa para determinar a inclusão. Serão utilizados relatos de caso, revisões bibliográficas, revisões de literatura e teses, com recorte de 10 anos, no idioma inglês e português, abordando a temática proposta.

5. CONCLUSÃO

O transplante capilar masculino tem evoluído significativamente, consolidando-se como uma das opções mais eficazes para o tratamento da calvície. As técnicas atuais, como o FUE e o FUT, oferecem resultados cada vez mais naturais e menos invasivos, tornando o procedimento mais acessível e atraente para homens que buscam recuperar a densidade capilar. Além disso, os avanços no planejamento pré-operatório, com o uso de softwares de simulação, permitem maior precisão no desenho da linha capilar e na distribuição dos folículos, otimizando o resultado estético.

O uso de tecnologias emergentes também está moldando o futuro dos transplantes capilares. Inovações como a robótica aplicada à remoção de folículos e o uso de terapias de regeneração celular, incluindo o PRP, têm o potencial de aprimoramento ainda mais os procedimentos, reduzindo o tempo de recuperação e aumentando a taxa de sucesso. Essas inovações prometem, no futuro, não apenas tratar a calvície de forma mais eficaz, mas também prevenir a progressão da queda capilar, abrindo novas perspectivas no campo da restauração capilar.

Em conclusão, o transplante capilar masculino é um campo em constante evolução, impulsionado por melhorias técnicas e avanços tecnológicos que visam resultados cada vez mais eficientes e duradouros. Embora as técnicas atuais já ofereçam soluções seguras para a calvície, o futuro parece promissor com a integração de novas ferramentas e abordagens biotecnológicas, que poderão revolucionar ainda mais o tratamento da alopecia masculina, tornando-o mais seguro, acessível e com resultados aprimorados.

6. REFERÊNCIAS

BATISTA, L.; KUMADA, K. Análise metodológica sobre as diferentes configurações da pesquisa bibliográfica. Rev. Bras. de Iniciação Científica (RBIC), v. 8, e021029, p. 1-17, 2021. Disponível em: https://periodicoscientificos.itp.ifsp.edu.br/index.php/rbic/article/view/113. Acesso em: 12 set. 2024. 

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