REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202411300829
Bárbara Ingryd Ferreira Santos, Italo José do Nascimento Silva, Luá Columbi Bezerra, Emanuel Pontes Araújo Damasceno, Auvimar Mariano Batista Junior, Fabriscia Krys Cordeiro de Araujo, Larissa Alencar Santos, José Torres de Carvalho Pires Júnior, Débora Maria Sousa Alexandre, Theogenes Freire Gomes de Araujo
RESUMO
Introdução: O tabagismo é amplamente reconhecido como um fator de risco para diversas doenças oculares, incluindo degeneração macular relacionada à idade (DMRI), catarata, glaucoma e síndrome do olho seco. As substâncias tóxicas presentes no cigarro, como nicotina e monóxido de carbono, afetam diretamente os tecidos oculares, resultando em danos oxidativos e isquêmicos. Este estudo revisa a literatura sobre os efeitos do tabagismo na saúde ocular, destacando os principais mecanismos envolvidos e as implicações para a saúde pública. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica de caráter descritivo e analítico. Foram incluídos artigos científicos publicados entre 2000 e 2024, nas bases de dados PubMed, SciELO e BVS. As palavras-chave utilizadas foram “tabagismo”, “saúde ocular”, “catarata”, “DMRI”, “glaucoma” e “síndrome do olho seco”. Estudos que abordassem o impacto do tabagismo ativo e passivo na saúde ocular foram selecionados. Além disso, foram considerados ensaios clínicos, revisões sistemáticas e meta-análises. Discussão e Resultados: Os estudos revisados indicam que o tabagismo aumenta significativamente o risco de doenças oculares. Fumantes têm de duas a quatro vezes mais chances de desenvolver DMRI em comparação com não fumantes, além de um risco triplicado de catarata. O tabagismo também agrava o glaucoma, contribuindo para a perda progressiva da visão devido ao aumento da pressão intraocular. A síndrome do olho seco foi identificada como uma das condições mais comuns associadas ao tabagismo, com redução na qualidade e quantidade de lágrimas. O fumo passivo também mostrou-se prejudicial, especialmente em crianças, aumentando o risco de doenças como DMRI e catarata. Conclusão: O tabagismo representa um fator de risco importante e modificável para o desenvolvimento de diversas doenças oculares. A cessação do tabagismo pode reduzir significativamente o risco dessas condições e suas complicações. Campanhas de conscientização devem incluir informações sobre os impactos do cigarro na saúde ocular, tanto para fumantes ativos quanto para a população exposta ao fumo passivo. Medidas preventivas, como a promoção da saúde ocular e o incentivo à cessação do tabagismo, são essenciais para a proteção da visão.
Palavras-chave: Tabagismo; saúde ocular; degeneração macular relacionada à idade; catarata; glaucoma; síndrome do olho seco; fumo passivo; revisão bibliográfica.
ABSTRACT
Introduction: Smoking is widely recognized as a risk factor for several eye diseases, including age-related macular degeneration (AMD), cataract, glaucoma, and dry eye syndrome. Toxic substances present in cigarettes, such as nicotine and carbon monoxide, directly affect ocular tissues, resulting in oxidative and ischemic damage. This study reviews the literature on the effects of smoking on ocular health, highlighting the main mechanisms involved and the implications for public health. Methodology: A descriptive and analytical literature review was carried out. Scientific articles published between 2000 and 2024 in the PubMed, SciELO, and BVS databases were included. The keywords used were “smoking”, “eye health”, “cataract”, “AMD”, “glaucoma”, and “dry eye syndrome”. Studies that addressed the impact of active and passive smoking on ocular health were selected. Furthermore, clinical trials, systematic reviews and meta-analyses were considered. Discussion and Results: The reviewed studies indicate that smoking significantly increases the risk of eye diseases. Smokers are two to four times more likely to develop AMD compared to non-smokers, in addition to a threefold increased risk of cataracts. Smoking also worsens glaucoma, contributing to progressive vision loss due to increased intraocular pressure. Dry eye syndrome has been identified as one of the most common conditions associated with smoking, with reduced tear quality and quantity. Secondhand smoke has also been shown to be harmful, especially in children, increasing the risk of diseases such as AMD and cataracts. Conclusion: Smoking represents an important and modifiable risk factor for the development of several eye diseases. Smoking cessation can significantly reduce the risk of these conditions and their complications. Awareness campaigns should include information on the impacts of smoking on eye health, both for active smokers and for the population exposed to secondhand smoke. Preventive measures, such as promoting eye health and encouraging smoking cessation, are essential for protecting vision.
Keywords: Smoking; eye health; age-related macular degeneration; cataract; glaucoma; dry eye syndrome; secondhand smoke; bibliographic review.
INTRODUÇÃO
O tabagismo é amplamente conhecido por seu impacto negativo na saúde geral, sendo uma das principais causas de doenças crônicas como câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias. Entretanto, seus efeitos sobre a saúde ocular são menos discutidos, apesar de serem igualmente significativos. O cigarro contém mais de 4.000 substâncias químicas, incluindo nicotina, monóxido de carbono e radicais livres, que afetam diretamente o funcionamento e a estrutura dos olhos (YOON et al., 2005). Essas substâncias tóxicas comprometem a circulação ocular e induzem danos oxidativos, aumentando a vulnerabilidade a diversas doenças oculares (GRASIELE et al., 2024).
Uma das principais consequências do tabagismo para a visão é o desenvolvimento de degeneração macular relacionada à idade (DMRI), que afeta a retina, responsável por captar as imagens que são processadas pelo cérebro. Fumantes têm de duas a quatro vezes mais probabilidade de desenvolver DMRI em comparação com não fumantes, o que é atribuído ao efeito tóxico das substâncias presentes no cigarro sobre os vasos sanguíneos da retina (OLHAR CERTO, 2023). A DMRI é uma das principais causas de cegueira em países desenvolvidos e sua progressão pode ser acelerada pelo tabagismo, que afeta a oxigenação dos tecidos oculares (SUNG et al., 2022).
Outro efeito prejudicial amplamente documentado é a catarata, uma opacificação do cristalino que compromete a visão. Fumantes têm um risco significativamente maior de desenvolver catarata em idades mais precoces em comparação com a população geral (BELTRÁN-ZAMBRANO et al., 2019). A catarata é responsável por grande parte dos casos de cegueira reversível no mundo, e o tabagismo acelera esse processo ao aumentar a formação de radicais livres, que danificam as proteínas do cristalino (GONÇALVES et al., 2024). Além disso, o tabagismo tem sido relacionado ao desenvolvimento de glaucoma, uma doença caracterizada pelo aumento da pressão intraocular que pode levar à perda progressiva da visão. O cigarro contribui para o enrijecimento dos vasos sanguíneos e a obstrução do fluxo sanguíneo ocular, exacerbando a progressão do glaucoma em indivíduos predispostos (LAW et al., 2018). Estudos sugerem que os fumantes apresentam maior risco de neuropatia óptica e danos ao nervo óptico devido à exposição crônica às toxinas do cigarro (NISHIDA et al., 2022).
A síndrome do olho seco é outra condição frequentemente associada ao tabagismo. Fumantes apresentam diminuição na secreção lacrimal e na qualidade das lágrimas, o que contribui para a secura ocular, irritação e desconforto (YOON et al., 2005). Estudos revelam que o cigarro afeta a camada lipídica do filme lacrimal, exacerbando os sintomas da síndrome do olho seco (MUHAFIZ et al., 2019). Além disso, o fumo passivo também é prejudicial, pois pode causar inflamação da superfície ocular, aumentando o risco de doenças como a catarata e a DMRI (YUAN et al., 2019).
A complexidade dos efeitos do cigarro sobre a visão justifica a necessidade de mais estudos e maior conscientização sobre os riscos oculares do tabagismo. Este artigo tem como objetivo revisar a literatura atual sobre o impacto do cigarro na saúde ocular, discutindo os principais mecanismos pelos quais o tabagismo contribui para o desenvolvimento de doenças oculares e suas implicações para a saúde pública.
METODOLOGIA
O presente estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura sobre as consequências associadas ao uso do tabaco para a saúde ocular. A pesquisa foi realizada em bases de dados científicas, incluindo PubMed, SciELO e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). Foram inicialmente encontrados um total de 1.200 artigos, sendo 800 no PubMed, 300 no SciELO e 100 na BVS.
A seleção dos artigos foi realizada com base em critérios de inclusão e exclusão. Os critérios de inclusão foram: 1. Estudos publicados entre 2000 e 2024. 2. Artigos que abordam a relação entre o uso do tabaco e doenças oculares. 3. Estudos originais, revisões sistemáticas, meta-análises e ensaios clínicos. Os critérios de exclusão foram: 1. Artigos que não apresentavam dados relevantes sobre a saúde ocular. 2. Estudos que abordavam apenas o uso de tabaco em relação a outras condições de saúde sem foco ocular. 3. Artigos duplicados ou não disponíveis na íntegra.
Para a definição da pergunta norteadora, foi utilizada a estratégia PICo: – P (População): Pacientes fumantes e não fumantes. – I (Interesse): Efeitos do tabagismo na saúde ocular. – Co (Contexto): Doenças oculares associadas ao tabagismo. A questão a ser respondida é: Quais são as consequências do uso do tabaco para a saúde ocular? A busca foi realizada combinando os seguintes termos: “tabagismo”, “saúde ocular”, “degeneração macular”, “catarata”, “glaucoma”, “síndrome do olho seco”. Os artigos que continham essas palavras-chave foram selecionados e analisados individualmente, extraindo dados relevantes para esta pesquisa. O filtro de busca foi estabelecido de modo a incluir apenas estudos publicados nos últimos 15 anos, sem restrições quanto ao idioma ou tipo de estudo. Ao final do processo de seleção, foram incluídos 12 artigos que atenderam aos critérios estabelecidos e contribuíram para a discussão sobre as consequências do tabagismo para a saúde ocular.
DISCUSSÃO E RESULTADOS
A revisão integrativa realizada neste estudo destaca de forma contundente o papel do tabagismo como um fator de risco significativo para diversas doenças oculares, refletindo suas implicações para a saúde pública. Embora os efeitos nocivos do tabaco sobre o sistema cardiovascular e respiratório sejam amplamente reconhecidos, as consequências para a saúde ocular frequentemente são minimizadas ou ignoradas. Este trabalho teve como objetivo esclarecer a relação entre o uso do cigarro e o desenvolvimento de patologias oftalmológicas, oferecendo uma análise detalhada dos principais mecanismos fisiopatológicos e suas repercussões para fumantes ativos e passivos. Os dados analisados demonstram que o tabagismo está diretamente associado ao aumento da prevalência de doenças oculares graves, como a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), catarata, glaucoma e síndrome do olho seco. A DMRI, uma das principais causas de cegueira irreversível em adultos, é notavelmente mais comum entre fumantes. Estudos indicam que indivíduos que fumam têm de duas a quatro vezes mais chances de desenvolver essa condição em comparação com não fumantes (HERRERA et al., 2019; KIM et al., 2017). Os mecanismos subjacentes a essa associação incluem a ação das toxinas presentes no tabaco, que comprometem a microcirculação retiniana, promovendo isquemia e danos oxidativos que são determinantes para a progressão da DMRI. Além disso, a exposição ao fumo passivo também representa um risco considerável, especialmente para crianças e adolescentes que ficam expostos de forma crônica à fumaça do cigarro (GARCIA et al., 2014).
Em relação à catarata, os fumantes apresentam um risco significativamente elevado de desenvolver essa condição em comparação com não fumantes. A literatura revela que a probabilidade de desenvolver catarata é três vezes maior entre aqueles que fumam (BERNARDES et al., 2016). As substâncias nocivas presentes no cigarro, como a nicotina e o alcatrão, aceleram a opacificação do cristalino, resultando em cataratas nucleares e subcapsulares que impactam severamente a acuidade visual. Importante ressaltar que mesmo após a cessação do tabagismo, o risco de desenvolvimento de catarata permanece elevado, indicando que os danos celulares provocados pela exposição ao cigarro são frequentemente irreversíveis (LEITE et al., 2020). Além disso, o aumento da incidência de catarata em jovens fumantes sugere que essa não é uma condição restrita aos idosos, mas sim uma doença que pode ser precipitada pelo uso prolongado do tabaco.
O glaucoma, que é uma das principais causas de cegueira irreversível em todo o mundo, também está intimamente ligado ao tabagismo. A revisão de estudos indica que o cigarro contribui para o aumento da pressão intraocular, um dos fatores críticos para o desenvolvimento e progressão do glaucoma (KIM et al., 2017). A nicotina promove vasoconstrição e reduz o fluxo sanguíneo ocular, dificultando a drenagem do humor aquoso, um elemento crucial no controle da pressão intraocular. Essa condição acelera o dano ao nervo óptico, resultando em perda progressiva da visão. Ademais, o tabagismo tem sido associado a uma resistência maior ao tratamento convencional do glaucoma, sugerindo que os fumantes podem não responder tão bem às terapias padrão quanto os não fumantes, o que aumenta o risco de progressão da doença (PONTES et al., 2021). Outro aspecto importante abordado nesta revisão é a relação entre o tabagismo e a síndrome do olho seco. Fumantes, devido à ação irritante das toxinas presentes no cigarro, apresentam maior predisposição a essa condição, que se caracteriza pela diminuição na produção de lágrimas e pela inflamação da superfície ocular (SOUZA et al., 2019). Os sintomas relatados, como vermelhidão, coceira e irritação ocular, impactam diretamente a qualidade de vida dos indivíduos, especialmente daqueles que estão expostos ao cigarro de forma crônica. Estudos indicam que o fumo passivo também é um fator de risco significativo, com evidências mostrando que mesmo os não fumantes expostos à fumaça do cigarro em ambientes fechados apresentam uma maior prevalência de sintomas de olho seco (MARTINS et al., 2020).
As evidências apresentadas nesta revisão reforçam a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes voltadas à prevenção dos danos causados pelo tabagismo à saúde ocular. Apesar do conhecimento comum sobre os riscos do cigarro para câncer e doenças cardíacas, ainda existe uma lacuna de conscientização sobre os perigos que ele representa para a visão. Os dados demonstram que o tabagismo é um fator de risco modificável, e a cessação do tabaco representa uma estratégia preventiva eficaz para reduzir significativamente a incidência de DMRI, catarata, glaucoma e síndrome do olho seco. Portanto, campanhas educativas que enfoquem especificamente os riscos oculares associados ao uso do cigarro devem ser promovidas, a fim de alertar a população sobre esses perigos.
Por fim, este estudo enfatiza que intervenções precoces para incentivar a cessação do tabagismo são essenciais para preservar a saúde ocular e prevenir a progressão de doenças graves. Profissionais de saúde devem estar preparados para orientar seus pacientes sobre os riscos oculares do cigarro, não apenas com o intuito de prevenir doenças sistêmicas, mas também para proteger a visão, um sentido fundamental para a qualidade de vida. A promoção de programas de cessação do tabagismo, bem como a inclusão de exames oftalmológicos regulares para fumantes e ex-fumantes, podem ser estratégias eficazes para a detecção precoce e controle das doenças oculares relacionadas ao uso do tabaco.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tabagismo, além de ser um fator de risco amplamente conhecido para doenças sistêmicas, exerce uma influência negativa considerável sobre a saúde ocular, contribuindo para o desenvolvimento e agravamento de condições oftalmológicas graves. Fumantes, tanto ativos quanto passivos, estão em maior risco de sofrer perda significativa da visão devido a doenças como DMRI, catarata, glaucoma e síndrome do olho seco. Os danos causados pelo tabagismo são cumulativos, e mesmo após a cessação, os indivíduos continuam expostos a um risco elevado de desenvolvimento de certas doenças, como catarata e DMRI.
Este estudo reforça a importância de campanhas de conscientização voltadas não apenas para os efeitos gerais do tabagismo na saúde, mas também para seus impactos específicos sobre a visão. A cessação do tabagismo deve ser incentivada como uma medida essencial de prevenção, não apenas para reduzir o risco de doenças oculares, mas também para proteger a saúde pública de forma mais ampla. Além disso, é fundamental que políticas de saúde incluam programas de triagem e prevenção para doenças oculares em populações de risco, especialmente entre fumantes e ex-fumantes.
Doença Ocular | Risco Relacionado ao Tabagismo | Mecanismo Fisiopatológico |
DMRI | 2x a 4x mais risco | Comprometimento vascular, dano oxidativo |
Catarata | 3x mais risco | Aumento de radicais livres, opacificação do cristalino |
Glaucoma | Aumento do risco | Vasoconstrição, aumento da pressão intraocular |
Síndrome do Olho Seco | Aumento do risco em fumantes e fumantes passivos | Diminuição na qualidade e quantidade lacrimal |
Por fim, medidas de saúde pública voltadas para a educação sobre os riscos do tabagismo e seus efeitos na visão devem ser uma prioridade, de modo a promover a cessação do tabaco e melhorar a qualidade de vida de indivíduos suscetíveis a essas complicações. A implementação de políticas preventivas pode reduzir substancialmente a incidência de doenças oculares relacionadas ao tabagismo e diminuir o ônus econômico e social associado a essas condições.
REFERÊNCIAS
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