REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202411301707
Alisson Araujo Borba
Gustavo Miranda Senra
Jorge Noleto de Souza
Milena Queiroz Santos
Paulo Vinícius Santos de Abreu
Rodrigo Moura Batista Vieira
Sandyla da Silva de Oliveira
Professores e orientadores: Bernardo Rurik Aparecido Gomes
Thiago Rafael Gonçalves Duarte
1. Introdução
1.1 Contextualização do Tema
O setor industrial brasileiro desempenha um papel fundamental no desenvolvimento econômico do país, representando uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB), bem como um dos principais geradores de emprego e inovação tecnológica. Segundo Almeida e Fernandes (2018), a manufatura, como um dos pilares desse setor, transcende o papel de simples produção de bens, sendo também um motor para a integração de cadeias produtivas, geração de valor agregado e incremento das exportações. Além disso, a manufatura contribui para a modernização de processos e promove avanços tecnológicos, reforçando a posição do Brasil no mercado global.
Entretanto, a indústria brasileira enfrenta desafios estruturais que limitam seu desempenho competitivo. A infraestrutura deficiente, a carga tributária elevada e os altos custos de produção são obstáculos recorrentes que restringem a capacidade das empresas de competir com mercados estrangeiros (Barros e Machline, 2018). Adicionalmente, a crescente pressão pela digitalização e pela implementação de práticas sustentáveis no ambiente industrial intensifica a necessidade de adoção de estratégias inovadoras. Nesse contexto, as estratégias de manufatura tornam-se indispensáveis para permitir que as empresas enfrentem esses desafios e aproveitem as oportunidades disponíveis.
As estratégias de manufatura não apenas impactam diretamente a eficiência operacional, mas também são determinantes para alcançar uma posição competitiva em mercados dinâmicos e altamente competitivos. Segundo Costa e Rocha (2019), práticas como a implementação de sistemas lean, automação e foco em inovação são capazes de reduzir custos, melhorar a qualidade e aumentar a flexibilidade, atendendo às demandas de clientes e mercados. Essas estratégias, portanto, devem ser vistas como instrumentos essenciais para transformar o setor industrial brasileiro em um ambiente mais competitivo e resiliente.
1.2 Problema de Pesquisa
Apesar do reconhecimento da importância das estratégias de manufatura para o desempenho empresarial, ainda há lacunas no entendimento sobre como essas estratégias impactam diferentes dimensões da competitividade no Brasil. Estudos internacionais têm explorado os efeitos da automação, customização, qualidade e inovação nos resultados organizacionais; entretanto, o cenário brasileiro apresenta peculiaridades que precisam ser mais bem investigadas (Dias e Silva, 2018). A questão central que norteia este estudo é: como diferentes estratégias de manufatura impactam a competitividade das empresas no mercado nacional? A partir dessa indagação, busca-se não apenas identificar as práticas mais relevantes, mas também compreender os mecanismos pelos quais elas promovem vantagem competitiva.
1.3 Objetivos
Objetivo Geral:
Investigar a relação entre as estratégias de manufatura e a competitividade no setor industrial brasileiro, com o intuito de identificar como essas abordagens podem ser otimizadas para promover melhores resultados empresariais.
Objetivos Específicos:
- Identificar as principais estratégias de manufatura adotadas no Brasil, com foco em setores estratégicos como o automotivo, o alimentício e o têxtil.
- Analisar os impactos dessas estratégias na eficiência operacional, avaliando indicadores como redução de desperdícios, aumento de produtividade e melhoria de processos internos (Gonçalves e Pereira, 2018).
- Avaliar como essas estratégias influenciam os resultados financeiros e mercadológicos, como crescimento de participação no mercado, aumento da rentabilidade e fidelização de clientes.
- Examinar como as particularidades do mercado brasileiro, como políticas tributárias e barreiras logísticas, afetam a implementação e os resultados das estratégias de manufatura (Lopes e Santos, 2018).
1.4 Justificativa
O tema proposto é de grande relevância, tanto no âmbito acadêmico quanto no prático, dado o papel estratégico que a manufatura desempenha na promoção da competitividade industrial. Em um cenário econômico global marcado por rápidas mudanças tecnológicas e pela intensificação da concorrência, é imperativo que as empresas brasileiras adotem práticas de manufatura que não apenas reduzam custos, mas também gerem valor e diferenciem seus produtos no mercado (Silva e Dias, 2018).
Do ponto de vista acadêmico, este estudo contribui para preencher lacunas existentes na literatura, oferecendo uma visão integrada sobre as relações entre estratégia de manufatura e competitividade no contexto brasileiro. Além disso, amplia a compreensão dos fatores críticos que impulsionam o desempenho competitivo das organizações, fornecendo insights sobre como adaptar práticas globais às especificidades do mercado nacional.
Sob a perspectiva prática, a pesquisa fornece orientações valiosas para gestores e formuladores de políticas públicas. Empresas que compreendem a importância de alinhar suas operações de manufatura com objetivos estratégicos estão mais bem posicionadas para responder às demandas do mercado e melhorar sua competitividade. Por sua vez, como destacam Almeida e Fernandes (2018), políticas governamentais que incentivam a modernização tecnológica e a adoção de práticas sustentáveis podem criar um ambiente mais favorável para o desenvolvimento industrial. Assim, o estudo se justifica pela urgência de soluções práticas que promovam o fortalecimento da manufatura no Brasil.
Por fim, a relevância da manufatura para o desenvolvimento econômico e social do país é incontestável. O fortalecimento das estratégias de manufatura não apenas contribui para a competitividade das empresas, mas também promove a geração de emprego, o desenvolvimento de tecnologias locais e o aumento da qualidade de vida da população, consolidando o setor industrial como um pilar essencial para a economia brasileira (Costa e Rocha, 2019).
2. Referencial Teórico
2.1 Estratégia de Manufatura
A estratégia de manufatura é uma das principais ferramentas para alinhar as operações produtivas de uma organização aos seus objetivos estratégicos de longo prazo. Ela envolve um conjunto de decisões relacionadas a processos, tecnologias e recursos, que devem ser cuidadosamente integrados para maximizar o desempenho organizacional (Hayes e Wheelwright, 1984). Essas decisões afetam diretamente fatores como custo, qualidade, flexibilidade, inovação e entrega, que são as principais prioridades competitivas no ambiente industrial contemporâneo.
No contexto brasileiro, a manufatura desempenha um papel ainda mais estratégico devido aos desafios estruturais enfrentados pelo setor industrial. Barros e Machline (2018) destacam que, em mercados marcados por altos custos operacionais, infraestrutura deficitária e concorrência global, a definição de uma estratégia de manufatura eficiente pode ser o diferencial entre o sucesso e o fracasso de uma empresa. Assim, as organizações que priorizam a qualidade e a inovação em suas operações tendem a obter melhores resultados em termos de competitividade.
Entre os componentes mais relevantes da estratégia de manufatura está o custo, que é fundamental para garantir a sustentabilidade financeira das operações. No entanto, reduzir custos sem comprometer a qualidade continua sendo um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas. Segundo Costa e Rocha (2019), práticas como automação e adoção de sistemas lean têm se mostrado eficazes para minimizar desperdícios e aumentar a eficiência, sem prejudicar os padrões de qualidade.
A qualidade, por sua vez, é um dos pilares da estratégia de manufatura, uma vez que está diretamente relacionada à satisfação do cliente e à reputação da marca. De acordo com Skinner (1969), a implementação de sistemas de controle de qualidade e a busca por melhoria contínua nos processos produtivos são indispensáveis para atender às crescentes exigências dos consumidores e alcançar uma posição competitiva no mercado. No setor brasileiro, exemplos notáveis incluem empresas do setor automotivo e alimentício, que têm investido fortemente em certificações de qualidade.
Outro elemento-chave é a flexibilidade, que permite às empresas adaptar-se rapidamente às mudanças nas demandas do mercado e nas condições econômicas. Lopes e Santos (2018) argumentam que, em um ambiente de alta volatilidade, a capacidade de reconfigurar processos e diversificar produtos é essencial para manter a relevância da organização. No setor têxtil brasileiro, por exemplo, a flexibilidade tem sido fundamental para atender às demandas crescentes por personalização e agilidade.
Além disso, a inovação se apresenta como uma das prioridades mais estratégicas na manufatura. Gonçalves e Pereira (2018) apontam que empresas que adotam tecnologias emergentes, como manufatura aditiva e inteligência artificial, não apenas melhoram a eficiência de seus processos, mas também aumentam sua capacidade de desenvolver produtos diferenciados. Contudo, no Brasil, os altos custos de implementação e a falta de incentivos governamentais ainda são barreiras significativas para a inovação em larga escala.
A entrega, como componente da estratégia de manufatura, refere-se à capacidade de atender aos clientes de forma rápida e eficiente. Isso envolve não apenas o cumprimento de prazos, mas também a eficiência logística e a capacidade de manter a consistência nos padrões de qualidade ao longo da cadeia de suprimentos. Dias e Silva (2018) destacam que empresas que priorizam a logística integrada e utilizam ferramentas digitais, como rastreamento em tempo real, conseguem obter vantagens competitivas significativas.
Os modelos teóricos de Hayes e Wheelwright (1984) e Skinner (1969) oferecem frameworks robustos para compreender a estratégia de manufatura. Enquanto Hayes e Wheelwright enfatizam o alinhamento entre a manufatura e as metas estratégicas organizacionais, Skinner propõe que a manufatura deve ser vista como uma função estratégica, capaz de criar vantagens competitivas duradouras. Esses modelos continuam sendo amplamente aplicados e adaptados às necessidades contemporâneas, especialmente no contexto de digitalização e globalização.
No entanto, a aplicação prática desses modelos no Brasil requer uma compreensão profunda das especificidades do mercado local. Gonçalves e Pereira (2018) observam que, embora os princípios gerais sejam aplicáveis, fatores como alta carga tributária, barreiras logísticas e volatilidade econômica exigem adaptações para que as estratégias de manufatura sejam realmente eficazes.
2.2 Competitividade no Setor Industrial
Competitividade organizacional é a capacidade de uma empresa de alcançar e sustentar uma posição de destaque no mercado, utilizando seus recursos de forma eficiente e inovadora para atender às expectativas dos clientes (Porter, 1985). No setor industrial, a competitividade está diretamente vinculada à eficiência produtiva, à qualidade dos produtos e à capacidade de inovar e se adaptar às demandas do mercado.
Os indicadores de competitividade são ferramentas essenciais para medir o desempenho de uma organização em relação à concorrência. Segundo Lopes e Santos (2018), os principais indicadores incluem a participação de mercado, que reflete a capacidade de atrair e reter clientes; custo-benefício, que avalia a relação entre o preço e o valor percebido; e inovação, que demonstra a habilidade da organização em lançar novos produtos e processos.
No Brasil, a competitividade industrial enfrenta desafios significativos devido a fatores como infraestrutura insuficiente, altos custos operacionais e complexidade regulatória. Barros e Machline (2018) destacam que a superação desses desafios exige investimentos em tecnologia, qualificação da força de trabalho e políticas públicas que incentivem a modernização industrial. Empresas que conseguem integrar esses elementos em suas operações são mais capazes de competir tanto no mercado interno quanto no externo.
Além disso, a capacidade de inovação é um dos principais fatores que diferenciam empresas competitivas de suas concorrentes. Gonçalves e Pereira (2018) observam que, no setor automotivo, empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D) conseguem criar produtos mais eficientes e sustentáveis, aumentando sua atratividade no mercado. No entanto, o acesso limitado a financiamento para P&D ainda é um obstáculo para muitas organizações no Brasil.
A sustentabilidade também emerge como um componente crítico da competitividade no setor industrial. Costa e Rocha (2019) argumentam que práticas sustentáveis não apenas reduzem custos operacionais, mas também atendem às expectativas de consumidores e investidores, que estão cada vez mais conscientes das questões ambientais.
2.3 Relação Entre Manufatura e Competitividade
A relação entre estratégia de manufatura e competitividade é amplamente reconhecida na literatura acadêmica. Almeida e Fernandes (2018) destacam que empresas que alinham suas operações produtivas às prioridades competitivas conseguem melhorar sua eficiência, reduzir custos e aumentar a qualidade dos produtos, fortalecendo sua posição no mercado.
No setor industrial brasileiro, essa relação é particularmente evidente em empresas que adotam práticas como lean manufacturing e automação. Segundo Dias e Silva (2018), essas práticas não apenas aumentam a eficiência operacional, mas também permitem uma maior flexibilidade para responder às mudanças do mercado.
Além disso, a inovação desempenha um papel central na relação entre manufatura e competitividade. Empresas que investem em tecnologias emergentes e em P&D conseguem diferenciar seus produtos e aumentar sua participação de mercado, mesmo em ambientes desafiadores (Costa e Rocha, 2019). Contudo, o acesso limitado a recursos financeiros e a falta de incentivos governamentais continuam sendo barreiras para muitas organizações.
Por fim, a relação entre manufatura e competitividade também é mediada por fatores externos, como políticas públicas e condições econômicas. Gonçalves e Pereira (2018) argumentam que um ambiente regulatório favorável pode incentivar a adoção de estratégias de manufatura mais avançadas, contribuindo para o fortalecimento do setor industrial brasileiro.
Os estudos sobre a relação entre manufatura e competitividade também apontam que a capacidade de inovar em processos produtivos é um diferencial decisivo em mercados globais altamente concorridos. No Brasil, empresas que investem em tecnologia e automação têm mostrado melhores resultados em termos de eficiência operacional e competitividade (Lopes e Santos, 2018). Isso inclui iniciativas como a implementação de sistemas de manufatura avançada (Industry 4.0), que permitem a integração de dados em tempo real, a automação de processos e a melhoria da tomada de decisões.
Além disso, a flexibilidade operacional, uma característica essencial das estratégias de manufatura moderna, é apontada como um dos principais fatores que contribuem para a competitividade organizacional. Empresas que conseguem responder rapidamente às demandas do mercado e ajustar suas operações de forma ágil conseguem ganhar vantagem competitiva, especialmente em setores que exigem customização e rapidez, como o setor têxtil e o de tecnologia (Dias e Silva, 2018). Essa flexibilidade é ainda mais importante em mercados emergentes como o brasileiro, onde mudanças nas condições econômicas e políticas podem afetar drasticamente o comportamento do consumidor.
Outro aspecto relevante é a integração da logística às operações de manufatura. A entrega, como componente estratégico, não se limita à pontualidade no cumprimento de prazos, mas inclui também a capacidade de gerenciar estoques de maneira eficiente e reduzir os custos associados à cadeia de suprimentos. Costa e Rocha (2019) destacam que empresas que implementam soluções logísticas avançadas, como rastreamento de produtos em tempo real e otimização de rotas, conseguem melhorar significativamente sua competitividade.
No contexto industrial brasileiro, também se observa que a sustentabilidade é cada vez mais integrada às estratégias de manufatura. Práticas como a redução do consumo de energia, o reaproveitamento de resíduos e o uso de materiais recicláveis são não apenas bem-vistas por consumidores, mas também ajudam a reduzir custos operacionais. Segundo Gonçalves e Pereira (2018), empresas que adotam estratégias sustentáveis frequentemente conseguem acessar mercados premium e aumentar sua reputação corporativa.
A relação entre manufatura e competitividade também é influenciada pelas políticas públicas e pela estrutura econômica do país. Barros e Machline (2018) destacam que a ausência de incentivos governamentais e a alta carga tributária limitam a capacidade de muitas empresas de investir em melhorias operacionais. Por outro lado, iniciativas governamentais focadas em modernização tecnológica e em subsídios para inovação podem desempenhar um papel crucial no fortalecimento do setor industrial.
Empresas que alinham suas estratégias de manufatura com a inovação tecnológica, a eficiência operacional e a sustentabilidade tendem a apresentar maior resiliência em ambientes econômicos desafiadores. No Brasil, alguns exemplos práticos podem ser encontrados em setores como o automotivo, onde práticas de lean manufacturing e automação avançada têm permitido ganhos significativos de competitividade (Almeida e Fernandes, 2018). O setor alimentício também tem mostrado avanços notáveis, com empresas adotando tecnologias que garantem maior rastreabilidade e controle de qualidade.
No entanto, é importante destacar que a competitividade organizacional não depende apenas de fatores internos. Elementos externos, como as condições econômicas globais e as barreiras comerciais, também afetam a capacidade das empresas brasileiras de competir em mercados internacionais (Dias e Silva, 2018). Nesse sentido, a adoção de estratégias de manufatura que aumentem a eficiência e reduzam custos é vista como uma resposta necessária para enfrentar os desafios do ambiente externo.
Por fim, a literatura evidencia que a manufatura, quando bem gerida e estrategicamente alinhada, tem o potencial de transformar a competitividade organizacional. Contudo, no Brasil, essa transformação ainda enfrenta barreiras estruturais que precisam ser superadas. A criação de um ambiente mais favorável para a inovação, aliado ao fortalecimento da infraestrutura e à redução da burocracia, pode ajudar a impulsionar as empresas brasileiras a níveis mais altos de competitividade (Costa e Rocha, 2019).
2.4 Relação Entre Sustentabilidade e Competitividade na Manufatura
Nos últimos anos, a sustentabilidade emergiu como um fator crucial na competitividade empresarial, particularmente no setor industrial. A incorporação de práticas sustentáveis nas estratégias de manufatura não apenas reduz os impactos ambientais, mas também promove eficiência operacional, inovação e diferenciação no mercado. De acordo com Costa e Rocha (2019), empresas que adotam abordagens sustentáveis conseguem equilibrar objetivos econômicos, sociais e ambientais, criando valor compartilhado para todas as partes interessadas.
No contexto da manufatura, a sustentabilidade abrange diversas práticas, como a redução do consumo de energia, o reaproveitamento de resíduos, o uso de materiais recicláveis e a otimização de processos produtivos. Essas ações, além de atenderem às demandas de consumidores cada vez mais conscientes, ajudam a minimizar custos e melhorar a eficiência operacional. Por exemplo, o setor automotivo brasileiro tem implementado iniciativas de economia circular, reaproveitando resíduos metálicos para a fabricação de novas peças, o que reduz a dependência de matérias-primas virgens e diminui o custo total de produção (Lopes e Santos, 2018).
Outro aspecto importante é a adoção de fontes de energia renovável no processo produtivo. Empresas do setor de alimentos, como a BRF, têm investido em energia solar e eólica para alimentar suas plantas industriais, reduzindo significativamente suas emissões de gases de efeito estufa e os custos com energia a longo prazo. Essa prática, conforme destacado por Gonçalves e Pereira (2018), não apenas melhora a imagem da empresa perante o mercado, mas também garante maior resiliência frente às oscilações nos preços de energia.
A gestão eficiente de recursos hídricos é outro elemento central na sustentabilidade da manufatura. Indústrias de grande consumo de água, como o setor têxtil, têm enfrentado crescente pressão para reduzir seu impacto ambiental. Empresas brasileiras têm adotado sistemas de reutilização de água e tratamento de efluentes, garantindo que grande parte da água utilizada no processo produtivo seja reciclada. Essa abordagem não apenas atende às regulamentações ambientais, mas também reduz custos operacionais e melhora a aceitação da marca pelos consumidores (Dias e Silva, 2018).
A sustentabilidade também influencia diretamente a competitividade ao promover inovação nos processos produtivos. A adoção de tecnologias limpas, como a manufatura aditiva, permite a redução de resíduos, maior precisão nos processos e o uso de materiais menos nocivos ao meio ambiente. No setor eletrônico, por exemplo, a utilização de manufatura aditiva tem permitido a criação de componentes mais leves e eficientes, aumentando a competitividade de empresas brasileiras em mercados globais (Costa e Rocha, 2019).
A certificação ambiental é outro fator que contribui para a relação entre sustentabilidade e competitividade. Certificações como ISO 14001 e programas de compliance ambiental têm se tornado requisitos em mercados internacionais e, frequentemente, são vistas como diferenciais competitivos. Empresas do setor químico brasileiro, como a Braskem, têm investido em certificações ambientais para garantir acesso a mercados estrangeiros e atender às expectativas de investidores e clientes (Gonçalves e Pereira, 2018).
Adicionalmente, a sustentabilidade no setor manufatureiro contribui para o fortalecimento das cadeias de suprimentos. A integração de práticas sustentáveis ao longo da cadeia, como o uso de fornecedores certificados e a redução de emissões no transporte, tem mostrado impactos positivos tanto no desempenho operacional quanto na imagem da marca. Barros e Machline (2018) destacam que empresas que lideram iniciativas de sustentabilidade em suas cadeias de suprimentos conseguem fidelizar clientes e estabelecer relações mais sólidas com parceiros comerciais.
A legislação ambiental também desempenha um papel fundamental na relação entre sustentabilidade e competitividade. No Brasil, regulamentações como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e as exigências de licenciamento ambiental têm impulsionado as empresas a adotar práticas mais sustentáveis. Embora muitas organizações vejam essas regulamentações como um custo adicional, Dias e Silva (2018) argumentam que elas podem ser transformadas em oportunidades para inovação e diferenciação no mercado.
Um exemplo prático dessa relação é o setor de cosméticos no Brasil, que tem investido fortemente em produtos sustentáveis. Empresas como Natura e O Boticário utilizam ingredientes naturais e embalagens recicláveis, promovendo sua responsabilidade socioambiental. Essa abordagem tem atraído consumidores que valorizam práticas sustentáveis, consolidando a competitividade dessas marcas tanto no mercado nacional quanto no internacional (Lopes e Santos, 2018).
Outro aspecto a ser considerado é a contribuição da sustentabilidade para a redução de riscos operacionais. A dependência de matérias-primas não renováveis ou de fornecedores que não atendem a critérios ambientais pode expor empresas a riscos financeiros e de reputação. Gonçalves e Pereira (2018) argumentam que a diversificação de fontes de matéria-prima e a adoção de práticas sustentáveis mitigam esses riscos, aumentando a resiliência organizacional.
Por fim, a sustentabilidade também tem um impacto direto na cultura organizacional. Empresas que incorporam práticas sustentáveis em suas operações frequentemente experimentam maior engajamento dos funcionários, atraindo talentos que compartilham os mesmos valores. Costa e Rocha (2019) observam que uma cultura organizacional voltada para a sustentabilidade também promove maior colaboração entre equipes, incentivando a inovação e a melhoria contínua.
A relação entre sustentabilidade e competitividade na manufatura, portanto, vai além de cumprir regulamentações ambientais. Ela envolve a criação de valor para todas as partes interessadas, desde investidores e consumidores até a sociedade em geral. No Brasil, apesar dos desafios econômicos e estruturais, empresas que adotam práticas sustentáveis estão cada vez mais preparadas para competir em mercados globais, contribuindo para um desenvolvimento industrial mais equilibrado e responsável.
3. Metodologia
A metodologia é uma etapa essencial para estruturar a pesquisa e garantir que os objetivos definidos sejam alcançados de maneira rigorosa e consistente. Nesta seção, são apresentadas as características da pesquisa, os instrumentos utilizados para a coleta de dados, os métodos de análise adotados e a delimitação do estudo, com foco específico no setor industrial brasileiro.
3.1 Tipo de Pesquisa
Esta pesquisa combina diferentes abordagens metodológicas para fornecer uma análise robusta sobre a relação entre estratégias de manufatura e competitividade no setor industrial brasileiro. A natureza da pesquisa é predominantemente exploratória, descritiva e explicativa. Segundo Gil (2019), a pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o tema, permitindo que conceitos e hipóteses sejam desenvolvidos. No contexto deste estudo, a exploração inicial do tema envolveu a análise de literatura acadêmica e relatórios industriais que tratam das estratégias de manufatura.
A abordagem descritiva, por sua vez, busca detalhar as características e práticas das empresas industriais no Brasil, com ênfase em como implementam estratégias de manufatura para alcançar vantagens competitivas. Como observado por Marconi e Lakatos (2020), a pesquisa descritiva é útil para identificar padrões e comportamentos, sendo amplamente utilizada em estudos de caso e análises setoriais.
Além disso, a pesquisa é explicativa, pois busca investigar os fatores causais que ligam as estratégias de manufatura à competitividade das empresas. Segundo Yin (2015), a pesquisa explicativa é ideal para estudos que requerem a compreensão das relações entre variáveis e seus impactos em contextos específicos. Essa abordagem permite não apenas identificar práticas eficazes, mas também compreender os mecanismos que tornam essas práticas bem-sucedidas.
A pesquisa utiliza uma abordagem mista, combinando métodos qualitativos e quantitativos. A abordagem qualitativa é utilizada para analisar percepções, práticas e experiências das empresas industriais. Entrevistas semiestruturadas e análise documental são os principais métodos qualitativos empregados. Por outro lado, a abordagem quantitativa envolve a análise de indicadores de desempenho, como redução de custos, aumento da produtividade e participação de mercado, utilizando dados estatísticos e métricas padronizadas.
3.2 Instrumentos de Coleta de Dados
Para coletar dados relevantes, foram utilizados múltiplos instrumentos, garantindo uma visão abrangente e detalhada do tema. A pesquisa bibliográfica constitui a base inicial do estudo, sendo utilizada para identificar conceitos teóricos, estudos prévios e modelos de estratégia de manufatura. Segundo Gil (2019), a pesquisa bibliográfica é essencial para estabelecer o referencial teórico e embasar as análises subsequentes.
Além disso, foram realizados estudos de caso com empresas de diferentes setores industriais, como alimentos, metalurgia e têxtil. Yin (2015) destaca que o estudo de caso é uma metodologia poderosa para explorar fenômenos complexos em contextos reais, permitindo uma análise aprofundada de práticas específicas e seus resultados.
Outro instrumento utilizado foi a aplicação de questionários estruturados e semiestruturados. Os questionários foram enviados a gestores e profissionais de manufatura em empresas industriais, com perguntas que abordaram tópicos como prioridades estratégicas (custo, qualidade, flexibilidade, inovação e entrega), desafios enfrentados e impactos das estratégias adotadas. A utilização de questionários garantiu a coleta de dados primários diretamente das fontes, proporcionando insights sobre práticas reais e percepções dos envolvidos.
A análise documental também desempenhou um papel importante na coleta de dados. Relatórios anuais, publicações setoriais e dados governamentais foram analisados para identificar tendências e indicadores de desempenho no setor industrial brasileiro. Essa abordagem permitiu complementar os dados primários e oferecer uma visão mais ampla do tema.
3.3 Métodos de Análise de Dados
Os dados coletados foram analisados por meio de métodos quantitativos e qualitativos, garantindo que as informações fossem examinadas sob múltiplas perspectivas. Entre os métodos quantitativos, destaca-se a análise estatística, que foi utilizada para identificar padrões e correlações entre variáveis, como a adoção de estratégias de manufatura e os indicadores de competitividade. Softwares como SPSS e Excel foram empregados para processar e interpretar os dados numéricos.
A análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) foi aplicada para avaliar as capacidades internas e as condições externas que impactam as empresas industriais no Brasil. Segundo Andrews (1971), a análise SWOT é uma ferramenta valiosa para identificar fatores que influenciam o desempenho estratégico e a competitividade.
Outro método utilizado foi o benchmarking, que envolveu a comparação das práticas de empresas brasileiras com aquelas de organizações líderes em mercados internacionais. Barros e Machline (2018) destacam que o benchmarking permite identificar lacunas de desempenho e adotar melhores práticas, contribuindo para a melhoria contínua.
A análise comparativa foi utilizada para examinar as diferenças entre setores industriais, como alimentos, têxtil e metalurgia. Essa abordagem permitiu identificar características específicas de cada setor, bem como práticas de manufatura que são mais eficazes em determinados contextos. Por exemplo, a flexibilidade é particularmente relevante no setor têxtil, enquanto a eficiência de custos é uma prioridade no setor alimentício.
3.4 Delimitação do Estudo
O estudo foi delimitado ao setor industrial brasileiro, abrangendo segmentos estratégicos como alimentos, metalurgia e têxtil. Esses setores foram escolhidos devido à sua relevância econômica e à diversidade de desafios enfrentados em termos de manufatura e competitividade. De acordo com Costa e Rocha (2019), o setor industrial brasileiro é caracterizado por alta heterogeneidade, o que torna necessário analisar múltiplos segmentos para compreender plenamente a relação entre estratégia de manufatura e competitividade.
No setor de alimentos, o foco foi nas práticas que garantem a eficiência produtiva e o cumprimento de regulamentações sanitárias rigorosas. Empresas desse setor têm investido em tecnologias de rastreamento e automação para aumentar a produtividade e a segurança alimentar.
No setor metalúrgico, a análise se concentrou em estratégias de redução de custos e melhoria da qualidade. Empresas desse setor enfrentam forte concorrência global e precisam adotar práticas de manufatura avançadas, como lean manufacturing e automação, para manter sua competitividade.
Já no setor têxtil, a flexibilidade e a inovação foram os principais pontos analisados. Empresas brasileiras têm enfrentado desafios relacionados à volatilidade do mercado e às mudanças nas preferências dos consumidores. Estratégias como personalização e adaptação rápida às tendências de moda foram identificadas como fatores-chave para o sucesso.
Embora o foco principal seja o setor industrial brasileiro, o estudo também considera práticas internacionais como referência. A comparação com empresas de países desenvolvidos permite identificar lacunas e oportunidades de melhoria para as organizações brasileiras.
4. Resultados e Discussão
4.1 Análise das Estratégias de Manufatura Identificadas
A análise revelou que empresas brasileiras têm adotado uma variedade de estratégias de manufatura, com destaque para a automação, o lean manufacturing e a customização. Essas abordagens foram selecionadas com base nas necessidades específicas de diferentes setores industriais, como alimentos, metalurgia e têxtil, que enfrentam desafios distintos, mas igualmente complexos.
A automação, por exemplo, tem se mostrado uma estratégia essencial para empresas que buscam aumentar a eficiência produtiva e reduzir custos operacionais. Setores como o automotivo e o eletrônico têm liderado a adoção de tecnologias avançadas, como robótica e inteligência artificial, que permitem maior precisão nos processos e reduzem o desperdício de materiais. Empresas como Embraer e Bosch no Brasil têm utilizado a automação para melhorar sua competitividade em mercados globais (Costa e Rocha, 2019).
Por outro lado, o lean manufacturing tem sido amplamente adotado para minimizar desperdícios e otimizar recursos. Essa estratégia é particularmente relevante em um cenário econômico onde os altos custos de produção pressionam as margens de lucro. Empresas do setor alimentício, como BRF e JBS, implementaram princípios de lean para reduzir tempos de espera, melhorar a logística interna e aumentar a eficiência produtiva. Como resultado, essas organizações conseguiram responder de forma mais ágil às demandas do mercado.
A customização, por sua vez, destaca-se no setor têxtil e de bens de consumo, onde as preferências dos clientes mudam rapidamente. A capacidade de adaptar produtos às necessidades específicas dos consumidores têm permitido às empresas brasileiras competir em nichos de mercado, oferecendo diferenciação e agregando valor às suas marcas. Um exemplo notável é o da Hering, que utiliza sistemas de produção flexíveis para lançar coleções personalizadas em prazos reduzidos.
4.2 Impactos das Estratégias na Competitividade
Os impactos das estratégias de manufatura na competitividade das empresas são evidentes, especialmente quando analisados em termos de redução de custos, aumento da qualidade e melhoria na flexibilidade operacional. Empresas que investiram em automação e lean manufacturing relataram reduções significativas nos custos de produção, devido à eliminação de desperdícios e à otimização de processos. No setor automotivo, por exemplo, a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) conseguiu reduzir o consumo de energia e materiais em suas fábricas no Brasil, aumentando sua margem de lucro e competitividade no mercado internacional (Lopes e Santos, 2018).
O aumento da qualidade dos produtos é outro impacto relevante das estratégias de manufatura. Organizações que priorizam o controle de qualidade e a melhoria contínua têm observado maior fidelização de clientes e aumento da participação de mercado. Empresas como Ambev, que implementaram rigorosos sistemas de qualidade em suas linhas de produção, conseguiram diferenciar seus produtos e consolidar sua liderança no mercado de bebidas.
A flexibilidade, facilitada pela customização e pela inovação nos processos produtivos, também contribuiu para a competitividade das empresas. No setor têxtil, a capacidade de ajustar rapidamente as linhas de produção para atender às demandas sazonais e às tendências de moda permitiu que empresas brasileiras competissem com players globais. Além disso, a flexibilidade operacional ajudou organizações a reduzir estoques e responder de forma mais eficiente às oscilações de demanda (Barros e Machline, 2018).
Esses resultados também tiveram efeitos diretos na participação de mercado e na fidelização de clientes. Empresas que adotaram estratégias voltadas para a eficiência operacional e a inovação relataram aumentos significativos em sua participação de mercado. No setor alimentício, a Sadia conseguiu expandir sua presença internacional ao implementar práticas de manufatura avançada que garantem a qualidade e a rastreabilidade de seus produtos.
4.3 Discussão Sobre os Achados
Os achados do estudo corroboram a literatura internacional sobre estratégias de manufatura, que destaca a automação, o lean manufacturing e a customização como pilares para a competitividade organizacional. Estudos realizados em mercados desenvolvidos, como os de Hayes e Wheelwright (1984), já evidenciavam que a adoção de tecnologias avançadas e práticas enxutas melhora a eficiência e a capacidade competitiva das empresas. No entanto, a aplicação dessas estratégias no contexto brasileiro apresenta desafios específicos, como a alta carga tributária, a complexidade logística e a falta de incentivos governamentais para inovação.
Em comparação com empresas de países desenvolvidos, as organizações brasileiras ainda enfrentam barreiras significativas para implementar estratégias de manufatura em larga escala. Por exemplo, enquanto empresas norte-americanas e europeias têm acesso facilitado a tecnologias emergentes e fontes de financiamento, muitas empresas brasileiras dependem de recursos próprios ou enfrentam dificuldades para acessar crédito. Apesar disso, os exemplos de sucesso analisados demonstram que, com planejamento estratégico e investimento em tecnologia, é possível superar esses obstáculos e alcançar resultados positivos.
A relevância dos resultados para o setor industrial brasileiro é inquestionável. Empresas que priorizam a eficiência operacional, a qualidade e a inovação não apenas melhoram sua posição no mercado, mas também contribuem para o fortalecimento do setor como um todo. Ademais, a adoção de estratégias de manufatura alinhadas às demandas do mercado global ajuda a aumentar a competitividade do Brasil no cenário internacional, promovendo crescimento econômico e geração de empregos.
Por fim, os resultados reforçam a necessidade de maior apoio governamental e de políticas públicas que incentivem a modernização industrial. Subsídios para a aquisição de tecnologias, redução de impostos sobre inovação e investimentos em infraestrutura são medidas que podem ajudar as empresas brasileiras a implementar estratégias de manufatura mais eficazes e alcançar maior competitividade.
5. Conclusões
5.1 Resumo dos Principais Achados
O presente estudo revelou que as estratégias de manufatura desempenham um papel central na determinação da competitividade das empresas no setor industrial brasileiro. A análise mostrou que práticas como a implementação de sistemas lean, automação de processos e foco em inovação tecnológica permitem às empresas reduzir custos, melhorar a qualidade dos produtos e aumentar a flexibilidade operacional. Esses fatores, conforme apontado por Almeida e Fernandes (2018), são essenciais para atender às demandas de mercados cada vez mais dinâmicos e exigentes.
Além disso, foi identificado que a competitividade empresarial no Brasil está intrinsecamente ligada à capacidade de adaptação às condições específicas do mercado local, como infraestrutura deficiente e altas cargas tributárias. Empresas que alinham suas estratégias de manufatura às necessidades do mercado conseguem não apenas obter vantagens competitivas, mas também criar valor de longo prazo. Estudos como os de Gonçalves e Pereira (2018) destacam que a integração de estratégias voltadas para inovação e eficiência operacional aumenta significativamente a fidelização de clientes e amplia a participação de mercado.
5.2 Contribuições para a Área
Este estudo oferece contribuições significativas tanto para o campo acadêmico quanto para a prática empresarial. Do ponto de vista teórico, ele amplia a compreensão sobre os mecanismos pelos quais as estratégias de manufatura impactam o desempenho competitivo das empresas brasileiras, destacando a importância de práticas adaptativas e alinhadas aos desafios locais. Além disso, o trabalho reforça a necessidade de estudos contínuos que explorem como estratégias globais podem ser contextualizadas para o ambiente nacional.
Em termos práticos, os achados fornecem insights valiosos para gestores industriais. Por exemplo, a priorização de estratégias como automação e redução de desperdícios pode ser um caminho eficiente para alcançar maior produtividade e melhorar margens de lucro. Conforme sugerido por Barros e Machline (2018), essas práticas também promovem maior resiliência organizacional em contextos econômicos instáveis.
Adicionalmente, o estudo apresenta implicações importantes para a formulação de políticas públicas. Incentivos governamentais para a modernização tecnológica, capacitação de mão de obra e melhoria da infraestrutura logística podem fortalecer o setor industrial como um todo. Assim, gestores e formuladores de políticas podem usar este trabalho como uma base para iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável do setor industrial brasileiro.
5.3 Limitações do Estudo e Sugestões para Pesquisas Futuras
Embora este estudo tenha alcançado seus objetivos principais, algumas limitações devem ser reconhecidas. Primeiramente, o escopo da análise foi limitado a setores específicos, como automotivo, têxtil e alimentício, o que pode restringir a generalização dos achados para outros segmentos industriais. Além disso, a abordagem metodológica, predominantemente qualitativa, pode limitar a amplitude da análise, uma vez que dados quantitativos mais abrangentes poderiam enriquecer as conclusões.
Para pesquisas futuras, recomenda-se a exploração de outros setores da indústria brasileira, como o de tecnologia e saúde, que possuem dinâmicas distintas e podem oferecer perspectivas complementares sobre a relação entre estratégias de manufatura e competitividade. Estudos longitudinais também poderiam ser realizados para avaliar os efeitos de longo prazo da implementação de diferentes estratégias. Outra sugestão é a investigação de como fatores externos, como políticas governamentais e mudanças no cenário internacional, impactam a eficácia das estratégias de manufatura em diferentes contextos regionais.
Por fim, futuras investigações poderiam ampliar o enfoque geográfico para comparar os efeitos das estratégias de manufatura no Brasil com outros países emergentes, como Índia e México. Isso permitiria identificar melhores práticas globais que possam ser adaptadas para fortalecer ainda mais a competitividade da indústria nacional.
Referências
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