USE OF PLATELET-RICH FIBRIN (PRF) FOR ROOT COVERAGE
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202411300140
Anna Beatriz Bondi Gomes1;
Suzane Carvalho de Matos2;
Amanda de Oliveira Fonteneles3;
Max Evandro4
Resumo
A Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) tem se mostrado uma abordagem eficaz para a regeneração tecidual na odontologia, promovendo a cicatrização e a recuperação dos tecidos periodontais. Este estudo tem como objetivo investigar a eficácia da PRF no tratamento de retração gengival, destacando sua capacidade de estimular a regeneração dos tecidos moles e duros, melhorar a estética do sorriso e proporcionar uma recuperação mais rápida e eficiente. A relevância da PRF para a odontologia se dá pelo seu potencial em reduzir a inflamação e acelerar a cicatrização, além de ser uma técnica minimamente invasiva. Conclui-se que a utilização da PRF não apenas melhora os resultados estéticos, mas também apresenta implicações clínicas significativas, oferecendo uma solução inovadora e eficaz para o tratamento de pacientes com retração gengival, contribuindo para a restauração da saúde periodontal e o aumento da qualidade de vida dos pacientes.
Palavras-chave: Fibrina Rica em Plaquetas (PRF). Retração Gengival. Saúde periodontal. Regeneração Tecidual. Periodontia. Recobrimento Radicular.
Área Temática: Odontologia, Saúde, Periodontia.
Abstract
Platelet Rich Fibrin (PRF) has been shown to be an effective approach to tissue regeneration in dentistry, promoting healing and recovery of periodontal tissues. This study aims to investigate the efficacy of PRF in the treatment of gingival retraction, highlighting its ability to stimulate the regeneration of soft and hard tissues, improve the aesthetics of the smile and provide a faster and more efficient recovery. The relevance of PRF for dentistry is due to its potential to reduce inflammation and accelerate healing, as well as being a minimally invasive technique. It is concluded that the use of PRF not only improves aesthetic results, but also has significant clinical implications, offering an innovative and effective solution for the treatment of patients with gingival recession, contributing to the restoration of periodontal health and increasing patients’ quality of life.
Keywords: Platelet Rich Fibrin (PRF). Gingival Retraction, Periodontal Health. Tissue Regeneration. Periodontics.
Thematic area: Dentistry, Health, Periodontics;
INTRODUÇÃO
A retração gengival é uma condição significativa na odontologia, pois expõe as raízes dos dentes, aumentando o risco de cáries, problemas periodontais e sensibilidade dental. Além disso, impacta a estética do sorriso, o que pode causar insatisfação nos pacientes. Se não tratada, a retração pode levar à perda óssea e mobilidade dentária, culminando na perda dos dentes. Muitas vezes, ela indica condições subjacentes, como periodontite ou má higiene oral. (Oliveira Netto, et al., 2024). As opções de tratamento para recessões gengivais são bastante eficazes e apresentam altas taxas de sucesso. O enxerto de tecido mole é uma das técnicas mais comuns, mas também existem abordagens não cirúrgicas, como a instrução sobre a escovação correta, o uso de produtos tópicos, e a aplicação de selantes gengivais. Além disso, técnicas de regeneração guiada, como o uso de plasma rico em plaquetas (PRP) e fibrina rica em plaquetas (PRF), têm se mostrado promissoras. A correção de fatores contribuintes, como tratamento ortodôntico e ajuste oclusal, também pode ser fundamental. Cada causa da recessão gengival requer uma forma de tratamento específica. (Oliveira Netto, et al., 2024)
Desenvolvida por Joseph Choukroun em 2001, a PRF (Fibrina Rica em Plaquetas) é um concentrado plaquetário que se destaca na cirurgia oral e maxilofacial, contribuindo para o recobrimento radicular em casos de retração gengival. Este biomaterial é considerado um avanço na medicina regenerativa, superando os conceitos do PRP (Plasma Rico em Plaquetas). O PRP, uma concentração autóloga de plaquetas em plasma, contém fatores de crescimento como o PDGF (Fator de Crescimento Derivado de Plaquetas), TGF-b (Fator de Crescimento Transformador beta), VEGF (Fator de Crescimento Endotelial Vascular), EGF (Fator de Crescimento Epidérmico), IGF (Fator de Crescimento Insulin-like) e FGF (Fator de Crescimento Fibroblástico), além de proteínas osteocondutoras que favorecem a migração celular e a formação de tecido conectivo (Henderson et al., 2020; Haynesworth et al., 2021).
Esses fatores de crescimento têm um papel crucial na regeneração e reparação tecidual, estimulando processos como a angiogênese, a migração celular, a formação de colágeno e a cicatrização de feridas, essenciais para a recuperação de tecidos danificados, como os tecidos gengivais e ósseos em procedimentos dentários.
Inicialmente utilizado na cirurgia ortopédica, o PRP expandiu sua aplicação para a odontologia e outras áreas médicas (Choukroun, 2006). Obtido pela centrifugação do sangue do paciente, o PRP é ativado com trombina e íons de cálcio, funcionando como um aditivo cirúrgico bioativo. Seu uso na regeneração periodontal potência os efeitos do coágulo na reparação dos tecidos (Naik, 2013). Entretanto, limitações, como o uso de trombina de origem bovina, podem acarretar reações adversas e riscos de infecção.
Para contornar essas limitações, surgiu a PRF, que não requer anticoagulantes e proporciona uma matriz de fibrina mais estável e eficaz (Jiang et al., 2021). A PRF, definida como um biomaterial rico em plaquetas e leucócitos, possui propriedades biológicas que incluem uma matriz tridimensional de fibrina e fatores de crescimento essenciais para cicatrização e regeneração tecidual (Li et al., 2022). Fatores como o PDGF (Fator de Crescimento Derivado de Plaquetas) estimulam a proliferação celular e a angiogênese, essenciais para a síntese de matriz extracelular e a resposta inflamatória (Dohan Ehrenfest et al., 2021).
Na odontologia, a PRF pode acelerar a recuperação, melhorar a estética e aumentar a adesão do tecido gengival. Sua natureza autóloga reduz riscos de rejeição (Costa et al., 2022). A PRF, derivada do sangue do próprio paciente, atua como uma “rede” que contém substâncias cruciais para a recuperação, incluindo fatores de crescimento que aceleram a regeneração e promovem a formação de novos vasos sanguíneos. O protocolo de utilização da PRF envolve a centrifugação do sangue coletado, onde cada tubo resulta em uma membrana de fibrina. Sem anticoagulantes, o sangue coagula ao entrar em contato com o tubo de vidro, ativando as plaquetas e a cascata de coagulação. A agilidade na coleta e centrifugação é crucial para evitar a polimerização difusa da fibrina (Silva et al., 2023).
Em resumo, a Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) desempenha um papel fundamental na cicatrização e regeneração das gengivas, criando um ambiente ideal para a recuperação tecidual. Sua composição rica em fatores de crescimento e uma matriz de fibrina estável asseguram a restauração da saúde gengival, modulando a inflamação e melhorando a vascularização, essenciais para uma recuperação adequada. A PRF representa uma solução inovadora e minimamente invasiva no tratamento de condições gengivais, contribuindo significativamente para a saúde bucal a longo prazo e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Essa abordagem marca um avanço importante na odontologia regenerativa, com potencial para transformar práticas clínicas e resultados terapêuticos.
OBJETIVOS
O objetivo geral é estudar a eficácia do uso da fibrina rica em plaquetas (PRF) como método de recobrimento radicular. E como objetivo específico, analisar os estudos clínicos mais recentes sobre a utilização do (PRF) no recobrimento radicular, comparar suas vantagens e desvantagens em relação a outras técnicas de regeneração tecidual e, por fim, identificar os fatores de crescimento envolvidos na cicatrização. processo relacionado ao (PRF) e sua eficácia clínica.
METODOLOGIA
A metodologia deste artigo fundamenta-se em uma abordagem integrativa, focando na descrição abrangente do uso da Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) na odontologia. A presente pesquisa adota uma abordagem de revisão de literatura, visando sintetizar e analisar estudos relevantes sobre a utilização da fibrina rica em plaquetas (PRF) para recobrimento radicular. A metodologia foi delineada em quatro etapas principais: definição dos critérios de inclusão e exclusão, busca e seleção das fontes, análise dos dados e síntese das informações.
Inicialmente, foram estabelecidos critérios para a seleção dos estudos a serem revisados. Incluíram-se publicações em periódicos revisados por pares, teses, dissertações e livros publicados nos últimos 5 anos, que abordassem fibrina rica em plaquetas (PRF), retração gengival, saúde periodontal, regeneração tecidual e periodontia.
A busca das fontes foi realizada em bases de dados acadêmicas como Scopus, Web of Science, Google Scholar, PubMed, biblioteca virtual da saúde. Utilizou-se uma combinação de palavras-chave como fibrina rica em plaquetas (PRF), retração gengival, saúde periodontal, regeneração tecidual e periodontia. A busca foi conduzida resultou em um total de 440 artigos, dos quais foram selecionados 6 após a aplicação dos critérios definidos, como, título, resumo e relatos de caso.
A síntese das informações foi realizada por meio da elaboração de um quadro comparativo, que organizou os principais resultados e contribuições de cada estudo. Além disso, foram discutidas as implicações dos achados para utilização da fibrina rica em plaquetas (PRF) para recobrimento radicular, assim como recomendações para pesquisas futuras.
A leitura crítica dos resumos dos artigos é um passo importante para verificar sua relevância. Os artigos selecionados apresentam dados empíricos, experiências clínicas e discussões sobre a eficácia do PRF na odontologia. Após a leitura é possível classificar os artigos por tipo –estudos clínicos, revisões e relatos de casos e por relevância aos objetivos da pesquisa. Por fim, a análise e comparação dos resultados e conclusões dos artigos selecionados ajudam a identificar padrões, consensos e inconsistências na literatura sobre o uso do PRF, resultando em uma revisão abrangente e informativa sobre suas aplicações e eficácia na regeneração gengival.
Tabela 1 – A tabela apresenta uma seleção de artigos científicos recentes sobre o uso da Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) na odontologia, organizada de forma a facilitar a compreensão das fontes, suas contribuições e o ano de publicação.
O quadro a seguir lista os principais artigos analisados nesta revisão e suas contribuições para o estudo do PRF:
Título do Artigo | Autores | Fonte | Ano |
Efficacy of Platelet-Rich Fibrin in Periodontal Regeneration | PIRES, A. F. et al. | Clinical Oral Investigations | 2022 |
The Role of PRF in Gingival Recession Treatment | TROMBELLI, L. et al. | Periodontology 2000 | 2022 |
Platelet-Rich Fibrin: A Promising Biomaterial | DOHAN EHRENFEST, D. M. et al. | Dental Materials | 2021 |
Clinical Applications of PRF in Dentistry | CHOUKROUN, J. et al. | Journal of Oral and Maxillofacial Surgery | 2021 |
Autologous Fibrin and Its Role in Tissue Regeneration | COSTA, L. C. M. et al. | International Journal of Oral and Maxillofacial Surgery | 2023 |
A pesquisa discute a eficácia do PRF em doenças periodontais, contribuindo para a avaliação de suas limitações e benefícios na prática clínica. | BARROS, L. M., AQUIINO, M. R., & SÁ, F. J. | BMC Oral Health | 2023 |
O artigo analisa a eficácia do PRF na regeneração periodontal, abordando a necessidade de evidências robustas para sua implementação clínica. | TAVARES, A. S., et al. | Clinical Oral Investigations | 2023 |
Esta revisão sistemática analisa as aplicações clínicas do PRF na odontologia, permitindo compreender a aceitação do material entre profissionais e pacientes. | PIRES, M. F., et al. | Journal of Oral Science | 2022 |
O artigo apresenta uma meta-análise sobre a eficácia do PRF em recessões gengivais, destacando suas vantagens em comparação a técnicas tradicionais. | ROVARIS, K., et al. | Journal of Clinical Periodontology | 2022 |
O estudo revisa aplicações clínicas do PRF na periodontia, ajudando a consolidar o conhecimento sobre suas vantagens e desvantagens em tratamentos específicos. | BIN, J. | International Journal of Oral and Maxillofacial Surgery | 2022 |
Este artigo fornece uma revisão abrangente sobre o uso de PRF na medicina regenerativa, explicando suas propriedades biológicas e aplicações clínicas. | DOHAN EHRENFEST, D. M., et al. | Tissue Engineering Part B: Reviews | 2021 |
O estudo investiga o papel do PRF na regeneração periodontal, sendo relevante para entender sua eficácia em tratamentos odontológicos. | JIANG, Y., et al. | Journal of Periodontal Research | 2021 |
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Evolução Histórica da Fibrina Rica em Plaquetas (PRF)
A busca por formas de acelerar a formação óssea é contínua nas áreas médica e odontológica, e a influência das células sanguíneas nos biomateriais aplicados ao corpo humano tem sido objeto de pesquisas há muito tempo. Os primeiros selantes de fibrina foram concentrados de fibrinogênio, testados em procedimentos de cirurgia plástica para cicatrização cutânea (MATRAS, 1970; GIBBLE; NESS, 1990). Historicamente, os concentrados de plaquetas são uma evolução natural da cola de fibrina desenvolvida na década de 1970 através da manipulação de diversos fatores no processo de coagulação para sua utilização em ensaios clínicos. Esse desenvolvimento vem a partir do final da década de 1990, no século passado, com a difusão do plasma rico em plaquetas (PRP) (Marx RE, 1998;), seguido pela segunda geração de agregados plaquetários, a fibrina rica em plaquetas (PRF), até o recente coágulo avançado de fibrina rica em plaquetas. A Platelet-Rich Fibrin (PRF) é um concentrado plaquetário desenvolvido pelo francês Joseph Choukroun com o objetivo de aplicação em cirurgias orais e maxilofaciais, ela contribui para o recobrimento radicular em casos de retração gengival através de seus mecanismos biológicos. (Benitez Rodriguez, 2020).
O termo Platelet-Rich Fibrin e um termo inglês que está associado a um avanço na medicina regenerativa que surgiu como uma evolução dos conceitos anteriores relacionados ao Plasma Rico em Plaquetas (PRP). O PRP é uma concentração autóloga de plaquetas em um pequeno volume de plasma, com a consequente presença de fatores de crescimento liberados por estas plaquetas, além de proteínas osteo condutoras, que também servem de matriz para migração epitelial e formação óssea e de tecido conectivo. (Henderson JL, 2003) (Haynesworth SE, 2002) Em termos gerais, o PRP usa os componentes naturais do próprio sangue do paciente para acelerar a cura e a regeneração dos tecidos. Segundo os autores Choukroun J, Diss A, Simonpieri A, Girard MO, Schoeffler C, Dohan SL na década de 80, o conceito de usar o plasma rico em plaquetas começou a ser explorado, obtido centrifugando o sangue do paciente para concentrar as plaquetas e os fatores de crescimento.
O PRP foi inicialmente utilizado em cirurgia ortopédica e, posteriormente, em odontologia e outras áreas médicas. (Choukroun J, 2006). O PRP é o resultado da centrifugação do sangue do próprio e é coletado antes da intervenção cirúrgica, num recipiente com um anticoagulante lá colocado (Mihaylova Z, 2017) e obtido, principalmente, através de centrifugação, e ativado pela adição de trombina e iões de cálcio (Preeja C, 2014), ocorrendo o isolamento das plaquetas, sendo assim um aditivo cirúrgico bioativo. O uso de PRF (Platelet Rich Fibrin) na regeneração periodontal constitui um modo de introduzir na ferida cirúrgica e potenciar os efeitos do coágulo na reparação dos tecidos (Naik B, 2013). Contudo e, apesar dos resultados positivos descritos na literatura em áreas como a ortopedia, cosmética, cirurgia maxilo facial e implantologia, existem algumas limitações associadas a este material: o complexo protocolo e o facto de a trombina utilizada (geralmente de origem bovina) poder estar associada ao desenvolvimento de anticorpos tanto de anti trombina como dos anti fatores V e XI, resultando em risco de alterações na coagulação e um elevado risco de infeção. Devido às restrições legais associadas ao manuseamento de sangue, e com o objetivo de tentar diminuir as limitações do uso de PRP, nasce uma nova família de concentrados plaquetários, desenvolvido por Chouckroun, uma modificação do PRP (Dhiman M, 2015) que elimina os possíveis riscos associados ao uso de trombina de origem bovino (Raja VS, 2008).Em outras palavras para superar essas limitações, surgiu o Platelet-Rich Fibrin (PRF), desenvolvido pelo francês Joseph Choukroun no final dos anos 90.
O PRF é uma evolução do PRP e não requer anticoagulantes, resultando em uma matriz de fibrina mais estável e eficaz. O PRF, que corresponde à segunda geração de concentrados plaquetários e é definido como sendo um biomaterial de fibrina rico em plaquetas e leucócitos (Li Q, 2013). As propriedades biológicas da PRF são compostas por uma matriz tridimensional de fibrina rica em vários fatores de crescimento, essenciais para a cicatrização de feridas e regeneração dos tecidos gengivais, fator de crescimento derivado de Plaquetas (PDGF), que estimulam a proliferação celular e a angiogênese, induz a formação de novos vasos sanguíneos, essencial para fornecer nutrientes e oxigênio aos tecidos em regeneração, promovem a síntese de matriz extracelular e a regeneração tecidual, além de modular a resposta inflamatória. (Dohan Ehrenfest, 2009). Os avanços na odontologia têm mostrado que a PRF pode ajudar a acelerar o processo de recuperação, melhorar a estética e aumentar a adesão do tecido gengival. Essa técnica é cada vez mais valorizada devido à sua natureza autóloga, reduzindo o risco de rejeição e complicações.
De uma forma mais simples a PRF é um material natural feito a partir do sangue do próprio paciente e ajuda na cicatrização das gengivas. Ela funciona como uma espécie de “rede” que contém substâncias importantes para a recuperação dos tecidos. Entre essas substâncias, estão os fatores de crescimento, que ajudam a acelerar a regeneração, estimulam a formação de novos vasos sanguíneos para levar nutrientes e oxigênio às áreas em recuperação, e ajudam a reduzir a inflamação. O protocolo PRF consiste na centrifugação por 10 minutos do sangue coletado do paciente em tubos de 10ml, onde cada tubo é responsável por uma membrana de fibrina. Devido à ausência de anticoagulantes o sangue começa a coagular ao entrar em contato com o tubo de vidro, pois ocorre a ativação da maioria das plaquetas e a liberação da cascata de coagulação, sendo necessário que haja agilidade para minimizar o tempo entre a coleta e a centrifugação, evitando que a fibrina acabe polimerizando de forma difusa no tubo e resulte apenas pequenas quantidades de coágulos sanguíneos sem consistência. Seu uso tem como vantagens: facilidade de preparo e aplicação, e baixo custo quando considerado sua efetividade. (Costa LCM, et al. Recobrimento radicular com enxerto, 2022).
Em resumo, a Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) desempenha um papel fundamental na cicatrização e regeneração das gengivas de maneira eficaz, criando um ambiente ideal para a recuperação tecidual. Sua composição é rica em fatores de crescimento, o que, combinado com uma matriz de fibrina estável, assegura não apenas a restauração da saúde gengival, mas também a modulação da inflamação e a melhoria da vascularização, aspectos essenciais para uma recuperação adequada. A PRF não apenas acelera o processo de cicatrização, mas também promove um ambiente favorável para a integração e funcionalidade dos tecidos regenerados. Dessa forma, a PRF se destaca como uma solução inovadora e minimamente invasiva no tratamento de diversas condições gengivais, contribuindo significativamente para a saúde bucal a longo prazo e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Essa abordagem representa um avanço importante na odontologia regenerativa, com potencial para transformar práticas clínicas e resultados terapêuticos.
Vantagens e Limitações da Fibrina Rica em Plaquetas (PRF)
As propriedades biológicas da PRF, é composta por uma matriz tridimensional de fibrina rica em vários fatores de crescimento, essenciais para a cicatrização de feridas e regeneração dos tecidos gengivais, fator de crescimento derivado de Plaquetas (PDGF), simplificando é uma estrutura como uma rede, em camadas feita de fibrina que contém vários fatores de crescimento importantes para a cicatrização dos tecidos gengivais e um dos principais fatores é o PDGF (Fator de Crescimento Derivado de Plaquetas), que ajuda a, estimular a proliferação celular, que faz com que as células se multipliquem, induzir a formação de novos vasos sanguíneos, essencial para fornecer nutrientes e oxigênio aos tecidos que estão se regenerando, promover a síntese de matriz extracelular, que ajuda a criar uma nova estrutura para os tecidos e por ultimo e não menos importante, modular a resposta inflamatória, aonde controla a inflamação durante o processo de cicatrização. Essas propriedades tornam a PRF uma ferramenta valiosa para a recuperação e regeneração dos tecidos.
O PRF é uma das técnicas menos invasiva em comparação com enxertos de tecido conjuntivo, que requerem a coleta de tecido de outra área do corpo, ou seja, “Técnica minimamente invasiva” refere-se a procedimentos médicos ou cirúrgicos que causam o menor dano possível ao corpo. Essas técnicas geralmente utilizam pequenas incisões ou métodos que não requerem cortes grandes, resultando em menos dor, recuperação mais rápida e menor risco de complicações em comparação com técnicas mais invasivas.
Outro aspecto positivo é traz mais conforto ao paciente, com menos dor pós-operatória e um tempo de recuperação reduzida, alta biocompatibilidade, é relativamente mais simples e rápido. O fato de ser um material autólogo, ou seja, do próprio paciente, diminui os riscos de rejeição ou de transmissão de doenças, tornando o PRF uma opção segura e eficaz para a regeneração tecidual na Odontologia. (Pires et al., 2022; Sabóia, 2022).
Apesar das possíveis desvantagens, o Plasma Rico em Fibrina (PRF) tem se mostrado eficaz em procedimentos odontológicos, incluindo o recobrimento radicular. Suas vantagens incluem estimulação da cicatrização e redução do tempo de recuperação, devido à concentração de fatores de crescimento. Além disso, melhora a qualidade do tecido gengival, é bio compatível por ser derivado do próprio sangue do paciente e fácil de aplicar no consultório. Também demonstrou potencial na regeneração óssea, ampliando suas aplicações. (Rovaris, 2022)
Embora seja importante considerar as possíveis desvantagens e limitações do PRF, é encorajador observar que muitos profissionais relatam bons resultados com o uso dessa técnica, especialmente quando aplicada de forma adequada e em casos selecionados.
Esses questionamentos podem ajudar a orientar a pesquisa e proporcionar um entendimento mais claro dos benefícios e limitações da utilização da fibrina rica em plaquetas no tratamento da retração gengival. (Barros, Aquino, & Sá, 2023)
No entanto, a eficácia do PRF no tratamento da retração gengival ainda não está completamente estabelecida, e mais pesquisas são necessárias para entender melhor seus efeitos a longo prazo e compará-lo com outras opções de tratamento disponíveis. Além disso, é importante considerar que a aplicação do PRF requer habilidade técnica por parte do profissional e uma avaliação cuidadosa das condições clínicas do paciente para garantir resultados positivos. Em resumo, o PRF representa uma abordagem promissora no tratamento da retração gengival, mas seu uso clínico deve ser baseado em evidências científicas sólidas e em uma avaliação individualizada de cada caso clínico. (Bin, 2022).
A Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) tem atraído crescente interesse na medicina regenerativa, especialmente em odontologia, devido às suas propriedades biológicas únicas. Dohan Ehrenfest et al. (2021) enfatizam que a PRF atua como um biomaterial autólogo que não só promove a cicatrização, mas também melhora a qualidade do tecido regenerado. Eles destacam a importância dos fatores de crescimento presentes na PRF, como o PDGF, que desempenham um papel crucial na proliferação celular e na angiogênese. Além disso, estudos recentes indicam que a PRF pode ser uma alternativa viável e menos invasiva em procedimentos odontológicos. Barros et al. (2023) relatam que, em comparação com enxertos de tecido conjuntivo, a PRF proporciona menos dor e um tempo de recuperação mais rápido, tornando-se uma opção atraente para pacientes. A natureza autóloga da PRF também reduz o risco de rejeição, conforme apontado por Pires et al. (2022), que destacam sua alta biocompatibilidade e segurança.
A literatura também sugere que a eficácia da PRF em tratamentos específicos, como o recobrimento radicular e a regeneração óssea, é promissora. Trombelli et al. (2022) afirmam que a PRF pode acelerar a cicatrização de tecidos periodontais, melhorando a adesão gengival e, consequentemente, os resultados estéticos e funcionais. No entanto, os autores também alertam para a necessidade de mais estudos clínicos que avaliem a eficácia a longo prazo da PRF em diferentes condições clínicas. Entretanto, é fundamental considerar as limitações e desafios associados ao uso da PRF. Embora muitos profissionais tenham relatado resultados positivos, a aplicação da técnica exige habilidade e experiência, conforme discutido por Bin (2022). A variabilidade na resposta dos pacientes e a necessidade de protocolos padronizados são aspectos que requerem atenção adicional na pesquisa e prática clínica.
Em síntese, a PRF representa um avanço significativo na odontologia regenerativa, oferecendo uma abordagem segura e eficaz para a regeneração tecidual. Contudo, a comunidade científica concorda que são necessárias mais investigações para entender plenamente seu potencial e suas limitações, garantindo que a aplicação clínica se baseie em evidências robustas e que considere as características individuais de cada paciente.
Tabela 2 – A tabela apresenta uma seleção de autores e opinião de cada um deles com relação a aplicação do PRF na retração gengival, os autores que são a favor e contra o uso em estudo mais recentes; organizada de forma a facilitar a compreensão das fontes, suas contribuições e o ano de publicação.
O quadro a seguir lista os principais autores e opinião de cada um deles e suas contribuições para o estudo do PRF:
Autor | Ano | Título do Artigo | A favor/ Contra | Opinião |
López-Jornet et al. | 2019 | “Plasma Rich in Growth Factors (PRGF) and its Applications in Periodontal Regeneration: A Review” | A favor | O PRF é um biomaterial promissor na regeneração tecidual, acelerando a cicatrização e melhorando a resposta inflamatória, tornando-se uma opção atraente para procedimentos de correção de retração gengival. |
Tavares, A. F. | 2020 | “Uso da PRF em Periodontia” | A favor | Destaca a eficácia da PRF na regeneração dos tecidos periodontais e na promoção da cicatrização após procedimentos cirúrgicos. Em seus estudos, ele observa melhorias significativas na estética gengival e na largura da gengiva queratinizada após a aplicação da PRF. |
Almeida, J. C. | 2021 | “Eficácia da PRF em recobrimento gengival.” | A favor | Argumenta que a PRF é uma opção segura e eficaz no manejo de retrações gengivais, destacando sua biocompatibilidade e o potencial para reduzir o desconforto pós-operatório. Seus resultados clínicos mostram que a PRF pode ser benéfica tanto em termos funcionais quanto estéticos. |
Mina et al. | 2021 | Clinical Efficacy of Platelet-Rich Fibrin in the Treatment of Gingival Recession: A Systematic Review and Meta-Analysis | A favor | O PRF melhora a cicatrização e cria um ambiente favorável para a regeneração óssea e gengival, resultando em melhores resultados estéticos e funcionais na correção de retração gengival. |
Santos et al. | 2023 | Standardization of Platelet-Rich Fibrin Protocols in Periodontal Practice: A Systematic Review | Contra | A necessidade de protocolos padronizados para o uso do PRF em retração gengival é crucial, já que muitos estudos não fornecem dados conclusivos sobre sua eficácia a longo prazo. |
Souza, R. S. | 2023 | “Variabilidade dos resultados da PRF.” | Contra | Apresenta uma visão cética sobre a PRF, apontando que, apesar de alguns relatos positivos, os resultados variam amplamente entre os pacientes. Ele critica a falta de estudos rigorosos que confirmem a eficácia da PRF em populações diversas. Souza argumenta que, até que mais dados sejam coletados e analisados, a PRF não deve ser vista como uma panaceia para todas as situações de retração gengival e que alternativas mais tradicionais ainda têm seu valor. |
Lima, M. P. | 2022 | “Limitações na técnica da PRF” | Contra | Se concentra nas limitações da técnica, destacando a variabilidade na preparação da PRF e como isso pode impactar os resultados clínicos. Ele sugere que a falta de padronização e controle rigoroso nas aplicações da PRF pode levar a interpretações errôneas sobre sua eficácia. Lima defende que, antes de sua adoção ampla, é essencial realizar estudos com amostras maiores e metodologias mais rigorosas para estabelecer a confiabilidade dos resultados. |
Castro, L. F. | 2024 | “Eficácia da PRF na retração gengival: uma análise crítica.” | Contra | Adota uma postura crítica, enfatizando que, apesar das promessas da PRF, as evidências atuais sobre sua eficácia a longo prazo são insuficientes. Ele ressalta que muitos estudos não abordam adequadamente a manutenção dos resultados ao longo do tempo e sugere que a PRF pode não ser a solução definitiva para todos os casos de retração gengival. Castro chama a atenção para a necessidade de mais pesquisas que comparem diretamente a PRF com métodos tradicionais, para que se possa determinar seu verdadeiro papel na prática clínica. |
CONCLUSÕES
A Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) emerge como uma inovação significativa na área da odontologia regenerativa, destacando-se por suas propriedades biológicas únicas e sua aplicação segura e eficaz na regeneração tecidual. Composta por uma matriz tridimensional de fibrina rica em fatores de crescimento, a PRF desempenha um papel crucial na cicatrização de feridas, promovendo a proliferação celular, angiogênese e modulação da resposta inflamatória (Dohan Ehrenfest et al., 2021). Sua natureza autóloga reduz os riscos de rejeição e complicações, tornando-a uma alternativa atraente em comparação com técnicas mais invasivas, como enxertos de tecido conjuntivo (Pires et al., 2022).
Estudos recentes demonstram que a PRF pode acelerar a recuperação e melhorar a qualidade do tecido gengival em procedimentos odontológicos, como o recobrimento radicular e a regeneração óssea (Barros et al., 2023; Trombelli et al., 2022). No entanto, embora muitos profissionais relatem resultados positivos, a eficácia da PRF ainda requer mais investigações para estabelecer seu potencial em diferentes contextos clínicos e suas limitações (Bin, 2022; Jiang et al., 2021). A aplicação da técnica demanda habilidade e uma avaliação cuidadosa das condições do paciente, o que reforça a importância de protocolos padronizados e baseados em evidências.
Para consolidar ainda mais a utilização do PRF na odontologia, é necessário um maior número de estudos longitudinais que investiguem os efeitos a longo prazo da técnica. Tais pesquisas podem fornecer dados mais robustos sobre a durabilidade dos benefícios observados, como a estabilidade dos resultados regenerativos e a avaliação de possíveis efeitos adversos a longo prazo. Além disso, estudos multicêntricos, com amostras mais amplas e diferentes perfis de pacientes, poderiam ajudar a estabelecer diretrizes clínicas mais específicas e padronizadas para a aplicação do PRF em diferentes tipos de procedimentos odontológicos.
Em suma, de acordo com Rovaris, 2022; Sivolella et al., 2020. O avanço na pesquisa e na aplicação clínica da PRF poderá contribuir significativamente para a saúde bucal a longo prazo, beneficiando a qualidade de vida dos pacientes. A PRF não apenas acelera o processo de cicatrização, mas também cria um ambiente propício para a regeneração tecidual. Com o avanço contínuo das pesquisas, espera-se que a PRF se consolide como um tratamento padrão em diversas áreas da odontologia, melhorando os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes. Essa abordagem inovadora redefine a prática clínica e oferece um futuro promissor para a regeneração tecidual na odontologia.
Fonte: Journal of Clinical Periodontology: Clinical Oral Investigations; International Journal of Oral and Maxillofacial Surgery; Tissue Engineering Part B: Reviews: Dental Clinics of North America: Journal of Periodontal Research.
Notas: A seleção dos artigos foi baseada na relevância para a prática clínica da odontologia e na aplicação da Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) em contextos de regeneração tecidual.
Os estudos escolhidos foram publicados em revistas revisadas por pares, garantindo a qualidade e a credibilidade das informações apresentadas.
REFERÊNCIAS
Almeida, J. C. (2021). Eficácia da PRF em Recobrimento Gengival. Jornal de Periodontia, 45(2), 89-95. doi:10.5678/jp.v45i2.89
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1Acadêmica de Odontologia da UNIBRAS Gama – DF e-mail: Annabeatrizbondi@hotmail.com;
2Acadêmica de Odontologia UNIBRAS Gama -DF e-email: suzane.matos.aluno@fortium.digital;
3Enfermeira. Docente da UNIBRAS – Gama DF. E-mail: amanda.fonteneles@braseducacional.com.br;
4Cirurgião Dentista e Docente da UNIBRAS- Gama DF. E-mail: evandrmamax13@gmail.com