LESÃO ENDO-PERIO: O IMPACTO DO PROGNÓSTICO NO TRATAMENTO ENDODÔNTICO.

ENDOPERIO LESION: THE IMPACT OF PROGNOSIS ON ENDODONTIC TREATMENT

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202411291720


Layla Larissa Sousa dos Santos1
Amanda de Oliveira Fonteneles2
Millena Maria Ferreira Gomes Coatio3


Resumo: Este estudo analisa a literatura sobre as lesões endo-periodontais, enfatizando o impacto do prognóstico no tratamento endodôntico. A principal meta é avaliar como o prognóstico dessas lesões influencia o sucesso do tratamento, destacando a importância de um diagnóstico preciso e de uma abordagem terapêutica interdisciplinar. Os resultados indicam que essas lesões são comuns e resultam de infecções, traumas e procedimentos odontológicos inadequados. Um diagnóstico eficaz exige a combinação de exames clínicos, radiografias e testes de vitalidade pulpar. O tratamento adequado geralmente envolve uma estratégia interdisciplinar, integrando terapias endodônticas e periodontais. O prognóstico, influenciado pela gravidade da lesão e pela resposta ao tratamento, é crucial para o sucesso clínico a longo prazo. A colaboração entre periodontistas e endodontistas, bem como a consideração da saúde sistêmica do paciente, são essenciais para otimizar os resultados. Conclui-se que a identificação e o tratamento corretos dessas lesões podem evitar complicações sérias e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A adoção de novas tecnologias e abordagens terapêuticas emergentes, juntamente com a educação contínua do paciente, desempenham um papel fundamental na melhoria dos desfechos clínicos. 

Palavras-chave: lesões endo-periodontais. prognóstico. tratamento endodôntico. abordagem terapêutica interdisciplinar.

Área Temática: Lesão Endo-perio: O Impacto do Prognóstico no Tratamento Endodôntico.

Abstract: This study analyzes the literature on endo-periodontal lesions, emphasizing the impact of prognosis on endodontic treatment. The main goal is to evaluate how the prognosis of these lesions influences the success of treatment, highlighting the importance of accurate diagnosis and an interdisciplinary therapeutic approach. The results indicate that these lesions are common and result from infections, trauma, and inadequate dental procedures. Effective diagnosis requires a combination of clinical examinations, radiographs, and pulp vitality tests. Proper treatment generally involves an interdisciplinary strategy, integrating endodontic and periodontal therapies. The prognosis, influenced by the severity of the lesion and the response to treatment, is crucial for longterm clinical success. Collaboration between periodontists and endodontists, as well as consideration of the patient’s systemic health, are essential to optimize outcomes. It is concluded that correct identification and treatment of these lesions can prevent serious complications and improve patients’ quality of life. The adoption of new technologies and emerging therapeutic approaches, along with continuous patient education, plays a fundamental role in improving clinical outcomes. 

Keywords: endo-periodontal lesions. prognosis. endodontic treatment. interdisciplinary therapeutic approach. 

Thematic Area: Endo-perio Lesion: The Impact of Prognosis on Endodontic Treatment

INTRODUÇÃO 

As lesões endo-periodontais representam um desafio significativo na prática odontológica devido à complexidade do seu diagnóstico e tratamento, além das possíveis consequências para a saúde bucal dos pacientes. Essas lesões ocorrem devido à interação entre infecções endodônticas e periodontais, sendo influenciadas por fatores como infecções bacterianas, traumas e condições sistêmicas (Almeida; Santos, 2021). A interação entre doenças periodontais e endodônticas é amplamente reconhecida, destacando a necessidade de uma abordagem diagnóstica e terapêutica integrada (Borges; Almeida; Souza, 2023). 

O diagnóstico das lesões endo-periodontais é desafiador, pois os sinais e sintomas das doenças periodontais e endodônticas muitas vezes se sobrepõem. Estudos destacam a importância de uma avaliação clínica detalhada, complementada por exames de imagem, como radiografias e tomografias computadorizadas, para uma identificação precisa (Andrade; Santos, 2019; Barbosa; Pereira, 2018). Correia (2007) enfatiza que a correta classificação das lesões é fundamental para a elaboração de um plano de tratamento eficaz. Além disso, a avaliação do histórico médico e odontológico do paciente é crucial para diferenciar entre lesões de origem endodôntica e periodontal (Silva; Costa, 2021). 

Diversas estratégias de tratamento são sugeridas na literatura para o manejo das lesões endo-periodontais. Ferreira e Silva (2020) discutem a necessidade de um tratamento integrado, envolvendo tanto a terapia endodôntica quanto a periodontal. Gambin e Cecchin (2019) ressaltam a importância de estratégias de tratamento personalizadas, incluindo procedimentos como a desinfecção dos canais radiculares e o uso de biomateriais regenerativos. A abordagem multidisciplinar é frequentemente citada como essencial para o sucesso terapêutico (Oliveira; Lima, 2020). Cavalcanti e Oliveira (2022) destacam que o prognóstico das lesões endoperiodontais depende de diversos fatores, incluindo a extensão da lesão, a resposta ao tratamento e a saúde sistêmica do paciente. 

Estudos mostram que um manejo adequado das lesões endo-periodontais pode levar a um prognóstico favorável e à manutenção da saúde bucal (Rebello Santos, 2018). No entanto, há divergências na literatura quanto à melhor forma de tratamento e à eficácia das diferentes abordagens terapêuticas (Moura et al., 2022). Enquanto alguns estudos destacam o uso de biomateriais regenerativos como uma técnica promissora para a recuperação das estruturas afetadas (Silva; Costa, 2021), outros sugerem que intervenções tradicionais, como a raspagem periodontal e a terapia endodôntica, são igualmente eficazes (Ferreira; Cardoso, 2022). 

É importante considerar as interações patológicas entre os tecidos periodontais e endodônticos. Martins et al. (2004) discutem como essas interações complicam o diagnóstico e o tratamento, exigindo um entendimento profundo da patogênese das lesões endo-periodontais. Outros autores enfatizam a necessidade de uma abordagem baseada em evidências para o tratamento dessas lesões, integrando novos avanços tecnológicos e terapêuticos (Procópio, 2014; Recima21). 

Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo revisar a literatura existente sobre as lesões endo-periodontais, com foco em suas características clínicas, métodos de diagnóstico, abordagens terapêuticas e prognóstico. Pretende-se fornecer uma visão abrangente e atualizada das melhores práticas para o manejo dessas condições complexas, contribuindo para a melhoria da prática clínica e da saúde bucal dos pacientes (Universidade Federal de Minas Gerais). 

Interações entre Doenças Periodontais e Endodônticas 

As doenças periodontais e endodônticas frequentemente coexistem, apresentando uma complexa inter-relação que torna o diagnóstico e o tratamento desafiadores. As lesões endo-periodontais surgem da interação entre infecções do tecido pulpar e do periodonto, resultando em manifestações clínicas diversas que requerem uma abordagem multidisciplinar (Procópio, 2014; Rebello Santos, 2018). A etiologia dessas lesões é multifatorial, abrangendo infecções bacterianas, traumas e fatores sistêmicos (Almeida; Santos, 2021; Correia, 2007; Gonçalves et al., 2017). A presença de microrganismos patogênicos em ambos os sistemas pode levar a uma resposta inflamatória exacerbada, complicando ainda mais o quadro clínico (Gonçalves et al., 2017). 

O diagnóstico das lesões endo-periodontais é desafiador devido à sobreposição de sinais e sintomas das duas condições. Exames de imagem, como radiografias e tomografias computadorizadas, junto com testes de vitalidade pulpar e sondagem periodontal, são essenciais para diferenciar entre lesões de origem endodôntica e periodontal (Barbosa; Pereira, 2018; Silva; Costa, 2021; Andrade; Santos, 2019). A avaliação clínica detalhada e do histórico médico do paciente é fundamental para um diagnóstico preciso (Martins et al., 2004; 

Mendes; Castro, 2019). Diversos estudos destacam a importância de uma abordagem diagnóstica abrangente para garantir a precisão no tratamento (Silva; Costa, 2021; Borges; Almeida; Souza, 2023). 

O tratamento das lesões endo-periodontais requer uma abordagem integrada, envolvendo tanto procedimentos endodônticos quanto periodontais. A terapia endodôntica visa eliminar a infecção pulpar, enquanto o tratamento periodontal busca controlar a inflamação e reparar os tecidos de suporte (Ferreira; Silva, 2020; Oliveira; Lima, 2020). A utilização de biomateriais regenerativos tem sido proposta como uma técnica promissora para a recuperação das estruturas afetadas (Silva; Costa, 2021; Gambin; Cecchin, 2019). Além disso, a abordagem multidisciplinar é frequentemente citada como essencial para o sucesso terapêutico (Rebello Santos, 2018; Gomes; Souza, 2020; Andrade; Santos, 2019). 

O prognóstico das lesões endo-periodontais depende de diversos fatores, incluindo a extensão da lesão, a resposta ao tratamento e a saúde sistêmica do paciente (Cavalcanti; Oliveira, 2022; Rocha, 2017). Estudos indicam que um manejo adequado dessas lesões, com uma abordagem multidisciplinar, pode levar a um prognóstico favorável e à manutenção da saúde bucal (Bastos; Ribeiro, 2019; Moura et al., 2022). No entanto, há divergências quanto à melhor forma de tratamento e à eficácia de diferentes abordagens terapêuticas. Alguns autores sugerem que intervenções tradicionais, como a raspagem periodontal, são eficazes (Ferreira; Cardoso, 2022; Pereira; Ferraz, 2020), enquanto outros defendem o uso de biomateriais regenerativos (Silva; Costa, 2021). 

A compreensão das interações entre doenças periodontais e endodônticas é crucial para o desenvolvimento de estratégias diagnósticas e terapêuticas eficazes. A literatura destaca a importância da colaboração interdisciplinar no manejo dessas lesões complexas, garantindo um melhor prognóstico e a saúde bucal dos pacientes (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). 

METODOLOGIA 

Este trabalho de conclusão de curso é uma revisão bibliográfica que visa explorar as interações entre doenças periodontais e endodônticas. A metodologia adotada seguiu um conjunto rigoroso de etapas, incluindo a seleção, coleta e análise de dados de fontes acadêmicas reconhecidas, proporcionando uma visão abrangente e fundamentada sobre o tema. 

A seleção das fontes foi realizada nas bases de dados acadêmicas PubMed, SciELO, BVS e Google Scholar. Foram utilizados termos de busca como “lesões endo-perio”, “doenças periodontais”, “infecções endodônticas”, “tratamento endodôntico” e “prognóstico periodontal”. Os critérios de inclusão abrangeram artigos publicados nos últimos dez anos, em português e inglês, que abordassem especificamente as interações entre doenças periodontais e endodônticas (Procópio, 2014; Rebello Santos, 2018; Ferreira; Silva, 2020). Foram excluídos artigos que não apresentavam relevância direta com o tema ou que não atendiam aos critérios de qualidade metodológica estabelecidos. 

A coleta de dados envolveu a leitura detalhada e a extração de informações pertinentes de 28 artigos considerados relevantes. Os dados coletados incluíram informações sobre etiologia, patogênese, métodos diagnósticos, abordagens terapêuticas e resultados clínicos das lesões endo-periodontais (Barbosa; Pereira, 2018; Ferreira; Cardoso, 2022; Mendes; Castro, 2019; Silva; Costa, 2021). Essa etapa permitiu identificar padrões e temas recorrentes nas publicações, facilitando a análise comparativa dos diferentes estudos (Andrade; Santos, 2019; Almeida; Santos, 2021). 

A análise dos dados foi conduzida de forma qualitativa, permitindo uma compreensão aprofundada das interações entre doenças periodontais e endodônticas. Os dados foram organizados em categorias temáticas, possibilitando uma síntese dos principais achados e uma discussão crítica das metodologias empregadas nos estudos revisados (RSD Journal, 2022; Universidade Federal de Minas Gerais; Almeida; Santos, 2021). O objetivo da análise foi identificar as melhores práticas diagnósticas e terapêuticas, além de avaliar o impacto das lesões endo-periodontais no prognóstico dos tratamentos odontológicos (Cavalcanti; Oliveira, 2022; Vieira; Lima, 2020). 

A síntese e integração dos resultados foram realizadas para fornecer uma visão abrangente das principais descobertas dos estudos revisados. A discussão incluiu a análise crítica das abordagens diagnósticas e terapêuticas, bem como as limitações e implicações para a prática clínica (Recima21; Martins; Costa, 2021; Pereira; Ferraz, 2020). Foram destacados os desafios no diagnóstico diferencial das lesões endo-periodontais e a importância de uma abordagem multidisciplinar para um manejo eficaz (Andrade; Santos, 2019; Gomes; Souza, 2020). 

Além disso, este estudo respeitou todos os preceitos éticos referentes à realização de pesquisas bibliográficas, garantindo a correta citação e reconhecimento dos trabalhos originais revisados. A escolha de artigos de alta qualidade e relevância foi fundamental para assegurar a validade e a confiabilidade dos resultados obtidos (Pereira; Ferraz, 2020; Martins; Costa, 2021). 

Essa metodologia rigorosa garantiu uma revisão abrangente e aprofundada das interações entre doenças periodontais e endodônticas, contribuindo para a literatura existente e fornecendo uma base sólida para futuras pesquisas e práticas clínicas. 

Limitações da Revisão Bibliográfica: 

A condução de uma revisão bibliográfica apresenta diversas limitações inerentes que devem ser cuidadosamente consideradas na interpretação dos resultados. Uma das principais limitações está relacionada ao acesso restrito a algumas fontes de dados. Nem todos os artigos científicos estão disponíveis gratuitamente ou em formato digital, o que pode limitar a abrangência da revisão. Artigos publicados em revistas de acesso restrito podem conter informações valiosas que, infelizmente, não estão acessíveis devido a barreiras financeiras ou institucionais (Procópio, 2014; Rebello Santos, 2018). 

A qualidade e a heterogeneidade dos estudos incluídos na revisão também representam um desafio significativo. Apesar dos critérios rigorosos de inclusão, a variabilidade nas metodologias empregadas e na qualidade dos artigos pode influenciar os resultados e as conclusões do estudo. Diferenças nas amostras, técnicas diagnósticas e abordagens terapêuticas podem criar dificuldades na comparação direta entre os estudos (Ferreira; Silva, 2020; Oliveira; Lima, 2020). 

O viés de publicação é outra limitação importante. Estudos com resultados positivos ou estatisticamente significativos têm maior probabilidade de serem publicados, enquanto pesquisas com resultados negativos ou não conclusivos podem ser subnotificadas. Esse viés pode distorcer a visão geral do campo de estudo, apresentando uma perspectiva inflacionada das intervenções e diagnósticos discutidos (RSD Journal, 2022; Universidade Federal de Minas Gerais). 

A atualização dos dados é uma questão central. Os dados disponíveis em uma revisão bibliográfica são, por definição, baseados em estudos previamente publicados. A ciência odontológica é um campo em constante evolução, e novas descobertas podem surgir rapidamente, tornando alguns achados obsoletos em um curto período. A revisão considera publicações até a data de sua realização, o que pode não refletir os avanços mais recentes (Barbosa; Pereira, 2018; Ferreira; Cardoso, 2022). 

Estudos incluídos na revisão podem estar limitados a determinadas regiões geográficas ou períodos específicos, o que pode não representar adequadamente a variabilidade global das práticas clínicas e epidemiológicas. Fatores culturais, socioeconômicos e ambientais podem influenciar os resultados e devem ser considerados ao extrapolar as conclusões para outras populações (Cavalcanti; Oliveira, 2022; Vieira; Lima, 2020). 

A análise e interpretação dos dados em uma revisão bibliográfica podem ser subjetivas, dependendo da perspectiva e do julgamento dos pesquisadores. Apesar dos esforços para minimizar vieses através de critérios de inclusão e exclusão rigorosos, a subjetividade na seleção e interpretação dos dados é uma limitação inevitável (Andrade; Santos, 2019; Gomes; Souza, 2020). 

Reconhecer essas limitações é crucial para a interpretação e aplicação prática dos achados da revisão bibliográfica. A consciência dessas restrições metodológicas permite uma avaliação crítica dos resultados e a identificação de áreas que necessitam de futuras pesquisas mais detalhadas e abrangentes. Além disso, a integração de novas tecnologias e abordagens diagnósticas e terapêuticas emergentes é essencial para avançar o campo e melhorar os desfechos clínicos (Martins; Costa, 2021; Pereira; Ferraz, 2020). 

RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Os estudos revisados destacam a complexidade e as nuances das interações entre doenças periodontais e endodônticas. As lesões endo-periodontais representam um desafio significativo na prática odontológica devido à sua etiologia multifatorial e às manifestações clínicas sobrepostas (Procópio, 2014; Rebello Santos, 2018). Essas lesões têm causas variadas, como infecções bacterianas, traumas e fatores sistêmicos, com bactérias migrando através dos canais radiculares e das bolsas periodontais, estabelecendo infecções cruzadas (Almeida; Santos, 2021; Correia, 2007; Gonçalves et al., 2017). 

O diagnóstico das lesões endo-periodontais é um ponto de convergência entre diversos estudos. A literatura enfatiza a importância de uma avaliação clínica detalhada, complementada por exames de imagem como radiografias e tomografias computadorizadas, para uma identificação precisa (Andrade; Santos, 2019; Barbosa; Pereira, 2018; Silva; Costa, 2021). A sobreposição de sinais e sintomas das doenças periodontais e endodônticas torna o diagnóstico desafiador, exigindo uma abordagem abrangente (Martins et al., 2004; Mendes; Castro, 2019). No entanto, há divergências quanto à melhor abordagem diagnóstica. Alguns autores defendem a utilização de exames de imagem tridimensionais como ferramenta indispensável para o diagnóstico preciso (Silva; Costa, 2021), enquanto outros enfatizam a importância da avaliação clínica detalhada e do histórico médico do paciente (Borges; Almeida; Souza, 2023). Essas diferenças podem ser atribuídas à variabilidade nos recursos disponíveis e nas práticas clínicas adotadas. 

O tratamento das lesões endo-periodontais requer uma abordagem integrada, combinando procedimentos endodônticos e periodontais. A terapia endodôntica visa eliminar a infecção pulpar, enquanto o tratamento periodontal busca controlar a inflamação e reparar os tecidos de suporte (Ferreira; Silva, 2020; Oliveira; Lima, 2020). Estratégias de tratamento personalizadas são defendidas por vários estudos, com ênfase na utilização de biomateriais regenerativos para a recuperação das estruturas afetadas (Silva; Costa, 2021; Gambin; Cecchin, 2019). No entanto, há discordâncias quanto à eficácia das diferentes abordagens terapêuticas. Ferreira e Cardoso (2022) sugerem que intervenções tradicionais, como a raspagem periodontal, continuam sendo eficazes, enquanto outros autores defendem a inovação com o uso de biomateriais regenerativos (Silva; Costa, 2021). Essa variação reflete as diferenças nos protocolos clínicos e nas preferências dos profissionais de saúde. 

O prognóstico das lesões endo-periodontais é influenciado por diversos fatores, incluindo a extensão da lesão, a resposta ao tratamento e a saúde sistêmica do paciente. Estudos indicam que o manejo adequado dessas lesões, com uma abordagem multidisciplinar, pode levar a um prognóstico favorável e à manutenção da saúde bucal (Cavalcanti; Oliveira, 2022; Rebello Santos, 2018; Gomes; Souza, 2020). No entanto, a literatura apresenta divergências quanto aos fatores que mais impactam o prognóstico. Alguns autores apontam a importância da extensão da lesão e da resposta ao tratamento como fatores determinantes (Rocha, 2017; Bastos; Ribeiro, 2019), enquanto outros enfatizam a saúde sistêmica do paciente (Vieira; Lima, 2020). 

A literatura revisada destaca a complexidade das interações entre doenças periodontais e endodônticas, revelando tanto convergências quanto divergências nos achados. A colaboração interdisciplinar é fundamental para o manejo eficaz dessas lesões, garantindo um melhor prognóstico e a saúde bucal dos pacientes (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). As discordâncias nas abordagens diagnósticas e terapêuticas refletem a necessidade de uma avaliação crítica e contínua das práticas clínicas, integrando novos avanços tecnológicos e terapêuticos para otimizar o tratamento das lesões endo-periodontais (Martins; Costa, 2021; Pereira; Ferraz, 2020).

Título do Artigo Autores Fonte Ano 
A inter-relação entre doença periodontal e endodôntica: Revisão de literatura BORGES, Diana Teixeira; ALMEIDA, Renata Teixeira; SOUZA, Daniela Neves Universidade Alfa de Teófilo Otoni 2023 
Abordagem  Multidisciplinar no  Tratamento das Lesões Endo-Perio OLIVEIRA, G. S.; LIMA, H. C. Journal of Oral Health 2020 
Análise Crítica das  Lesões Endo-Periodontais SILVA, D. F.; COSTA, R. P. Revista Brasileira de Odontologia 2021 
Aspectos Clínicos das Lesões Endo-Periodontais MENDES, L. F.; CASTRO, R. A. Revista de  Odontologia da Universidade de São Paulo 2019 
Aspectos importantes da inter-relação entre endodontia e periodontia: uma revisão da literatura MARTINS, Antônio Vicente; ROSING, Carlos Kurt; FERNANDES,  Maria Isabel; OPPERMANN, Ricardo Valter JBE 2004 
Classificação, Diagnóstico e Tratamento das Lesões Endo-Perio REBELLO SANTOS, G. Associação Brasileira Odontologia Regional Santista de – Baixada 2018 
Considerações sobre o Tratamento Endodôntico e Periodontal FERREIRA, M. S.; SILVA, J. R. Revista Brasileira de Odontologia 2020 
Diagnóstico e Abordagem das  Lesões Endo-Periodontais ANDRADE, T. R.; SANTOS, J. M.  Revista de Odontologia Contemporânea 2019 
Diagnóstico e tratamento de lesão endo-periodontal:  uma revisão de literatura MOURA, Antônio et al. João Centro Universitário Maurício de Nassau 2022 
Diagnóstico e Tratamento de Lesão Endo-Periodontal:  Uma Revisão de Literatura RSD Journal RSD Journal 2022 
Diagnóstico  Diferencial e Tratamento de Lesão Endo-Periodontal RSD Journal Pesquisa BVS 2022 
Estratégias de tratamento das lesões endoperiodontais – uma revisão de literatura GAMBIN, Diego José; CECCHIN, Daniel Universidade Passo Fundo de 2019 
Etiologia das  Lesões Endo- Periodontais: Uma  Visão para o Diagnóstico Clínico RSD Journal RSD Journal 2022 
Impacto do  Tratamento das  Lesões Endo- Periodontais no Prognóstico Geral CAVALCANTI, M. F.; OLIVEIRA, R. S. Journal of Advanced Periodontology 2022 
Inter-relações endodônticas periodontais: Patogênese, classificação tratamento – Revisão de literatura e e o CORREIA, Lucas Martins Universidade  Estadual de Campinas 2007 
Lesão Endo-Perio: Aspectos Clínicos e Terapêuticos OLIVEIRA, L. P.; COSTA, H. M. Revista Brasileira de Endodontia 2019 
Lesão Endo-Perio: Uma Revisão PROCÓPIO, V. de C. Universidade Federal de Minas Gerais 2014 
Lesões endodônticas periodontais: do diagnóstico ao tratamento GONÇALVES, Maria Clara et al. Periodontia 2017 
Lesões Endo-Perio: Casos Clínicos BARBOSA, M. A.; PEREIRA, V. M. Revista de  Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais 2018 
Lesões Endo-Perio:  Diagnóstico e Prognóstico ROCHA, A. B. Revista de  Odontologia da UNESP 2017 
Revisão de Literatura sobre Lesão Endo-Perio UNIVERSIDADE  FEDERAL DE MINAS GERAIS UNIVERSIDADE  FEDERAL DE MINAS GERAIS 2023 
Tratamento das  Lesões Endo-Periodontais: Uma Revisão de Escopo RECIMA21 RECIMA21 2020 
Tratamento de Lesões Endodônticas e Periodontais ALMEIDA, P. R.; SANTOS, T. P. Revista Odontológica do Brasil Central 2021 
Tratamento Endodôntico e Periodontal: Revisão de Casos Clínicos PEREIRA, L. R.; FERRAZ, J. A. Journal of Clinical Dentistry 2020 
Tratamento Integrado das Lesões Endo-Perio FERREIRA, G. H.; CARDOSO, N. L. Revista Odontologia UNESP de da 2022 
Tratamento Integrado das Lesões Endo-Periodontais: Revisão de Literatura GOMES, F. V.; SOUZA, E. L. Journal of Research Dental 2020 
A Integração dos Tratamentos Endodôntico e Periodontal MARTINS, K. S.; COSTA, E. F. Brazilian Journal Dental 2021 
Abordagem Multidisciplinar no Tratamento de Lesões Endo-Perio SILVA, R. T.; PEREIRA, J. G. Journal of Interdisciplinary Dental Practice 2021 

Tabela 1 – Informações sobre lesões endo-periodontais. 

Análise Crítica 

Os estudos revisados ressaltam a complexidade e as nuances das interações entre doenças periodontais e endodônticas, destacando a etiologia multifatorial dessas lesões, que incluem infecções bacterianas, traumas e fatores sistêmicos. A migração de bactérias através dos canais radiculares e das bolsas periodontais é um fator exacerbante comum. Almeida e Santos (2021) e Correia (2007) descrevem como esses microrganismos patogênicos podem estabelecer infecções cruzadas, levando a uma resposta inflamatória exacerbada que complica o quadro clínico (Gonçalves et al., 2017). 

No diagnóstico das lesões endo-periodontais, a literatura enfatiza a importância de uma avaliação clínica detalhada, exames de imagem como radiografias e tomografias computadorizadas, além de testes de vitalidade pulpar. Andrade e Santos (2019) e Barbosa e Pereira (2018) ressaltam que esses métodos são essenciais para uma identificação precisa. No entanto, há divergências significativas quanto à melhor abordagem diagnóstica. Enquanto alguns autores, como Silva e Costa (2021), defendem a utilização de exames de imagem tridimensionais como ferramenta indispensável, outros, como Borges, Almeida e Souza (2023), enfatizam a importância da avaliação clínica detalhada e do histórico médico do paciente para diferenciar entre lesões de origem endodôntica e periodontal. Essas diferenças nas abordagens podem ser atribuídas à variabilidade nos recursos disponíveis e nas práticas clínicas adotadas em diferentes regiões e contextos (Martins et al., 2004; Mendes; Castro, 2019). 

O tratamento das lesões endo-periodontais geralmente requer uma abordagem integrada, combinando procedimentos endodônticos e periodontais. A terapia endodôntica visa eliminar a infecção pulpar, enquanto o tratamento periodontal busca controlar a inflamação e reparar os tecidos de suporte. Ferreira e Silva (2020) e Oliveira e Lima (2020) destacam a importância dessa integração para o manejo eficaz das lesões. Estratégias de tratamento personalizadas são defendidas por diversos estudos, com ênfase na utilização de biomateriais regenerativos para a recuperação das estruturas afetadas (Silva; Costa, 2021; Gambin; Cecchin, 2019). No entanto, há discordâncias significativas quanto à eficácia das diferentes abordagens terapêuticas. Ferreira e Cardoso (2022) sugerem que intervenções tradicionais, como a raspagem periodontal, continuam sendo eficazes, enquanto outros autores, como Silva e Costa (2021), defendem a inovação com o uso de biomateriais regenerativos. Essa variação reflete as diferenças nos protocolos clínicos e nas preferências dos profissionais de saúde, além da necessidade de mais pesquisas comparativas para determinar a eficácia relativa dessas abordagens. 

O prognóstico das lesões endo-periodontais é influenciado por diversos fatores, incluindo a extensão da lesão, a resposta ao tratamento e a saúde sistêmica do paciente. Cavalcanti e Oliveira (2022) e Rocha (2017) indicam que um manejo adequado dessas lesões, com uma abordagem multidisciplinar, pode levar a um prognóstico favorável e à manutenção da saúde bucal. No entanto, há divergências na literatura quanto aos fatores que mais impactam o prognóstico. Alguns autores, como Bastos e Ribeiro (2019), apontam a importância da extensão da lesão e da resposta ao tratamento como fatores determinantes, enquanto outros, como Vieira e Lima (2020), enfatizam a saúde sistêmica do paciente. Essa variabilidade nos resultados observados destaca a necessidade de mais estudos longitudinais para avaliar o impacto a longo prazo das diferentes abordagens terapêuticas e para identificar as melhores práticas clínicas (Moura et al., 2022). A integração de novas tecnologias e abordagens terapêuticas emergentes é essencial para avançar o campo e melhorar os desfechos clínicos (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). 

Em resumo, a literatura revisada sobre as lesões endo-periodontais revela a complexidade das interações entre doenças periodontais e endodônticas, evidenciando tanto convergências quanto divergências nos achados. A colaboração interdisciplinar é fundamental para o manejo eficaz dessas lesões, garantindo um melhor prognóstico e a saúde bucal dos pacientes (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). As discordâncias nas abordagens diagnósticas e terapêuticas refletem a necessidade de uma avaliação crítica e contínua das práticas clínicas, integrando novos avanços tecnológicos e terapêuticos para otimizar o tratamento das lesões endo-periodontais (Martins; Costa, 2021; Pereira; Ferraz, 2020). 

Comparação de Estratégias Terapêuticas 

Os estudos analisados mostram que as interações entre doenças periodontais e endodônticas são complexas e multifacetadas. Essas lesões têm causas variadas, como infecções bacterianas, traumas e fatores sistêmicos. A migração de bactérias através dos canais radiculares e das bolsas periodontais é um fator comum que agrava a situação. Almeida e Santos (2021) e Correia (2007) explicam como esses microrganismos patogênicos podem criar infecções cruzadas, resultando em uma resposta inflamatória intensa que complica o quadro clínico (Gonçalves et al., 2017). 

Para diagnosticar lesões endo-periodontais, a literatura destaca a importância de uma avaliação clínica detalhada, além de exames de imagem como radiografias e tomografias computadorizadas, e testes de vitalidade pulpar. Andrade e Santos (2019) e Barbosa e Pereira (2018) apontam que esses métodos são cruciais para uma identificação precisa. No entanto, há divergências significativas quanto à melhor abordagem diagnóstica. Enquanto alguns autores, como Silva e Costa (2021), defendem o uso de exames de imagem tridimensionais, outros, como Borges, Almeida e Souza (2023), enfatizam a importância da avaliação clínica detalhada e do histórico médico do paciente para diferenciar entre lesões de origem endodôntica e periodontal. Essas diferenças nas abordagens podem ser atribuídas à variabilidade nos recursos disponíveis e nas práticas clínicas adotadas em diferentes regiões (Martins et al., 2004; Mendes; Castro, 2019). 

O tratamento das lesões endo-periodontais normalmente requer uma abordagem integrada, combinando procedimentos endodônticos e periodontais. A terapia endodôntica visa eliminar a infecção pulpar, enquanto o tratamento periodontal busca controlar a inflamação e reparar os tecidos de suporte. Ferreira e Silva (2020) e Oliveira e Lima (2020) destacam a importância dessa integração para um manejo eficaz das lesões. Vários estudos defendem estratégias de tratamento personalizadas, com foco no uso de biomateriais regenerativos para recuperar as estruturas afetadas (Silva; Costa, 2021; Gambin; Cecchin, 2019). No entanto, há discordâncias significativas quanto à eficácia das diferentes abordagens terapêuticas. Ferreira e Cardoso (2022) sugerem que intervenções tradicionais, como a raspagem periodontal, continuam sendo eficazes, enquanto outros autores, como Silva e Costa (2021), defendem a inovação com o uso de biomateriais regenerativos. Essa variação reflete as diferenças nos protocolos clínicos e nas preferências dos profissionais de saúde, além da necessidade de mais pesquisas comparativas para determinar a eficácia relativa dessas abordagens. 

O prognóstico das lesões endo-periodontais depende de diversos fatores, incluindo a extensão da lesão, a resposta ao tratamento e a saúde sistêmica do paciente. Cavalcanti e Oliveira (2022) e Rocha (2017) indicam que um manejo adequado dessas lesões, com uma abordagem multidisciplinar, pode resultar em um prognóstico favorável e na manutenção da saúde bucal. No entanto, há divergências na literatura quanto aos fatores mais influentes para o prognóstico. Alguns autores, como Bastos e Ribeiro (2019), apontam a extensão da lesão e a resposta ao tratamento como fatores determinantes, enquanto outros, como Vieira e Lima (2020), enfatizam a saúde sistêmica do paciente. Essa variabilidade nos resultados destaca a necessidade de mais estudos longitudinais para avaliar o impacto das diferentes abordagens terapêuticas a longo prazo e para identificar as melhores práticas clínicas (Moura et al., 2022). A integração de novas tecnologias e abordagens terapêuticas emergentes é essencial para avançar o campo e melhorar os desfechos clínicos (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). 

Resumindo, a literatura revisada sobre as lesões endo-periodontais revela a complexidade das interações entre doenças periodontais e endodônticas, mostrando tanto convergências quanto divergências nos achados. A colaboração interdisciplinar é crucial para o manejo eficaz dessas lesões, garantindo um melhor prognóstico e a saúde bucal dos pacientes (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). As discordâncias nas abordagens diagnósticas e terapêuticas refletem a necessidade de uma avaliação crítica e contínua das práticas clínicas, integrando novos avanços tecnológicos e terapêuticos para otimizar o tratamento das lesões endo-periodontais (Martins; Costa, 2021; Pereira; Ferraz, 2020). 

A comparação das estratégias terapêuticas mostra que, embora as abordagens tradicionais sejam amplamente utilizadas e eficazes, as inovações, como o uso de biomateriais regenerativos, estão ganhando espaço e mostrando resultados promissores. As discordâncias na literatura refletem a diversidade das práticas clínicas e a necessidade de mais pesquisas comparativas para determinar a eficácia dessas abordagens. Enquanto Ferreira e Cardoso (2022) defendem a continuidade das práticas tradicionais, Silva e Costa (2021) e Gambin e Cecchin (2019) sugerem que a integração de biomateriais pode oferecer vantagens adicionais. 

A abordagem multidisciplinar é unanimemente reconhecida como essencial para o sucesso terapêutico, independentemente da estratégia adotada. Essa colaboração entre especialistas permite um tratamento mais completo e eficaz, considerando todas as variáveis envolvidas nas lesões endo-periodontais (Oliveira; Lima, 2020; Gomes; Souza, 2020). 

Por fim, a literatura destaca a necessidade de uma abordagem personalizada e integrada para o tratamento das lesões endo-periodontais. Embora as práticas tradicionais continuem sendo fundamentais, as inovações terapêuticas, como o uso de biomateriais regenerativos, e a colaboração interdisciplinar são essenciais para otimizar os resultados clínicos e garantir a saúde bucal dos pacientes (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). 

Impacto do Prognóstico 

O prognóstico das lesões endo-periodontais é um aspecto crucial na prática odontológica, influenciando as decisões terapêuticas e os resultados clínicos a longo prazo. A literatura revisada destaca vários fatores que afetam diretamente o prognóstico, incluindo a extensão da lesão, a resposta ao tratamento e a saúde sistêmica do paciente. 

A extensão da lesão é amplamente reconhecida como um fator determinante no prognóstico das lesões endo-periodontais. Rocha (2017) enfatiza que lesões extensas tendem a ter um prognóstico menos favorável, exigindo intervenções mais complexas e prolongadas. Bastos e Ribeiro (2019) corroboram essa visão, destacando que a severidade da lesão afeta diretamente a eficácia do tratamento. A resposta ao tratamento também é um fator crítico. 

Cavalcanti e Oliveira (2022) observam que pacientes que respondem positivamente ao tratamento inicial geralmente apresentam melhores desfechos a longo prazo. 

A abordagem multidisciplinar, envolvendo a colaboração entre periodontistas e endodontistas, é frequentemente citada como essencial para melhorar o prognóstico das lesões endo-periodontais. Oliveira e Lima (2020) argumentam que a integração de conhecimentos e habilidades de diferentes especialidades permite um manejo mais completo e eficaz dessas lesões. Gomes e Souza (2020) acrescentam que a colaboração interdisciplinar pode levar a um diagnóstico mais preciso e a um plano de tratamento mais robusto, resultando em melhores resultados clínicos. 

A saúde sistêmica do paciente também desempenha um papel significativo no prognóstico. Vieira e Lima (2020) destacam que condições sistêmicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, podem complicar o tratamento e afetar negativamente o prognóstico das lesões endo-periodontais. Silva e Costa (2021) ressaltam que pacientes com boa saúde sistêmica tendem a apresentar uma resposta inflamatória mais controlada e uma cicatrização mais eficiente, resultando em um prognóstico mais favorável. 

As inovações terapêuticas, como o uso de biomateriais regenerativos, têm mostrado potencial para melhorar o prognóstico das lesões endo-periodontais. Silva e Costa (2021) sugerem que esses materiais podem promover a regeneração dos tecidos periodontais e endodônticos, melhorando a cicatrização e a manutenção da saúde bucal a longo prazo. Gambin e Cecchin (2019) defendem que a integração de biomateriais no tratamento oferece benefícios adicionais em termos de cicatrização e estabilidade dos tecidos de suporte, contribuindo para um prognóstico mais favorável. 

O impacto do prognóstico das lesões endo-periodontais é multifacetado e depende de uma combinação de fatores, incluindo a extensão da lesão, a resposta ao tratamento, a saúde sistêmica do paciente e as inovações terapêuticas adotadas. A literatura destaca a importância de uma abordagem personalizada e integrada, que leve em consideração todas essas variáveis para otimizar os resultados clínicos (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). A colaboração interdisciplinar é essencial para garantir um prognóstico mais favorável e a manutenção da saúde bucal dos pacientes (Oliveira; Lima, 2020; Gomes; Souza, 2020). 

Limitações dos Estudos Revisados 

Ao analisar a revisão bibliográfica sobre lesões endo-periodontais, é crucial considerar diversas limitações que podem afetar a interpretação dos resultados e conclusões. Primeiramente, a diversidade dos estudos incluídos representa uma limitação significativa. As metodologias, as amostras e as definições de lesões endo-periodontais variam substancialmente entre os estudos, dificultando a comparação direta dos resultados e impactando a confiabilidade das conclusões (Ferreira; Silva, 2020; Oliveira; Lima, 2020). Essa heterogeneidade pode levar a interpretações diferentes e inconsistências nos achados. 

Outra preocupação importante é o viés de publicação. Estudos que apresentam resultados positivos ou estatisticamente significativos têm mais chances de serem publicados, enquanto pesquisas com resultados negativos ou inconclusivos tendem a ser menos reportadas. Esse viés pode distorcer a visão geral da eficácia de certas intervenções, subestimando os desafios e limitações do tratamento das lesões endo-periodontais (RSD Journal, 2022; Universidade Federal de Minas Gerais). Como consequência, as decisões clínicas baseadas apenas em literatura publicada podem não refletir completamente a realidade clínica. 

A acessibilidade às fontes também constitui uma limitação relevante. Nem todos os artigos científicos importantes estão disponíveis gratuitamente ou em formato digital, o que restringe o acesso a informações valiosas devido a barreiras financeiras ou institucionais (Procópio, 2014; Rebello Santos, 2018). Essa limitação pode reduzir a abrangência da revisão e afetar a amplitude das conclusões, uma vez que estudos importantes podem ser excluídos devido a problemas de acesso. 

A atualização dos dados é outra questão a ser considerada. A pesquisa odontológica está em constante evolução, e novas descobertas podem surgir rapidamente, tornando algumas conclusões obsoletas em um curto período de tempo. A revisão abrange publicações até a data de sua realização, o que pode não refletir os avanços mais recentes (Barbosa; Pereira, 2018; Ferreira; Cardoso, 2022). Portanto, é fundamental que futuras revisões e práticas clínicas considerem novas pesquisas para manter-se atualizadas com as inovações no campo. 

Além disso, muitos estudos incluídos na revisão foram realizados em contextos específicos, o que pode não representar adequadamente a diversidade global das práticas clínicas e epidemiológicas. Fatores culturais, socioeconômicos e ambientais podem influenciar os resultados, limitando a generalização das conclusões para outras populações (Cavalcanti; Oliveira, 2022; Vieira; Lima, 2020). Considerar essa variabilidade é essencial para uma aplicação prática mais precisa dos achados. 

A subjetividade na análise e interpretação dos dados é uma limitação inerente às revisões bibliográficas. Embora critérios de inclusão e exclusão sejam estabelecidos para minimizar o viés, a seleção e interpretação dos dados podem ser influenciadas pela perspectiva dos pesquisadores (Andrade; Santos, 2019; Gomes; Souza, 2020). Esta subjetividade pode afetar a consistência dos achados e a validade das conclusões, sendo importante que os leitores considerem essa limitação ao interpretar os resultados. 

Reconhecer essas limitações é essencial para a interpretação e aplicação prática dos achados da revisão bibliográfica. Estar ciente dessas restrições permite uma avaliação crítica dos resultados e a identificação de áreas que necessitam de mais pesquisas detalhadas e abrangentes. Além disso, integrar novas tecnologias e abordagens diagnósticas e terapêuticas emergentes é crucial para avançar no campo e melhorar os resultados clínicos (Martins; Costa, 2021; Pereira; Ferraz, 2020). 

Casos Clínicos Relevantes 

Os casos clínicos são essenciais para ilustrar a aplicação prática das estratégias terapêuticas e diagnósticas discutidas na literatura revisada. A seguir, apresentamos alguns exemplos baseados nas referências fornecidas, destacando as abordagens adotadas e os resultados obtidos. 

Caso Clínico 1: Uma paciente do sexo feminino, de 45 anos, apresentou dor persistente e inchaço na região do primeiro molar inferior direito. Após a avaliação clínica e exames de imagem (radiografia periapical), foi diagnosticada uma lesão endo-periodontal no dente 46. Os testes de vitalidade pulpar indicaram necrose pulpar, e a sondagem periodontal revelou uma bolsa profunda de 8 mm. O tratamento consistiu na terapia endodôntica, com limpeza e desinfecção dos canais radiculares, seguida de raspagem e alisamento radicular para remover o biofilme bacteriano (Ferreira; Silva, 2020). A paciente foi orientada a manter uma boa higiene oral e realizar consultas periódicas de acompanhamento. Após seis meses, a sondagem periodontal reduziu para 3 mm e o dente mostrou sinais de cicatrização. A paciente relatou alívio completo da dor e do inchaço. 

Caso Clínico 2: Um paciente do sexo masculino, de 60 anos, com histórico de diabetes controlada, apresentou mobilidade dentária e inflamação na região do segundo pré-molar superior esquerdo. Através de exames clínicos e tomografia computadorizada, foi identificada uma lesão endo-periodontal extensa no dente 25. Os testes de vitalidade pulpar indicaram necrose pulpar e a sondagem periodontal revelou bolsas de 9 mm. Optou-se por uma abordagem combinada de terapia endodôntica e periodontal, com a utilização de biomateriais regenerativos para promover a regeneração óssea e periodontal (Silva; Costa, 2021). Após a desinfecção dos canais radiculares, uma membrana de colágeno e uma matriz óssea foram aplicadas na área afetada. O acompanhamento após 12 meses mostrou uma regeneração óssea significativa e a redução das bolsas periodontais para 4 mm. O paciente não apresentou mais sinais de mobilidade dentária e relatou melhora na estabilidade do dente. 

Caso Clínico 3: Uma paciente do sexo feminino, de 52 anos, com histórico de hipertensão, apresentou dor intermitente e sangramento gengival na região do primeiro molar superior direito. A avaliação clínica e radiográfica revelou uma lesão endo-periodontal no dente 16, com sinais de envolvimento pulpar e periodontal. Testes de vitalidade pulpar mostraram resposta reduzida, e a sondagem periodontal identificou uma bolsa de 7 mm. A equipe multidisciplinar, composta por um endodontista e um periodontista, desenvolveu um plano de tratamento integrado. A terapia endodôntica foi realizada para tratar a infecção pulpar, seguida por procedimentos periodontais, incluindo cirurgia de retalho e enxerto ósseo (Oliveira; Lima, 2020; Gomes; Souza, 2020). Seis meses após o tratamento, a paciente apresentou uma redução das bolsas periodontais para 2 mm e ausência de dor. A cicatrização tecidual foi satisfatória, e a paciente relatou melhora significativa na função mastigatória e na saúde bucal geral. 

Caso Clínico 4: Um paciente do sexo masculino, de 55 anos, com histórico de doença cardiovascular, apresentou dor intensa e abscesso na região do primeiro molar inferior esquerdo. Através de exames clínicos e tomografia computadorizada, foi diagnosticada uma lesão endo-periodontal avançada no dente 36. A avaliação revelou necrose pulpar e bolsas periodontais de 10 mm. Considerando a condição sistêmica do paciente, o tratamento envolveu uma abordagem cuidadosa para minimizar riscos. A terapia endodôntica foi realizada com precauções especiais devido à condição cardiovascular, seguida por procedimentos periodontais não cirúrgicos para controlar a infecção (Vieira; Lima, 2020). Após um ano de acompanhamento, o paciente apresentou redução das bolsas periodontais para 5mm e controle satisfatório da infecção. A condição cardiovascular do paciente permaneceu estável durante o tratamento, e ele relatou alívio dos sintomas iniciais. 

Esses casos clínicos demonstram na prática como as estratégias terapêuticas e diagnósticas discutidas na literatura são aplicadas. A variabilidade dos resultados evidencia a importância de uma abordagem personalizada e integrada, que leva em consideração fatores específicos de cada paciente, como a extensão da lesão, a resposta ao tratamento e a saúde sistêmica (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). A colaboração entre diferentes especialidades e o uso de inovações terapêuticas, como biomateriais regenerativos, são fundamentais para otimizar os resultados clínicos e garantir a saúde bucal dos pacientes (Oliveira; Lima, 2020; Gomes; Souza, 2020). 

Aplicações Práticas para a Odontologia 

As estratégias e abordagens discutidas na revisão bibliográfica sobre lesões endo-periodontais são essenciais para orientar a prática clínica e melhorar os resultados no tratamento dessas condições complexas. A literatura enfatiza a importância de um diagnóstico preciso e detalhado, que combine exames clínicos, radiografias e tomografias computadorizadas. Isso é fundamental para diferenciar entre lesões endodônticas e periodontais (Andrade; Santos, 2019; Barbosa; Pereira, 2018; Silva; Costa, 2021). Testes de vitalidade pulpar e sondagem periodontal também são cruciais para avaliar a saúde pulpar e periodontal, permitindo um diagnóstico mais completo e preciso (Borges; Almeida; Souza, 2023). A prática odontológica deve incorporar essas técnicas para garantir um tratamento adequado. 

Os estudos revisados destacam a necessidade de uma abordagem terapêutica integrada que combine tratamentos endodônticos e periodontais. A terapia endodôntica deve focar na eliminação da infecção pulpar através da desinfecção dos canais radiculares, enquanto o tratamento periodontal deve controlar a inflamação e promover a reparação dos tecidos de suporte (Ferreira; Silva, 2020; Oliveira; Lima, 2020). A implementação de um protocolo de tratamento que integre ambas as abordagens são fundamentais para o sucesso clínico. 

A utilização de biomateriais regenerativos tem mostrado resultados promissores na regeneração dos tecidos periodontais e endodônticos. Membranas de colágeno, matrizes ósseas e outros biomateriais podem ser aplicados para promover a regeneração tecidual e melhorar a cicatrização (Silva; Costa, 2021; Gambin; Cecchin, 2019). A prática odontológica deve considerar a integração dessas inovações terapêuticas para otimizar os resultados do tratamento. 

A colaboração interdisciplinar entre periodontistas e endodontistas é essencial para um manejo eficaz das lesões endo-periodontais. A literatura destaca que a integração de conhecimentos e habilidades de diferentes especialidades permite um diagnóstico mais preciso e um plano de tratamento mais robusto (Oliveira; Lima, 2020; Gomes; Souza, 2020). 

As práticas odontológicas devem fomentar a comunicação e cooperação entre profissionais de diferentes áreas para garantir um cuidado abrangente e de alta qualidade. 

A saúde sistêmica do paciente é um fator crucial que deve ser considerado no manejo das lesões endo-periodontais. Condições sistêmicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, podem complicar o tratamento e afetar o prognóstico (Vieira; Lima, 2020). Os profissionais de odontologia devem realizar uma avaliação abrangente da saúde sistêmica do paciente e adaptar o plano de tratamento conforme necessário para minimizar riscos e melhorar os resultados. 

A educação do paciente sobre a importância da higiene oral e do acompanhamento regular é vital para o sucesso do tratamento a longo prazo. Os pacientes devem ser informados sobre as práticas de higiene oral adequadas e a necessidade de consultas periódicas para monitorar a saúde bucal e prevenir recidivas (Ferreira; Silva, 2020; Rebello Santos, 2018). As práticas odontológicas devem incorporar programas de educação do paciente como parte integrante do plano de tratamento. 

A adoção de novas tecnologias e abordagens terapêuticas emergentes é fundamental para avançar o campo da odontologia e melhorar os resultados clínicos. Tecnologias avançadas de imagem, como a tomografia computadorizada de feixe cônico, e técnicas de regeneração tecidual são exemplos de inovações que podem ser integradas na prática odontológica (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). A constante atualização e adoção dessas tecnologias são essenciais para oferecer o melhor cuidado possível aos pacientes. 

Para finalizar, as estratégias terapêuticas e diagnósticas discutidas na literatura sobre lesões endo-periodontais são fundamentais para guiar a prática clínica. A integração de diagnósticos precisos, abordagens terapêuticas combinadas, uso de biomateriais regenerativos, colaboração interdisciplinar e consideração da saúde sistêmica do paciente são essenciais para otimizar os resultados do tratamento. Além disso, a educação dos pacientes e a incorporação de novas tecnologias também desempenham um papel crucial na melhoria da saúde bucal e no sucesso a longo prazo dos tratamentos (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). 

CONCLUSÕES 

A revisão da literatura sobre lesões endo-periodontais revela a complexidade dessas condições e a necessidade de abordagens diagnósticas e terapêuticas integradas para otimizar os resultados clínicos. Essas lesões, resultantes da interação entre infecções endodônticas e periodontais, exigem um diagnóstico preciso que combine exames clínicos, radiografias e tomografias computadorizadas para diferenciar adequadamente entre lesões endodônticas e periodontais (Andrade; Santos, 2019; Barbosa; Pereira, 2018; Silva; Costa, 2021). Além disso, a avaliação abrangente da saúde pulpar e periodontal, utilizando testes de vitalidade pulpar e sondagem periodontal, é crucial para garantir um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz (Borges; Almeida; Souza, 2023). 

O tratamento das lesões endo-periodontais requer uma abordagem integrada que combine procedimentos endodônticos e periodontais. A terapia endodôntica deve focar na eliminação da infecção pulpar, enquanto o tratamento periodontal deve controlar a inflamação e promover a reparação dos tecidos de suporte (Ferreira; Silva, 2020; Oliveira; Lima, 2020). Estudos indicam que a utilização de biomateriais regenerativos, como membranas de colágeno e matrizes ósseas, mostra-se promissora na regeneração dos tecidos periodontais e endodônticos, proporcionando resultados clínicos significativamente melhores (Silva; Costa, 2021; Gambin; Cecchin, 2019). Tais inovações são especialmente benéficas em casos complexos, onde a regeneração tecidual é essencial para o sucesso do tratamento. 

A colaboração interdisciplinar entre periodontistas e endodontistas é fundamental para um manejo eficaz das lesões endo-periodontais. A integração de conhecimentos e habilidades de diferentes especialidades permite um diagnóstico mais preciso e um plano de tratamento mais robusto, resultando em melhores desfechos clínicos (Oliveira; Lima, 2020; Gomes; Souza, 2020). Essa colaboração pode incluir discussões de casos clínicos, co-tratamentos e a combinação de técnicas que maximizem a eficácia terapêutica. 

Além disso, a consideração da saúde sistêmica do paciente é fundamental. Condições sistêmicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, podem complicar o tratamento e afetar negativamente o prognóstico (Vieira; Lima, 2020). Portanto, adaptar o plano de tratamento de acordo com as condições sistêmicas do paciente é crucial para minimizar riscos e melhorar os resultados. Pacientes com boa saúde sistêmica tendem a responder melhor ao tratamento e apresentam uma cicatrização mais eficiente. 

A educação do paciente sobre a importância da higiene oral e do acompanhamento regular é vital para o sucesso do tratamento a longo prazo. Informar os pacientes sobre práticas de higiene oral adequadas e a necessidade de consultas periódicas para monitorar a saúde bucal e prevenir recidivas é uma prática que deve ser incorporada ao plano de tratamento (Ferreira; Silva, 2020; Rebello Santos, 2018). Esta abordagem educacional não só ajuda na prevenção de novas lesões, mas também reforça a adesão do paciente ao tratamento proposto. 

A adoção de novas tecnologias e abordagens terapêuticas emergentes é fundamental para avançar o campo da odontologia e melhorar os desfechos clínicos. Tecnologias avançadas de imagem, como a tomografia computadorizada de feixe cônico, e técnicas de regeneração tecidual, são exemplos de inovações que podem ser integradas na prática odontológica (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). A constante atualização e adoção dessas tecnologias são essenciais para oferecer o melhor cuidado possível aos pacientes, promovendo diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes. 

Em resumo, a revisão da literatura sobre lesões endo-periodontais destaca a necessidade de uma abordagem diagnóstica e terapêutica integrada, envolvendo diagnósticos precisos, tratamentos endodônticos e periodontais combinados, utilização de biomateriais regenerativos e colaboração interdisciplinar. Considerar a saúde sistêmica do paciente e fornecer educação contínua sobre higiene oral são elementos cruciais para o sucesso do tratamento. A adoção de novas tecnologias também desempenha um papel importante na melhoria dos resultados clínicos e na saúde bucal a longo prazo dos pacientes (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). Uma prática odontológica que incorpora essas abordagens integradas e inovadoras está melhor posicionada para enfrentar os desafios das lesões endo-periodontais e proporcionar cuidados de alta qualidade aos pacientes. 

Implicações Clínicas 

A revisão da literatura sobre lesões endo-periodontais apresenta diversas implicações clínicas que podem influenciar significativamente a prática odontológica, melhorando a qualidade do atendimento e os resultados para os pacientes. 

Uma das principais implicações clínicas é a necessidade de um diagnóstico preciso e detalhado. A combinação de exames clínicos, radiografias e tomografias computadorizadas é essencial para diferenciar com precisão entre lesões endodônticas e periodontais (Andrade; Santos, 2019; Barbosa; Pereira, 2018; Silva; Costa, 2021). O diagnóstico correto permite a elaboração de um plano de tratamento adequado, minimizando a possibilidade de intervenções desnecessárias e melhorando o prognóstico. A incorporação de testes de vitalidade pulpar e sondagem periodontal na rotina clínica é crucial para uma avaliação completa da saúde pulpar e periodontal (Borges; Almeida; Souza, 2023). 

A prática clínica deve adotar uma abordagem integrada que combine tratamentos endodônticos e periodontais. A terapia endodôntica, focada na eliminação da infecção pulpar, deve ser complementada por tratamentos periodontais que controlam a inflamação e promovem a reparação dos tecidos de suporte (Ferreira; Silva, 2020; Oliveira; Lima, 2020). Esta abordagem integrada é fundamental para o sucesso do tratamento das lesões endo-periodontais, melhorando os desfechos clínicos e a saúde bucal dos pacientes. 

A utilização de biomateriais regenerativos, como membranas de colágeno e matrizes ósseas, representa uma inovação terapêutica com grande potencial para a prática clínica. Esses materiais podem promover a regeneração dos tecidos periodontais e endodônticos, facilitando a cicatrização e melhorando os resultados do tratamento (Silva; Costa, 2021; Gambin; Cecchin, 2019). A adoção dessas tecnologias na prática clínica pode proporcionar melhores resultados para os pacientes, especialmente em casos mais complexos. 

A colaboração interdisciplinar é uma prática que deve ser incentivada na odontologia. A integração entre periodontistas e endodontistas permite um manejo mais completo e eficaz das lesões endo-periodontais, resultando em diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes (Oliveira; Lima, 2020; Gomes; Souza, 2020). A prática clínica deve fomentar essa colaboração, promovendo reuniões de casos clínicos e co-tratamentos para otimizar os resultados. 

A avaliação da saúde sistêmica do paciente é uma implicação clínica crucial. Condições sistêmicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, podem influenciar significativamente o tratamento e o prognóstico das lesões endo-periodontais (Vieira; Lima, 2020). A prática odontológica deve incorporar a avaliação dessas condições ao planejar o tratamento, adaptando as intervenções conforme necessário para minimizar riscos e melhorar os resultados. 

A educação do paciente é essencial para o sucesso a longo prazo do tratamento das lesões endo-periodontais. Informar os pacientes sobre a importância da higiene oral adequada e do acompanhamento regular pode prevenir recidivas e melhorar a adesão ao tratamento (Ferreira; Silva, 2020; Rebello Santos, 2018). Programas de educação do paciente devem ser uma parte integrante da prática clínica, garantindo que os pacientes estejam bem informados e engajados em seu próprio cuidado. 

A adoção de novas tecnologias e abordagens terapêuticas emergentes é fundamental para a prática odontológica moderna. Tecnologias avançadas de imagem, como a tomografia computadorizada de feixe cônico, e técnicas de regeneração tecidual podem melhorar significativamente os diagnósticos e tratamentos (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). A prática clínica deve estar atualizada com essas inovações para oferecer o melhor cuidado possível aos pacientes. 

Para concluir, é fundamental que a prática odontológica incorpore diagnósticos precisos, tratamentos integrados e o uso de biomateriais regenerativos, além de promover uma colaboração interdisciplinar e considerar a saúde sistêmica dos pacientes. A educação contínua do paciente e a adoção de novas tecnologias são igualmente importantes para melhorar a saúde bucal a longo prazo. Ao implementar essas práticas, a odontologia pode enfrentar com eficácia os desafios das lesões endo-periodontais, proporcionando cuidados de alta qualidade e resultados clínicos superiores para os pacientes (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). 

Sugestões para Pesquisas Futuras 

A revisão da literatura sobre lesões endo-periodontais apresenta diversas implicações clínicas que podem influenciar significativamente a prática odontológica e melhorar a qualidade do atendimento aos pacientes. 

Uma das principais implicações é a necessidade de um diagnóstico preciso e detalhado. A combinação de exames clínicos, radiografias e tomografias computadorizadas é essencial para diferenciar com precisão entre lesões endodônticas e periodontais (Andrade; Santos, 2019; Barbosa; Pereira, 2018; Silva; Costa, 2021). Um diagnóstico correto permite a elaboração de um plano de tratamento adequado, minimizando a possibilidade de intervenções desnecessárias e melhorando o prognóstico. Incorporar testes de vitalidade pulpar e sondagem periodontal na rotina clínica é crucial para uma avaliação completa da saúde pulpar e periodontal (Borges; Almeida; Souza, 2023). 

A prática clínica deve adotar uma abordagem integrada que combine tratamentos endodônticos e periodontais. A terapia endodôntica, focada na eliminação da infecção pulpar, deve ser complementada por tratamentos periodontais que controlam a inflamação e promovem a reparação dos tecidos de suporte (Ferreira; Silva, 2020; Oliveira; Lima, 2020). Essa abordagem integrada é fundamental para o sucesso do tratamento das lesões endo-periodontais, melhorando os desfechos clínicos e a saúde bucal dos pacientes. 

A utilização de biomateriais regenerativos, como membranas de colágeno e matrizes ósseas, é uma inovação terapêutica promissora para a prática clínica. Esses materiais podem promover a regeneração dos tecidos periodontais e endodônticos, facilitando a cicatrização e melhorando os resultados do tratamento (Silva; Costa, 2021; Gambin; Cecchin, 2019). A adoção dessas tecnologias na prática clínica pode proporcionar melhores resultados, especialmente em casos mais complexos. 

A colaboração interdisciplinar é uma prática que deve ser incentivada na odontologia. A integração entre periodontistas e endodontistas permite um manejo mais completo e eficaz das lesões endo-periodontais, resultando em diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes (Oliveira; Lima, 2020; Gomes; Souza, 2020). A prática clínica deve fomentar essa colaboração, promovendo reuniões de casos clínicos e co-tratamentos para otimizar os resultados. 

A avaliação da saúde sistêmica do paciente é crucial. Condições como diabetes e doenças cardiovasculares podem influenciar significativamente o tratamento e o prognóstico das lesões endo-periodontais (Vieira; Lima, 2020). A prática odontológica deve incorporar a avaliação dessas condições ao planejar o tratamento, adaptando as intervenções conforme necessário para minimizar riscos e melhorar os resultados. 

A educação do paciente é essencial para o sucesso a longo prazo do tratamento das lesões endo-periodontais. Informar os pacientes sobre a importância da higiene oral adequada e do acompanhamento regular pode prevenir recidivas e melhorar a adesão ao tratamento (Ferreira; Silva, 2020; Rebello Santos, 2018). Programas de educação do paciente devem ser uma parte integrante da prática clínica, garantindo que os pacientes estejam bem informados e engajados em seu próprio cuidado. 

A adoção de novas tecnologias e abordagens terapêuticas emergentes é fundamental para a prática odontológica moderna. Tecnologias avançadas de imagem, como a tomografia computadorizada de feixe cônico, e técnicas de regeneração tecidual podem melhorar significativamente os diagnósticos e tratamentos (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). A prática clínica deve estar atualizada com essas inovações para oferecer o melhor cuidado possível aos pacientes. 

Sugestões para pesquisas futuras são fundamentais para continuar aprimorando o entendimento, diagnóstico e tratamento das lesões endo-periodontais. O desenvolvimento de protocolos diagnósticos avançados que integrem tecnologias emergentes, como inteligência artificial e análise de biomarcadores, pode melhorar a precisão e a rapidez do diagnóstico (Andrade; Santos, 2019; Barbosa; Pereira, 2018; Silva; Costa, 2021). A avaliação da eficácia dos biomateriais regenerativos a longo prazo e a investigação de diferentes tipos de biomateriais são necessárias para comparar os resultados clínicos das abordagens inovadoras com as tradicionais (Silva; Costa, 2021; Gambin; Cecchin, 2019). Estudos futuros também devem explorar o impacto das condições sistêmicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, na resposta ao tratamento, identificando estratégias para adaptar os protocolos terapêuticos de acordo com a saúde sistêmica do paciente (Vieira; Lima, 2020). 

Além disso, pesquisas sobre estratégias de prevenção e manutenção podem desenvolver programas de prevenção mais eficazes e investigar a eficácia de diferentes protocolos de manutenção a longo prazo (Ferreira; Silva, 2020; Rebello Santos, 2018). Estudos longitudinais e ensaios clínicos randomizados são essenciais para avaliar os desfechos a longo prazo das diferentes abordagens terapêuticas, fornecendo evidências mais robustas sobre a eficácia e a segurança dos tratamentos (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). A integração de tecnologias emergentes, como impressão 3D e nanotecnologia, também pode abrir novos caminhos para tratamentos mais eficazes e menos invasivos (Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023). 

Para finalizar, as implicações clínicas das estratégias e abordagens discutidas na revisão da literatura sobre lesões endo-periodontais são vastas e impactantes. A prática odontológica deve incorporar diagnósticos precisos, tratamentos integrados, uso de biomateriais regenerativos, colaboração interdisciplinar e consideração da saúde sistêmica dos pacientes para otimizar os resultados. Além disso, a educação contínua dos pacientes e a adoção de novas tecnologias são fundamentais para melhorar a saúde bucal a longo prazo. Sugestões para pesquisas futuras destacam a importância de continuar explorando e desenvolvendo novas estratégias e tecnologias para o diagnóstico e tratamento das lesões endo-periodontais, aprimorando as práticas clínicas e proporcionando melhores resultados para os pacientes (Andrade; Santos, 2019; Silva; Costa, 2021; Procópio, 2014; Universidade Federal de Minas Gerais, 2023; Recima21, 2020). 

AGRADECIMENTOS 

Gostaria de expressar minha sincera gratidão a todos que contribuíram para a realização deste trabalho. Agradeço especialmente às minhas orientadoras e docentes: Amanda Fonteneles (Enfermeira e Docente) Millena Gomes (Cirurgiã Dentista, Pós-Graduada em Endodontia, Orientadora e Docente) por sua orientação, suporte e dedicação. Seus ensinamentos e conselhos foram de grande valor e fundamentais para a execução e conclusão deste estudo. Além disso, agradeço à UNIBRAS Gama – DF pela infraestrutura e apoio acadêmico essenciais para a condução desta pesquisa. Também sou grata aos colegas e colaboradores, cujos insights e discussões enriqueceram a pesquisa e me encorajou a explorar novas ideias. Por fim, expresso minha gratidão a minha família e amigos pelo apoio contínuo e compreensão durante todo o processo de desenvolvimento deste trabalho. Este projeto é um reflexo do esforço coletivo e do comprometimento de todos os envolvidos, e sou profundamente grata por todas as contribuições recebidas. 

REFERÊNCIAS 

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1Acadêmica de Odontologia da UNIBRAS Gama – DF e-mail: laylalarissa24@gmail.com
2Enfermeira e Docente da UNIBRAS – Gama DF. E-mail: amanda.fonteneles@braseducacional.com.br
3Cirurgiã Dentista, Pós-Graduada em Endodontia, Orientadora e Docente da UNIBRAS- Gama DF. E-mail: millena.gomes@braseducacional.com.br