REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202411280842
Aristides Alves Dos Santos; Darlla Vitoria Pacheco Vieira; Valeria Rodrigues Vasconcelos; Ana Maria de Araújo Dias; Conceição Ceanny Formiga Sinval Cavalcante.
RESUMO: Trabalhadores expostos a ambientes ocupacionais inadequados estão sujeitos a desenvolver doenças como lesões por esforços repetitivos, doenças respiratórias e dermatoses. A enfermagem tem um papel central na identificação precoce, tratamento e prevenção dessas doenças, além de promover a saúde ocupacional. O objetivo da pesquisa foi identificar como ocorre a assistência de enfermagem nas doenças relacionadas ao ambiente de trabalho, por meio de uma revisão de literatura científica nas bases de dados Scielo, Google Scholar e no Manual do Ministério Público. Foram utilizados artigos publicados entre 2019 e 2024, com os descritores: doenças ocupacionais, saúde no trabalho, intervenções de enfermagem,. Após análise dos dados revelou que a assistência de enfermagem é essencial na prevenção e tratamento das doenças ocupacionais, contribuindo para a redução dos índices de afastamento laboral. Conclui-se que o enfermeiro desempenha um papel fundamental na promoção da saúde no ambiente de trabalho, sendo peça-chave na implementação de estratégias preventivas e educativas que visam minimizar os riscos ocupacionais e promover um ambiente mais seguro. A atuação proativa da enfermagem não só reduz a prevalência de doenças ocupacionais, mas também melhora a qualidade de vida dos trabalhadores e potencializa a eficiência organizacional ao diminuir a necessidade de afastamentos, reforçando a importância de políticas voltadas à saúde do trabalhador.
Palavras-chave: Doenças ocupacionais; Saúde no trabalho; intervenções de enfermagem.
ABSTRACT: Workers exposed to inadequate occupational environments are subject to developing diseases such as repetitive strain injuries, respiratory diseases, and dermatoses. Nursing plays a central role in the early identification, treatment, and prevention of these diseases, in addition to promoting occupational health. The objective of the research was to identify how nursing care occurs in diseases related to the work environment, through a review of scientific literature in the Scielo, Google Scholar, and the Public Prosecutor’s Manual databases. Articles published between 2019 and 2024 were used, with the descriptors: occupational diseases, occupational health, nursing interventions, nurse and worker health, and occupational risk assessment. After analyzing the data, it was revealed that nursing care is essential in the prevention and treatment of occupational diseases, contributing to the reduction of work absence rates. It is concluded that nurses play a fundamental role in promoting health in the workplace, being a key player in the implementation of preventive and educational strategies that aim to minimize occupational risks and promote a safer environment. Proactive nursing work not only reduces the prevalence of occupational diseases, but also improves workers’ quality of life and enhances organizational efficiency by reducing the need for absences, reinforcing the importance of policies aimed at worker health.
Keywords: Occupational diseases; Occupational health; nursing interventions; Nurse and occupational health; Occupational Risk Assessment.
1 INTRODUÇÃO
O avanço contínuo do sistema produtivo, marcado pelo processo de industrialização e a implementação de linhas de produção, tem desencadeado um aumento significativo nas incidências de doenças ocupacionais. Nesse contexto, a preocupação com a saúde e bem-estar dos trabalhadores se tornou uma prioridade indispensável. Como resultado, a medicina do trabalho emergiu como uma resposta crucial para mitigar os efeitos negativos do adoecimento laboral. A compreensão dos impactos abrangentes causados pelo afastamento por doença ocupacional transcende o âmbito individual, afetando tanto a economia quanto a previdência social, além de repercutir diretamente na vida dos próprios trabalhadores (SAMPAIO, 2022).
De acordo com Silva et al. (2022), existem diversos elementos que podem estar associados à frequência de acidentes ocupacionais, envolvendo fatores preditivos como a demanda por execução rápida das tarefas cotidianas, fadiga física e mental, ausência ou uso inadequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), bem como a inexperiência profissional.
Junior (2019) demonstra que a pressão constante para que os trabalhadores atinjam metas cada vez mais difíceis tem se tornado uma característica predominante no ambiente competitivo atual. Esse cenário leva à ampliação das jornadas de trabalho, muitas vezes invadindo o tempo de descanso dos indivíduos, com o objetivo de atender às demandas organizacionais. Quando os objetivos não são alcançados, novas formas de cobrança são aplicadas, muitas vezes sem fornecer os recursos adequados para apoiar o trabalhador. Esse contexto contribui para o estresse ocupacional e, combinado com os riscos ambientais e ocupacionais, intensifica o desgaste físico e mental dos trabalhadores, resultando em uma diminuição geral da capacidade de trabalho
De acordo com Silva (2022), a ocorrência de acidentes de trabalho está frequentemente ligada a fatores como a pressão por maior rapidez nas tarefas diárias, o cansaço físico e mental, a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e a experiência profissional limitada. O enfermeiro, em particular, desempenha um papel crucial como comunicador e gestor, promovendo a prevenção de acidentes e contribuindo para o bem-estar no ambiente de trabalho. Se esses profissionais enfrentarem problemas de saúde ocupacionais, como doenças osteomusculares, estresse ou condições respiratórias, poderão precisar se afastar de suas funções. Portanto, é essencial que estejam bem informados sobre as legislações vigentes, para que possam lutar por melhores condições de trabalho e desempenhar plenamente seus papéis tanto como profissionais quanto cidadãos.
Segundo Souza (2019), a exposição dos colaboradores a um ambiente de trabalho insalubre aumenta significativamente o risco de desenvolvimento de doenças ocupacionais em comparação com ambientes que são devidamente controlados e monitorados. Para lidar com essa situação, é essencial implementar medidas de controle adequadas no ambiente laboral, visando reduzir a dispersão de agentes físicos, químicos e biológicos. Essas medidas são fundamentais para melhorar as condições de trabalho e proteger a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Conforme destacado por Pereira (2019) Dentre os diferentes tipos de riscos ocupacionais frequentemente identificados, os aspectos psicossociais emergiram como uma preocupação significativa. As consequências para a saúde associadas a esses riscos incluem uma série de sintomas, como dores, fadiga mental, estresse, distúrbios do sono, problemas cardiovasculares e processos infecciosos. Esses problemas são frequentemente atribuídos ao contexto de profissões estressantes, onde os indivíduos enfrentam desafios como insatisfação profissional e falta de reconhecimento financeiro. Tais fatores podem comprometer a qualidade de vida e dificultar a prática de autocuidado pelos trabalhadores.
De acordo com as diretrizes estabelecidas pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), é incumbência das empresas, na qualidade de empregadores, oferecer instrução aos trabalhadores e implementar medidas preventivas para evitar a ocorrência de doenças ocupacionais. Nesse contexto, a enfermagem do trabalho assume um papel central, voltado primordialmente para o cuidado da saúde dos colaboradores (BRASIL, 2021).
De acordo com Gonçalves (2019), o enfermeiro desempenha um papel essencial no ambiente ocupacional, atuando em diversas frentes para promover a saúde dos trabalhadores. Além de prestar assistência direta, ele também realiza atividades educativas em saúde, fornecendo orientações importantes. Sua inclusão na equipe traz benefícios significativos, pois sua expertise técnica e técnico-científica é positiva para a valorização do trabalhador e para a promoção de ambientes laborais mais seguros e saudáveis.
Sousa (2021) diz que a enfermagem do trabalho tem como um de seus principais objetivos a busca contínua pelo bem-estar dos trabalhadores, visando atender às suas necessidades e minimizar os danos decorrentes do trabalho. Para isso, atuam na promoção, prevenção e recuperação da saúde. Ao focar na saúde do trabalhador, o profissional de enfermagem possibilita a prevenção de riscos ergonômicos e outros problemas de saúde, por meio de ações tanto individuais quanto coletivas, garantindo uma abordagem proativa e abrangente na gestão da saúde ocupacional. O objetivo do trabalho é identificar como se da à assistência de enfermagem nas doenças relacionadas ao ambiente de trabalho. Este tema se revela de primordial importância, uma vez que demanda uma análise aprofundada sobre as estratégias de controle aplicadas a essas enfermidades, as quais são responsáveis pela esmagadora maioria dos casos de afastamento laboral.
2 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo integrativo da literatura do tipo descritivo de caráter exploratório. Para a seleção do conteúdo foram utilizadas as seguintes bases de dados manuais do ministério da saúde, Google acadêmico, Scielo e Pubmed, utilizando os descritores: Doenças ocupacionais; Saúde no trabalho; intervenções de enfermagem.
2.1 Critérios de inclusão e exclusão
Foram utilizados artigos publicados no período de 2019 a 2024, no idioma português, e que e que explorassem sobre o problema alvo. Materiais que fugiram da problemática foram excluídos. Depois de selecionado o material dentro dos critérios de inclusão foi realizado uma análise e inserção do conteúdo que explora sobre como o papel do enfermeiro são importantes para a detecção e tratamento da doença ocupacional.
2.2 Seleção do estudo
Após análise, foram selecionados 20 artigos de relevância para o trabalho. Considerando os critérios propostos de inclusão e exclusão, as obras, selecionadas foram revisadas criteriosamente. Os mesmos foram agrupados em categorias e analisados conforme literatura pertinente ao tema.
3 RESULTADOS
Com base na revisão de literatura feita nas bases de dados citadas, foram identificados 39 artigos científicos, onde 4 artigos foram excluídos por serem duplicados, 15 artigos excluídos após a leitura do resumo e não se adequarem ao tema ou não estavam no espaço temporal de 2019 a 2024, sendo 20 artigos que se adequaram as analises e utilizados para formação da pesquisa. O fluxograma na figura 1 detalha toda a etapa de seleção.
Figura 1– Fluxograma de identificação e seleção dos estudos
Fonte: Autores 2024.
4 DISCUSSÃO
A assistência de enfermagem em situações de doenças relacionadas ao ambiente de trabalho é fundamental, pois os enfermeiros desempenham um papel importante na identificação precoce de condições que podem afetar a saúde dos trabalhadores, atuando também na educação dos trabalhadores sobre as práticas seguras e medidas preventivas contra as doenças relacionadas ao trabalho, e por fim atuando no tratamento e recuperação caso essas doenças venham a aparecer nos trabalhadores.
Para Carvalho (2020), O ambiente de trabalho pode acabar pesando bastante quando ele impõe exigências que afetam diretamente a saúde física e mental dos trabalhadores. Isso acaba gerando uma série de reações em níveis biológico, psicológico e social, que podem levar ao esgotamento ou até à exaustão completa.
Brito (2021), demonstra que os riscos ambientais incluem agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos locais de trabalho, que podem impactar a saúde dos trabalhadores, de acordo com a natureza, intensidade ou tempo de exposição a esses fatores. Além disso, os riscos ocupacionais englobam todas as condições que podem comprometer o equilíbrio físico, mental e social dos indivíduos, além da simples ocorrência de acidentes ou doenças relacionadas.
Carvalho (2020), completa dizendo que Quando o ambiente de trabalho começa a ameaçar a realização pessoal e profissional, ou a saúde do colaborador, a produtividade e a integração com o local são prejudicadas. É aí que entra a importância de ter um ambiente de trabalho seguro e saudável, com políticas de prevenção, fiscalização adequada e uso correto dos equipamentos de proteção. A falta de tudo isso só agrava o cenário de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, afetando não só o trabalhador, mas também o empregador e a sociedade.
O ambiente laboral pode exercer uma pressão significativa sobre os trabalhadores, especialmente quando as demandas impostas afetam tanto o bem-estar físico quanto o psicológico. Esse cenário tem o potencial de desencadear uma série de respostas em diferentes dimensões, resultando em fadiga ou até mesmo em exaustão completa. Além disso, quando o local de trabalho começa a comprometer a realização pessoal e profissional, a produtividade e a integração dos colaboradores são visivelmente prejudicadas. Nesse contexto, a promoção de um ambiente seguro, que inclua medidas preventivas e a aplicação correta de dispositivos de proteção, surge como um fator essencial. A ausência dessas práticas não só eleva o risco de acidentes e doenças ocupacionais, mas também impacta negativamente o empregador e a sociedade como um todo.
A enfermagem do trabalho é uma especialidade focada na promoção de um ambiente laboral saudável e na prevenção de doenças ocupacionais, dedicando-se ao cuidado integral da saúde dos trabalhadores. Ao longo do tempo, diversos estudos têm evidenciado a importância dessa prática na preservação da saúde ocupacional e no aprimoramento das condições de trabalho. A atuação da equipe de enfermagem é essencial para assegurar a segurança e o bem-estar dos trabalhadores, desempenhando um papel crucial na identificação de riscos ocupacionais, na realização de exames periódicos e na educação sobre medidas preventivas (BRAGA, 2024).
A especialidade da enfermagem do trabalho se destaca pela sua contribuição para a criação de ambientes laborais saudáveis e pela prevenção de doenças ocupacionais, através do cuidado integral da saúde dos trabalhadores.
Junior (2020), diz que embora o trabalho possa ser uma fonte de saúde, bem-estar e integração social, ele frequentemente representa um risco significativo, podendo levar ao adoecimento e até à morte prematura dos trabalhadores. As doenças e problemas de saúde associados ao ambiente laboral, conhecidos como Dart, comprometem a integridade física e mental dos indivíduos, resultantes das condições em que as atividades profissionais são desempenhadas. Essas situações geram custos sociais elevados, refletidos no sofrimento pessoal, na redução da produtividade e no aumento da demanda por serviços de saúde e previdência social.
Em consonância com a importância da ergonomia adequada no ambiente de trabalho, é relevante destacar uma patologia frequentemente resultante de práticas ergonômicas inadequadas: os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), também conhecidos como Lesões por Esforços Repetitivos (LER). Entre os profissionais de saúde, essas condições são bastante comuns e incluem patologias como síndrome do túnel do carpo, síndrome do túnel ulnar, epicondilite lateral e medial, bursite, tendinite e tenossinovite. Essas lesões podem ser causadas por uma série de fatores, como movimentos repetitivos, inadequação dos recursos tecnológicos, falta de equipamentos específicos para movimentar pacientes, escassez de recursos humanos, ausência de treinamento adequado, sobrecarga de trabalho e a necessidade de manutenção de múltiplos vínculos empregatícios (SILVA, 2022).
Conhecidos anteriormente como Lesões por Esforços Repetitivos (LER), os DORTs incluem uma variedade de problemas que afetam músculos, tendões, ligamentos e articulações. Esses distúrbios são comuns em profissões que envolvem movimentos repetitivos, posturas inadequadas ou carregamento de peso, como trabalhadores de linha de produção, digitadores e operadores de caixa.
Ferreira e Galdino (2020) enfatizam a relevância da enfermagem do trabalho, salientando a função do enfermeiro especializado na análise e controle dos riscos ambientais, na promoção de iniciativas de saúde ocupacional e no acompanhamento de enfermidades relacionadas às atividades laborais.
Segundo Matos (2020), a enfermagem do trabalho possui uma função essencial na identificação de situações de risco, na capacitação dos trabalhadores e na aplicação de medidas de segurança no ambiente laboral. Essas ações são cruciais para garantir a proteção da saúde e segurança dos trabalhadores, destacando ainda mais a importância fundamental da enfermagem do trabalho nesse contexto.
A atuação de profissionais especializados no ambiente de trabalho, especialmente na área da enfermagem, é destacada como um fator chave na identificação e controle de riscos associados ao local. Esses profissionais desempenham um papel central na promoção de ações voltadas à saúde ocupacional e no acompanhamento de doenças relacionadas às atividades laborais. Além disso, sua função abrange a capacitação dos trabalhadores e a implementação de medidas de segurança, fundamentais para garantir um ambiente laboral mais seguro e saudável. Esse conjunto de ações ressalta a importância crucial da enfermagem do trabalho no contexto da proteção à saúde dos trabalhadores.
De acordo com Cavalcante (2021), a enfermagem desempenha um papel crucial na identificação e no controle de riscos ocupacionais, focando na preservação da saúde dos trabalhadores. Por meio de uma abordagem holística e da aplicação de protocolos e diretrizes, o enfermeiro do trabalho é capaz de prevenir doenças, promover a saúde e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos profissionais.
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) representa um avanço significativo para a profissão de enfermagem, proporcionando ao enfermeiro maior autonomia e permitindo uma relação mais próxima com os pacientes, além de sistematizar os cuidados necessários. Esta prática é vista como fundamental para a conquista da autonomia profissional do enfermeiro, constituindo a essência de sua prática cotidiana. A SAE tem sido implementada, de forma parcial ou total, por enfermeiros do trabalho, o que fortalece tanto a assistência sistemática quanto a autonomia do profissional dentro das instituições (LINCH, 2019).
Conforme Santos (2020) um aspecto fundamental da enfermagem do trabalho é o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). é essencial que a enfermagem do trabalho assegure que os trabalhadores recebam treinamento adequado sobre a utilização correta dos EPIs e que esses equipamentos estejam disponíveis e em bom estado de conservação. Além disso, a educação em saúde é uma área importante de atuação para a enfermagem do trabalho.
Um elemento central na área da enfermagem do trabalho é o uso apropriado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). É fundamental que os profissionais dessa área garantam que os trabalhadores sejam devidamente treinados no uso correto desses equipamentos, além de assegurar que os EPIs estejam sempre acessíveis e em boas condições. Além disso, destaca-se o papel da educação em saúde, que é uma importante função desempenhada pela enfermagem do trabalho, contribuindo para a proteção e o bem-estar dos colaboradores.
Garantir um ambiente de trabalho adequado envolve não apenas a preservação de condições físicas seguras e higiênicas, mas também a promoção de um clima psicológico e social favorável. A manutenção da saúde e da segurança dos colaboradores é essencial para que eles possam desempenhar suas funções de forma eficiente e contínua, contribuindo para a permanência de uma força de trabalho robusta. Para isso, é fundamental que as empresas ofereçam condições que favoreçam o bem-estar físico e mental de seus empregados, permitindo que realizem suas atividades plenamente (SANTIAGO, 2020).
A criação de um ambiente de trabalho ideal vai além de assegurar condições físicas seguras e higiênicas, abrangendo também a promoção de um clima psicológico e social positivo. Preservar a saúde e a segurança dos colaboradores é crucial para que eles possam exercer suas funções de maneira eficiente e sustentável, contribuindo para a manutenção de uma força de trabalho sólida. Para isso, é imprescindível que as organizações ofereçam condições que promovam tanto o bem-estar físico quanto o mental de seus funcionários, permitindo que desempenhem suas atividades de forma plena e satisfatória.
Os enfermeiros do trabalho desempenham um papel fundamental na educação e no treinamento dos trabalhadores em relação às medidas de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Eles são responsáveis por orientar sobre o uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a importância da ergonomia e as melhores práticas de saúde no ambiente de trabalho, contribuindo significativamente para a segurança e o bem-estar dos funcionários (Adams, 2019).
Os profissionais de enfermagem no ambiente de trabalho têm um papel essencial na capacitação dos colaboradores quanto à prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Sua atuação inclui a orientação sobre o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além de promover a conscientização sobre a importância da ergonomia e as práticas de saúde no local de trabalho. Dessa forma, eles contribuem de maneira significativa para a segurança e o bem-estar dos funcionários, ajudando a criar um ambiente laboral mais protegido e saudável.
Assim demonstrado por Saveca (2020), um ambiente de trabalho saudável é caracterizado pela colaboração entre trabalhadores e gestores no processo contínuo de melhoria que visa promover a segurança, a saúde e o bem-estar de todos. Isso inclui tanto a sustentabilidade do ambiente físico quanto a consideração de questões psicossociais e organizacionais, como a cultura da empresa e a forma como o trabalho é organizado. Além disso, envolve oferecer recursos para a saúde pessoal e incentivar a instituição a participar de ações comunitárias que melhorem a saúde dos trabalhadores, de suas famílias e da comunidade em geral.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo da pesquisa, foi possível perceber que a assistência de enfermagem não se limita à realização de procedimentos técnicos, mas envolve uma abordagem holística, onde a saúde física, mental e social dos colaboradores é considerada de maneira integrada.
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) desponta como uma ferramenta essencial para garantir um cuidado estruturado e individualizado, permitindo ao enfermeiro do trabalho exercer sua autonomia e contribuir de forma significativa para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores. A implementação adequada de políticas de prevenção, educação em saúde e uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são elementos fundamentais para reduzir a incidência de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho.
Em conclusão, a enfermagem do trabalho tem um papel indispensável na construção de ambientes laborais mais seguros e saudáveis, sendo uma área de atuação que requer investimento em capacitação e apoio institucional para que suas práticas sejam eficazes.
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