EFFECTIVENESS OF THE SCHROTH METHOD IN THE CONSERVATIVE TREATMENT OF IDIOPATHIC SCOLIOSIS
EFICACIA DEL MÉTODO SCHROTH EN EL TRATAMIENTO CONSERVADOR DE LA ESCOLIOSIS IDIOPÁTICA
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202411271002
Tayná da Vitoria Lordello1
Laura Lucas e Sousa2
Pamela da Silva Rosa3
Ilvo Carlos Casagrande4
Simone Alves de Almeida Simões5
Anderson Sant’ Ana6
Matheus Icaro Vaz7
Gecivaldo Carvalho Bandeira8
Crisciane Alves de Almeida Campos9
Gianna Emily Otocan Pagani10
RESUMO
Este trabalho estuda a eficácia do método Schroth no tratamento conservador da escoliose idiopática, ressaltando sua importância na correção de deformidades estruturais e no aumento da qualidade de vida dos seus portadores. O objetivo principal é avaliar uma intervenção fisioterapêutica específica, analisando como a adoção dessa estratégia pode beneficiar o tratamento conservador e promover resultados positivos na saúde dos indivíduos afetados. A metodologia utilizada consiste em uma revisão narrativa da literatura, na qual foram selecionados estudos que discutem a aplicação do método Schroth e suas implicações na prática clínica. Os resultados mostram que a implementação do método Schroth não apenas contribui para a correção das curvaturas vertebrais, mas também melhora a adesão dos pacientes ao tratamento, refletindo em maior bem-estar e qualidade de vida. Conclui-se que esse método é uma abordagem valiosa no manejo da escoliose idiopática, devendo ser integrado às práticas fisioterapêuticas convencionais para maximizar os benefícios aos pacientes.
Palavras-chave: método Schroth, escoliose idiopática, tratamento conservador, fisioterapia.
ABSTRACT
This study examines the effectiveness of the Schroth method in the conservative treatment of idiopathic scoliosis, highlighting its importance in correcting structural deformities and improving the quality of life of affected individuals. The main objective is to evaluate a specific physiotherapeutic intervention, analyzing how the adoption of this approach can benefit conservative treatment and promote positive health outcomes. The methodology used is a narrative literature review, selecting studies that discuss the application of the Schroth method and its implications in clinical practice. The results show that implementing the Schroth method not only aids in correcting spinal curvatures but also improves patient adherence to treatment, leading to greater well-being and quality of life. In conclusion, this method is a valuable approach to managing idiopathic scoliosis and should be integrated into conventional physiotherapy practices to maximize patient benefits.
Keywords: Schroth method, idiopathic scoliosis, conservative treatment, physiotherapy.
RESUMEN
Este estudio examina la eficacia del método Schroth en el tratamiento conservador de la escoliosis idiopática, destacando su importancia en la corrección de deformidades estructurales y en la mejora de la calidad de vida de las personas afectadas. El objetivo principal es evaluar una intervención fisioterapéutica específica, analizando cómo la adopción de esta estrategia puede beneficiar el tratamiento conservador y promover resultados positivos en la salud. La metodología utilizada consiste en una revisión narrativa de la literatura, seleccionando estudios que discuten la aplicación del método Schroth y sus implicaciones en la práctica clínica. Los resultados muestran que la implementación del método Schroth no solo contribuye a la corrección de las curvaturas vertebrales, sino que también mejora la adherencia de los pacientes al tratamiento, reflejándose en un mayor bienestar y calidad de vida. Se concluye que este método es un enfoque valioso en el manejo de la escoliosis idiopática y debería integrarse en las prácticas fisioterapéuticas convencionales para maximizar los beneficios para los pacientes.
Palabras clave: método Schroth, escoliosis Idiopática, tratamiento conservador, fisioterapia.
1 INTRODUÇÃO
A coluna vertebral desempenha um papel crucial, sendo responsável por sustentar o corpo humano e fundamental para a qualidade de vida. Dessa forma, qualquer desalinhamento da coluna pode gerar diversos problemas em qualquer indivíduo. Conforme Natour et al. (2004), a coluna vertebral em adultos é composta por quatro curvaturas: cervical, torácica, lombar e sacrococcígea. As curvaturas torácica e sacral são descritas como convexas, enquanto as regiões cervical e lombar são consideradas côncavas. Nesse contexto, pesquisas que abordam a eficácia de métodos para tratar condições estruturais da coluna vertebral são de extrema importância para a saúde geral das pessoas.
Quando a coluna apresenta deformidades nas regiões cervical, torácica ou lombar, formando uma curvatura em “C” ou “S”, ocorre a condição conhecida como escoliose. Segundo Defino, Pudles e Rocha (2020), a escoliose afeta negativamente tanto a qualidade de vida quanto a percepção da própria imagem.
Negrini et al. (2018) afirmam que o tratamento conservador tem como objetivo prevenir a progressão da curvatura escoliótica, evitar disfunções respiratórias, aliviar dores na coluna e melhorar a postura, impactando positivamente a estética do paciente. Já Romano et al. (2012) destacam que, em casos de curvaturas leves a moderadas, os exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose são uma das principais abordagens terapêuticas. Esses exercícios visam atuar sobre a musculatura e outros tecidos moles da coluna, através de movimentos específicos, diminuindo assim a necessidade de intervenções cirúrgicas.
Uma revisão detalhada feita por Park et al. (2018), que analisou 15 estudos sobre os efeitos dos exercícios Schroth em pacientes com escoliose, concluiu que houve melhoras significativas na curvatura escoliótica, na qualidade de vida e no fortalecimento do core.
Embora existam várias abordagens de tratamento para a escoliose idiopática, como fisioterapia, RPG, yoga, pilates, uso de coletes e cirurgia, muitos pacientes ainda enfrentam dificuldades ao escolher o método mais eficaz. A justificativa deste estudo reside no desempenho do tratamento conservador da escoliose, apresentando uma alternativa menos invasiva e mais acessível. O método Schroth surge, portanto, como uma possível abordagem terapêutica, influenciando positivamente a vida de pacientes com escoliose idiopática.
Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar uma intervenção fisioterapêutica específica para tratar a escoliose idiopática, analisando como a adoção dessa estratégia pode beneficiar o tratamento conservador e demonstrar seu potencial em corrigir deformidades estruturais no corpo humano, promovendo a qualidade de vida dos pacientes através da adesão ao método Schroth.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A ESCOLIOSE
Antes de conceituar a escoliose é preciso discutir um pouco sobre a biomecânica da coluna vertebral, suas funções e composição. De acordo com Tebet (2014) a coluna vertebral tem três funções básicas, a saber: absorção de cargas, proteção da medula espinhal e permitir movimento. Concordando com a opinião de Tebet (2014), o autor Hall (2022) acrescenta que essa estrutura tanto é bastante complexa, quanto muito significativa do corpo humano, isso porque ela liga mecanicamente todos os membros do corpo humano.
A estrutura da coluna vertebral é cuidadosamente ajustada para desempenhar suas funções essenciais. Ela é composta por sete vértebras cervicais, doze vértebras torácicas, cinco vértebras lombares, cinco vértebras sacrais fusionadas e três a quatro segmentos coccígeos. Quando observada de frente, no plano frontal, a coluna é geralmente reta e simétrica. No plano sagital, no entanto, são visíveis quatro curvas naturais. As regiões cervical e lombar apresentam curvas voltadas para frente (lordose), enquanto as regiões torácica e sacrococcígea têm curvas voltadas para trás (cifose). A justificativa mecânica para essas curvaturas naturais é que elas proporcionam maior flexibilidade e aumentam a capacidade de absorver cargas, ao mesmo tempo em que as articulações intervertebrais garantem resistência e estabilidade adequadas (Tebet, 2014).
De acordo com Hall (2022), as articulações entre os corpos vertebrais próximos são do tipo sínfise, com discos fibrocartilaginosos entre eles que funcionam como amortecedores. Em adultos, discos intervertebrais saudáveis correspondem a cerca de um quarto da altura total da coluna vertebral. Quando o tronco está na posição ereta, as variações na espessura dos discos, tanto na parte anterior quanto posterior, são responsáveis pelas curvaturas lombar, torácica e cervical da coluna.
Como essa deformidade geralmente afeta a região toracolombar da coluna — embora possa surgir em qualquer outra área vertebral —, é essencial entender a biomecânica das colunas torácica e lombar (Garcia et al., 2021). A coluna torácica, juntamente com as costelas, atua como uma área de transição entre a coluna cervical e a lombar, que são as regiões da coluna vertebral com maior capacidade de movimento. A rigidez da coluna torácica é fundamental para manter a postura ereta, proteger a medula espinhal e os órgãos na cavidade torácica, além de auxiliar a mecânica respiratória (Tebet, 2014).
Em relação à coluna lombar, sua principal função é suportar grandes cargas, já que interage com o peso corporal e forças adicionais geradas pela postura ereta e outras atividades intensas. Essa região, juntamente com os quadris, garante a mobilidade do tronco, o que resulta em grande exigência mecânica. Cinematicamente, há uma rotação axial limitada na coluna lombar devido à orientação sagital das facetas articulares (Bilial, 2021).
Dessa forma, esses dois segmentos da coluna vertebral são essenciais para a manutenção de uma vida normal e de qualidade. No entanto, muitos indivíduos nascem com escoliose, que, segundo Sadowsky et al. (2020), é uma condição desafiadora para cirurgiões especializados em coluna. Compreender a história clínica, as técnicas radiográficas e as abordagens cirúrgicas adequadas é crucial para o manejo de casos de escoliose.
Nesse sentido, também afirmam Cristante et al. (2021) que a escoliose adulta é caracterizada por uma curvatura anormal da coluna vertebral com ângulo de Cobb superior a 10° no plano coronal, identificada em indivíduos com maturidade esquelética. Essa condição pode surgir devido ao desgaste natural da coluna (conhecida como escoliose de novo), pela progressão de uma escoliose já presente na infância ou adolescência (escoliose idiopática do adulto [EIA]) ou ainda como consequência de doenças sistêmicas ou cirurgias prévias na coluna.
O impacto negativo da EA na saúde global dos pacientes é significativo. Santos et al. (2021) constataram que pessoas com essa deformidade apresentam maior prevalência de transtornos psiquiátricos e uma qualidade de vida inferior quando comparadas a indivíduos da mesma faixa etária ou com condições crônicas comuns, como hipertensão e diabetes. Em casos severos de desequilíbrio nos planos coronal e sagital, as limitações funcionais podem ser comparáveis às de pacientes com câncer, deficiências visuais ou restrições nos membros superiores e inferiores.
O número de procedimentos cirúrgicos para EA tem crescido anualmente, tornando essa condição uma das que mais aumentam em termos de intervenções na área de cirurgia de coluna. Entretanto, seu manejo envolve desafios significativos, incluindo a alta complexidade das cirurgias, o estado clínico frequentemente delicado dos pacientes e os elevados custos associados ao tratamento. Nesse contexto, a fisioterapia proporciona benefícios significativos no tratamento da escoliose, particularmente através das abordagens da Reeducação Postural Global (RPG) e da técnica de Schroth, que demonstraram eficiência na redução do ângulo de Cobb (Faria et al., 2021).
2.2 ÂNGULO DE COBB
Viu-se que a escoliose pode se demonstrar desde a infância, de sorte que sua detecção costuma acontecer na fase da adolescência, com manifestação a partir dos 10 anos de idade até a fase de maturidade esquelética. Estimativas indicam que aproximadamente 2 a 2,5% dos adolescentes apresentam curvaturas na coluna acima dos padrões normais, geralmente acompanhadas por rotação vertebral no plano axial e alterações na curvatura sagital fisiológica. Assim, o diagnóstico de escoliose em jovens é comum, com a principal variação sendo o grau de angulação do ângulo de Cobb (Alves et al, 2024).
O Ângulo de Cobb é uma medida amplamente utilizada em radiografias para avaliar a deformidade da coluna no plano frontal, permitindo uma compreensão detalhada da gravidade e classificação do grau de escoliose. Ele é calculado pela interseção de uma linha traçada paralelamente à superfície superior da vértebra mais alta da curva e outra linha paralela à superfície inferior da vértebra mais baixa (Schreiber et al., 2015). Segundo Alrehily et al. (2019), a radiografia anteroposterior da coluna vertebral é o exame de imagem empregado para calcular o Ângulo de Cobb, possibilitando a análise da gravidade das curvas escolióticas ao medir a angulação das vértebras mais inclinadas na parte superior e inferior da curvatura. Este método é amplamente aceito como o mais confiável na classificação e acompanhamento da evolução da escoliose, e foi elaborado por John R. Cobb em 1948 (Negrini et al., 2018).
Para medir o Ângulo de Cobb, traçam-se linhas perpendiculares a partir das bordas superior e inferior das vértebras que delimitam a curva, determinando o ponto de intersecção dessas linhas. Esse procedimento avalia a magnitude e a progressão da curvatura e é frequentemente usado para decidir a necessidade de intervenção cirúrgica, especialmente em casos como a escoliose idiopática do adolescente (Cunha; Rocha; Cunha, 2009). Conforme descrito por Romano et al. (2012), curvaturas com um Ângulo de Cobb de até 25° são consideradas leves; entre 25° e 45°, moderadas; e acima de 45°, severas.
Estudos recentes mostram que o método Schroth tem sido eficaz na redução do Ângulo de Cobb, que é um parâmetro fundamental para medir a gravidade da escoliose. A intervenção com exercícios Schroth 3D resultou em uma diminuição significativa do Ângulo de Cobb após três meses de tratamento (Weiss et al., 2022). Além disso, foi observado que os exercícios produzem um impacto maior após seis meses de prática, com os melhores resultados atingidos após mais de um ano de continuidade (Park; Jeon; Park, 2018).
Conforme Cordeiro (2020), os exercícios do método Schroth não apenas retardam o avanço da curvatura escoliótica, mas também reduzem o Ângulo de Cobb, aliviam a dor, corrigem a postura, melhoram a estética corporal, aumentam a capacidade pulmonar e diminuem o risco de necessidade de intervenção cirúrgica.
Pesquisas adicionais indicam que o método Schroth pode aumentar a flexibilidade articular e fortalecer a musculatura, aspectos fundamentais para a sustentação da coluna vertebral (Costa; Silva, 2019). A diminuição do ângulo de Cobb é um sinal claro da eficiência do tratamento, e manter essa redução a longo prazo é essencial para impedir a progressão da escoliose. A prática contínua dos exercícios do método Schroth tem se revelado crucial para preservar os ganhos obtidos e evitar o retorno da curvatura escoliótica (Boubekeur; Amaral, 2021).
Além disso, o método Schroth oferece benefícios significativos na diminuição da dor associada à escoliose. Pacientes que participaram de programas de reabilitação baseados em Schroth relataram uma redução expressiva na dor nas costas, o que contribui para uma melhora na qualidade de vida e maior facilidade na realização das atividades diárias sem desconfortos como dores. Isso é especialmente relevante, considerando que a dor crônica pode ser um fator limitante para muitas pessoas com escoliose (Ceballos-Laita et al., 2023).
Os exercícios do método Schroth também têm se mostrado eficazes na melhoria da coordenação motora e do equilíbrio. A escoliose pode afetar o equilíbrio corporal devido à distribuição desigual do peso e à deformidade da coluna. A prática regular desses exercícios auxilia em vários aspectos da saúde, como o realinhamento postural, promovendo maior estabilidade e coordenação, o que é essencial para evitar quedas e lesões (Schreiber et al., 2015).
2.3 MÉTODO SCHROTH
A escoliose pode ser tratada por intermédio de diversas técnicas e métodos, isolados ou combinados, sendo um deles, o Método Schroth. Vários estudos apontam melhorias significativas no equilíbrio postural, nos sinais de escoliose e na capacidade aeróbica ao utilizar a técnica Schroth, seja associada a exercícios diários ou combinada, por exemplo, com equoterapia (Schreibe, 2019). Os exercícios de Schroth, que priorizam o aprimoramento do equilíbrio e a correção dos sintomas da escoliose, apresentaram resultados mais eficazes em comparação com os exercícios convencionais, cujo objetivo central é desacelerar ou impedir o avanço da curvatura (Abdel Ghafar; 2022).
Os exercícios de Schroth destacam-se pela maior eficácia na redução do ângulo de Cobb e do ATR, além de aprimorar a mobilidade da coluna e a de vida de pacientes com escoliose idiopática adolescente (EIA) leve, quando comparados aos exercícios de estabilização do core. Por outro lado, os exercícios voltados para o fortalecimento do core são mais eficientes no aumento da força muscular periférica do que os de Schroth. O protocolo baseado em Schroth é recomendado para pacientes com EIA que apresentam ângulos de Cobb entre 10° e 25°, pois há possibilidade de progresso na correção da curvatura. Além disso, pacientes mais jovens, com menor escore de Risser, tendem a responder melhor ao tratamento conservador (Alves et al., 2024).
Trata-se, assim, de uma técnica específica de fisioterapia voltada para a escoliose idiopática, com foco na correção tridimensional da coluna por meio de exercícios de autocorreção, respiração e fortalecimento muscular. Estudos recentes mostram que as práticas mais eficazes do método envolvem um programa intensivo desenvolvido para promover a autocorreção da curvatura escoliótica observada em pacientes (Park; Jeon; Park, 2018). Diversos estudos demonstraram que a aplicação do método Schroth resulta em uma redução significativa do ângulo de Cobb e na diminuição da assimetria corporal. Além disso, as técnicas de respiração integradas ao método auxiliam na expansão torácica, contribuindo para melhorar a função pulmonar, frequentemente prejudicada em indivíduos com escoliose (Ceballos-Laita et al., 2023).
O método Schroth baseia-se em exercícios específicos voltados para o realinhamento da coluna em três dimensões. Esses exercícios visam equilibrar a força muscular ao redor da coluna, corrigindo assim as curvaturas escolióticas. Parte do sucesso do método depende também da interação ativa do paciente, que é ensinado a identificar áreas que precisam ser alongadas ou contraídas, promovendo uma correção muscular que estabiliza a curva, melhora a mobilidade, o alinhamento postural e aumenta tanto a força quanto a resistência da musculatura (Day et al., 2019).
A técnica também inclui exercícios respiratórios que têm como objetivo aumentar a capacidade pulmonar e melhorar a simetria do tórax. Isso é crucial, já que a escoliose pode comprometer a função respiratória devido à deformidade torácica, que impede a expansão adequada dos pulmões (Boubekeur; Amaral, 2021).
Outro aspecto importante do método Schroth é a ênfase na autocorreção ativa. Isso significa que os pacientes aprendem a ajustar conscientemente sua postura e seus movimentos diários para evitar a progressão da escoliose. A autocorreção é facilitada por meio de exercícios repetitivos que ajudam a consolidar a memória muscular, promovendo uma postura mais alinhada e equilibrada. A prática regular e contínua é essencial para garantir que essas correções se tornem automáticas e persistam a longo prazo (Sperandio et al., 2015).
O programa Schroth é geralmente personalizado, levando em consideração às necessidades específicas de cada paciente, considerando fatores como a gravidade da curvatura, a idade, o nível de maturidade esquelética e outros fatores específicos. Essa personalização assegura que o tratamento seja adaptado da melhor forma para cada caso, podendo incluir uma combinação de sessões de fisioterapia em clínicas e exercícios domiciliares. A adesão a esse programa personalizado é fundamental para alcançar os melhores resultados na correção da escoliose (Park; Jeon; Park, 2018).
Nesse contexto, nota-se que o método pode ser eficaz no tratamento para escoliose, desde que corretamente acompanhado e com um plano de tratamento completo. Este é o defendido por Câmara et al. (2024), segundo os quais, o tratamento utilizando o método Schroth mostrou resultados expressivos, especialmente quando combinado com outras abordagens fisioterapêuticas. Além disso, essa técnica apresentou desempenho superior em comparação com métodos convencionais, como terapia manual e reeducação postural global, bem como em relação ao grupo de controle que não recebeu essas intervenções específicas. Esses achados reforçam que o método Schroth é uma opção terapêutica segura e eficaz, capaz de promover benefícios tanto na redução da progressão da curvatura quanto na melhora da condição rotineira dos pacientes. A aplicação desse método por um período mínimo de seis meses é recomendada, já que o tempo adequado de tratamento potencializa seus efeitos, independentemente de ser utilizado isoladamente ou em conjunto com outras técnicas. Assim, o Schroth se consolida como uma alternativa importante na abordagem da escoliose, integrando-se de forma eficiente ao plano de tratamento fisioterapêutico para garantir melhores resultados clínicos.
3 METODOLOGIA
Utilizou-se de uma revisão de literatura, com uma análise crítica de diversas fontes, como livros, artigos científicos, teses, dissertações e outros materiais relevantes que tratem do tema. O objetivo foi de realizar uma revisão ampla da literatura existente sobre o tratamento conservador da escoliose idiopática. As pesquisas foram realizadas em bases de dados eletrônicas, incluindo PubMed, Scielo, Google Scholar, PubMed e LILACS, utilizando termos-chave como: “escoliose idiopática”, “fisioterapia”, “método Schroth”, “tratamento conservador” e “RPG”. Com essa abordagem, espera-se identificar os principais conceitos e as tendências atuais no uso do método Schroth no tratamento da escoliose.
A pesquisa foi organizada em cinco etapas distintas: 1) Seleção preliminar baseada no título, 2) Análise inicial a partir do resumo, 3) Leitura completa dos artigos selecionados, 4) Síntese dos resultados encontrados, e 5) Análise crítica, interpretação e redação final do texto. Foram incluídos apenas artigos publicados em português, inglês ou espanhol, bem como com recorte temporal dos últimos cinco anos (2019-2024).
A busca bibliográfica para este estudo foi iniciada em agosto de 2024 e se estende até novembro de 2024, com monitoramento contínuo para manter o tema atualizado. Foram excluídos artigos duplicados, publicações não indexadas em bases de dados e materiais que não sejam pertinentes ao tema central. Além disso, foram descartados trabalhos que não apresentem rigor científico ou que tenham sido elaborados para atender a opiniões populares, concentrando-se o estudo exclusivamente em informações técnicas e científicas.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após a implementação dos critérios de seleção e eliminação, foram selecionados os dez artigos cujos autores definiram claramente seus objetivos e resumos. A seguir, apresenta-se esses artigos organizados no quadro abaixo.
Quadro 1. Resultados após aplicação metodológica.
AUTOR E ARTIGO | OBJETIVO | RESUMO DA CONCLUSÃO |
FRANCO, T. F. A.; VIANA, J. E. Abordagens da fisioterapia para melhoria da qualidade de vida em adolescentes com escoliose idiopática: uma revisão bibliográfica | Entender quais são as abordagens da fisioterapia no tratamento da escoliose idiopática em adolescentes | Os achados de Franco e Viana (2024) mostraram que intervenções fisioterapêuticas, especialmente os exercícios do método Schroth, foram altamente eficazes em conter a progressão da escoliose, melhorar o alinhamento postural e reduzir a dor. |
ALVES, Yasmin Mota et al. Efeitos do tratamento conservador da escoliose idiopática em adolescentes: uma revisão de literatura. | Avaliar a efetividade das abordagens não cirúrgicas em adolescentes com diagnóstico de escoliose idiopática | A análise dos dados científicos de Alves et al. (2024) revelou os resultados positivos do tratamento não cirúrgico, com destaque para intervenções combinadas, como o uso de órteses aliado a exercícios específicos; a associação dos exercícios de Schroth com equoterapia; e técnicas de estabilização neuromuscular |
LEAL, L. B.; SOUZA, A. Eficácia dos métodos SEAS e RPG no tratamento da escoliose idiopática: revisão de literatura | Explicar a eficácia dos métodos SEAS e RPG no tratamento da escoliose | Leal e Souza (20230 demonstram que essas técnicas são eficazes e podem ser combinadas com o Método Schroth para potencialização dos resultados nos pacientes. |
FERREIRA, G. et al. Análise de tratamento fisioterapêutico para escoliose: revisão literária | Avaliar criticamente as abordagens terapêuticas fisioterapêuticas para a escoliose | Ferreira et al. (2020) explicam que a revisão de literatura atual sugere que as abordagens investigadas para o tratamento não cirúrgico da escoliose são eficazes, incluindo técnicas como Reeducação Postural Global (RPG), cinesioterapia, Pilates, método de Schroth, Isostretching e Manipulações Osteopáticas. Além disso, exercícios físicos podem atuar como complementos e medidas preventivas.De modo geral, pode-se afirmar que essas intervenções fisioterapêuticas voltadas para a reeducação e correção postural são benéficas no manejo da escoliose em pessoas de todas as idades. |
AVELINO, P. R. et al. Tratamento conservador comparado ao tratamento cirúrgico na redução da dor e melhora da qualidade de vida de indivíduos com escoliose: estudo observacional transversal | Analisar os impactos do tratamento cirúrgico em relação ao tratamento conservador (fisioterapia) na dor e na qualidade de vida | Conforme Avelino et al (2022), não há distinção em relação à dor e à qualidade de vida entre pacientes com escoliose idiopática que receberam apenas tratamento conservador e aqueles que se submeteram a intervenções cirúrgicas, tanto em casos de escoliose leve a moderada quanto nos de escoliose severa. |
BILIAL, B. Análise da eficácia dos métodos Schroth e Pilates na redução do ângulo de Cobb na escoliose idiopática do adolescente: revisão bibliográfica | Avaliar a efetividade das abordagens Schroth e Pilates na diminuição do ângulo de Cobb na escoliose idiopática do adolescente (EIA) | A utilização do método Schroth, seja de forma isolada ou em combinação com outras abordagens terapêuticas, assim como o método Pilates, mostra-se eficaz na diminuição dos ângulos de curvatura. A eficácia dessas técnicas é potencializada quando realizadas sob a supervisão de fisioterapeutas. Em conclusão, a implementação dos métodos Schroth e Pilates pode auxiliar na redução do ângulo de Cobb em casos de escoliose idiopática em adolescentes (Bilial, 2021). |
MORETTI, M. J. .; AGOSTINELI, E. C. . A eficácia do método schroth no tratamento da escoliose estrutural idiopática: uma revisão bibliográfica | Conduzir uma revisão bibliográfica integrativa acerca da efetividade do método Schroth no tratamento da escoliose estrutural idiopática | De acordo com os achados de Moretti e Agostineli (2020), pode-se concluir que o método Schroth é uma opção benéfica e demonstra efetividade no tratamento da escoliose estrutural idiopática |
LOPES, L. H. A. Cinesioterapia aplicada ao tratamento da escoliose em adolescentes: um estudo de qualidade metodológica | Identificar e avaliar as diversas abordagens cinesioterapêuticas no tratamento da escoliose idiopática do adolescente (EIA) | Com base nas evidências encontradas por Lopes (2020), pode-se concluir que as diferentes intervenções de PSSE são eficazes na correção da deformidade, proporcionando benefícios tanto físicos quanto psicológicos. O método de Schroth destaca-se como o mais pesquisado e empregado, devido à sua eficácia no tratamento da escoliose e seus efeitos terapêuticos em curto prazo |
MESQUITA, A. M. Fisioterapia como método de tratamento conservador da escoliose em adolescentes | Destacar a relevância da intervenção fisioterapêutica no manejo conservador da escoliose em adolescentes | Os estudos devem ser abordados com cuidado pelo fisioterapeuta durante a análise e interpretação, pois as diferenças metodológicas observadas nas pesquisas impedem conclusões generalizadas e a padronização de tratamentos que possam ser considerados ideais para a reabilitação da patologia. Portanto, conclui-se que é essencial desenvolver um plano de tratamento e intervenção personalizado para cada paciente (Mesquita, 2022). |
PINTO, A. N.de C. Intervenções fisioterápicas para tratamento da escoliose idiopática no adolescente: uma revisão narrativa da literatura | Examinar a efetividade dos exercícios específicos no tratamento da escoliose idiopática do adolescente (EIA), levando em conta as pesquisas mais recentes publicadas nos últimos seis anos | Os estudos clínicos randomizados conduzidos por Pinto (2021) forneceram provas de que os exercícios direcionados podem ser eficazes no tratamento de indivíduos com escoliose idiopática do adolescente (EIA) que apresentam curvaturas leves e moderadas. Embora tenha havido um avanço nas evidências de alta qualidade, ainda é essencial uniformizar os métodos de pesquisa validados pela SOSORT e SRS, visto que muitos dos estudos existentes não abordam de maneira específica os múltiplos fatores de risco associados à EIA. |
Fonte: Elaborado pelos autores.
A escoliose idiopática é uma condição que afeta muitas pessoas, exigindo um tratamento especializado. Nesse contexto, a fisioterapia utiliza diversas técnicas de fortalecimento, visando promover uma nova aprendizagem postural, como a reeducação postural global. Essa abordagem reduz os riscos de danos à coluna e permite a adoção de medidas preventivas, beneficiando as atividades diárias e melhorando a rotina dos pacientes. Essa condição refere-se a alterações na coluna vertebral, que podem ter origens idiopáticas, neuromusculares ou congênitas, envolvendo rotações nas vértebras. Especificamente, a escoliose idiopática possui causas desconhecidas. No entanto, o diagnóstico precoce pode corrigir essas alterações e preservar as funções da coluna, minimizando os impactos negativos (Franco; Viana, 2024).
A instabilidade da coluna está ligada a fatores internos que influenciam a formação óssea e a força muscular, assim como a fatores externos que incluem má postura, levantamento de pesos excessivos, movimentos repetitivos e torções nas articulações, resultando em uma postura inadequada. Ela se caracteriza por desvios nos planos axial, sagital e frontal, onde a vértebra ápice se destaca como a mais distante do eixo de simetria da curvatura. Apesar da causa precisa ainda não ser totalmente esclarecida, supõe-se que ela resulte de múltiplos fatores interrelacionados., envolvendo elementos genéticos, nutricionais, hormonais, posturais e variações no padrão de crescimento. Assim, a escoliose idiopática é a forma encontrada e representa 80% dos casos, com uma prevalência que varia entre 0,5% e 5,2%, afetando predominantemente mulheres (Franco; Viana, 2024).
Nesse contexto, a fisioterapia traumatológica e ortopédica é recomendada como uma abordagem terapêutica voltada para o fortalecimento da musculatura afetada. Assim, a seleção do tipo de intervenção abrange objetivos tanto morfológicos quanto funcionais, permitindo a diminuição ou até a interrupção da progressão da curvatura no período da adolescência, além de promover melhorias nas disfunções respiratórias e estéticas, por meio de correções posturais (Alves et al., 2024).
A eficácia do tratamento conservador pode variar conforme a idade da pessoa, o acometimento de comorbidades e a velocidade de agravamento da curvatura da coluna, podendo diminuir os efeitos negativos dessa deformidade. A evolução positiva do quadro clínico e a escolha da intervenção adequada também estão ligadas à participação ativa dos adolescentes afetados e de seus cuidadores, uma característica comum em todas as abordagens terapêuticas sugeridas para essa condição (Alves et al., 2024).
Assim sendo, diversos são os métodos de cuidado da escoliose, de sorte que neste estudo se observa o tratamento conservador. O intento do tratamento conservador é trazer a estabilidade da coluna vertebral, preservar as curvas fisiológicas no plano sagital, aumentar o tônus muscular e melhorar a coordenação e a postura, visando impedir a progressão da doença. Para atingir esses objetivos, existe uma variedade de intervenções terapêuticas que precisam ser ajustadas de acordo com as particularidades de cada paciente, considerando a curvatura escoliótica e as alterações posturais decorrentes, de modo a evitar complicações secundárias. O uso de coletes, por exemplo, é uma estratégia conservadora para gerenciar essa condição, em conjunto com outras abordagens, como atividades para fortalecimento e alongamento, reeducação postural global, Pilates e o método Klapp. A literatura científica comprova que o tratamento conservador é eficaz, principalmente na redução da progressão da curvatura lateral (Avelino et al., 2022).
A abordagem de Exercício Científico, quando aplicado para escoliose, favorece a autocorreção ativa por meio da realização de exercícios funcionais. Essa técnica pode ser realizada pelo paciente de forma autônoma, no conforto de sua casa, ou com o suporte de um fisioterapeuta especializado. O método DoboMed foca no posicionamento ativo da coluna vertebral, utilizando recursos como espelhos, fotografias e vídeos para assegurar que os exercícios específicos sejam realizados corretamente (Leal; Souza, 2023).
A análise da revisão literária possibilita afirmar que as técnicas mencionadas demonstram eficácia significativa no que se refere às variações nas curvaturas da coluna. O método isostretching, em particular, mostrou-se eficaz em promover a expansibilidade torácica e aprimorar a flexibilidade da coluna vertebral. Além disso, a prática de exercícios físicos foi reconhecida como uma técnica complementar e eficaz, atuando como um método preventivo. De modo geral, todas essas abordagens de tratamento fisioterapêutico para reeducação e correção postural são benéficas no manejo da escoliose em indivíduos de diversas idades (Ferreira et al., 2022).
O método Schroth teve sua origem na Alemanha Oriental durante a primeira metade do século XX, mais precisamente em 1910, quando foi criado por Katharina Schroth em sua juventude. Essa técnica se baseia em intervenções passivas personalizadas e em correções ativas realizadas em grupo, considerando diversos fatores importantes, como a percepção da postura, a respiração e o fortalecimento muscular. Os fundamentos desse tratamento incluem o alongamento axial da coluna vertebral, a deflexão de inclinações e rotações (integrando a normalização geométrica e a respiração específica para a rotação), além de proporcionar estímulos que facilitam a correção e estabilizam a postura do paciente (Moretti; Agostineli, 2020).
Esse método, assim, tem como objetivo fortalecer e alongar grupos musculares, utilizando a autocorreção visual em um espelho. Essa abordagem deve ser realizada sob a supervisão de um fisioterapeuta para evitar possíveis lesões musculoesqueléticas e maximizar os resultados. Já o programa de Side-Shift enfatiza a correção ativa da coluna, promovendo a lateralização da coluna vertebral e integrando técnicas respiratórias que ajudam a relaxar a musculatura. Essa combinação facilita a correção da escoliose, promovendo um alinhamento postural mais adequado (Leal; Souza, 2023).
O método Schroth envolve exercícios em três dimensões para o tratamento da escoliose. Esses exercícios proporcionam estímulos sensório-motores e cinestésicos, permitindo a correção dos padrões posturais e respiratórios inadequados que os pacientes com escoliose apresentam. A variedade de protocolos e a diversidade de componentes em cada técnica dificultam uma discussão clara. No entanto, pesquisas que comparam os métodos Schroth e Pilates mostraram que, embora ambos os tratamentos resultem em melhorias na redução das curvaturas, mensuradas pelo ângulo de Cobb, o método Schroth parece ser mais eficaz, inclusive no que diz respeito ao impacto psicológico (Bilial, 2021).
Em estudo analisado por Bilial (2021), implementou-se um programa de exercícios que incluía uma fase de aquecimento, um exercício principal e uma fase de relaxamento, totalizando 1 hora. O programa foi realizado durante 12 semanas, com três sessões por semana. Na pesquisa foram inseridos só adolescentes do sexo feminino, todas com até 18 anos. Nesse estudo, observou-se uma diferença de 7,80°±4,38° para o grupo que praticou o método Schroth e 3,57°±2,25° para o grupo de Pilates na diminuição do ângulo de Cobb após os exercícios.
As sessões do método Schroth tinham uma duração de 1 hora, realizadas três vezes por semana, durante quatro meses. Os exercícios incluíam um aquecimento com caminhada e respiração de gato por 10 minutos, alongamento torácico (5 minutos), um exercício principal que consistia em deitar de lado, treinamento de controle postural estático e ajustes na postura sentada (40 minutos), finalizando com 5 minutos de relaxamento. No grupo que praticou Pilates, os participantes, com uma média de 15 anos, realizaram aquecimento (10 minutos), seguido de uma sequência principal dividida em exercícios para correção da coluna, fortalecimento do core combinado com equilíbrio (40 minutos), concluindo com relaxamento (5 minutos). Embora ambos os grupos tenham apresentado resultados positivos, o método Schroth demonstrou ser mais eficaz em comparação ao Pilates (Bilial, 2021).
Ao examinar o efeito do método de Schroth de forma isolada, comparando sua execução sob a supervisão de um fisioterapeuta, a prática dos exercícios em casa e um grupo controle que não recebeu qualquer intervenção, observou-se uma redução significativa na gibosidade, na assimetria e no ângulo da curvatura. Viu-se que o grupo que adotou os exercícios em casa apresentou apenas melhorias na assimetria, enquanto o grupo que não participou de nenhuma terapia experimentou um agravamento nos valores da curvatura (Bilial, 2021).
Assim, o método de Schroth é uma abordagem caracterizada como um conjunto de exercícios fisioterapêuticos, com destaque para a isometria, os alongamentos, a respiração rotacional, bem como a autocorreção ativa. Essa autocorreção é um componente fundamental do método, permitindo que o paciente reduza a deformidade da coluna através de um realinhamento postural tridimensional ativo. Os exercícios de Schroth têm apontado eficácia na interrupção da progressão da curva escoliótica, na diminuição do ângulo de Cobb, na redução da dor, na correção postural e na melhoria estética, além de contribuírem para aumentar a capacidade vital e diminuir o risco de intervenções cirúrgicas. Quando combinados com um protocolo de tratamento ao longo de 24 semanas, esses exercícios oferecem benefícios adicionais, como a melhoria da dor, da autoimagem e o aumento da resistência isométrica dos músculos que sustentam a coluna vertebral (Lopes, 2020).
O ensaio clínico randomizado (ECR) foi pioneiro em examinar os efeitos do tratamento de Schroth utilizando o Questionário da Sociedade de Pesquisa em Escoliose e o Questionário de Aparência Espinhal, além do teste de Biering-Sorensen, que avalia a resistência muscular nas costas. Outros estudos aplicaram o SRS-22r, mas não o SAQ. Os autores consideram esses questionários adequados para medir resultados subjetivos relacionados à dor e à autoimagem, uma vez que incluem escalas de avaliação subjetivas. Eles foram usados para investigar o impacto terapêutico do método de Schroth na saúde dos pacientes, revelando pontuações basais significativas nos domínios mencionados. Inclusive, os exercícios de Schroth apresentam maior eficácia quando são realizados sob supervisão clínica. Seu ECR teve como objetivo avaliar a eficiência da terapia de Schroth supervisionada em comparação com a prática domiciliar e a ausência de intervenção ao longo de 24 semanas, observando melhorias significativas, geralmente favoráveis, do método de Schroth (Lopes, 2020).
O método Schroth também está incluído entre as técnicas mais utilizadas e é considerado um tratamento bem praticado para crianças, adolescentes e adultos, com o intento de interromper a progressão da curvatura, aliviando a dor e promovendo a melhoria da postura e da função pulmonar. Portanto, a cirurgia é vista como a última opção a ser considerada, enquanto os exercícios fisioterapêuticos específicos para a escoliose (PSSE) são priorizados como o primeiro recurso, uma vez que representam uma abordagem conservadora, que pode ser aplicada com ou sem o uso de órteses. Esse método é especialmente indicado para pacientes que apresentam curvaturas entre 10° e 45°, estabelecendo um padrão eficaz para o tratamento da escoliose em adolescentes (Mesquita, 2022).
Em outro estudo analisado por Pinto (2021), o programa de exercícios específicos de Schroth foi dividido em três grupos: o grupo que realizou os exercícios na presença do fisioterapeuta (grupo de exercícios), o grupo que praticou os exercícios em casa (grupo domiciliar) e um grupo controle, no qual os indivíduos foram apenas observados. Todos os pacientes passaram por uma avaliação antes do início do estudo. Foram analisados o ângulo de Cobb (utilizando o Método de Cobb), o ângulo de rotação do tronco (com o uso de um escoliômetro) e a proeminência das costelas (por meio da realização do Teste de Adam com duas réguas rígidas).
Também foram avaliadas as pontuações do questionário SRS-23, que contém 22 itens semelhantes aos do SRS-22, mas com uma questão adicional sobre a imagem corporal. Os resultados indicaram que o grupo de exercícios apresentou desempenho superior em relação ao grupo que permaneceu domiciliar e o de controle. A escoliose progrediu tanto no grupo domiciliar quanto no grupo controle. As diferenças nas alterações do ângulo de Cobb entre os três grupos foram significativas (P=0,003). O estudo demonstrou que a presença do fisioterapeuta é imprescindível e eficaz para gerir positivamente a progressão da escoliose, reduzir os ângulos de Cobb e de rotação, além de melhorar a percepção da imagem corporal (Pinto, 2021).
Portanto, percebe-se que o método Schroth se destaca como uma abordagem terapêutica eficaz no tratamento da escoliose, proporcionando benefícios significativos na correção postural, alívio da dor e melhoria da função respiratória. Através de exercícios tridimensionais que promovem a autocorreção e a conscientização corporal, este método não apenas ajuda a interromper a progressão da curvatura da coluna, mas também fortalece a musculatura ao redor da coluna vertebral, favorecendo a estabilidade e o alinhamento.
Os estudos demonstraram que a supervisão de fisioterapeutas durante a aplicação do método aumenta a eficácia do tratamento, ressaltando a importância do acompanhamento profissional. Assim, o método Schroth não apenas contribui para uma vida de melhor qualidade, mas também se estabelece como uma alternativa viável e não invasiva em comparação às intervenções cirúrgicas, sendo uma escolha preferencial em muitos casos de escoliose em diferentes faixas etárias.
5 CONCLUSÃO
A eficácia do método Schroth no tratamento conservador da escoliose idiopática foi amplamente discutida e analisada ao longo deste trabalho, destacando sua relevância no contexto da fisioterapia. A revisão da literatura e a análise dos estudos existentes demonstraram que essa abordagem não só é capaz de reduzir a curvatura da coluna vertebral, mas também proporciona uma série de benefícios associados à saúde. A correção das deformidades estruturais é um dos principais objetivos do tratamento da escoliose, e o método Schroth se mostra uma estratégia eficaz para alcançar essa meta.
O tratamento conservador da escoliose idiopática, por meio de intervenções específicas como o método Schroth, oferece uma alternativa não invasiva e segura para os pacientes, especialmente em estágios iniciais da doença. A metodologia de Schroth é baseada em princípios que envolvem a consciência corporal, a respiração e o fortalecimento muscular, contribuindo para um alinhamento postural adequado e uma melhor funcionalidade da coluna. Os resultados observados em estudos recentes confirmam que a prática regular deste método pode resultar em melhorias significativas na curva de Cobb, além de reduzir a dor e melhorar a capacidade dos pacientes.
Além dos aspectos físicos, a adesão ao método Schroth também se relaciona com a promoção do bem-estar psicológico dos indivíduos. A diminuição da dor e a melhora na aparência postural impactam positivamente a autoestima e a autoconfiança dos pacientes, proporcionando uma vida ativa. A interação entre o fisioterapeuta e o paciente durante o tratamento é essencial porque gera um ambiente de suporte importante para a adesão às intervenções.
Entretanto, é importante ressaltar que a eficácia do método Schroth deve ser acompanhada por um plano de tratamento individualizado, considerando as particularidades de cada paciente, como idade, grau da escoliose e comorbidades. A personalização das intervenções é fundamental para maximizar os resultados e permitir que cada paciente tenha atenção correta às suas necessidades específicas.
Por fim, é evidente que mais pesquisas são necessárias para aprofundar o entendimento sobre o método Schroth e sua aplicação clínica na escoliose idiopática. A padronização de protocolos e a realização de ensaios clínicos randomizados são essenciais para consolidar a evidência científica e promover a aceitação do método como uma prática padrão na fisioterapia. Dessa forma, o método Schroth poderá ser amplamente integrado às estratégias de tratamento conservador da escoliose, trazendo qualidade de vida para os pacientes.
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1Acadêmica em Fisioterapia
2Acadêmica em Fisioterapia
3Acadêmica em Fisioterapia
4Mestre em Ciências da Atividade Física
5Doutora em Ciências Fisiológicas
6Especialista em Pneumologia Funcional, UTI e UTIN
7Especialista em gestão educacional
8Pós Graduado em Traumato ortopedia no tratamento da dor
9Mestre em Docência do Ensino Superior
10Especialista em Fisioterapia dermatofuncional