MASSAGEM RELAXANTE ATUANDO COMO TRATAMENTO PARA INSÔNIA

RELAXING MASSAGE ACTING AS A TREATMENT FOR INSOMNIA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202411282109


Barreto. A.M
Montanari. T.F
Raiany. I.S.O
Taiani. M.O.S


Resumo

O objetivo deste estudo é analisar a massagem relaxante atuando com tratamento para insônia, destacando as técnicas utilizadas e seus benefícios. A metodologia adotada é uma revisão de literatura sistemática, abrangendo artigos publicados entre 2000 e 2022 nas bases de dados SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES. Os resultados indicam que o uso de métodos farmacológicos como forma de tratamento, pode acarretar vários riscos associados à saúde, devido às reações adversas aos medicamentos hipnóticos, contudo mesmo com os variados riscos à saúde, ainda é um método de tratamento muito buscado. Conclui-se que os métodos não farmacológicos trazem uma forma de tratamento mais econômica, com menos efeitos adversos e contra indicações, com isso, se o paciente busca um tratamento no grau agudo de insônia, conseguirá diminuir gradualmente os sintomas, consequentemente melhorando sua condição patológica.   

Palavras-chave: Massagem Relaxante. Insônia. Tratamento.

1 INTRODUÇÃO

A insônia é uma das condições de sono mais frequentes e  um dos principais desafios enfrentados pelos pacientes que procuram um atendimento médico. A taxa de prevalência desse transtorno pode variar de 3,9% a 22,1%, de acordo com os critérios diagnósticos utilizados. Essa patologia geralmente começa a partir de um evento estressor e se mantém devido a um condicionamento inadequado do sono. (AUGUSTO, CRISTIANA, CLÁUDIA,2022).

Porém, ela se fundamenta em percepções incorretas sobre o sono, mas também pode estar associada a outras condições clínicas, surgindo inicialmente como um “sintoma”e, eventualmente, evoluindo para um “transtorno” (AUGUSTO, CRISTIANA, CLÁUDIA,2022).

O tratamento pode envolver diferentes abordagens dependendo do estado do paciente e da aceitação das estratégias propostas. As intervenções não farmacológicas concentram-se em métodos educacionais e comportamentais, se estendendo a higiene do sono, a terapia de controle de estímulos, a terapia de relaxamento e a terapia de restrição de sono (ROGÉRIO,RIBEIRO,2021).

As terapias de relaxamento ajudam a diminuir a excitação física e mental, elas são particularmente eficazes para a melhora do início do sono e devem ser aplicadas ao longo do dia, antes de dormir, e se for  necessário, durante a noite. (RIBEIRO,2016).

Entre as terapias de relaxamento, a massagem relaxante tem se mostrado bastante  eficaz para aliviar estresse, ansiedade e,  por conseguinte, a insônia. Os métodos de massagem são simples e eficazes para trazer respostas através do sistema nervoso, da interação com o sistema endócrino e dos sistemas circulatórios. Além disso,  a massagem pode ajudar a reduzir a necessidade de medicamentos em casos de sintomas leves e  de certas condições, assim diminuindo o risco de efeitos colaterais (ROSA,VIEIRA,2022).

Segundo Carvalho e Almeida (2018) a maioria dos problemas que são relacionados ao comportamento, humor, percepção de estresse e dor, resulta de desregulações bioquímicas. Desta forma, a massagem pode ajudar a regular os níveis bioquímicos, promovendo uma melhoria na ansiedade, na atenção e na redução dos sintomas depressivos. Os benefícios da massagem incluem a melhoria da imunidade, redução da fadiga e da agitação mental, alívio da insônia, além de promover um aumento da flexibilidade e relaxamento dos nervos, sendo assim, esta pesquisa tem como objetivo trazer esse método como forma complementar de tratamento e prevenção para a insônia, podendo desta forma  evitar as consequências que esta patologia acarreta com o passar do tempo (ROSA,VIEIRA,2022).

MASSAGEM RELAXANTE

A origem da palavra massagem vem do grego, MASSO, a qual significa “amassar”. Como o próprio nome sugere, a massagem é um conjunto de técnicas e abordagens feitas com o intuito de relaxar o corpo e mente com amassamentos, pressões e toques específicos que proporcionam o alívio da tensão (MAYARA et al., 2020).

Seu conceito é tão antigo quanto a origem da humanidade. Desde o início, o ser humano, de forma intuitiva, já havia notado diversos pontos específicos no corpo onde se tem o acúmulo de energia e a interação entre eles, com isso, notaram que com uma certa pressão conseguiam liberar essa energia acumulada através dos pontos, assim proporcionando o alívio de dores. (CANNECCHIA et al.,2019)

Com o passar do tempo a civilização foi evoluindo e encontrando outras técnicas e formas de pressões diferentes que eram mais eficazes para a liberação dessa tensão. A massagem possui várias finalidades, desde alívio de dores articulares, relaxamento de nódulos musculares, liberação do estresse, melhora na ansiedade, ativação do sistema circulatório, redução de edemas e, consequentemente, melhora na qualidade de sono (ASLANI, 1998).

Apesar dos seus diversos benefícios, a massagem, assim como qualquer forma de tratamento, também possui contraindicações, como algumas afecções cutâneas, distúrbios de sensibilidade, neoplasias, tromboses, flebites, úlceras na pele, diabetes e hipertensão descompensada e cardiopatias. Os pacientes que se encontram com alguma dessas patologias não é indicado o tratamento com a massagem relaxante. No entanto, em alguns casos, a massagem pode ser realizada, mas apenas nos tecidos ou regiões não lesionadas(CARVALHO; ALMEIDA, 2018).

2 METODOLOGIA

Foram realizadas pesquisas em bases de dados, para a elaboração do presente estudo, sendo estas: SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Utilizando as seguintes palavras chave: Massagem Relaxante, Insônia, Tratamento. Com o intuito de encontrar artigos científicos, cartilhas, boletins informativos, livros, trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e tese de doutorado.

Não foi estabelecido um período cronológico específico para a busca, não estabelecendo um número limite de documentos. Após as buscas foram selecionados 26 artigos científicos de relevância em relação ao tema Massagem Relaxante atuando como forma de tratamento para a Insônia. Foram utilizados documentos publicados,  entre o período de  2000 a 2022. A coleta de dados deu início com a leitura do material selecionado e registro das informações extraídas do estudo.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 Técnicas da Massagem Relaxante

A massagem relaxante possui diferentes técnicas e abordagens, antes de ser executada o paciente deve passar por uma anamnese, na qual o profissional irá avaliar a queixa principal e a técnica de massagem mais eficiente para tratar a seguinte queixa. Dependendo do caso, pode se utilizar, desde toques leves e deslizamentos suaves, até, amassamento com uma maior pressão. Dentre as técnicas de massagem temos deslizamentos, amassamentos, fricção, percussão e vibração (NESSI, 2000).

3.1.1 Deslizamento

Consiste numa série de movimentos repetitivos de deslizamento, utilizando as palmas das mãos abertas ou os dedos, mantendo uma pressão leve e  movimentos rítmicos, com no mínimo sete a dez repetições. Esta técnica age no sistema linfático e no sistema venoso superficial, com isso, produz um efeito tranquilizante, também age no sistema endócrino e nervoso, permitindo a liberação de hormônios e de neurotransmissores, que auxiliam no relaxamento de mente e corpo, diminuindo dores musculares, aliviando o estresse e ansiedade (MAYARA et al., 2020).

3.1.2 Amassamento

O amassamento age profundamente nos tecidos musculares, assim estimulando o aumento do metabolismo, com isso, auxiliando na eliminação de células de gordura (adipócitos) e na liberação da retenção hídrica. Os movimentos devem ser rítmicos, profundos e repetitivos, usando os dedos e palmas para a execução de movimentos de arraste e deslizamento. Essa técnica pode ser comparada com os movimentos utilizados para se preparar uma massa de pão (MAYARA et al., 2020).

3.1.3 Percussão

Esta técnica produz um efeito localizado, mas pode produzir um efeito sistêmico. A aplicação deve ser leve, assim, melhorando o sistema nervoso e fornecendo uma tonificação muscular, seus movimentos repetitivos estimulam liberação de mucosidades e aumento do fluxo sanguíneo. Sua aplicação consiste nas mãos posicionadas em formatos de conchas, deve ser um movimento contínuo e não pode ser aplicado em cima dos rins (MAYARA et al., 2020).

3.1.4 Vibração

 Essa técnica consiste no ato de tremer as mãos sobre uma determinada região e deslizando para a próxima. A corrente vibratória transmite uma sensação de relaxamento ao paciente. A pressão baixa exercida age em nível superficial de 30-50mmHg, as pressões médias e altas agem em nível venoso e muscular profundo de 50-80mmHg . Cardim (2012), descreve os atributos da massagem para o corpo humano, ele relata que a liberação das toxinas traz benefícios e melhoras para a circulação sanguínea e promove melhora em quadros de ansiedade (MAYARA et al., 2020).

3.2 Aromaterapia

Consiste numa forma de terapia complementar que emprega os aromas e compostos dos óleos essenciais para ativar diversas áreas do cérebro, ajudando no tratamento de condições como ansiedade, depressão, insônia, asma e resfriados, entre outras. Atualmente   na psiquiatria  investigam a eficácia desta técnica em conjunto com massagem na redução dos sintomas da ansiedade, visto que, essas práticas clínicas complementares têm se tornado cada vez mais populares no mercado, contudo, no Brasil ainda demonstra  um pequeno avanço em relação a inserção de Praticas Alternativas Complementares em Saúde (PACS), encarregando profissionais independentes de disponibilizar essas práticas complementares no mercado (DOMINGOS, BRAGA, 2013)

Certos aromas podem evocar memórias antigas ou fazer referências a pessoas e lugares. Isso se deve ao sistema límbico, uma das regiões mais primitivas do cérebro, que regula emoções como prazer, tristeza, raiva, memória e dor, além de influenciar a atividade cerebral e a aprendizagem. Portanto, a relação entre as células receptoras e esse sistema sugere que um aroma pode ativar recordações do passado (HOARE, 2010).

Embora anida não tenha sindo aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), os óleos essenciais, extrato botânico lipoilico e concentrados, que apresentam muitas propriedades terapêuticas, são utilizados apesar de suas limitações típicas das preparações à base de plantas. Um exemplo disso é o popular óleo essencial de lavanda que tem um histórico anedótico extenso de benefícios ansiolíticos e recebeu certo apoio em estudos de eficácia clínica recentemente. Os compostos linalol e acetato de linalila podem gerar um efeito ansiolítico ao inibir canais de cálcio e reduzir a atividade do receptor 5HT1A, além de aumentar o tônus parassimpático; o óleo de lavanda contém esses dois terpenóides principais (SANCHES; SILVA, 2012)

Estudos clínicos já trazem resultados positivos, em relação a aromaterapia em conjunto a massagem relaxante sendo efetivos para a diminuição da ansiedade, como o estudo clínico não controlado realizado por alunos de enfermagem da Faculdade de Medicina em Botucatu, em um hospital psiquiátrico no interior de São Paulo, Brasil (2013) que mostra a melhora do quadro clínico dos pacientes através das técnicas  em conjunto, o que resulta em um tratamento mais eficaz, facilitando os cuidados com os pacientes que são acometidos por outros transtornos (DOMINGOS, BRAGA, 2013). Outro estudo clínico controlado realizado por alunos de enfermagem no Instituto de Terapia Integrada e Oriental em São Paulo- Brasil (2016), também comprova a melhora no quadro da ansiedade e do estresse nos participantes analisados, através das técnicas de massagem relaxante e aromaterapia (KUREBAYASHI et al., 2016)

3.3 Categorias da insônia

 O transtorno de insônia é dividido em duas categorias: a insônia crônica e a insônia aguda ou de curta duração. A insônia crônica é quando o paciente possui dificuldades ao adormecer e/ou a má qualidade de seu sono, geralmente associada com prejuízo nas suas atividades diárias e mudanças de humor (por exemplo fadiga, mal humor ou irritabilidade, mal-estar e deficiência cognitiva), é caracterizada pela duração de três meses, ocorrendo no mínimo três vezes na semana. A insônia de curta duração ou aguda possui os mesmo sintomas, sendo caracterizada quando os sintomas ou queixas ocorrem há menos de três meses. Quando nenhum dos critérios é preenchido, o distúrbio é categorizado como “outros transtornos de insônia” (AUGUSTO et al.,2022;PRADO et al., 2012; FEIZI et al., 2018).

3.3.1 Os efeitos colaterais os tratamentos farmacológicos

Em meados da década de 50, a psicofarmacologia avançou na busca do hipnótico ideal para tratamento da insônia, focando em um tratamento que mantenha um sono fisiológico e, principalmente, que seja seguro para uso em longo prazo, considerando os sintomas deste transtorno. Em 1955, foi desenvolvido o primeiro benzodiazepínico, o clordiazepóxido, este medicamento continua sendo constantemente prescrito, não apenas para o tratamento da insônia, mas também como ansiolíticos, relaxantes musculares e antiepilépticos (AUGUSTO et al.,2022).

Esse medicamento age estimulando a ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), o principal neurotransmissor inibitório do sistema nervoso central, sobre o receptor GABAérgico do tipo A9 (NICOLETTI et al., 2007). Embora muito utilizado, apresentam vários de efeitos adversos e riscos, dentre eles, os mais comuns são a diminuição da atividade psicomotora, o prejuízo na memória, a desinibição paradoxal, a tolerância e dependência e a potencialização do efeito depressor pela interação com outras drogas depressoras, principalmente o álcool11 (AUGUSTO et al.,2022).

O hipnótico zolpidem (hemitartarato de zolpidem) foi sintetizado em 1988, pela Sanifi-Synthelabo Ltda, situada na França, mas a partir  de 1995 passou a ser comercializado no Brasil. Sua característica mais relevante é a rápida indução, com efeito na manutenção do sono. Não afeta a duração total do sono paradoxal (fase REM). A dose terapêutica mais indicada para insônia em adultos é de 10mg e de 5mg para idosos (HASAN, 2021)

Como qualquer medicamento o hipnótico zolpidem possui reações adversas, as mais comuns relatadas em bula são: dor de cabeça, sonolência, tontura, insônia exacerbada, amnésia anterógrada, alucinações, agitação, pesadelos, fadiga, diarreia, náusea, vômito, dor abdominal. (AUGUSTO et al.,2022). Além dos efeitos colaterais há um maior risco de tentativa e/ou suicídio entre os pacientes que já usaram esse fármaco, estudos mostraram que o risco e potencializado pela presença de comorbidades psiquiátricas ou aumento nas doses de zolpidem utilizadas.(AUGUSTO et al.,2022; KHADIVZADEH et al., 2018)

Apesar de serem eventos raros já foi relatado o vínculo relacionado a ocorrência de transtorno alimentar ao sono (Sleep-related eating disorder, SRED) ao uso de zolpidem, mais ocorrente em mulheres que receberam uma dose mais elevada (10 mg ou mais). O fato de pararem de consumir tal medicamento extinguiu o transtorno (AUGUSTO et al.,2022).

Com a evolução da medicina se deu o surgimento de um novo fármaco (hipnóticos-z)  com a promessa de menos efeitos colaterais e menor dependência ao medicamento, o qual era uma característica de fármacos passado para o tratamento desta patologia, mas mesmo sendo  bem tolerados durante o tratamento a longo prazo, acabam perdendo a eficácia dos efeitos hipnóticos após uso prolongado, o que não é recomendado (AUGUSTO et al.,2022).

O risco da dependência ou abuso de hipnóticossedativos aumenta com a dose e a duração do tratamento, além de dependência química a álcool e/ou drogas. Uma vez que a dependência física foi desenvolvida, a terminação abrupta do tratamento será acompanhada pela síndrome de retirada (HASAN,2021)

Essas intervenções farmacológicas ainda são muito utilizadas no mercado, como benzodiazepínicos, antidepressivos, anti-histamínicos, antipsicóticos e também os chamados compostos naturais. Os estudos disponíveis acerca da eficácia, da tolerabilidade e dos vários efeitos colaterais desses agentes variam de forma considerável e devem ser cuidadosamente revisadas antes de seu emprego (BERLIM et al., 2005; FEIZI et al., 2018; KHADIVZADEH et al., 2018)

Contudo, a precariedade do sistema de saúde junto a fatores como o baixo poder aquisitivo e a falta de programas educativos para a saúde da população em geral, entre outras situações, leva a maior parte da população a praticar a automedicação, tendo em base  qualquer informação recebida por leigos, sem qualquer avaliação médica (NICOLETTI et al., 2007)

3.4 Pesquisa Científica: Efetividade da massagem com aromaterapia no estresse da equipe de enfermagem do centro cirúrgico: estudo-piloto

Participantes: 38 trabalhadores da equipe de Enfermagem (enfermeiros e técnicos de enfermagem).

Randomização: Participantes divididos em dois grupos:

– Grupo-Intervenção (GI): Recebeu massagem com aromaterapia.

– Grupo Controle (GC): Não foi submetido à verificação dos parâmetros biofisiológicos durante a coleta de dados devido às características do trabalho e à falta de tempo.

Intervenção:

– Composta por seis sessões de massagem com aromaterapia.

– Duração média de 10 a 15 minutos por sessão.

– Intervalo médio de 42 horas entre as sessões.

– Técnica aplicada: effleurage (alisamento) na região torácica posterior e cervical, sem pressão nos pontos de meridianos.

Fórmula Aromaterapêutica:

– Creme neutro com óleos essenciais:

– Lavandula angustifolia e Pelargonium graveolens (1% cada, totalizando 2%).

– Manipulada por um profissional farmacêutico.

Verificação da Efetividade:

– Mensuração da frequência cardíaca e da pressão arterial (sistólica e diastólica) antes e após cada sessão de massagem.

– Aplicação da Escala de Estresse no Trabalho (EET) e da Lista de Sintomas de Stress (LSS) antes da primeira sessão e ao término da sexta.

As informações sobre a pesquisa foram tiradas do artigo científico: Efetividade da massagem com aromaterapia no estresse da equipe de enfermagem do centro cirúrgico: estudo-piloto  (MONTIBELER et al.2018)

3.4.1 Resultados

A amostra desta pesquisa foi composta por  38 profissionais, sendo 5 enfermeiros e 33 técnicos de enfermagem, com predominância feminina, média de idade de 39,5 anos. os resultados, em relação ao estado de saúde dos participantes mostram que 28,95% relataram insônia, e os principais problemas de saúde incluíram enxaqueca, hipotireoidismo, colesterol elevado, protrusão discal, depressão, hipertensão, diabetes e dislipidemia. Cerca de 50% usavam medicamentos, e apenas 7,89% tinham experiência com acupuntura.

Os resultados mostrados com base nessa pesquisa evidenciaram os benefícios que as duas terapias em conjunto podem trazer. A aromaterapia, combinada com massagem utilizando os óleos essenciais de Lavandula angustifolia e Pelargonium graveolens, resultou em uma redução significativa da frequência cardíaca e da pressão arterial, indicando sua efetividade na diminuição do estresse.

Embora tenha mostrado melhora dos sintomas em relação ao estresse, na avaliação psicológica realizada por meio dos instrumentos de análise do índice de estresse, não foi identificada significância, o que indica a necessidade de estudos posteriores que possibilitem qualificar as evidências do uso da aromaterapia e da massagem para o estresse dos profissionais de enfermagem em contextos de alta complexidade

4 CONCLUSÃO

Após a análise da revisão bibliográfica realizada, foi possivel encontrar estudos que apresentam a massagem relaxante como uma alternativa para o tratamento da insônia, contudo, os mesmo não evidenciam sua eficácia, sendo necessário estudos mais aprofundados com relação a esta prática, buscando prolongar o tempo de exposição ao tratamento e o número de sessões.     

5 REFERÊNCIAS

ALVES DA SILVA, Bruna Mayara; NOGUEIRA GONDIM, Lívia Iolanda; NEVES CARVALHO ANTUNES DE OLIVEIRA, Maria Cristina Neves.Aromaterapia e Massagem Relaxante: Terapias Alternativas para tratar Ansiedade. Saúde e Biociências, v. 2, n. 1, p. 1-7, 2020. Centro Universitário Teresa D’Ávila (UNIFATEA).

ALBUQUERQUE, Juliana Barreiros de; CAMILO GOHARA, Luciana Faravelli; GUIMARÃES REZENDE, Jelmary Cristina; LIMANA, Mirieli Denarde; PEREIRA, Vanildo Rodrigues. Benefícios da massoterapia nos níveis de estresse e ansiedade em atleta de alto rendimento. In: ANÁIS ELETRÔNICOS VIII EPCC – ENCONTRO INTERNACIONAL DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA, 8., 2024, Maringá, Paraná, Brasil. Maringá: Centro Universitário Cesumar, 2024. Acesso em: 30 ago. 2024. ISBN 978-85-8084-603-4.

CAFURE, Patrícia Dias Neder; CASTRO, Angelita Leal de; MATOS, Soraya Chicrala. Massagem relaxante associada à aromaterapia para auxiliar no combate da ansiedade. Contemporânea – Revista de Ética e Filosofia Política, v. 3, n. 3, p. 2092-2096, 2023. ISSN 2447-0961. DOI: 10.56083/RCV3N3-051. Recebido em: 10 fev. 2023. Aceito em: 10 mar. 2023.

CAMPELO, Flávia Elizabeth Nunes [et al.]. Massagem relaxante na síndrome da ansiedade. 2023. 8 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Centro Universitário Brasileiro – UNIBRA, Recife, 2023. Orientador: Me. Hugo Christian de Oliveira Felix. Inclui referências.

CANNECCHIA, Marcela Cleto; COELHO, Amanda; LOPES, Débora; DINAMARK, Karoline; TALHATI, Fernanda. Benefícios da massagem relaxante para o homem da atualidade. Pesquisa e Ação, v. 5, n. 1, p. 47-49, jun. 2019. ISSN 2447-0627.

COUTO, Marcia Bastos. Benefícios da massagem relaxante aliada aos cuidados de enfermagem na redução da ansiedade no idoso a partir de uma perspectiva fenomenológica: cartilha informativa para os profissionais de enfermagem. 2022. [Dissertação (Mestrado Profissional em Enfermagem Assistencial) – Universidade Federal Fluminense, Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, Niterói/RJ, 2022]. Orientadora: Profa. Dra. Rose Mary Costa Rosa Andrade Silva. Coorientadora: Profa. Dra. Eliane Ramos Pereira. Linha de pesquisa: Tecnologia, Inovação e Gestão do Processo de Cuidar em Saúde.

DIAS DE MATOS, Maria Rosa; FERREIRA, Tairo Vieira. O benefício da massagem relaxante para jovens com depressão. Revista Saúde dos Vales, v. 1, n. 1, p. 1-10, 2022. ISSN 2674-8584.

FAGOTTI ROGÉRIO, Leonardo Vasconcelos; RIBEIRO, Juliana Carvalho. Uso de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos em insônia: uma revisão bibliográfica. Brazilian Journal of Health and Pharmacy, v. 3, n. 2, p. 35-44, 2021. DOI: https://doi.org/10.29327/226760.3.2-4.

HASAN, Rosa. Guia de consulta: insônia. São Paulo, 2021. 18 p. CRM/SP: 55.795.

LEITE, Luana Oliveira; NUNES-PINHEIRO, Diana Célia Sousa; HÖTZEL, Maria José. Técnica de massagem relaxante como ferramenta para melhorar a relação humano-animal e os parâmetros de bem-estar animal. Ciência Animal, v. 32, n. 1, p. 100-114, jan./mar. 2022. Recebido: jun. 2021. Publicado: mar. 2022.

MAGALHÃES, Rosa Núbia Maciel. Massagem relaxante: conceitos e técnicas. Gama, DF: UNICEPLAC, 2022. 47 p.

MATOS, Marcos da Silva. Efeitos da massagem rápida no estresse de praticantes de atividade física. 2016. 23 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) – Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2016.

MENDES, Alice Silva; ROOSLLANE LIMA ROCHA, Francisca; PRADO, Janaína de Almeida; GUIMARÃES, Francisco de Paulo; SOUSA, Antônia Natália Fontenele de. Aromaterapia e seus efeitos terapêuticos na enfermagem: saúde emocional e autocuidado. In: CONAIS – Congresso Nacional de Ciências da Saúde, 3. ed., 2022, SOCEPIS, Universidade Federal do Ceará, CNPq. Área temática: Temas transversais. Modalidade: Pôster Simples.

MONTI, Jaime M. Insônia primária: diagnóstico diferencial e tratamento. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 22, n. 1, p. 31-34, 2000.

OLIVEIRA, ZNO; OLIVEIRA, ZN; BARBOSA, JS; FIGUEIRA, SAS. Métodos não farmacológicos no trabalho de parto: percepção de enfermeiros. In: 2º CIPCEn – Congresso Internacional de Produção Científica em Enfermagem, 2021, Instituto ENFservic. Anais [ou Resumos], v. 2, n. 2, p. 114, 2021.

PASSOS, Giselle Soares; TUFIK, Sérgio; SANTANA, Marcos Gonçalves de; POYARES, Dalva; MELLO, Marco Túlio de. Tratamento não farmacológico para a insônia crônica. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 29, n. 1, p. 1-4, 2007. Submetido em: 2 out. 2006. Aceito em: 7 mar. 2007.

PEREIRA, Elba Karine Souza; SANTANA, Elisa Araújo de; SILVA, Ester Braga Cruz da; NASCIMENTO, Ironaide Ferreira do; RAMOS, Felipe Scholz; NESSI, André Leonardo da Silva. A influência da massagem clássica corporal relaxante associada à aromaterapia na qualidade do sono e estresse em professoras universitárias. In: FÓRUM INTERNACIONAL DE QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE, 2019, Curitiba. Anais… Curitiba: Universidade Anhembi Morumbi, Escola da Ciências da Saúde, 2019. p. 1-11.

PEREIRA, Alexandre Alves; CEOLIM, Maria Filomena; NERI, Anita Liberalesso. Associação entre sintomas de insônia, cochilo diurno e quedas em idosos da comunidade. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 3, p. 535-546, mar. 2013. Recebido em: 16 jul. 2012. Versão final reapresentada em: 23 out. 2012. Aprovado em: 13 nov. 2012.

PISTELLI, Sueli Rosina Tonial (Org.); SANTOS, Francilene Duarte (Org.); COSTA, Bruna Rafaella Almeida da (Org.). Diálogos multidisciplinares na educação. 1. ed. São Paulo: Editora Laboro, 2021. 91 p. ISBN 978-65-89410-06-5.

POYARES, Dalva; PINTO JR, Luciano Ribeiro; TAVARES, Stella; BARROS-VIEIRA, Sergio. Hipnoindutores e insônia. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 27, supl. I, p. 2-7, 2005.

POYARES, Dalva et al. I Consenso Brasileiro de Insônia. São Paulo: Revista Sono, 2003. p. 3-45.

RIBEIRO, Nelson Ferreira. Tratamento da insônia em atenção primária à saúde. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, v. 11, n. 38, p. 1-14, jan./dez. 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5712/rbmfc11(38)1271. Acesso em: 30 ago. 2024.

SILVA, Luiz Augusto Testi da; SOLIANI, Flaviane Cristina Brito Guzzo; SANCHES, Ana Cláudia Soncini. Hipnóticos-z no tratamento da insônia. Revista Neurociências, [s.l.], 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia) – Universidade Paulista (UNIP), Araçatuba, SP, Brasil. Recebido em: 30 ago. 2021. Aceito em: 21 jul. 2022.

SILVA FILHO, Reginaldo Carvalho da; PRADO, Gilmar Fernandes do. Os efeitos da acupuntura no tratamento da insônia: revisão sistemática. Revista de Neurociências, v. 15, n. 3, p. 183-189, 2007. DOI: 10.4181/RNC.2007.15.183. Recebido em: 25 ago. 2006. Revisão: 26 ago. 2006 a 24 jan. 2007. Aceito em: 26 jan. 2007.

SOARES, Claudio N. Insônia na menopausa e perimenopausa – características clínicas e opções terapêuticas. Revista de Psiquiatria Clínica, v. 33, n. 2, p. 103-109, 2006. Recebido em: 20 mar. 2006. Aceito em: 27 mar. 2006.

SOUZA, José Carlos; REIMÃO, Rubens. Epidemiologia da insônia. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 9, n. 1, p. 3-7, 2004. Recebido em: 29 jul. 2003. Aceito em: 25 fev. 2004.


1 Discentes do Curso Superior de Fisioterapia do Instituto de Ensino Superior Cacoal-RO/ Fanorte. e-mail: amandabarreto1228@gmail.com e montanariflorecio27@gmail.com

2 Docentes do Curso Superior de Fisioterapia do Instituto de Ensino Superior de Cacoal- RO/ Fanorte. e-mail: coord.ingrydoliveira@gmail.com e micheletaiane@hotmail.com