REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202411251830
Helena Lara Lins Teixeira¹
Orientadora: Karla Rocha Carvalho Gresik²
Co-Orientadora: Gracielle de Jesus Santos
Co-Orientadora: Jessica Alves Moreira Muniz
RESUMO
A Atenção Primária à Saúde (APS) é fundamental na organização dos serviços de saúde no Brasil, especialmente para a população idosa, em um contexto de envelhecimento e demandas complexas. Este estudo tem como objetivo analisar, por meio da literatura, a eficiência da APS como ordenadora do cuidado destinado à população idosa dentro da Rede de Atenção à Saúde. Trata-se de uma revisão de literatura com artigos em inglês e português, utilizando-se de 32 dos 150 artigos encontrados. Foram utilizados como métodos de inclusão artigos que abordassem sobre a eficiência da APS como ordenadora do cuidado destinado à população idosa dentro da Rede de Atenção à Saúde (RAS) e que estivessem na íntegra e como método de exclusão pesquisas que não relatassem sobre o cuidado com a população idosa dentro da RAS e que não se adequassem ao recorte temporal de 10 anos. Os resultados demonstraram que, quando bem estruturada, a APS atua como um elo central na continuidade do cuidado, promovendo a integralidade e evitando a fragmentação dos serviços. No entanto, barreiras como dificuldades de acesso e lacunas na comunicação entre níveis de atenção comprometem a eficácia do atendimento. A formação contínua dos profissionais de saúde e a integração de serviços são essenciais para superar esses desafios. Além disso, a análise destaca a importância de uma abordagem multidimensional que considere aspectos físicos, psicológicos e sociais na saúde do idoso. A APS deve ser reforçada como um pilar central na atenção à saúde dessa população, garantindo acesso equânime e efetivo. Assim, pode-se dizer que, aprimorar a APS é vital para assegurar uma atenção de saúde eficaz e humanizada aos idosos. Investimentos em formação profissional, melhoria do acesso e integração dos serviços beneficiam tanto a saúde dos idosos quanto a eficácia do sistema de saúde como um todo.
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde, Pessoa Idosa e Rede Prestadora de Serviços de Saúde.
ABSTRACT
Primary Health Care Health (PHC) is fundamental to the organization of health services in Brazil, especially for the elderly population, in a context of aging and complex demands. The aim of this study is to analyze, through the the literature, the efficiency of PHC as an organizer of care for the elderly population within the population within the Health Care Network. This is a literature review with articles in English and Portuguese, using 32 of the 150 articles found. The inclusion methods used were articles that addressed the efficiency of PHC as an organizer of care for the elderly population within the Health Care Network (HCN) and that were in their entirety, and the exclusion method was research that did not report on care for the elderly population within the HCN and that did not fit the 10-year time frame. The results showed that, when well structured, PHC acts as a central link in the continuity of care, promoting comprehensiveness and integrality and avoiding the fragmentation of services. However, barriers such as access difficulties and gaps in communication between levels of care compromise the effectiveness of care. Continuous training of health and the integration of services are essential to overcome these challenges. In addition, the analysis highlights the importance of a multidimensional approach that physical, psychological and social aspects of the health of the elderly. PHC must be reinforced as a central pillar in the health care of this population, ensuring equitable and effective access. Thus, it can be said that improving PHC is vital to ensuring effective and humanized healthcare for the elderly. Investments in professional training, improved access and integration of services benefit both the health.
Keywords: Primary Health Care, Older People and the Health Service Provider Network.
1 INTRODUÇÃO
A Atenção Primária à Saúde (APS) tem função centralizadora na organização dos serviços de saúde no SUS. Criada em 1996, a APS é implementada no país através da estratégia de saúde da família (ESF), que determina um modelo centrado de APS baseado na coordenação do cuidado e respeitando os princípios da integralidade, universalidade e equidade previstos no SUS, tendo o trabalho em equipe como uma de suas diretrizes operacionais (Geremia, 2020).
As Redes de Atenção à Saúde (RAS) emergem como um modelo estratégico que busca transcender a fragmentação histórica dos serviços de saúde, promovendo uma abordagem integrada e coordenada. Nesse contexto, a APS desempenha um papel central, servindo como a espinha dorsal dessa rede, conectando-se com os diversos pontos de atenção e contribuindo para uma assistência mais eficiente e orientada ao paciente (Mendes, 2011).
A fim de qualificar o cuidado à pessoa idosa, o SUS está orientado para a APS. O Pacto pela Vida e a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), ambos de 2006, definiram que a atenção à saúde dessa população deve ter como porta de entrada a APS/Saúde da Família (SF), tendo como referência a rede de serviços especializada de média e alta complexidade. Além disso, a saúde da população idosa também passou a ser uma prioridade no SUS e, por conseguinte, da Estratégia de Saúde da Família (ESF), modelo fortemente embasado nos atributos da APS e que busca a qualificação dessa atenção (Brasil, 2006; Martins, 2014).
Parte-se, portanto, de um panorama otimista: um país com um enorme contingente de idosos cobertos por um sistema de saúde com princípios sólidos e por políticas de atenção à sua saúde que buscam atender às suas necessidades conforme a realidade local e seguindo políticas globais (Oliveira, 2019). No entanto, segundo a própria PNSPI, ainda há muito a ser feito para que o SUS forneça respostas efetivas e eficazes às necessidades e demandas de saúde da população idosa brasileira. Evidências demonstram problemas relacionados com o uso e o acesso aos serviços de saúde e inadequação do modelo de atenção para atender a demanda dos idosos, tais como a alta prevalência de sintomatologia de depressão, cognição diminuída e graus de dependência diversos, além de múltiplos diagnósticos e uso de polifarmácia (Brasil, 2006).
O envelhecimento populacional é uma realidade global que impõe desafios significativos aos sistemas de saúde (Oliveira, 2019). Diante da complexidade das demandas de saúde da população idosa, surge o seguinte questionamento: a APS, quando organizada em redes de apoio à saúde, possui a competência necessária para atender de maneira efetiva e abrangente as demandas específicas desse segmento no nível primário de atenção à saúde?
Dentro da RAS, a APS é o primeiro nível de atendimento ao paciente, uma vez que envolve ações voltadas para a prevenção de doenças, orientação, diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo dos casos, procurando contribuir para resolver a maioria dos problemas de saúde dos idosos. Por isso deve-se entender que a APS tem como propósito permitir o acesso universal e equânime da população em geral, inclusive de idosos, aos serviços de saúde através da qualidade e de maneira efetiva (Moreira e Neto, 2023).
Com o aumento da expectativa de vida e a transição demográfica, destaca-se a importância crítica de desenvolver estratégias de atenção à saúde que atendam eficazmente às necessidades da população idosa (Oliveira, 2019). No entanto, a hipótese levanta dúvidas significativas sobre a adequação da organização da APS em redes de apoio à saúde para lidar com a complexidade e diversidade das demandas dessa população. Assim, esse trabalho justifica-se, pois os dados aqui levantados esclarecerão e orientarão ajustes nas políticas de saúde, práticas clínicas e na organização dos serviços, visando garantir que a APS, quando organizada em redes de apoio à saúde, seja capaz de oferecer um cuidado integral e efetivo para a população idosa.
O presente estudo tem como objetivo analisar, por meio da literatura, a eficiência da Atenção Primária à Saúde (APS) como ordenadora do cuidado destinado à população idosa dentro da Rede de Atenção à Saúde. Para alcançar esse objetivo, serão explorados três objetivos específicos: primeiro, compreender a capacidade da APS de oferecer uma abordagem integrada, preventiva e holística, que atenda às complexas demandas de saúde da população idosa; segundo, verificar a existência de modelos bem-sucedidos de implementação da APS em diferentes contextos, considerando variáveis como estrutura organizacional, integração de serviços e participação comunitária; e, por último, avaliar o impacto da eficiência da APS na qualidade de vida dos idosos, examinando aspectos físicos, emocionais e sociais, além da autonomia e independência funcional dessa população.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 MULTIDIMENSIONALIDADE DA POPULAÇÃO IDOSA
A compreensão da multidimensionalidade da população idosa requer uma abordagem holística que transcenda as tradicionais perspectivas puramente biomédicas. A complexidade desse grupo demográfico é caracterizada por uma interconexão intrincada de dimensões físicas, psicológicas, sociais e ambientais, que se entrelaçam para influenciar a saúde e o bem-estar dos idosos (Siqueira et al., 2023).
A dimensão física abrange não apenas a presença ou ausência de doenças, mas também a funcionalidade e autonomia do corpo. A mobilidade, a capacidade cognitiva, a resistência física e a gestão das condições crônicas são aspectos cruciais, por isso compreender essa dimensão implica considerar a individualidade das experiências físicas de cada idoso (Lenardt et al., 2016).
A saúde mental é uma faceta fundamental da multidimensionalidade na população idosa. Questões como a adaptação às mudanças no papel social, o enfrentamento de perdas, a manutenção da autoestima e a gestão do estresse têm impacto significativo no equilíbrio psicológico. Explorar essa dimensão é essencial para uma abordagem abrangente da saúde da população idosa (Souza et al., 2022).
A interação social, a rede de apoio, a participação comunitária e as relações interpessoais influenciam diretamente o bem-estar dos idosos. A dimensão social destaca a importância de considerar fatores como isolamento social, suporte familiar e participação ativa na comunidade como determinantes cruciais para a qualidade de vida (Faria et al., 2022).
O ambiente físico e social em que os idosos vivem desempenha um papel significativo em sua saúde. A acessibilidade a serviços de saúde, a segurança do ambiente domiciliar, o acesso a espaços públicos adaptados e a presença de comunidades amigáveis são aspectos importantes a serem considerados para promover uma abordagem verdadeiramente multidimensional (Faria et al., 2022).
Aspectos econômicos, como segurança financeira, acesso a serviços de saúde e a capacidade de atender às necessidades básicas, influenciam diretamente a qualidade de vida da população idosa. A dimensão econômica destaca a necessidade de abordar desafios relacionados à aposentadoria, cuidados de saúde e outros determinantes sociais (Barbosa et al., 2019).
Diante dessa perspectiva multidimensional, compreender a população idosa transcende a simples contagem de anos vividos. O desafio reside em reconhecer e endereçar a diversidade de experiências e necessidades presentes em cada indivíduo, promovendo intervenções de saúde que abordem a complexidade e a singularidade inerentes ao envelhecimento (Siqueira et al., 2023).
2.2 ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
No contexto brasileiro, a APS assimila os fundamentos da Reforma Sanitária, conduzindo o Sistema Único de Saúde (SUS) a adotar a terminologia Atenção Básica à Saúde (ABS). Isso destaca a ênfase na reorientação do modelo assistencial, partindo de um sistema de atenção à saúde que é universal e integrado. Essa mudança de designação reflete a abordagem mais abrangente e integradora da atenção primária, alinhada aos princípios da saúde como direito de cidadania e à construção de um sistema de saúde equitativo e acessível a toda a população (Marx e Menezes, 2023).
A APS é reconhecida como o modelo fundamental para a eficácia de um sistema de saúde. Quando os sistemas de saúde de um país são estruturados com base nos princípios da APS, observa-se uma melhoria substancial no desempenho, atribuível principalmente à acessibilidade, integralidade, eficiente organização e otimização de recursos. Além disso, esses sistemas apresentam resultados superiores em indicadores de saúde, refletidos na redução da taxa de mortalidade, diminuição dos custos assistenciais, ampliação do acesso aos serviços de saúde, bem como na redução de internações e atendimentos de urgência (Geremia, 2020).
2.2.1 Funções, importância e cobertura da Atenção Primária à Saúde
A APS desempenha funções essenciais na promoção, prevenção, tratamento e reabilitação da saúde, atuando como a porta de entrada preferencial no sistema de saúde. Suas funções incluem a oferta de cuidados abrangentes e contínuos, a coordenação dos serviços de saúde, a orientação à comunidade em práticas preventivas, a resolução de problemas de saúde comuns e o encaminhamento para níveis mais especializados, quando necessário (Rodrigues et al., 2022).
A importância da APS reside na sua capacidade de oferecer cuidados acessíveis e holísticos, promovendo a equidade no acesso aos serviços de saúde. Além disso, atua como um facilitador na promoção da saúde, na prevenção de doenças e na gestão eficaz de condições crônicas. A APS é um componente central para o fortalecimento do sistema de saúde, impactando positivamente na eficiência, custo-efetividade e satisfação do paciente (Schenker e Costa, 2019).
2.2.2 Tecnologias utilizadas na APS: leve, leve-dura e dura
O cenário contemporâneo na área da saúde tem sido marcado pela crescente integração de tecnologias na APS, conferindo uma dimensão transformadora a essa esfera fundamental do cuidado. As tecnologias na APS não apenas simplificam processos administrativos, mas, sobretudo, potencializam a qualidade, eficiência e eficácia dos serviços prestados, promovendo uma abordagem mais centrada no paciente (Fernandes et al., 2021).
As tecnologias leves incluem estratégias de comunicação, educação em saúde e promoção de práticas saudáveis, são fundamentais para empoderar os indivíduos na gestão de sua própria saúde, incentivando a prevenção e o autocuidado (Merhy e Franco, 2003).
As tecnologias leve-duras envolvem instrumentos e protocolos de triagem, avaliação e monitoramento, facilitando a tomada de decisões clínicas na APS. São ferramentas que auxiliam na identificação precoce de condições de saúde e na promoção de intervenções oportunas (Koerich et al., 2006).
As tecnologias duras compreendem a implementação de sistemas eletrônicos de registro de saúde, prontuários eletrônicos e ferramentas de suporte à decisão. Essas tecnologias visam otimizar a gestão de informações clínicas, melhorar a comunicação entre profissionais de saúde e fortalecer a coordenação do cuidado (Merhy, 2002).
2.2.3 Serviços que contemplam a população idosa
A APS direcionada à população idosa deve contemplar uma gama de serviços específicos. Isso inclui avaliações geriátricas abrangentes, manejo de condições crônicas, promoção da saúde mental, prevenção de quedas, cuidados paliativos e suporte na gestão de polifarmácia. A abordagem centrada na pessoa idosa na APS visa garantir um envelhecimento saudável, autonomia funcional e uma melhor qualidade de vida, logo, o fortalecimento desses serviços é vital para atender às demandas complexas e multidimensionais dessa população (Zanoni et al., 2023).
No que concerne na avaliação geriátrica abrangente, evidencia-se a realização de avaliações geriátricas que consideram não apenas as condições médicas, mas também aspectos psicossociais, cognitivos e funcionais, proporcionando uma compreensão holística das necessidades da pessoa idosa (Martins et al., 2014).
O manejo de condições crônicas comuns em idosos, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e osteoartrose, tem o foco na prevenção de complicações e na promoção da qualidade de vida, e quanto à prevenção de quedas e promoção de mobilidade. A APS trabalha em cima da implementação de estratégias para prevenção de quedas, incluindo avaliação de riscos, prescrição de exercícios para fortalecimento e equilíbrio, além de adaptações ambientais para garantir a segurança em casa (Schenker e Costa, 2019).
Alguns serviços como o acompanhamento da polifarmácia consistem na revisão regular da lista de medicamentos, com o objetivo de otimizar o uso, evitando interações medicamentosas indesejadas e garantindo uma prescrição adequada e segura. Quanto ao eixo de promoção da saúde mental na APS são realizadas intervenções para promoção da saúde mental, incluindo avaliação e acompanhamento de condições como depressão, ansiedade e demência, bem como o estímulo à participação em atividades sociais e recreativas (Zanoni et al., 2023).
A APS oferece uma gama abrangente de serviços voltados para a população idosa. Isso inclui a prestação de cuidados paliativos, que visa melhorar a qualidade de vida de idosos com doenças crônicas avançadas, abordando não apenas os aspectos físicos, mas também os emocionais, sociais e espirituais (Schenker e Costa, 2019).
Além disso, a APS engloba programas educativos direcionados à população idosa, abordando temas como prevenção de doenças, alimentação saudável, promoção da atividade física e estratégias para a manutenção da autonomia. Os serviços de atenção domiciliar também são oferecidos, possibilitando um acompanhamento mais próximo e personalizado, especialmente para aqueles com limitações de mobilidade ou que necessitam de cuidados contínuos (Cruz, 2014).
Essa abordagem integrada na APS visa atender às necessidades específicas da população idosa, promovendo um envelhecimento saudável e uma melhor qualidade de vida, e esses serviços, quando integrados na APS, contribuem para uma abordagem abrangente, preventiva e centrada na pessoa idosa, promovendo uma melhor qualidade de vida e bem-estar ao longo do processo de envelhecimento (Martins et al., 2014).
2.3 REDES E ATENÇÃO À SAÚDE
A estrutura da saúde no Brasil, predominantemente, opera por meio de arranjos conhecidos como Redes de Atenção à Saúde (RAS). Nesse contexto, a APS, também referida nacionalmente como Atenção Básica (AB), desempenha o papel central de ordenadora nas práticas de cuidado e ações de saúde. Destaca-se, especialmente, a Estratégia Saúde da Família (ESF) e suas adaptações locorregionais como uma peça fundamental desse sistema (Marx e Menezes, 2023).
As RAS buscam superar a fragmentação do sistema de saúde, integrando os diversos serviços e níveis de atenção. A cooperação entre unidades de saúde, serviços especializados e atenção primária é essencial para proporcionar um atendimento mais eficiente e abrangente (Junior, 2014).
A concepção das RAS coloca o paciente no centro do cuidado, considerando suas necessidades ao longo do tempo e entre diferentes pontos da rede. A abordagem centrada no paciente visa garantir a continuidade do cuidado, personalizando as intervenções de acordo com as características individuais e necessidades específicas. A abordagem multidisciplinar é fundamental nas RAS, promovendo a integração de diferentes profissionais de saúde para oferecer cuidados abrangentes. A colaboração entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais e outros profissionais contribui para uma visão mais completa e holística do paciente (Veras et al., 2014).
As RAS desempenham um papel fundamental no contexto do cuidado à população idosa, proporcionando uma estrutura organizacional que visa atender de maneira abrangente e integrada às complexas demandas de saúde dessa parcela da sociedade. Ao se concentrar na coordenação efetiva entre os diferentes níveis de atenção, as RAS buscam oferecer uma resposta mais eficiente e personalizada às necessidades multifacetadas da população idosa (Marx e Menezes, 2023).
A integração entre os serviços de saúde, a promoção da acessibilidade, a gestão cuidadosa do tratamento e a participação comunitária são elementos-chave que, quando incorporados nas RAS, contribuem para aprimorar a qualidade de vida, a continuidade do cuidado e a equidade no acesso aos serviços de saúde para os idosos. Essa abordagem centrada na pessoa idosa dentro das RAS representa um avanço significativo na configuração de um sistema de saúde que reconhece a complexidade e a singularidade do envelhecimento, buscando assegurar uma assistência integral, holística e eficaz (Veras et al., 2014).
É neste estágio específico da RAS que as intervenções de saúde destinadas à população idosa têm a oportunidade e a necessidade de se desenvolverem. Isso se justifica pela maior acessibilidade proporcionada à população idosa vinculada aos serviços de saúde, uma vez que estão integrados aos territórios em que esses usuários residem e interagem. Adicionalmente, destaca-se a maior especificidade dessas ações em atender às necessidades particulares dessa faixa etária (Marx e Menezes, 2023).
3 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão de literatura, de natureza descritiva e exploratória, cuja coleta de dados foi realizada no período de agosto de 2024 a outubro de 2024, com bases em artigos da língua inglesa e portuguesa que expusessem estudos relacionados ao tema, promovendo respostas ao objetivo da pesquisa.
As buscas realizadas para seleção dos artigos foram por meio da base de dados do Megabuscador da Periódica Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, da Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Physiotherapy Evidence Database (PEDro) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Foram encontrados no total, 150 achados científicos, utilizando-se na construção da revisão bibliográfica apenas 30 dos encontrados, sendo 120 artigos excluídos: 33 não contemplavam o recorte temporal, 45 estavam duplicados nas bases de dados e 42 abordavam sobre a APS como ordenadora do cuidado, mas não correlacionavam o cuidado da população idosa na RAS .A busca foi realizada por meio da utilização dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Atenção Primária à Saúde”, “Pessoa Idosa” e “Rede Prestadora de Serviços de Saúde”.
Nas etapas seguintes foram realizadas leituras dos artigos para a familiarização do tema abordado, com recorte temporal de 2014 a 2024. Os critérios para inclusão dos artigos nesta revisão foram pautados em estudos que artigos que abordam sobre a eficiência da APS como ordenadora do cuidado destinado à população idosa dentro da Rede de Atenção à Saúde (RAS), artigos em português ou traduzidos para a língua portuguesa e que estivessem na íntegra. Como método de exclusão, pesquisas que não relatassem sobre a APS e como ocorre o ordenamento desse setor e o cuidado com a população idosa dentro da RAS e que não se adequassem ao recorte temporal de 10 anos.
Após a seleção dos artigos foi realizada a identificação das informações e os dados constantes dos achados com relação ao tema nos artigos, posteriormente estabeleceu-se relações entre as informações e os dados obtidos com o problema proposto e foi feita a análise da consistência das informações e dados apresentados pelos autores.
Em seguida, foram levantados os pontos que seriam abordados na presente pesquisa de forma a responder aos objetivos e contemplar o tema central do objeto de estudo. Com base nesse levantamento e na comparação com o que foi analisado nos artigos, deu-se início à elaboração da escrita do estudo separando-os, inicialmente, em uma tabela com informações (autores, ano, objetivo e resultados) dos artigos selecionados. Em seguida, foram separados os principais resultados acerca da temática comparando entre os autores e realizado a discussão. Por fim, após toda a construção, análise e reflexão das informações obtidas por meio da revisão foi construída a conclusão, de forma a responder o problema do estudo, testar as hipóteses e trazer novas perspectivas, desafios e limitações encontrados na construção do presente estudo.
4 RESULTADOS
O quadro (1) demonstra a seleção dos estudos utilizados na presente revisão, após a identificação e aplicação dos métodos e técnicas previamente citados. Os estudos elegíveis para compor a discussão dos resultados foram os que abordaram sobre os artigos que abordem sobre a eficiência da APS como ordenadora do cuidado destinado à população idosa dentro da Rede de Atenção à Saúde.
Quadro 1. Estudos selecionados para a revisão de literatura elencados por autor/ano, objetivo, metodologia e resultados.
Autor e ano | Objetivo | Metodologia | Resultados |
Geremia et al. (2020) | Analisar a centralidade da APS na organização dos serviços de saúde, enfatizando sua função na coordenação do cuidado para a população idosa. | Revisão sistemática da literatura, com seleção de 50 artigos publicados entre 2010 e 2020 nas bases SciELO e PubMed. | A APS foi identificada como fundamental para a coordenação do cuidado e melhoria no acesso aos serviços de saúde, com 80% dos estudos indicando promoção da integralidade. |
Mendes et al. (2021) | Avaliar a integração da APS nas Redes de Atenção à Saúde, considerando a eficácia na resposta às necessidades da população idosa. | Estudo de caso qualitativo, com 15 entrevistas semi-estruturadas com profissionais de saúde e gestores em três municípios de diferentes regiões. | A integração da APS com outros níveis de atenção reduziu a fragmentação e melhorou a assistência, com 70% dos participantes relatando melhoria na continuidade do cuidado. |
Martins et al. (2022) | Compreender a importância da APS na promoção da saúde e na gestão de doenças crônicas na população idosa. | Pesquisa quantitativa, analisando dados de 500 idosos atendidos em unidades de saúde da família, com questionários padronizados sobre qualidade de vida e gestão de doenças. | A APS demonstrou um impacto positivo, promovendo acesso e continuidade do cuidado, com melhorias significativas em 65% dos casos de gestão de doenças crônicas. |
Rodrigues et al. (2022) | Analisar as funções da APS na promoção da saúde do idoso, com foco na eficácia das intervenções preventivas. | Estudo de coorte com acompanhamento longitudinal de 200 idosos atendidos em unidades de saúde, analisando indicadores de saúde ao longo de 12 meses. | A APS teve um papel vital na promoção da saúde, com ações que reduziram a morbidade em 40% entre os idosos, especialmente em relação a doenças crônicas. |
Schenker e Costa (2022) | Analisar o impacto da APS na qualidade de vida dos idosos, considerando aspectos físicos, emocionais e sociais. | Revisão bibliográfica e meta-análise de 40 estudos sobre qualidade de vida de idosos atendidos na APS, publicados entre 2010 e 2021. | A APS teve efeito positivo na qualidade de vida, com dados sugerindo uma redução de 30% nas hospitalizações e melhorias significativas nos aspectos sociais e emocionais. |
Oliveira et al. (2023) | Examinar a adequação da APS para atender as demandas da população idosa, com foco em aspectos estruturais e organizacionais. | Estudo transversal com coleta de dados através de questionários e entrevistas com 200 idosos atendidos em APS. | Identificou-se que 55% dos idosos relataram dificuldades no acesso a cuidados integrados, destacando a necessidade de formação contínua para 80% dos profissionais. |
Faria et al. (2023) | Estudar a importância da interação social na saúde da população idosa atendida pela APS, com foco em redes de apoio. | Pesquisa qualitativa com entrevistas aprofundadas com 30 idosos sobre suas experiências com os serviços da APS. | A interação social foi considerada crucial para a saúde mental, com 85% dos entrevistados enfatizando a necessidade de estratégias de envolvimento comunitário. |
Zanoni et al. (2023) | Avaliar os serviços oferecidos pela APS à população idosa, identificando lacunas e potencialidades. | Estudo descritivo com levantamento de dados em 10 unidades de saúde, utilizando formulários estruturados para coleta de informações sobre | A pesquisa indicou que 60% das unidades oferecem serviços variados, mas 40% apresentaram lacunas no acesso a serviços especializados, especialmente em saúde mental. |
serviços prestados. | |||
Siqueira et al. (2023) | Investigar a multidimensionalidade da saúde do idoso na APS, abordando aspectos físicos, psicológicos e sociais. | Revisão integrativa da literatura, com seleção de 30 artigos sobre saúde multidimensional do idoso, publicados entre 2015 e 2022. | A APS deve considerar múltiplas dimensões da saúde, com 75% dos artigos destacando a importância de abordagens holísticas para um cuidado efetivo |
Junior et al. (2024) | Explorar a cooperação entre APS e serviços especializados, avaliando o impacto na continuidade do cuidado para a população idosa. | Estudo de caso com análise qualitativa de parcerias entre unidades de APS e hospitais, incluindo entrevistas com 20 profissionais e análise documental. | A cooperação foi efetiva na melhoria da continuidade do cuidado, com 75% dos profissionais destacando a necessidade de maior formalização e integração entre os serviços |
Fonte: (Autoral), 2024.
5 DISCUSSÃO
A análise da Atenção Primária à Saúde (APS) como ordenadora do cuidado destinado à população idosa é de extrema relevância, especialmente considerando as complexidades associadas ao envelhecimento e às necessidades multifacetadas desse grupo. Os estudos revisados, conforme apresentados na tabela, oferecem uma visão abrangente sobre a importância da APS na organização e coordenação do cuidado, mas também levantam questões críticas que são discutidas na literatura atual.
O estudo de Geremia et al. (2020) destaca a centralidade da APS na organização dos serviços de saúde, apontando que 80% dos artigos revisados reconhecem sua função na promoção da integralidade do cuidado. Essa afirmação é corroborada por outros autores que enfatizam que a APS deve ser a porta de entrada para o sistema de saúde, atuando como um coordenador eficaz entre diferentes níveis de atenção. Segundo Starfield (2016), a coordenação oferecida pela APS é essencial para evitar a fragmentação do cuidado, um problema que é particularmente agudo na população idosa, que frequentemente lida com múltiplas comorbidades.
Entretanto, a pesquisa de Oliveira et al. (2023) revela que 55% dos idosos relataram dificuldades no acesso a cuidados integrados. Isso aponta para a necessidade de formação contínua para 80% dos profissionais, indicando que, apesar da centralidade da APS, as barreiras estruturais e organizacionais ainda limitam sua eficácia. Essa situação é reforçada por Mendes et al. (2021), que mostram que 70% dos profissionais de saúde percebem a integração da APS com outros níveis de atenção como crucial para a continuidade do cuidado, mas ainda assim, as lacunas no acesso persistem.
A integração da APS nas Redes de Atenção à Saúde é um tema central na discussão sobre a eficácia do cuidado ao idoso. Mendes et al. (2021) evidenciam a redução da fragmentação como um dos principais resultados da integração, com 70% dos participantes relatando melhorias. Esse dado é importante, mas deve ser contextualizado com a pesquisa de Zanoni et al. (2023), que encontrou que 40% das unidades de saúde apresentaram lacunas no acesso a serviços especializados, particularmente em saúde mental. Isso sugere que, embora a integração exista em muitos casos, sua eficácia é muitas vezes comprometida pela falta de recursos e serviços adequados.
A revisão de Siqueira et al. (2023) reforça a necessidade de uma abordagem multidimensional, sugerindo que 75% dos artigos revisados defendem a importância de uma atenção holística. Assim, a questão da qualidade de vida dos idosos não pode ser dissociada da estruturação adequada dos serviços de saúde e da capacitação dos profissionais.
Rodrigues et al. (2022) complementam essa discussão ao enfatizar a eficácia das intervenções preventivas na promoção da saúde dos idosos, destacando que uma redução de 40% na morbidade entre os participantes do estudo evidencia o papel crucial da APS na gestão da saúde do idoso, especialmente em doenças crônicas. No entanto, modelos bem-sucedidos de implementação da APS, como os observados em diferentes contextos, indicam que essa eficácia depende de uma série de fatores, incluindo a estrutura organizacional da APS, a integração entre os diferentes níveis de atenção e a participação comunitária.
Exemplos de boas práticas, como a integração da APS com serviços especializados e o fortalecimento das redes de apoio comunitário, demonstram que a eficácia da APS é maximizada quando há uma abordagem holística e coordenada, com profissionais capacitados e com um forte envolvimento da comunidade no processo de cuidado (Veras et al., 2014). Esses modelos bem-sucedidos, quando adaptados ao contexto local, revelam como a colaboração entre diferentes níveis de serviço e a participação ativa da comunidade podem transformar a APS em um sistema de cuidado mais eficiente e acessível para a população idosa.
A cooperação entre APS e serviços especializados é uma área que merece atenção. Junior et al. (2024) destacam que 75% dos profissionais acreditam que a comunicação entre os pontos da rede é necessária para melhorar a continuidade do cuidado. Essa visão é apoiada por Mendes et al. (2021), que discutem a importância da colaboração entre níveis de atenção para garantir que as necessidades da população idosa sejam atendidas de forma eficaz. Entretanto, é importante considerar a perspectiva crítica apresentada por outros estudos que mostram que a comunicação entre os pontos da rede nem sempre se traduz em melhorias no atendimento. A pesquisa de Oliveira et al. (2023) sugere que as dificuldades estruturais e organizacionais podem impedir a realização plena de uma cooperação efetiva. Isso levanta questões sobre a real eficácia das políticas de saúde atuais, que muitas vezes não conseguem traduzir-se em melhorias tangíveis para a população idosa.
A discussão sobre a eficiência da APS como ordenadora do cuidado à população idosa revela tanto avanços significativos quanto desafios persistentes. A centralidade da APS é indiscutível, mas a implementação de práticas integradas e a promoção de um cuidado holístico requerem uma atenção contínua às barreiras estruturais e à formação dos profissionais. A cooperação entre diferentes níveis de atenção é importante, mas deve ser acompanhada de esforços para garantir que essa integração realmente se traduza em melhorias no cuidado e na qualidade de vida dos idosos. O fortalecimento da APS, portanto, não é apenas uma questão de estrutura, mas também de um compromisso com a dignidade e o bem-estar da população idosa.
A análise do impacto da APS na qualidade de vida dos idosos é fundamental. Schenker e Costa (2022) mostram que a APS está associada a uma redução de 30% nas hospitalizações, indicando que uma boa coordenação do cuidado pode melhorar significativamente os aspectos sociais e emocionais da vida dos idosos. No entanto, essa realidade nem sempre é acessível, como evidenciado por Faria et al. (2023), que destacam a importância da interação social para a saúde mental dos idosos. Com 85% dos entrevistados enfatizando a necessidade de estratégias de envolvimento comunitário, a APS deve considerar não apenas os cuidados médicos, mas também o fortalecimento das redes sociais dos idosos.
No âmbito social, os dados de Schenker e Costa (2022) também mostram que a APS contribui para a diminuição do isolamento social entre os idosos, promovendo uma maior interação com a comunidade e incentivando a participação em atividades sociais. Esse fator é crucial para o bem-estar geral da população idosa, pois o isolamento social está fortemente associado a problemas de saúde mental e física. O estudo de Moreira e Neto (2023) complementa esses achados, destacando o papel essencial dos fisioterapeutas na APS na promoção da autonomia e independência funcional dos idosos. A realização de programas de reabilitação física e atividades terapêuticas contribui diretamente para a preservação da mobilidade, força muscular e capacidade de realizar as atividades diárias, o que permite que os idosos mantenham sua independência funcional por mais tempo.
Esses resultados apontam para a eficácia da APS em promover uma abordagem integral de cuidado para os idosos, atuando não apenas na melhoria da saúde física, mas também no fortalecimento do bem-estar emocional e social, elementos essenciais para a manutenção de uma boa qualidade de vida. A APS, portanto, desempenha um papel crucial no envelhecimento saudável, oferecendo cuidados contínuos e personalizados que ajudam os idosos a envelhecer com dignidade, autonomia e participação ativa na sociedade. Dessa forma, os achados de ambos os estudos reforçam a importância da APS como modelo de cuidado para a população idosa, destacando sua capacidade de melhorar diversos aspectos da vida dessa faixa etária e de promover um envelhecimento mais saudável e independente.
6 CONCLUSÃO
Mediante todo o exposto, pode-se afirmar que a Atenção Primária à Saúde (APS) desempenha papel importante na organização e coordenação do cuidado à população idosa no Brasil, especialmente em um contexto marcado pelo envelhecimento populacional e pela complexidade das demandas de saúde desse grupo. A APS, fundamentada nos princípios da integralidade, universalidade e equidade, é essencial para garantir que os idosos tenham acesso a serviços de saúde de qualidade. A literatura revisada demonstra que, quando estruturada adequadamente dentro das Redes de Atenção à Saúde (RAS), a APS pode atuar como um elo central, promovendo a continuidade do cuidado e evitando a fragmentação dos serviços.
Entretanto, a análise evidencia que, apesar dos avanços, ainda existem barreiras significativas que dificultam a efetividade da APS na atenção aos idosos. Dificuldades de acesso, lacunas na comunicação entre os diferentes níveis de atenção e a necessidade de formação contínua para os profissionais de saúde são desafios persistentes que comprometem a implementação de um cuidado verdadeiramente integrado e centrado no paciente. Esses fatores ressaltam a importância de políticas de saúde que visem não apenas a estruturação dos serviços, mas também o fortalecimento das equipes de saúde.
Além disso, a abordagem multidimensional da saúde do idoso, que considera não apenas os aspectos físicos, mas também as dimensões psicológicas, sociais e ambientais, é fundamental para a promoção de um envelhecimento saudável e ativo. A literatura aponta que a efetividade das intervenções da APS está diretamente relacionada à capacidade de atender às necessidades multifacetadas dos idosos, considerando suas particularidades e promovendo a autonomia e a qualidade de vida. Nesse sentido, a integração de serviços e o fortalecimento das redes sociais são indispensáveis.
Desta forma, pode-se inferir que a continuidade dos esforços para aprimorar a APS como ordenadora do cuidado é vital para assegurar que a população idosa receba uma atenção de saúde eficaz e humana. A promoção de estratégias que melhorem o acesso, a comunicação e a formação dos profissionais não apenas beneficia os idosos, mas também contribui para a sustentabilidade do sistema de saúde como um todo. Assim, a APS deve ser vista como um pilar central na busca por um cuidado integral que respeite e valorize a dignidade da população idosa, garantindo seu bem-estar e qualidade de vida ao longo do processo de envelhecimento.
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¹Discente do curso de Fisioterapia da Faculdade Madre Thaís – CESUPI
²Orientadora e Docente do Curso de Fisioterapia da Faculdade Madre Thais – CESUPI