LEVEL OF KNOWLEDGE OF EARLY CHILDHOOD EDUCATION PROFESSIONALS AT A PUBLIC DAY CARE CENTER REGARDING PROCEDURES CARRIED OUT IN REGARD TO CHOKING IN CHILDREN
NIVEL DE CONOCIMIENTO DE LOS PROFESIONALES DE EDUCACIÓN INFANTIL DE UNA GUARDERÍA PÚBLICA SOBRE LOS PROCEDIMIENTOS REALIZADOS ANTE ASFIXIA EN NIÑOS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202411260755
Maria Helena de Araujo Pereira Dionizio1; Raquel Bezerra Ferreira2; Warly Neves de Araújo3; Alisson Aguiar Brito4; Anny Pires de Freitas Rossone5; Fabiano Nobrega6; Geovane Rossone Reis7; Gabriella Barreira Gomes8
RESUMO
O número de óbitos por engasgo notificados em crianças de 0-9 anos de idade, no Brasil, de 2009 a 2019, foi de 2.148. O número médio de casos por ano, de 2009 a 2019, foi 195,27. No decênio considerado, as notificações de óbitos por engasgo nesta faixa etária se mostraram sem grandes alterações, oscilando de 174 em 2018 a 233 casos em 2013 (aumento de 33,9%). A pesquisa investigou o nível de conhecimento dos profissionais de educação infantil de uma creche de rede pública em relação aos procedimentos adequados a serem adotados em casos de engasgo em crianças. A mesma busca identificar se esses profissionais estão preparados para lidar com situações de emergência, considerando a importância da formação contínua e do treinamento em primeiros socorros. Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo, de abordagem qualiquantitativa e design transversal, realizada com 24 profissionais de educação infantil em Formoso do Araguaia-TO. Os dados foram coletados através de um questionário presencial com 19 questões de fácil entendimento, sobre variáveis sociodemográficas, experiência com primeiros socorros, conhecimentos específicos, variáveis relacionadas à atitude e variáveis relacionadas à aptidão. Os resultados revelam lacunas significativas no conhecimento dos educadores, destacando a necessidade de programas de capacitação que garantam a segurança e o bem-estar das crianças.
Palavras-chave: Engasgo; saúde da criança; primeiros socorros; educação infantil.
ABSTRACT
The number of choking deaths reported in children aged 0-9 years old, in Brazil, from 2009 to 2019, was 2,148. The average number of cases per year, from 2009 to 2019, was 195.27. In the decade considered, notifications of deaths due to choking in this age group showed no major changes, ranging from 174 in 2018 to 233 cases in 2013 (increase of 33.9%). The research investigated the level of knowledge of early childhood education professionals at a public daycare center in relation to the appropriate procedures to be adopted in cases of choking in children. It seeks to identify whether these professionals are prepared to deal with emergency situations, considering the importance of ongoing training and first aid training. This is descriptive research, with a qualitative and quantitative approach and cross-sectional design, carried out with 24 early childhood education professionals in Formoso do Araguaia-TO. Data were collected through a face-to-face questionnaire with 19 easy-to-understand questions on sociodemographic variables, experience with first aid, specific knowledge, variables related to attitude and variables related to aptitude. The results reveal significant gaps in educators’ knowledge, highlighting the need for training programs that guarantee the safety and well-being of children.
Keywords: Choke; child health; first aid; early childhood education.
Resumen
El número de muertes por asfixia reportadas en niños de 0 a 9 años en Brasil, de 2009 a 2019, fue de 2.148. El promedio de casos por año, de 2009 a 2019, fue de 195,27. En la década considerada, las notificaciones de muertes por asfixia en este grupo de edad no mostraron grandes cambios, pasando de 174 en 2018 a 233 casos en 2013 (aumento del 33,9%). La investigación investigó el nivel de conocimiento de los profesionales de la educación infantil de una guardería pública en relación a los procedimientos adecuados a adoptar en casos de asfixia en niños. Se busca identificar si estos profesionales están preparados para enfrentar situaciones de emergencia, considerando la importancia de la educación continua y la capacitación en primeros auxilios. Se trata de una investigación descriptiva, con enfoque cualitativo, cuantitativo y diseño transversal, realizada con 24 profesionales de la educación infantil en Formoso do Araguaia-TO. Los datos se recolectaron a través de un cuestionario presencial con 19 preguntas de fácil comprensión sobre variables sociodemográficas, experiencia en primeros auxilios, conocimientos específicos, variables relacionadas con la actitud y variables relacionadas con la aptitud. Los resultados revelan importantes lagunas en el conocimiento de los educadores, destacando la necesidad de programas de formación que garanticen la seguridad y el bienestar de los niños.
Palabras clave: Asfixia; salud infantil; Primeros auxilios; educación infantil.
1. Introdução
A educação infantil envolve qualquer forma de educação da criança, ou seja, ela na família, comunidade, sociedade e cultura. De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), Brasil, (1998), a instituição de educação infantil é um dos espaços de inserção das crianças nas relações éticas e morais que permeiam a sociedade na qual estão inseridas. É considerada a primeira etapa da educação básica, ajudando no desenvolvimento psicológico, físico e social da criança. Entre as injúrias não planejadas, habitualmente conhecidas como acidentes na infância, ressaltam-se as causadas por aspiração de corpo estranho (Jonge et al, 2020).
A obstrução de vias aéreas por corpo estranho (Ovace), conhecida também como engasgo, decorre principalmente da falha no reflexo de fechamento da laringe, controle inadequado da deglutição e aspirações de objetos. Os sinais que a criança pode apresentar são de tosse, náuseas, agitação dos membros, ausência de fala e, sobretudo, levar mãos à garganta. No Brasil, mesmo com decréscimo nos valores de injúrias não intencionais em crianças nas últimas décadas, ainda são constatados mais de dois mil óbitos anualmente em menores de cinco anos por aspiração de corpo estranho, ocupando a décima posição entre as principais causas de morte nesse grupo populacional, o que representa um importante problema de saúde pública (Jonge et al, 2020).
O total de óbitos por engasgo notificados em crianças de 0-9 anos de idade, no Brasil, de 2009 a 2019, foi de 2.148. O número médio de casos por ano, de 2009 a 2019, foi 195,27. No decênio considerado, as taxas de óbitos por engasgo nesta faixa etária mostraram-se sem grandes alterações, oscilando de 174 em 2018 a 233 casos em 2013 (aumento de 33,9%). Ressalta-se a vulnerabilidade das crianças pequenas a essa ocorrência, especialmente as menores de quatro anos, visto que nessa fase da infância existe a tendência natural de levar objetos à boca, além disso, tais crianças possuem pouca experiência em mastigar e engolir. A maior letalidade está relacionada à inépcia para solicitar socorro e, quando tal ocorrência não resulta em óbito, lesões permanentes e incalculáveis repercussões físicas, sociais, econômicas e emocionais para a criança, família e sociedade podem surgir e, por vezes, estender-se pela adolescência à vida adulta (Jonge et al, 2020). Considerando que o ambiente escolar é onde as crianças passam a maior parte do seu dia, este se constitui um cenário onde os agravos podem acometer a saúde infantil com maior incidência. Sendo assim, os profissionais de educação possuem maiores chances de testemunhar eventos acidentais, precisando intervir de forma imediata, inclusive frente a aspiração de corpo estranho (Jonge et al, 2020).
Em conhecimento disso, em 2018, no Brasil, foi sancionada a Lei No. 13.7225 que determina a capacitação em primeiros socorros de professores e funcionários de escolas, públicas e privadas, de ensino infantil e básico. Conhecida como “Lei Lucas” é uma homenagem a uma criança que veio a óbito no ano de 2017 após se engasgar com um lanche durante um passeio escolar (Jonge et al, 2020). O diagnóstico precoce do engasgo é essencial, pois o retardo no seu reconhecimento e tratamento pode incorrer em sequela definitiva ou dano fatal. A manobra de Heimlich é adequada na intervenção em primeiros socorros para desobstrução de vias aéreas para todas as faixas etárias, mas a aplicação tem variabilidade de acordo com o comprimento da criança e seu nível de consciência (Jonge et al, 2020).
A técnica consiste em aplicar uma pressão sobre o diafragma para expelir o ar dos pulmões e consequentemente liberar as vias aéreas. Evidências indicam que profissionais de educação infantil geralmente estão despreparados para agir em situações de primeiros socorros, ainda que já tenham vivenciado na prática profissional com crianças, e consentem com a importância do assunto para o cotidiano escolar (Jonge et al, 2020).
Sendo assim, atividades de educação para prevenção e manejo da injúria não intencionais são essenciais para prevenir, identificar e intervir frente ao engasgo em crianças. A média de sobrevida para quem não recebe prestação de socorro primário diminui a cada minuto, perdendo de 7% a 10% de chance de sobreviver. A grande maioria de escolas e creches no Brasil não estão aptas para lidar com emergências, por esse motivo é extremamente importante que a gestão escolar capacite esses profissionais para assegurar a segurança dos alunos presentes na escola (Almeida; Rodrigues; Santos, 2023).
Os estudos mostram um alto índice de eventos relacionado a engasgo em crianças, segundo o governo federal mais de 94% dos casos de asfixia por engasgo ocorre em crianças menores de sete anos, devido à necessidade de socorro rápido(Ministério da Saúde, 2020). Diante do atual cenário, é de importância científica analisar o nível de conhecimento dos profissionais de educação infantil de uma creche de rede pública quanto a procedimentos realizados diante do engasgo em crianças (Jonge et al, 2020).
2. Metodologia
Tratou-se de uma Pesquisa descritiva, com um desenho transversal e uma abordagem qualiquantitativa. Por se tratar de uma pesquisa envolvendo seres humanos foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o Parecer Consubstanciado de nº 7.001.758 e CAAE de nº 81667624.4.0000.5518.
A pesquisa foi realizada em uma creche de rede pública no município de Formoso do Araguaia-TO, com os profissionais de educação infantil. O critério de inclusão foi Profissionais de educação infantil efetivos de uma creche de rede pública de Formoso do Araguaia-TO, de ambos os sexos. Os critérios de exclusão foram: Profissionais de educação infantil que não concordarem com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, profissionais de educação infantil com preenchimento incompleto do questionário, profissionais de educação infantil que se encontrarem em afastamento temporário da instituição no período da coleta, merendeiras, zeladores e porteiros. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram avaliados 22 profissionais de educação infantil.
A coleta de dados foi realizada em setembro de 2024. Os questionários foram aplicados em um único dia sendo na terça-feira das 07:00 às 11:00 e 13:00 as 17:00 horas.
Os dados foram coletados utilizando um questionário com 19 questões de forma presencial desenvolvido pelas autoras. O mesmo havia perguntas de fácil entendimento como: variáveis sociodemográficas, experiência com primeiros socorros, conhecimentos específicos, variáveis relacionadas à atitude e variáveis relacionadas à aptidão. E para interpretação e análise dos resultados coletados foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson e apresentado por meio de gráficos e tabelas.
3. Resultados e Discussões
Nessa etapa, são expostos os dados coletados da população estudada (n=24) com total predominância do sexo feminino, com variação média da idade entre as entrevistadas de 38,95, média da experiência com educação/cuidados infantis em creches de 2,3 anos e jornada de trabalho que varia de 20 a 40 horas semanais. As pesquisadas apresentaram-se dentre as ocupações como, ajudantes de turma, professora auxiliar, pedagoga, professora, monitora, vice diretora, auxiliar de secretaria, gestora escolar e coordenadora pedagógica.
Conforme a figura 1 é apresentado o grau de escolaridade das entrevistadas com percentual de 73% relataram nível superior completo e 27% nível superior incompleto, porém com ensino médio completo.
Figura 1: Grau de escolaridade em percentual das entrevistadas.
Fonte: Autores, 2024.
A figura 2 apresenta em percentual um dos cenários, investigados entre a população sobre a participação em treinamentos de primeiros socorros, observando um cenário preocupante onde 72,80% das pesquisadas relataram a não vivência em treinamentos para o manejo de eventos adversos relacionado ao engasgo.
Figura 2: Relato de capacitação em primeiros socorros por percentual das entrevistadas.
Fonte: Autores, 2024.
Outro cenário investigado conforme figura 3, apresenta dados referente ao conhecimento em fazer uso da manobra de Heimlich pelas entrevistadas em caso da necessidade, o percentual de 55% para o relato de não discernimento da técnica levou a apresentar um cenário preocupante. No questionário submetido estava presente uma questão na qual se tratava sobre eventos de capacitação em primeiros socorros disponibilizado pela instituição para a equipe da unidade, dentre a população apenas um sujeito respondeu positivamente para a ocorrência do treinamento.
Figura 3: Conhecimento das entrevistadas quanto a manobra de Heimlich distribuída em percentual.
Fonte: Autores, 2024
Na figura 4, é notado uma distribuição em percentual com relação a primeira atitude a ser tomada pelas investigadas no estudo perante acontecimentos de engasgo em crianças na unidade onde laboram. Visto que 50% relatou procurar ajuda ligando para a emergência, como primeira atitude, 35% iniciaria a manobra de Heimlich enquanto 18% citaram buscar suporte com a direção. Dos contatos citados para emergência foram 190, 192, 193 e número do hospital local.
Figura 4: Distribuição em percentual sobre a atitude tomada diante da vivência de engasgo em crianças na unidade.
Fonte: Autores 2024
Outro questionário levantado foi a respeito se desconhecimento para a realização da manobra de Heimlich como a pesquisa se orientaria diante do ocorrido, as respostas coletadas citaram que a atitude seria chamar a direção para tomar as decisões corretas, chamaria a colega mais próxima, colocaria a criança de decúbito ventral, chamaria a emergência, procuraria acalmar a criança e posteriormente chamar a emergência, incentivaria a criança a tossir, introduziria o dedo na garganta da criança, oferecer água e leves tapas nas costas e levaria para o pronto socorro.
Neste sentido ao questionar a percepção da necessidade de treinamento para primeiros socorros 23 das pesquisadas relataram o interesse no treinamento. Ao questionar sobre ter vivenciado algum caso de engasgo apenas 6 das participantes relataram que vivenciou o ocorrido, correlacionando com possível baixa incidência de engasgos em crianças na unidade.
Tabela 1: Coeficiente de correlação produto-momento entre as variáveis linearmente comparáveis.
Fonte: Autores 2024
Valores positivos há correlação, ou seja, quando uma variável foi alta, a outra tende a aumentar, nos valores negativos é inverso, quando uma variável é alta a outra tende a diminuir, nota-se que houve uma tendência em ter nível superior e não ter participado em capacitação (-0,01992) com valor negativo. Em evidência que mesmo com um certo nível de experiência perante eventos de engasgo é presente baixo conhecimento sobre riscos e sequelas caso não revertido em tempo.
Outro cenário identificado com correlação (-0,01293) onde os pesquisados com nível superior completo relataram não ter estudado primeiros socorros na grade curricular, ainda aqueles que citaram ter passado pelo treinamento em sua grade relataram não ter conhecimento sobre riscos e sequelas de um engasgo (-0,09673).
Figura 5: Correlação significativa das variáveis experiência, participação em capacitação e conhecimento sobre riscos de sequelas pelo engasgo.
Fonte: Autores, 2024.
Conforme a figura 5, as variáveis com maior correlação significativa apresentada no contexto estatístico foram experiência, participação em capacitação e conhecimento sobre riscos e sequelas de um engasgo.
Segundo Ribeiro(2023), os primeiros socorros é um conjunto de ações fundamentais para realizar nas vítimas diante de emergências. Os primeiros socorros podem ser compreendidos como cuidados imediatos a serem prontamente ofertados a um indivíduo que sofreu um acidente ou mal súbito, com o objetivo de preservar as funções vitais e impedir o agravamento de seu estado até a chegada de assistência qualificada.
De acordo com Brito(2020), os acidentes na creche são um problema grave da educação pública, no ambiente da instituição de educação infantil as crianças são mais suscetíveis aos acidentes, pois além da vulnerabilidade ocasionada pela própria idade e a mudança para creche pode induzir um alto grau de tensão, interferindo nos padrões comportamentais.
As crianças são indivíduos vulneráveis a riscos de acidentes, uma vez que se encontram em pleno crescimento e desenvolvimento cognitivo e motor fazendo assim com que o comportamento dessas crianças se modifique rotineiramente de acordo com as descobertas de novas habilidades. Esse processo é evidenciado pela alteração do ambiente domiciliar para a instituição de ensino, devendo assim os profissionais da educação estarem aptos para agir de forma correta diante de uma situação de urgência ou emergência(Rezer; Rosa, 2023).
Para Ferreira(2017), a ausência de capacitação e preparo em primeiros socorros reflete negativamente nos processos de gestão da saúde, manifestando-se na carência de atendimento imediato ou na execução de procedimentos inadequados, pois o conhecimento básico em primeiros socorros prepara os profissionais de educação tanto nas esferas educacionais como fora delas, possibilitando a fornecimento de auxílio nos minutos cruciais após um incidente. Porém, ao se deparar com uma situação de emergência no âmbito escolar, os professores apresentam-se despreparados para atuar de forma correta, pois os professores não adquirem conhecimento sobre primeiros socorros de maneira específica, durante o período da graduação e não passam por capacitações posteriormente.
Nesse sentido, Leite(2018), afirma que os profissionais da educação não apresentam conhecimentos suficientes sobre primeiros socorros, que é importante para prevenção, avaliação e conduta em situações de urgência e emergência que acontecem em âmbito escolar, devendo esses profissionais receberem capacitações para saberem atuar a frente de uma situação de acidente, pois apesar de serem medidas simples, são primordiais para subsistência da vida e prevenção de agravos.
Assim as práticas de educação em saúde são medidas que apresentam significativos resultados para a formação do conhecimento em primeiros socorros para profissionais de educação, sendo um método desenvolvido pelo Programa Saúde na Escola no qual determina medidas para que a promoção de saúde seja realizada no âmbito escolar(Castro; Cordeiro; Andrade, 2019). Castro (2019), ressalta sobre o cumprimento da Lei n° 13.722/2018 para garantir um ambiente seguro para as crianças e profissionais.
Diante dessas circunstâncias a pesquisa buscou identificar o nível de conhecimento dos profissionais e sua aptidão diante de um engasgo, e notoriamente as profissionais de educação não se sentem preparadas e não foram instruídas para lidar com esse evento de forma eficaz. Uma vez que os professores e monitores necessitam de treinamentos em primeiros socorros e confiança para realizar o atendimento a vítima. Deve- se trabalhar a importância dos primeiros socorros no ato de um acidente evitando assim que o menor piore seu quadro.
Esse estudo indica relevância para que as práticas de educação em saúde com ênfase em primeiros socorros para profissionais da educação infantil seja uma intervenção praticada nas creches, visto que esse conhecimento é de grande importância e que as práticas educativas se mostram positiva, conforme os resultados apresentados.
4. Conclusão
Os acidentes em ambiente escolar são bastante comuns e há um despreparo dos professores e funcionários de creches para agir frente a uma situação de primeiros socorros. Além disso foi possível identificar uma preocupação dos profissionais por não terem o conhecimento teórico prático adequado sobre a temática, dificultando ainda mais a assistência quando necessária.
A pesquisa evidenciou que professores e funcionários possuem conhecimentos, atitudes e práticas insuficientes para realizar os primeiros socorros, apesar de serem eles que presenciam e na maioria das vezes realizam o primeiro atendimento no âmbito escolar. Esse despreparo pode trazer consequências à criança e impactar no tratamento e prognóstico. Em relação ao conhecimento em que a comunidade escolar baseia suas atitudes, perante os primeiros socorros, destaca-se o senso comum, em geral sem cunho científico.
Almeja-se que a presente pesquisa venha possibilitar o desenvolvimento de outros estudos, compreendendo e abordando as lacunas referentes as estratégias e metodologias de ensino utilizadas para capacitação de professores e funcionários nas creches para o atendimento e realização prática de primeiros socorros.
REFERÊNCIAS
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1Graduanda em fisioterapia. Unirg. E-mail: helenamariadearaujo944@gmail.com
2Graduanda em fisioterapia. Unirg. E-mail: raquelbferreira@unirg.edu.br
3 Fisioterapeuta Especialista em Gestão em Saúde pública, Coletiva e da Família, Unirg. E-mail: warlynevesaraujo@gmail.com
4Graduado em Enfermagem. Unirg. E-mail: aguiar.abrito@gmail.com
5 Fisioterapeuta Especialista em Saúde Pública. Unirg. E-mail: anny@unirg.edu.br
6Fisioterapeuta Especializado em Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade, Unirg. E-mail: Fabianonobrega26@gmail.com
7Doutor em Desenvolvimento Regional. UFT. E-mail: geovanerossone@unirg.edu.br
8Graduanda em Fisioterapia, Unirg. E-mail: gabriellag2011@gmail.com