INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS NA MELHORA DA FERTILIDADE EM MULHERES COM SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA 

THERAPEUTIC INTERVENTIONS FOR IMPROVING FERTILITY IN WOMEN WITH POLYCYSTIC OVARY SYNDROME: A SYSTEMATIC REVIEW 

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202411232150


Luiz Felipe da Silva Vogel
Maria Luiza Weizenmann
Prof. Orientador: Leonardo Paiz


Resumo 

O artigo aborda a Síndrome do Ovário Policístico (SOP), uma condição endócrina que  afeta de 6% a 20% das mulheres em idade reprodutiva, caracterizada por  hiperandrogenismo, irregularidades menstruais e presença de ovários policísticos. O  estudo tem como objetivo revisar as estratégias terapêuticas aplicadas à melhora da  fertilidade em mulheres com SOP, destacando sua eficácia e limitações. A pesquisa foi  conduzida como uma revisão sistemática de literatura, utilizando bases de dados  científicas para identificar estudos relevantes, com ênfase em artigos publicados nos  últimos dez anos. A análise seguiu critérios de inclusão e exclusão bem definidos,  priorizando intervenções terapêuticas como indução da ovulação, manejo metabólico,  mudanças no estilo de vida e uso de tecnologias reprodutivas avançadas. Os resultados  indicam que a abordagem multidisciplinar, combinando modificação do estilo de vida,  controle hormonal e técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro,  apresenta maior eficácia no tratamento da infertilidade associada à SOP. Além disso, o  manejo da resistência à insulina e da obesidade mostrou-se essencial para melhorar os  resultados reprodutivos e reduzir riscos metabólicos a longo prazo. Conclui-se que as  intervenções terapêuticas individualizadas, considerando o perfil clínico e metabólico de  cada paciente, são fundamentais para otimizar os desfechos de fertilidade e qualidade de  vida.  

Palavras-chave: Síndrome do Ovário Policístico. Fertilidade. Terapias Reprodutivas.  Resistência à Insulina. 

Abstract 

The article addresses Polycystic Ovary Syndrome (PCOS), an endocrine condition  affecting 6% to 20% of women of reproductive age, characterized by hyperandrogenism,  menstrual irregularities, and the presence of polycystic ovaries. The study aims to review  therapeutic strategies applied to improve fertility in women with PCOS, highlighting their  efficacy and limitations. The research was conducted as a systematic literature review,  using scientific databases to identify relevant studies, with an emphasis on articles  published in the last ten years. The analysis followed well-defined inclusion and  exclusion criteria, prioritizing therapeutic interventions such as ovulation induction,  metabolic management, lifestyle changes, and the use of advanced reproductive  technologies. The results indicate that a multidisciplinary approach, combining lifestyle  modification, hormonal control, and assisted reproductive techniques such as in vitro  fertilization, shows greater efficacy in treating infertility associated with PCOS.  Additionally, managing insulin resistance and obesity proved essential for improving reproductive outcomes and reducing long-term metabolic risks. It is concluded that  individualized therapeutic interventions, considering each patient’s clinical and metabolic  profile, are essential to optimize fertility outcomes and quality of life. 

Keywords: Polycystic Ovary Syndrome, Fertility, Reproductive Therapies, Insulin  Resistance

1. INTRODUÇÃO 

A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é uma desordem endócrina complexa  que afeta de 6% a 20% das mulheres em idade reprodutiva, com ampla variabilidade  clínica e um impacto significativo na qualidade de vida (Escobar-Morreale, 2018).  Embora a causa exata da SOP não seja completamente compreendida, sabe-se que suas  manifestações estão relacionadas a uma combinação de fatores genéticos, hormonais e  ambientais (Azziz et al., 2004). Esta síndrome é frequentemente caracterizada pela  presença de hiperandrogenismo, irregularidade menstrual e, em muitos casos, múltiplos  cistos nos ovários, visíveis em exames de imagem (Pereira et al., 2015). Contudo, sua  apresentação pode ser altamente variável de paciente para paciente, o que torna o  diagnóstico e o tratamento desafiadores (Campos et al., 2021).  

Um dos aspectos mais preocupantes da SOP é sua relação com a infertilidade.  Cerca de 80% dos casos de infertilidade anovulatória estão associados à SOP, o que  significa que muitas mulheres que sofrem com essa condição têm dificuldades para  engravidar devido à falta de ovulação regular (Carvalho, 2018). Entretanto, com o  tratamento adequado, essa condição pode ser controlada, permitindo que as pacientes  mantenham uma vida reprodutiva saudável (Leão, 2014). A infertilidade decorrente da  SOP, portanto, não é uma sentença definitiva, mas exige uma abordagem terapêutica  cuidadosa e multidisciplinar, que pode incluir desde a indução da ovulação até técnicas  avançadas de reprodução assistida (De Moura, 2011).  

Além dos desafios relacionados à fertilidade, a SOP também está fortemente  associada a distúrbios metabólicos, como a resistência à insulina e a obesidade. Estudos  mostram que aproximadamente 50% das mulheres com SOP são obesas, o que agrava o  risco de desenvolvimento de complicações metabólicas, como o diabetes tipo 2 e doenças  cardiovasculares (Reis et al., 1995). A obesidade e a SOP formam uma interdependência  perigosa, onde uma condição tende a agravar a outra (Leão, 2014). A presença de  obesidade não só exacerba os sintomas da SOP, como também aumenta as dificuldades  no tratamento, especialmente no controle da fertilidade e no manejo dos hormônios  androgênicos (Campos et al., 2021).  

O diagnóstico da SOP, embora essencial, pode ser desafiador devido à variedade  de manifestações clínicas. A utilização de critérios estabelecidos pelo consenso de  Rotterdam, que sugere a presença de pelo menos dois dos três seguintes critérios para o  diagnóstico de irregularidades menstruais, sinais de hiperandrogenismo e a presença de cistos ovarianos, é amplamente aceita na prática clínica (Ministério da Saúde, 2019).  Além disso, exames laboratoriais para a dosagem de hormônios como LH, FSH,  testosterona e dehidroepiandrosterona (DHEAS) são essenciais para confirmar o  diagnóstico e entender o perfil hormonal da paciente (Tede et al., 2018). A  ultrassonografia transvaginal, por sua vez, complementa essa avaliação ao permitir a  visualização direta dos ovários, facilitando a identificação de cistos ovarianos múltiplos  (De Oliveira Miranda et al., 2022).  

Ainda assim, as incertezas sobre quais estratégias terapêuticas são mais eficazes  continuam sendo um desafio para os profissionais da área de saúde. A heterogeneidade  da síndrome implica que nem todas as intervenções funcionam da mesma forma para  todas as pacientes, o que ressalta a importância de uma abordagem individualizada (Azziz  et al., 2004). O sucesso dos tratamentos varia de acordo com fatores como a idade da  paciente, a gravidade dos sintomas e a presença de comorbidades, como a obesidade e a  resistência à insulina (Campos et al., 2021).  

Diante de todas essas variáveis, é inegável que a SOP exige uma atenção especial  não só no manejo de sintomas imediatos, mas também na prevenção de complicações  futuras. Mulheres com SOP têm um risco aumentado de desenvolver doenças  cardiovasculares, hipertensão e outras condições crônicas, o que torna o acompanhamento  médico contínuo fundamental para garantir uma boa qualidade de vida (Talbott e  Zborowski, 2004). Nesse contexto, a SOP é mais do que uma simples condição  reprodutiva; ela é uma síndrome multifatorial com impactos sistêmicos que exigem uma  intervenção precoce e eficaz (Azziz et al., 2004).  

Por fim, o crescente corpo de evidências científicas sobre a SOP sublinha a  necessidade de novas pesquisas que explorem estratégias de tratamento mais eficazes,  especialmente no que diz respeito à melhora da fertilidade (Franks, 1995). Embora  existam avanços significativos nas terapias para SOP, muitas lacunas permanecem (Leão,  2014). Assim, é essencial que estudos continuem a investigar os tratamentos mais  promissores, comparando diferentes abordagens terapêuticas para identificar aquelas que  trazem os melhores resultados para a saúde reprodutiva e a qualidade de vida das  pacientes (Azziz et al., 2004).  

A partir dessa análise, este trabalho tem como objetivo revisar as estratégias de  tratamento atualmente disponíveis para a SOP, oferecendo uma análise comparativa de  suas eficácias, especialmente no que tange à fertilidade. 

2. METODOLOGIA 

Para desenvolvimento deste trabalho foi realizada uma revisão sistemática. De  acordo com Sousa, Oliveira e Alves (2021, p. 68), a revisão sistemática é uma abordagem  de baixo custo, acessível através de plataformas digitais, e que proporciona uma visão  abrangente ao sintetizar estudos selecionados com base em critérios rigorosos de inclusão  e exclusão. 

Nesta pesquisa, foi realizada busca nas bases de dados BVS, PePSIC, SciELO e  Google Scholar, conforme as diretrizes para investigações na área da saúde, sugeridas por  Camilo e Garrido (2019, p. 542). Para garantir a qualidade e a relevância dos estudos  analisados, foram adotados critérios de inclusão segundo Cervo, Bervian e Da Silva  (2006). Foram considerados artigos publicados entre 2010 e 2024 que abordassem a  relação entre a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) e a fertilidade feminina, sendo  excluídos trabalhos que não tratassem diretamente desse tema. 

As palavras-chave utilizadas na pesquisa foram “síndrome dos ovários  policísticos”, “fertilidade”, “reprodução” e “tratamentos de fertilidade”, direcionando a  busca em uma análise sobre os efeitos da SOP na fertilidade feminina, comparando as  diferentes intervenções, métodos e tratamentos, fornecendo melhor manejo clínico para  esta condição. 

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 

De acordo com os dados encontrados foi observado uma complexidade clínica e  psicossocial da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), confirmando sua natureza  multifatorial e as implicações sistêmicas. Comparando diferentes autores como Souza  (2016), Teede (2010), Santana (2008) e Camilo (2024), é percebido um consenso da  presença do hiperandrogenismo como uma das principais características da SOP,  afetando diretamente a qualidade de vida das mulheres. Miranda et al. (2022) destacam  que o hirsutismo (crescimento excessivo de pelos em áreas dependentes de andrógenos)  é uma manifestação clínica comum, presente em cerca de 70% das mulheres com SOP,  com impactos profundos na autoestima e bem-estar. Santos (2018) complementa essa  visão, reforçando que as manifestações físicas como acne, alopecia androgenética e  hirsutismo muitas vezes exacerbam os transtornos psicológicos associados, criando um  ciclo de sofrimento emocional. 

Por outro lado, Moreira et al. (2010) apontam que o hirsutismo e a acne estão  intrinsecamente ligados à resistência à insulina (RI), condição que afeta mais de 60% das  mulheres com SOP., corroborado por Sousa et al. (2013), que reforça a correlação entre  RI e o desenvolvimento de síndrome metabólica (SM), aumentando significativamente o  risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 (DM2), que também propõem que a  detecção precoce da RI é fundamental para reduzir as complicações metabólicas. Dentro  deste aspecto, Campos et al. (2021) defendem que a abordagem clínica deve ir além dos  aspectos hormonais e metabólicos, considerando também o impacto psicossocial dessas  condições, enfatizando que as mulheres com SOP frequentemente sofrem de ansiedade,  depressão, e insatisfação com a imagem corporal, exacerbadas pelas características físicas  da síndrome, como o hirsutismo.  

Leão (2014) argumenta que o diagnóstico tardio da SOP é um problema central,  resultando em complicações mais severas tanto no campo metabólico quanto no  psicológico, sendo proposto que os profissionais de saúde devem ser mais sensíveis aos  sinais iniciais da síndrome, como a amenorreia e o hirsutismo, para evitar o agravamento  dos sintomas e prevenir o desenvolvimento de condições mais graves, como a  infertilidade e os transtornos emocionais. Corroborando na mesma linha, De Moura  (2011) ressalta que a SOP quando não diagnosticada e tratada precocemente, pode levar  a uma deterioração da saúde física e mental das pacientes, o que também compromete a  adesão ao tratamento.  

Do ponto de vista reprodutivo, há também um consenso entre os autores sobre a  relação entre SOP e infertilidade. Santos (2018) destaca que muitas mulheres com SOP  apresentam anovulação crônica, o que afeta diretamente sua capacidade de conceber.  Moreira et al. (2013) complementam essa análise ao enfatizar que, além das complicações  reprodutivas, o estigma social em torno da infertilidade pode agravar os distúrbios  psicológicos já presentes em mulheres com SOP, como a depressão e a ansiedade.  

Ao comparar as abordagens terapêuticas, Miranda et al. (2022) e Sousa et al.  (2013) sugerem que terapia farmacológica, com uso de anticoncepcionais hormonais e  sensibilizadores de insulina (metformina), tem sido eficaz no controle de sintomas como  hirsutismo, acne e resistência à insulina. No entanto, Moreira et al. (2010) destaca que  tratamentos isolados com medicamentos podem não ser suficientes para melhorar a  qualidade de vida, uma vez que os aspectos emocionais e sociais da SOP também  precisam ser tratados. Desta forma, é ressaltado que intervenções psicossociais como suporte psicológico e estratégias de mudança de estilo de vida, incluindo dieta e exercício  físico, são essenciais para reduzir o impacto dos sintomas psicológicos e responder  melhor ao tratamento (Campos et al., 2021).  

Para Moreira et al. (2013) e Campos et al. (2021) o tratamento multidisciplinar é  crucial para abordar os diversos aspectos da SOP, e cuidados devem incluir abordagens  holísticas que promovam tanto a saúde física quanto mental das mulheres, considerando  a síndrome como uma condição que afeta múltiplas esferas da vida. Contudo, Miranda et  al. (2022) apontam o sucesso do tratamento farmacológico no controle de sintomas físicos  como o hirsutismo.  

Sousa et al. (2013) enfatizam que o tratamento farmacológico continua a ser a  base do manejo da SOP, especialmente para controlar os sintomas mais debilitantes, como  o hiperandrogenismo e as irregularidades menstruais. O uso de anticoncepcionais orais  combinados (AOCs) é amplamente recomendado para o controle dos níveis de  andrógenos, redução do hirsutismo (crescimento excessivo de pelos) e regulação do ciclo  menstrual. Moreira et al. (2010) concordam com a eficácia dos AOCs, mas acrescentam  que, embora este tratamento seja eficaz para reduzir os sintomas físicos, ele não aborda  diretamente as questões metabólicas ou psicológicas que muitas vezes acompanham a  SOP.  

Em relação ao manejo da resistência à insulina (RI), um fator subjacente em  grande parte das pacientes com SOP, a metformina é amplamente utilizada. Miranda et  al. (2022) argumentam que a metformina melhora a sensibilidade à insulina, ajudando a  reduzir os níveis de glicose no sangue e promovendo a perda de peso, um efeito benéfico  para as mulheres que sofrem de obesidade associada à SOP. No entanto, Santos (2018)  observa que, embora a metformina seja eficaz no tratamento da RI, seus efeitos sobre os  sintomas clínicos, como o hirsutismo e a acne, são limitados. A combinação de  metformina com AOCs pode melhorar os resultados clínicos, mas sua eficácia depende  de fatores individuais, como a gravidade da resistência à insulina e a adesão ao  tratamento.  

Do ponto de vista reprodutivo, o tratamento da anovulação (ausência de  ovulação), que é uma das principais causas de infertilidade em mulheres com SOP,  envolve o uso de citrato de clomifeno como primeira linha terapêutica para induzir a  ovulação. Leão (2014) relata que o citrato de clomifeno é eficaz para cerca de 70% das  mulheres que o utilizam, aumentando significativamente as taxas de gravidez. No entanto, de Moura (2011) ressalta que em alguns casos não houve resposta ao clomifeno,  especialmente em mulheres que apresentam obesidade severa e resistência à insulina,  condições as quais são sugeridos tratamentos alternativos, como a gonadotrofina ou a  perfuração ovariana laparoscópica. Contudo, este procedimento é cirúrgico e mais  invasivo, porém pode ser eficaz para restaurar a ovulação em mulheres que não  respondem aos tratamentos convencionais.  

No campo das intervenções não farmacológicas, Campos et al. (2021) destacam a  importância de mudanças no estilo de vida, particularmente a adoção de uma dieta  balanceada e a prática regular de exercícios físicos, como componentes essenciais do  manejo da SOP. Segundo o autor, a perda de peso modesta (cerca de 5 a 10% do peso  corporal) pode melhorar significativamente a sensibilidade à insulina, restaurar a  ovulação e regular os ciclos menstruais. Além disso, Miranda et al. (2022) sugerem que  o exercício físico também pode reduzir os níveis de andrógenos, diminuindo o hirsutismo  e a acne, além de melhorar a saúde cardiovascular. Apesar desses benefícios, Moreira et  al. (2013) argumentam que a adesão a essas mudanças no estilo de vida pode ser um  desafio para muitas mulheres, principalmente devido às questões emocionais e  psicológicas associadas à síndrome.  

Em relação à abordagem psicossocial, Moreira et al. (2013) e Campos et al. (2021)  concordam que o tratamento da SOP deve incluir suporte psicológico para lidar com o  impacto emocional da síndrome, que frequentemente leva a ansiedade, depressão e baixa  autoestima. Moreira et al. (2013) argumentam que a terapia cognitivo-comportamental  (TCC) tem se mostrado eficaz no tratamento de distúrbios psicológicos em mulheres com  SOP, promovendo a melhoria da qualidade de vida e facilitando a adesão ao tratamento  médico. Campos et al. (2021) reforçam a importância de um tratamento que aborda tanto  os sintomas físicos quanto os emocionais, considerando o impacto da aparência física  alterada (devido ao hirsutismo, acne e ganho de peso) no bem-estar psicológico.  

O comparativo entre as abordagens farmacológicas e não farmacológicas sugere  que o manejo ideal da SOP depende de uma combinação de terapias, adaptadas às  necessidades individuais da paciente. Miranda et al. (2022) e Sousa et al. (2013) propõem  que o uso combinado de medicamentos, como AOCs e metformina, é eficaz no controle  dos sintomas físicos e metabólicos, enquanto Moreira et al. (2013) e Campos et al. (2021)  defendem que mudanças no estilo de vida e suporte psicológico são essenciais para lidar  com os aspectos emocionais e comportamentais da SOP. 

Embora a maior parte das literaturas concordem que a abordagem multidisciplinar  é a mais indicada, corroborada por Miranda et al. (2022) e Santana (2008), em  controvérsia Santos (2018) destaca que a falta de adesão ao tratamento, seja  farmacológico ou não farmacológico, ainda é um dos principais desafios no manejo da  SOP. Essa dificuldade pode ser atribuída à complexidade da síndrome, que requer  intervenções contínuas e de longo prazo, bem como ao estigma social associado às  características físicas da SOP. Portanto, Leão (2014) enfatiza a importância de  intervenções personalizadas e de uma abordagem humanizada por parte dos profissionais  de saúde, considerando as necessidades físicas, emocionais e sociais de cada paciente.  

Segundo Moreira et al. (2013), as abordagens terapêuticas para a Síndrome dos  Ovários Policísticos (SOP) evoluíram significativamente nos últimos anos, abrangendo  desde tratamentos farmacológicos para regulação hormonal e melhora na resistência à  insulina até mudanças no estilo de vida e suporte psicossocial. No entanto, a literatura  aponta que a eficácia destes tratamentos está diretamente relacionada à adoção de uma  abordagem integrada e personalizada, que leve em consideração as particularidades de  cada paciente e fornece suporte completo para os diversos aspectos da síndrome.  

A adesão ao tratamento e a humanização do cuidado são fatores críticos para o  sucesso terapêutico a longo prazo. Miranda et al. (2022) ressaltam que a SOP é uma  condição multifacetada, o que justifica a necessidade de intervenções diversificadas,  refletidas na gama de opções de tratamento atualmente disponíveis. Além disso, a análise  dos estudos existentes evidencia diferenças substanciais nas abordagens e na eficácia dos  tratamentos, reforçando a importância de personalizar as intervenções para garantir os  melhores resultados.  

Os contraceptivos orais combinados (COCs) são amplamente aceitos como  primeira linha de tratamento para a SOP. Segundo Kauffman et al. (2019), os COCs  demonstram eficácia em regularizar os ciclos menstruais e reduzir os níveis de  andrógenos, resultando em melhorias significativas em sintomas como hirsutismo e acne.  No entanto, Pande et al. (2021) destacam que, apesar dos benefícios, o uso de COCs está  associado a efeitos colaterais, como o risco de trombose venosa. A abordagem cautelosa  recomendada por esses autores aponta para a importância da avaliação individual dos  riscos e benefícios.  

Em contraste, a espironolactona tem ganhado destaque como uma alternativa  eficaz, especialmente no tratamento do hirsutismo. Estudos de Kalyani et al. (2018) mostram que a espironolactona reduz a atividade da enzima 5α-redutase, limitando a  conversão de testosterona em di-hidrotestosterona (DHT). Isso é corroborado por Franks  et al. (2018), que observam uma redução significativa dos sintomas de hirsutismo em  pacientes tratadas com espironolactona. Apesar disso, Cramer et al. (2020) alertam para  a necessidade de monitoramento rigoroso dos efeitos adversos, como distúrbios  eletrolíticos, ressaltando a importância de uma abordagem cautelosa.  

A metformina, tradicionalmente utilizada no tratamento do diabetes tipo 2,  também se destaca nas abordagens para a SOP. Korytkowski et al. (2020) demonstram  que a metformina pode melhorar a ovulação e regularizar os ciclos menstruais,  especialmente em mulheres com resistência à insulina. No entanto, Marquez et al. (2021)  observam que sua eficácia pode ser limitada em mulheres sem resistência à insulina,  sugerindo que a escolha do tratamento deve ser baseada na avaliação dos perfis  metabólicos das pacientes. 

Intervenções relacionadas ao estilo de vida têm sido enfatizadas na literatura como  complementares aos tratamentos farmacológicos. Ranjbar et al. (2022) sugerem que a  adoção de hábitos saudáveis, como dieta equilibrada e aumento da atividade física, pode  levar a melhorias significativas na regularidade menstrual. Teede et al. (2018) corroboram  essa perspectiva, indicando que até mesmo uma perda de peso de 5-10% pode resultar em  benefícios clínicos notáveis, sublinhando a importância de uma abordagem integrada.  

As percepções das pacientes sobre a eficácia dos tratamentos também  desempenham um papel crucial na adesão ao tratamento. Estudos qualitativos de Darwish  et al. (2021) indicam que, apesar da aceitação dos COCs, preocupações sobre os efeitos  adversos podem criar hesitações no uso. Essa visão é apoiada por Franks et al. (2018),  que ressalta a necessidade de uma comunicação clara entre profissionais de saúde e  pacientes, uma vez que a compreensão dos potenciais efeitos colaterais podem influenciar  as escolhas terapêuticas.  

Os contraceptivos orais combinados (COCs) são amplamente reconhecidos como  uma intervenção de primeira linha no tratamento da SOP, especialmente para o manejo  do hiperandrogenismo e irregularidades menstruais. Teede et al. (2010) destacam que a  administração de COCs não apenas normaliza o ciclo menstrual, mas também reduz  significativamente os níveis de andrógenos, melhorando as manifestações clínicas, como  o hirsutismo. Por outro lado, Azziz et al. (2004) enfatizam que, embora os COCs sejam eficazes, sua eficácia pode ser limitada em mulheres com resistência à insulina, que  requerem uma abordagem adicional para o manejo dos sintomas.  

Em contraste, a metformina é um antidiabético que tem ganhado destaque por sua  capacidade de tratar a resistência à insulina associada à SOP. Moran et al. (2011) afirmam  que a metformina não só promove a perda de peso, mas também melhora a ovulação em  mulheres obesas com SOP. Essa visão é corroborada por Palomba et al. (2015), que  relatam que a metformina pode reduzir a hiperglicemia e melhorar a saúde metabólica  das pacientes. Entretanto, Franks (1995) sugere que, apesar dos benefícios da metformina,  ela não deve ser considerada um tratamento isolado; em vez disso, deve ser combinada  com outras intervenções para uma eficácia máxima.  

A literatura também aponta para a importância das mudanças no estilo de vida  como parte do tratamento da SOP. Moran et al. (2011) conduziram uma revisão  sistemática que demonstrou que intervenções dietéticas e aumento da atividade física têm  um impacto significativo na saúde metabólica e na redução dos sintomas da SOP. Legro  et al. (1998) reforçam que a adoção de hábitos saudáveis não apenas melhora o perfil  hormonal, mas também contribui para a saúde mental das mulheres afetadas,  evidenciando a inter-relação entre saúde física e psicológica na gestão da SOP.  

Ademais, é crucial considerar as percepções das mulheres em relação aos  tratamentos. Campos et al. (2021) ressaltam que a insatisfação com a aparência, resultante  de sintomas como hirsutismo e acne, pode impactar negativamente a qualidade de vida e  a adesão ao tratamento. A percepção de eficácia e a satisfação com o tratamento são,  portanto, fatores determinantes que devem ser abordados nas consultas médicas,  conforme discutido por Azziz et al. (2004).  

Além dos tratamentos farmacológicos e intervenções de estilo de vida, outras  estratégias emergem como relevantes no manejo da fertilidade em mulheres com SOP,  como já observado na acupuntura, na suplementação nutricional, e no papel da medicina  integrativa na melhora da fertilidade.  

A acupuntura tem sido estudada como uma opção terapêutica para mulheres com  SOP, com algumas pesquisas sugerindo que pode ajudar na regulação do ciclo menstrual  e na ovulação. Um estudo conduzido por Stener-Victorin et al. (2018) demonstrou que a  acupuntura pode ter efeitos benéficos sobre a função ovariana e a qualidade do esperma,  promovendo um ambiente mais favorável para a concepção, contudo os autores enfatizam a necessidade de mais estudos controlados randomizados para validar esses resultados e  entender os mecanismos subjacentes.  

De maneira semelhante como tratamento alternativo, a suplementação nutricional  também se mostra uma abordagem promissora na melhora da fertilidade em mulheres  com SOP. Nutrientes como a vitamina D, o ácido fólico e os ácidos graxos ômega-3 têm  sido associados à melhora da função ovariana. Em sua pesquisa, Kahn et al. (2017)  destacaram que a vitamina D é crucial para a saúde reprodutiva, influenciando a ovulação  e a função endometrial, sugerindo que a suplementação de vitamina D pode ser  particularmente benéfica para mulheres com SOP, cujos níveis de vitamina D  frequentemente estão baixos.  

Além disso, o manejo do estresse é um aspecto frequentemente negligenciado,  mas fundamental para a saúde reprodutiva. Pesquisas de Elsenbruch et al. (2015) indicam  que o estresse psicológico pode exacerbar os sintomas da SOP e interferir na ovulação.  Intervenções que visam reduzir o estresse, como mindfulness e técnicas de relaxamento,  têm mostrado resultados positivos, sugerindo que essas práticas podem melhorar não  apenas a saúde mental, mas também as taxas de ovulação e gravidez.  

A medicina integrativa, que combina terapias convencionais e complementares,  também se destaca no tratamento da SOP. Um estudo de Kaczmarek et al. (2020) abordou  a eficácia de um programa de medicina integrativa, que incluía acupuntura, suporte  nutricional e aconselhamento psicológico, e observou melhorias significativas nas taxas  de ovulação e na qualidade de vida das participantes. Os resultados indicam que uma  abordagem holística pode ser mais eficaz na gestão da SOP e na melhoria da fertilidade.  

As abordagens terapêuticas para a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) têm  evoluído de forma significativa nos últimos anos, abrangendo tanto o tratamento de  manifestações clínicas quanto a prevenção de complicações metabólicas e psicossociais.  A literatura aponta para a necessidade de uma abordagem multidisciplinar, combinando  intervenções farmacológicas, mudanças no estilo de vida e suporte psicológico. No  entanto, há divergências entre os autores quanto à eficácia e ao impacto dessas diferentes  abordagens (Santana, 2008).  

Com a diversidade de estratégias disponíveis, é fundamental que as pacientes com  SOP tenham acesso a informações abrangentes sobre suas opções. A colaboração de uma  equipe multidisciplinar de saúde, incluindo ginecologistas, nutricionistas e terapeutas, pode proporcionar uma abordagem mais completa e personalizada para o tratamento da  infertilidade. Somado a isso, a individualização do tratamento, levando em consideração  as necessidades e preferências da paciente, é essencial para otimizar os resultados  reprodutivos e a qualidade de vida.  

A síndrome do ovário policístico (SOP) é uma condição multifacetada que  demanda um gerenciamento eficaz e individualizado. A análise dos tratamentos  disponíveis revela diferentes abordagens, como contraceptivos orais combinados,  metformina e intervenções não farmacológicas, cada um com evidências que sustentam  sua eficácia. A comparação entre autores fornece uma visão abrangente das vantagens e  limitações de cada tratamento. 

4. CONCLUSÕES 

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma desordem endócrina de alta  prevalência entre mulheres em idade reprodutiva, que apresenta impactos significativos  na saúde física, metabólica, reprodutiva e emocional. Este estudo analisou a  complexidade da SOP e as diferentes abordagens terapêuticas disponíveis, destacando a  necessidade de estratégias individualizadas para abordar suas múltiplas manifestações.  

No aspecto reprodutivo, a SOP representa uma das principais causas de  infertilidade anovulatória, afetando profundamente a qualidade de vida e o bem-estar  emocional das mulheres. Apesar dos desafios, tratamentos como a indução da ovulação,  o uso de medicamentos sensibilizadores de insulina, como a metformina, e técnicas de  reprodução assistida oferecem opções eficazes para melhorar as taxas de concepção.  Esses tratamentos, no entanto, dependem de um diagnóstico precoce e de um  acompanhamento multidisciplinar para otimizar os resultados e minimizar os impactos  emocionais e sociais associados à infertilidade.  

Do ponto de vista metabólico, ficou evidente a relação estreita entre resistência à  insulina, obesidade e os sintomas da SOP. Estudos demonstraram que aproximadamente  metade das mulheres com SOP apresentam obesidade, fator que não apenas agrava a  síndrome, mas também aumenta os riscos de complicações graves, como diabetes tipo 2,  hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. Nesse sentido, a metformina e as  mudanças no estilo de vida, incluindo dieta equilibrada e exercícios regulares, surgem como estratégias fundamentais tanto para o controle dos sintomas como para a prevenção  de complicações metabólicas a longo prazo.  

A análise dos aspectos psicológicos revelou que mulheres com SOP  frequentemente enfrentam distúrbios emocionais como ansiedade, depressão e  insatisfação com a imagem corporal, amplificados por sintomas físicos como acne,  hirsutismo e alopecia. Esses problemas são agravados pelo estigma social associado à  aparência e à infertilidade. Por isso, ficou claro que o tratamento da SOP não pode se  limitar a intervenções hormonais ou metabólicas, devendo incluir suporte psicológico e  estratégias voltadas para melhorar a autoestima e o bem-estar mental das pacientes.  

Além disso, abordagens complementares e integrativas têm ganhado destaque  como coadjuvantes no tratamento da SOP. Terapias como a acupuntura, suplementação  de nutrientes específicos (como vitamina D e ômega-3) e técnicas de manejo do estresse,  como mindfulness, mostraram-se promissoras na melhoria da função reprodutiva e na  redução dos sintomas da síndrome. Embora essas intervenções sejam alternativas  importantes, mais estudos controlados e aprofundados são necessários para validar sua  eficácia e integrá-las de forma ampla à prática clínica.  

Outro ponto central desta análise foi a diversidade de estratégias terapêuticas  disponíveis. Ficou evidente que não existe um tratamento único que atenda às  necessidades de todas as mulheres com SOP, devido à variabilidade clínica da síndrome.  Enquanto os contraceptivos orais combinados são eficazes no controle de sintomas como  irregularidade menstrual e hiperandrogenismo, sua ação pode ser limitada em mulheres  com resistência à insulina, que requerem intervenções específicas. Por outro lado, a  metformina mostrou benefícios importantes no controle da resistência à insulina e na  melhora da ovulação, mas não atua diretamente nos sintomas androgênicos ou nas  irregularidades menstruais.  

Dessa forma, conclui-se que o manejo eficaz da SOP deve ser pautado em uma  abordagem personalizada e multidisciplinar, que combine tratamentos farmacológicos,  intervenções no estilo de vida e suporte psicológico. O diagnóstico precoce e o  acompanhamento contínuo são essenciais para prevenir complicações a longo prazo e  garantir uma melhor qualidade de vida para as pacientes.  

Por fim, este estudo ressalta a importância de pesquisas futuras que investiguem  novas opções terapêuticas e comparem a eficácia de diferentes intervenções para a SOP. 

Uma compreensão mais aprofundada das causas subjacentes e dos mecanismos  envolvidos na síndrome é crucial para desenvolver tratamentos mais direcionados e  eficazes. Além disso, programas de conscientização e educação são fundamentais para  capacitar profissionais de saúde e pacientes, promovendo o diagnóstico precoce, o acesso  ao tratamento adequado e a melhoria geral do cuidado às mulheres com SOP. 

5. REFERÊNCIAS 

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