MENINGITE EOSINOFÍLICA POR: ANGIOSTRONGYLUS CANTONENSIS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411222148


Antonia da Conceição Andrade
ORIENTADORA:DANIELLA MELO


Resumo

Introdução:Meningite é uma inflamação nas membranas que revertem o sistema nervoso central. A meningite eosinofílica é uma condição grave inflamatória rara do snc. Causada pelo Angiostrongylus cantonensis tendo como seu principal hospedeiro o caramujo gigante africano (Achatina fulica). Os principais sintomas são: febre alta, cefaleia intensa, rigidez nucal, náusea e vômito, caracterizada pela presença de eosinófilos no líquido cefalorraquidiano (LCR) e ou no tecido cerebral. Objetivo: O presente arquivo tem como objetivo principal fornecer uma visão geral sobre a meningite eosinofílica, inclusive sua introdução, causas, sintomas e tratamento e relatar um caso clínico pediátrico da cidade de São Paulo. Relato de caso Paciente do sexo masculino,11 anos residente na zona sul de São Paulo, deu entrada no Pronto-socorro Pediátrico com cefaleia contínua há três dias, mas sem febre ou qualquer outra queixa. Presença de caramujos e roedores foi relatada no peridomicílio. A criança estava acordada, lúcida orientada; força muscular preservada, isocórica, pupilas foto reagentes e rigidez nucal terminal – Escala de Coma de Glasgow (ECG) = 15.Os exames laboratoriais mostraram leucocitose leve com 1736 eosinófilos/mm3 e a análise do LCR revelou 160 leucócitos/mm3 com 36% de eosinófilos. A cultura bacteriana foi negativa. A Tomografia Cerebral Computadorizada não mostrou alterações. O ensaio de RT-PCR para detecção de larvas e DNA de Angiostrongylus cantonensis foi negativo. O ELISA para IgG anti-A. cantonensis foi negativo no soro e indeterminado no LCR e nas amostras coletadas cinco dias após o início dos sintomas. A soroconversão foi observada na amostra coletada 135 dias depois – Escala de Coma de Glasgow (ECG) = 15. Conclusão: Os exames laboratoriais mostraram leucocitose leve com 1736 eosinófilos/mm3 e a análise do LCR revelou 160 leucócitos/mm3 com 36% de eosinófilos. Esse tema foi escolhido devido ao grande interesse de estar contribuindo para a extensão de novas pesquisas sobre o assunto na área da biomedicina e diagnóstico como também levando a conscientização e a prevenção da meningite eosinofílica a população e a interessados sobre o tema. Pois devido a gravidade da doença e das consequências dos quadros mais severos é de extrema importância saber identificar a doença e os sintomas, para que haja um diagnóstico precoce e o tratamento devido. Este estudo tem como metodologia a pesquisa científica bibliográfica e estudo de caso clínico, trazendo a importância das medidas de prevenção, diagnóstico   e tratamento.

Palavras-chave: meningite eosinofílica, angiostrongylus cantonensis, caramujo africano

Abstract Meningitis is an inflammation in the membranes that reverse the central nervous system. Eosinophilic meningitis is a rare severe inflammatory condition of the cns. It is caused by Angiostrongylus cantonensis, having as its main vector the African giant snail (Achatina fulica). The main symptoms are: high fever, severe headache, nuchal stiffness, nausea and vomiting, characterized by the presence of eosinophils in the cerebrospinal fluid (CSF) and/or brain tissue. The main objective of this file is to provide an overview of eosinophilic meningitis, including its introduction, causes, symptoms, and treatment. This theme was chosen due to the great interest in contributing to the extension of new research on the subject in the area of biomedicine and diagnosis, as well as bringing awareness and prevention of eosinophilic meningitis to the population and those interested in the subject. Because due to the severity of the disease and the consequences of the most severe conditions, it is extremely difficult to.

Keywords: Angiostrongylus cantonesis-induceded eosinophilic meningitis associated with African giant snail infestation

INTRODUÇÃO

A meningite eosinofílica é uma condição grave inflamatória rara do sistema nervoso  central.(EAMSOBHANA, 2014).É causada pelo Angiostrongylus cantonensis um parasita causador de doenças em diversas partes do mundo. Os principais sintomas são: febre alta, cefaleia intensa, rigidez nucal, náusea e vômito, caracterizada pela presença de eosinófilos no líquido cefalorraquidiano (LCR) e ou no tecido cerebral. O diagnóstico de meningite eosinofílica acontece quando existe a presença de no mínimo10 eosinófilos por milímetro do líquido cefalorraquidiano (LCR) ou 10% dos leucócitos totais (KABBANIetal.,2016;CUNHA et al.,2017).O presente arquivo tem como objetivo principal fornecer uma visão geral sobre a meningite eosinofílica, inclusive sua introdução, causas, sintomas e tratamento.

Esse tema foi escolhido devido ao grande interesse de estar contribuindo para a extensão de novas pesquisas sobre o assunto na área da biomedicina e diagnóstico como também levando a conscientização e a prevenção da meningite eosinofílica a população e a interessados sobre o tema. Devido a gravidade da doença e das consequências dos quadros mais severos é de extrema importância saber identificar a doença e os sintomas, para que haja um diagnóstico precoce e o tratamento devido. Este estudo tem como metodologia a pesquisa científica bibliográfica e estudo de caso clínico, trazendo a importância das medidas de prevenção, diagnóstico   e tratamento.

METODOLOGIA

Este estudo tem como metodologia a pesquisa científica bibliográfica e estudo de caso. Esta pesquisa foi realizada, através de fontes científicas como Scielo, Pubmed, Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do conhecimento e relato de caso clínico, tendo como instrumento principal a pesquisa científica. Esta pesquisa será desenvolvida através de leitura, interpretação e entendimento sobre variados arquivos científicos de grande importância para a ciência e a população em geral.

DESENVOLVIMENTO

A meningite eosinofílica é uma condição grave inflamatória rara do sistema nervoso            central.(EAMSOBHANA, 2014).É causada pelo Angiostrongylus cantonensis verme parasita pulmonar do Rato. É um nematoide que pode causar doenças gastrointestinais graves e no sistema nervoso de humanos. Foi identificado pela primeira vez no Brasil em 2006.Ela é transmitida para os humanos por crustáceos (por exemplo, caranguejos, camarões e o tatuzinho de jardim, que vira uma bola quando se sente acuado) e por moluscos (animais de corpo mole protegido, em geral, por uma concha).O caramujo gigante africano (Achatina fulica) é o vetor mais frequente desse verme. Ele foi introduzido no Brasil por criadores de escargot interessados em difundir o produto comercialmente.

Como a utilização para a culinária fracassou, os caramujos foram soltos na natureza e transformaram-se numa praga, que prolifera nas plantações de frutas, hortas e em terrenos baldios. Exceção feita ao Rio Grande do Sul, já foram encontrados caramujos gigantes africanos em praticamente todos os Estados do País.Os principais sintomas são: febre alta, cefaleia intensa, rigidez nucal, náusea e vômito, caracterizada pela presença de eosinófilos(célula sanguínea do sistema imunológico que, na presença de um parasita é aumentado para tentar combate-lo) no líquido cefalorraquidiano (LCR) e ou no tecido cerebral. O diagnóstico de meningite eosinofílica acontece quando existe a presença de no mínimo 10 eosinófilos por milímetro do líquido cefalorraquidiano (LCR) ou 10% dos leucócitos totais (KABBANIetal.,2016;CUNHA et al.,2017).

É importante saber que a eosinofilia do LCR e no sangue pode não está presente na apresentação inicial ou nos estágios tardios da infecção alguns laboratórios de pesquisa desenvolveram testes de PCR para uso com LCR e tecido.(NCEZID.,2024).A recuperação de A.cantonesis do LCR confirma o diagnóstico, no entanto raramente o parasita é detectado no exame de microscopia pois pode aderir as meninges. O tratamento é realizado com medidas de suporte e corticoterapia, e a doença¸ costuma ter curso autolimitado. Relato de caso. Paciente do sexo masculino,11 anos residente na zona sul de São Paulo, deu entrada no Pronto-socorro Pediátrico com cefaleia contínua há três dias, mas sem febre ou qualquer outra queixa. Presença de caramujos e roedores foi relatada no peridomicílio. A criança estava acordada, lúcida orientada; força muscular preservada, isocórica, pupilas foto reagentes e rigidez nucal terminal-Escala de Coma de Glasgow (ECG) = 15.

Os exames laboratoriais mostraram leucocitose leve com 1736 eosinófilos/mm3 e a análise do LCR revelou 160 leucócitos/mm3 com 36% de eosinófilos. A cultura bacteriana foi negativa. A Tomografia Cerebral Computadorizada não mostrou alterações. O ensaio de RT-PCR para detecção de larvas e DNA de Angiostrongylus cantonensis foi negativo. O ELISA para IgG anti-A. cantonensis foi negativo no soro e indeterminado no LCR e nas amostras coletadas cinco dias após o início dos sintomas. A soroconversão foi observada na amostra coletada 135 dias depois – Escala de Coma de Glasgow (ECG) = 15. Conclusão:Os exames laboratoriais mostraram leucocitose leve com 1736 eosinófilos/mm3 e a análise do LCR revelou 160 leucócitos/mm3 com 36% de eosinófilos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando as informações citadas acima e o relatado caso clínico se pode afirmar que é de extrema importância uma anamnese criteriosa de acordo com os sinais e sintomas e avaliar a presença. Não se conhece nenhum medicamento eficaz contra a meningite eosinofílica. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e evitar complicações e sequelas, como a deficiência motora e redução ou perda da visão. O uso de anti-inflamatórios à base de corticoides, assim como o de analgésicos e antipiréticos tem-se mostrado útil nesse sentido. s humanos são hospedeiros acidentais das larvas. A infecção ocorre quando ingerem os moluscos crus ou mal-cozidos ou, então, quando ingerem o muco que eles liberam para facilitar seu deslizamento. Uma vez dentro do organismo humano, as larvas penetram na circulação sanguínea do trato digestivo, migram para o sistema nervoso central, se alojam nas meninges e morrem. Tem início, então, o processo inflamatório da meningite eosinofílica. Através da corrente sanguínea, larvas do A. cantonensis podem migrar para os olhos, instalam-se no humor aquoso e provocam distúrbios visuais.

O período de incubação dura de 2 a 45 dias. Seres humanos não transmitem a doença, porque as larvas morrem antes de completar o ciclo vital que termina nas veias pulmonares do hospedeiro. E hospedeiros no convívio do paciente para que se possa aliar ao exame do líquor. Algumas medidas de prevenção como: lavar bem as mãos, principalmente antes de preparar os alimentos, não comer crustáceos ou moluscos crus ou malcozidos. Lavar bem frutas, legumes e verduras antes de colocar de molho em um litro de água e uma colher de água sanitária ou numa solução de hipoclorito durante 30 minutos. Para combater os caramujos em caso de aparecimento em domicílio; proteger as mãos com sacos ou luvas, antes de descartá-los no lixo, deixá-los numa solução com uma parte de hipoclorito e três de água e bastante sal por 24 horas.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: Informação e Documentação – Artigo em publicação periódica científica impressa – Apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5 p.

______. NBR 6023: Informação e Documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2003. 24 p.

______. NBR 6028: Informação e Documentação – Resumo – Apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 2 p.

______. NBR 10520: Informação e Documentação – Citações em documento – Apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 7 p.

______. NBR 6024: Informação e Documentação – Numeração Progressiva das seções de um documento escrito – Apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 3 p.

IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro, 1993.