EFEITOS DA RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DA FLACIDEZ CUTÂNEA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202411221254


Fabiana Mendes Grance Yule¹;
Thays Oliveira e Silva²;
Orientador: Felipe Monteiro Lima³.


RESUMO: Esse artigo buscou discutira a flacidez cutânea como uma condição comum que afeta a estética e por consequência a autoestima, resultando da perda de colágeno e elastina ao longo do tempo. Dentre muitos tratamentos, a radiofrequência (RF) tem se destacado sendo não invasiva e eficaz no tratamento dessa condição, ao promover o aquecimento das camadas mais profundas da pele, estimulando a produção de colágeno e melhorando o aspecto da flacidez. Este artigo explora os efeitos da radiofrequência, avaliando sua eficácia em diferentes faixas etárias e tipos de pele, investigando também, a combinação com outras modalidades terapêuticas como, a terapia a vácuo e o uso de substâncias tópicas, que podem potencializar os resultados do tratamento. Os avanços tecnológicos na aplicação de radiofrequência, incluindo a utilização de diferentes frequências e a adaptação dos protocolos de tratamento, também são abordados. A pesquisa é uma revisão da literatura, elencando resultados promissores na melhora da elasticidade e firmeza da pele após algumas sessões de tratamento com RF. Os dados coletados mostram que a radiofrequência é uma alternativa viável e segura para o rejuvenescimento da pele, contribuindo para a satisfação dos pacientes. Este artigo destaca a importância da radiofrequência como uma opção eficaz no manejo da flacidez cutânea e as perspectivas futuras para o seu uso na dermatologia estética.

Palavras-chave: radiofrequência, flacidez cutânea, rejuvenescimento da pele, terapias não invasivas.

ABSTRACT: This article sought to discuss sagging as a common condition that affects aesthetics and, consequently, self-esteem, resulting in the loss of collagen and elasticity over time. Among many treatments, radiofrequency (RF) stands out for being non-invasive and effective in treating this condition, by heating the deeper layers of the skin, stimulating collagen production and improving the appearance of sagging. This article explores the effects of radiofrequency, evaluating its effectiveness in different age groups and skin types, also investigating a combination with other therapeutic modalities such as disposable therapy and the use of topical substances, which can enhance treatment results. Technological advances in the application of radiofrequency, including the use of different frequencies and the adaptation of treatment protocols, are also involved. The research is a review of the literature, listing promising results in improving skin elasticity and firmness after a few RF treatment sessions. The data collected shows that radiofrequency is a viable and safe alternative for skin rejuvenation, contributing to patient satisfaction. This article highlights the importance of radiofrequency as an effective option in the management of sagging and the future perspectives for its use in aesthetic dermatology.

Keywords: radiofrequency, skin laxity, skin rejuvenation, non-invasive therapies.

INTRODUÇÃO

O envelhecimento cutâneo é um processo natural que envolve alterações na estrutura da pele, como a perda de colágeno e elastina, responsáveis pela firmeza e elasticidade. Essas mudanças, somadas a fatores externos como a exposição ao sol e a poluição, contribuem para o surgimento da flacidez cutânea, especialmente em áreas como o rosto e o pescoço. Segundo Martins et al. (2021), “a flacidez da pele é um dos primeiros sinais visíveis do envelhecimento e uma das principais preocupações na estética facial”. Assim, cresce a busca por tratamentos que ofereçam uma aparência rejuvenescida, sendo a radiofrequência uma das técnicas mais promissoras nessa área (Silva e Melo, 2022; Martins et al., 2021).

A radiofrequência, inicialmente desenvolvida para tratamentos de dor e reabilitação muscular, ganhou relevância na estética devido ao seu potencial em estimular a produção de colágeno. Essa técnica envolve o uso de ondas eletromagnéticas que geram aquecimento nas camadas mais profundas da pele, promovendo o reparo e o fortalecimento das fibras colágenas. Estudos apontam que, por meio do aquecimento controlado, há uma resposta inflamatória benéfica que induz a produção de colágeno, melhorando a firmeza e o tônus da pele. Dessa forma, a radiofrequência destaca-se como uma abordagem eficaz e minimamente invasiva para o tratamento da flacidez (Lima, 2020; Alves e Rodrigues, 2019).

A eficácia da radiofrequência no tratamento da flacidez cutânea já foi amplamente estudada, demonstrando resultados consistentes na redução de rugas e linhas de expressão. Um estudo conduzido por Sousa e Oliveira (2021) revela que “a radiofrequência promove uma melhora significativa na textura da pele, proporcionando resultados visíveis a partir das primeiras sessões”. Contudo, os resultados do tratamento podem variar dependendo da intensidade e frequência das sessões, bem como da resposta individual de cada paciente. Essas variações, somadas à segurança e versatilidade do método, consolidam a radiofrequência como uma alternativa minimamente invasiva para o rejuvenescimento cutâneo (Sousa e Carvalho, 2021; Sousa e Oliveira, 2021; Gomes, 2022). 

MÉTODOS

Este estudo segue uma abordagem de revisão sistemática para analisar os efeitos da radiofrequência no tratamento da flacidez cutânea. Foram selecionados artigos publicados entre 2008 e 2023, consultando bases de dados como Google Acadêmico, PubMed, SciELO e LILACS. Os critérios de inclusão priorizaram estudos que abordavam a eficácia, os protocolos de aplicação e os possíveis efeitos adversos da radiofrequência em pacientes com flacidez facial e corporal (SOUZA; MENEZES, 2022).

Este estudo tem como objetivo revisar a literatura científica sobre os efeitos da radiofrequência no tratamento da flacidez cutânea, abordando suas implicações para a estética e qualidade de vida dos pacientes. Pretende-se analisar a eficácia, os protocolos mais comuns e os possíveis efeitos adversos, além de identificar as limitações dos estudos existentes e propor direções para futuras pesquisas. Ao consolidar esse conhecimento, espera-se contribuir para uma compreensão mais aprofundada do papel da radiofrequência no combate ao envelhecimento cutâneo e no aprimoramento das práticas clínicas em estética (Freitas e Almeida, 2022).

ANATOMIA DA PELE E FISIOPATOLOGIA DA FLACIDEZ CUTÂNEA

A pele, sendo o maior órgão do corpo humano, desempenha funções essenciais para a nossa proteção e bem-estar. Composta por três camadas principais – epiderme, derme e hipoderme – cada uma delas possui um papel fundamental na manutenção da saúde da nossa pele. A camada mais externa, a epiderme, atua como uma barreira de proteção contra agentes externos, como bactérias, vírus e substâncias irritantes. Além disso, ela também é responsável pela regulação da perda de água, evitando o ressecamento excessivo da pele (FRANÇA; FRANÇA, 2020; AGOSTINI, 2017).

Logo abaixo, está a camada da derme, que desempenha um papel crucial na sustentação e elasticidade da pele. É nessa camada que encontramos o colágeno e a elastina, duas proteínas essenciais para garantir a firmeza e flexibilidade da pele. No entanto, ao longo do tempo, ocorre uma diminuição na produção dessas proteínas, o que pode levar à flacidez cutânea. Isso é particularmente relevante, pois a perda de elasticidade e firmeza da pele está diretamente relacionada ao envelhecimento e a outros fatores como a exposição solar e os hábitos de vida (DE CARVALHO et al., 2024; SANTOS, 2023).

Por fim, temos a hipoderme, a camada mais profunda da pele. Composta principalmente por tecido adiposo, ela desempenha funções vitais, como isolamento térmico e reserva de energia para o nosso corpo. A hipoderme também atua como um amortecedor, protegendo os órgãos internos contra traumas. A inter-relação entre essas camadas é fundamental para a integridade da pele, e alterações em qualquer uma delas podem contribuir para o aparecimento de flacidez cutânea, evidenciando a importância de um cuidado adequado com a saúde da pele (BUHSEM, 2008).

ESTRUTURA DA PELE

A estrutura da pele é extremamente complexa e composta por uma diversidade de elementos fundamentais para seu funcionamento adequado. Estes elementos incluem diversas células especializadas que desempenham papéis cruciais, como a produção de substâncias protetoras, a regeneração e a defesa do organismo contra agentes externos. Além das células, a pele é constituída por uma intrincada rede de vasos sanguíneos que garantem a irrigação adequada dos tecidos, fornecendo nutrientes e oxigênio essenciais para sua saúde (FRANÇA; FRANÇA, 2020; AGOSTINI, 2017).

Outro elemento de extrema importância é a presença de uma densa rede de nervos, responsáveis por transmitir estímulos sensoriais e permitir que a pele detecte e reaja a diferentes sensações, como temperatura, pressão e dor. Esses nervos desempenham um papel vital na percepção do ambiente externo e na proteção do corpo contra possíveis danos. Para manter a integridade e a firmeza da pele, a derme desempenha um papel crucial. Essa camada mais profunda é composta por fibras de colágeno e elastina, que conferem elasticidade, resistência e sustentação à pele (BUHSEM, 2008; DE CARVALHO et al., 2024).

Para manter a integridade e a firmeza da pele, a derme desempenha um papel crucial. Essa camada profunda é composta por fibras de colágeno e elastina, que conferem elasticidade, resistência e sustentação à pele. Essas fibras são essenciais para garantir a recuperação e regeneração eficientes da pele. Além disso, destacam-se as glândulas sebáceas, que produzem sebo para manter a pele hidratada e protegida, e as glândulas sudoríparas, responsáveis pela produção de suor, regulando a temperatura do corpo (LIMA, 2015, p. 225; DIAS et al., 2023, p. 50; BUHSEM, 2008, p. 1).

A hipoderme, camada mais profunda da pele, é composta principalmente por tecido adiposo, ou gordura subcutânea. Essa gordura desempenha funções como armazenamento de energia, proteção de órgãos vitais e isolamento térmico. A camada de gordura subcutânea também atua como um colchão, absorvendo impactos e protegendo o corpo de lesões. Portanto, a pele é um órgão complexo, cuja estrutura e diversidade de elementos são essenciais para sua integridade e funcionalidade. Cuidar da pele através de uma rotina adequada e de proteção contra danos externos é fundamental para manter sua saúde e beleza (CAVALCANTE, 2023, p. 1; FRANÇA; FRANÇA, 2020, p. 1).

Além dos elementos mencionados anteriormente, também é importante destacar a presença de glândulas especiais, como as glândulas sebáceas e sudoríparas. As glândulas sebáceas produzem sebo, uma substância oleosa que ajuda a manter a pele hidratada e protegida contra agentes externos agressivos. Já as glândulas sudoríparas são responsáveis pela produção de suor, um mecanismo de regulação térmica que auxilia no resfriamento do corpo. Por fim, a hipoderme, camada mais profunda da pele, é composta principalmente por tecido adiposo, também conhecido como gordura subcutânea, que atua como um colchão, absorvendo impactos e protegendo o corpo de lesões e traumas externos (SANTOS, 2023; DUARTE; MEJIA, 2012).

PRINCÍPIOS FÍSICOS DA RADIOFREQUÊNCIA

Os princípios físicos da radiofrequência envolvem a geração de calor por meio da conversão de corrente elétrica em energia eletromagnética, aplicada de forma controlada na pele. Essa técnica é utilizada para estimular a produção de colágeno e elastina, resultando em uma pele mais firme e rejuvenescida, com maior elasticidade. Além de melhorar a aparência da pele, a radiofrequência favorece a circulação sanguínea, auxilia na nutrição dos tecidos cutâneos, promove a regeneração e estimula a drenagem linfática. É uma opção eficaz no tratamento da flacidez facial e corporal, podendo ser aplicada em diversas áreas do corpo, conforme comprovado por estudos recentes (AGOSTINI, 2017, p. 1; DIAS et al., 2023, p. 49; DUARTE; MEJIA, 2012, p. 1).

A radiofrequência atua por meio da conversão de corrente elétrica em calor, gerando aquecimento controlado nos tecidos. Esse processo é crucial para estimular a produção de colágeno e elastina, promovendo o remodelamento dérmico e a melhoria da flacidez cutânea. Os fundamentos da técnica baseiam-se na geração de calor terapêutico, que consegue alcançar diferentes camadas da pele sem causar danos aos tecidos adjacentes. Dessa forma, a radiofrequência não apenas contribui para a estética, mas também promove benefícios funcionais à pele, tornando-a mais saudável e revitalizada (SILVA; AMORIM, 2021, p. 1; LIMA, 2015, p. 224; CAVALCANTE, 2023, p. 1).

Além das aplicações estéticas, a radiofrequência é reconhecida como uma técnica de rejuvenescimento eficaz e segura, apresentando resultados positivos em diversas pesquisas. Estudos indicam que o uso da radiofrequência pode potencializar a eficácia de outros tratamentos estéticos, como o ultrassom microfocado e técnicas de laser. A combinação de tecnologias e a busca por abordagens minimamente invasivas têm se mostrado promissoras no combate ao envelhecimento da pele, oferecendo resultados satisfatórios sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos (FRANÇA; FRANÇA, 2020; AGOSTINI, 2017; SANTOS, 2023).

INTERFERÊNCIA ELETROMAGNÉTICA NO TECIDO CUTÂNEO

A radiofrequência é um tratamento estético que age nos tecidos por meio da conversão de energia eletromagnética em energia térmica. Esse processo promove o aquecimento controlado da pele e do tecido subcutâneo, resultando em diversos benefícios. Entre eles, destaca-se a contração das fibras de colágeno e elastina, o que melhora significativamente a flacidez cutânea (AGOSTINI, 2017, p. 5). Além disso, a radiofrequência também estimula a neocolagênese, ou seja, a formação de novo colágeno, e a produção de novas fibras elásticas. Com isso, é possível alcançar um efeito de firmeza e sustentação da pele, proporcionando um aspecto mais jovem e saudável (SILVA; AMORIM, 2021).

Essa técnica tem sido cada vez mais utilizada em procedimentos estéticos, devido aos seus resultados eficazes e à segurança que oferece (BUHSEM, 2008) . Vale ressaltar que a radiofrequência pode ser aplicada em diferentes áreas do corpo, como rosto, pescoço, abdômen, coxas e glúteos, adaptando-se às necessidades de cada paciente. Ainda assim, é fundamental contar com a orientação de um profissional especializado, que irá indicar a melhor forma de utilização da radiofrequência, levando em consideração as características individuais de cada pessoa (DE CARVALHO et al., 2024). A radiofrequência é um procedimento estético altamente eficaz que faz uso de correntes de alta frequência para gerar um campo eletromagnético extremamente poderoso. Esse campo, por sua vez, tem a incrível capacidade de penetrar profundamente na pele, alcançando as camadas mais internas do tecido dérmico (DUARTE; MEJIA, 2012) .

Ao adentrar as diferentes camadas da pele, a corrente de radiofrequência esbarra em resistências naturais provenientes dos tecidos biológicos presentes, o que acaba por resultar na produção de calor localizado e alto nível de energia. Entretanto, apesar de toda essa produção calorífica, não há nenhum dano causado às camadas superficiais da pele. Em vez disso, o calor intenso gerado pela radiofrequência atua como um estímulo apreciável para a produção natural de colágeno e elastina, essenciais responsáveis pela firmeza, elasticidade e vitalidade da pele (SANTOS, 2023).

Como resultado dessa técnica inovadora, a pele é capaz de adquirir uma aparência muito mais firme, tonificada e, acima de tudo, rejuvenescida. Além disso, é importante ressaltar que o tratamento de radiofrequência é extremamente seguro, não invasivo e garante resultados surpreendentes na melhora da aparência da pele como um todo. Portanto, para aqueles em busca de um método de rejuvenescimento altamente eficiente e confiável, a radiofrequência é a escolha certa para potencializar o aspecto rejuvenescedor da pele (AGOSTINI, 2017, p. 5; SILVA; AMORIM, 2021; BUHSEM, 2008; DE CARVALHO et al., 2024; DUARTE; MEJIA, 2012; SANTOS, 2023; FRANÇA; FRANÇA, 2020).

EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DA EFICÁCIA DA RADIOFREQUÊNCIA

A satisfação dos pacientes também é um indicador relevante da eficácia da radiofrequência no combate à flacidez cutânea. Esses resultados promissores destacam a importância e a confiabilidade desse procedimento não invasivo para quem deseja uma pele mais firme e rejuvenescida (DUARTE; MEJIA, 2012). Com a radiofrequência, é possível obter resultados visíveis e duradouros, promovendo uma melhora substancial na qualidade da pele (SANTOS, 2023). Portanto, é seguro afirmar que a radiofrequência é uma opção eficaz e confiável no tratamento da flacidez cutânea, proporcionando uma aparência mais jovem e revitalizada (LIMA, 2015).

A eficácia da radiofrequência no tratamento da flacidez cutânea é respaldada por diversas evidências científicas consistentes. Estudos têm demonstrado consistentemente os benefícios do tratamento, com melhora significativa da flacidez e da elasticidade da pele (AGOSTINI, 2017).

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE RESULTADOS

Os métodos de avaliação de resultados nos estudos da eficácia da radiofrequência incluem avaliações clínicas, fotográficas e instrumentais. Parâmetros como grau de flacidez, espessura da pele, densidade e produção de colágeno são avaliados de forma objetiva. Esses métodos proporcionam uma compreensão detalhada dos efeitos do tratamento. A utilização de critérios bem definidos é essencial para garantir a validade dos resultados. A análise quantitativa e qualitativa permite a comparação entre grupos de pacientes. A aplicação rigorosa dessas metodologias é crucial para a validação dos estudos na área estética. Assim, a eficácia da radiofrequência é claramente demonstrada (AGOSTINI, 2017).

A satisfação do paciente, a autoavaliação e a percepção das melhorias na textura e firmeza da pele também são relevantes na avaliação dos resultados. A percepção do paciente reflete a experiência subjetiva e os resultados desejados. Essas avaliações complementam as análises objetivas, oferecendo uma visão abrangente da resposta ao tratamento. A avaliação clínica é realizada por profissionais capacitados, que utilizam técnicas avançadas. Essa abordagem garante a precisão dos resultados e a segurança do tratamento. O envolvimento do paciente é essencial para entender suas expectativas. Assim, é possível adaptar os procedimentos às suas demandas (DUARTE; MEJIA, 2012).

A avaliação fotográfica permite uma documentação visual da evolução do tratamento. Essa prática possibilita a comparação precisa entre as imagens antes e depois do procedimento. As fotografias são um recurso valioso na comunicação entre paciente e profissional. A avaliação instrumental é realizada por dispositivos que medem a densidade de colágeno e a espessura da pele. Essas ferramentas oferecem dados quantitativos que complementam as avaliações clínicas. Juntas, essas metodologias garantem um entendimento completo da eficácia da radiofrequência. Dessa forma, é possível fundamentar decisões clínicas em dados concretos (SILVA; AMORIM, 2021).

PARÂMETROS DE APLICAÇÃO

Os parâmetros de aplicação da radiofrequência incluem a potência do equipamento, a frequência das ondas e a profundidade de penetração no tecido. Esses fatores são ajustados conforme a área a ser tratada e a avaliação individual de cada paciente. A duração de cada sessão e a intensidade do tratamento também são determinadas com base nas necessidades específicas de cada caso. A escolha precisa desses parâmetros é fundamental para garantir resultados eficazes e seguros. Portanto, a personalização do tratamento é crucial (AGOSTINI, 2017, p. 15; LIMA, 2015, p. 224).

O ajuste adequado desses parâmetros permite maximizar os benefícios da radiofrequência, promovendo uma estimulação mais profunda das camadas da pele. Isso contribui para a melhoria na aparência da pele e o aumento da produção de colágeno. Uma sessão bem direcionada e personalizada pode proporcionar resultados duradouros e significativos. Esses resultados atendem às expectativas e necessidades de cada paciente, aumentando a satisfação geral com o tratamento. Assim, a eficácia da radiofrequência é amplificada (SANTOS, 2023; BUHSEM, 2008).

PROTOCOLOS DE TRATAMENTO

Os protocolos de tratamento com radiofrequência para flacidez cutânea variam conforme a área do corpo a ser tratada. Geralmente, a técnica é aplicada em regiões como rosto, pescoço, braços, abdômen, coxas e glúteos. A escolha dos parâmetros de aplicação, como intensidade, frequência e duração, também pode variar. Além disso, o número de sessões recomendadas depende do grau de flacidez e das características individuais de cada paciente. A personalização do tratamento é essencial para a eficácia (AGOSTINI, 2017, p. 15; DUARTE; MEJIA, 2012, p. 20).

O número de sessões recomendadas de radiofrequência varia conforme o grau de flacidez e a resposta individual ao tratamento. Geralmente, são indicadas pelo menos 6 a 8 sessões para resultados significativos. Em casos mais severos, pode ser necessário um número maior de sessões. Já em casos mais brandos, um número menor pode ser suficiente para alcançar os objetivos desejados. O acompanhamento profissional é crucial para determinar a quantidade adequada (SANTOS, 2023, p. 30; BUHSEM, 2008, p. 10).

Com cada sessão, observa-se uma melhora gradual na firmeza e aparência da pele, resultando em efeitos duradouros. Portanto, é importante seguir o protocolo estabelecido pelo profissional. Manter uma rotina adequada de cuidados com a pele potencializa os efeitos benéficos da radiofrequência. Isso contribui para resultados mais satisfatórios e duradouros. Assim, o comprometimento do paciente é fundamental (LIMA, 2015, p. 225; SCHWAICKARDT, 2022, p. 5).

SEGURANÇA E EFEITOS ADVERSOS

A radiofrequência, um método terapêutico amplamente utilizado na área da saúde, é conhecida por ser um procedimento seguro, com poucos efeitos adversos (AGOSTINI, 2017). Apesar disso, existem algumas reações leves e temporárias que podem surgir após o tratamento, como vermelhidão, inchaço e uma sensação de calor na região tratada (SILVA; AMORIM, 2021). Felizmente, essas reações tendem a desaparecer naturalmente em um curto período de tempo, geralmente em poucas horas, sem a necessidade de intervenção adicional (LIMA, 2015).

É importante ressaltar a importância de os profissionais estarem cientes dessas possíveis reações e serem capazes de orientar os pacientes sobre os cuidados adequados a serem tomados após o tratamento (BUHSEM, 2008).

REAÇÕES CUTÂNEAS COMUNS

Entre as reações cutâneas comuns após a aplicação da radiofrequência, destacam-se a hiperemia e o edema, que são reações esperadas devido ao aquecimento controlado da pele. Além disso, é possível observar um leve desconforto e sensação de formigamento durante o procedimento, que também são considerados efeitos comuns e transitórios. Em casos mais raros, podem ocorrer queimaduras superficiais, mas tais eventos são extremamente raros quando o procedimento é realizado por profissionais qualificados (AGOSTINI, 2017; SCHWAICKARDT, 2022).

No entanto, é importante ressaltar que existem outros possíveis efeitos colaterais menos comuns associados à radiofrequência. Entre esses efeitos estão a prurido, a descamação da pele e a formação de crostas. Esses sintomas geralmente desaparecem espontaneamente dentro de alguns dias após o procedimento (BUHSEM, 2008; SCHWAICKARDT, 2022; AGOSTINI, 2017).

Além disso, a radiofrequência pode levar a uma leve sensibilidade ou irritação da pele, que normalmente desaparece em poucos dias. É essencial seguir todas as instruções pós-tratamento fornecidas pelo profissional para minimizar qualquer desconforto e garantir uma recuperação adequada (SILVA; AMORIM, 2021; LIMA, 2015).

CONTRAINDICAÇÕES

Embora a radiofrequência seja considerada um procedimento seguro e eficaz, existem algumas situações em que sua aplicação deve ser evitada. Pacientes com implantes metálicos na região a ser tratada devem evitar a radiofrequência, pois a presença de metal pode interferir no aquecimento adequado do tecido (DUARTE; MEJIA, 2012). Além disso, gestantes e pessoas com doenças de pele ativas, como eczema ou dermatite, também estão entre as contraindicações, devido ao risco de complicações ou efeitos adversos (AGOSTINI, 2017).

É importante ressaltar que a radiofrequência é um procedimento altamente seguro quando realizado por profissionais qualificados e em conformidade com as diretrizes estabelecidas. No entanto, é sempre recomendado seguir as orientações e recomendações médicas específicas para cada paciente, levando em consideração suas condições de saúde individuais (SANTOS, 2023).

Outras situações em que a radiofrequência pode não ser aconselhada incluem pacientes com histórico de câncer de pele, pessoas com problemas de coagulação do sangue, indivíduos com doenças cardiovasculares não controladas e aqueles que estão em tratamento com medicamentos anticoagulantes (LIMA, 2015).

COMPARAÇÃO COM OUTRAS TÉCNICAS DE REJUVENESCIMENTO

A comparação da radiofrequência com outras técnicas de rejuvenescimento, como a laserterapia e o ultrassom focalizado, revela que a radiofrequência é menos invasiva e mais segura. Além disso, a radiofrequência apresenta um menor tempo de recuperação pós-tratamento. Essa técnica pode ser aplicada em todos os tipos de pele, independentemente de tonalidade ou textura. Em contraste, a laserterapia possui limitações em peles mais escuras, necessitando de ajustes e precauções extras. Já o ultrassom focalizado atua nas camadas mais profundas da pele, promovendo a formação de novas fibras de colágeno (DUARTE; MEJIA, 2012; DIAS et al., 2023; FRANÇA; FRANÇA, 2020).

Isso ocorre porque o ultrassom focalizado estimula a produção de colágeno e elastina de maneira mais intensa e eficaz. Embora a radiofrequência também seja eficaz nesse estímulo, seu alcance é mais superficial, atuando principalmente nas camadas mais externas da pele. Portanto, a eficácia das técnicas varia de acordo com a profundidade de atuação e os resultados esperados. A escolha entre as técnicas deve considerar as necessidades e expectativas do paciente. Assim, a orientação do profissional especializado é fundamental para obter os melhores resultados (SANTOS, 2023; AGOSTINI, 2017).

Por fim, a decisão sobre qual técnica utilizar deve ser conjunta entre paciente e profissional de saúde, levando em conta fatores como a condição da pele e o grau de envelhecimento. A radiofrequência, a laserterapia e o ultrassom focalizado são excelentes opções para rejuvenescimento, cada uma com suas vantagens. As expectativas em relação aos resultados finais e a disponibilidade de tempo para recuperação também devem ser consideradas. A individualização do tratamento é essencial para atender às características específicas de cada pessoa. Dessa forma, as opções podem ser ajustadas para maximizar a eficácia do tratamento (BUHSEM, 2008; DIAS; BORBA, 2021).

INTEGRAÇÃO COM OUTRAS TERAPIAS

A integração da radiofrequência com outras terapias, como a terapia a vácuo ou a aplicação de substâncias tópicas durante o procedimento, tem sido estudada como uma estratégia para potencializar os efeitos do tratamento da flacidez cutânea (DUARTE; MEJIA, 2012). Além disso, a combinação da radiofrequência com técnicas de regeneração celular, como o uso de fatores de crescimento, é uma área de pesquisa em desenvolvimento que promete trazer avanços significativos para o rejuvenescimento da pele (SANTOS, 2023).

Novas aplicações da radiofrequência no tratamento da flacidez cutânea estão sendo exploradas, incluindo a combinação de diferentes tipos de ondas eletromagnéticas, a utilização de energias mais focalizadas e a adaptação dos protocolos de tratamento para diferentes áreas do corpo (AGOSTINI, 2017). Além disso, a pesquisa também busca ampliar as indicações da radiofrequência, explorando possibilidades no tratamento de outras condições dermatológicas (CAVALCANTE, 2023).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os efeitos da radiofrequência no tratamento da flacidez cutânea representam uma importante inovação na área da estética, oferecendo alternativas não invasivas para a melhoria da elasticidade e aparência da pele. Os estudos revisados demonstram que a radiofrequência atua estimulando a produção de colágeno e promovendo a regeneração celular, resultando em melhorias significativas na firmeza da pele. A combinação da radiofrequência com outras terapias, como a terapia a vácuo e a aplicação de substâncias tópicas, tem se mostrado promissora, potencializando os resultados e ampliando as opções de tratamento.

Além disso, a adaptação dos protocolos de aplicação para diferentes áreas do corpo e a exploração de novas tecnologias, como diferentes tipos de ondas eletromagnéticas e energias focalizadas, indicam um futuro promissor para a radiofrequência na dermatologia estética. O aumento das indicações da radiofrequência, não apenas para flacidez cutânea, mas também para outras condições dermatológicas, ressalta sua versatilidade como ferramenta terapêutica.

Por fim, é fundamental que os profissionais da área de estética continuem a investigar e compreender os mecanismos de ação da radiofrequência, garantindo que os tratamentos sejam realizados de maneira segura e eficaz. O avanço das pesquisas e a atualização constante das técnicas contribuirão para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, promovendo resultados satisfatórios e duradouros, e reafirmando a radiofrequência como uma técnica essencial na estética contemporânea.

REFERÊNCIAS

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¹Centro Universitário Uniprojeção, Departamento de Saúde. E-mail: fabianafranceyule@gmail.com
²Centro Universitário Uniprojeção, Departamento de Saúde. E-mail: thaysoliveira@outlook.com
³Centro Universitário Uniprojeção, Departamento de Saúde. E-mail: biomedicofelipelima@gmail.com