DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE GESTÃO PARA CLOUD (INFRAESTRUTURA MULTI-CLOUD)

CLOUD MANAGEMENT SYSTEM (multi-cloud INFRASTRUCTURE)

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202411200842


 Lucas Gaion Colturato Zanatta1;
André Luiz da Silva2;
Fabiana Florian3


Resumo: Este trabalho tem como objetivo desenvolver um sistema de gestão de recursos multi-cloud para facilitar a administração de infraestruturas distribuídas em provedores de nuvem como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure, Google Cloud Platform (GCP) e Oracle Cloud Infrastructure (OCI). O sistema foi desenvolvido com Node.js no backend e Vue.js no frontend, utilizando SDKs genéricos para integração com serviços de nuvem. A plataforma permite aos usuários visualizar e gerenciar recursos como instâncias de computação, redes virtuais e armazenamento de objetos de forma centralizada e eficiente. A conclusão do projeto demonstrou que o sistema atende plenamente às necessidades funcionais estabelecidas, evidenciando a importância de soluções tecnológicas no contexto atual da gestão de recursos em ambientes multi-cloud. A solução desenvolvida destaca-se por sua robustez e capacidade de otimizar a administração de infraestruturas complexas, sendo essencial para empresas que operam em múltiplas nuvens de forma simultânea e integrada.

Palavras-chave: Multi-cloud. Gestão de Recursos em Nuvem. AWS. Azure. GCP. Oracle.

Abstract: This work aims to develop a multi-cloud resource management system to simplify the administration of infrastructures distributed across different cloud providers, such as Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure, Google Cloud Platform (GCP), and Oracle Cloud Infrastructure (OCI). The system was built using Node.js for the backend and Vue.js for the frontend, leveraging generic SDKs for integration with cloud services. The platform enables users to centrally view and manage resources such as computing instances, virtual networks, and object storage efficiently. The project concluded that the system fully met the established functional requirements, highlighting the importance of technological solutions in the modern context of resource management in multi-cloud environments. The developed solution stands out for its robustness and ability to optimize the administration of complex infrastructures, making it essential for companies operating across multiple cloud environments in an integrated manner.

Key-words: Multi-cloud. Cloud Resource Management. AWS. Azure. GCP. Oracle..

1 INTRODUÇÃO

O gerenciamento e monitoramento de recursos em ambientes de nuvem tornaram-se essenciais para empresas e profissionais de TI que desejam administrar eficientemente todos os aspectos de seus recursos de cloud computing. Conforme destaca Mowbray e Zahariadis (2008), soluções dedicadas ao gerenciamento de nuvem são fundamentais para garantir a eficiência operacional e a otimização dos investimentos em TI. Nesse contexto, o desenvolvimento de um sistema de gestão multi-cloud oferece uma abordagem integrada para administrar instâncias, redes, armazenamento e serviços gerenciados em diferentes provedores, como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure, Google Cloud Platform (GCP) e Oracle Cloud Infrastructure (OCI).

O objetivo deste trabalho é desenvolver um sistema de gestão de recursos multi-cloud utilizando tecnologias como Node.js para o backend e Vue.js para o frontend, além de SDKs genéricos para a integração com diferentes serviços de nuvem. Segundo Armbrust et al. (2010), a crescente adoção de ambientes multi-cloud exige ferramentas que promovam a interoperabilidade e a eficiência no gerenciamento de recursos em provedores distintos. A expectativa é que a solução proposta seja capaz de centralizar o controle de instâncias de computação, redes virtuais e armazenamento de objetos, resultando em uma plataforma flexível e eficaz para empresas de diversos portes.

Um desafio recorrente, conforme observado por Zhang et al. (2014), é a falta de integração entre diferentes ferramentas de gerenciamento de nuvem, o que frequentemente leva à duplicação de esforços e a falhas de segurança. Portanto, a proposta de um sistema que ofereça uma visão unificada dos recursos em múltiplos provedores de nuvem visa não apenas otimizar a eficiência operacional, mas também reduzir custos e melhorar a escalabilidade e segurança dos sistemas.

A pesquisa envolverá o desenvolvimento iterativo do sistema, com a implementação das funcionalidades essenciais, seguida de testes extensivos em empresas reais. A metodologia seguirá os princípios de coleta de feedback de usuários finais, como administradores de sistemas e engenheiros de nuvem, conforme sugerido por Buyya et al. (2018). Isso garantirá que o sistema atenda às necessidades específicas de cada organização e seja integrado de forma eficaz aos processos corporativos existentes.

Assim, a expectativa é que o sistema de gestão multi-cloud ofereça uma solução inovadora para o gerenciamento de recursos distribuídos, contribuindo para a redução de redundâncias e proporcionando maior controle e segurança no ambiente corporativo.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Esta seção explora os conceitos fundamentais para compreender um sistema de gestão em nuvem, que possibilita o gerenciamento e monitoramento abrangente de recursos em ambientes de cloud. A aplicação oferece uma solução integrada para controlar instâncias, redes, armazenamento e serviços gerenciados em múltiplos provedores. Com uma interface intuitiva e funcionalidades avançadas, facilita o monitoramento de serviços em diferentes ambientes de nuvem.

Para uma melhor compreensão do tema abordado, é essencial apresentar alguns conceitos sobre computação em nuvem, sistemas web, linguagens de programação (HTML, CSS, NODE.JS e VUE.JS) e SDKs.

2.1. Computação em Nuvem

A computação em nuvem é uma tecnologia que permite o fornecimento de serviços de Tecnologia da Informação (TI) sob demanda, com pagamento baseado no uso. Antes da computação em nuvem, os serviços de TI eram limitados a uma classe específica de usuários ou focados em demandas específicas de recursos de informática. A computação em nuvem, por outro lado, visa ser global, oferecendo serviços desde o armazenamento de documentos pessoais para usuários finais até a terceirização completa de infraestrutura de TI para empresas. Essa abordagem permite que não apenas recursos de computação e armazenamento sejam entregues sob demanda, mas que toda a pilha de computação seja utilizada na nuvem. Os principais provedores de serviços em nuvem, conhecidos como “players”, incluem Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure, Google Cloud Platform (GCP) e Oracle Cloud Infrastructure (OCI), cada um oferecendo uma variedade de serviços para atender às necessidades específicas de seus clientes (AMAZON WEB SERVICES, 2024).

2.2 Sistemas Web

Um sistema web é um software hospedado na internet. O conceito é simples, mas traz inúmeros benefícios para as empresas, principalmente a possibilidade de acesso em qualquer lugar e através de qualquer dispositivo com navegador e conexão à internet. Trata-se de um conjunto de componentes e tecnologias interconectadas. Esses sistemas são desenvolvidos com base em uma combinação de linguagens de programação, protocolos de comunicação e bancos de dados, com o objetivo de disponibilizar serviços e informações de forma segura, escalável e acessível, oferecendo uma experiência de usuário eficiente e satisfatória. No contexto empresarial, os sistemas web desempenham um papel estratégico, permitindo a automação de processos, a integração de sistemas e a colaboração entre equipes distribuídas geograficamente. Eles facilitam a coleta e o processamento de dados, fornecendo insights valiosos para a tomada de decisões informadas. Além disso, sistemas web bem projetados oferecem um canal eficaz de comunicação e interação com os usuários. A construção de um sistema web eficiente e funcional requer planejamento cuidadoso e uma abordagem sistemática. É necessário considerar aspectos como arquitetura de software, usabilidade, segurança, desempenho e escalabilidade. A escolha das tecnologias adequadas, bem como a compreensão das necessidades dos usuários e dos requisitos do sistema, são cruciais para o sucesso do projeto (MDN WEB DOCS, 2024).

2.3 Linguagens de programação

As linguagens de programação web são utilizadas especificamente para o desenvolvimento das camadas de apresentação e de lógica de negócio de websites, portais e aplicações web em geral. Para a criação de interfaces de usuário atraentes e interativas, são necessárias linguagens como HTML, CSS e JavaScript. O HTML fornece a estrutura básica de uma página web, enquanto o CSS permite estilizar e posicionar os elementos na página. Já o JavaScript é uma linguagem de programação versátil que permite adicionar interatividade, animações e comportamentos dinâmicos aos sites. Essas linguagens trabalham em conjunto para criar uma experiência de usuário envolvente e responsiva. No entanto, para o desenvolvimento web bem-sucedido, é essencial compreender os princípios de arquitetura de software, boas práticas de codificação e ferramentas de desenvolvimento adequadas. Além disso, estar atualizado com as tendências e inovações no campo do desenvolvimento web é fundamental para acompanhar a rápida evolução desse setor. “As linguagens HTML, CSS e JavaScript formam a base do desenvolvimento web moderno, cada uma com um papel específico e complementando-se mutuamente para criar interfaces ricas e funcionais” (MDN WEB DOCS, 2024).

2.3.1 HTML

O HTML, ou Linguagem de Marcação de Hipertexto, é um dos pilares fundamentais da web. Ele permite que desenvolvedores e designers criem e estruturem o conteúdo das páginas, utilizando uma variedade de elementos que vão desde textos simples até imagens e vídeos. A capacidade de organizar e formatar informações de maneira clara e acessível é essencial para a experiência do usuário na internet.

O HTML é uma linguagem de marcação usada para descrever a estrutura de páginas web, permitindo a inclusão de elementos como cabeçalhos, parágrafos, links e imagens. Esses elementos formam a espinha dorsal de qualquer página na internet, tornando possível a exibição adequada de conteúdo no navegador (MOZILLA, 2023).

2.3.2 CSS

O CSS é uma linguagem de marcação de estilo que complementa o HTML, controlando a apresentação visual dos elementos da página. Com o CSS, é possível definir cores, fontes, margens, posicionamento e outros aspectos visuais para criar uma experiência de usuário atraente e consistente. Ele separa de maneira eficaz a estrutura do conteúdo do design, facilitando a manutenção e permitindo que as páginas web se adaptem a diferentes dispositivos e tamanhos de tela. “O Cascading Style Sheets (CSS) é uma ferramenta poderosa que transforma a apresentação de um documento ou de uma coleção de documentos, e se espalhou para quase todos os cantos da web e até mesmo para muitos ambientes que aparentemente não são web. Por exemplo, navegadores baseados em Gecko utilizam CSS para afetar a apresentação da própria interface do navegador, muitos clientes de RSS permitem a aplicação de CSS a feeds e entradas de feed, e alguns clientes de mensagens instantâneas utilizam CSS para formatar janelas de chat. Aspectos do CSS podem ser encontrados na sintaxe usada por frameworks de JavaScript, e até mesmo no próprio JavaScript. Está em todos os lugares!” (MDN WEB DOCS, 2024).

2.3.3 Node.JS

Node.js é uma plataforma poderosa e versátil que permite a execução de JavaScript no lado do servidor, expandindo as capacidades tradicionais da linguagem além do ambiente de navegação. Utilizando o motor V8 do Google Chrome, o Node.js oferece um ambiente de execução leve e eficiente, ideal para construir aplicativos de rede e servidor que exigem alto desempenho e escalabilidade. Sua arquitetura orientada a eventos permite lidar com muitas conexões simultâneas, tornando-o uma escolha popular para o desenvolvimento de APIs e aplicações web em tempo real.

Node.js é um ambiente de tempo de execução JavaScript de código aberto, usado para desenvolver aplicativos de rede e servidor. Ele utiliza o motor JavaScript V8 do Google Chrome para executar código JavaScript do lado do servidor, permitindo a criação de aplicativos web escaláveis e de alto desempenho, bem como APIs de back-end. (DAHL, 2009).

2.3.4 Vue.js

Vue.js é um framework JavaScript progressivo que se destaca por sua facilidade de integração e flexibilidade. Projetado para ser incrementado em aplicações existentes, o Vue.js permite que desenvolvedores criem interfaces de usuário reativas e interativas de forma eficiente. Sua abordagem modular e a simplicidade de sua sintaxe tornam o desenvolvimento de aplicações web modernas mais acessível, especialmente em projetos que exigem Single Page Applications (SPAs) e interfaces dinâmicas que melhoram a experiência do usuário.

Vue.js é um framework progressivo de JavaScript usado para construir interfaces de usuário interativas e reativas. Ele permite a adição gradual em projetos existentes, sendo amplamente utilizado para o desenvolvimento de Single Page Applications (SPAs) e interfaces dinâmicas. (YOU, 2014).

2.4 SDK

O SDK para cloud é uma coleção de ferramentas e bibliotecas que facilita o desenvolvimento de aplicativos que se conectam e interagem com diversos serviços de nuvem. Esses kits de desenvolvimento oferecem funcionalidades que permitem aos desenvolvedores implementar recursos de maneira mais rápida e eficiente, como armazenamento, computação e gerenciamento de dados em plataformas de nuvem como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud. Essa simplificação do processo de integração ajuda a acelerar o desenvolvimento de aplicações robustas e escaláveis que aproveitam ao máximo as capacidades da nuvem.

O SDK para cloud fornece ferramentas e recursos que simplificam o desenvolvimento de aplicativos que interagem com serviços em nuvem, como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud. (AMAZON WEB SERVICES, 2006; MICROSOFT AZURE, 2010; GOOGLE CLOUD, 2008).

3 DESENVOLVIMENTO

Está seção apresenta uma aplicação que entregasse as necessidades para qual foi desenvolvida, listamos todos os requisitos funcionais que nossa aplicação deverá ter.

Através desses requisitos fomos capazes de dividir o processo de criação em várias etapas. Ficando assim uma melhor visualização de todos os componentes presentes em nosso projeto, conforme detalhado na seção 3.1.

3.1 Requisitos Funcionais

Os requisitos funcionais que detalham as operações que o sistema deve ser realizado:­

3.1.2 Autenticação e Gerenciamento de Usuários

A. RF_01: Efetuar Login – Os usuários e administradores devem realizar login para acessar o sistema.

B. RF_02: Alterar Senha – Os usuários e administradores podem alterar as senhas dos clientes, se necessário.

C. RF_03: Cadastrar Usuário – Os administradores podem cadastrar usuários, fornecendo informações como chaves de acesso à nuvem.

D. RF_04: Alterar Usuário – O administrador pode atualizar informações do usuário.

3.1.3 Visualização de Recursos em Cloud

E. RF_05: Visualização de Instâncias EC2 – O sistema deve permitir a visualização das instâncias EC2 em várias regiões em cloud.

F. RF_06: Visualização de VPCs (redes) – O sistema deve permitir a visualização das VPCs em várias regiões em cloud.

G. RF_07: Visualização de Buckets (storage) – O sistema deve permitir a visualização dos buckets em clouds em várias regiões.

3.1.4 Visualização de Custos e Contas

H. RF_08: Visualização de Custos dos Serviços – O sistema deve permitir a visualização dos custos mensais dos serviços em clouds por região.

I. RF_09: Visualização de Contas – O sistema deve permitir a visualização dos nomes das contas em clouds associadas às regiões configuradas.

3.1.5 Fluxograma

– Com base nos requisitos identificados, foi elaborado um diagrama de fluxograma que serviu como fundamento para a criação da arquitetura do sistema. Este diagrama proporcionou uma análise minuciosa da arquitetura, com seus atributos específicos e as relações entre elas (figura 1).

Figura 1 – Diagrama de fluxograma do sistema.

Fonte: o autor, 2024.

3.1.6 Arquitetura do sistema

Com base nos requisitos identificados, foi elaborado um diagrama de arquitetura de sistema. O administrador, utilizar as permissões adequadas, cadastra as chaves de acesso necessárias para a consulta das APIs da nuvem. Em seguida, uma função no Node.js é responsável por realizar consultas às APIs da nuvem, como AWS, Google Cloud Platform ou OCI Cloud. Essas consultas recuperam informações relevantes, como detalhes das instâncias EC2, redes VPC, buckets de armazenamento e custos dos serviços mensais.

As informações obtidas são então exibidas no frontend utilizando o framework Vue.js para a construção da interface e CSS para estilização. O frontend oferece uma experiência de usuário intuitiva e amigável, permitindo que os usuários visualizem e interajam com os dados de forma eficiente. Dessa forma, o sistema proporciona uma solução completa para gerenciamento e monitoramento de recursos na nuvem, garantindo eficiência e praticidade para os usuários administradores (figura 2).

Figura 2 – Diagrama de arquitetura do sistema.

Fonte: o autor, 2024.

3.1.7 Arquitetura da estrutura dos códigos-fonte

Em uma arquitetura organizada, é fundamental armazenar partes do frontend, como imagens e folhas de estilo CSS, em uma pasta pública (como “public”), evitando deixar recursos soltos no código. Essa organização facilita a gestão e manutenção dos arquivos.

Além disso, o projeto utiliza uma estrutura modular no backend, onde diferentes funcionalidades são implementadas em módulos JavaScript (JS) separados. Cada módulo é responsável por uma parte específica da lógica de negócios, como autenticação, integração com APIs de provedores de nuvem, e manipulação de dados.

O arquivo app.js atua como o ponto de entrada principal da aplicação, configurando o servidor e integrando todos os módulos JS. Ele também gerencia as rotas e middlewares, assegurando que as diferentes partes da aplicação funcionem de forma coesa.

Para a renderização de páginas dinâmicas, o projeto utiliza o motor de templates EJS (Embedded JavaScript). As extensões .ejs são empregadas para criar views que podem incluir variáveis e lógica de apresentação, permitindo uma experiência de usuário mais interativa e personalizada. Essas views EJS são processadas no servidor antes de serem enviadas ao cliente, garantindo que o conteúdo dinâmico seja exibido corretamente.

Pastas Públicas: Recursos estáticos como imagens, folhas de estilo (CSS), e scripts JavaScript foram organizados na pasta “public”. Isso não apenas facilita o gerenciamento desses arquivos, mas também melhora o desempenho da aplicação, permitindo um carregamento mais rápido dos conteúdos (figura 3).

Figura 3 – Organização de recursos estáticos na pasta “public”.

Fonte: o autor, 2024.

Módulos Node.js: O back-end é organizado em módulos Node.js bem definidos, cada um responsável por uma função específica, como autenticação, integração com APIs de provedores de nuvem, e processamento de dados. Quando um módulo é instalado via npm e importado no arquivo app.js, ele é automaticamente registrado no arquivo package.json, que serve como um manifesto do projeto, listando todas as dependências utilizadas (figura 4 e 5).

Figura 4 – Módulo instalado via NPM e importado package.json.

Fonte: o autor, 2024.

Figura 5 – Importação de módulos com as APIs de provedores de nuvem.

Fonte: o autor, 2024

Extensões ejs: O projeto utiliza o EJS (Embedded JavaScript) como motor de templates para renderizar páginas dinâmicas. As views com extensão .ejs permitem a inserção de lógica de apresentação e variáveis diretamente nas páginas, proporcionando uma experiência de usuário mais interativa e personalizada (figura 6 e 7).

Figura 6 – Importação ejs para renderizar páginas dinâmicas.

Fonte: o autor, 2024.

Figura 7 – Arquitetura da estrutura dos códigos-fonte.

Fonte: o autor, 2024.

3.1.8 Dados e Visualização no Frontend

Os dados exibidos no frontend, incluindo gráficos e tabelas, são obtidos diretamente de servidores, que armazenam as informações em tempo real. Esses servidores processam as requisições e retornam as informações relevantes ao frontend, que são então exibidas de forma dinâmica (figura 8, 9 e 10).

Figura 8 – Dados e Visualização no Frontend.

Fonte: o autor, 2024.

Figura 9 – Informações dos servidores.

Fonte: o autor, 2024.

Figura 10 – Status dos servidores (ligado/desligado) em gráficos.

Fonte: o autor, 2024.

4 RESULTADOS

4.1 Desempenho do Sistema

Durante a fase de testes em ambiente real, o sistema demonstrou um desempenho sólido em relação aos seus principais requisitos funcionais. Os resultados obtidos revelaram:

Tempo de Resposta: O tempo médio de resposta para consultas de dados e visualização de recursos foi de aproximadamente 2 segundos, atendendo às expectativas.

Confiabilidade: O sistema apresentou disponibilidade, com poucos incidentes de falha relatados durante o período de teste. As falhas ocorridas foram rapidamente identificadas e corrigidas.

4.1.2 Feedback dos Usuários

O feedback dos usuários finais forneceu insights valiosos sobre a usabilidade e a funcionalidade do sistema:

Interface de Usuário: A interface foi amplamente elogiada por sua intuitividade e facilidade de navegação. A maioria dos usuários considerou a interface amigável e fácil de usar.

Funcionalidades: As funcionalidades de visualização de recursos e custos foram avaliadas positivamente. No entanto, alguns usuários sugeriram melhorias nas opções de filtragem e na apresentação dos dados.

Suporte e Documentação: A documentação e o suporte foram bem recebidos, com muitos usuários expressando satisfação com a clareza das instruções e a rapidez no atendimento de suporte.

4.1.3 Identificação de Problemas

Durante os testes, foram identificados alguns problemas que precisam ser abordados:

Performance em Grande Escala: Embora o sistema tenha apresentado bons resultados nos testes iniciais, clientes da indústria automotiva enfrentaram desafios ao lidar com grandes volumes de dados, particularmente ao visualizar instâncias EC2 e buckets em regiões com alta concentração de recursos. Esses casos revelaram a necessidade de otimizações para garantir a fluidez e eficiência na exibição de dados em ambientes com grande quantidade de recursos.

Integração com APIs: Houve dificuldades esporádicas na integração com algumas APIs de provedores de nuvem, resultando em erros de conexão ou dados.

Feedback Negativo: Alguns usuários relataram dificuldades na personalização das visualizações de custos e na exportação de relatórios. Isso se deve à complexidade de configurar filtros e ajustar as métricas visualizadas de acordo

4.1.4 Melhorias Implementadas

Com base nos resultados dos testes e no feedback dos usuários, foram implementadas melhorias significativas:

Otimização de Performance: Foram realizadas otimizações no código e ajustes na infraestrutura para melhorar o desempenho ao lidar com grandes volumes de dados. Essas melhorias resultaram em uma redução de 30% no tempo de resposta.

Atualização de APIs: Foram corrigidos problemas de integração com APIs de provedores de nuvem, melhorando a consistência e a confiabilidade dos dados.

Aprimoramento da Interface: Foram adicionadas novas opções de filtragem e personalização na interface de visualização de custos, além de melhorias na exportação de relatórios, com base no feedback dos usuários finais.

4.1.5 Avaliação de Usabilidade

Para avaliar a usabilidade do sistema e a precisão das funcionalidades, utilizamos a ferramenta de teste de usabilidade UsabilityHub, que mediu a porcentagem de acurácia das operações realizadas pelos usuários. A ferramenta forneceu os seguintes resultados:

Taxa de Acurácia: A acurácia geral das funcionalidades do sistema foi de 92%, indicando um alto nível de precisão nas operações realizadas pelos usuários.

Usabilidade: A ferramenta também avaliou a facilidade de uso do sistema, com uma pontuação média de 4,5 em uma escala de 5, refletindo a satisfação dos usuários.

4.1.6 Resultados Preliminares

Os resultados preliminares sugerem que o sistema atende bem aos requisitos funcionais e oferece uma solução eficiente para o gerenciamento e monitoramento de recursos na nuvem. A fase de testes permitiu identificar áreas de melhoria e fornecer uma base sólida para ajustes futuros.

A próxima etapa envolve a continuação do processo de refinamento, com base nos dados coletados, para garantir que o sistema atenda plenamente às expectativas dos usuários e continue a evoluir conforme as necessidades do mercado.

5 CONCLUSÃO

O desenvolvimento e a implementação do sistema de gerenciamento e monitoramento de recursos na nuvem atenderam às necessidades funcionais estabelecidas, destacando a relevância dos softwares na gestão moderna de recursos tecnológicos. O sistema se mostrou uma solução robusta e essencial para empresas em ambientes de nuvem complexos.

Os testes realizados, utilizando a ferramenta UsabilityHub, evidenciaram a importância da qualidade do sistema. No entanto, desafios relacionados à performance em grande escala e à integração com múltiplos provedores de nuvem foram identificados, reforçando a necessidade de testes contínuos. Esses testes não apenas ajudam a corrigir falhas, mas também fornecem insights para melhorar a funcionalidade e a usabilidade.

Em suma, o sistema desenvolvido é uma solução prática e eficiente, com desempenho satisfatório e uma experiência de usuário positiva. Recomenda-se a otimização da performance e a expansão das integrações para manter a relevância no mercado em constante evolução. A qualidade dos softwares continua a ser fundamental para o sucesso das soluções tecnológicas, e a implementação de melhorias contínuas é crucial para atender às expectativas dos usuários no ambiente de nuvem moderno.

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1Graduando do Curso de Sistemas de Informação da Universidade de Araraquara – UNIARA. Araraquara-SP. E-mail: lucas.zanatta@uniara.edu.br

2Orientador. Docente Curso de Sistemas de Informação da Universidade de Araraquara – UNIARA. Araraquara-SP. E-mail: alsilva@uniara.edu.br

3Coorientador. Docente Curso de Sistemas de Informação da Universidade de Araraquara – UNIARA. Araraquara-SP. E-mail: fflorian@uniara.edu.br