REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202411191134
AMORIM, João Victor da Silva Dourado1
BONOMO, Fabiana Claudino2
LIMA, Luan Sampaio Couto3
NASCIMENTO, Ingrid Santana4
RIBEIRO, Lucas da Silva5
SCHIAVON, Vinicius Gomes6
TEIXEIRA, Maria Clara Santos7
RESUMO
INTRODUÇÃO: A pneumonia é definida como uma infecção respiratória aguda que acomete o parênquima pulmonar, principalmente em populações mais vulneráveis, como crianças e idosos. Caracteriza-se por ser uma das principais causas de morte infantil em todo o mundo. A cada ano, mais de 725.000 crianças menores de cinco anos morrem de pneumonia, das quais 190.000 são recém-nascidos.1 Considerando a relevância epidemiológica da pneumonia viral no contexto pediátrico e a escassez de estudos que a abordam do ponto de vista integrativo, é fundamental a realização de novas pesquisas que apontem para uma visão mais interdisciplinar a fim de se ter uma melhor compreensão dessa doença.8 OBJETIVO: Analisar as características da pneumonia viral em crianças de forma interdisciplinar. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão da literatura. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica consultando as bases de dados indexadas: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), Google Scholar, Scopus e Web of Science, no período de setembro a outubro de 2024. RESULTADOS: Com base na análise de estudos publicados sobre casos de pneumonia viral em crianças, foi possível identificar diversidade em termos de manifestações clínicas, patológicas e fisiopatológicas, bem como no tratamento.12 Os achados sugerem que o bom manejo da pneumonia viral está diretamente relacionado à integração de conhecimentos e a uma abordagem interdisciplinar que o profissional médico deve utilizar ao avaliar, diagnosticar, tratar, prevenir complicações e gerenciar epidemiologicamente a incidência de casos.8 CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar dos inúmeros estudos publicados sobre pneumonia viral em crianças, especialmente no contexto da pandemia pós-COVID-19, ainda é necessário ampliar as abordagens científicas sobre o tema, especialmente à luz de uma perspectiva interdisciplinar que inclui: fisiopatologia, anatomia patológica, semiologia médica, farmacologia, medicina legal e gestão em saúde, a fim de integrar conhecimentos diversos.
PALAVRAS-CHAVE: Pneumonia Viral, Criança, Pesquisa Interdisciplinar, Doenças Respiratórias, Prática de Cuidados Integrativos
1 INTRODUÇÃO
A pneumonia é definida como uma infecção respiratória aguda que afeta o parênquima pulmonar, especialmente em populações mais vulneráveis, como crianças e idosos. Caracteriza-se por ser uma das principais causas de morte infantil em todo o mundo. A cada ano, mais de 725.000 crianças menores de cinco anos morrem de pneumonia, das quais 190.000 são recém-nascidos.1
Em 2019, esta doença causou a morte de cerca de 740.180 crianças menores de 5 anos, o que corresponde a 14% de todos os distúrbios em crianças de 1 a 5 anos. Essa realidade tem levado vários países a desenvolverem planos e estratégias de combate à pneumonia, seguindo as recomendações da OMS e do UNICEF, priorizando a proteção, a prevenção e o tratamento a fim de aumentar a sobrevida das crianças afetadas.2
Existem poucos dados publicados sobre a situação epidemiológica da PAC em crianças no Paraguai. Dados do Observatório Mundial da Saúde – OMS indicam que em 2019 as infecções do trato respiratório inferior foram a principal causa de morte em crianças menores de 5 anos neste país.3
No Brasil, cerca de 600.000 internações por pneumonia adquirida na comunidade (PAC) são registradas anualmente. Dados do Ministério da Saúde indicam que no primeiro semestre de 2022, cerca de 44.523 crianças morreram em decorrência dessa doença.4
A PAC é caracterizada por ser contraída na comunidade, ao contrário da pneumonia nosocomial que é adquirida dentro de uma instituição hospitalar.5 Estão associadas a infecções bacterianas e/ou virais e fúngicas (menos comuns), o que pode levar a uma alta taxa de morbidade e mortalidade. Entre os agentes mais comuns relacionados à pneumonia bacteriana estão os pneumococos (Streptococcus pneumoniae), por sua vez o vírus Influenza, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e o SARS-COv-2 (coronavírus responsável pela covid 19).6.7
A pandemia de COVID-19 (2020-2023) introduziu as infecções respiratórias em um cenário global central. As estimativas indicam que em 2021 cerca de 6 milhões de pessoas morrerão de infecções respiratórias, incluindo COVID-19.4
Os principais órgãos governamentais apontam a PAC como uma doença evitável, com diferentes etiologias, fato que influencia diretamente no seu manejo. Medidas precisam ser implementadas para reduzir a incidência de óbitos na próxima década.4
Considerando a relevância epidemiológica da pneumonia viral no contexto pediátrico e a escassez de estudos que a abordem do ponto de vista integrativo, é fundamental a realização de novas pesquisas que apontem para uma visão mais interdisciplinar para melhor compreensão dessa doença.8
Essa visão interdisciplinar dentro da medicina envolve temas como anatomia patológica (que permite uma visão ampliada da estrutura e das alterações morfológicas relacionadas à doença), Fisiopatologia (para uma compreensão dos mecanismos pelos quais os microrganismos causam doenças em crianças, aqui com foco nos vírus), Semiologia Médica (que permite uma compreensão mais detalhada dos sinais e sintomas apresentados, bem como métodos diagnósticos), Medicina Legal (com um olhar mais focado em possíveis fatores agravantes da infecção que influenciam o prognóstico, como negligência, imperícia ou imprudência), Gestão em Saúde (à luz das políticas públicas de saúde para prevenir doenças respiratórias) e Farmacologia (a fim de contribuir para uma maior compreensão dos tratamentos disponíveis e principalmente quando utilizá-los).
Com base no exposto, o objetivo desta pesquisa é analisar de forma interdisciplinar as características das pneumonias virais em crianças.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma revisão da literatura. O objetivo geral de uma revisão de literatura é avaliar criticamente e sintetizar as informações obtidas sobre os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema, a fim de reconhecer as lacunas de conhecimento que o novo estudo busca preencher e, de forma geral, entender o que foi desenvolvido por outros pesquisadores sobre o mesmo tema. Com a crescente implementação da prática baseada em evidências, que sustenta as decisões clínicas, tem-se verificado um consequente aumento na busca por uma análise criteriosa da literatura. Dessa forma, estudos que sintetizam informações científicas contribuem para o desenvolvimento de determinadas áreas, sejam elas científicas ou clínicas.9
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica consultando as bases de dados indexadas: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), Google Scholar, Scopus e Web of Science, no período de setembro a outubro de 2024.
Foram utilizados como critérios de inclusão artigos dos últimos 5 anos, disponíveis eletronicamente, com texto completo, em português, inglês e espanhol, que estivessem relacionados aos descritores.
Para a seleção dos descritores utilizados na pesquisa, adotou-se o uso dos vocabulários controlados DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) e MeSH (Medical Subject Headings). A escolha dos termos foi feita de acordo com a padronização e organização hierárquica desses sistemas, a fim de garantir precisão e uniformidade na indexação dos temas relacionados ao estudo. Os descritores utilizados foram: Pneumonia Viral, Criança, Pesquisa Interdisciplinar, Doenças Respiratórias e Prática de Cuidado Integral, selecionados com base em sua relevância para a área de estudo.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
A pneumonia é definida pela inflamação do parênquima pulmonar e tende a começar com a mucosa do trato respiratório inferior. Quando há a inspiração de patógenos por aspiração, inalação ou disseminação hematogênica que atravessam a barreira do epitélio respiratório: epitélio pseudoestratificado colunar ciliado, haverá mecanismos que defenderão o corpo. O sistema respiratório com suas defesas que devem aos reflexos glóticos, tosse e macrófagos. Quando essas barreiras respiratórias são quebradas, seja por vírus ou bactérias, há muita inflamação das células que produz exsudação.10
Dos vírus causadores atípicos estão o vírus sincicial respiratório, que por sua vez é a principal causa de pneumonia em crianças, depois o rinovírus, influenza, adenovírus e parainfluenza. As bactérias típicas são as segundas principais causas de pneumonia, Streptococcus pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia pneumoniae são as prováveis causas secundárias.11
A pneumonia pode ser classificada em dois tipos: Pneumonia Comunitária ou Pneumonia Nosocomial (Hospitalar). A pneumonia contraída fora do ambiente hospitalar, ou até 48 horas antes da internação, é denominada pneumonia adquirida na comunidade, cujo principal agente causador é o Streptococcus, e a idade é um critério importante na avaliação.11
A pneumonia nosocomial, por outro lado, é geralmente considerada uma infecção que ocorre 48 horas ou mais após a admissão hospitalar. Pacientes hospitalizados frequentemente requerem intubação, e os microrganismos presentes incluem Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella. Esses microrganismos são mais difíceis de tratar, pois são resistentes à maioria dos antibióticos.11
Alguns autores descrevem também a pneumonia atípica, que pode ser causada por uma infecção viral que afeta o septo e o interstício dos pulmões, cujas características clínicas são quase imperceptíveis. Por outro lado, as pneumonias por infecções típicas são causadas por bactérias responsáveis pela inflamação, e entre elas está a pneumonia bacteriana aguda, que é subclassificada como lobular ou broncopneumonia. O lobo lobular afeta um lobo por consolidação, e a broncopneumonia afeta mais de um lobo por consolidação irregular.11
Com relação às alterações morfológicas, a pneumonia viral em crianças tem uma condição principalmente no que seria o interstício pulmonar e as pequenas vias aéreas. Macroscopicamente, os pulmões parecem mais congestivos e menos aerados devido ao acúmulo de líquido inflamatório e aumento do fluxo sanguíneo na tentativa de combater infecções.1
Microscopicamente (Figura I), o dano é mais aparente no interstício. Há uma infiltração de células inflamatórias, como linfócitos e macrófagos, que engrossam as paredes dos alvéolos e causam problemas respiratórios. Nas infecções mais graves, membranas hialinas podem se formar nos alvéolos, uma espécie de “cicatriz” temporária, formada por proteínas plasmáticas (fibrina), restos de células epiteliais danificadas, material lipídico.12
Em comparação com a pneumonia bacteriana, as diferenças são claras: esta última causa a infiltração de neutrófilos nos alvéolos, que são células de defesa que produzem pus. O pulmão parece mais segmentado, afetando áreas específicas (um lobo ou segmento) e levando à consolidação alveolar, ou seja, os alvéolos se enchem de pus, fazendo com que o pulmão fique firme e esponjoso. Por outro lado, na pneumonia fúngica, a situação é mais complexa, pois são observadas lesões nodulares granulomatosas e cavidades causadas por necrose (morte tecidual) e presença de fungos no pulmão.13
Figura I: Microscopia pulmonar na pneumonia viral.14
Fonte: Boletim Médico do Hospital Infantil do México, 2016.
Na imagem A, é possível identificar alterações características associadas a infecções virais. Em B, observa-se Histopatologia alveolar, revestida por células gigantes multinucleadas associadas a infiltrado linfocitário. Em C (quadrante inferior esquerdo), encontramos células gigantes multinucleadas com infiltração eosinofílica no citoplasma. A imagem D é uma microscopia eletrônica, onde são identificadas estruturas filamentosas compatíveis com o VSR.14
As manifestações clínicas da pneumonia são muito inespecíficas para fazer um diagnóstico etiológico, podendo apresentar um quadro clínico diferente em cada paciente, dependendo de vários fatores como idade, etiologia, nutrição, imunização, exposição a doenças pré-existentes e outras comorbidades.9,15,16 No entanto, existem sintomas clássicos que podem nos caracterizar e nos guiar para pneumonia (Imagem II), como tosse, febre maior que 39 graus, dispneia e taquipneia, que, associados aos achados radiográficos e laboratoriais, nos permitem fazer o diagnóstico e sugerir uma abordagem terapêutica mais adequada.15,16,17
O exame físico mostra alteração de humor, irritabilidade acentuada, falta de atenção ao ambiente, rejeição da mama materna em mais de três mamadas, grunhidos ou apneia e retração subcostal.18 A ausculta respiratória é uma parte importante do exame clínico de crianças com pneumonia.15 A ausculta pulmonar varia de acordo com o padrão anatômico e a extensão da pneumonia, podendo apresentar estertores crepitantes, murmúrio vesicular diminuído, broncofonia, pectoriloquismo e macicez à percussão.9,15,16 Em caso de complicações com derrame pleural, outras manifestações clínicas podem ser observadas, como febre persistente, mal-estar, falta de apetite, tosse, dor torácica e dispneia. Os movimentos respiratórios podem ser superficiais para minimizar a dor torácica e, em um estágio posterior, a criança pode apresentar escoliose no lado afetado, murmúrio vesicular diminuído e, possivelmente, fricção pleural no lado comprometido.15
A avaliação da gravidade clínica é importante para informar as decisões de tratamento, avaliando a condição geral da criança, incluindo consciência e aceitação de líquidos. A retração subcostal e outras evidências de aumento do trabalho respiratório sugerem um processo mais sério.15
Outras apresentações clínicas, como sibilância, batimento do nariz, estridor em repouso, convulsões e alteração da consciência, como letargia e sonolência excessiva, podem estar presentes e indicar sinais sistêmicos graves.15,16,19
Figura II: Sinais, sintomas e tratamento de pneumonias virais: Adaptado do National Heart, Lung, and Blood Institute.20
Fuente: Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue, 2022.
A radiografia de tórax PA e a radiografia lateral são o padrão-ouro na pesquisa de sinais preditivos de pneumonia.21 Os achados clínico-radiológicos podem apontar para um agente, uma vez que algumas características radiográficas podem estar mais frequentemente associadas a etiologias bacterianas, infecções atípicas ou virais. É importante, no entanto, que os dados radiológicos por si só não possam diferenciar com segurança entre pneumonia bacteriana típica ou atípica e pneumonia viral.15
Um achado radiológico consistente com pneumonia inclui infiltrado pulmonar, alveolar ou intersticial, que é caracterizado por opacidade densa ocupando parte ou todo o pulmão. Pode ou não conter um broncograma aéreo, definido como densidades lineares e irregulares com aparência “reticulada”.21 Na TC de tórax, opacidades em vidro fosco próximas à pleura e consolidações foram mais comuns em pacientes com COVID-19.22
Testes de fase aguda, como velocidade de hemossedimentação (VHS), proteína C reativa e dosagem sérica de procalcitonina (PCT), são essenciais para o diagnóstico de doenças infecciosas, pois também auxiliam e orientam para a suspeita etiológica.14
O tratamento da pneumonia viral é bastante controverso em comparação com o da pneumonia de origem bacteriana. Enquanto as infecções bacterianas são geralmente tratadas empiricamente com antibióticos, a pneumonia viral segue um caminho diferente. Os antibióticos são amplamente utilizados para tratar infecções bacterianas, muitas vezes antes mesmo da confirmação laboratorial, devido à gravidade potencial dessas infecções e ao risco de complicações. No entanto, no caso das pneumonias virais, o uso de antivirais é restrito a situações específicas e o tratamento geralmente é de suporte, levando a debates sobre sua eficácia e necessidade.23
Na prática clínica, o tratamento é sintomático, incluindo oxigenoterapia em casos de dessaturação e/ou hipóxia, antipiréticos para febre e/ou hipertermia e administração de fluidos para desidratação.10 Além disso, em situações específicas, o tratamento pode envolver a administração de antivirais, terapias imunomoduladoras e purificação do sangue.23
Alguns microrganismos virais requerem a administração de medicamentos específicos, como é o caso do tratamento antiviral para influenza. O tratamento deve ser administrado o mais rápido possível (recomendado dentro de 48 horas após o início dos sintomas). O tratamento não deve ser adiado até que o resultado do teste de gripe seja positivo. Os resultados negativos do teste de diagnóstico de influenza não descartam conclusivamente a doença.24
O uso de antivirais no tratamento de pneumonias virais tem ganhado relevância, principalmente em infecções causadas por vírus como influenza e coronavírus. Oseltamivir e Zanamivir são exemplos de antivirais eficazes contra a gripe, enquanto a Ribavirina pode ser usada em casos mais graves.25 O Oseltamivir é recomendado para o tratamento de crianças hospitalizadas com influenza, especialmente aquelas com condições de risco, como asma e doenças crônicas complexas. Estudos demonstraram que o tratamento com Oseltamivir pode reduzir a duração dos sintomas e o risco de complicações, desde que seja iniciado dentro de 48 horas após o início dos sintomas.26
A ribavirina é um antiviral de amplo espectro comumente usado no tratamento de infecções graves por VSR em crianças imunocomprometidas. Embora seu uso em crianças saudáveis com pneumonia viral seja limitado, estudos sugerem que ele pode ser útil em casos graves de VSR em neonatos e lactentes.27 Pode ser administrado por via inalatória, mas os benefícios em relação à toxicidade e eficácia ainda são discutidos na literatura.
Durante a pandemia de COVID-19, o Remdesivir foi aprovado para uso emergencial em crianças hospitalizadas com pneumonia viral grave. Este medicamento funciona inibindo a RNA polimerase viral, reduzindo a replicação do SARS-CoV-2. Os dados de segurança em crianças ainda são limitados, mas estudos preliminares indicam que o Remdesivir pode reduzir o tempo de hospitalização e a necessidade de ventilação mecânica em pacientes pediátricos gravemente enfermos.28
Em termos de tratamento, as diretrizes atuais geralmente não recomendam o uso rotineiro de anti-inflamatórios na pneumonia viral, exceto em situações específicas, como quando há sintomas significativos de dor ou febre.21, 29
A administração de anti-inflamatórios pode ser considerada para o controle dos sintomas, mas deve ser feita com cautela, considerando o risco de complicações e a natureza viral da infecção.21, 29
Em relação ao uso de corticosteroides no manejo da pneumonia viral em crianças, há controvérsias. São indicados em casos de pneumonia viral com broncoespasmo ou para reduzir a inflamação em casos graves, como SDRA (Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo). No contexto da COVID-19, a dexametasona foi amplamente utilizada em pacientes adultos e pediátricos hospitalizados com pneumonia grave, demonstrando uma redução significativa na mortalidade em pacientes que necessitaram de oxigenoterapia ou ventilação mecânica. No entanto, o uso profilático de corticosteroides em infecções virais leves a moderadas não é recomendado devido ao risco de prolongar a replicação viral.30
Em casos graves, o uso de inibidores de citocinas, como o tocilizumabe, um antagonista do receptor de IL-6, tem sido investigado para mitigar a tempestade de citocinas que pode ocorrer em crianças.31 No entanto, o uso desses medicamentos é reservado para casos críticos, sendo necessários mais estudos para avaliar sua segurança e eficácia em crianças com pneumonias virais não associadas à COVID-19.
O manejo de pneumonias virais em crianças também envolve cuidados de suporte, que são cruciais para garantir a oxigenação adequada e prevenir complicações secundárias. A oxigenoterapia é indicada em crianças com hipoxemia e insuficiência respiratória. A ventilação não invasiva e a oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo demonstraram melhorar a oxigenação em crianças com pneumonia viral moderada a grave.32 Além disso, a ventilação mecânica invasiva pode ser necessária em casos de insuficiência respiratória grave.
Da mesma forma, manter o equilíbrio hídrico e eletrolítico é essencial em crianças com pneumonia viral, especialmente naquelas com febre alta e aumento do trabalho respiratório, que podem estar desidratadas. A nutrição enteral ou parenteral é indicada para pacientes que não conseguem se alimentar adequadamente devido ao desconforto respiratório.32
Por sua vez, as diretrizes atuais indicam que o uso de antibióticos não é recomendado para pneumonia viral, a menos que haja evidência de coinfecção bacteriana. A presença de biomarcadores, como a procalcitonina, pode ajudar a determinar a necessidade de tratamento com antibióticos. Baixos níveis de procalcitonina sugerem que a infecção é de origem viral, o que pode permitir a descontinuação do uso de antibióticos.33, 34
Outro aspecto, que merece atenção especial, é a medicina legal, que é uma disciplina que aplica o conhecimento médico em contextos legais e judiciais. Envolve a realização de autópsia forense, exames de lesões, identificação e avaliação da capacidade mental. A autópsia forense é essencial para entender patologias de doenças graves que resultam em morte.35
Em um estudo publicado pelo Departamento de Patologia Forense da Faculdade de Medicina Legal da Universidade Médica do Sul em 2020, foram encontrados alguns achados, como derrame pleural, edema pulmonar, hiperemia da mucosa respiratória e hemorragia focal, que são consistentes com outros estudos relacionados à pneumonia viral em crianças.35
Também foi observada inflamação na mucosa respiratória, com linfonodos mesentéricos aumentados, presentes em cerca de 81,61% dos casos, além de displasia tímica nas crianças analisadas. Esses achados nos levam a percepções sobre a ação da doença que podem não ser evidentes apenas com o diagnóstico clínico.35
Além do sistema respiratório afetado, a infecção viral afetou significativamente outros órgãos, como o coração e o trato gastrointestinal. Descobertas que revelam a gravidade da doença e sua capacidade de se espalhar para vários sistemas. 35
Em comparação com a pneumonia viral em adultos, as crianças tendem a ter menos alterações patológicas tardias, como fibrose pulmonar. Uma diferença que pode estar associada à menor capacidade das crianças de resistir a infecções virais graves, evoluindo rapidamente da doença para a morte, sem desenvolver quadros tardios.35
A pneumonia viral é descrita como uma doença cujas manifestações clínicas são de início leve, especialmente em crianças. Os achados post-mortem, de acordo com estudos, revelam a verdadeira extensão da infecção, com complicações muitas vezes não reveladas clinicamente devido à rápida evolução da doença, como a síndrome do desconforto respiratório (SDRA).35
Além de compreender as alterações morfológicas, as manifestações clínicas e o tratamento, é fundamental compreender o manejo em saúde. As políticas públicas e os protocolos para o diagnóstico e manejo das pneumonias virais em crianças visam padronizar a assistência e otimizar os resultados de saúde, priorizando a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento efetivo dessas infecções respiratórias.36
Programas de vacinação e campanhas de educação em higiene e saúde ajudam a reduzir a incidência de doenças virais respiratórias em crianças. A vacinação contra o vírus influenza e a profilaxia do vírus sincicial respiratório (VSR) em lactentes de risco são intervenções preventivas essenciais, reduzindo significativamente a mortalidade e as complicações respiratórias em pediatria.36
A implementação de políticas públicas, como as do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, garante que todas as crianças, independentemente de sua condição socioeconômica, tenham acesso ao diagnóstico e tratamento adequado das pneumonias virais. Isso inclui triagem precoce em serviços de atenção primária e encaminhamento para unidades especializadas para casos graves, proporcionando cuidados mais equitativos.37
Os protocolos de saúde pública promovem o diagnóstico precoce da pneumonia viral, ajudando a distinguir entre infecções virais e bacterianas. Isso evita o uso indevido de antibióticos e promove o tratamento adequado.37
Além disso, campanhas de conscientização promovidas por políticas públicas ensinam a população sobre os sinais e sintomas da pneumonia viral, bem como sobre medidas preventivas (lavagem das mãos, distanciamento social em surtos virais etc.). Essas ações são essenciais para reduzir a propagação de infecções e para que os pais procurem atendimento médico rapidamente.2
Permitem a criação de sistemas de vigilância epidemiológica, que monitorizam a propagação de vírus respiratórios, como o VSR e a gripe, e garantem respostas rápidas em surtos ou epidemias. Esses sistemas auxiliam na alocação eficiente de recursos e na implementação de medidas de controle em tempo hábil.2
Ao promover a prevenção e o diagnóstico precoce, é possível reduzir a sobrecarga sobre os serviços de saúde, especialmente durante os períodos sazonais de alta incidência de infecções respiratórias. Isso permite que os recursos hospitalares sejam direcionados para os casos mais graves, melhorando a qualidade geral do atendimento.38
A boa governança das políticas públicas é vital para prevenir a propagação de doenças, garantir tratamento adequado e equitativo e promover a saúde das crianças de forma ampla e sustentável. A prevenção e o tratamento eficazes dessas doenças por meio de programas de saúde pública ajudam a salvar vidas e reduzir o impacto da pneumonia viral nas populações mais vulneráveis.38
Da mesma forma, buscam garantir que todas as crianças, independentemente de seu status socioeconômico, tenham acesso igual ao tratamento adequado para pneumonia viral. Isso inclui o fornecimento de medicamentos antivirais quando indicado, oxigenoterapia e hospitalização quando necessário, evitando atrasos no diagnóstico e complicações graves.38
Por meio de programas de vacinação, diagnósticos eficientes, tratamentos adequados e campanhas de conscientização, às políticas públicas fornecem uma abordagem sistemática para proteger as crianças de infecções respiratórias graves.38
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base na análise de estudos publicados sobre casos de pneumonia viral em crianças, foi possível identificar diversidade em termos de manifestações clínicas, patológicas e fisiopatológicas, bem como no tratamento.12
As pneumonias virais são definidas pela inflamação do parênquima pulmonar, que tende a começar na mucosa do trato respiratório inferior, manifestando-se em diferentes graus de gravidade dependendo da idade da criança, da resposta imune e do tipo de microrganismo viral. Os principais achados radiológicos incluem infiltrados pulmonares, opacidades intersticiais e alveolares e, em algumas situações, broncograma aéreo.9
Em termos de suscetibilidade à gravidade dos casos de pneumonia viral, crianças menores de 2 anos tendem a ter maior risco de complicações respiratórias, principalmente devido a um sistema imunológico imaturo.35
Outro fator importante a ser considerado para o médico está relacionado às complicações associadas às pneumonias virais, como derrame pleural e superinfecção bacteriana. Em termos bem definidos, as pneumonias virais não requerem o uso de antibióticos, no entanto, devido à superinfecção bacteriana, o uso empírico de antibióticos é justificado em crianças com mau prognóstico e/ou piora dos sinais e sintomas.33.34
No que se refere ao diagnóstico, estudos apontam para a dificuldade de diferenciação entre pneumonia bacteriana e viral apenas com achados radiológicos, o que reforça o uso de parâmetros laboratoriais adicionais, como PCR e procalcitonina, além de uma boa avaliação clínica.15
Em relação ao tratamento e/ou medidas de conforto, como o uso de oxigenoterapia, foi possível identificar na literatura que crianças com hipoxemia se beneficiam de intervenções precoces, como a administração de oxigênio por meio de cânulas de alto fluxo. Isso demonstra a importância do manejo adequado quando se trata de doenças pediátricas, especialmente em crianças com sinais de insuficiência respiratória.32
Os achados sugerem que o bom manejo da pneumonia viral está diretamente relacionado à integração de conhecimentos e a uma abordagem interdisciplinar que o profissional médico deve utilizar ao avaliar, diagnosticar, tratar, prevenir complicações e gerenciar epidemiologicamente a incidência de casos.7
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pneumonia viral apresenta-se como um problema de saúde pública e um desafio clínico e multidisciplinar. Além disso, as estatísticas apontam para um importante fator de morbimortalidade em crianças em todo o mundo, fato que requer uma abordagem abrangente, que integre diversos conhecimentos da medicina.
Destaca-se a relevância do estudo, em termos de abordagens integrativas, que vão desde o diagnóstico à reabilitação, ao mesmo tempo que se investe no planeamento e estruturação de políticas públicas eficazes e equitativas, que sirvam todas as crianças carenciadas.
A identificação dos sinais e sintomas apresentados pelas crianças, juntamente com o diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e as medidas de suporte adequadas, estão associados a uma melhora nos resultados e/ou na sobrevida. Além disso, é importante destacar a importância da disseminação de informações, medidas de prevenção e manejo epidemiológico dos casos, que podem reduzir significativamente a incidência de pneumonia em crianças e suas complicações.
Apesar dos inúmeros estudos publicados sobre pneumonia viral em crianças, especialmente no contexto da pandemia pós-COVID-19, ainda é necessário ampliar as abordagens científicas sobre o tema, especialmente à luz de uma perspectiva interdisciplinar que inclui: Fisiopatologia, Anatomia Patológica, Semiologia Médica, Farmacologia, Medicina Legal e Gestão em Saúde, a fim de integrar conhecimentos diversos.
6. REFERÊNCIAS
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4. Organização Mundial da Saúde (OMS). 12/11 – Dia Mundial da Pneumonia | Biblioteca Virtual em Saúde MS. 2019. Disponible en: bvsms.saude.gov.br/12-11-dia-mundial-da-pneumonia-4/
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1 – Discente del 6to período de Medicina.
0009-0009-8334-192X
2 – Aluna do 6º período de Medicina.
0009-0008-2356-4235
3 – Estudante do 6º período de Medicina.
0009-0002-8876-6280
4 – Aluna do 6º período de Medicina.
0009-0002-8600-3597
5 – Discente del 6to período de Medicina.
0009-0009-6549-9598
6 – Discente del 6to período de Medicina.
0009-0009-1321-8109
7 – Discente del 6to período de Medicina.
0009-0006-5343-7734