REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/th102411182315
PAULO SÉRGIO DA SILVA RODRIGUES
ANTONIA FRANCISCA DIAS SÁ
MARIA GORETT DA SILVA
EDNALDO SARAN
ESTEVÃO DA SILVA SOUSA
JOANA CARNEIRO DE NAZARE
MAURÍCIO PELLIZZARI TONIOLLI
ITALLY DA CONCEIÇÃO DE SOUSA
JOSE RAYONE DE OLIVEIRA DA SILVA
GUILHERME ROBERTO RIFFEL
Resumo:
O trabalho de campo realizado por estudantes de Geografia teve como objetivo aplicar os conhecimentos teóricos sobre hidrogeografia em uma situação prática. Os alunos visitaram a bacia do Rio Teles Pires nas proximidades da cidade de Sinop no Mato Grosso para analisar a estrutura da bacia, seus elementos constituintes (solo, relevo, vegetação) e as interferências humanas na dinâmica do sistema. O texto apresenta uma introdução a um estudo de caso sobre bacias hidrográficas, com foco na interação entre a natureza e as atividades humanas. O objetivo principal é analisar como as bacias hidrográficas se formam, evoluem e como as ações antrópicas influenciam esses processos. O trabalho de campo proporcionou aos estudantes uma oportunidade de aplicar os conhecimentos teóricos em uma situação real, contribuindo para a formação de profissionais capazes de analisar e compreender a complexidade dos sistemas hidrográficos e a importância da sua conservação.
Palavras-chave: Rio Teles Pires; Interação homem-natureza; Ações antrópicas.
- INTRODUÇÃO
Ao compreender a grande diversificação a qual é composta a formação de uma bacia hidrográfica e sobre como a mesma interage com os meios destacando sua capacidade de formação e construção e sobre tudo ao seu processo de mudança com a interação antrópica, ou seja, com o envolvimento do homem em seu meio, visamos analisar como estudo de caso uma área que pudesse abranger e detalhar os processos dessas relações.
O trabalho de campo realizado pela turma do Sexto Semestre de Geografia da Universidade Estadual de Sinop – UNEMAT no dia 02 de Dezembro de 2023 onde, em prática curricular, apresentam resultados de estudos de campo e pesquisa. O trabalho foi dividido em etapas de estudos com informações sobre a temática de Hidrogeografia e suas diferentes relações sendo nos arredores da bacia do rio Teles Pires onde se pode ser analisado o seu afluente, o solo e seu meio natural assim como a sua interação antrópica.
- OBJETIVO
Com o intuído de se praticar os conteúdos apresentados em sala de aula, tanto o trabalho quanto o campo, visa aplicar esses conhecimentos em pratica na disciplina de Hidrogeografia do Professor Marcos dos Santos de forma a compreender melhor como ocorre à estrutura de uma bacia hidrográfica, sobre suas diversificações, formações assim como a sua relação com os meios interferem em suas mudanças de forma significativa não só nos pontos estudados dentro do Crato Amazônico, mas como exemplo para as diversas formações que temos em todo o planeta fazendo assim os registros em vídeos, fotos para que os aspectos hidrográficos assim como os trajetos possam ser descritos.
- ATIVIDADES E MÉTODOS
Dentre as atividades propostas pela aula de campo, visitamos uma área com pontos de estudo e analise diferentes para que pudéssemos interpretar e reconhecer a formação hidrográfica e as diferenças sobre as mesmas assim como suas relações com os meios onde, por orientação do professor Marcos, que nos orientou sobre o processo de uso e ocupação do local, os impactos predominantes assim como as mudanças decorrentes das ações antrópicas e nos fazendo associar as explicações com os conteúdos que haviam sido expostos em sala de aula. Ainda com apoio de material impresso, realizamos a atividade de identificar as características da margem e do afluente quanto a sua formação, alteração, coloração hídrica, evasão entre outras observações para posteriores analise e discussões com levantamento de dados para formação de informações e construção de relatório.
Compreendendo a didática da atividade na coleta de respostas sobre o apoio de um protocolo que se tornou então a base para a montagem da analise sobre diferentes pontos então estudados as margens do afluente do Rio Teles Pires que posterior obtivesse a leitura e divulgação de resultas para interpretação e montagem de resultados direcionados por duplas na construção da pesquisa e do trabalho.
- LOCALIZAÇÃO E ACESSO
A área onde o estudo foi realizado localiza-se no Norte do Mato Grosso, situado na região de Sinop em Latitude 11° 53’ 39.6” S e Longitude 55° 39’ 23.3” W com o seu acesso realizado do Município de Sinop pela saída com a André Maggi em sentido ao aeroporto com o ponto aos arredores do afluente Vale do Teles Pires com em torno de sua travessia (ponte).
Figura 1- Foto Google Maps
3.2 ATIVIDADES PRELIMINARES, ANTERIOR E POSTERIOR AO CAMPO.
O Estudo foi desenvolvido, buscando em primeiro lugar apresentar uma rápida leitura da geomorfologia da bacia que proporcionou apresentar as características determinantes da sua formação, os fatores que podem ter levado a esse processo apresentando então as características existentes assim como relação com os fatores de que a levaram até a sua formação atual analisando a sua dinâmica de formação tal como as relações e interações que a bacia trás em seu contexto com o meio antrópico.
Anterior à aula, obtivemos explicações com demonstrações do que veríamos na pratica com o intuído de facilitar na captação, absorção e compreensão assim como também o de facilitar o entendimento da pratica de forma que viesse a mediar o enredo não deixando o entendimento disperso, compreendendo conceitos, significados e termos que abrangem o conteúdo como base para o estudo.
Posteriormente e após aula pratica, obtivemos a atividade de relatar, esboçando assim um relatório que venha a explicar a área analisada, as informações encontradas, o roteiro praticado e a interação com o conteúdo aplicado anteriormente como reconhecimento do aprendizado e avaliativo.
- GEOMORFOLOGIA LOCAL
Segundo estudos, o Rio Teles Pires ocupa em média uma área aproximada de 146.600 km2 participando de estados como Mato Grosso e Para. Estudos apontam também que suas nascentes se localizam no município de Primavera do Leste com duas formações sendo na Serra Azul.
Acompanhando que a análise das áreas estudada na aula de campo sofre grande influência deste afluente deve se destacar a diversidade geomorfológica em sua formação, tipo e características assim como as fortes influenciam a qual a mesma sofre tanto com ações naturais quanto com a interação antrópica.
Compreender a dinâmica de formação do local tanto quanto sua formação do morfológica como consequentemente do afluente em conjunto com a paisagem é de sua importância para se entender não só suas características como também de que maneira ocorre toda essa correlação.
A compreensão dos sistemas morfodinâmicos, entendidos, como os processos formadores da paisagem representa um dos aspectos mais importantes em Geomorfologia,
i ressendo possível a partir dessa leitura avaliar
a morfogênese e sua possível evolução (STUDART R.C, p.03).
Dessa maneira, podem ser destacadas então as grandes transformações históricas que a Bacia do Rio Teles Pires sofreu e vem sofrendo adicionando ainda a intensa relação antrópica com o seu meio dinâmico que acarreta na intensificação da sua rápida transformação além da grande diversificação de impactos gerados pela sua rápida mudança.
- DESCRIÇÕES DO PERCURSO – CAMPO
A aula de campo, visando relatar as análises de todos os caminhos percorridos sendo nas proximidades do afluente do rio Tele Pires, onde em primeira localização de formação morfológica, pudemos então analisar a predominância do uso e ocupação do solo, como está à situação atual da formação do solo sendo elas modificadas pela consequência das ações antrópicas pela agricultura no plantio de soja que acarreta no alto nível de deslocamento dos sedimentos e como essa formação se molda constantemente, ou seja, como a ação do homem neste espaço esta provocando assim mudanças diferenciadas das ocorridas naturalmente como erosão, destruição da camada verde que acaba por acelerar o processo de desestruturação da superfície do solo e mesmo quanto ao tempo de formação ali presentes apresentando diferentes características podendo assim encontrar solo gravemente modificado quanto as condições pedológicas natural do ambiente.
Figura 3 – Analise do impacto ao solo. Fonte do autor.
Conforme mencionado e também podendo ser observado figuras 3 e 4, o solo com total retirada da camada verde para sua proteção além de sem manejo inadequado expondo-o ainda mais as ações do intemperismo provocando impacto sobre suas funções de micro e macro organismos e propiciando, devido seu gradeamento incoerente, a produção de erosões intensas e aceleradas assim como a ocorrência da erosão do solo devido as ações do homem que retira a camada verde do solo deixando assim sua superfície descoberta provocando uma alteração diferenciada em sua formação e acamamento.
“O manejo inadequado da cobertura do solo o predispõe ao impacto das gotas das chuvas, que resultam em aumento da erosão.” (PLANTVERD).
Considerado como espaço de analise ainda neste primeiro momento, realizamos a discussão sobre o primeiro ponto refletindo os impactos que o uso e ocupação da terra para o plantio refletiam ao o afluente sobre a bacia hidrográfica do Rio Teles Pires considerando que a caracterização de seu relevo influencia grandemente no modelo de uso ali presente devido ser levemente inclinado propiciando o plantio de soja, que por sua vez acaba por impactar diretamente o afluente devido a compactação do subsolo por consequência das atividades então necessária para a semeada, o escoamento de substancias nocivas sobre o manejo e cultivo diretamente ao lençol freático e ao rio tal como o desgaste dos organismos vivos do espaço estudado devido o manejo inadequado provocando inclusive a facilitação de erosão pelo gradeamento incoerente com o correto.
Nesta perspectiva e ressaltando a importância da água e acima de tudo caracterizando a grande problemática que o cuidado incorreto sobre suas vertentes promovem, Andrade afirma:
“Sendo o causador dos maiores problemas os poluentes não biodegradáveis, uma vez que não se dispersam no meio aquático, sendo altamente tóxicos, como no caso os agrotóxicos, sendo responsáveis pela amplificação biológica, ou seja, podem chegar a cadeia alimentar, causando danos aos animais e principalmente ao homem.” (ANDRADE, p. 6).
Desta maneira e com tal analise, pode se então compreender a participação de como o uso inadequado além do manejo incoerente para o meio de produção no ponto estudado influência direta e indiretamente a qualidade não só do afluente ali presente como também do lençol freático e mesmo a qualidade de vida de quem destes recursos necessitam.
Considerando a compreensão adquirida pelos impactos causados pelo uso inadequado da terra em torno do afluente e sobre como então estaria sendo utilizadas e impactadas as margens do rio, sobre orientação e acompanhamento do Protocolo de Avaliação Rápida para o estudo de conservação ambiental, efetivamos a observação e analise seguindo o protocolo sobre as margens do lauto com a tratativa de levantar questionamentos, dados e promover informações sobre pontos diversificados para discussão dos impactos presentes por conta da dinâmica local tal como a relação antrópica influencia para intensificação das ações analisadas considerando sempre a importância não só do afluente mas também da bacia hidrográfica.
Cunha (1998) considera que a bacia hidrográfica é uma unidade geomorfológica muito importante por agrupar vários fatores em interação, tais como: bióticos, abióticos, econômicos e sociais. Intervenções expressivas, principalmente de origem antrópica, em qualquer parte de uma bacia, geram alterações cujos impactos serão transferidos a jusante, influenciando no fluxo energético e na dinâmica fluvial.
Para compreensão sobre o funcionamento expressivo ao se analisar um afluente sobre a perspectiva de uma bacia hidrográfica, realizou-se então uma terceira atividade onde a objetividade baseado no calcular V = A / T que seria por sua vez responsável por buscar entender a velocidade cuja água estaria tendo por metros segundos no percurso do afluente que considerou A = a distancia de 10 metros para analise e T = o tempo médio de 44 segundos para percorrer o percurso totalizando uma velocidade de V = 0,23 m/s cuja seria então no ponto estudado a velocidade representativa sobre o tempo e o movimento da agua no afluente.
Como ultima atividade sobre modelo de analise para a qualidade do afluente aderido a bacia hidrográfica do Rio Teles Pires, praticou-se a atividade de coleta de agua para que pudesse então ser enviada a laboratório de analise de forma rápida para que não sofresse alteração ou então congelada para manter a mesma estrutura por mais tempo até que então pudesse ser analisada seguindo da coleta de sedimentos com a também objetividade de entender não só a qualidade cuja estaria sendo analisado no afluente, mas para que possa também ser identificado os impactos presentes na área estudada.
- CONSIDERAÇÕES
Baseando nos estudos levantados e efetivados em sala tal como a compreensão da importância de uma bacia hidrográfica considerando a qualidade de seus afluentes, destacouse de que maneira as ações antrópicas intensificam de forma acelerada os impactos não só ao afluente como também ao seu entorno deixando de lado a necessidade de se preservar e cuidar de um bem extremamente importante e necessário como a água abastecendo não somente a seu desperdício e a sua falta de manutenção como também ao entrave de sua poluição, ou seja, o descaso com o que já se possui promovendo impactos ainda maiores que podem trazer até mesmo sua escassez.
Observou-se também a resposta natural no espaço analisado até mesmo pela interferência antrópica, mas que acarretou as margens do rio naturalmente desgaste e perca de sedimentos que viriam a causar assoreamento, perca vegetativa de suas margens, escassez de água, alargamento das margens tal coo também a produção de pequenas praias sendo assim locais de depósitos de bancos de areia que estariam então sendo carregados como sedimentos pelo deslocamento da água e depositados em localidades de menor ou quase zero velocidade do afluente e também por serem locais de menores profundidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
STUDART, R. C2. Análise da evolução geomorfológica da bacia do teles pires a partir de dados srtm – shuttle radar topography mission. Goiania – GO: Universidade de Brasilial, 2006.
PLANTVERD. Disponível: < https://plantverd.com.br/noticias/37002/fatores–queinfluenciam–a–erosao/>. Acesso:04 dezembro 2023. Fatores que influenciam a erosão.
ANDRADE, Thais Seawright. A poluição das aguas por agrotóxicos. Faculdade Eduvale de Avaré, 2007.
CUNHA. Sandra Baptista. Bacias hidrográficas. In: CUNHA, Sandra Baptista; GUERRA, Antônio José Teixeira. (Org.). Geomorfologia do Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 1998.
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