HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

HUMANIZATION IN NURSING CARE IN HEALTH SERVICES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202411171625


Lara Fábia Aparecida Gadelha Lima1
Caroliny Medeiros de Souza2


RESUMO

Este artigo irá abordar as estratégias adotadas pela enfermagem para a humanização dos serviços de saúde, compreendendo a importância dos profissionais de enfermagem que estão na linha de frente no atendimento dos pacientes, foi observado o avanço do bom atendimento aliado a humanização em saúde. Portanto este presente trabalho irá descrever sobre o conceito de humanização, e também irá abordar sobre a Política Nacional de Humanização que foi lançada de 2003 pelo Ministério da Saúde com o intuito de produzir mudanças no atendimento e cuidado para o paciente através da empatia, boa comunicação e a relação entre cuidador e o que está sendo assistido. Com isso está atual pesquisa possui como objetivo apresentar as estratégias utilizadas pela enfermagem no processo de acolhimento e humanização. A metodologia desta pesquisa escolhida foi a revisão bibliográfica envolvendo algumas etapas contribuindo para uma boa análise estabelecendo a base teórica a temática o papel do enfermeiro na humanização dos serviços de saúde. Diante disto foi realizada uma análise de artigos publicados desde o ano de 2000 até a atualidade para obter informações relacionado ao tema da pesquisa assim foram analisados 20 artigos, porém somente 15 foram escolhidos pois os outros tinha informações irrelevantes. Contudo é necessário compartilhar a importância da humanização da saúde pois ainda existe em vários estabelecimentos de saúde casos de mal atendimento, e profissionais mal qualificados, desta forma é importante capacitar os profissionais de saúde e aperfeiçoando o atendimento para se tornar uma assistência mais humanizada.

Palavras chaves: Humanização; Enfermagem; Saúde.

ABSTRACT

This article will address the strategies adopted by nursing for the humanization of health services, understanding the importance of nursing professionals who are on the front line in patient care, the advancement of good care combined with humanization in health was observed. Therefore, this present work will describe the concept of humanization, and will also address the National Humanization Policy that was launched in 2003 by the Ministry of Health with the aim of producing changes in care and care for the patient through empathy, good communication and the relationship between the caregiver and the one being assisted. The objective of this research is to present the strategies used by nursing in the process of welcoming and humanization. The methodology of this research chosen was the bibliographic review, involving some steps, contributing to a good analysis, establishing the theoretical basis, the theme, the role of the nurse in the humanization of health services. In view of this, an analysis of articles published since 2015 was carried out to obtain information related to the research theme, so 20 articles were analyzed, but only 15 were chosen because the others had irrelevant information. However, it is necessary to share the importance of humanizing health, as there are still cases of poor care and poorly qualified professionals in several health establishments.

Keywords: Humanization; Nursing; Health.

1 INTRODUÇÃO

A Política Nacional de Humanização de 2003, lançada pelo Ministério da Saúde, afirma que humanização é ser algo benévolo, tratando o outro com dignidade, respeito, tendo empatia, ou seja, é se colocar no lugar do próximo sem esperar algo em troca, buscando pôr em prática os princípios do SUS, produzindo mudanças no modo de gerir e cuidar, e neste processo está incluso a relação dos protagonistas de saúde, usuários e gestores na produção de gestão do cuidado e dos processos de trabalho.

A Política Nacional de Humanização baseia-se em três princípios principais que são: Transversalidade, Indissociabilidade entre atenção e gestão e Autonomia e protagonismo dos sujeitos, n qual a transversalidade significa que em todas as áreas deve ser permitida a conversa com o usuário, ouvindo-os deixando a sua vivência fazer parte do processo e não somente o profissional usar dos seus conhecimentos técnicos científicos, desta forma facilitando a comunicação entre profissionais de saúde e paciente.

O processo de humanização da saúde ganhou reconhecimento tornando-se tema da 11ª Conferência Nacional de Saúde no ano 2000, trazendo o entendimento que o processo de humanização não é um tema tão recente, pois já existia uma luta pelas mudanças da prática em saúde indo além de um bom atendimento modos de acolher, ofertar a escuta e ser solidário às queixas dos usuários (Martins,2010).

Diante destas informações é necessário abordar a importância do papel da enfermagem na humanização da assistência, onde o cuidado do enfermeiro, para o paciente, envolve uma ação interativa, entre aquele que cuida e a pessoa cuidada. Portanto o ato de cuidar e de assistir, inclui afeto, sensibilidade, solidariedade, compaixão, doação e entre outras características pertinentes ao humanizar em saúde (Vila et al., 2002).

O principal profissional que está em constante contato com o paciente é o enfermeiro, e a partir do momento que este profissional adota estratégias para fornecer um atendimento humanizado como um olhar holístico, observado o paciente como um todo, desde o aspecto psicológico, social, emocional e físico, todas as características englobam um paciente, desta forma o enfermeiro acaba conhecendo as suas necessidades deixando o mesmo mais à vontade, assim adotando uma abordagem individual pautada com empatia, adotando uma comunicação clara, para que o usuário possa compreender todos os procedimentos prestados, pela equipe, também é uma das formas de melhoria do cuidado.

A organização dos serviços de saúde é indispensável outrora o enfermeiro tem a responsabilidade de propor mudanças quando necessário, ter proatividade, atender as demandas dos pacientes e liderança para sugerir melhorias na questão do atendimento humanizado, entretanto a humanização da enfermagem depende de bom acolhimento, atenção integral ao indivíduo, boa comunicação, empatia, ser ouvinte e compreensível, e ter uma boa organização.

Uma pesquisa conduzida pelo Ministério da Saúde demonstrou na avaliação dos usuários o modo e a forma do atendimento que é realizado pelos profissionais de saúde chagam ser mais valorizados do que a falta de médicos na rede de atenção diante disso constatamos que apesar do avanço tecnológico para auxiliar nos atendimentos, a desumanização vem sendo cada vez mais presente no cotidiano desde a atenção básica até os hospitais, a parti desta problemática vem sendo realizado ações para a mudança no atendimento como melhoria no acolhimento, profissionais capacitados, implementação de Ouvidoria, identificação nos leitos com nome do paciente e médico responsável para o usuário seu chamado pelo nome, isso são ações que tendem a mudar o atendimento dos usuários transformando o atendimento tecnicista em atendimento humanizado.

Em 2017 a implantação da (PEC) que é o Prontuário Eletrônico do Cidadão foi obrigatório em todas as unidades de saúde do Brasil este prontuário tem todo o histórico do paciente, desta forma facilitando o profissional de saúde a conhecer melhor este cidadão assim desenvolvendo uma visão holística deste paciente, amparando e atendendo o mesmo de forma mais humanizada, são esses detalhes que conseguimos alcançar o serviço de saúde menos mecânico.

Quando falamos sobre hospitais ou unidade de saúde para crianças elas ficam um pouco assustadas diante alguns profissionais de saúde adotam estratégias humanizadoras nesse contexto a criança precisa de um ambiente lúdico como apoio para o tratamento e sua evolução, as práticas lúdicas como a música, contos infantis, brinquedoteca reforçam a intenção de que a criança não deve parar de brincar enquanto está hospitalizada. Portanto o brincar e o imaginar deve está acompanhado no atendimento assim deixando esse período mais leve em que a criança está vulnerável.

A tarefa de humanizar o serviço de saúde exige autonomia, responsabilidade e principalmente empatia, se colocar no lugar do protagonista do acolhimento é primordial, pois assim será ações e estratégias para a mudança de acolhimento e atendimento nos serviços de saúde no Brasil, sendo uma maneira de difundir esta mudança, também, a capacitação dos profissionais para um novo conceito de assistência a saúde valorizando a vida humana e a cidadania. Portanto, o objetivo deste trabalho é analisar a atuação do enfermeiro no contexto do acolhimento pois pode ser um instrumento de humanização para o atendimento nas unidades de saúde.

2 EMBASAMENTO TEÓRICO

Na prática do cuidado de enfermagem, é evidenciada que os profissionais têm que praticar a assistência de saúde, a conduta humanizada por parte da equipe de enfermagem é ter ética profissional, não somente a enfermagem, mas todos os funcionários que trabalham nos serviços de saúde. A humanização vai além de uma boa ausculta, é acolher com empatia, é atender os usuários com dedicação e com resolutividade, o Sistema Único de Saúde (SUS) vem se empenhando por meio de políticas públicas e campanhas para o aperfeiçoamento do atendimento dos usuários (Pereira,2017).

Na Constituição Federal de 1988 no artº 196 acrescenta que a saúde é direito de todos e dever do Estado garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação desse modo compreendemos que o papel dos colaboradores dos serviços de saúde tem que se colocar no papel de desempenhar atitudes saudáveis sendo atenciosos, saber ouvir as queixas dos pacientes e tentar ser o mais resolutivo possível para que possam garantir um bom acolhimento dos cidadãos nas redes de saúde.

A humanização está vinculada aos direitos humanos, é um princípio que deve ser aplicado a qualquer aspecto do cuidado. Na assistência humanizada o usuário participa das tomadas de decisões quanto ao tratamento tendo sua autonomia preservada. Na relação profissional-paciente, o profissional deve valorizar a efetividade e a sensibilidade como elementos necessários ao cuidado, é preciso que haja um encontro entre pessoas, compartilhando saber, poder e experiência vivida, mantendo relações éticas e solidárias (BENEVIDES et al., 2005), diante disso ter empatia pelo próximo é essencial pois se colocando no lugar do outro é possível ter atitudes humanizadas é interessante ressaltar que a humanização deve ser adotada desde o acolhimento na recepção até as enfermaria e leito realizando o cuidado com atenção e da melhor forma para que esse paciente tem uma evolução eficaz e humanizada.

No entanto o processo do cuidado é uma prática de prestar assistência o cuidado de enfermagem é dividido em etapas como histórico de enfermagem, diagnóstico, planejamento e implementação e avaliação portanto é o profissional que fica mais próximo dos pacientes pois é o que realiza cuidados diários diante disso é muito importante que seja realizado qualificação desses profissionais sobre os cuidados humanizados aperfeiçoando a abordagem e assim melhorando significamente a evolução e o tratamento dos pacientes.

2.1 Humanização: Conceitos, Princípios e Diretrizes

No dicionário a palavra Humanização é derivado da palavra Humanizar que significa tornar-se sociável, civilizado, agradável ou suportável no entanto a humanização em saúde também tem um significado é como uma aposta ética política pois envolve a atitude dos usuários, gestores e profissionais da saúde, é estética porque se refere ao processo de produção da saúde, e é política pois está associada à organização  social e institucional das práticas de atenção e gestão na rede do Sistema Único de Saúde (SUS),  (Deslandes et al.,2009).

A humanização depende ainda de mudanças das pessoas, da ênfase em valores ligados à defesa da vida, na possibilidade de ampliação do grau de desalienação e de transformar o trabalho em processo criativo e prazeroso. A reforma da atenção no sentido de facilitar a construção de vínculos entre equipes e usuários, bem como no modo de explicitar com clareza a responsabilidade sanitária são instrumentos poderosos para mudança (Wagner,2005, p400) portanto o processo de enfermagem é um instrumento que organiza a assistência e prescreve os cuidados de enfermagem desta forma é muito importante o que profissional oriente o paciente de forma clara e objetiva que o mesmo possa compreender os cuidados isso são atitudes que humaniza a assistência.

Em 2003 o Ministério da Saúde, lançou a Política Nacional de Humanização (PNH) que tem como objetivo pôr em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar, o HumanizaSUS como é conhecido a Política Nacional de Humanização aposta na inclusão dos trabalhadores, usuários e gestores na produção dos cuidados e dos processos de trabalho (Almeida et al.,2019).

Com isso o HumanizaSUS foi uma ferramenta muito importante pois através dela os usuários podem compartilhar sua vivencias e experiencias em rodas de conversas e os profissionais de saúde acaba tendo uma visão mais profunda daquele usuário assim compreendendo ele como um todo, desta forma entendemos que os enfermeiros não veem apenas a doença daquele usuário mas entende todo processo de vida do indivíduo, através do diálogo que caracteriza a humanização ou seja sem esse contato de diálogo não existe a humanização, então através deste contato podemos observar aspectos sociais, emocionais, psicológicos, caraterísticas que podem mudar a formar do cuidado para o paciente ( Silva; Pereira; Araújo, 2018).

A Política Nacional de Humanização é uma política transversal pois ela envolve a comunicação entre usuários, profissionais da saúde e gestores fundamenta-se na troca e construção do saber é muito importante pois o profissional vai escutar este usuário para implementar o cuidado de forma humanizada a participação da equipe multiprofissionais é fundamental no processo do cuidar pois desta forma terá profissionais com especializações diferentes de acordo com a necessidade do paciente ( Brasil, 2003).

A PNH tem três princípios: Transversalidade, Indissociabilidade entre atenção e gestão, Protagonismo, Corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos, como já mencionado a PNH é uma política transversal desta forma a transversalidade significa que a Política Nacional  de Humanização  deve estar presente e estar inserida em todas as políticas do programa do SUS, com isso  transversalizar é reconhecer também que as diferentes especialidades em saúde podem conversar entre si, então juntos esses saberes podem produzir saúde de forma mais corresponsável  (Paula, 2015).

A indissociabilidade entre atenção e gestão está relacionado as decisões da gestão que interferem diretamente na atenção à saúde, ou seja, não é possível separar a atenção da gestão ambas estão correlacionadas, assim as decisões da gestão interferem significativamente naquilo que vai ser proporcionado na assistência à saúde, os usuários devem buscar conhecer como funciona os serviços de saúde. Na rede de saúde para poder conseguir participar ativamente no processo de tomada de decisões na organização da saúde, portanto o cuidado e a assistência à saúde não se restringem somente aos profissionais de saúde o usuário e sua rede sociofamiliar deve também se responsabilizar pelo cuidado de si no tratamento assumindo uma posição protagonista com relação a sua saúde (Barbosa et al., 2009).

O terceiro princípio da PNH que é o Protagonismo, Corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos segundo o Ministério da Saúde é qualquer mudança na gestão construída com a ampliação da autonomia e vontade das pessoas envolvidas, que compartilham responsabilidades, diante destas informações o SUS humanizado reconhece cada pessoa como legitima cidadã de direitos e valoriza também incentivando a atuação dessa pessoa na produção da saúde. Quando se menciona protagonismo significa que esta pessoa tem vida no SUS, ou seja, este indivíduo tem a capacidade de decidir e de ser responsável no seu processo de cuidado (Brasil, 2003).

Na Política Nacional de Humanização existem várias diretrizes e uma delas que é a Ambiência é conceituada como a organização de espaços saudáveis e acolhedores de trabalho, ou seja, refere-se ao tratamento dado ao espaço físico entendido como espaço social, profissional de relações interpessoais que deve proporcionar atenção acolhedora e resolutiva. O conceito de ambiência segue três eixos, confortabilidade que é focada na privacidade e individualidade dos sujeitos envolvidos, valorizando elementos do ambiente que interagem com as pessoas como: a cor, cheiro, som, iluminação assim garantindo o conforto aos trabalhadores e usuários (Passos; Campos,2003).

O segundo eixo da ambiência é o espaço que possibilita a produção de subjetividade, a construção deste espaço deve propiciar a possibilidade do processo reflexivo , garantindo a construção  de ações a partir da integralidade e inclusão , na perspectiva da equidade, ao mencionar produção de sujeito refere-se a incorporação dos que atuam na prestação de serviços como: enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem, recepcionistas entre outros assim esses profissionais muitas vezes trazem a opinião dos pacientes ou seja indicando os tipo de ambiente em se sentem melhor (Quintino,2014).

Contudo o espaço é usado como ferramenta facilitadora do processo de trabalho, favorecendo a otimização de recursos, atendimento humanizado, acolhedor e resolutivo, essa diretriz da PNH é uma das formas também de humanizar o cuidado assim construindo um espaço acolhedor, com cores claras e suaves, o conforto, a iluminação todas estas características contribuem para a transformação do atendimento e serviços de saúde assim tendo uma assistência mais humanizada (Carvalho,2004).

2.2 Contexto Histórico de Humanização em Saúde

No século XIX a OMS introduziu nas pesquisas de avaliação em saúde o conceito de “responsividade” dos sistemas de saúde em contraposição ao de “satisfação” focando as distintas dimensões que envolve o cuidado de saúde depois desta pesquisa foi observado a insatisfação dos usuários. No entanto na década de 90 a ideia de humanização passa a fazer parte do vocabulário de saúde, um conjunto de princípios que criticam o caráter impessoal e desumanizado da assistência à saúde e que posteriormente é discutido diferentes propostas de melhoria visando modificar as práticas em saúde cujo eixo principal é a dimensão humana, individual e ética do atendimento com concepção dos direitos dos pacientes (Vaitsman; Andrade, 2005).

Em 2003 foi realizado um debate no Ministério da Saúde que defendeu como priorização o tema Humanização como aspecto fundamental a ser contemplado nas políticas públicas de saúde, a humanização era menosprezada por grandes partes dos gestores, ridicularizada por trabalhadores desta maneira houve uma urgência de reavaliação de conceito e práticas nomeadas como humanizadas (Benevides; Passos, 2005).

Em 2003 foi construído as bases da política, somente em 2004 foi possível ampliar o raio de ação desenvolvendo intenso processo de discussão e pactuação no âmbito dos Estados, municípios e serviços através de dispositivo como: ao Grupos de Trabalho de Humanização, as Oficinas e atividades de apoio institucional, essas ações eram acompanhadas da elaboração de conceitos e criação de subsídios práticos que davam suporte as intervenções, a humanização enquanto política pública de saúde vem se afirmando atualmente como criação de espaço/ tempo que alteram as formas de produzir saúde  (Deslandes,2004).

A humanização nasceu dentro do SUS, os princípios do SUS são totalmente de inspiração humanista: universalidade, integralidade, equidade e participação social, tal caráter faz do SUS, hoje, o principal sistema de inclusão social deste país, diante disso a maioria dos hospitais privados a humanização foi tratada como cosmética da atenção como por exemplo recepcionistas jovens e bonitas, bem vestidas e maquiadas, visualmente o ambiente  bem decorados com  frigobar no quarto e lojinha de conveniência nos hospitais públicos e movimentos sociais a humanização escapa aos modelos comerciais e recupera dos ideais do SUS a prática da cidadania (RIOS,2009, p.253) diante dessas informações é necessário salientar que a humanização está relacionada a ética profissional dos funcionários dos serviços de saúde e tem haver com as atitudes adotas no acolhimento e no cuidado.

No entanto na área da saúde, surgiram várias iniciativas com o nome de humanização e talvez esse termo tenha sido forjado há umas duas décadas, quando ocorreu os acordes da luta antimanicomial, na área da Saúde Mental e do movimento feminista pela humanização do parto e nascimento, na área da Saúde da Mulher, começaram a ganhar volume e a produzir ruído suficiente para registrar marca histórica, esses são alguns pontos históricos da humanização em saúde a luta antimanicomial foi um marco muito importante no contexto do processo do cuidado, e o parto humanizado foi um avanço para combater a violência obstétrica.

Apesar dos benefícios claros, a implementação da humanização do cuidado enfrenta várias barreiras. Estas incluem desde limitações organizacionais e estruturais até resistências culturais e falta de recursos a superação dessas barreiras requer um esforço conjunto de todos os envolvidos no sistema de saúde, incluindo gestores, formuladores de políticas públicas, conselhos profissionais e instituições de ensino.

2.3 Humanização no Cuidar

Atualmente está sendo muito discutido os cuidados de enfermagem oferecido nos atendimentos das redes de saúde, apesar desta profissão existir há muito tempo porém vem se aprimorando de acordo com as necessidades existentes, para Lima et al.,(2022) a enfermagem é uma profissão que tende a responder as necessidades do ser humano em diferentes situações de saúde, portanto este profissional utiliza o conceito de práticas baseadas em evidências que é um conjunto de técnicas, processos e atividades, a enfermagem exige além da técnica, exige-se o conhecimento amplo de valores e crenças e também buscam habilidades para a melhor tomada de decisões.

No contexto filosófico o cuidado é entendido como o modo de ser e sem o cuidado deixa-se de ser humano assim, a afirmação de que o cuidado é o que confere a condição de humanidade às pessoas é uma afirmação lógica, considerando os pressupostos heideggerianos desta forma o ser humano vive o significado de sua própria vida por meio do cuidado. É atestado ser o cuidado o ethos do humano – é um modo de ser essencial; ele se encontra na raiz primeira do ser humano, é a priori: “O cuidado entra na natureza e na constituição do ser humano. O modo-de-ser cuidado revela de maneira concreta como é o ser humano” (Waldow;Borges,2006).

Observando o contexto no qual a enfermagem vem desenvolvendo o seu trabalho, é essencial que o profissional enfermeiro conheça e desenvolva habilidades na utilização dos instrumentos de cuidado, esses instrumentos segundo Cianciarullo (2001), são recursos empregados para se alcançar um objetivo ou conseguir um resultado; na enfermagem, instrumentos básicos são o conjunto de conhecimentos e habilidades fundamentais para o exercício das atividades profissionais.

Segundo o Ministério de Saúde, o conceito de acolhimento vai muito além da boa vontade por parte dos funcionários da unidade de saúde ao recepcionar, e do espaço físico que a compõe. Também não deve ser entendido apenas como uma ação de triagem e atendimento administrativo. Em uma publicação na Biblioteca Virtual em Saúde, o Ministério da Saúde diz:

É preciso não restringir o conceito de acolhimento ao problema da recepção da demanda. O acolhimento na porta de entrada só ganha sentido se o entendermos como parte do processo de produção de saúde, como algo que qualifica a relação e que, portanto, é passível de ser apreendido e trabalhado em todo e qualquer encontro no serviço de saúde. […] O processo de acolhimento deve, portanto, ocorrer em articulação com as várias diretrizes propostas para as mudanças nos processos de trabalho e gestão dos serviços: Clínica Ampliada, Cogestão,
Ambiência, Valorização do Trabalho em Saúde (BRASIL, 2009), diante disso o acolhimento é o pilar da humanização em saúde pois atraves dela é trabalhado a forma do cuidar humanizado com empatia e respeito.

Segundo Costa (2014), o acolhimento é um processo de escuta qualificada e uma ação técnico-assistencial. O acolhimento deve ser um instrumento de humanização para os serviços de saúde, de modo a favorecer a criação de vínculos e o acesso à população. Tendo em vista que o acolhimento se constrói no encontro com o usuário, considera-se que o acolhimento se aproxima do cuidado de enfermagem, já que ambos têm o objetivo de promover o conforto do usuário – reconhecendo que este, possui condições objetivas e subjetivas e que está inserido em contexto de vida.

Diante disso alguns exemplos dos instrumentos que podem ser utilizados pela enfermagem como a observação, a comunicação, os princípios científicos, a criatividade, o cuidado emocional, o toque terapêutico, o corpo, o bom senso, a liderança, o caráter humanitário, a solidariedade, a sensibilidade, a técnica, a relação educativa, as dimensões psicossociais e psicoespiritual,etc.

O primeiro passo para a execução de todos os cuidados de enfermagem. segundo o autor Cianciarullo (2001) é a observação ele refere que para Wanda Horta a observação é a ação ou efeito de observar, isto é, olhar com atenção para examinar com minúcia, atenção que se dá a certas coisas acrescenta que observar é perceber com todos os órgãos dos sentidos o mundo que nos rodeia. Mas nossas percepções podem sofrer influências de experiências, expectativas, motivações e emoções podendo alterar o resultado de nossas observações.

Portando observar o paciente como todo é essencial para que possa atender as necessidades, ter um olhar holístico é primordial em todas as consultas de enfermagem e nos cuidados também pois através da observação é que poderá identificar os sinais e sintomas que este paciente tem e através desta observação realizar os procedimentos e cuidados para o sucesso da evolução e de sua melhora.

 Precisamos estabelecer uma relação de cuidado é necessário como cuidadores exercer qualidades essenciais como dedicação, conhecimento, paciência, tolerância, sinceridade, confiança, humildade, esperança, coragem, competência, comprometimento, responsabilidade, são muitas as qualidades, mas que podem ser resumidas a um único sentimento o amor pois amando é que surge o cuidado, e através desse sentimento é desenvolvido a humanização.

Humanizar a saúde é compreendido como o respeito à unicidade de cada pessoa, personalizando a assistência. Além disso, humanizar a saúde está relacionado com a política e a economia, ou seja, no sentido de igualitarismo no acesso à assistência; afeta também a estrutura e a funcionalidade organizacional no sentido de acessibilidade, organização e conforto; relaciona-se também com a competência profissional dos agentes de saúde e, por fim, com o cuidado do cuidador. Estas ideias parecem ir ao encontro do que propõe o projeto de humanização que foi apontado por outros autores, assim como o que foi evidenciado por alguns estudos sobre o assunto (Waldow;Borges,2011).

Segundo o Conselho de Enfermagem (2001) a enfermagem é a arte de cuidar e também uma ciência cuja essência é especificamente é cuidado com o ser humano, individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico, desenvolvendo de forma autônoma ou em equipa atividades de promoção, prevenção e recuperação da saúde a humanização em saúde é realizada através da ética de enfermagem e pela relação entre doente e o enfermeiro e pelo respeito dos direitos dos doentes.

2.4 Humanização na Atenção Básica

O acolhimento é das diretrizes da PNH desta forma acolher, é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde. Como valor das práticas de saúde, o acolhimento é construído de forma coletiva, a partir da análise dos processos de trabalho e tem como objetivo a construção de relações de confiança, compromisso e vínculo entre as equipes/serviços, trabalhador/equipes e usuário com sua rede socioafetiva.

De acordo com Falk et al., (2010) o acolhimento implica prestar um atendimento com resolutividade e responsabilidade, estabelecimento de articulações para garantir a eficácia dos encaminhamentos é um mecanismo primordial para a Atenção Primária à Saúde (APS), entretanto, somente recebeu destaque nos processos de trabalho das Equipes de Saúde da Família em um passado relativamente recente. No Brasil, o termo utilizado como equivalente à APS é a Atenção Básica (COUTINHO et al., 2015).

A Unidade Básica de Saúde (UBS) é composta por uma equipe multiprofissional e é responsável por um território definido, e os princípios que seguem são: integralidade, qualidade, equidade e participação social. Apesar do grande investimento na rede assistencial com a implantação de Equipes de Saúde da Família, o processo de trabalho continuou reproduzindo a organização tradicional da assistência, centrado nas doenças, em práticas curativas e no saber médico, restringindo a capacidade de atendimento e, por consequência, o acesso dos usuários aos serviços (BARALDI; SOUTO, 2010).

De acordo com a vivencia de alguns profissionais da unidade básica de saúde o trabalho humanizado está resumido basicamente na capacidade de ouvir e de acolher todo e qualquer paciente. Então assim, os profissionais oferecem um acolhimento, através da conversa com os pacientes de forma atenciosa, identificando as necessidades dele, estabelecendo os vínculos, ter um atendimento resolutivo, oferecendo o diálogo com uma escuta qualificada diante disso a humanização veio para transformar forma de atendimento. Ela não é aquele atendimento padronizado e robotizado, mas sim é um atendimento de acordo com as particularidades de cada um.

Acredita-se que a recepção por ser o primeiro contato que o paciente tem ao chegar na unidade de saúde deveria ser aplicado atitudes humanizadas desde a entrada deste paciente desta forma como é estabelecida como primeiro contato com o paciente deveria ser feita de modo integral ao usuário, para que ele se sinta valorizado, cuidado e realmente acolhido (RAMOS et al., 2018).

Como a Atenção Primária é a primeira porta para  os usuários serem atendidos é essencial que acontece uma comunicação explicativa e informativa do que se deve fazer tratar o próximo com empatia é muito importante pois se colocar no lugar do outro é uma maneira de refletir de como queríamos ser tratados, diante disso todo profissional de saúde deve ter um fala objetivo e simples para que o paciente compreenda todo o atendimento e também entendem a abordagem a ser realizada.

O enfermeiro é um profissional que tem um papel crucial na questão do acolhimento pois:

Um dos profissionais que atua na ESF e que é responsável pelo acolhimento é o enfermeiro, o qual deve reconhecer a pessoa como legítimo cidadão de direitos e valores, incentivando assim a sua atuação nos programas do SUS. Este profissional diariamente deve driblar as dificuldades e desafios enfrentados no âmbito do seu dia a dia de trabalho, desafios esses que muitas vezes impedem que o processo de trabalho não aconteça especialmente nas USF’s que não tem suporte adequado para auxiliar no ambiente de trabalho e que dificulta a assistência prestada pelos profissionais, comprometendo a qualidade desta e a prática da humanização (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015) diante desta informação é necessário que esses profissionais estejam sempre se atualizando na questão de acolhimento para que estejam sempre melhorando sua conduta diante desta questão.

Algumas atividades realizadas na Atenção Primária com prática de humanização na USF’ são todas, destacando-se as de prevenções ginecológica, pré-natal, puericultura, planejamento  familiar, atendimento dos pacientes hipertensos e diabéticos, estão relacionadas à busca ativas de pacientes inativos e faltosos com resistências a aderir aos tratamentos para suas patologias, com um sistema informatizado muitas informações ficam de certa forma em aberto, os registros de exames a verificação das microáreas. As solicitações de vagas para internamento e abertura de vagas na agenda do médico, as atividades de planejamento destacam-se a participação do enfermeiro na reunião para a campanha de vacinação, organização de matérias e equipamentos para realização de diversas atividades, participação nas reuniões das equipes comandada pelas autoridades de vigilância local separada por categoria profissional (FAIMON et al., 2003).

Algumas maneiras de humanizar o acolhimento não é somente a forma que fala, a empatia, mas também a humanização é um termo amplo que compões a ambiência se os moveis disponíveis são confortáveis, se a iluminação é favorável, a estrutura do local está em bom estado, se a demora no atendimento e a disponibilidade dos serviços de saúde estão disponíveis de acordo com a necessidade do paciente tudo isso engloba a humanização também.

O enfermeiro que atua na na unidade básica de saúde  tem um importante papel na superação dos atuais desafios à prática da humanização, devendo para isso trabalhar com fatores complexos que exigem um maior esforços político–institucional e com questões ligadas ao financeiro, a formação de profissionais e o desenvolvimento de ações intersetoriais mais eficazes, a fim de favorecer as USFs como porta de entrada preferenciais e de qualidade na organização do acesso aos demais níveis de assistência, requerendo superar o processo de trabalho que ainda é baseado no modelo biomédico curativista(Silva el al.,2019).

2.5 Papel do Enfermeiro na Humanização em Saúde

No Brasil, a atuação do enfermeiro é normatizada pela Lei número 7.498, de 25 de junho de 1986, a qual, no artigo 11, elenca as competências exclusivas do enfermeiro gestor: a supervisão e liderança dos setores de enfermagem em entidades públicas ou privadas; a estruturação das atividades técnicas e de apoio; e a concepção, coordenação, implementação e avaliação dos serviços oferecidos pela enfermagem, dentre outras responsabilidades (Souza et al., 2018).

De acordo com (Barbosa;Silva, 2007) humanizar o cuidado envolve respeitar a individualidade do ser humano e construir um espaço  concreto nas instituições de saúde, que legitime o humano das pessoas envolvidas, assim como cuidar de forma humanizada, o enfermeiro que presta cuidados mais próximos ao paciente, deve ser capaz de entender a si mesmo e ao outro, ampliando esse conhecimento na forma de ação, o respeito é componente primordial na assistência  à saúde, neste contexto o autor também ressalta a importância da comunicação.

 O significado da comunicação para o enfermeiro permeia alguns aspectos como a expressão oral, coleta de dados do paciente e alguns enfermeiros relataram que a comunicação alegra os pacientes, pois é uma maneira de distração, fazendo com que os mesmos focalizem menos suas doenças (Barbosa; Silva,2007, p 548) portanto ter dialogo nas consultas de enfermagem é primordial para que ganhe a confiança do paciente facilitando a conduta e o diagnóstico de enfermagem, ter uma linguagem clara para que o usuário possa compreender toda a orientação de enfermagem é essencial.

O principal profissional de saúde que realiza o cuidado são os profissionais de enfermagem desta maneira desempenha uma função importante na humanização dos serviços de saúde como promover o cuidado direto ao paciente objetivando seu bem estar e compreendendo como um todo, esse contato entre profissionais de enfermagem e paciente leva uma aproximação entre ambas as partes favorecendo a construção de confiança e segurança do paciente (Silva et al., 2014).

De acordo com Código de Ética de Enfermagem o profissional de enfermagem participa como integrante da equipe de saúde que tem como responsabilidade e dever   respeitar, reconhecer e realizar ações que garantam o direito da pessoa ou de seu representante legal, de tomar decisões sobre sua saúde, tratamento, conforto e bem estar, neste contexto o respeito é um pilar muito necessário no processo do cuidar humanizado, se colocar no lugar do próximo e ter empatia é um diferencial na assistência à saúde ( Adailson et al,2020).

Alguns autores ressaltam que quando o paciente esteja com dor e sofrimento para que ele se sinta melhor, é preciso realizar os procedimentos com palavras carinhosas fazendo com que o paciente expresse seus sentimentos e também sejam reconhecidos pelo outro. Com isso o paciente se sinta seguro, mesmo numa situação delicada e vulnerável ele terá alguém para ouvi-lo e cuidá-lo isso além de ganhar confiança construí um laço entre a equipe de enfermagem e paciente por isso a enfermagem é tão importante na humanização em saúde pois são testemunhas de pessoas que estão em busca do alivio da dor e do sofrimento e são cientes que através do bom cuidado, a humanização fundamental no processo do tratamento e da cura desses indivíduos (Roque et al., 2007).

Os cuidados de enfermagem fundamentam-se em uma visão holística do ser humano, ou seja, na relação contínua com o outro. Essa interação envolve o toque, a comunicação e o cuidado físico. Esses aspectos são essenciais para a relação entre enfermeiro e paciente, pois, através desses pequenos gestos, é possível estabelecer uma conexão muito próxima. São ações simples, mas com grande significado, pois demonstram um lado positivo para as pessoas que estão passando por um momento difícil (CARVALHO, 2002).

O acolhimento é definido como um processo de escuta qualificada e uma ação técnico-assistencial desta forma deve ser um instrumento de humanização para os serviços de saúde, de modo a favorecer a criação de vínculos e o acesso à população. Tendo em vista que o acolhimento se constrói no encontro com o usuário, considera-se que o acolhimento se aproxima do cuidado de enfermagem, já que ambos têm o objetivo de promover o conforto do usuário reconhecendo que este, possui condições objetivas e subjetivas e que está inserido em contexto de vida (Rocha et al, 2021).

Diante disso a comunicação é um ótimo aliado para a humanização da assistência em saúde como a equipe de enfermagem é que fica mais próximo ao paciente através deste contato objetiva a compreensão de experiência e dos sentimentos do paciente ser empático implica no papel de se colocar no lugar do outro através do diálogo com o paciente além de ouvi-lo é primordial ter uma linguagem simples explicando os procedimentos, encaminhamento e exames ter essas atitudes acaba transformando a assistência ( Morais et al., 2009).

De acordo com Cabral (2001) humanizar é cuidar do outro tendo em conta os seus valores e o modo como o outro gosta ou quer ser cuidado. E não como o enfermeiro acha que ele quer ser cuidado, ou seja, atender as necessidades. Este autor ainda afirma que a humanização é para todos, não só um dever ou um direito de alguns, porque “somos pessoas, seres de relação, onde a humanização tem de ser à base da nossa atuação”.

A humanização no cuidado de saúde também significa reconhecer e valorizar os profissionais de saúde como seres humanos, promovendo um ambiente de trabalho que respeite suas necessidades e dignidade. Assim, pressupõe-se uma relação de igualdade e reciprocidade entre paciente e profissional, caracterizada como uma relação sujeito-sujeito. Esse enfoque integral visa não apenas a eficácia clínica, mas também o bem-estar emocional e psicológico de todos os envolvidos, criando um ambiente de cuidado mais humano e acolhedor (Danielle,2024).

Através da satisfação dos usuários é possível identificar as falhas que são acometidas durante o acolhimento e no processo do cuidado, através das opiniões e relatos buscar realizar mudanças de acordo com o problema apontado por eles, desta forma receber o feedback dos pacientes é uma forma de realizar a mudança de comportamento dos profissionais da área de saúde assim humanizando ainda mais os serviços de saúde.

  METODOLOGIA

Este trabalho é uma pesquisa de caráter exploratório com abordagem qualitativa, desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica da literatura, a qual subsidia a análise e a síntese de conhecimentos de diversas pesquisas sobre o tema abordado. Optou-se pela abordagem qualitativa em razão do estudo que irá abordar um nível de realidade que não pode ser quantificada, que trabalha com um agregado de significados, valores, crenças e tantos outros aspectos das relações humanas que necessitam que tal abordagem seja utilizada.

A seleção dos estudos foi realizada nas bases de dados eletrônicas PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), bem como material acadêmico disponibilizado pelas universidades. Serão incluídos artigos originais, revisões sistemáticas e meta-análises publicados entre os anos de 2000 e 2024, em português, inglês ou espanhol, pertinentes à atuação do enfermeiro no acolhimento nas unidades de saúde.

Foram incluídos estudos que abordam especificamente a atuação do enfermeiro no processo de acolhimento em serviços de saúde, com descrição das atribuições, estratégias utilizadas e como isso se relaciona com a humanização do serviço prestado e com a qualidade do serviço.

Os dados coletados incluirão: autor (es), ano de publicação, objetivo, método, resultados e considerações finais. A análise dos dados será realizada por meio de três etapas: a) leitura exploratória; b) leitura seletiva; c) registro de informações; onde a leitura destacando as principais contribuições dos estudos selecionados para o tema em questão.

 RESULTADO E DISCUSSÃO

A busca inicial resultou em 450 artigos, o método de exclusão foi a partir da fuga de informações que não seriam necessárias para construir este trabalho, desta forma foram analisados 20 artigos e apenas 15 escolhidos, portanto, estas pesquisas foram analisadas o ano de publicação, os objetivos, os métodos e resultados obtidos de cada artigo.

Diante disso será apresentado e discutido alguns artigos que contém alguma avaliação sobre a humanização em saúde, opinião dos usuários em relação ao atendimento e cuidado, acolhimento e assistência humanizada, observado nas buscas que a humanização não é um tema que surgiu atualmente, já vem sendo discutidos há várias décadas no qual grupos de pessoas vem lutando pela humanização, este assunto teve um grande impulso em 1987 em que acontecia um grande movimento com objetivo da reforma psiquiátrica que tinha o intuito de humanizar o atendimento e colaborasse para o fim do preconceito.

De acordo com Martins (2010) o movimento da humanização teve seu foco inicialmente nos hospitais por sua centralidade no modelo assistencial brasileiro, diante disso esse tema foi tão importante que virou tema da 11ª Conferência Nacional de Saúde no ano de 2000 e diante desta repercussão o Ministério da Saúde observou que a problemática da humanização não era apenas nas unidades hospitalares, mas também nos serviços de administração pública direta nas áreas dos serviços de saúde.

Isso significa que é necessário enfatizar que a falta de humanização não é focado em unidades hospitalares exclusivamente mas também no modo em que os pacientes são acolhidos desde a entrada ou seja na recepção, é essencial que colocassem em prática qualificações de todos os profissionais dos serviços de saúde sobre o acolhimento e a assistência realizada nas redes de saúde, frisando que a humanização não é apenas a agilidade das filas, ou um local estruturado para atender os usuários existem outros fatores que são somado a esses para tornar os serviços mais humanizado.

Uma frase interessante no texto da Vila (2002) é a seguinte “o cuidado humanizado é muito falado e pouco vivido”, apesar de ser um texto elaborado há 22 anos atrás nos remete a pensar e refletir no quanto o cuidado humanizado tem evoluído até o presente momento porém ainda tem muito o que mudar pois o sistema de saúde brasileiro ainda precisa evoluir no quesito de ética e uma boa qualificação profissional, a superlotação de hospitais e poucos profissionais para atender a demanda, o estresse e sofrimento dos profissionais de saúde sobrecarregado são algumas das problemáticas vivenciadas no setores públicos de saúde ,apesar de não justificar o mal atendimento que permeiam em muitas unidades, as políticas públicas também deviam tomar as devidas providências para cuidar da saúde desses profissionais.

A humanização e a assistência de enfermagem têm uma relação especial pois o enfermeiro é o profissional que está ligado diretamente no cuidado do paciente portanto tem um papel importante na humanização da saúde, no cotidiano a humanização na enfermagem está relacionado no entendimento dos sentimentos, fragilidades, expectativas e duvidas do indivíduo.

Para Wagner a humanização depende da mudança das pessoas na qual dão ênfase ao valor da vida onde é necessário uma do ambiente de trabalho em processo criativo prazeroso diante disso é essencial que usuários, profissionais e gestores tenham um ambiente confortável, bem iluminado, com boa estrutura, isso são exemplos dos componentes da humanização em saúde que se chama ambientação que está inserido na Política Nacional de Humanização (PNH).

Dos artigos escolhidos todos abordam sobre a Política Nacional de Humanização que foi um marco para a transformação dos serviços de saúde foi um lançamento do Ministério da Saúde em 2003 tal política que é composto por princípios e diretrizes, a PNH tem três princípios: Transversalidade, Indissociabilidade entre atenção e gestão, Protagonismo, Corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos, como já mencionado a PNH é uma política transversal e significa que a Política Nacional  de Humanização  deve estar presente e estar inserida em todas as políticas do programa do SUS , com isso  transversalizar é reconhecer que as diferentes especialidades em saúde podem conversar entre si, então juntos esses saberes podem produzir saúde de forma mais corresponsável.

Diante dessas informações foi analisado em alguns artigos que os autores descrevem que o Sistema Único de Saúde é totalmente de inspiração humanista: universalidade, integralidade, equidade e participação social, tal caráter faz do SUS, hoje, o principal sistema de inclusão social deste país entretanto este sistema que foi implantado em 1988 pela lei 8080 observamos que para consolidar a humanização nos serviços de saúde foi necessário criar uma política sobre humanização 15 anos após a implantação do SUS com a criação da PNH e mesmo assim ainda vivemos um dilema sobre esse tema que é humanizar os serviços de saúde.

O acolhimento é um termo muito utilizado quando se fala em humanização, Rocha (2021) define como um processo de escuta qualificada e uma ação técnico-assistencial desta forma deve ser um instrumento de humanização para os serviços de saúde, de modo a favorecer a criação de vínculos e o acesso à população. Tendo em vista que o acolhimento se constrói no encontro com o usuário, considera-se que o acolhimento se aproxima do cuidado de enfermagem.

A forma como o paciente é acolhido nas unidades de saúde faz total diferença para o bem estar dos pacientes, esses indivíduos estão em situações vulnerável necessitando de auxilio e querendo que alguém possa resolver suas queixas naquele momento, por isso uma boa ausculta, ser atencioso, e resolutivo é primordial essas atitudes para uma transformação no atendimento das unidades, com isso encontramos um artigo que aborda a satisfação dos usuários sobre a implantação do acolhimento e acesso avançado em unidade básica de saúde, Farias et al., (2023) realizaram uma coleta de dados em relação a opinião dos usuários, 100 pessoas participaram desta pesquisa na cidade Diamante (PR) em 2023 e algumas perguntas foram realizadas através de questionários e a principal pergunta -O quanto você está satisfeito em relação ao acolhimento na UBS?

No resultado da pesquisa evidenciou que 58% das pessoas entrevistadas estavam satisfeitas com o acolhimento na unidade básica de saúde, 4% totalmente insatisfeito, 3% insatisfeito, 7% neutro e 24% totalmente insatisfeito com base nesses dados é notório que apesar de mais da metade dos entrevistados estarem satisfeitos ainda é preciso elaborar estratégias para mudar esta realidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo buscar trazer uma reflexão sobre o modo de acolhimento não somente da enfermagem, mas de todos os profissionais de saúde que tem um papel muito importante nas redes de saúde, a humanização é uma proposta de reverter o quadro de mecanismo e tecnicismo, visando construir um novo tipo de interação entre os profissionais de saúde, gestores e usuários.

Contudo é preciso pôr em prática estratégias para a evolução da humanização dos serviços de saúde apesar de ser um tema debatido a muito tempo é importante que além de falar pôr em práticas atitudes que possam transformar o acolhimento, o cuidado desses pacientes, como foi citado o acolhimento é um pilar que tem que ser mudado, atualmente muito se fala em empatia mas as atitudes de muitos profissionais não coincidem com o que dizem dessa forma não podemos esquecer que os profissionais de saúde também precisam ser amparados sendo disponibilizado atendimento psicológico para que possam também ser tratados de forma humanizada.

Apesar da humanização ter sido impulsionada a décadas no sistema de saúde observamos que houve algumas mudanças mas mesmo é assim existem muitas pautas que tem que ser resolvido, os profissionais de saúde são sobrecarregados de serviços, e muitas vezes se sentem obrigados a trabalhar em mais de um local de serviço para complementar sua renda o que pode prejudicar sua excelência exigida pela função, em consequência disso do esgotamento e cansaço físico e psicológico sofridos constantemente no cotidiano, o número de falhas na assistência e a precariedade no atendimento é elevado. Em contrapartida é importante o empenho dos profissionais de saúde, dos poderes públicos e da comunidade cientifica, com incentivos se aprofundarem sobre esse tema e promover campanhas de consolidação da humanização em saúde em todas as esferas de atendimento e cuidado.

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1 Acadêmica do Curso de Bacharelado em Enfermagem E-mail:fabiagadelha1@gmail.com
2 Enfermeira e especialista em Atenção Básica E-mail: caroliny.001@gmail.com