PANORAMA GERAL DO TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS E O USO DO SEVOFLURANO NO TRANSPLANTE RENAL

GENERAL OVERVIEW OF ORGAN TRANSPLANTATION IN BRAZIL IN THE LAST 10 YEARS AND THE USE OF SEVOFLURANE IN KIDNEY TRANSPLANT

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202411171422


Dr. Luis Clayton Fernandes De Lima1; Dr. Adelsio Mafra Palotti2; Dr. Matheus Castro Lima Vieira3; Dr. Ramuel Egídio De Paula Nascente Júnior4


RESUMO

O transplante de órgãos é uma intervenção complexa, muitas vezes essencial para pacientes com falência de órgãos. A anestesiologia, neste contexto, exerce papel crucial na estabilidade hemodinâmica e controle da dor. No entanto, há indícios de que a técnica anestésica pode impactar na aceitação do órgão pelo sistema imune do receptor e prevenir a rejeição. Alguns anestésicos aparentemente são eficazes em modular a resposta imune, reduzindo rejeição e melhorando a função pós-operatória do transplante. Trata-se de um estudo ecológico, observacional e retrospectivo, realizado com base nos dados constantes nas bases de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), na seção de procedimentos hospitalares, com filtragem para procedimento de “Transplante de órgãos, tecidos e células” e. especificamente, transplante de rim. O objetivo do presente estudo é analisar o panorama dos transplantes de órgãos no Brasil nos últimos 10 anos, com foco no uso do sevoflurano em transplantes renais.

Palavras-chave: Anestesia. Transplante. Rins. Sevoflurano.

ABSTRACT

Organ transplantation is a complex intervention, often essential for patients with organ failure. In this context, anesthesiology plays a crucial role in hemodynamic stability and pain control. However, there is evidence that anesthetic techniques may impact the recipient’s immune acceptance of the organ and prevent rejection. Some anesthetics appear to be effective in modulating the immune response, reducing rejection, and improving the postoperative function of the transplant. This is an ecological, observational, and retrospective study based on data from the databases of the Department of Informatics of the Unified Health System (DATASUS), in the hospital procedures section, filtered for the procedure “Organ, tissue, and cell transplantation,” specifically kidney transplants. The objective of this study is to analyze the landscape of organ transplants in Brazil over the past 10 years, with a focus on the use of sevoflurane in kidney transplants.

Keywords: Anesthesia. Transplant. Kidneys. Sevoflurane.

1. INTRODUÇÃO

O transplante de órgãos é uma intervenção cirúrgica de alta complexidade, sendo, em muitos casos, a única terapia definitiva para pacientes com falência de órgãos (KUMAR et al., 2023). A anestesiologia desempenha um papel fundamental nesse contexto, não apenas garantindo a estabilidade hemodinâmica e o controle da dor no pós-operatório, mas também contribuindo para o sucesso do transplante no curto, médio e longo prazos (BENZINOVER; SANER, 2019). A técnica anestésica pode influenciar diretamente a resposta imune do paciente, modulando seu sistema imune e contribuindo, na maior parte dos casos, para a prevenção da rejeição do órgão transplantado (BALOGH et al., 2022). Tal conceito, na prática anestésica, não é novo (BRUCE; WINGARD, 1969). A rejeição de órgãos transplantados continua sendo um dos principais desafios pós-operatórios, com repercussões negativas para o paciente e para a assistência médica de forma geral (MUCO et al., 2020).

Estudos recentes sugerem que diferentes técnicas anestésicas podem influenciar a resposta imunológica do receptor. A anestesia geral com agentes voláteis, como o sevoflurano e o isoflurano, tem sido associada à modulação da resposta inflamatória, podendo suprimir a ativação de células T e de macrófagos, os quais desempenham um papel fundamental no mecanismo da resposta autoimune e, por conseguinte, da rejeição (ATOA et al., 2021; BECK-SCHIMMER; SCHADDE; SCHLÄPFER, 2017). Há evidências de que a anestesia intravenosa total (TIVA) com propofol pode, do mesmo modo, ter efeitos imunoprotetores, uma vez que reduz a liberação de citocinas pró-inflamatórias e a atividade de células natural killer (NK). Isso também é importante para a resposta à ‘agressão’ cirúrgica e resposta inflamatória geral do paciente (YAN et al., 2018).

Na mesma linha, há evidências de que a combinação da anestesia regional com a anestesia geral pode favorecer a imunossupressão sem comprometer a resposta imune natural do receptor. A minimização do uso de opioides e a adoção de técnicas de analgesia multimodal parecem, do mesmo modo, reduzir complicações associadas à imunossupressão excessiva (ROSSAINT; ZARBOCK, 2019).

O manejo adequado da técnica anestésica, portanto, pode ser considerado essencial para o sucesso cirúrgico no caso dos transplantes. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho é estabelecer um panorama geral do transplante de órgãos no Brasil nos últimos 10 anos, levando em conta o contexto anestésico, bem como verificar as evidências científicas mais atuais sobre o uso do sevoflurano na evitação da rejeição aguda do transplante renal.

2. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo ecológico, observacional e retrospectivo. Foi realizado com base nos dados constantes nas bases de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), na seção de procedimentos hospitalares, com filtragem para procedimento de “Transplante de órgãos, tecidos e células” e. especificamente, transplante de rim. Os dados foram filtrados para os últimos 10 anos disponíveis na plataforma, ou seja, de 2014 a 2023, bem como para cirurgias de transplante de órgãos e tecidos.

Do mesmo modo, foram realziadas SCIELO, MEDLINE e PUBMED, de estudos publicados sobre anestesia relativa ao transplante de órgãos, no Brasil e no mundo, entre 2014 e 2023. Foram incluídos artigos de revisão, ensaios clínicos e metanálises para a avaliação do panorama geral do transplante de órgãos nesse contexto e do transplante renal especificamente.

3. RESULTADOS

Nos últimos 10 anos, isto é, de 2014 a 2023 – último ano com dados disponíveis no DATASUS, houve 132.030 cirurgias de transplante de órgãos. O número total de óbitos decorrentes do ato cirúrgico é de 3.964, representando uma taxa de mortalidade de cerca de 3%.

Tabela 1. Número de transplantes realizados no Brasil nos últimos 10 anos

AnoNº de transplantesÓbitosTaxa de mortalidade (%)
201414.0535123,64
201512.5663973,16
201613.0793772,88
201714.0554283,05
201814.1674323,05
201914.9714082,73
202010.4613433,28
202112.1903322,72
202213.0073882,98
202313.4813472,57
Total132.0303.9643

Gráfico 1. Número de Transplantes de Órgãos e Tecidos no Brasil de 2014 a 2023.

Percebe-se, no gráfico acima, uma média de 13.200 transplantes anuais, com destaque para a redução drástica no número de cirurgias realizadas, o que pode ser atribuído à pandemia de COVID-19. Após 2020, houve uma recuperação gradual, com os números de transplantes subindo novamente para níveis próximos ao período pré-pandêmico, mas sem alcançar os picos de 2018 e 2019.

Considerando-se todas as formas de transplante, o transplante renal de doador falecido é o mais comumente realizado, com 40.717 cirurgias, seguido pelo transplante de córnea (n = 37.103) e transplante de fígado (n= 16.481) (tabela 2). Considerando-se os órgãos sólidos e córneas, e as cirurgias para transplante de rim respondem por quase 50% de todos os transplantes realizados. Em segundo lugar, o transplante de fígado (tabela 3).

Tabela 2. Principais transplantes, por número total, realizados no Brasil de 2014 a 2023.

ProcedimentoTotalÓbitosTaxa de Mortalidade (%)
Transplante De Rim (Orgao De Doador Falecido)40.7176491,59
Transplante De Cornea37.10360,02
Transplante De Figado (Orgao De Doador Falecido)16.481195411,86
Transplante Autogenico De Celulas-tronco Hematopoeticas De Sangue Periferico –11.4961721,5
Transplante De Rim (Orgao De Doador Vivo)7.628270,35
Transplante Alogenico De Celulas-tronco Hematopoeticas De Medula Ossea Aparentado3.5852517
Transplante De Coracao2.97433011,1
Transplante Alogenico De Celulas-tronco Hematopoeticas De Sangue Periferico Aparentado2.9051515,2
Transplante Autogenico De Celulas-tronco Hematopoeticas De Medula Ossea –2.022613,02

4. DISCUSSÃO

A idéia de que a anestesia pode evitar rejeição de órgãos pós-transplante não é nova. No clássico estudo de Bruce e Wingard (1969), “The effects of anesthesia on transplant rejection”, os autores analisaram o impacto da anestesia no processo de rejeição de órgãos. Eles descobriram que o halotano, um anestésico halogenado, estava associado a um aumento de 15% nas taxas de rejeição aguda (p = 0,04), sugerindo que esse anestésico pode influenciar negativamente a resposta imunológica.

O uso de anestésicos voláteis, especialmente o sevoflurano, tem mostrado resultados significativos na modulação imunológica e proteção de órgãos durante diversos tipos de transplantes, como os de rim, fígado e pâncreas (ATOA et al., 2021; JAHN et al., 2022; KONG et al., 2010). No transplante hepático, o uso desse anestésico resultou em uma redução de 15% nas taxas de lesão por isquemia-reperfusão (p < 0,01) e em uma melhora significativa da função hepática no pós-operatório (BECK-SCHIMMER ET AL., 2015).

Há evidências de que o sevoflurano está associado a uma redução na rejeição aguda e lesão por isquemia-reperfusão (p < 0,05), impactando positivamente a sobrevida dos enxertos em até 12 meses (NIEUWENHUIJS-MOEKE; BOSCH; LEUVENIK, 2021). Além disso, pacientes anestesiados com sevoflurano apresentaram uma menor necessidade de suporte imunossupressor (p = 0,03), reforçando o papel deste anestésico na modulação imunológica em transplantes pancreáticos (ATOA et al., 2021). Já no transplante hepático, o sevoflurano mostrouse eficaz na proteção contra lesões renais agudas, reduzindo os níveis de creatinina no pós-operatório (p = 0,01) (KONG ET AL., 2010).

No contexto do transplante renal, o sevoflurano foi eficaz em reduzir a incidência de lesão renal aguda (p = 0,04), com uma preservação da função renal em 30% mais pacientes quando comparado ao uso de anestésicos intravenosos, além de uma menor necessidade de diálise pós-transplante (BECK-SCHIMMER ET AL., 2017). Em transplantes simultâneos de pâncreas e rim, o uso de isoflurano resultou em uma redução significativa nos marcadores de lesão isquêmica (p = 0,03), com uma melhora na função dos enxertos após 12 meses de acompanhamento (JAHN ET AL., 2022).

No aspecto imunológico, o sevoflurano demonstrou ser mais eficaz que o desflurano ao aumentar significativamente a atividade das células T reguladoras (Tregs), responsáveis pelo controle da resposta imunológica, resultando em uma menor incidência de rejeição de órgãos (p < 0,05) (CHUTIPONGTANATE et al., 2020). Além disso, a combinação de anestesia regional e geral personalizada durante transplantes abdominais reduziu as complicações perioperatórias em 10% (p < 0,05) (DIWAN; SINGH, 2021). Os possíveis efeitos do sevoflurano sobre o sistema imunológico podem ser visualizados no quadro abaixo (quadro 1).

Quadro 1. Mecanismos de ação propostos do sevoflurano em relação à resposta imunológica.

Mecanismos de Ação do SevofluranoInfluência na Resposta Imunológica
Modulação dos canais iônicos (GABA, NMDA)O sevoflurano aumenta a ativação dos receptores GABA, promovendo um efeito inibitório central que leva à sedação e anestesia. Sua interação com receptores NMDA pode inibir a excitotoxicidade, reduzindo respostas inflamatórias excessivas.
Redução do estresse oxidativoO sevoflurano pode diminuir a produção de radicais livres, que contribuem para a modulação da inflamação e do estresse celular. Isso influencia a função de células imunes, como macrófagos e neutrófilos, reduzindo danos teciduais durante a resposta inflamatória.
Inibição de fatores próinflamatórios (citocinas)O sevoflurano pode suprimir a liberação de citocinas próinflamatórias, como IL-6 e TNF-α, reduzindo a resposta inflamatória sistêmica, o que é crucial em procedimentos cirúrgicos que podem induzir inflamação e imunossupressão.
Regulação de células imunes (linfócitos T, células NK)Esse anestésico volátil pode modular a atividade de linfócitos T e células NK, potencialmente diminuindo a eficácia da resposta imune adaptativa e inata. Isso pode ter implicações na vigilância imunológica contra células tumorais.
Ação sobre a via de sinalização NF-kBO sevoflurano pode inibir a ativação da via de sinalização NF-kB, que está envolvida na produção de mediadores inflamatórios. A inibição dessa via pode resultar em uma resposta imune mais controlada, limitando inflamações exacerbadas.

A atuação dos anestesiologistas na manutenção dos doadores de órgãos também se mostra fundamental para a viabilidade dos órgãos transplantados. Um manejo adequado da hemodinâmica, oxigenação e equilíbrio ácido-base resultou em uma redução de até 20% nas taxas de falha de órgãos (p < 0,01), quando comparado a doadores mal manejados (BALOGH ET AL., 2022). O uso de anestesia balanceada e agentes voláteis durante a retirada de órgãos demonstrou uma redução de 25% nas complicações hemodinâmicas (p = 0,02) (BEZINOVER; SANER, 2019), e a manutenção de parâmetros hemodinâmicos adequados em doadores de morte cerebral aumentou a viabilidade dos órgãos em 20% (p < 0,05) (BROWN ET AL., 2023).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O uso de anestésicos voláteis, como o sevoflurano, tem demonstrado resultados promissores na redução da rejeição de órgãos e na proteção contra lesões isquêmicas durante transplantes e no pós-transplante imediato. O sevoflurano foi associado a uma menor incidência de rejeição aguda e lesão por isquemia-reperfusão, com impacto positivo na sobrevida do enxerto em até 12 meses, além de uma menor necessidade de suporte imunossupressor (p = 0,03) (ATOA ET AL., 2021). No caso de transplantes renais, o sevoflurano reduziu significativamente a incidência de lesão renal aguda (p = 0,04), com 30% mais pacientes apresentando função renal preservada e uma menor necessidade de diálise pós-transplante (BECK-SCHIMMER et al., 2017).

Em transplantes hepáticos, o uso do sevoflurano resultou em uma redução de 15% nas taxas de lesão hepática por isquemia-reperfusão (p < 0,01), além de uma melhora na função hepática no pós-operatório (BECK-SCHIMMER ET AL., 2015). No campo imunológico, o sevoflurano demonstrou aumentar significativamente a atividade das células T reguladoras (Tregs), em comparação ao desflurano (p < 0,05), sugerindo um melhor controle imunológico e menor incidência de rejeição em transplantes renais (CHUTIPONGTANATE et al., 2020). Esses dados reforçam o papel do sevoflurano não apenas na proteção dos órgãos, mas também na modulação da resposta imunológica, reduzindo complicações e promovendo uma maior sobrevida dos enxertos.

O sevoflurano demonstrou ser eficaz na modulação da resposta imune, reduzindo a rejeição de órgãos e melhorando a função pós-operatória. Em transplantes renais, reduziu a necessidade de diálise pós-operatória e incidência de lesão renal aguda, além de promover a sobrevida dos enxertos. Assim, o uso de anestésicos voláteis, especialmente o sevoflurano, surge como uma estratégia promissora na anestesia para transplantes, com evidências de que pode melhorar a aceitação do órgão pelo receptor. Mais pesquisas são necessárias para consolidar a associação entre o sevoflurano e a imunomodulação em transplantes renais.

Esses estudos reforçam a importância de uma gestão anestésica adequada e a utilização de anestésicos voláteis, como o sevoflurano, no contexto dos transplantes de órgãos. A utilização de tais técnicas não só pode melhora a preservação dos órgãos e reduz complicações intraoperatórias, como também impacta diretamente na modulação imunológica, promovendo uma maior sobrevida dos enxertos e melhor qualidade de vida para os pacientes transplantados. Mais estudos, no entanto, se mostram necessários para fornecer evidências mais robustas e cabais da associação desse anestésico inalatório com a rejeição aguda de transplantes.

6. REFERÊNCIAS

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1Médico Residente Em Anestesiologia

2Médico Anestesiologista

3Médico Residente Em Anestesiologia

4Médico Residente Em Anestesiologia