ATTENTION DEFICIT AND HYPERACTIVITY DISORDER IN ADULTS: HARM RESULTING FROM LATE DIAGNOSIS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202411170843
Diana Chaves Ferreira da Veja¹; Ielda da Silva Alves Santos¹; Sandra Rodrigues Silva Pereira¹; Msc. Andreia Ayres Gabardo².
Resumo: O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por alterações frequentes na atenção e na atividade motora. Um indivíduo afetado pelo transtorno geralmente apresenta um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade que prejudica o funcionamento de suas funções executivas. Quando presente em adultos, traz inúmeros impactos significativos como: desempenho afetivo-emocional, acadêmico e profissional, gestão financeira, relacionamento interpessoal, relacionamento conjugal e parentalidade. Portanto, o objetivo geral deste estudo é avaliar os prejuízos decorrentes do diagnóstico tardio do TDAH em adultos. A metodologia utilizada foi documental e descritiva para a literatura, que incluiu a análise de material existente, especialmente livros e artigos científicos. É claro que adolescentes e adultos apresentam menos hiperatividade que as crianças, mas há um déficit significativo nas funções executivas, o que pode comprometer o seu desenvolvimento intelectual. Os sintomas que um indivíduo com esse transtorno pode sofrer e como esse fato pode prejudicar diversos aspectos de sua vida e encontrar formas de combatê-lo é também evitar consequências que prejudiquem o bem comum.
Palavras-chave: Adulto; Benefícios; Diagnóstico Tardio; TDAH.
Abstract: Attention deficit hyperactivity disorder is a neurodevelopmental disorder characterized by frequent changes in attention and motor activity. An individual affected by the disorder usually presents a persistent pattern of inattention and/or hyperactivity that impairs the functioning of their executive functions. When present in adults, it brings numerous significant impacts such as: affective-emotional, academic and professional performance, financial management, interpersonal relationships, marital relationships and parenting. Therefore, the general objective of this study is to evaluate the losses resulting from the late diagnosis of ADHD in adults. The methodology used was documentary and descriptive for literature, which included the analysis of existing material, especially books and scientific articles. It is clear that adolescents and adults have less hyperactivity than children, but there is a significant deficit in executive functions, which can compromise their intellectual development. The symptoms that an individual with this disorder may suffer and how this fact can harm different aspects of their life and finding ways to combat it is also to avoid consequences that harm the common good.
Keywords: Adult; Benefits; Late Diagnosis; ADHD.
1 INTRODUÇÃO
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica crônica que, embora seja preeminentemente despontada na infância, pode persistir até a vida adulta. A falta de informação e de conscientização sobre o TDAH em adultos, tanto por parte dos próprios indivíduos quanto por profissionais de saúde, contribui para diagnósticos tardios, resultando em diversos prejuízos.
O TDAH, qualificado por sintomas como distração, hiperatividade e ansiedade, afeta significativamente a vida cotidiana tanto no âmbito profissional quanto pessoal. Embora o transtorno seja amplamente estudado em crianças, recentemente o transtorno em adultos tem recebido mais atenção dos profissionais de saúde e dos próprios indivíduos. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), o TDAH é decorrência de fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais.
Segundo Silva; Mendes; Barbosa, (2020), as principais causas para o diagnóstico tardio do TDAH em adultos incluem a ausência de informação e conscientização sobre a condição, bem como a falta de familiaridade dos profissionais de saúde com relação aos sintomas manifestados por adultos. Por sua vez, consequentemente, essas causas resultam em diagnósticos tardios.
A pesquisa proposta aborda o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, uma condição de relevância social que afeta não apenas crianças e adolescentes, mas também adultos. A análise dos resultados indica que o diagnóstico tardio do TDAH em adultos pode resultar em prejuízos significativos, tanto na esfera pessoal quanto profissional como, por exemplo, a real probabilidade de desenvolvimento de comorbidades psiquiátricas, dentre as quais destaca-se a ansiedade e a depressão (Pozzi et al., 2020). Além disto, conforme aponta Barkley, Murphy, Fischer (2018), o atraso no diagnóstico pode gerar ainda no indivíduo graves dificuldades acadêmicas e profissionais.
Em um contexto mais amplo, a falta de reconhecimento do TDAH em adultos pode perpetuar um ciclo vicioso de fracasso e baixa autoestima. Portanto, há uma necessidade urgente de aumentar a informação e conscientização sobre o TDAH em adultos e melhorar as estratégias de diagnóstico para evitar consequências negativas a médio e longo prazo (Parente; Silvério, 2019).
Nesse contexto, pergunta-se: quais os prejuízos decorrentes do diagnóstico tardio de TDAH em adultos, destacando suas principais causas e consequências? Por meio dessa apreciação, procura-se prover informações para uma maior conscientização sobre o TDAH em adultos e o desenvolvimento de estratégias de diagnóstico precoce e intervenção adequada, visando minimizar os impactos negativos dessa condição na vida dos indivíduos afetados.
O objetivo do artigo é avaliar os prejuízos decorrentes do diagnóstico tardio do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em adultos. E especificamente, analisar o público-alvo do diagnóstico tardio em TDAH, investigando características socioeconômicas e clínicas dos indivíduos afetados; identificar as principais causas do diagnóstico tardio em TDAH, e os fatores relacionados à falta de conhecimento, conscientização e capacitação dos profissionais de saúde.
2 TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO HIPERATIVIDADE
Ao longo dos anos, diversos termos foram utilizados para descrever crianças que apresentam padrões comportamentais acima do esperado para sua faixa etária ou estágio de desenvolvimento, como hiperatividade, desatenção ou impulsividade. Atualmente, o termo Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é amplamente adotado, conforme estabelece o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Justino; Bolsoni-Silva, 2021).
Os sintomas principais do TDAH incluem desatenção, hiperatividade e impulsividade, sendo considerado um transtorno neuropsiquiátrico. Esses sintomas tendem a surgir antes dos sete anos de idade e podem persistir até a idade adulta, como assim dispõe a base de hereditariedade (Ayano et al. (2020).
O TDAH é uma condição complexa causada por uma interação de fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais. O risco de desenvolvimento do transtorno pode ser aumentado devido ao histórico familiar, exposição a toxinas durante a gestação, prematuridade, baixo peso ao nascer, traumas cerebrais e outros.
A prevalência do TDAH na infância tem sido objeto de amplo estudo, o que permite dizer que os sintomas podem persistir na vida adulta. Estudos indicam que cerca de 60% das crianças diagnosticadas com TDAH continuam a apresentar sintomas significativos na idade adulta (Kooij et al., 2019).
Reconhecido pelo DSM-5, o diagnóstico do TDAH em adultos é desafiador devido à diversidade de sintomas e sua associação com outras condições, como ansiedade e depressão. O diagnóstico é clínico e baseia-se em uma avaliação abrangente dos sintomas e histórico do paciente. É o que aponta os critérios estabelecidos pelo DSM-5 e pela Classificação Internacional de Doenças (CID-10). O TDAH pode ser subdividido em três apresentações: predominantemente desatento, predominantemente hiperativo-impulsivo e combinado.
Segundo Oliveira (2023), a Psicoterapia Comportamental-Cognitiva (TCC) é uma abordagem eficaz no tratamento do TDAH, visando modificar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais, melhorando a qualidade de vida e promovendo habilidades adaptativas.
Os sintomas do TDAH podem gerar complicações nas relações afetivas e interpessoais, levando a mudanças frequentes de humor, dificuldade em lidar com o estresse, irritabilidade, frustração persistente e agitação emocional (Francisco et al., 2021).
Segundo Santonastaso et al. (2020), alguns sintomas de TDAH em adultos estão associados à desatenção, hiperatividade e impulsividade. Em geral, o TDAH em adultos resulta em dificuldades de concentração, especialmente em atividades relacionadas ao trabalho e à vida diária. Entre os sintomas mais comuns, destacam-se: falta de foco e atenção; dificuldade em seguir rotinas; sensação de tédio; desafios no planejamento e na realização de tarefas; procrastinação; instabilidade no trabalho; maior probabilidade de acidentes de trânsito; ansiedade; mudanças de humor frequentes; esquecimentos recorrentes; dificuldades em ouvir e aguardar a vez de falar; e repetição de erros com frequência.
Mudanças observadas na rotina de uma pessoa podem indicar um possível quadro de TDAH. Esses sinais servem como um primeiro passo para que o transtorno seja diagnosticado, sendo fundamental que se busque a orientação de um especialista. O processo envolve uma “entrevista” com o paciente, realizada por um psiquiatra ou neurologista, que irá avaliar a situação e identificar a verdadeira origem dos sintomas. No caso de crianças, o profissional indicado é o neuropediatra (Cortese, 2021).
As deficiências observadas nos circuitos do córtex pré-frontal e da amígdala (conforme ilustrado na figura 1), relacionadas à neurotransmissão das catecolaminas, levam ao surgimento de sintomas como esquecimento, falta de atenção, impulsividade e desorganização (Armsten; Li, 2020).
Figura 1 – Córtex pré-frontal e amígdala
Pesquisas que utilizam a ressonância magnética (MRI) revelaram uma redução na atividade neural nas regiões frontais, no córtex singular anterior e nos gânglios da base em indivíduos com TDAH (Bush et al., 2019).
Complementando as evidências neurológicas, investigações genéticas apontam que a maioria dos genes associados ao TDAH está envolvida na codificação de sistemas de sinalização das catecolaminas. Esses genes incluem o transportador de dopamina (DAT), o transportador de noradrenalina (NET), os receptores dopaminérgicos D4 e D5, a dopamina β-hidroxilase e a proteína-25 (SNAP-25), que desempenham um papel fundamental na liberação dos neurotransmissores relacionados ao TDAH (Yang et al., 2020).
2.1 Consequências e causas do Diagnóstico Tardio
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em adultos é comumente diagnosticado de forma tardia, acarretando em diversas consequências negativas. Este distúrbio, que se caracteriza por sintomas como falta de atenção, agitação e impulsividade, frequentemente passa despercebido durante a infância, o que contribui para a demora no diagnóstico. De acordo com Santonastaso et al., (2020, p.22), “muitos adultos com TDAH afirmam que seus sintomas foram erroneamente associados a outras questões, como falta de interesse ou características de personalidade na juventude”. Essa interpretação equivocada pode ser uma das razões para a demora no diagnóstico.
A carência de informações e identificação do TDAH em adultos é mais uma justificativa relevante. No passado, o TDAH era visto como um transtorno que atingia principalmente crianças, e havia pouca compreensão sobre a manutenção dos sintomas na fase adulta. De acordo com Morgan et al. (2019, p.12).”os sintomas do TDAH frequentemente persistem na vida adulta, porém, muitas vezes passam despercebidos pelos profissionais da saúde, resultando em tratamentos ineficazes ou ausentes”.
De acordo com Homaei et al., (2022, p.17), é comum que adultos com TDAH procurem formas de contornar os sintomas da condição, o que torna mais complicado o processo de diagnóstico. Ele afirma que muitos deles optam por profissões que diminuam os efeitos do TDAH, postergando, assim, a identificação da doença.
Diversas e importantes são as complicações resultantes da identificação tardia de TDAH em adultos. No local de trabalho, é frequente que adultos com TDAH não diagnosticados enfrentem dificuldades significativas. Como afirmado por Tistarelli et al., (2020), questões relacionadas à organização, ao controle do tempo e à eficiência são corriqueiras entre adultos, o que pode resultar em um desempenho profissional comprometido e instabilidade no emprego.
Outro impacto importante do TDAH não diagnosticado é um risco aumentado de comportamentos de risco. Kooij et al., (2019, p.6) apontam que “a impulsividade associada ao TDAH pode levar a comportamentos de risco, como abuso de substâncias, direção perigosa e problemas legais”.
Portanto, o diagnóstico tardio de TDAH em adultos apresenta desafios consideráveis que afetam diversas áreas da vida. Reconhecer os sintomas e procurar ajuda especializada é crucial para mitigar esses impactos e promover um estilo de vida mais saudável e equilibrado.
2.2 Tratamento
O diagnóstico do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade por profissionais da área da saúde mental normalmente consiste em avaliar os sintomas, histórico médico e familiar, juntamente com o comportamento do indivíduo. O tratamento pode envolver diversas estratégias, como o uso de medicamentos, sejam eles estimulantes ou não estimulantes, e terapias comportamentais, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), treinamento de habilidades sociais e intervenções educacionais, conforme indicado em pesquisa recente de Cortese (2021). Com um tratamento adequado, é possível observar uma melhoria na qualidade de vida das pessoas afetadas.
Conforme Silveira, Lobo (2024), a combinação de medicamentos e terapia é o tratamento mais eficiente para o TDAH, particularmente a terapia cognitivo-comportamental. Os psicoestimulantes mais comumente usados no tratamento do TDAH incluem o metilfenidato (Ritalina) e a lisdexanfetamina (Venvanse). Os autores relatam que, o Venvanse age principalmente através da liberação e modulação dos neurotransmissores dopamina e norepinefrina no sistema nervoso central, como descrito anteriormente. Como pró-fármaco, a lisdexanfetamina é convertida em anfetamina através das enzimas hidrolíticas encontradas no sistema digestivo e no fígado.
A terapia cognitivo-comportamental para o TDAH, especialmente em adultos, engloba métodos para solucionar problemas, desenvolver habilidades sociais, estruturar a rotina, aplicar técnicas de regulação emocional, mindfulness, autoajuda, entre outros (Souza. Silva, 2021). Se o diagnóstico for feito tardiamente, a psicoterapia se torna ainda mais crucial para auxiliar o paciente a enfrentar as possíveis consequências adversas do distúrbio.
Segundo Barkley et al. (2018), diagnosticar o TDAH em adultos tardiamente pode acarretar em consequências negativas significativas, mas com a intervenção adequada é possível obter melhorias consideráveis. Através de um tratamento correto, os adultos com TDAH conseguem aprender a lidar com seus sintomas e levar uma vida mais produtiva. Os autores ainda afirmam que, a Terapia Cognitivo Comportamental tem demonstrado sua total efetividade no aprimoramento de um dos elementos essenciais na vida do paciente: o comportamento social. A transformação que ocorreu neste conjunto simboliza a superação da criança, adolescente e adultos diante dos obstáculos cotidianos impostos pelo TDAH.
A falta de tratamento adequado pode resultar em problemas tanto na vida pessoal quanto profissional, envolvendo dificuldades no trabalho, relacionamentos interpessoais e saúde mental (Morgan et al., 2019).
É fundamental ressaltar, conforme destacado por ABRAMET (2023), que as demandas do dia a dia podem amplificar a percepção dos sintomas do TDAH na fase adulta, mas não há uma piora real do transtorno com o passar do tempo. Pelo contrário, o TDAH costuma apresentar melhoras ao longo dos anos. Essa compreensão é essencial para uma abordagem correta e otimização dos tratamentos.
3 MATERIAL (IS) E MÉTODOS
Trata-se de uma pesquisa documental e descritiva do tipo revisão narrativa literatura que tentou resolver os problemas e consequências do diagnóstico Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, na faixa etária adulta, e saber principais efeitos dos sintomas de TDAH nesta faixa etária. A pesquisa foi feita através do acesso on-line aos bancos de dados da National Library of Medicine (PubMed), MEDLINE, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Database of Systematics Resenhas (CDSR), Google Acadêmico, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e EBSCO. Os artigos possuem um período temporal de 2017 a 2024.
Para procura de obras, palavras-chave presentes nos descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Inglês: “attention déficit hyperactivity disorder”, “ADHD”, ” adult attention deficit hyperactivity disorder”, “delayed diagnosis”, “diagnosis e em português: ‘transtorno de déficit de Atenção e Hiperatividade”, “TDAH”, “Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em adultos”, “diagnóstico tardio”, “diagnóstico”.
A metodologia incluiu a análise de material existente, principalmente livros e artigos científicos. Conforme Gil (2019, p. 44), a pesquisa bibliográfica analisa teorias que fundamentam o trabalho científico. Assim, serão utilizadas fontes variadas, como livros, periódicos, artigos de jornais e fontes online confiáveis.
A revisão da literatura foi crucial para compreender o diagnóstico tardio do TDAH em adultos. Uma revisão da literatura científica existente é fundamental para obter uma compreensão abrangente e atualizada do tema. As coletas de dados envolveram a busca criteriosa de artigos, livros, teses e dissertações relevantes sobre o diagnóstico tardio do TDAH em adultos. Estes processos ajudam a identificar estudos e evidências importantes, além de contextualizar o problema de pesquisa.
A análise dos dados coletados foi conduzida pelo método bibliográfico, compreendendo as principais teorias e abordagens sobre o TDAH. Isso permitiu uma investigação aprofundada do tema, fornecendo subsídios relevantes para a discussão e conclusões do trabalho.
Foi utilizado o método dedutivo para a análise dos dados, partindo de premissas gerais para alcançar conclusões específicas, construindo uma base teórica sólida para a compreensão do TDAH em adultos. O estudo adotou uma revisão sistemática da literatura, com critérios de inclusão e exclusão detalhados para garantir a qualidade e relevância das informações coletadas. Esses critérios definiram os estudos considerados na análise, garantindo consistência e precisão dos dados.
Dessa forma, a pesquisa visou contribuir significativamente para a compreensão do TDAH em adultos, oferecendo uma análise detalhada e fundamentada sobre o diagnóstico tardio, os aspectos emocionais envolvidos e as melhores práticas de tratamento disponíveis na literatura científica.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O interesse dos adultos pelo TDAH aumentou significativamente nos últimos anos. De acordo com Dias et al. (2019), o número de publicações que evidenciam a persistência desse transtorno na idade adulta tem crescido na maioria das situações, ocasionando impactos consideráveis nos indivíduos afetados. Considerando que a forma adulta do transtorno foi reconhecida apenas recentemente, a maior parte das evidências científicas oriunda de estudos realizados em crianças e adolescentes.
Conforme a American Psychological Association (APA) (2019), para que um diagnóstico de TDAH seja considerado eficaz, os sintomas devem se manifestar antes dos 7 anos. No entanto, algumas pesquisas indicam que a idade de início é menos relevante, especialmente no subtipo predominantemente desatento. A investigação de Simon et al. (2019) destaca que um diagnóstico correto do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em adultos é essencial, tanto para a intervenção clínica adequada quanto para o bem-estar do paciente.
Nos estudos realizados por Kessler et al. (2019), o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é frequentemente vinculado à infância, mas diversas pesquisas indicam que muitos dos sintomas tendem a persistir na fase adulta, afetando entre 2,5% e 4,4% da população mundial. Conforme as orientações fornecidas pela American Psychological Association, o diagnóstico em adultos se fundamenta na presença contínua de sintomas desde a infância. Uma característica essencial do TDAH é que os sintomas – como desatenção, impulsividade e hiperatividade – surgem na infância, geralmente antes dos 12 anos. Embora esses sintomas possam evoluir ao longo do tempo e se manifestar de maneiras diferentes na vida adulta, como na dificuldade em finalizar tarefas ou seguir instruções, eles têm origem em comportamentos que já foram observados na trajetória anterior do indivíduo.
Entretanto, o diagnóstico em adultos frequentemente se torna desafiador devido a diversos fatores. Hutz et al. (2019) apontam a comorbidade como um desses fatores. Estima-se que até 80% dos adultos com TDAH apresentem pelo menos um transtorno psiquiátrico adicional, como ansiedade, depressão ou transtorno bipolar. Esses transtornos podem ocultar ou intensificar os sintomas do TDAH, complicando o processo de diagnóstico.
Para melhorar a precisão diagnóstica, muitos profissionais de saúde adotam escalas de avaliação específicas para adultos. Uma das mais reconhecidas é a Report Scale (ASRS-v1.1), elaborada em parceria entre a Organização Mundial da Saúde (OMS) e pesquisadores da Universidade de Harvard. Essa escala funciona como uma ferramenta inicial de triagem, auxiliando os profissionais na identificação de indivíduos que precisam de uma avaliação mais detalhada (Kessler et al., 2019).
Em conclusão, o diagnóstico do TDAH em adultos é uma tarefa complexa que exige uma abordagem multifacetada. Com o crescente reconhecimento da persistência do TDAH na vida adulta e o desenvolvimento de diretrizes mais refinadas, há esperança de que mais indivíduos possam ser adequadamente diagnosticados e, consequentemente, tratados (Mesquita et al., 2020).
De acordo com Mattos et al. (2019), é essencial analisar a história clínica do paciente a fim de identificar se os sintomas estão relacionados a um evento ou situação específica, como luto, demissão, nascimento de um irmão ou conflitos familiares. Informações sobre a gravidez também são fundamentais, uma vez que fatores como baixo peso ao nascer e a exposição da mãe ao álcool e ao tabaco durante a gestação são considerados riscos para o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.
É crucial coletar um histórico médico, pois os sintomas de desatenção podem ser causados por problemas auditivos ou visuais, traumatismos cranioencefálicos, encefalopatias, hipertireoidismo e intoxicação por chumbo. As dificuldades provocadas pela impulsividade, desatenção e/ou hiperatividade, decorrentes do TDAH, costumam se manifestar precocemente em comportamentos inadequados para a faixa etária ou em dificuldades relacionadas à atenção, ao cumprimento de regras e ao controle dos impulsos. Embora os sintomas de hiperatividade e impulsividade diminuam significativamente no final da adolescência, os adultos mantêm a tríade de desatenção, irritabilidade e impulsividade em graus variados (Mesquita et al., 2020).
A desatenção em pessoas diagnosticadas com TDAH revela-se como comportamentos que desviam da tarefa ou falta de concentração nas atividades, ocorrendo com maior frequência do que em indivíduos com dificuldades de aprendizagem ou sem qualquer deficiência. A impulsividade é definida pela tendência de reagir apressadamente a diversas situações, sem aguardar orientações ou considerar os potenciais riscos e consequências negativas, resultando na assunção de riscos desnecessários e na escolha de ações que oferecem recompensas imediatas, ao mesmo tempo que se mostra menos atenta às tarefas inacabadas ou aos resultados a longo prazo. A hiperatividade está associada à incapacidade de regular as reações em certas circunstâncias, manifestando-se através de inquietação, agitação e movimentos repentinos em momentos inadequados. Estes comportamentos são frequentemente observados em indivíduos com TDAH (Kessler et al., 2019).
Na visão de Mattos et al., (2019), tal como acontece com crianças e adolescentes, a concentração em situações que não despertam o seu interesse é um desafio. Este obstáculo torna-se ainda mais acentuado quando se sentem entediados ou distraídos por estímulos internos ou externos. Problemas relacionados com o sono também são frequentes em pessoas com TDAH, muitas vezes devido à participação em atividades que provocam excitação. Além disso, apresentam dificuldades para acordar pela manhã e costumam sentir sonolência ao longo do dia, especialmente durante tarefas que exigem atenção prolongada.
Corroborando com os autores já mencionados, Dias et al. (2019) indicam que as investigações sobre sustentabilidade abordam diversas definições do termo. O conceito de persistência sindrômica considera o TDAH apenas em adultos que apresentam seis ou mais sintomas de pelo menos uma das dimensões dos sintomas (atenção e hiperatividade-impulsividade), além de exigir um sintoma para o diagnóstico em crianças e adolescentes. Contudo, pesquisas que aplicaram este conceito revelaram uma baixa persistência nos adultos. A persistência dos sintomas relaciona-se ao TDAH em adultos que demonstram um comprometimento significativo devido aos sintomas, mesmo na ausência de um número suficiente destes.
A investigação da presença de outros transtornos é justificada porque a comorbidade é alta em adultos e crianças com TDAH. Entre os adultos, a prevalência de transtornos de humor e ansiedade é de 30% e 50%, respectivamente, a prevalência de dependência de álcool e drogas é de aproximadamente 30% e a prevalência de transtorno de personalidade antissocial é de 30% (Hutz et al., 2019).
Implicações clínicas importantes vão além das manifestações sintomáticas imediatas da doença. O TDAH não tratado ou mal administrado na idade adulta pode levar a desafios profissionais, deterioração de relacionamentos, comorbidades psiquiátricas e diminuição da qualidade de vida geral (Biederman, Faraone, 2019). Primeiro, no ambiente de trabalho, os adultos com TDAH podem enfrentar problemas com a procrastinação, a má gestão do tempo e a desorganização. Esses desafios podem levar à redução do desempenho profissional, à mudança frequente de emprego e até ao desemprego.
Katzman et al. (2020) observaram que os adultos com TDAH eram mais propensos a manter empregos de status inferior, enfrentar mais demissões e receber salários mais baixos do que adultos sem TDAH. Os relacionamentos também podem sofrer. A impulsividade, a dificuldade de ouvir e a falta de atenção do TDAH podem causar tensões nos relacionamentos íntimos e familiares. Essas características podem ser interpretadas como desinteresse ou desrespeito para com o parceiro ou outros membros da família, levando a conflitos e, em alguns casos, ao rompimento de relacionamentos importantes (Asherson, 2023).
Outra implicação clínica relevante é a alta prevalência de comorbidades psiquiátricas em adultos com TDAH. Estes incluem, mas não estão limitados a transtornos de ansiedade, depressão, abuso de substâncias e transtorno bipolar (Wilens et al., 2021). Tais comorbilidades complicam o diagnóstico e o tratamento, exigindo uma abordagem abrangente e muitas vezes a colaboração de múltiplos especialistas para gerir adequadamente todas as comorbilidades.
O uso e abuso de drogas é um problema clínico especial. Adultos com TDAH têm maior probabilidade de desenvolver problemas de uso de substâncias, seja por tentativas de automedicação ou por comportamentos impulsivos relacionados ao TDAH.
Para a relação entre Cortese e Tessari, (2020), o TDAH e o abuso de substâncias destacam a importância do diagnóstico precoce e da intervenção apropriada para minimizar os riscos associados. Em termos de saúde física, há evidências de que o TDAH em adultos está associado a uma variedade de problemas, incluindo obesidade, distúrbios do sono e doenças cardiovasculares. Por exemplo, a hiperatividade e a impulsividade podem levar a comportamentos de risco, como a condução imprudente, levando a mais acidentes de trânsito em adultos com TDAH. Dadas estas implicações clínicas, é claro que o tratamento eficaz do TDAH em adultos é imperativo.
A abordagem de tratamento ideal geralmente é multimodal e inclui Farmacoterapia, terapia cognitivo-comportamental e estratégias de intervenção psicoeducacional. Essas abordagens combinadas são projetadas para abordar não apenas os sintomas centrais do TDAH, mas também as diversas complicações que podem surgir na vida dos adultos com o transtorno.
Em resumo, o impacto clínico do TDAH em adultos é multifacetado e afeta muitos aspectos da vida de um indivíduo. Ao reconhecer estes efeitos e abordá-los de forma holística, os profissionais de saúde podem ajudar os pacientes a alcançar uma melhor qualidade de vida e reduzir a carga geral do TDAH em adultos.
A TCC baseada em TDAH foi projetada para ajudar os indivíduos a desenvolver estratégias para gerenciar a desatenção, a impulsividade e a hiperatividade. Os pacientes são ensinados a reconhecer e desafiar pensamentos e crenças autodestrutivos, criar rotinas e usar ferramentas e técnicas que aumentam o foco e o controle (Saffern et al., 2020).
A psicoterapia é importante para ajudar os pacientes a compreender o que é o TDAH e como isso afeta suas vidas. A informação sobre esta doença pode eliminar muitos dos desafios enfrentados pelos adultos com TDAH e fornecer uma estrutura para melhor gerir os seus sintomas (Young e Amarasinghe, 2020).
Como resultado, umas variedades de intervenções médicas estão disponíveis para adultos com TDAH, desde medicamentos até intervenções psicológicas. A chave é identificar a combinação certa de tratamentos que atendam às necessidades exclusivas de cada paciente e fornecer monitoramento contínuo para garantir os melhores resultados possíveis.
.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quanto ao TDAH, os sintomas têm muitos efeitos negativos nos adultos, especialmente nas relações e ambientes profissionais e familiares. Descobriu-se que o egoísmo e a impulsividade dificultam as amizades e podem dificultar o desenvolvimento porque a essência do ser humano é conectar-se com outras pessoas, bem como com sistemas de apoio.
Na vida profissional, os sintomas de TDAH, especialmente desatenção e procrastinação, podem causar constrangimento e disfunção. O tratamento precoce, seja medicamentoso, psicoterapia ou uma combinação, pode ser muito eficaz e ajudar a melhorar a qualidade de vida da pessoa com TDAH, bem como a qualidade de vida daqueles com quem a doença interage.
Discutir o TDAH em adultos é importante para a terapia ocupacional, pois pode afetar (ou não) a vida social, profissional e pessoal de uma pessoa. Mitos e descrença sobre a doença aumentarão a conscientização. A falta de diagnóstico pode reduzir a incerteza e o medo de uma doença com alto grau de comportamento. Com isso, o especialista deve conhecer a doença, seu conhecimento e tratamento, além da participação de diversos grupos no tratamento.
Na verdade, a discussão sobre o TDAH na idade adulta ainda é limitada, mas isso não significa que as pessoas deixem de fazer parte do espectro à medida que envelhecem. Por ser uma condição vitalícia, entender como funciona em cada fase da vida é essencial para garantir qualidade de vida e inclusão social às pessoas com esses transtornos.
Portanto faz-se necessária atenção especial na clínica médica diante de queixas de fracasso profissional dificuldades em seguir projetos e rotinas dificuldades em estabelecer vínculos e comprometimento com funções executivas na rotina características presentes em adultos não diagnosticados na infância e adolescência.
Com base nos levantamentos bibliográficos foi possível observar o elevado número de adultos com TDAH e os sintomas que um indivíduo com esse transtorno pode sofrer, e o quanto esse fato pode prejudicar diversos aspectos de sua vida, e encontrar formas de enfrentá-lo é também para evitar consequências que prejudiquem o bem comum.
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¹Graduandos em Bacharel em Psicologia pelo Centro Universitário Uninassau – Palmas, Tocantins. E-mail:
²Professora orientadora do trabalho, docente e coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU de Palmas – TO. E-mail: deiaayres@gmail.com