REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202411161042
Laura Costa Miranda¹;
Rafael de Pádua Gonçalves¹;
Juliano Ferreira Mendes²
RESUMO
Com o envelhecimento populacional, a preservação das capacidades cognitivas e do equilíbrio funcional em idosos emerge como uma questão crucial para a manutenção da autonomia e qualidade de vida dessa população. A prática de atividades que combinam estímulos cognitivos e motores, conhecida como treino cognitivo-motor, tem sido sugerida como uma estratégia eficaz para mitigar os declínios físicos e cognitivos associados ao envelhecimento. Diante desse cenário, o presente estudo tem como objetivo analisar os efeitos do treino cognitivo-motor sobre o equilíbrio funcional e a cognição em idosos, com base em uma revisão bibliográfica.A metodologia adotada foi uma revisão de literatura, utilizando bases de dados científicas, como Google Acadêmico e Plataforma de Periódicos CAPES, para selecionar artigos que abordam o impacto de atividades cognitivas associadas a exercícios físicos no equilíbrio e nas capacidades cognitivas de idosos.Os principais resultados sugerem que o treino cognitivo-motor tem efeitos positivos no equilíbrio funcional, aumentando a estabilidade postural e a mobilidade dos idosos. Esses benefícios impactam diretamente na redução de riscos de quedas, fator determinante para a qualidade de vida na terceira idade. Além disso, foi constatado que o treino cognitivo-motor contribui para melhorias na memória, atenção e processamento mental, evidenciando o potencial dessa intervenção para a manutenção da cognição em idosos. Entretanto, a revisão identificou algumas limitações importantes, muitos estudos analisados foram realizados em contextos específicos, o que pode restringir a generalização dos resultados para diferentes perfis de idosos e ambientes. Portanto, pesquisas futuras devem explorar a diversidade de abordagens e adaptar os protocolos a diferentes realidades, buscando validar os efeitos observados em um espectro mais amplo de condições. Conclui-se que o treino cognitivo-motor representa uma estratégia valiosa para promover o equilíbrio e a cognição em idosos, contribuindo potencialmente para a manutenção da autonomia e da qualidade de vida. A partir desta revisão, reforça-se a relevância de desenvolver intervenções personalizadas e de investigar novas metodologias que maximizem os benefícios do treino cognitivo-motor, consolidando-o como prática eficaz e segura no cuidado à saúde da população idosa.
Palavras-chave: Treino cognitivo-motor, equilíbrio funcional, envelhecimento saudável.
ABSTRACT
With the aging population, the preservation of cognitive abilities and functional balance in elderly individuals has emerged as a critical issue for maintaining autonomy and quality of life in this population. The practice of activities that combine cognitive and motor stimuli, known as cognitive-motor training, has been suggested as an effective strategy to mitigate the physical and cognitive declines associated with aging. In light of this, the present study aims to analyze the effects of cognitive-motor training on functional balance and cognition in the elderly, based on a literature review. The methodology adopted was a literature review using scientific databases such as Google Scholar and the CAPES Periodicals Platform to select articles addressing the impact of cognitive activities combined with physical exercises on the balance and cognitive abilities of elderly individuals. The main results suggest that cognitive-motor training has positive effects on functional balance, enhancing postural stability and mobility in the elderly. These benefits directly impact the reduction of fall risks, a determining factor for quality of life in older age. Additionally, cognitive-motor training was found to contribute to improvements in memory, attention, and mental processing, highlighting the potential of this intervention for maintaining cognition in elderly individuals. However, the review identified some important limitations, as many of the studies analyzed were conducted in specific contexts, which may limit the generalization of results to different profiles of elderly individuals and environments. Therefore, future research should explore the diversity of approaches and adapt protocols to different realities, seeking to validate the observed effects across a broader range of conditions. It is concluded that cognitive-motor training represents a valuable strategy for promoting balance and cognition in the elderly, potentially contributing to the maintenance of autonomy and quality of life. From this review, the importance of developing personalized interventions and investigating new methodologies that maximize the benefits of cognitive-motor training is emphasized, consolidating it as an effective and safe practice in elderly health care.
Keyowrds: Cognitive-motor training, functional balance, healthy aging.
1. Introdução
Manter o equilíbrio é essencial para a segurança e autonomia dos idosos, sendo um componente crucial para a realização de atividades diárias. Estabilidade e controle postural são princípios fundamentais para manter o centro de massa dentro da base de apoio durante posturas estáticas e dinâmicas, além de garantir o alinhamento adequado do corpo na posição vertical (RAIPURE, 2022). No entanto, o processo de envelhecimento acarreta uma série de mudanças fisiológicas que impactam diretamente a capacidade de equilíbrio, incluindo a redução na qualidade e quantidade de fibras musculares, o que diminui a força e a resistência necessárias para sustentar o peso corporal e manter um sistema corporal funcional (DOS SANTOS et al., 2021).
Além das mudanças musculares, o envelhecimento provoca alterações nas funções sensoriais e motoras, bem como no processamento central do sistema nervoso. Essas mudanças, juntamente com o envelhecimento cognitivo, desempenham um papel significativo no comprometimento do equilíbrio em idosos (AZADIN, 2016). A diminuição da atenção e a capacidade reduzida de processar informações sensoriais podem aumentar o risco de quedas, enquanto dificuldades de memória podem prejudicar a retenção de informações necessárias para manter o equilíbrio (OLIVEIRA & SILVA, 2020). Portanto, é essencial considerar as interações entre as funções cognitivas e motoras para desenvolver estratégias que promovam a segurança e a qualidade de vida dos idosos.
Uma abordagem promissora para abordar essas questões é o treinamento de dupla tarefa (DT), que envolve a realização simultânea de duas tarefas distintas, desafiando o cérebro a dividir a atenção entre atividades motoras e cognitivas. Estudos demonstram que o treinamento de dupla tarefa é mais eficaz na melhoria do desempenho motor do que o treinamento em tarefa única (ROCHA FILHO et al., 2022). Esse tipo de exercício simula situações do mundo real, como caminhar enquanto se realiza uma tarefa cognitiva, promovendo a segurança e a autonomia dos idosos nas atividades cotidianas (DE ALMEIDA, 2015).
O aumento da longevidade, um fenômeno global, traz desafios significativos para a saúde pública, especialmente em relação à mobilidade e ao risco de quedas. A capacidade de manter o equilíbrio e realizar multitarefas é vital para a independência dos idosos, reduzindo a incidência de lesões e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida (MREJEN et al., 2023). Pesquisas recentes têm mostrado que intervenções focadas em exercícios de marcha e dupla tarefa proporcionam melhorias significativas no equilíbrio funcional, fortalecendo tanto os aspectos físicos quanto os cognitivos do equilíbrio (CUNHA, 2023; ROCHA FILHO et al., 2021).
O processo de envelhecimento também compromete a integração sensório-motora, fundamental para a manutenção do equilíbrio. A capacidade do sistema nervoso central de processar informações sensoriais provenientes de fontes como visão, propriocepção e o sistema vestibular é reduzida com a idade, resultando em um tempo de reação mais lento e maior dificuldade em ajustar o corpo a mudanças rápidas no ambiente. Essas limitações não apenas aumentam o risco de quedas, mas também podem levar a um comportamento mais cauteloso, restringindo a mobilidade e a participação social dos idosos (FONSECA, 2018). Nesse contexto, o treinamento que integra tarefas sensório-motoras e cognitivas pode ser crucial para a reabilitação e a prevenção de quedas em idosos.
O treinamento cognitivo-motor pode ainda proporcionar benefícios psicológicos significativos. Estudos indicam que a realização de exercícios que desafiam tanto o corpo quanto a mente pode contribuir para a melhora do humor, a redução de sintomas de depressão e a diminuição da ansiedade em idosos (GALLO, 2016). Esses ganhos emocionais, quando associados à melhora do equilíbrio funcional, podem aumentar a confiança na realização de atividades diárias, promovendo uma vida mais ativa e independente. Assim, o treino cognitivo motor destaca-se não apenas pela melhoria da saúde física e cognitiva, mas também por apoiar o bem-estar emocional, demonstrando ser uma abordagem holística para o cuidado com a população idosa.
Dado o impacto dessas intervenções na vida dos idosos, o objetivo deste trabalho foi analisar os efeitos do treino cognitivo-motor sobre o equilíbrio funcional e a cognição em idosos, com base em uma revisão da literatura, visando identificar os benefícios e limitações dessa abordagem.
2. Referencial Teórico
2.1 Envelhecimento e Suas Implicações na Função Motora
O envelhecimento é um processo natural que envolve uma série de mudanças biológicas, físicas e funcionais no organismo humano. Entre as várias consequências desse processo, destacam-se as alterações na função motora, resultantes de fatores como o declínio da massa muscular e da força, as mudanças na capacidade funcional e o impacto direto sobre a mobilidade e a independência dos indivíduos idosos.
O declínio da massa muscular e da força, conhecido como sarcopenia, é uma das características mais marcantes do envelhecimento. Esse fenômeno envolve a redução da quantidade e da qualidade do tecido muscular, o que, por sua vez, compromete a força e a capacidade de realizar tarefas diárias que requerem força muscular (CRUZ-JENTOFT et al., 2019). Estudos apontam que essa perda de massa muscular está associada a uma menor síntese proteica e ao aumento da degradação proteica, fenômenos comuns na população idosa (WALSTON, 2012). A redução na força muscular contribui significativamente para a limitação das atividades de vida diária, como levantar-se de uma cadeira, subir escadas ou carregar objetos (ROUBENOFF, 2000).
As alterações na capacidade funcional também são uma consequência direta do envelhecimento. A capacidade funcional pode ser entendida como a habilidade de um indivíduo realizar atividades diárias de forma autônoma e eficaz (WOOLLACOTT & SHUMWAY-COOK, 2002). Com o avanço da idade, essa capacidade tende a diminuir, em parte devido à redução da aptidão física geral, como força, flexibilidade e equilíbrio (GURALNIK et al., 1995). A diminuição da capacidade funcional é particularmente preocupante porque está associada a um maior risco de quedas, fraturas e hospitalizações, além de uma redução significativa na qualidade de vida (TINETTI et al., 1994).
O impacto na mobilidade e independência é uma das principais preocupações relacionadas às alterações da função motora durante o envelhecimento. A perda de mobilidade frequentemente leva à redução da autonomia e ao aumento da dependência de terceiros para realizar atividades cotidianas, como se vestir, cozinhar e se locomover dentro de casa ou em ambientes externos (VERBRUGGE & JETTE, 1994). De acordo com pesquisas recentes, a diminuição da mobilidade está associada a um maior risco de isolamento social, depressão e redução da qualidade de vida dos idosos (WANG et al., 2018).
Essas implicações na função motora demonstram a importância de intervenções adequadas, como programas de exercício físico e estratégias de reabilitação, que visem a manutenção da massa muscular, força, capacidade funcional e mobilidade dos idosos (FIELDING et al., 2011). Tais medidas são fundamentais para promover a saúde, a independência e o bem estar nessa população em envelhecimento.
2.2 O Papel da Cognição no Equilíbrio Funcional
A cognição desempenha um papel crucial no equilíbrio funcional, especialmente em idosos. O equilíbrio é um processo complexo que depende da integração sensório-motora, do processamento central e de diversas funções cognitivas, como atenção e memória (MONTEIRO et al., 2018). Com o envelhecimento, ocorrem mudanças significativas nas funções cognitivas que podem afetar diretamente a capacidade de manter o equilíbrio e prevenir quedas.
A integração sensório-motora e o processamento central são fundamentais para o equilíbrio funcional. Esses processos envolvem a recepção de informações sensoriais, como visão, audição e propriocepção, que são processadas pelo sistema nervoso central para produzir respostas motoras adequadas (CAMPOS et al., 2021). A deterioração cognitiva, comum no envelhecimento, pode interferir na capacidade do cérebro de processar essas informações de forma eficiente, levando a um risco aumentado de quedas (SILVA et al., 2019). Pesquisas demonstram que a redução na capacidade de integrar essas informações sensoriais está associada a dificuldades na manutenção da postura e equilíbrio durante atividades diárias (MIRANDA; RIBEIRO, 2020).
O envelhecimento cognitivo e suas consequências impactam diretamente o equilíbrio funcional. Com o avanço da idade, ocorre um declínio natural nas funções cognitivas, como atenção, memória e velocidade de processamento (RODRIGUES et al., 2020). Esse declínio pode ser exacerbado por doenças neurodegenerativas, como a demência, aumentando ainda mais a vulnerabilidade a quedas. Estudos indicam que idosos com comprometimento cognitivo leve apresentam um risco significativamente maior de quedas em comparação com aqueles que possuem cognição normal (SANTOS; GOMES, 2021).
A relação entre atenção, memória e risco de quedas é bem documentada na literatura. A atenção é essencial para a realização segura de tarefas que requerem mobilidade, como caminhar ou se levantar de uma cadeira. Quando a capacidade de atenção está comprometida, o risco de tropeços, escorregões e quedas aumenta consideravelmente (ALMEIDA; LIMA, 2022). Além disso, a memória desempenha um papel importante no planejamento motor e na execução de movimentos coordenados, que são essenciais para o equilíbrio (OLIVEIRA; MARTINS, 2021).
Assim, déficits na memória operacional podem contribuir para erros na execução de tarefas motoras, resultando em quedas.
Portanto, a cognição tem um papel central no equilíbrio funcional, especialmente na população idosa. Intervenções que visem melhorar a atenção e a memória podem ser eficazes na prevenção de quedas e na promoção de um envelhecimento saudável e seguro (GARCIA et al., 2023).
2.3 Treinamento Cognitivo-Motor: Fundamentos e Abordagens
O treinamento cognitivo-motor é uma abordagem inovadora que combina exercícios físicos com atividades cognitivas para melhorar simultaneamente o desempenho motor e cognitivo em indivíduos, especialmente idosos (MORAIS; PEREIRA, 2022). Essa modalidade de treinamento é fundamentada no princípio de que a prática simultânea de habilidades físicas e cognitivas promove uma ativação sinérgica das redes neurais, potencializando a plasticidade cerebral e reduzindo o risco de quedas (COSTA et al., 2023).
A definição e os princípios do treinamento cognitivo-motor baseiam-se na integração de atividades que desafiam tanto o corpo quanto a mente. O objetivo é melhorar a capacidade do indivíduo de realizar tarefas que exigem atenção dividida, memória de trabalho e coordenação motora (SOUZA; FERREIRA, 2021). O treinamento cognitivo-motor pode incluir exercícios como caminhar enquanto recita palavras, jogar bola enquanto resolve problemas matemáticos, ou realizar movimentos corporais coordenados enquanto segue instruções complexas (GOMES et al., 2020).
A comparação entre treinamento de tarefa única e dupla tarefa é essencial para entender as diferentes abordagens desse método. O treinamento de tarefa única foca exclusivamente em habilidades motoras ou cognitivas de forma isolada, enquanto o treinamento de dupla tarefa combina ambos os elementos, exigindo do indivíduo a realização simultânea de uma tarefa física e uma tarefa cognitiva (ALMEIDA et al., 2022). Pesquisas indicam que o treinamento de dupla tarefa é mais eficaz na melhoria do equilíbrio e da função cognitiva de idosos, pois simula melhor as condições da vida real onde múltiplas demandas são comuns (SILVA; LIMA, 2023). Em comparação, o treinamento de tarefa única pode não proporcionar os mesmos benefícios de transferência para a vida diária, especialmente em contextos que exigem a capacidade de realizar múltiplas tarefas simultaneamente (CUNHA; MARTINS, 2020).
A eficácia das diferentes abordagens de treinamento tem sido amplamente estudada.
Evidências sugerem que o treinamento cognitivo-motor é particularmente eficaz na redução do risco de quedas e na melhoria da qualidade de vida de idosos (OLIVEIRA et al., 2021). Estudos demonstram que programas de treinamento que incorporam elementos de dupla tarefa podem melhorar significativamente a capacidade de atenção dividida, o tempo de reação, a memória de trabalho e a mobilidade funcional (CARVALHO; SANTOS, 2021). Além disso, há indicações de que esses benefícios podem ser mantidos a longo prazo, especialmente quando o treinamento é realizado regularmente (FERREIRA et al., 2022).
Em síntese, o treinamento cognitivo-motor, particularmente o que envolve tarefas duplas, mostra-se uma estratégia eficaz para melhorar o equilíbrio funcional e a cognição em idosos. Adotar abordagens que combinem exercícios físicos e desafios cognitivos pode ser uma prática valiosa na prevenção de quedas e na promoção de um envelhecimento saudável.
2.4 Benefícios do Treinamento Cognitivo-Motor em Idosos
O treinamento cognitivo-motor tem sido amplamente estudado por seus benefícios sobre a saúde física e mental de idosos, abordando questões cruciais para a manutenção da qualidade de vida nessa faixa etária.
O treinamento cognitivo-motor é reconhecido por sua eficácia na melhoria do equilíbrio funcional de idosos, sendo um dos principais métodos utilizados para prevenir quedas, um problema recorrente e de alto risco para essa população. A combinação de exercícios físicos com estímulos cognitivos não só fortalece a musculatura e melhora a coordenação motora, como também otimiza a capacidade de processar informações durante a execução de movimentos. Esse tipo de treinamento promove uma maior conscientização corporal, o que permite aos idosos responderem de maneira mais eficaz a situações de risco, como perda de equilíbrio ou tropeços (SANTOS et al., 2020). Além disso, a integração entre aspectos motores e cognitivos permite que os idosos melhorem a sua capacidade de tomar decisões rápidas e precisas em cenários que exigem atenção e resposta rápida (GATTI, 2020).
Estudos indicam que programas de treinamento que combinam elementos cognitivos e motores, como os que envolvem jogos interativos ou tarefas que exigem a simultânea realização de movimentos e processamento de informações, têm resultados superiores na redução do risco de quedas em comparação com treinamentos físicos isolados (AGUIAR et al., 2021). Essa abordagem integrada tem se mostrado eficaz ao reduzir tanto o número de quedas quanto a gravidade de lesões associadas. O impacto dessas intervenções se deve, em grande parte, ao fato de que o sistema cognitivo é tão essencial quanto o sistema motor na prevenção de quedas, especialmente em situações inesperadas que requerem reação rápida e precisa (CARVALHO et al., 2014).
O treinamento cognitivo-motor também tem um papel fundamental na manutenção e melhoria das funções cognitivas em idosos. A combinação de exercícios físicos com atividades que envolvem estimulação mental promove a neuroplasticidade, processo pelo qual o cérebro é capaz de formar novas conexões e se adaptar às novas exigências cognitivas. Estudos sugerem que esse tipo de intervenção pode retardar o declínio cognitivo comumente associado ao envelhecimento, bem como prevenir o desenvolvimento de demências, como a doença de Alzheimer (CARVALHO et al., 2014). A prática de atividades que envolvem simultaneamente os componentes físico e cognitivo, como o uso de dispositivos interativos ou tarefas que requerem planejamento e execução de movimentos, tem mostrado melhorias significativas na memória, na capacidade de concentração e nas funções executivas (SANTOS et al., 2020).
Adicionalmente, programas de treinamento cognitivo-motor têm demonstrado ser eficazes na manutenção de habilidades cognitivas essenciais para o envelhecimento saudável. A estimulação mental contínua, associada a exercícios físicos, aumenta a reserva cognitiva dos idosos, ou seja, sua capacidade de compensar o desgaste natural do cérebro ao longo do tempo. Isso resulta em uma maior independência para realizar atividades diárias e uma menor probabilidade de desenvolver distúrbios neurodegenerativos (VIDONI et al., 2015). Portanto, a prevenção do declínio cognitivo através dessas intervenções é crucial não só para a saúde física, mas também para a preservação da autonomia e da qualidade de vida dos idosos.
Além dos benefícios físicos e cognitivos, o treinamento cognitivo-motor tem impactos consideráveis no bem-estar psicológico de idosos. A prática de atividades físicas, especialmente quando combinadas com desafios cognitivos, promove a liberação de neurotransmissores como endorfina e serotonina, que estão diretamente ligados à sensação de prazer e bem-estar. Dessa forma, idosos que participam regularmente de programas de treinamento cognitivo-motor apresentam melhorias significativas no humor, com uma redução observada nos níveis de ansiedade e depressão (ABREU E DIAS, 2017). Esses efeitos psicológicos são particularmente relevantes, pois muitos idosos enfrentam sentimentos de solidão e isolamento, que podem agravar quadros depressivos e ansiosos (NÓBREGA, 2014).
Os benefícios psicológicos desse tipo de intervenção também estão relacionados à melhora da autoestima e da autopercepção de competência. Ao perceberem sua capacidade de realizar tarefas complexas e superar desafios, os idosos experimentam uma maior sensação de controle sobre suas vidas e de pertencimento em atividades sociais. Isso contribui para a diminuição de sintomas relacionados à ansiedade e ao estresse, o que, por sua vez, reforça a adesão ao programa e potencializa seus efeitos ao longo do tempo (FERRETTI et al., 2015). Dessa maneira, o treinamento cognitivo-motor oferece um ciclo positivo de benefícios físicos, cognitivos e emocionais, que colaboram para a manutenção de um envelhecimento ativo e saudável.
2.5 Perspectivas Futuras e Implicações Clínicas
As perspectivas futuras e as implicações clínicas relacionadas ao treinamento cognitivo motor apontam para um campo de crescente importância na reabilitação geriátrica. À medida que a população envelhece, surge a necessidade de estratégias inovadoras que integrem tecnologias emergentes e abordagens interdisciplinares para melhorar a qualidade de vida dos idosos (BEZERRA, 2024). Tais intervenções visam não apenas manter a independência funcional, mas também mitigar os riscos associados ao declínio cognitivo e às limitações físicas. O impacto a longo prazo dessas intervenções, incluindo novas ferramentas tecnológicas e abordagens multidisciplinares, oferece oportunidades para avanços significativos na promoção da saúde geriátrica.
O treinamento cognitivo-motor tem demonstrado grande potencial na reabilitação geriátrica, oferecendo benefícios tanto para o desempenho físico quanto para o cognitivo dos idosos (PEREIRA DA CRUZ et al., 2022). Ao integrar atividades motoras com tarefas cognitivas, o objetivo é promover a manutenção e recuperação das capacidades funcionais. Um exemplo prático dessa abordagem é a utilização de tarefas ecológicas que simulam situações do cotidiano, como compras em supermercados, nas quais os participantes devem memorizar itens e realizar cálculos matemáticos simples (SILVA et al., 2011).
Esse tipo de intervenção, além de ser funcional e aplicável às atividades diárias, tem demonstrado bons resultados na melhora do desempenho em memorização e cálculos, conforme indicam os estudos realizados. Os resultados sugerem que o treino cognitivo pode gerar uma melhora significativa no desempenho em tais tarefas, aumentando a independência e a qualidade de vida dos idosos (IRIGARAY et al., 2011).
As inovações tecnológicas têm transformado significativamente o treinamento cognitivo-motor, apresentando ferramentas que ampliam as possibilidades de intervenção para idosos. Os exergames1, por exemplo, têm se mostrado eficazes em melhorar tanto a capacidade física quanto a cognitiva dessa população, sendo um recurso valioso nesse cenário (SABINO, 2023). A implementação de aplicativos, jogos digitais e a realidade virtual (RV) estão gerando resultados encorajadores, especialmente no que diz respeito ao aumento do envolvimento dos participantes e à eficácia dos programas.
Nesse contexto, a realidade virtual emerge como uma ferramenta poderosa para recriar ambientes e situações diversas, oferecendo novas perspectivas para questões antigas e aprimorando a eficácia de abordagens já estabelecidas (PUGNETTI et al., 1995). Essas tecnologias não apenas tornam as atividades mais atrativas, mas também permitem a personalização do treinamento, adaptando-se às necessidades individuais de cada idoso.
A integração de abordagens multidisciplinares no cuidado ao idoso tem sido amplamente reconhecida como uma estratégia essencial para promover a saúde e o bem-estar nessa população. Ao reunir profissionais de diferentes áreas, como medicina, fisioterapia, nutrição e psicologia, é possível criar planos de cuidado mais holísticos e personalizados, que atendam às diversas necessidades dos idosos de forma mais eficaz (FERREIRA et al., 2020).
Nesse sentido, a abordagem multidisciplinar na prevenção de quedas é fundamental para reduzir a incidência de acidentes e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos idosos. A colaboração entre diferentes especialidades permite que os idosos se beneficiem de um suporte mais completo, ajudando-os a manter a autonomia e a segurança em suas atividades diárias (BREITENBACH et al., 2024).
3. DISCUSSÃO
O treino cognitivo-motor tem se mostrado uma intervenção promissora para a promoção do equilíbrio funcional e da cognição em idosos. A análise dos estudos revisados revela que a integração de componentes cognitivos e motores durante o treino pode resultar em melhorias significativas tanto na função motora quanto nas capacidades cognitivas dos indivíduos mais velhos.
Os resultados obtidos demonstram que a prática de exercícios que combinam desafios cognitivos e físicos pode levar a avanços no equilíbrio funcional. Esses achados estão em consonância com a pesquisa de Verghese et al. (2010), que evidenciaram que a intervenção física com um componente cognitivo pode diminuir o risco de quedas entre idosos. Além disso, o treino cognitivo-motor parece estimular a plasticidade cerebral, o que é essencial para a preservação das funções cognitivas à medida que os indivíduos envelhecem (Tucker et al., 2017).
Os métodos de treino cognitivo-motor variam em termos de abordagem e intensidade, refletindo a diversidade de respostas dos idosos a essas intervenções. Estudos indicam que a personalização do programa de exercícios, levando em consideração as capacidades e limitações individuais, é crucial para a eficácia do treinamento (Kearney et al., 2020). Esta abordagem individualizada promove não apenas a adesão ao programa, mas também maximiza os benefícios em termos de equilíbrio e cognição.
Embora muitos estudos tenham demonstrado os benefícios do treino cognitivo-motor, existem lacunas que devem ser abordadas em pesquisas futuras. A maioria dos estudos revisados focou em amostras pequenas e em contextos específicos, o que limita a generalização dos resultados. Assim, recomenda-se que investigações futuras sejam realizadas com amostras maiores e em diferentes contextos, a fim de validar os efeitos do treino cognitivo-motor em diversas populações idosas.
Além disso, a continuidade do acompanhamento pós-intervenção deve ser considerada. A manutenção dos benefícios a longo prazo é uma preocupação crucial, pois a interrupção das atividades pode levar à perda das melhorias alcançadas (Yogev-Seligmann et al., 2008). A implementação de estratégias que incentivem a continuidade do treino em ambientes comunitários pode ser uma solução viável para este desafio.
A Tabela 1 a seguir resume as ideias dos principais autores sobre o tema, destacando os benefícios e as características do treino cognitivo-motor.
Tabela 1. Principais Estudos sobre Treinamento Cognitivo-Motor e Seu Impacto no Equilíbrio Funcional e Cognição de Idosos
Fonte: Os autores (2024).
Os dados da Tabela 1 reforçam a relevância do treino cognitivo-motor como uma abordagem multifacetada, que não apenas promove o equilíbrio funcional, mas também melhora a cognição em idosos. A seguir, a Figura 1 ilustra visualmente os principais benefícios associados ao treinamento cognitivo-motor, oferecendo uma perspectiva clara sobre como essas intervenções podem impactar positivamente a vida dos idosos.
Figura 1. Benefícios do Treinamento Cognitivo Motor em Idosos
Fonte: Os autores (2024).
Em síntese, o treino cognitivo-motor representa uma abordagem eficaz para a melhoria do equilíbrio funcional e da cognição em idosos, contribuindo para a qualidade de vida dessa população. No entanto, a necessidade de mais pesquisas rigorosas e diversificadas permanece evidente, para que se possa consolidar e expandir os achados sobre essa intervenção.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente revisão evidenciou a importância do treino cognitivo-motor na melhoria do equilíbrio funcional e da cognição em idosos, destacando seu potencial como uma intervenção eficaz para promover a saúde e a qualidade de vida nessa população. Sugere-se que profissionais da saúde, especialmente fisioterapeutas e educadores físicos, integrem atividades que estimulem tanto o corpo quanto a mente em seus programas de exercício. Além disso, a criação de iniciativas comunitárias que incentivem a prática regular dessas intervenções pode ser fundamental para garantir a adesão a longo prazo. Por fim, recomenda-se o incentivo à pesquisa contínua nesta área, a fim de explorar novos métodos e adaptar as intervenções às necessidades específicas dos idosos, contribuindo assim para um envelhecimento saudável e ativo.
1 Exergames são jogos eletrônicos que combinam atividade física e exercícios com elementos de entretenimento digital, incentivando os usuários a se movimentarem enquanto jogam
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, M. O.; DIAS, I. S. Exercício físico, saúde mental e qualidade de vida na ESECS/IPL. Psicol. Saúde Doenças, v. 18, n. 2, p. 512-526, 2017.
AGUIAR, R. N.; et al. Efeitos do treinamento físico e de dupla tarefa na ptophobia e no equilíbrio de idosos. Acta Fisiátrica, v. 28, n. 1, p. 49-53, 2021.
ALMEIDA, P. C. et al. Comparação entre treinamento de tarefa única e dupla tarefa em idosos: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 25, n. 2, p. 137-145, 2022.
AZADIAN, E. et al. The effect of dual task and executive training on pattern of gait in older adults with balance impairment: A Randomized controlled trial. Archives of gerontology and geriatrics, v. 62, p. 83-89, 2016.
ALMEIDA, M. A.; LIMA, R. S. Atenção e mobilidade em idosos: fatores de risco para quedas. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 25, n. 2, p. 148-158, 2022.
BEZERRA, L. M. R.; et al. Abordagens multidisciplinares no tratamento da dor crônica em idosos: uma revisão bibliográfica. RECIMA21 – Revista Científica Multidisciplinar, v. 5, n. 3, p. e535022-e535022, 2024.
BREITENBACH, L. M.; et al. Abordagem multidisciplinar na prevenção de quedas em idosos: papel dos fisioterapeutas, médicos e terapeutas ocupacionais. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 10, n. 7, p. 2602-2611, 2024.
CAMPOS, F. A.; SILVA, C. R.; SOUSA, M. P. Integração sensório-motora e controle postural em idosos. Fisioterapia em Movimento, v. 34, n. 3, p. 304-312, 2021.
CARVALHO, A.; REA, I. M.; PARIMON, T.; CUSACK, B. J. Physical activity and cognitive function in individuals over 60 years of age: a systematic review. Clin Interv Aging, v. 9, p. 661- 682, 2014.
CARVALHO, L. M.; SANTOS, M. A. Abordagens de treinamento cognitivo-motor e sua eficácia em idosos. Revista de Atividade Física e Saúde, v. 10, n. 1, p. 25-33, 2021.
CRUZ-JENTOFT, A. J. et al. Sarcopenia: European consensus on definition and diagnosis. Age and Ageing, v. 48, n. 1, p. 16-31, 2019.
CUNHA, R. S.; MARTINS, T. M. Treinamento de tarefa única versus dupla tarefa: implicações para o equilíbrio e cognição em idosos. Revista Fisioterapia Funcional, v. 13, n. 1, p. 85-92, 2020.
CUNHA, W. P. et al. OS EFEITOS DO EXERCÍCIO DE DUPLA TAREFA NAS HABILIDADES MOTORAS E FUNCIONAIS EM INDIVÍDUOS ACOMETIDOS PELO AVC. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 5, n. 5, p. 4010-4022, 2023.
DE ALMEIDA, I. A. et al. Fisioterapia baseada no treinamento de dupla tarefa no equilíbrio de indivíduos com doença de Parkinson. Saúde (Santa Maria), p. 71-80, 2015.
DOS SANTOS, P. R. D. et al. Alterações músculo-esqueléticas do envelhecimento, prevenção e atuação fisioterapêutica nas quedas em idosos: revisão bibliográfica. Research, Society and Development, v. 10, n. 3, p. e38510313437-e38510313437, 2021.
FERREIRA, J. A. et al. Benefícios do treinamento cognitivo-motor de longo prazo em idosos: evidências de um estudo longitudinal. Ciências do Envelhecimento, v. 14, n. 4, p. 45-55, 2022.
FERREIRA, T. M.; FERREIRA, I. F. N.; SAMPAIO, J. F. Participação de equipe multidisciplinar na promoção do cuidado em grupo de idosos e adultos do projeto EADASC. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 6, p. 18181-18187, 2020.
FERRETTI, F.; BESKOW, G. C. T.; SLAVIERO, R. C.; RIBEIRO, C. G. Análise da qualidade de vida em idosos praticantes e não praticantes de exercício físico regular. Estud. interdiscip. envelhec., v. 20, n. 3, p. 25-32, 2015.
FIELDING, R. A. et al. Sarcopenia: An undiagnosed condition in older adults. Current consensus definition: Prevalence, etiology, and consequences. Journal of the American Medical Directors Association, v. 12, n. 4, p. 249-256, 2011.
FONSECA, R. F. M. R. Prevenção de quedas nos idosos: adesão na atenção primária. 2018. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
GALLO, M. A. Relação entre declínio cognitivo e quedas em idosos. 2016.
GARCIA, L. M. et al. Intervenções cognitivas e sua relação com a prevenção de quedas em idosos. Revista de Neurociências, v. 31, n. 1, p. 102-110, 2023.
GATTI, L. A percepção dos idosos sobre a contribuição da hidroginástica para melhoria na qualidade de vida. 2020. 60 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) – Instituto Federal do Espírito Santo, Vitória, 2020.
GOMES, F. M. et al. Treinamento cognitivo-motor: definição, princípios e aplicações em idosos. Jornal de Saúde do Idoso, v. 18, n. 2, p. 102-110, 2020.
GURALNIK, J. M. et al. Lower-extremity function in persons over the age of 70 years as a predictor of subsequent disability. New England Journal of Medicine, v. 332, n. 9, p. 556-561, 1995.
IRIGARAY, T. Q.; SCHNEIDER, R. H.; GOMES, I. Efeitos de um treino cognitivo na qualidade de vida e no bem-estar psicológico de idosos. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 24, p. 810-818, 2011.
MIRANDA, T. S.; RIBEIRO, J. A. Cognição e equilíbrio em idosos: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 24, n. 4, p. 227-235, 2020.
MONTEIRO, D. M. et al. O papel da cognição no controle do equilíbrio funcional de idosos. Jornal de Fisioterapia e Saúde Funcional, v. 29, n. 1, p. 78-85, 2018.
MORAIS, R. D.; PEREIRA, A. C. O treinamento cognitivo-motor como ferramenta para o envelhecimento saudável. Revista Brasileira de Neurociência e Envelhecimento, v. 15, n. 2, p. 198-210, 2022.
MREJEN, M.; NUNES, L.; GIACOMIN, K.. Envelhecimento populacional e saúde dos idosos: O Brasil está preparado. São Paulo: Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, 2023.
NÓBREGA, Isabelle Rayanne Alves Pimentel da. Prevalência de sintomas depressivos e fatores associados em idosos institucionalizados no município de Recife. 2014. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco.
OLIVEIRA, A. K. de; SILVA, F. G. M. Construção de um jogo educativo para prevenção de quedas em idosos institucionalizados. 2020. Tese de Doutorado.
OLIVEIRA, T. A. et al. Eficácia do treinamento cognitivo-motor na prevenção de quedas em idosos: uma meta-análise. Journal of Aging Studies, v. 34, n. 2, p. 143-154, 2021.
OLIVEIRA, P. C.; MARTINS, F. T. Memória operacional e controle motor em idosos. Jornal de Neuropsicologia Aplicada, v. 16, n. 3, p. 213-221, 2021.
PEREIRA DA CRUZ, G.; SOUZA PEREIRA, L.; MARQUINE RAYMUNDO, T. Treino cognitivo para idosos sem déficit cognitivo: uma intervenção da terapia ocupacional durante a pandemia da COVID-19. Brazilian Journal of Occupational Therapy/Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, v. 30, 2022.
PUGNETTI, L.; et al. Evaluation and retraining of adults’ cognitive impairments: Which role for virtual reality technology? Computers in Biology and Medicine, v. 25, n. 2, p. 213-227, 1995.
PRADO, E. S.; SANTOS, T. M. D. M. et al. Efeitos do exercício físico sobre o risco cardiovascular e qualidade de vida em idosos hipertensos. Ciênc. Saúde Colet., v. 25, p. 2203- 2212, 2020.
RAIPURE, A.; KASATWAR, P. The Effects of Nintendo Wii Fit on Postural Balance Control Training in the Geriatric Population: A Review. Cureus, v. 14, n. 11, 2022.
ROCHA FILHO, S. S. et al. OS BENEFÍCIOS DA DUPLA TAREFA NA MARCHA DO PACIENTE COM DOENÇA DE PARKINSON: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Journal of Research & Development/Revista de Investigación & Desarrollo, v. 11, n. 11, 2021.
RODRIGUES, V. H. et al. Envelhecimento cognitivo: alterações e impacto no equilíbrio funcional. Ciências & Saúde Coletiva, v. 25, n. 6, p. 2241-2250, 2020.
ROUBENOFF, R. Sarcopenia and its implications for the elderly. European Journal of Clinical Nutrition, v. 54, n. 3, p. S40-S47, 2000.
SABINO, I. A. Jogos/exercícios para a promoção da capacidade física e cognitiva do idoso: uma scoping review. 2023.
SANTOS, A. P.; GOMES, E. P. Declínio cognitivo e risco de quedas em idosos: uma análise longitudinal. Revista de Saúde Pública, v. 55, n. 3, p. 1-9, 2021.
SANTOS, D. S.; COSTA, J. G. R.; OLIVEIRA, G. S.; CARREGOSA, J. C. P. Impacto das atividades motoras sobre o declínio cognitivo em idosos. In: Anais do Congresso de Geriatria e Gerontologia do UNIFACIG. Manhuaçu: UNIFACIG, 2020.
SILVA, N. F. et al. Alterações sensório-motoras e o risco de quedas em idosos. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, v. 16, n. 2, p. 12-21, 2019.
SILVA, N. F.; LIMA, E. S. Impacto do treinamento de dupla tarefa no equilíbrio e função cognitiva de idosos. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 27, n. 3, p. 201-210, 2023.
SILVA, T. B. L.; et al. Treino cognitivo para idosos baseado em estratégias de categorização e cálculos semelhantes a tarefas do cotidiano. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 14, p. 65-74, 2011.
SOUZA, M. F.; FERREIRA, A. J. Treinamento cognitivo-motor: fundamentos e benefícios para a saúde do idoso. Revista de Neuropsicologia e Geriatria, v. 5, n. 3, p. 65-72, 2021.
TINETTI, M. E.; SPEECHLEY, M.; GINTER, S. F. Risk factors for falls among elderly persons living in the community. New England Journal of Medicine, v. 319, n. 26, p. 1701-1707, 1994.
VERBRUGGE, L. M.; JETTE, A. M. The disablement process. Social Science & Medicine, v. 38, n. 1, p. 1-14, 1994.
VIDONI, E. D.; JOHNSON, D. K.; MORRIS, J. K.; VAN SCIVER, A.; GREER, C. S.; BILLINGER, S. A. et al. Dose-Response of Aerobic Exercise on Cognition: A Community-Based, Pilot Randomized Controlled Trial. PloS One, v. 10, n. 7, p. e0131647, 2015.
WALSTON, J. Sarcopenia in older adults. Current Opinion in Rheumatology, v. 24, n. 6, p. 623- 627, 2012.
WANG, C. et al. Mobility and health-related quality of life in older people: A structural equation modeling approach. Quality of Life Research, v. 27, n. 7, p. 1703-1710, 2018.
WOOLLACOTT, M.; SHUMWAY-COOK, A. Attention and the control of posture and gait: A review of an emerging area of research. Gait & Posture, v. 16, n. 1, p. 1-14, 2002.
1Discente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS – MG. E-mail: laura.miranda@alunos.unis.edu.br / rafael.goncalves@alunos.unis.edu.br;
2Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS – MG. E-mail: