REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202411152329
Diana Antunes De Moraes; Gisele Lopes Rosa; Lirian Macedo Nadotti; Orientador(a): Laura de Moura Rodrigues; Orientador(a): Fabrício Vieira Cavalcante
RESUMO
Os músculos do assoalho pélvico sustentam órgãos como a bexiga e o útero, podendo enfraquecer devido à gravidez e ao envelhecimento, o que resulta em problemas como incontinência urinária ou prolapso. Este último afeta milhões de mulheres, sendo associado a fatores como idade e número de partos. A avaliação, especialmente por meio da ultrassonografia, é crucial. Tratamentos incluem exercícios de Kegel, terapia comportamental e dispositivos mecânicos. Estratégias inovadoras, como a gamificação dos exercícios de Kegel, mostraram-se promissoras para melhorar a adesão e os resultados do tratamento. A importância dos músculos do assoalho pélvico e suas disfunções, como a incontinência urinária, foi abordada, destacando a necessidade de abordagens eficazes e inovadoras para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Uma análise da eficácia do exercício de Kegel na incontinência urinária em mulheres foi realizada, revisando estudos, sintetizando resultados e oferecendo recomendações para pesquisas futuras. Foi adotada uma revisão sistemática da literatura, conduzida entre fevereiro e maio de 2024, para analisar estudos sobre o exercício de Kegel na incontinência urinária em mulheres, buscando artigos em bases como BVS, PubMed, ScienceDirect e JSTOR, com critérios de inclusão rigorosos. Os estudos sobre tratamentos para disfunções do assoalho pélvico, como prolapso e incontinência urinária, revelaram diversas abordagens. Alguns mostraram eficácia no treinamento personalizado dos músculos, enquanto outros compararam métodos como estimulação elétrica e treinamento ativo. Além disso, foram exploradas técnicas inovadoras, como detecção de posição durante os exercícios de Kegel e mecanoterapia. Destacou-se a eficácia de intervenções simples, como exercícios de Kegel combinados com terapia comportamental. Esses estudos ressaltaram a complexidade das disfunções do assoalho pélvico e a importância de abordagens multifacetadas e individualizadas para o tratamento, evidenciando os desafios enfrentados e a necessidade de intervenções mais eficazes para melhorar a saúde e a qualidade de vida das pacientes. Autores enfatizaram a importância dos músculos pélvicos e tratamentos como treinamento e terapia comportamental, enquanto estratégias inovadoras, como a gamificação, mostraram-se promissoras para promover melhores resultados e bem-estar físico, emocional e social.
Palavras-chave: Incontinência Urinária, Terapia por Exercício, Fisioterapia, Reabilitação
ABSTRACT
The pelvic floor muscles support organs such as the bladder and uterus, and can weaken due to pregnancy and aging, which results in problems such as urinary incontinence or prolapse. The latter affects millions of women, being associated with factors such as age and number of births. Evaluation, especially through ultrasound, is crucial. Treatments include Kegel exercises, behavioral therapy, and mechanical devices. Innovative strategies, such as the gamification of Kegel exercises, have shown promise for improving adherence and treatment outcomes. The importance of pelvic floor muscles and their dysfunctions, such as urinary incontinence, was addressed, highlighting the need for effective and innovative approaches to improve patients’ quality of life. An analysis of the efficacy of Kegel exercise on urinary incontinence in women was conducted, reviewing studies, synthesizing results, and offering recommendations for future research. A systematic review of the literature, conducted between February and May 2024, was adopted to analyze studies on Kegel exercise in urinary incontinence in women, searching for articles in databases such as VHL, PubMed, ScienceDirect, and JSTOR, with strict inclusion criteria. Studies on treatments for pelvic floor dysfunctions, such as prolapse and urinary incontinence, have revealed several approaches. Some have shown effectiveness in personalized training of the muscles, while others have compared methods such as electrical stimulation and active training. In addition, innovative techniques such as position detection during Kegel exercises and mechanotherapy were explored. The efficacy of simple interventions, such as Kegel exercises combined with behavioral therapy, was highlighted. These studies highlighted the complexity of pelvic floor dysfunctions and the importance of multifaceted and individualized approaches to treatment, highlighting the challenges faced and the need for more effective interventions to improve patients’ health and quality of life. Authors have emphasized the importance of pelvic muscles and treatments such as training and behavioral therapy, while innovative strategies such as gamification have shown promise for promoting better physical, emotional, and social well-being and outcomes.
Keywords: Urinary Incontinence, Exercise Therapy, Physical Therapy, Rehabilitation
1 INTRODUÇÃO
Os músculos do assoalho pélvico sustentam vários órgãos internos, como a bexiga, o intestino e, nas mulheres, o útero. Fatores como gravidez, lesões relacionadas ao parto e envelhecimento podem contribuir para o enfraquecimento desses músculos, o que pode resultar em incontinência urinária ou prolapso de órgãos pélvicos (Knorn et al., 2020).
A incontinência urinária (IU) é caracterizada pela perda involuntária de urina (PortaRoda et al., 2015) e é muito comum em mulheres adultas, afetando mais de 300 milhões em todo o mundo, sendo que metade desses casos são de incontinência urinária por esforço, uma perda breve de urina durante atividades físicas que está relacionada a fatores como idade avançada, obesidade, partos, tabagismo, consumo de álcool e histerectomia (Nakib et al., 2024). Além de representar um ônus econômico significativo, a incontinência urinária tem um impacto negativo considerável na vida social e nos relacionamentos interpessoais dos pacientes. (Chen et al., 2023).
A disfunção do assoalho pélvico abrange várias doenças resultantes do relaxamento dos suportes pélvicos, afetando mulheres de todas as idades em todo o mundo, com uma prevalência entre 25,0 e 60,2% (Wu et al., 2023). Anualmente, cerca de oitenta mil mulheres são diagnosticadas com câncer ginecológico, incluindo câncer uterino, cervical, ovariano e vulvar. O tratamento desses cânceres muitas vezes envolve cirurgia radical, radioterapia pélvica e/ou quimioterapia, que podem causar danos aos órgãos pélvicos e à função do assoalho pélvico, levando também a incontinência urinária moderada a grave (Rutledge et al., 2014).
A avaliação da anatomia e função do assoalho pélvico é essencial, sendo a ultrassonografia do assoalho pélvico uma ferramenta principal para a avaliação dinâmica da DAP, permitindo a avaliação de vários aspectos anatômicos e funcionais simultaneamente (Wu et al., 2023).
O início do tratamento é vital, com especial atenção para o cuidado dos músculos do assoalho pélvico, como recomendado por Porta-Roda et al. (2015). No entanto, autores como Burgio et al. (2013) e Rutledge et al. (2014) observam que, mesmo que as terapias tenham avançado, os desafios persistem em relação aos efeitos a longo prazo dos tratamentos, especialmente quando aborda-se o treinamento muscular do assoalho pélvico para prolapso. Métodos como o treinamento da função da bexiga e os exercícios de Kegel são amplamente utilizados para melhorar a função urinária, como indicado por Wang, Xu e Yuan (2023).
Exercícios de Kegel, que consistem em contrações e relaxamentos repetidos desses músculos, são recomendados para fortalecer os músculos do assoalho pélvico e resolver esses problemas. No entanto, esses exercícios são frequentemente percebidos como tediosos ou chatos, levando muitas mulheres a não os praticarem regularmente. A gamificação dos exercícios não apenas torna o treino divertido e envolvente, mas também aumenta a conscientização e reduz o estigma em torno da saúde feminina. (Knorn et al., 2020).
Ademais, o tratamento comum para a incontinência urinária inclui treinamento dos músculos do assoalho pélvico e terapia comportamental (Rutledge et al., 2014). Esse é um cuidado de primeira linha, juntamente com outras opções não cirúrgicas, como agachamentos profundos e flexões de estabilidade do tronco, tem ganhado destaque devido aos seus benefícios (Mikuš et al., 2022; Chen et al., 2023; Diaz-Mohedo et al., 2023). O exercício de Kegel, combinado com terapia cognitivo-comportamental, pode ajudar na reabilitação do assoalho pélvico e na qualidade de vida sexual das pacientes após a histerectomia total (Zhang et al., 2023). Ainda, há casos em que dispositivos oferecem terapia mecânica nos músculos do assoalho pélvico enquanto são contraídos e relaxados voluntariamente como um método auxiliar ao exercício de Kegel (Nakib et al., 2024).
Estudos recentemente exploram a eficácia da combinação de exercícios de Kegel com biofeedback eletromiográfico na reabilitação de lesões na bexiga. Os resultados podem orientar a prática clínica (Porta-Roda et al., 2015; Wang; Xu; Yuan, 2023; Mikuš et al., 2022). O treinamento dos músculos do assoalho pélvico é a abordagem mais amplamente utilizada para tratar a incontinência urinária, embora muitos pacientes encontrem dificuldades para realizá-lo corretamente e para persistir com o tratamento a longo prazo (Chen et al., 2023).
Em suma, a compressão da importância dos músculos do assoalho pélvico é crucial para lidar eficazmente com questões de incontinência urinária e outros problemas associados. A medida que exploramos métodos de tratamento e terapias, fica evidente que abordagens inovadoras, como gamificação dos exercícios de Kegel e o uso de dispositivos de terapia mecânica, oferecem novas perspectivas para melhorar a adesão e os resultados do treinamento. Ao continuar a explorar essas abordagens, podemos avançar na qualidade de vida das pessoas afetadas por disfunções do assoalho pélvico, promovendo não apenas a saúde física, mas tabém o bem-estar emocional e social.
2 JUSTIFICATIVA
A justificativa deste trabalho acadêmico se fundamenta na necessidade de abordar questões relacionadas aos músculos do assoalho pélvico e suas disfunções, que podem ter impactos significativos na qualidade de vida e na saúde das pessoas. Diversos estudos, como os de Knorn et al. (2020), Porta-Roda et al. (2015), e Rutledge et al. (2014), destacam a importância dos músculos do assoalho pélvico na sustentação de órgãos internos e apontam para os diversos fatores que podem contribuir para seu enfraquecimento, como gravidez, lesões relacionadas ao parto, envelhecimento e tratamentos para câncer ginecológico.
A incontinência urinária, uma das principais consequências do enfraquecimento desses músculos, é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, conforme descrito por Nakib et al. (2024) e Chen et al. (2023). Além do ônus econômico associado, a incontinência urinária tem impactos significativos na vida social, emocional e nos relacionamentos interpessoais dos pacientes, como ressaltado por Chen et al. (2023).
Avaliar a anatomia e função do assoalho pélvico é essencial para diagnosticar e tratar esses problemas de forma eficaz, como destacado por Wu et al. (2023). Métodos de tratamento como o treinamento dos músculos do assoalho pélvico, terapia comportamental e dispositivos de terapia mecânica são abordagens comuns e eficazes, conforme apontado por Rutledge et al. (2014), Mikuš et al. (2022) e Nakib et al. (2024).
No entanto, apesar da eficácia dessas abordagens, persistem desafios, incluindo a adesão dos pacientes aos tratamentos, como observado por Burgio et al. (2013) e Chen et al. (2023). Nesse contexto, estratégias inovadoras, como a gamificação dos exercícios de Kegel, podem desempenhar um papel importante em aumentar a adesão e melhorar os resultados do tratamento, conforme sugerido por Knorn et al. (2020).
Portanto, este trabalho acadêmico visa destacar a importância dos músculos do assoalho pélvico, abordar as questões relacionadas à incontinência urinária e outras disfunções, e explorar abordagens inovadoras para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Ao continuar a pesquisa nessa área e desenvolver novas estratégias de tratamento, podemos avançar na promoção da saúde física, emocional e social das pessoas afetadas por esses problemas.
3 OBJETIVOS
3.1. Objetivo Geral
Analisar a eficácia do exercício de Kegel como parte da fisioterapia no tratamento da incontinência urinária em mulheres.
3.2. Objetivos Específicos
- Identificar os principais estudos que investigaram a eficácia do exercício de Kegel na incontinência urinária por esforço em mulheres.
- Analisar os métodos utilizados nos estudos selecionados para avaliar a eficácia do exercício de Kegel.
- Sintetizar os resultados dos estudos revisados, destacando as tendências e conclusões comuns em relação à eficácia do exercício de Kegel na incontinência urinária por esforço.
- Avaliar criticamente a qualidade metodológica dos estudos revisados e identificar possíveis limitações.
- Fornecer recomendações para futuras pesquisas com base nas lacunas identificadas na literatura existente.
4 MÉTODO
Para a construção deste estudo, foi adotada a abordagem da revisão sistemática da literatura, uma técnica amplamente utilizada por profissionais da área da saúde para analisar os resultados de diversos estudos científicos relacionados aos cuidados com a saúde humana. Este método, reconhecido por sua meticulosidade e reprodutibilidade, permite a identificação, avaliação e síntese de pesquisas realizadas por estudiosos e especialistas em bases de dados acadêmicas.
A pesquisa bibliográfica foi conduzida entre fevereiro e maio de 2024, com uma análise criteriosa da qualidade dos estudos, critérios de inclusão e exclusão, visando explorar minuciosamente a literatura disponível sobre o tema em questão.
Os esforços de busca foram concentrados em três renomadas bases de dados: BVS, PubMed, ScienceDirect e JSTOR, com uso dos idiomas português e inglês, ambos familiarizados aos autores deste trabalho. O período de investigação foi delimitado entre os anos de 2013 e 2023. A estratégia de busca envolveu a combinação de diversas palavras-chave pertinentes à problemática estudada. As palavras-chave utilizadas na busca foram: “exercícios de kegel”, “fisioterapia” e “incontinência urinária”.
Para a seleção dos artigos, foi estabelecido que estes deveriam estar acessíveis gratuitamente, disponíveis na íntegra e redigidos nos idiomas previamente definidos, abordando exclusivamente a temática do exercício de Kegel como parte da fisioterapia no tratamento da incontinência urinária por esforço em mulheres. Os principais estudos identificados foram compilados em uma planilha, facilitando a organização e análise dos dados, com registro de informações como autoria, ano de publicação, título e objetivo central.
A busca inicial foi realizada de forma colaborativa pelos autores, com posterior refinamento de cada etapa da metodologia adotada, mediante a aplicação criteriosa dos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos
Na seleção dos estudos para esta revisão, optou-se por incluir apenas aqueles que atendiam aos critérios predefinidos. Dessa forma, foram considerados para inclusão os estudos que abordavam especificamente o exercício de Kegel como parte integrante da fisioterapia no tratamento da incontinência urinária por esforço em mulheres. Além disso, os artigos selecionados deveriam estar disponíveis gratuitamente, publicados integralmente e escritos nos idiomas previamente estabelecidos, ou seja, português e inglês. Esses critérios foram estabelecidos para garantir a relevância e consistência dos estudos incluídos na revisão, bem como facilitar a compilação e análise dos dados.
Na definição dos critérios de exclusão, foram descartados os estudos que não se alinhavam diretamente com o foco da pesquisa. Assim, foram excluídos os trabalhos que tratavam de outras condições além da incontinência urinária por esforço em mulheres, bem como aqueles que não abordavam o exercício de Kegel como parte da fisioterapia. Além disso, foram desconsiderados os artigos publicados em idiomas diferentes dos previamente estabelecidos (português e inglês), capítulos de livros, resumos científicos, teses, dissertações, editoriais, cartas ao editor e anais de congressos. Esses critérios foram aplicados rigorosamente para garantir a consistência e relevância dos estudos incluídos na revisão, promovendo assim uma análise precisa e coerente dos dados disponíveis na literatura.
Como um meio de estruturar e organizar as ideias desta pesquisa, optamos por resumir estas informações através de uma Tabela PICO (Problema, Intervenção, Comparação e Resultado) para proporcionar uma visão clara e concisa da pergunta de pesquisa.
Tabela 1 – Tabela PICO
ACRÔNIMO | DESCRIÇÃO |
P – População | Pacientes adultos afetados por incontinência urinária |
I – Intervenção | Fisioterapia com exercícios de Kegel |
C – Controle | (Não aplicável, pois não há comparação direta) |
O – Desfecho | Melhoria dos sintomas de incontinência urinária, incluindo redução da frequência de episódios de perda de urina e melhoria da qualidade de vida relacionada à saúde. |
Figura 1 – Diagrama de Revisão: Critérios de Pesquisa, Número de Artigos Selecionados, Excluídos em Cada Etapa e Incluídos
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao analisar os estudos apresentados, é possível identificar uma variedade de abordagens e métodos utilizados para investigar a eficácia de intervenções relacionadas ao tratamento de disfunções do assoalho pélvico, como prolapso dos órgãos pélvicos, incontinência urinária e melhoria da função dos músculos do assoalho pélvico. Cada estudo contribui com perspectivas únicas, fornecendo uma compreensão valiosa sobre diferentes modalidades de tratamento e suas repercussões.
O estudo de Burgio et al. (2013) destaca a eficácia do treinamento individualizado dos músculos do assoalho pélvico no alívio dos sintomas de prolapso em mulheres. Por outro lado, Chen et al. (2023) comparam duas abordagens distintas, a estimulação elétrica do nervo pudendo e o treinamento ativo dos músculos do assoalho pélvico, no tratamento da incontinência urinária pós-prostatectomia radical em homens.
Enquanto Diaz-Mohedo et al. (2023) investigam a atividade eletromiográfica da musculatura do assoalho pélvico durante a realização de diferentes exercícios, Mikus et al. (2022) comparam os exercícios de Kegel com a inervação magnética extracorpórea no tratamento da incontinência urinária de esforço.
Além disso, há estudos como o de Knorn et al. (2020), que propõem um método inovador de detecção da posição durante a realização de exercícios de Kegel, e o de Nakib et al. (2024), que avaliam a eficácia da mecanoterapia durante o treinamento dos músculos do assoalho pélvico.
Ressalta-se também a importância de intervenções simples, como os exercícios de Kegel combinados com terapia comportamental, como evidenciado nos estudos de Rutledge et al. (2014), Wang, Xu e Yuan (2023) e Zhang et al. (2023), que demonstram melhorias significativas na incontinência urinária e na qualidade de vida.
Cada estudo fornece contribuições valiosas para o entendimento e o tratamento das disfunções do assoalho pélvico, destacando a diversidade de abordagens e a necessidade contínua de pesquisa para aprimorar as práticas clínicas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A variedade de métodos e resultados destaca a complexidade dessas condições e a importância de uma abordagem multifacetada e individualizada para o tratamento.
Tabela 1 – Literaturas selecionadas na revisão
AUTOR/ANO | OBJETIVO | AMOSTRA | PRINCIPAIS RESULTADOS | CONCLUSÃO |
BURGIO,. 2013. | O estudo tem como objetivo avaliar a eficácia do treinamento dos músculos do assoalho pélvico no tratamento de mulheres com prolapso dos órgãos pélvicos. | O estudo incluiu mulheres com prolapso sintomático de estágio I, II ou III, confirmado por avaliação objetiva. | As mulheres que receberam treinamento individualizado dos músculos do assoalho pélvico relataram menos sintomas de prolapso do que aquelas no grupo controle. A diferença entre os grupos foi significativa tanto aos 6 meses (diferença entre os grupos na mudança em relação ao início 2,84, 95% IC 2,05–3,63) quanto aos 12 meses (1,52, 0,42–2,59), que foi o desfecho primário do estudo. Além disso, a intervenção resultou em menos mulheres procurando tratamento adicional e relatando uma percepção de melhora nos sintomas de prolapso. | O treinamento dos músculos do assoalho pélvico mostrou-se eficaz no alívio dos sintomas de prolapso em mulheres com prolapso dos órgãos pélvicos. Apesar de algumas limitações, como a falta de efeitos significativos nas medidas objetivas de prolapso, os resultados indicam a importância desse tipo de intervenção no tratamento do prolapso e sugerem a necessidade de encaminhamento de mulheres para fisioterapeutas especializados em saúde da mulher. |
CHEN et al., 2023. | Comparar a eficácia da estimulação elétrica do nervo pudendo (EPNS) com o treinamento ativo dos músculos do assoalho pélvico (PFMT) no tratamento da incontinência urinária pós-prostatectomia radical (PPUI). | Um total de 90 homens elegíveis será aleatoriamente alocado em dois grupos. O grupo de tratamento (n=45) receberá EPNS, enquanto o grupo controle realizará PFMT, incluindo o exercício de Kegel. | O principal resultado será a taxa de melhoria, enquanto os resultados secundários incluirão o número de absorventes utilizados, o teste de absorvente de 24 horas e a avaliação da qualidade de vida e satisfação por meio do questionário International Consultation on Incontinence Questionnaire-Urinary Incontinence Short Form. | O estudo visa fornecer evidências comparativas sobre a eficácia da EPNS em relação ao PFMT no tratamento da PPUI. Os resultados serão utilizados para informar as melhores práticas clínicas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes submetidos à prostatectomia radical. |
Tabela 1 – Literaturas selecionadas na revisão (continuação)
AUTOR/ANO | OBJETIVO | AMOSTRA | PRINCIPAIS RESULTADOS | CONCLUSÃO |
DIAZ-MOHEDO et al., 2023. | Avaliar a atividade eletromiográfica (EMG) da musculatura do assoalho pélvico (MAP) durante a realização do exercício de tela de movimento funcional (FMS), comparando-a com a ativação na contração voluntária máxima da MAP na posição supina (CVMSP) e em pé (CVM-EP). | O estudo foi descritivo e observacional, realizado em duas fases. Na primeira fase, a atividade EMG basal da MAP foi medida na posição supina e em pé durante a CVM-SP e CVMEP e durante a execução dos sete exercícios que compõem o FMS. Na segunda fase do estudo, a atividade EMG basal da MAP foi medida na posição supina e em pé durante a CVM-SP e CVM-EP e durante o exercício do FMS que produziu maior atividade EMG na fase piloto: flexão de tronco com estabilidade (PU). | Todos os exercícios do FMS realizados na fase piloto mostraram um valor abaixo de 100% da contração voluntária máxima (CVM), exceto o PU, que apresentou um valor médio de 101,3 µv (DP = 54,5): 112% da CVM (DP = 37,6). Na segunda fase do estudo, observou-se que não houve diferenças significativas (p = 0,087) entre os três exercícios realizados: CVM-SP, CVMEP e PU (39,2 µv (DP = 10,4), 37,5 µv (DP = 10,4) e 40,7 µv (DP = 10,2), respectivamente). | Não há evidência da existência de diferenças significativas na ativação EMG da MAP entre os três exercícios analisados: CVMSP, CVM-EP e PU. Os resultados mostram melhores valores de EMG no exercício funcional de PU. |
KNORN et al., 2020. | Este estudo propõe um método online, baseado em dados, para detectar em que posição (deitada ou em pé) uma mulher está realizando exercícios de Kegel a partir de medidas coletadas com um array de sensores de pressão vaginal. | Os dados de pressão foram coletados com o sensor de pressão vaginal de mulheres que realizavam exercícios de Kegel através de um aplicativo móvel dedicado, controlado pela contração dos músculos do assoalho pélvico. | Os padrões de pressão vaginal variam conforme a mulher está deitada ou em pé durante os exercícios de Kegel. Modelos individuais para cada paciente permitem a detecção precisa da posição humana online, com taxas de erro baixas (até 1% de falsos positivos e 4% de falsos negativos). No entanto, a eficácia da detecção pode diminuir significativamente ao usar o mesmo classificador para diferentes mulheres, com taxas de até 95% de falsos positivos. | Este estudo demonstra que é possível detectar com precisão a posição humana durante a realização de exercícios de Kegel usando um array de sensores de pressão vaginal e um método baseado em dados. No entanto, a eficácia da detecção pode variar entre pacientes e pode ser necessário treinar modelos individuais para obter resultados precisos. |
Tabela 1 – Literaturas selecionadas na revisão (continuação)
AUTOR/ANO | OBJETIVO | AMOSTRA | PRINCIPAIS RESULTADOS | CONCLUSÃO |
MIKUŠ et al., 2022. | O estudo visou estimar a eficácia dos exercícios de Kegel em comparação com a inervação magnética extracorpórea (EMI) no tratamento da incontinência urinária de esforço (IUE). | Foi realizado um ensaio clínico randomizado em grupo paralelo no Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Centro Hospitalar Clínico Zagreb, Croácia. Um total de 117 pacientes consecutivas com sintomas de IUE foram avaliadas para elegibilidade, das quais 94 mulheres compuseram a população do estudo, randomizadas em dois grupos: Grupo Kegel (N = 48) e Grupo EMI (N = 46). | Após 8 semanas de acompanhamento, os valores de pressão intravaginal no grupo EMI foram de 30,45 cmH2O em comparação com o grupo Kegel, cujos valores foram de 23,50 cmH2O (p = 0,001). Após 3 meses de acompanhamento, a diferença ainda foi observada entre os grupos (p = 0,001). Após o término do tratamento e 3 meses de acompanhamento, os valores dos questionários ICIQ-UI SF e ICIQLUTSqol no grupo EMI foram menores do que no grupo Kegel (p < 0,001). A satisfação com o tratamento foi globalmente melhor no grupo EMI do que no grupo Kegel (p < 0,001). | Pacientes tratadas com EMI apresentaram um menor número de episódios de incontinência, uma melhor qualidade de vida e uma maior satisfação geral com o tratamento do que pacientes que realizaram os exercícios de Kegel. |
NAKIB et al., 2024. | Avaliar a eficácia da mecanoterapia fornecida pelo dispositivo intravaginal Flyte® durante o treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP). | Participaram do estudo 144 indivíduos. O grupo A (72 participantes) recebeu mecanoterapia completa (Parte 1 e Parte 2) por 12 semanas, enquanto o grupo B (72 participantes) recebeu apenas a Parte 1 por 6 semanas e depois passou para a terapia completa. | Houve uma redução significativa no peso do absorvente de 24 horas (PA24) após 6 semanas (p=<0.0001), com uma redução adicional entre 6 e 12 semanas (p=<0.0001). A redução foi observada em todos os grupos de gravidade da SUI (leve p=<0.0001, moderada p=<0.0001, grave p=<0.01). A qualidade de vida também melhorou significativamente após 6 e 12 semanas. | A mecanoterapia de duas partes melhorou significativamente o peso do absorvente de 24 horas e a qualidade de vida em todos os níveis de gravidade da SUI. Essas melhorias foram observadas em apenas 2 semanas e parecem ser sustentadas após um acompanhamento de 2 anos. |
Tabela 1 – Literaturas selecionadas na revisão (continuação)
AUTOR/ANO | OBJETIVO | AMOSTRA | PRINCIPAIS RESULTADOS | CONCLUSÃO |
PORTA-RODA et al., 2015. | Comparar a eficácia e segurança dos exercícios de Kegel realizados com ou sem esferas vaginais como tratamento para mulheres com incontinência urinária. | Mulheres participaram de um ensaio clínico controlado, randomizado e aberto, em grupo paralelo e multicêntrico. Elas foram alocadas para um programa de treinamento dos músculos do assoalho pélvico, consistindo em exercícios de Kegel realizados duas vezes ao dia, cinco dias por semana em casa, durante seis meses, com esferas vaginais, ou para o mesmo programa sem as esferas. | O principal desfecho foi a relato das mulheres sobre incontinência urinária aos 6 meses, utilizando o Questionário Internacional de Consulta sobre Incontinência – Formulário Curto (ICIQUI-SF). As medidas de resultado secundárias incluíram o teste do absorvente de uma hora, o Questionário de Saúde do Rei (KHQ) e uma escala Likert de cinco pontos para avaliação subjetiva. A adesão foi medida com o teste de Morisky-Green. | Ambos os tratamentos melhoraram a incontinência urinária, mas mulheres que realizaram os exercícios com esferas vaginais mostraram uma melhora mais precoce. As esferas vaginais foram bem toleradas e seguras. |
RUTLEDGE et al, 2014. | Anteriormente relataram altas taxas de incontinência urinária entre sobreviventes de câncer ginecológico e objetivamos avaliar a eficácia de uma intervenção simples para o tratamento da incontinência urinária nessa população. | Recrutaram 40 sobreviventes de câncer ginecológico que relataram incontinência urinária em um questionário validado. As mulheres foram randomizadas para receber treinamento muscular do assoalho pélvico/terapia comportamental (grupo de tratamento) ou cuidados habituais (grupo controle). | Neste estudo, a maioria dos participantes tinha em torno de 57 anos e histórico de câncer uterino. Após três meses, 80% do grupo que recebeu tratamento e 40% do grupo de controle relataram melhora significativa na incontinência urinária. Os escores de Brink também melhoraram significativamente no grupo de tratamento em comparação com o grupo de controle (p < 0,0001), e a aderência ao tratamento foi alta, com o grupo de tratamento realizando exercícios em média 22 dias por mês. | A incontinência urinária afeta negativamente a qualidade de vida, e apesar de uma alta prevalência entre os sobreviventes de câncer ginecológico, muitas vezes é subavaliada e subtratada. Encontramos uma intervenção simples que incluiu treinamento muscular do assoalho pélvico e terapia comportamental, que melhorou significativamente a incontinência urinária dos sobreviventes de câncer. |
Tabela 1 – Literaturas selecionadas na revisão (continuação)
AUTOR/ANO | OBJETIVO | AMOSTRA | PRINCIPAIS RESULTADOS | CONCLUSÃO |
WANG; XU; YUAN, 2023. | Explorar o efeito do exercício de Kegel combinado com um aparelho terapêutico para feedback eletromiográfico na função da bexiga em pacientes com lesão na bexiga durante a reabilitação. | Foram selecionados dados clínicos de 156 pacientes com lesão na bexiga admitidos no Centro Médico de Wuxi da Universidade Médica de Nanjing nos últimos 2 anos para análise retrospectiva. Os pacientes foram divididos em grupo de referência (RG, exercício de Kegel, n = 83) e grupo de estudo (SG, exercício de Kegel combinado com um aparelho terapêutico para feedback eletromiográfico, n = 73) de acordo com diferentes programas de reabilitação. | Comparados com o RG, o SG apresentou volume de urina residual na bexiga, frequência diária de micção, pressão detrusora no final do período de enchimento e pressão do ponto de escape da detrusora notavelmente mais baixos (todos p < 0,001); volume urinário em cada micção e volume máximo da bexiga notavelmente maiores (todos p < 0,001) e pontuações de ansiedade hospitalar e depressão hospitalar (HADS-A e HADS-D) significativamente menores após o tratamento (todos p < 0,001). | A aplicação do exercício de Kegel combinado com um aparelho terapêutico para feedback eletromiográfico durante a reabilitação de pacientes com lesão na bexiga pode melhorar efetivamente as condições de micção, a função da bexiga e os estados de humor dos pacientes. Além disso, pode garantir o retorno à vida normal dos pacientes e melhorar sua qualidade de vida. |
WU et al., 2023. | A disfunção do assoalho pélvico (DAP) é altamente prevalente entre as mulheres. A ultrassonografia do assoalho pélvico (UAP) é um método crítico para avaliar a DAP. Este estudo examinou o conhecimento, atitudes e práticas (CAP) de mulheres em idade fértil em relação à DAP e UAP. | Este estudo transversal foi realizado entre 18 de agosto de 2022 e 20 de setembro de 2022, em Sichuan, China. Um total de 504 mulheres em idade fértil participaram deste estudo. Um questionário autoadministrado foi desenvolvido para avaliar o CAP em relação à DAP e UAP. | O estudo revelou que, embora os participantes tenham demonstrado um bom conhecimento sobre os sintomas, riscos e danos da disfunção do assoalho pélvico (DAP), seu entendimento sobre os benefícios da ultrassonografia do assoalho pélvico (UAP), tipos de UAP e exercícios de Kegel foi limitado. Pontuações elevadas de conhecimento e atitude foram associadas a melhores práticas. Fatores como nunca ter engravidado, consumo de álcool e falta de diagnóstico de DAP foram associados a práticas inadequadas. | Mulheres em idade fértil em Sichuan, China, mostraram conhecimento moderado, atitude positiva e boas práticas em relação à DAP e UAP. Conhecimento, atitude, história de gravidez, consumo de álcool e diagnóstico de DAP estão associados à prática. |
Tabela 1 – Literaturas selecionadas na revisão (continuação)
AUTOR/ANO | OBJETIVO | AMOSTRA | PRINCIPAIS RESULTADOS | CONCLUSÃO |
ZHANG et al., 2023. | Investigar os efeitos clínicos do exercício de Kegel combinado com terapia racional emotiva comportamental (REBT) na função dos músculos do assoalho pélvico, estilo de enfrentamento médico e qualidade de vida sexual após histerectomia total. | Um total de 91 pacientes foram coletadas neste estudo: 39 pacientes no grupo Kegel (receberam apenas o exercício de Kegel) e 52 pacientes no grupo de combinação (receberam o exercício de Kegel combinado com REBT). Foi realizada uma pontuação de propensão (PSM) com uma proporção de 1:1 para evitar o viés de seleção. Após PSM, 35 pacientes estavam em cada grupo (combinação vs Kegel). | A taxa normal de músculos do assoalho pélvico no grupo de combinação foi significativamente maior do que no grupo Kegel (88,57% vs 54,29%, P = .041). Após a cirurgia, a pontuação de confronto foi maior, enquanto as pontuações de evitação e aceitaçãoresignação foram menores no grupo de combinação em comparação com aquelas no grupo Kegel. A pontuação total pós-operatória do FSFI e as pontuações de todas as dimensões foram maiores no grupo de combinação do que no grupo Kegel. | Em pacientes com histerectomia total, o exercício de Kegel combinado com REBT pode melhorar significativamente a função dos músculos do assoalho pélvico, o estilo de enfrentamento médico e a qualidade de vida sexual. Portanto, é digno de aplicação clínica. |
6 CONCLUSÃO
Com base nos estudos apresentados, é evidente que as disfunções do assoalho pélvico, como a incontinência urinária e o prolapso de órgãos pélvicos, representam desafios significativos para a saúde e a qualidade de vida das pessoas. Autores como Knorn et al. (2020), Porta-Roda et al. (2015), e Rutledge et al. (2014) ressaltam a importância fundamental dos músculos do assoalho pélvico na sustentação dos órgãos internos e destacam os diversos fatores que podem contribuir para o enfraquecimento desses músculos.
A incontinência urinária, em particular, emerge como uma questão de saúde pública global, afetando milhões de pessoas em todo o mundo, como indicado por Nakib et al. (2024) e Chen et al. (2023). Além do impacto econômico associado, a incontinência urinária tem repercussões significativas na vida social, emocional e nos relacionamentos interpessoais dos pacientes, conforme destacado por Chen et al. (2023).
A avaliação precisa da anatomia e função do assoalho pélvico é crucial para diagnosticar e tratar esses problemas de forma eficaz, como apontado por Wu et al. (2023). Métodos de tratamento como o treinamento dos músculos do assoalho pélvico, terapia comportamental e dispositivos de terapia mecânica são comuns e eficazes, como evidenciado por Rutledge et al. (2014), Mikuš et al. (2022) e Nakib et al. (2024).
No entanto, apesar da eficácia dessas abordagens, persistem desafios, incluindo a adesão dos pacientes aos tratamentos, conforme observado por Burgio et al. (2013) e Chen et al. (2023). Nesse sentido, estratégias inovadoras, como a gamificação dos exercícios de Kegel, surgem como uma promissora forma de aumentar a adesão e melhorar os resultados do tratamento, como sugerido por Knorn et al. (2020).
Em suma, destaca-se a importância dos músculos do assoalho pélvico, aborda questões relacionadas à incontinência urinária e outras disfunções associadas, e explora abordagens inovadoras para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Ao continuar a pesquisa nessa área e desenvolver novas estratégias de tratamento, pode-se avançar na promoção da saúde física, emocional e social das pessoas afetadas por esses problemas. Os estudos apresentados fornecem uma visão abrangente das diversas modalidades de tratamento e suas repercussões, destacando a necessidade contínua de uma abordagem multifacetada e individualizada para o tratamento das disfunções do assoalho pélvico.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BURGIO, K. L. Pelvic floor muscle training for pelvic organ prolapse. The Lancet, Nov. 2013.
CHEN, S. et al. Efficacy of electrical pudendal nerve stimulation versus pelvic floor muscle training in treating postradical prostatectomy urinary incontinence: study protocol for a randomised controlled trial. BMJ Open, v. 13, 2023.
DIAZ-MOHEDO, E. et al. Functional Exercise Versus Specific Pelvic Floor Exercise: Observational Pilot Study in Female University Students. Healthcare, V. 11, 2023.
KNORN, S. et al. Online, data-driven, detection of human position during Kegel exercising. IFAC PapersOnLine, v. 53, n. 2, 2020.
MIKUŠ, M. et al. Efficacy Comparison between Kegel Exercises and Extracorporeal Magnetic Innervation in Treatment of Female Stress Urinary Incontinence: A Randomized Clinical Trial. Medicina, v. 58, n. 1863, 2022.
NAKIB, N. et al. Randomized trial of mechanotherapy for the treatment of stress urinary incontinence in women. Therapeutic Advances in Urology, v. 16, p. 1-14, 2024.
PORTA-RODA, O. et al. Effect of Vaginal Spheres and Pelvic Floor Muscle Training in Women With Urinary Incontinence: A Randomized, Controlled Trial. Neurourology and Urodynamics, v. 34, n. 6, p. 533-538, 2015.
RUTLEDGE, T. L. et al. A pilot randomized control trial to evaluate pelvic floor muscle training for urinary incontinence among gynecologic cancer survivors. Gynecologic Oncology, v. 132, p. 154-158, 2014.
WANG, B.; XU, X.; YUAN, P. Effect of Kegel Exercise Combined with a Therapeutic Apparatus for Electromyographic Feedback on Bladder Function in Patients with Bladder Injury during Rehabilitation. Archivos Españoles de Urología, v. 76, n. 6, p. 436-444, 2023.
WU, X. et al. Knowledge, attitudes, and practice of pelvic floor dysfunction and pelvic floor ultrasound among women of childbearing age in Sichuan, China. Front. Public Health, v. 11, 2023.
ZHANG, M. et al. Effects of Kegel exercise combined with rational emotive behavior therapy on pelvic floor muscle function and sexual life quality in patients with total hysterectomy: A retrospective study. Medicine, v. 102, n. 52, 2023