O PAPEL DO ENFERMEIRO PARA OS CUIDADOS DO DIABETES MELLITUS GESTACIONAL EM USF DO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA – BAHIA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202411152243


Valmirete Souza Dos Santos
Orientador: Prof. Paulo Rogério Menezes De Almeida


RESUMO

Durante a gravidez a mulher estará suscetível a ocorrência de várias adaptações hormonais que podem interferir no metabolismo dos carboidratos, podendo resultar no desencadeamento do DMG. Neste sentido objetivou-se descrever os cuidados da enfermagem para uma assistência de qualidade às mulheres com DMG na atenção primária a saúde. Este estudo trata-se de uma revisão da literatura descritiva, sendo selecionados artigos indexados nas bases de dados BVS e LILACS, utilizando os descritores: Diabetes; Enfermagem; Gravidez e seus correspondentes na língua inglesa entre os anos de 2017 a 2023, excluindo aqueles que não se adequavam ao tema proposto. Os resultados desta revisão demonstram a necessidade de compreender a prevenção e o controle do DMG para humanizar o atendimento e tornar os serviços prestados cada vez mais benéficos às gestantes. Portanto, promover, curar e melhorar a saúde, desenvolver estratégias para atenuar complicações e propor formas de prevenir esse distúrbio metabólico, encaminhar as gestantes para níveis adequados de acompanhamento com base na sua classificação de risco são responsabilidades dos profissionais de enfermagem às gestantes com DMG.

Palavras-chave: Diabetes. Enfermagem. Gravidez.

ABSTRACT

During pregnancy, women will be susceptible to the occurrence of several hormonal adaptations that can interfere with carbohydrate metabolism, which may result in the triggering of GDM. In this sense, the objective was to describe nursing care for quality care for women with GDM in primary health care. This study is a descriptive literature review, selecting articles indexed in the VHL and LILACS databases, using the descriptors: Diabetes; Enfermagem; Gravidez and its correspondents in the English language between the years 2017 and 2023, excluding those that did not fit the proposed theme. The results of this review demonstrate the need to understand the prevention and control of GDM to humanize care and make the services provided increasingly beneficial to pregnant women. Therefore, promoting, curing and improving health, developing strategies to mitigate complications and proposing ways to prevent this metabolic disorder, referring pregnant women to appropriate levels of monitoring based on their risk classification are the responsibilities of nursing professionals to pregnant women with GDM.

Keywords: Diabetes. Nursing. Regnancy

1. INTRODUÇÃO

A O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é caracterizado pela hiperglicemia, isto acontece pela falta da insulina ou pela atuação ocasionando distúrbio metabólico como proteínas, eletrólitos, carboidratos, água e lipídios. Em 2010, o Ministério da Saúde do Brasil, no documento da gestação, deixou claro que o rastreamento da glicemia aconteça na primeira consulta do pré-natal e seja feito em jejum, além disso, observar os fatores de risco que a gestante possui para ser uma pré-diabética ou portadora do DMG, bem como a avaliação de fatores de risco da gestante. (Zajdenverg et al, 2022).

De acordo com estudos científicos, durante a gravidez, a mulher passa por adaptação do organismo, o que faz ocorrer adaptação hormonal, permitindo o desenvolvimento do bebê. Esses hormônios desempenham um papel importante na ação da insulina, que é responsável por captar e utilizar a glicose pelo corpo. No entanto, em algumas mulheres, esse processo não ocorre adequadamente, levando ao aumento dos níveis de glicose no sangue e ao desenvolvimento do diabetes gestacional. Quando o bebê é exposto a altos níveis de glicose no útero, há um risco aumentado de crescimento fetal excessivo, o que pode ter um impacto significativo na vida adulta, incluindo o desenvolvimento de DMG e obesidade, visto que este é um problema para tratar na sociedade (Montenegro, 2023).

Dessa forma, a enfermagem trabalha para a prevenção e controle dessa síndrome, oferecendo educação por meio de palestras, simulações e conscientização sobre o impacto dessa doença no organismo. Além disso, ensina sobre os cuidados necessários no tratamento ou prevenção dessa patologia, incluindo a realização de medições glicêmicas. É importante que as gestantes conheçam o padrão normal da glicose e saibam identificar quando ela está descompensada. As consultas devem ser acolhedoras, permitindo que as gestantes se sintam à vontade para fazer perguntas e obter respostas esclarecedoras sobre o DMG e a gravidez (Neves et al., 2022).

O enfermeiro também deve estar habilitado para orientar sobre o risco do sedentarismo e fornecer orientações sobre atividades físicas adequadas e alimentação saudável durante a gravidez. Além disso, é necessário esclarecer às mulheres com DMG que o pré-natal é considerado de alto risco, orientando a realização de exames e consultas e encaminhando-as para centros especializados para continuidade do tratamento e acolhimento no momento do parto (Santos et al., 2020). O objetivo deste trabalho é melhorar a compreensão do papel do enfermeiro nos cuidados do diabetes mellitus gestacional na Unidade de Saúde da Família (USF) do município de Feira de Santana.

O diabetes, assim como a hipertensão, é um problema de saúde pública. São uma das maiores epidemias que requerem atenção dos profissionais de saúde, conscientizando as mães sobre a relevância do tema para o tratamento e sobre os riscos associados à doença. O conhecimento correto para o diagnóstico precoce reduz os riscos maternos e fetais, permitindo uma gravidez saudável que minimiza os riscos maternos e fetais o que justifica a importância deste estudo para a sociedade.

Essa patologia, na maioria das vezes, é diagnosticada pelo enfermeiro. Por isso, ele deve estar sempre atento aos primeiros sinais e destacar a importância do rastreamento da glicemia em jejum na primeira consulta de pré-natal, bem como a avaliação de fatores de risco, como idade superior a 25 anos, IMC > 25 kg/m², antecedentes familiares de DMG, antecedentes obstétricos, macrossomia ou polidrâmnio, óbito fetal, malformação fetal, uso de corticoides, síndrome dos ovários policísticos, hipertensão arterial crônica e ganho de peso excessivo (Oliveira, 2016; Brasil, 2012). Assim, o presente trabalho tem a finalidade de descrever a compreensão do papel do enfermeiro nos cuidados do diabetes mellitus gestacional, assunto relevante para o mundo acadêmico, afim de se expandir maior conhecimento entre os profissionais.

O objetivo principal deste trabalho é compreender o acompanhamento do enfermeiro com gestantes pré-diabéticas ou portadoras de diabetes em uma USF do município de Feira de Santana, Bahia. Para alcançar esses objetivos gerais, temos os objetivos específicos de verificar como ocorre o atendimento de gestantes pré-diabéticas e diabéticas, analisar o atendimento em relação aos documentos preconizados e descobrir a importância de uma equipe multidisciplinar no controle e prevenção do DMG. Dessa forma, foi realizada uma entrevista com o enfermeiro responsável pelo acompanhamento de gestantes portadoras de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), seguindo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2021-2022.

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo principal deste trabalho é descrever os cuidados da enfermagem para uma assistência de qualidade às mulheres com DMG na atenção primária a saúde.

2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS

  • Verificar como ocorre o atendimento de gestantes pré-diabéticas e com DMG na Unidade de Saúde da Família do Município de Feira de Santana;
  • Analisar o atendimento para verificar se está de acordo com os documentos preconizados;
  • Descobrir a importância de uma equipe multidisciplinar no controle e prevenção do DMG.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 DIABETES MELLITUS

O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica que ocorre pela descompensação, ocasionando distúrbio metabólico. Esses fatores levam consequentemente à hiperglicemia. Dentro dessa doença, podem ser encontrados os subtipos Diabetes Mellitus tipo I, tipo II e Diabetes Mellitus gestacional. O DMG é considerado quando a doença é diagnosticada pela primeira vez durante o curso da gravidez, ocorrendo a partir das vinte semanas de gestação. Esse tipo de diabetes perdura até depois do parto, sendo definido como diabetes mellitus gestacional. Essa patologia é responsável por altos índices de morbidade perinatal, como macrossomia e malformações fetais (BRASIL, 2017).

No período gestacional, o corpo da mulher passa por inúmeras mudanças fisiológicas, incluindo mudanças hormonais. A placenta produz uma grande quantidade de hormônios, como estrogênio, progesterona e somatomamotrofina coriônica humana, para promover o crescimento fetal. Porém, desequilíbrios hormonais ou produção insuficiente de insulina pelas células pancreáticas podem dificultar a quebra da glicose e levar à hiperglicemia. Isso ocorre principalmente nos dois últimos trimestres da gravidez devido ao crescimento placentário e à resistência à insulina. Quando a produção de insulina é insuficiente para atender às necessidades, a mulher desenvolve diabetes mellitus gestacional (Possa; Oliveira, 2019).

Durante o curso da gravidez o feto utiliza em torno de 6 mg/kg/min, por esse motivo a gravida depende de outras fontes de energias, fazendo com que o organismo materno faça quebras lipólise metaboliza ácidos graxos, triacilglicerol usando como fontes de energias. O outro método alternativo utilizado pelo organismo como forma de compensação é a rápida redução da glicose no plasma materno e a realização da gliconeogênese, que é a glicose produzida pelos aminoácidos, ácido lático e glicerol (Silva et al., 2023).

3.2 DIABETES MELITUS NO PERIODO GESTACIONAL

Em comparação com gestações sem Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), as gestações com DMG apresentam maior ocorrência de complicações clínicas maternas. Essas complicações incluem vários resultados negativos para o bebê antes e depois do nascimento, como defeitos congênitos, peso excessivo ao nascer, sofrimento fetal, distúrbios metabólicos, parto prematuro, contagem elevada de glóbulos vermelhos, icterícia e outras complicações. É importante notar que a maioria dos resultados relacionados à gravidez estão associados ao controle inadequado dos níveis de açúcar no sangue materno durante o período crítico do desenvolvimento dos órgãos, que ocorre entre a quarta e a oitava semanas de desenvolvimento embrionário. A investigação científica localizada que o desenvolvimento da DMG é influenciado por vários fatores, incluindo fatores geográficos, étnicos e raciais, bem como fatores de risco específicos diretamente associados à doença, como o sobrepeso, índice de massa corporal elevado e obesidade, idade materna avançada, histórico familiar e hipertensão arterial (Possa; Oliveira, 2019).

Quando aproximadamente 15% das gestantes com diagnóstico de diabetes mellitus gestacional (DMG) não alcançam o controle glicêmico em duas semanas, a intervenção farmacológica torna-se necessária. Conforme recomendação da Sociedade Brasileira de Diabetes, a abordagem inicial é a insulinoterapia subcutânea, sendo a Protamina Neutra Hagedorn e a insulina regular como opções mais utilizadas (Brasil, 2023).

No entanto, este método de tratamento pode ser desafiador e menos favorecido pelos pacientes. Embora alguns especialistas sugiram a interrupção do uso de medicamentos antidiabéticos orais, outros propõem como alternativa. Notavelmente, a glibenclamida e a metformina surgiram como opções terapêuticas, com estudos recentes mostrando análises à insulina. Dos dois, a Metformina é mais amplamente utilizada devido ao seu perfil de segurança superior (Silva et al., 2023).

Garantir a monitorização e o diagnóstico adequado do DGM é crucial não apenas para prevenir complicações durante a gravidez, mas também para preservar a saúde e o bem-estar das pacientes a longo prazo. Além disso, o tratamento medicamentoso eficaz para a hiperglicemia desempenha um papel vital na mitigação dos efeitos nocivos da doença. Ao implementar estas medidas corretamente, podemos poupar recursos valiosos de saúde pública, uma vez que abordar o tratamento é mais rentável do que lidar com as consequências da DMG não tratadas (Bomfim et al., 2022a).

Além disso, ter um conhecimento abrangente das administrações medicamentosas e não medicamentosas nos permite manter os níveis glicêmicos maternos normais e reduzir a ocorrência de efeitos adversos tanto para a mãe como para o feto. No entanto, a prevenção continua a ser uma abordagem mais eficaz e deve ser priorizada na sociedade atual, dada a prevalência crescente da DMG e a sua associação com doenças subsequentes (Possa; Oliveira, 2019).

3.3 O PAPEL DO ENFERMEIRO NO DMG

Após a confirmação da gravidez, o cadastro no sisprenatal é realizado para iniciar o acompanhamento da gestante. Durante as consultas pré-natais, o acolhimento é fundamental para evitar problemas e garantir a saúde tanto da mãe quanto do filho. Além disso, são realizadas ações de promoção e prevenção da saúde, diagnóstico e tratamento adequado, esclarecimento de dúvidas e apoio aos familiares. O acolhimento não se limita a um espaço físico, mas é uma postura ética e solidária que deve estar presente em todos os momentos da atenção à saúde. O profissional de enfermagem desempenha um papel importante nesse processo, estabelecendo um vínculo estreito e uma conexão significativa entre o cliente e o profissional (SOUZA,2023). Com isso Bomfim et al. (2022a) concluíram que:

A assistência de enfermagem é de extrema importância a gestante que descobre no pré-natal a diabetes, a mesma passa a ser avaliada para um pré- natal de alto risco devido a possíveis complicações causadas pela doença a mãe e ao bebê, o enfermeiro atua orientando uma dieta mais saudável, estimulando a pratica de atividades físicas, realizando controle glicêmico, acompanhando as consultas subsequentes do pré-natal, com isso auxiliando a gestante a minimizar os danos causados pela doença. Porém ainda se faz necessários mais estudos acerca da temática para pautar praticas mais inovadoras de cuidado a gestante, principalmente de rede pública de saúde (Bomfim et al., 2022a, p. 4).

No contexto da gestação, o enfermeiro desempenha um papel fundamental na detecção de sinais de alterações glicêmicas e situações de risco. Através da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), ele pode identificar esses riscos e elaborar um plano de ação personalizado para gestantes com diabetes gestacional. Isso inclui a prescrição de cuidados específicos, como controle glicêmico, orientações sobre alimentação saudável, estímulo à prática de atividade física e reforço da importância das consultas médicas regulares. Essas medidas são essenciais para garantir a saúde e bem- estar tanto da mãe quanto do bebê ao longo de toda a gestação.

Adotar hábitos de vida saudáveis, como uma alimentação balanceada e controlada, e praticar atividades físicas regulares também fazem parte das medidas recomendadas. Além disso, é importante consultar regularmente o médico para ajustar a dosagem de insulina durante a gestação, já que ela varia ao longo desse período. Para garantir um cuidado abrangente, os enfermeiros devem priorizar a assistência integral ao indivíduo e envolver a família nesse processo. Dessa forma, eles atuarão na prevenção, detecção precoce e controle dos avanços naturais da patologia, contribuindo para uma gestação saudável para mulheres com diabetes (LIMA, et al., 2021).

Conforme o Ministério da Saúde (2006), é possível que uma mulher portadora de diabetes tenha uma gestação saudável se seguir algumas precauções importantes. É recomendado planejar a gravidez nas semanas sete e oito da concepção, pois é nesse período que ocorre a formação embrionária de órgãos essenciais para o feto. Além disso, é fundamental controlar rigorosamente os níveis de glicose no sangue, pois o descontrole pode trazer complicações a detecção precoce dos fatores de risco o controle é essencial para evitar complicações descritas no quadro abaixo.

QUADRO 1: Complicações causadas pela DMG

Fonte: Elaborado pelos autores (2024).

Lembrando que esse controle deve ser realizado não só pelos enfermeiros, mas também por outros profissionais especializados. As mulheres com diabetes gestacional devem ser encaminhadas para centros de atenção secundária, enquanto as gestantes com diabetes pré-gestacional devem receber assistência em centros de atenção terciária, com uma equipe multidisciplinar. Essa equipe pode incluir médicos obstetras, endocrinologistas, nutricionistas, enfermeiras obstetras e outros profissionais de acordo com a necessidade do caso. Além disso, a gestante diabética em acompanhamento especializado pode receber suporte da equipe de atenção básica para um melhor controle e aderência ao tratamento (SIQUEIRA, 2017).

O enfermeiro que detecta diabetes gestacional durante o pré-natal de uma gestante vai atuar com iniciativas educativas, grupos de apoio, orientar uma gestante a participar do controle glicêmico, levá-la ao médico e trabalhar com nutricionista para evitar problemas durante a gestação e o parto (Paulino et al., 2017).

A assistência prestada às gestantes com diabetes inclui cuidados com a glicemia capilar, orientação alimentar e prática de atividade física, além da presença da gestante nas consultas de pré-natal. Considere que o diabetes pode levar a algumas malformações fetais, bem como à persistência do diabetes após a gravidez (Araújo et al., 2020).

3.4 SINTOMATOLOGIA, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

As situações clínicas classificadas como sinais e fatores de risco para a diabetes gestacional, são: pessoas acima do peso, idade materna avançada, histórico familiar de primeiro grau com diabetes mellitus, problemas gerados pela glicose antes da gravidez, dentre outros. As células betapancreáticas habitualmente começam a danificar aproximadamente na idade de 30 anos e essa complicação também pode gerar doenças virais ou autoimunes, onde a hereditariedade é a causa que exerce uma função primordial na suscetibilidade das células beta. Assim, o histórico familiar de primeiro grau de diabetes e a idade materna são fatores relevantes de risco (Sonaglio, 2017; Zuccolotto et al., 2019).

É também um fator de risco para a DMG a utilização de corticosteroides, tendo em vista que o hormônio cortisol impede o uso celular de glicose e viabiliza o uso de ácidos graxos como elemento de energia. Ao contrário das outras maneiras de diabetes, a DMG não promove sintomas habitualmente. É relevante ressaltar que sintomas como excesso de urina, fome além do comum e cansaço na gravidez não servem de preceitos para sintomas de DMG, pois a identificação dessa doença se dá por meio de exames clínicos (Brasil, 2023).

A gestante será indicada a realizar um controle do glicêmico de maneira assertiva, onde também fará avaliações conforme a necessidade do tratamento farmacológico. Grande parcela das mulheres consegue equilibrar o glicêmico de forma eficaz quando se adequam a mudanças de estilo de vida, adotando-se atividades físicas e dietas assertivas. As gestantes portadoras de DMG quando não são tratados, os riscos de ruptura prematura de membranas, probabilidade de macrossomia fetal e nascimento prematuro do bebê são maiores e, também, pode ocasionar outro fator relevante de risco que é a pré-eclâmpsia (Silva et al., 2023).

Existem muitas maneiras de diagnosticar a diabetes gestacional, habitualmente é realizado utilizando três formas de exames: glicemia de jejum, teste oral de intolerância a glicose e hemoglobina glicada. A glicemia em jejum deve ser realizada em todas as grávidas no primeiro trimestre de gestação, sendo um exame capaz de identificar quais gestantes possuem maior probabilidade de apresentar diabetes gestacional (Bomfim et al., 2022a)

O exame de glicemia em jejum tem a finalidade de definir a quantidade de glicose no sangue, sendo a primeira etapa para a identificação da diabetes. O procedimento é considerado em normalidade quando o resultado alcançado é de 70 a 99 mg/dl. É por meio de coleta de sangue que esse procedimento é realizado e o paciente deve estar em jejum no período mínimo de 8h. O teste oral de tolerância à glicose, deverá ser realizado em gestantes com 24 ou 28 semanas de gestação. Nesse teste a paciente ingere 75g de glicose e após um repouso de 2 horas é realizado a dosagem da glicemia ou 50g e após o repouso de 1 hora é realizado a dosagem da glicemia (Brasil, 2023).

É essencial que essa avaliação seja feita 24 e 28 semanas de gestação, tendo em vista que é o período de elevada produção de hormônios placentários que disponibilizam força periférica a insulina, sendo primordiais para conservar os níveis de glicose no sangue necessário para a plena evolução do feto. Já a avaliação da hemoglobina glicada demonstra os níveis de glicose dos últimos três meses. O teste pode ser realizado em aparelhos apropriados ou em laboratórios (Brasil, 2018).

Esse exame quando realizado para a avaliação de equilíbrio de glicose de pacientes com DM deve ser refeito a cada três meses em para as situações de DM com os níveis mais elevados, decorrente de descontrole e seis meses para pacientes com DM com taxas de glicose equilibradas. Com o diagnóstico de DMG, a gestante deve ser tratada com uma nova rotina de cuidados. O equilíbrio alimentar deve ser realizado com o auxílio de um profissional qualificado. Quando a dieta é elaborada de maneira ineficaz, pode ocasionar consequências no desenvolvimento do feto (Zuccolotto et al., 2019).

Concernente às indicações nutricionais, julga-se que gravidas previamente diabéticas com condições de obesidade tenha uma ingestão calórica restrita a um terço do que normalmente ingeriam antes da gestação, mas que seja dentro de 1600 kcal/dia. As indicações de vitaminas com suplementos são semelhantes das gestantes que não tem diabetes, com exceção da suplementação de ácido fólico, que deve ter início três meses antes da suspensão do procedimento anticoncepcional, diminuída às doze semanas de gravidez e sustentada até o final da amamentação. É normal a ocorrência de elevação das doses de insulina no término da gestação, a começar do terceiro trimestre, uma vez que a resistência à insulina, praticamente, aumenta durante esse período. No terceiro trimestre de gestação, são raras as taxas baixas de glicose que levariam a hipoglicemia (Paulino et al., 2017; Zuccolotto et al., 2019).

A finalidade principal do tratamento do DMG é a diminuição da incidência de complicações, tanto fetais, quanto maternas, em particular a pré-eclâmpsia, a macrossomia, a ocorrência de cesárea e a adiposidade neonatal, as duas podem ser alcançadas pelo melhor reparo da glicemia. No momento atual, existem duas formas de tratamento que podem ser empregadas para controle do diabetes mellitus gestacional: medidas farmacológicas e medidas não farmacológicas (Lima; Lima, 2021).

Atualmente, existem três métodos reconhecidos para diagnosticar diabetes com utilização da glicemia: sintomas de poliúria, polidipsia e perda ponderal de peso acrescidos de glicemia casual; glicemia de jejum e glicemia de 2 horas após ingestão de 75 g de glicose. Aceita-se, ainda, valores de hemoglobina glicada (HbA1c) para diagnóstico de DM, sendo está mais útil para avaliar o controle da glicemia (Brasil, 2018; Brasil 2023).

A terapêutica farmacológica precisará ser iniciada quando os objetivos glicêmicos não forem alcançados em um período de 1 a 2 semanas após a início das medidas não farmacológicas e em qualquer estágio da gravidez. A análise do crescimento fetal no decorrer do 3º trimestre pode determinar o início, assim como, o ajuste da terapêutica farmacológica (Lima; Lima, 2021).

Considerando as deficiências nutricionais vista na população brasileira, aliada ao aumento significativo da prevalência de sobrepeso e obesidade apresenta se inicialmente, orientações nutricionais tendo em vista uma alimentação saudável no qual devem ser seguidas por todas as gestantes, mas que assumem grande relevância no tratamento do DMG (Brasil, 2023; Zuccolotto et al., 2019).

De acordo com recomendações do MS e da OMS aconselha-se orientar a ingesta de alimentos saudáveis in natura. Alguns estudos relatam sobre os benefícios da prática de exercícios físicos durante a gestação com DM, com a diminuição da glicose em jejum e pós-prandial e também a redução do uso de insulina. prática de exercícios físicos durante a gestação com DM, com a diminuição da glicose em jejum e pós-prandial e também a redução do uso de insulina (Brasil, 2023; Brasil, 2018).

É importante lembrar que metformina não é utilizada como primeira escolha quando há disponibilidade de insulina. Nas gestações complicadas pelo DMG, a insulina está indicada sempre que a dieta individualizada e atividade física não for capaz de atingir as metas do controle glicêmico. Existem vários tipos de insulina que estão disponíveis e consideradas seguras para serem prescritas durante a gestação como: Determir (longa duração), NPH (intermediária), regular (rápida), Asparte e lispro (ultrarrápida) (Olah, 2016).

Quadro 2: Tipos de insulina e tempo de ação.

FONTE: Brasil, 2023.

No entanto, com base nos dados disponíveis, ainda é mais aconselhável o uso de insulina humana – NPH e regular – por motivo de ter um menor risco imunogênico, maior segurança e maior efetividade, em grávidas com DM que realizam várias injeções (Brasil, 2018).

O teste de tolerância à glicose é recomendado na atenção primária e preconizado pela diretriz de pré-natal para rastrear a ocorrência de DMG e identificar fatores de risco para a mãe e o bebê. Embora não tenha alta eficácia com os valores de referência no início da gravidez, pois no primeiro trimestre o nível glicêmico tende a diminuir, por esse motivo durante toda a gravidez, os valores maiores que 110 mg/dl e no começo 100 mg/dl) confirmam o DMG. É extremamente importante que os enfermeiros incentivem todas as gestantes a realizar esse teste, pois é importante para estudar a ocorrência de DMG e identificar riscos para o bebê e mãe. Apesar de ser difícil alcançar alta confiabilidade com os valores obtidos, o teste é um importante passo para a saúde da gestante e do bebê, conforme Quadro.

QUADRO 3: Valores de referência para o diagnóstico de DMG a partir da Glicemia de jejum

Fonte: Casanova et al., 2020.

3.5 GLICEMIA CAPILAR E PÓS PARANDIAL

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) a técnica mais comum para monitorar a concentração de glicose no plasma é o uso do glicosímetro, que consiste em inserir uma gota de sangue no aparelho para obter uma medida proporcional à concentração de glicose após a reação enzimática. Essa técnica é recomendada para pacientes com DM tipo 1, tipo 2 e DMG que usam insulina, pois além de demonstrar os efeitos da alimentação e do estresse sobre o açúcar no sangue, pode reduzir o risco de hipoglicemia. O uso do glicosímetro é prático, rápido e seguro, podendo ser feito de quatro a sete vezes ao dia: ao acordar, antes das refeições, 60 minutos após as refeições, antes de dormir (por segurança), durante a madrugada (por volta das três horas da manhã) e antes de atividade física. Esses cuidados permitem o ajuste das doses de insulina para evitar hiperglicemias ou hipoglicemias (DIRETRIZES SBD, 2017-2018; TAKHASHI et al., 2018).

O método de GPP é amplamente utilizado para diagnóstico e tratamento do DM devido à sua viabilidade e baixa repetitividade. A GPP é influenciada pela relação entre a secreção de insulina e glucagon, além da quantidade e tipo de carboidratos consumidos. Os níveis de glicose no sangue aumentam após cerca de 10 minutos da ingestão, atingindo o pico em torno de 60 minutos e retornando aos valores basais após 2 a 3 horas. O pico de açúcar no sangue varia conforme a quantidade de carboidratos, tipo de refeição e tempo consumido durante o dia. Além disso, é útil no controle glicêmico na gestação e na redução do risco de pré-eclâmpsia. Consiste na medição do pico de glicose plasmática cerca de uma a duas horas após uma refeição ou sobrecarga de glicose oral. Também é especialmente relevante em idosos, pois o pico aumenta com a idade e possui significado diagnóstico. Além disso, permite medir picos relacionados a doenças cardiovasculares e estresse oxidativo (Casanova et al., 2020).

QUADRO 4: Valores de glicemia para constatação do DM (segundo as sociedades descritas)

Fonte: Casanova et al., 2020.

3.6 FATORES DE RISCO

O final da gestação é caracterizado por uma diminuição na sensibilidade de insulina em virtude da secreção placentária de alguns hormônios considerados diabetogênicos, como o hormônio do crescimento, cortisol e hormônio lactogênico placentário. O desenvolvimento de resistência à insulina durante o 3° trimestre da gestação é uma adaptação fisiológica normal que visa preservar a glicose do metabolismo materno para ser fornecida ao feto que está em acelerado crescimento, resultando também na utilização de ácidos graxos como principal fonte de energia no organismo da gestante (Costa; Rodrigues, 2021).

Em situações normais, as células beta-pancreáticas aumentadas respondem aumentando a quantidade de insulina. Já em mulheres com diabetes gestacional, o mau funcionamento das células beta-pancreáticas é o defeito causador do aumento excessivo da concentração de glicose, pois não secretam insulina em níveis necessários a demanda. Os fatores de risco para o diabetes gestacional podem influenciar tanto a deficiência das células beta-pancreáticas quanto uma resistência exagerada à insulina (Olah, 2016).

As condições clínicas consideradas fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes gestacional são: idade materna acima de 25 anos, sobrepeso materno ou ganho excessivo de peso durante a gravidez, antecedente familiar de primeiro grau de diabetes mellitus, desenvolvimento de diabetes gestacional em gravidez prévia, intolerância à glicose anterior a gravidez, ocorrência de macrossomia fetal em gestação anterior, hipertensão arterial e uso de corticosteroide (Silva et al., 2023).

Após a elaboração das normas estabelecidas no XI Congresso Brasileiro de Diabetes, observou-se que 90% de todas as gestantes apresentam pelo menos um dos fatores de risco. Logo, a utilização deles para o rastreamento é insuficiente, sendo necessária a realização de TTGO em todas as gestantes. Assim, atualmente os fatores de risco são ferramentas de identificação de casos com maior risco de desenvolver consequências adversas para a mãe ou para o feto durante o período pré-natal (Brito; Sousa, 2023).

Em torno dos 30 anos de idade é comumente o início da destruição das células beta-pancreáticas. Essa destruição pode também ser causada doenças autoimunes ou virais, sendo a hereditariedade um fator que desempenha um papel importante na suscetibilidade das células beta a esses insultos. Logo, a idade materna e a antecedência familiar de primeiro grau de diabetes mellitus são consideradas fatores de risco (Silva et al., 2023).

Estudos mostram que existe um menor número de receptores de insulina nas células dos indivíduos obesos, além da obesidade também afetar as vias de sinalização que ligam a ativação dos receptores de insulina aos múltiplos efeitos celulares, entre eles a absorção de glicose. Assim, uma gestante obesa ou com ganho excessivo de peso durante a gravidez pode ter um aumento ainda maior da resistência periférica à insulina além daquele normalmente ocasionado após o 3° trimestre de gestação, aumentando a glicemia extracelular e agravando o quadro clínico (Costa; Rodrigues, 2021).

O uso de corticosteroides é também um fator de risco para o diabetes gestacional, uma vez que o hormônio cortisol inibe a utilização celular de glicose e promove a utilização de ácidos graxos como fonte de energia. Macrossomia fetal em gestação anterior pode indicar um fator de risco: o aumento da glicose extracelular materna no diabetes gestacional resulta em uma hipoglicemia também fetal, o que estimula prematuramente as células beta-pancreáticas do feto a produzirem insulina, a qual em ação combinada com o hormônio de crescimento promove crescimento fetal dramático (Zuccolotto et al., 2019).

3.7 CUIDADO DA ENFERMAGEM A GESTANTE COM DM

A presença do enfermeiro durante as consultas de pré-natal pode dar à gestante uma sensação de insegurança ou desconfiança, por estar acostumada ao atendimento de profissionais médicos. No entanto, à medida que a consulta avançava, esses conceitos mudaram e os enfermeiros passaram a ser considerados aqueles que oferecem a escuta ativa e proporcionam confiança e segurança no seu trabalho. O profissional enfermeiro é elegível para esse tipo de cuidado, pois desempenha um papel importante na educação, humanização, promoção e prevenção da saúde (Araújo et al., 2020).

A consulta com o profissional enfermeiro só é realizada com gestantes que apresentam baixo risco, o DMG é classificado como gestação de alto risco fazendo, porém mesmo assim o profissional enfermeiro deve acompanhar estas gestantes para solucionar dúvidas e manter o vínculo com as mesmas. Em certos casos a Diabetes na gestação é descoberta entre a vigésima quarta e vigésima oitava semana possibilitando o enfermeiro de realizar as consultas até este período. É de extrema importância que o enfermeiro realize ações educativas em saúde como grupos de orientações trazendo também experiências de outros profissionais sobre vários temas, promovendo a oportunidade para sanar dúvidas gerando qualidade de vida para a gestante e seu bebê (Costa; Rodrigues, 2021).

De acordo com o manual do pré-natal e puerpério elaborado pelo Ministério da Saúde do Estado de São Paulo em 2010, ele alerta para a necessidade de teste de glicemia de jejum e exige sua solicitação na primeira consulta. Este teste é importante para a triagem de DMG e alterações anteriores na tolerância à glicose, independente da mulher apresentar fatores de risco ou não (Brasil, 2018).

Esses profissionais, por meio da consulta de enfermagem, têm importante papel no engajamento da gestante no autocuidado e na resolução das necessidades humanas básicas, com intuito de proporcionar melhor nível de saúde. O desenvolvimento da consulta de enfermagem demanda de enfermeiros a obtenção de habilidades e conhecimentos, além de exigir estudos que possibilitem o encontro de soluções para problemas detectados. É de total destaque que enfermeiros sejam aptos a avaliar as condições clínicas de forma sistematizada, contínua e dinâmica, por meio de instrumentos construídos e validados, apoiados por evidências científicas que conduz de forma estratégica os resultados que buscam encontrar, atestando o autocuidado, além de minimizar ou solucionar problemas futuros que podem afetar a vida de mães e fetos ou recém-nascidos (Araújo et al., 2020; Cortez et al., 2023).

Em suma, os cuidados de enfermagem prestados a mulher com Diabetes Mellitus durante a atenção ao pré-natal, exige o papel decisório, ressaltando a importância que este profissional apresenta em relação à prática da educação em saúde, em sua rotina de trabalho, de forma a acentuar o autocuidado da mulher com DMG. Salienta-se, ainda, a relevância de o profissional de saúde orientar a gestante acerca de sua dieta nutricional, respeitando suas queixas e dificuldades, assim como facilitando suas adaptações alimentares, de modo que a gestante obtenha sucesso no seu tratamento e evite a utilidade de complementação com insulina (Castegnaro; Oliveira, 2022; Zuccolotto et al., 2019).

4. METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura, método empregado que procura avaliar evidências sobre o assunto em questão, permitindo ao pesquisador um embasamento científico em suas buscas, por ser um estudo baseado em diversas outras experiências com uma abordagem qualitativa. Essa pesquisa integrativa tem a finalidade de descrever a relevância da consulta de enfermagem e acompanhamento em mulheres com Diabetes gestacional, com propósito de prevenir futuras complicações no puerpério e neonato (Camargo et al., 2023).

Assim, a revisão de literatura é considerada uma das melhores formas de iniciar um estudo, onde se procura as semelhanças e as diferenças nos artigos encontrados. Nesse sentido, o tema “Assistência da Enfermeira a Diabetes Gestacional no Âmbito da Atenção Primária a Saúde”, foi definido com o objetivo de nortear toda a pesquisa e buscas literárias, para trazer evidências sobre a relevância do acompanhamento do enfermeiro no Pré-natal em gestantes com a DMG.

Com base nessa revisão, uma entrevista foi conduzida com o enfermeiro responsável pelo acompanhamento de gestantes com DMG em uma Unidade de Saúde da Família em Feira de Santana. As perguntas foram elaboradas seguindo as diretrizes da Sociedade Brasileira de 2019-2020 para obter informações relevantes sobre o tratamento, monitoramento da glicemia, recomendações de hábitos saudáveis, encaminhamento a profissionais especializados, rastreamento do DMG e complicações durante a gestação e o parto.

Foram selecionados artigos indexados nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) nos idiomas Português e Inglês, entre os anos de 2017 e 2023, recorte temporal de 06 anos que permite uma síntese mais ampla sobre como ocorre a assistência e o acompanhamento da enfermeira as mulheres com DMG, na atenção primária a saúde.

Os descritores utilizados na busca foram previamente identificados no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) e no MeSH (Medical Subject Headings), utilizando o operador booleano AND entre os descritores e para busca dos artigos suas combinações na língua portuguesa e inglesa sendo eles: Enfermagem/Nursing e/and Diabetes/Diabetes e/and Gravidez/Pregnancy, excluindo os estudos que se apresentavam em duplicata, os que não eram em português e inglês, artigos que se tangenciavam do tema e textos incompletos como resumos.

O método de análise utilizado foi a análise de conteúdo, que segundo Bardin, (2016) busca identificar as tendências dos textos visando organizar os dados obtidos, a partir de categorias identificadas por meio do referencial teórico coletado e da pesquisa realizada. Essa análise temática se estende em três etapas, operacionalmente: Pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados obtidos e interpretação. Na fase de pré-análise foi realizada a escolha dos materiais que foram analisados. Na exploração do material, o mesmo foi codificado e transformado em dados brutos, buscando alcançar o núcleo de compreensão do texto. E por fim, a fase de tratamento dos resultados obtidos e interpretações do conteúdo onde foi feita a finalização da redação do trabalho (Wendt et al., 2023).

Figura 1. Fluxograma de seleção dos artigos

Fonte: Elaborado pelos autores (2024)

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Como resultados, buscou-se apresentar o papel do enfermeiro para os cuidados do diabetes mellitus gestacional em revisão bibliográfica e em uma entrevista em USF do município de Feira de Santana, dentre esse estudo se buscou a importância do cuidado do enfermeiro nas gestantes portadoras do Diabetes Mellitus Gestacional, e a importância de realizar o rastreamento nas primeiras consultas de pré-natal, aplicando educação em saúde.

A partir dos artigos selecionados, foi elaborado um quadro contemplando: autor e ano de publicação, objetivos e principais resultados e conclusões sintetizados demonstrado no Quadro 5 dos principais estudos cujo objetivo se adequava ao objetivo deste trabalho.

Quadro 5: Síntese das informações gerais dos artigos

AUTOR/ANOTIPO DE ESTUDOOBJETIVORESULTADOS/
CONCLUSÃO
(Olah, 2016).Revisão Integrativaidentificar e revisar criticamente os programas de autogestão existentes para o GDM.Intervenções que incluem uma dieta com baixo índice glicêmico e o aumento dos níveis de atividade tem sucesso na redução dos níveis de glicose no sangue materno e na redução das necessidades de insulina durante a gestação.
(Paulino et al., 2017).Revisão NarrativaDescrever o papel do enfermeiro no pré-natal para a prevenção e diagnóstico precoce a gestante com diabetes.Busca pelo diagnóstico precoce do DMG e amenizar as posteriores sequelas aos binômios mãe-filho, traçando planos de cuidados e executando a prevenção ao agravo desse distúrbio metabólico.
(Zuccolotto et al., 2019). Estudo TransversalInvestigar  a  relação entre os padrões alimentares de gestantes com o excesso de peso materno e o diabetes mellitus gestacional.Nenhuma relação foi identificada com o diabetes mellitus gestacional
(Araújo et al., 2020).Revisão SistemáticaDestacar os cuidados do enfermeiro às pacientes.O enfermeiro tem o papel principal na educação da promoção em saúde.
(Lima; Lima, 2021).Revisão NarrativaIdentificar os principais cuidados do enfermeiro na assistência a gestantes com quadro de diabetes mellitus gestacional.O enfermeiro atua na prevenção e tratamento da condição, com orientações da fisiopatologia, técnicas para aplicação de insulina e criação de estratégias para adesão ao tratamento por parte da gestante.
(Costa; Rodrigues, 2021).Revisão IntegrativaAnalisar a assistência de enfermagem às gestantes com diabetes mellitus gestacionalA assistência de enfermagem tem bastante efetividade na descoberta e prevenção do DMG, as orientações  começam  desde  o início do pré-natal.
(Castegnaro; Oliveira, 2022).Revisão SistemáticaAvaliar a intervenção da enfermagem para as gestantes com diabetes mellitus gestacional.Coleta de dados, anamnese, avaliação, intervenção e orientação da gestante durante o pré-natal, e encaminhamento a outros profissionais quando necessário.
(Cortez et al., 2023).Revisão NarrativaAnalisar o papel da enfermagem no cuidado à mulher com diabetes gestacional.Envolver os enfermeiros desde o início dos cuidados pré-natais pode  melhorar  os  resultados maternos e neonatais.
(Brito; Sousa, 2023).Estudo Transversal e QuantitativoÉ avaliar a adequação das ações de rastreamento, acompanhamento e tratamento de diabetes gestacional na assistência pré-natal por meio do Prontuário eletrônico.O diabetes gestacional requer atenção adequada durante o pré-natal para prevenir complicações e o Prontuário Eletrônico do Cidadão pode ser usado para rastreamento de diabetes gestacional.

Fonte: Elaborado pelos autores (2024).

A entrevista realizada com enfermeiro na USF do município de Feira de Santana, se obteve as seguintes respostas para as perguntas elaboradas seguindo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2021-2022, (Brasil, 2023):

-Qual é a faixa etária comum das grávidas diagnosticadas com diabetes gestacional?

A faixa etária mais atingida são mulheres com 30 a 40 anos

-O rastreamento é geralmente realizado na primeira consulta do pré-natal para identificar possíveis complicações e condições de saúde da gestante.

Sim na primeira consulta fazemos o rastreamento dependendo do resultado já encaminhamos direto para o endocrinologista.

– Quais são os tratamentos iniciais geralmente recomendados?

Encaminhamento para o endocrinologista, nutricionista, odontologia, as vezes psicólogo e pré-natal de alto risco.

É feito monitoramento regular dos níveis de glicemia?

Sim diariamente, é liberado as fitas essas gestantes mesmo realizam em casa, como também aqui na unidade.

Você fornece recomendações de hábitos saudáveis?

Sim fornecemos informações sobre alimentação atividade física para as gestantes essa informação também é passada para esposo ou familiar e encaminhamos para o nutricionista.

-É recomendado que esse público pratique atividade física durante a gestação, desde que seja aprovado pelo médico obstetra?

Sim reforçamos a recomendações dada pelo médico.

As grávidas são encaminhadas para o obstetra logo após o diagnóstico?

Sim imediatamente são encaminhadas para o pré-natal de alto risco lá no hospital das mulheres.

É comum o encaminhamento para o endocrinologista?

Sempre.

Algumas grávidas desenvolvem pré-eclâmpsia?

Sim tivemos um caso recentemente.

Os bebês costumam nascer com peso superior a 4kg?

Sim só esse ano tivemos 10 bebês que nasceu acima do peso todos em parto Cesário.

Algumas gestantes enfrentam complicações durante a gravidez?

Sim as vezes faz tudo certinho, mas, mesmo assim, acontece ter complicação esse mês tivemos uma mãe que a bebê foi a óbito ainda na barriga no terceiro trimestre, ela está arrasada.

Dentre essas mulheres alguém já teve hemorragia no parto ou pós-parto?

Sim já aconteceu dois casos aqui na unidade.

Algumas mulheres relataram lacerações vaginais ou distocia do feto no momento do parto?

Não, porque todas são diagnosticadas logo no primeiro trimestre, elas são encaminhadas para o pré-natal de risco, com isso os partos são todos cesariano.

Por meio desta entrevista realizada na Unidade de Saúde da Família do Município de Feira de Santana foi possível identificar como resultado que o atendimento de gestantes é correto sendo que na primeira consulta é feita o rastreamento e dependendo do resultado já encaminha o paciente direto para o endocrinologista, o que vai de acordo com os documentos preconizados, tratando também possíveis riscos de se desenvolver a patologia fornecendo informações sobre alimentação e atividade física para as gestantes essa informação também é passada para esposo ou familiar e se necessário realiza-se o encaminhamento para o nutricionista.

Araújo et al. (2020) conceituaram em seu estudo que o DMG se refere a um aumento irregular e/ou descontrolado dos níveis de glicose ou “açúcar” no sangue, adquirido através da resistência à insulina causada pelos hormônios da gravidez por volta do terceiro mês de gravidez. Segundo Sonaglio (2017), a DMG é uma complicação comum na gravidez e é definida como qualquer grau conhecido de intolerância à glicose durante a gestação, os autores observaram que pode ocorrer em 1% a 14% de todas as gestantes.

Santos et al. (2020) relataram alta prevalência de DMG (5,4%) entre a população atendida pelo SUS no Brasil e a presença de fatores de risco graves, bem como a faixa etária das gestantes (35+ anos), excesso de peso gestacional (grau 1 e obesidade grau 2) e número de gestações (3 ou mais), portanto, as causas previstas de DMG são ganhos excessivo de peso e idade. Segundo o Ministério da Saúde (MS), a atenção primária à saúde é o início da entrada na rede de prevenção e cuidado e também envolve ações realizadas por uma equipe interdisciplinar que inclui posteriormente equipes de saúde domiciliar compostas por profissionais de saúde, enfermeiros, técnicos de enfermagem e comunitários. Agência de Saúde (Lima; Lima, 2021).

Em concordância, Shimoe et al. (2021), que enfatizaram a necessidade dos Sistema Único de Saúde (SUS) melhorarem sua capacidade de demonstrar, prevenir e gerenciar doenças crônicas que afetam mulheres em idade fértil. Esta capacidade deve ser reforçada através da melhoria da capacidade dos profissionais de saúde para melhorar a qualidade dos cuidados. Bomfim et al. (2022) enfatizam que o foco investigativo e clínico durante o primeiro trimestre e no início da gravidez é fundamental para melhorar os resultados da gravidez. Guerra et al. (2019), afirma que é fundamental que as gestantes estejam sendo orientadas sobre a quantidade mínima de consultas pré-natal, que no caso são seis, quanto a indicação de consultas com enfermeiros para um pré-natal adequado com integralidade, visando a prevenção da DMG e seus principais efeitos danosos.

Castegnaro e Oliveira (2022), afirmam que as principais medidas tomadas pelos enfermeiros para prevenir o DMG podem basear-se na identificação de riscos individuais e na identificação de variáveis. Portanto, os enfermeiros devem considerar a promoção de mulheres grávidas em risco de DMG através de programas educativos sobre diabetes para ajudá-las a receber cuidados mais críticos no sector da saúde.

Nesse contexto, Guerra et al. (2019) descreveram em seu estudo que um dos principais serviços de assistência prestados às gestantes com hipertensão inclui a educação e a assistência especializada. Diante disso, os autores explicam que as práticas educativas realizadas pelos enfermeiros se baseiam na educação e na prevenção e não introduzem conhecimentos sobre fatores desencadeantes de problemas de saúde, ao passo que as gestantes necessitam de conhecimentos relacionados ao quadro.

Santos et al. (2020) defendem que os cuidadores têm a responsabilidade de avaliar a viabilidade fetal através de partogramas e exames complementares com o objetivo de promover conforto e bem-estar minimizando a ansiedade e o medo, além de aumentar a vitalidade da mulher, detecção precoce de complicações e cooperação Parto humanizado e prevenir a morbidade e mortalidade materna e perinatal.

Segundo Araújo et al. (2020), que enfatizam que os enfermeiros dos cuidados primários estão diretamente envolvidos nas estratégias de promoção da saúde e prevenção de doenças, são treinados para desenvolver planos de cuidados e aconselhamento pré- natal com base nas necessidades identificadas, e depois envolvem-se na mediação de cuidados para acompanhar as mudanças durante a gravidez e orientar ações baseados em serviços de referência de natureza multidisciplinar.

Lima e Lima (2021) acrescentam que o enfermeiro deve estar apto a estar atento aos critérios utilizados para diagnosticar o DMG. O grupo de estudo da Sociedade Internacional de Diabetes e Gravidez recomenda a observação de informações antropométricas (cálculo do índice de massa corporal), determinação do metabolismo da glicose, lipídios sanguíneos, função celular e resultados do índice de resistência à insulina com base na hiperglicemia e na gravidez adversa, que são medidas utilizadas mundialmente para diagnosticar DMG.

Nesse contexto, Guerra et al. (2019) afirmaram em seu estudo que os enfermeiros podem prescrever medicamentos e solicitar exames complementares de acordo com a regulamentação do Ministério da Saúde e recomendar o encaminhamento dos pacientes para outros serviços de saúde quando necessário no contexto da atenção primária à saúde. Por meio da educação em saúde, as condutas preventivas e estimulantes da saúde realizadas pelos enfermeiros durante o pré-natal são norteadas na melhoria da qualidade de vida das gestantes com DMG, pois também são responsáveis por preparar as gestantes com diabetes para se protegerem.

A pesquisa da autora supracitada mostra que no âmbito da enfermagem, para prevenir e controlar o DMG, o enfermeiro deve ser cuidadoso e humanizar o cuidado, a começar pela escuta eficiente e qualificada e pelo contato direto e contínuo. As gestantes podem se beneficiar mantendo um bom relacionamento, adotando comportamentos assertivos ao longo da gravidez e adotando uma atitude proativa de autocuidado para alcançar bons resultados no manejo clínico do diabetes gestacional com medicamentos e nutrição (Lima; Lima, 2021).

Santos et al. (2020) afirmaram claramente no seu estudo que é crucial que os enfermeiros sejam competentes e qualificados para admitir grávidas com DMG, prestar cuidados integrais, melhorar as estratégias de saúde e o controlo da doença, o que confirma a importância dos enfermeiros no sistema de cuidados, aconselhamento sobre cuidados pré-natais de riscos comuns.

No estudo de Lima e Ribeiro (2021), os profissionais de saúde precisam cuidar da DMG de forma humanizada, realizar aconselhamento e permitir que a mulher vivencie a gravidez como um momento único e especial, enfatizando isso além de estabelecer condições adequadas para a saúde nascimento do filho Além de um ambiente seguro, as etapas também são importantes para o universo feminino.

Segundo os autores Castegnaro e Oliveira (2022), a assistência de enfermagem precisa priorizar a educação em saúde, os cuidados com a alimentação, a atividade física, o controle glicêmico e a prescrição de medicamentos, o que vai ao encontro de Lima e Lima (2021), é importante que os profissionais, principalmente os enfermeiros, orientem sobre a patologia aos seus familiares e gestantes, informem sobre os riscos, conscientizem sobre a importância das consultas médicas, realizem exames para acompanhamento das condições clínicas, com vistas à redução de complicações durante a gravidez. Como referido anteriormente, os cuidados de prevenção e controlo da diabetes gestacional devem estar no contexto dos cuidados de saúde primários, começando pela consulta de enfermagem durante o pré-natal para deteção da doença nas grávidas (Santos et al., 2020). Em síntese, por meio de práticas educativas reforçadas por conceitos de autocuidado, as gestantes são informadas sobre os riscos de complicações e problemas relacionados às doenças que justificam o sucesso do tratamento. Outras questões importantes a abordar são a idade e o excesso de peso, uma vez que os padrões alimentares estão diretamente relacionados com a saúde e, portanto, são preditores de DMG (Lima; Lima, 2021).

Vale ressaltar que uma abordagem de enfermagem que combina métodos de educação do padrão alimentar com medidas de glicemia pré e pós-refeição é mais abrangente. Na atenção primária à saúde, o enfermeiro realiza visitas domiciliares, por isso é necessário procurar ativamente as recém-gestantes, compreendê-las e iniciar o pré- natal o mais precocemente possível, além do acompanhamento do local de residência da mulher, o que favorece a realização de um bom pré-natal, serviços de cuidados, contato com a família e progressão das atividades pós-parto (Paulino et al., 2017).

Os resultados obtidos por meio desta revisão indicam que é necessário compreender a prevenção e o controle do DMG para que ocorra um cuidado humanizado, para que os serviços prestados possam ser progressivamente mais benéficos às gestantes (Bomfim et al., 2022).

6. CONCLUSÃO

Sendo assim, foi possível atingir os objetivos ao concluir que é de extrema importância que o enfermeiro esteja atento às orientações fornecidas às gestantes por meio de grupos que auxilie no autocuidado durante as consultas de enfermagem no pré-natal e implemente medidas que contribuam para proteção como por exemplo promover, curar e melhorar a saúde, desenvolver estratégias para mitigar complicações e propor formas de prevenir esse distúrbio metabólico, encaminhando as gestantes para níveis adequados de acompanhamento com base na sua classificação de risco.

Através da pesquisa realizada na Unidade de Saúde da Família do Município de Feira de Santana foi possível concluir também que o atendimento de gestantes é correto sendo que na primeira consulta é feita o rastreamento e dependendo do resultado já encaminha o paciente direto para o endocrinologista, o que vai de acordo com os documentos preconizados.

A equipe multidisciplinar se faz muito importante no controle do DMG, visto que esta patologia desencadeia diversas outras alterações sistêmicas, que necessitam de pessoas capacitadas para tratar. A contribuição deste estudo está pautada na análise do embasamento teórico da importância da enfermagem para a prevenção e controle da DMG, possibilitando ao enfermeiro compreender sua prática, compreender suas capacidades e limitações, e assim alcançar uma ajuda humanizada e qualificada.

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