AMAZONIAN BIOCOSMETICS: THE USE OF AÇAÍ (EUTERPE OLERACEA MART.) IN
AESTHETICS AND DERMATOLOGY
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202411151643
Jéssica Lima Stehlgens¹;
Weison Lima da Silva²;
Amanda Bezerra Carvalho³.
RESUMO
Introdução: Este estudo visa investigar o potencial do açaí como ingrediente ativo em produtos dermatológicos, explorando suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e regenerativas. Objetivo geral: investigar o potencial do açaí como ingredientes ativos em biocosméticos dermatológicos e suas propriedades terapêuticas para a saúde da pele. Metodologia: trata-se de uma revisão sistemática da literatura seguindo a metodologia PRISMA. A pesquisa foi conduzida entre agosto e outubro de 2024, utilizando bases de dados como PubMed, SciELO, LILACS e BVS, com descritores relacionados ao uso do açaí na biocosmética e dermatologia. Resultados: 147 estudos foram identificados, dos quais 122 passaram pela triagem inicial. Após aplicar os critérios PRISMA, 45 estudos foram avaliados integralmente e 12 foram selecionados para análise detalhada. Os resultados do estudo mostram que o açaí possui alto teor de antocianinas, flavonoides e ácidos graxos, responsáveis por suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e regenerativas, ideais para cosméticos dermatológicos. Essas biomoléculas auxiliam no tratamento de condições como psoríase, acne e envelhecimento precoce, além de promoverem hidratação e elasticidade da pele. O açaí é utilizado em diversas formas farmacêuticas, como extratos e cremes, demonstrando versatilidade no mercado de biocosméticos. Conclusão: O açaí tem se mostrado um ingrediente promissor na biocosmética e dermatologia, devido às suas propriedades terapêuticas. No entanto, a eficácia do açaí depende da forma farmacêutica utilizada, sugerindo a necessidade de padronização dos extratos e mais estudos clínicos para avaliar suas aplicações e benefícios em diferentes tipos de pele.
Palavras-chave: Antioxidantes. Açaízero. Fitocosméticos.
ABSTRACT
Introduction: This study aims to investigate the potential of açaí as an active ingredient in dermatological products, exploring its antioxidant, anti-inflammatory and regenerative properties. General objective: to investigate the potential of açaí as an active ingredient in dermatological biocosmetics and its therapeutic properties for skin health. Methodology: this is a systematic review of the literature following the PRISMA methodology. The research was conducted between August and October 2024, using databases such as PubMed, SciELO and LILACS, with descriptors related to the use of açaí in biocosmetics and dermatology. Results: 147 studies were identified, of which 122 underwent initial screening. After applying the PRISMA criteria, 45 studies were fully evaluated and 12 were selected for detailed analysis. The results of the study show that açaí has a high content of anthocyanins, flavonoids and fatty acids, responsible for its antioxidant, anti-inflammatory and regenerative properties, ideal for dermatological cosmetics. These biomolecules help in the treatment of conditions such as psoriasis, acne and premature aging, in addition to promoting skin hydration and elasticity. Açaí is used in various pharmaceutical forms, such as extracts and creams, demonstrating versatility in the biocosmetics market. Conclusion: Açaí has shown to be a promising ingredient in biocosmetics and dermatology, due to its therapeutic properties. However, the effectiveness of açaí depends on the pharmaceutical form used, suggesting the need for standardization of extracts and more clinical studies to evaluate their applications and benefits in different skin types.
Keywords: Antioxidants. Acai tree. Phytocosmetics.
1 INTRODUÇÃO
A biodiversidade amazônica tem se destacado como uma fonte inestimável de recursos naturais, cujas propriedades bioativas vêm sendo amplamente exploradas nas áreas de estética, saúde e bem-estar (Dos Santos et al., 2021). Nesse contexto, os biocosméticos, que integram ingredientes naturais em suas formulações, ganham relevância, especialmente em um mercado global que busca alternativas mais sustentáveis e eficazes (Santos, 2023). Dentre os inúmeros recursos disponíveis na Amazônia, o açaí, Euterpe oleracea Mart., se destaca por seu potencial dermatológico e farmacêutico, tornando-se um ingrediente-chave na formulação de produtos cosméticos voltados para a saúde da pele (Darnet et al., 2023).
O açaí, fruto de uma palmeira que pode atingir entre 3 e 20 metros de altura, é característico de áreas alagadas e úmidas da Amazônia. Sua alta capacidade de regeneração natural e frutificação contínua, especialmente entre os meses de julho e dezembro, o tornam um recurso abundante e acessível na região. O fruto, com sua coloração violeta intensa, é amplamente consumido na forma de polpa, rica em lipídeos essenciais, carboidratos, fibras, vitaminas e minerais. No entanto, além de seu valor nutricional, o açaí possui propriedades terapêuticas significativas, que têm sido cada vez mais reconhecidas e exploradas na cosmética dermatológica (Matta et al., 2020).
A relevância do açaí na biocosmética e dermatologia está diretamente relacionada às suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e regenerativas dada por seu elevado conteúdo de moléculas bioativas, principalmente as antocianinas, proantocianidinas e outros flavonoides (Dos Santos et al. 2022). As antocianinas, responsáveis pela cor violeta escura do fruto, são compostos hidrossolúveis que atuam na proteção celular contra o estresse oxidativo, contribuindo para a prevenção do envelhecimento cutâneo e outras condições dermatológicas relacionadas (Costa et al., 2023). Estudos recentes demonstram que o óleo de açaí, extraído da polpa do fruto, rico em ácidos graxos essenciais, como os ômegas 6 e 9, possui uma ação revitalizante, capaz de realçar a luminosidade da pele e prevenir o envelhecimento precoce, fatores essenciais para o equilíbrio cutâneo. Tais propriedades fazem do açaí um ingrediente promissor na formulação de biocosméticos que visam a hidratação, regeneração e proteção da pele (Garbossa; Campos, 2016).
Além disso, o potencial neuroprotetor do açaí, que tem sido investigado em modelos de doenças neurodegenerativas, sugere que as substâncias bioativas também podem ter efeitos benéficos em condições dermatológicas associadas ao estresse oxidativo e à inflamação crônica (Dos Santos et al., 2022). A ação combinada de antioxidantes e anti-inflamatórios no açaí pode, portanto, proporcionar um tratamento eficaz para uma ampla gama de distúrbios cutâneos, reforçando o uso deste fruto em biocosméticos com propriedades terapêuticas (Cunha-Silva et al., 2024).
Neste contexto, este estudo tem como objetivo geral investigar o potencial do açaí como ingredientes ativos em biocosméticos dermatológicos e suas propriedades terapêuticas para a saúde da pele, destacando as biomoléculas presentes no açaí e as ações benéficas para a pele; relatar também patologias de pele que podem ser tratadas com o açaí; e discorrer sobre as formas farmacêuticas e mercado de formulados desta planta.
2 METODOLOGIA
Este estudo se baseia em uma revisão sistemática da literatura, orientada pelos princípios da abordagem PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), que visa investigar o potencial do açaí como ingrediente ativo em biocosméticos dermatológicos e suas propriedades terapêuticas para a saúde da pele. Este estudo aborda aspectos fundamentais como a caracterização das propriedades químicas e bioativas do açaí, a investigação dos mecanismos de ação dos compostos extraídos do fruto no tratamento de afecção cutânea e a eficácia de produtos dermatológicos formulados com açaí em relação à hidratação, regeneração e proteção da pele.
O presente estudo é de natureza descritiva e exploratória, utilizando uma abordagem qualitativa para a análise de documentos científicos. A revisão sistemática da literatura permite reunir e sintetizar o conhecimento existente sobre o tema, proporcionando uma visão ampla (De Pádua, 2019) e detalhada da utilização do açaí na biocosmética, com especial atenção para suas aplicações em estética e dermatologia. Esta metodologia é particularmente adequada para avaliar o estado atual da pesquisa sobre o tema, identificar lacunas no conhecimento e fornecer direções para futuras investigações.
A revisão sistemática foi realizada entre agosto e outubro de 2024, e incluiu uma busca sistemática de artigos científicos publicados entre 2014 e 2024.
A questão norteadora deste estudo foi: “Quais são as utilizações do açaí na biocosmética, especialmente nas questões estéticas e dermatológicas?” Para responder a essa questão, foram utilizados descritores específicos e suas combinações através de operadores booleanos (“AND” e “OR”) que favoreceram a busca por estudos relevantes. Os descritores selecionados incluem: “Produtos Naturais Dermatológicos”, “Ativos Hidratantes”, “Açaí”, “Biocosméticos”, “Amazônia” e “Biocosmética Dermatológica”. A escolha desses termos foi fundamentada na necessidade de cobrir os principais aspectos relacionados ao uso do açaí na dermatologia e biocosmética, bem como sua aplicação em produtos que promovem a saúde da pele.
A busca por artigos foi realizada em quatro bases de dados principais: National Library of Medicine (PubMed), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e BVS. Essas bases foram selecionadas devido à sua relevância e abrangência na área de saúde, biologia e ciências afins. A pesquisa foi delimitada ao período de 2014 a 2024 para assegurar que os estudos analisados fossem recentes e refletissem as inovações e descobertas mais atuais sobre o uso do açaí na biocosmética.
As combinações de descritores foram aplicadas a essas bases de dados para identificar estudos que abordassem o tema de forma direta ou indireta. Cada resultado foi avaliado quanto à relevância e adequação à questão norteadora, e os artigos foram inicialmente triados com base em seus títulos e resumos. Para garantir a qualidade e relevância dos estudos incluídos na revisão, foram definidos critérios rigorosos de inclusão e exclusão na tabela abaixo.
Tabela 1 – Critérios de Estudos
Critérios de Inclusão | Critérios de Exclusão |
– Estudos publicados entre 2014 e 2024. – Artigos disponíveis na íntegra. – Estudos publicados em inglês ou português. – Pesquisas que abordam a aplicação do açaí (Euterpe oleracea Mart.) e outras variedades de açaí na biocosmética, com ênfase em suas propriedades dermatológicas e farmacêuticas. – Artigos que tratam das propriedades bioativas do açaí, seus efeitos na saúde da pele e sua aplicação em produtos cosméticos. | – Resumos, editoriais, cartas ao editor, artigos de revisão e relatos de caso. – Documentos acadêmicos como dissertações e teses que não publicados como artigos revisados por pares. – Estudos que não abordassem diretamente a aplicação do açaí na biocosmética ou que não apresentassem dados relevantes sobre suas propriedades dermatológicas. |
A aplicação do método PRISMA envolveu várias etapas de seleção, descritas detalhadamente a seguir.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A busca inicial nas bases de dados resultou em um total de 147 estudos potencialmente relevantes, distribuídos da seguinte forma: PubMed (71 estudos), SciELO (33 estudos), LILACS (29 estudos) e BVS (14 estudos). Os critérios PRISMA foram empregados para elaborar o fluxograma apresentado na Figura 1.
Figura 1 – Fluxograma do modelo PRISMA
Este fluxograma ilustra detalhadamente a sequência de aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, resultando no número final de artigos selecionados. Inicialmente, foram identificados todos os artigos relevantes nas bases de dados. Em seguida, os artigos duplicados foram removidos. Posteriormente, os títulos e resumos dos artigos restantes foram avaliados conforme os critérios de inclusão e exclusão predefinidos. Os artigos que atenderam aos critérios foram submetidos a uma leitura completa para uma avaliação mais aprofundada. Finalmente, os artigos que cumpriram todos os critérios de elegibilidade foram incluídos na análise final.
Após a exclusão de duplicatas (25 estudos), 122 artigos foram submetidos à triagem com base em seus títulos e resumos. Nesse estágio, 77 estudos foram excluídos, por não abordarem especificamente o uso do açaí em biocosméticos ou por não atenderem aos critérios de inclusão, estudos eram focados exclusivamente em outros aspectos do açaí, como sua aplicação alimentar ou em contextos não dermatológicos.
Os 45 artigos restantes foram avaliados na íntegra, com foco na relevância para a questão norteadora e na qualidade metodológica. Nesta etapa, foram excluídos 19 estudos por não estarem no idioma selecionado e 14 por serem revisões bibliográficas ou sistemáticas.
Finalmente, 12 estudos foram selecionados como base para a revisão sistemática. Esses estudos apresentaram dados consistentes e relevantes sobre as propriedades químicas, bioativas e dermatológicas do açaí, além de evidências sobre sua eficácia em produtos biocosméticos. Esses 12 estudos, foram complementados por outras fontes literárias, incluindo livros e artigos que, embora não tivessem sido capturados na busca inicial, foram considerados essenciais para o contexto e aprofundamento da discussão.
A análise dos estudos foi conduzida de forma descritiva e sistemática, permitindo a identificação das principais características e propriedades do açaí relacionadas à sua aplicação em biocosméticos. No qual se resume no quadro 1, que contém o resumo dos 12 estudos, bases desse artigo, que são complementados com outros estudos.
Quadro 1 Quadro Analítico dos Autores
AUTORES | TIPO DE ESTUDO | TÍTULO | OBJETIVOS | RESULTADOS E CONCLUSÕES |
Alavarsa- Cascales et al. (2022) | Estudo experimental | Optimization of an enzyme-assisted extraction method for the anthocyanins present in Açai (Euterpe oleracea Mart.) | Otimizar o método de extração assistida por enzima para antocianinas presentes no açaí (Euterpe oleracea Mart.) | A extração eficiente das antocianinas aumenta o potencial do açaí como ingrediente bioativo em cosméticos |
Aliaño- González et al. (2020) | Estudo experimental | Extraction of anthocyanins and total phenolic compounds from açai (euterpe oleracea mart.) using an experimental design methodology. part 1: Pressurized liquid extraction | Desenvolver e validar novos métodos de extração por líquido pressurizado para o estudo de antocianinas totais e compostos fenólicos totais no açaí | Os métodos desenvolvidos mostraram alta precisão, com desvios padrões relativos (RSD) menores que 5%. A aplicabilidade dos métodos foi avaliada com sucesso em amostras reais. Concluindo, dois métodos rápidos e confiáveis de extração de PLE para serem usados por laboratórios e indústrias para determinar antocianinas e compostos fenólicos totais em açaí e seus produtos derivados foram desenvolvidos neste trabalho. |
Castro et al. (2020) | Estudo clínico | The effect of acai (Euterpe oleracea Mart.) intake on the atherosclerosis inflammatory mediators (sCD40L e CCL5) in apparently healthy women | Avaliar o efeito do consumo de açaí (Euterpe oleracea Mart.) em mediadores inflamatórios da aterosclerose em mulheres saudáveis | O consumo de açaí reduziu mediadores inflamatórios, indicando potencial uso em produtos dermatológicos anti-inflamatórios |
Colares et al. (2021) | Estudo experimental | Optimization of bioprocess of Schleiferilactobacillu s harbinensis Ca12 and its viability in frozen Brazilian berries (Açai, Euterpe oleracea Mart.) | Otimizar o bioprocesso de Schleiferilactobacill us harbinensis Ca12 e sua viabilidade em frutas brasileiras congeladas (Açaí, Euterpe oleracea Mart.) | O bioprocesso melhorado manteve a viabilidade dos compostos ativos do açaí, sugerindo aplicações em biocosméticos |
Costa et al. (2023) | Estudo experimental | Synthesis and Evaluation of the Preliminary Stability of White Clays Containing Açaí (Euterpe oleracea) and Acerola (Malpighia emarginata) Powder for Topical use | Avaliar a estabilidade preliminar de argilas brancas contendo açaí e acerola para uso tópico | As formulações com açaí mostraram-se estáveis e promissoras para uso tópico |
Cunha-Silva et al. (2024) | Estudo experimental | Enhancing the Extraction of Phenolic Antioxidants from Amazonian Assai (Euterpe oleracea Martius) Fruit Waste through Response Surface Methodology Optimization | Otimizar a extração de antioxidantes fenólicos de resíduos de açaí usando metodologia de superfície de resposta | A otimização da extração aumentou a eficiência dos compostos bioativos, reforçando o uso potencial em cosméticos |
Darnet et al. (2023) | Estudo experimental | Elucidating the Mesocarp Drupe Transcriptome of Açai (Euterpe oleracea Mart.): An Amazonian Tree Palm Producer of Bioactive Compounds | Elucidar o transcriptoma do mesocarpo da drupa de açaí (Euterpe oleracea Mart.), focando em compostos bioativos | Identificou-se a expressão de genes relacionados a compostos bioativos com potenciais aplicações dermatológicas |
Dos Santos et al. (2022) | Estudo experimental in vivo | Açaí (Euterpe oleracea Mart.) attenuates oxidative stress and alveolar bone damage in experimental periodontitis in rats | Avaliar o efeito do açaí (Euterpe oleracea Mart.) no estresse oxidativo e danos ósseos alveolares em periodontite experimental em ratos | O açaí atenuou o estresse oxidativo e os danos ósseos, sugerindo potencial uso em produtos para regeneração e proteção da pele |
Garbossa; Campos (2016) | Estudo experimental | Euterpe oleracea, Matricaria chamomilla, and Camellia sinensis as promising ingredients for development of skin care formulations | Avaliar o potencial de Euterpe oleracea, Matricaria chamomilla e Camellia sinensis em formulações para cuidados com a pele | Euterpe oleracea (açaí) mostrou-se promissor para hidratação e proteção da pele |
Matta et al. (2020) | Estudo de caracterizaçã o | Chemical composition and bioactive properties of commercial and noncommercial purple and white açaí berries | Analisar a composição química e as propriedades bioativas das variedades comerciais e não comerciais de açaí roxo e branco | Constatou-se que o açaí roxo possui maior concentração de antioxidantes, útil para formulações cosméticas e dermatológicas |
Ramos et al. (2022) | Estudo experimental in vivo | Chemoprotection mediated by açaí berry (Euterpe oleracea) in white shrimp Litopenaeus vannamei exposed to the cyanotoxin saxitoxin analyzed by in vivo assays and docking modeling | Avaliar a quimioproteção mediada por açaí em camarões-brancos expostos a saxitoxina | O açaí conferiu proteção antioxidante, sugerindo aplicação em produtos de proteção da pele |
Santos et al. (2024) | Estudo experimental de caracterizaçã o lipídica | Lipids from the purple and white açaí (Euterpe oleracea Mart) varieties: nutritional, functional, and physicochemical properties | Analisar as propriedades nutricionais, funcionais e físico- químicas dos lipídios das variedades roxa e branca do açaí | Os resultados indicaram diferenças significativas nas propriedades entre as variedades, com implicações para o uso diferenciado de cada uma na indústria alimentícia e cosmética, sublinhando o potencial funcional do açaí. |
Propriedades fitoquímica, físico-químicas e farmacológicas do açaí
O açaí (Euterpe oleracea) é um fruto que tem ganhado grande destaque na pesquisa científica devido às suas propriedades nutricionais e farmacológicas (Darnet et al., 2023). Ele é rico em compostos bioativos, como antocianinas, flavonoides e ácidos graxos, que têm mostrado potencial em várias aplicações farmacêuticas e cosméticas. Além disso, os autores destacam que os ácidos graxos presentes no açaí também são conhecidos por promoverem a regeneração celular e a melhoria da elasticidade da pele, características essenciais para retardar o envelhecimento cutâneo
A estrutura química do açaí é dominada por antocianinas, principalmente cianidina-3-glicosídeo, além de ácidos fenólicos e flavonoides. Estes compostos conferem ao açaí suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que são fundamentais em aplicações dermatológicas. Segundo Ramos et al., (2022), as sementes do açaí contêm compostos que demonstram atividades biológicas significativas, como inibição da peroxidação lipídica e neutralização de radicais livres, o que os torna promissores para o desenvolvimento de produtos antienvelhecimento.
As antocianinas são pigmentos naturais pertencentes ao grupo dos flavonoides, uma classe de compostos fitoquímicos amplamente distribuídos em plantas. Elas são responsáveis pela coloração roxa e azulada do açaí e têm potentes propriedades antioxidantes que ajudam a neutralizar radicais livres, prevenindo danos ao colágeno e elastina, proteínas fundamentais para a manutenção da firmeza e elasticidade da pele. (Ramos et al., 2022). A produção de antocianinas nas plantas, como o açaí, ocorre como uma resposta ao estresse ambiental, como exposição à luz UV, ajudando a proteger a planta dos danos oxidativos. No açaí, o principal tipo de antocianina encontrado é a cianidina-3-glicosídeo (Ramos et al., 2022).
Além das antocianinas, os compostos fenólicos presentes no açaí possuem notável ação antioxidante e anti-inflamatória como o observado por Cunha-Silva et al. (2024), que com a otimização dos métodos de extração pode melhorar a recuperação desses antioxidantes de resíduos do fruto, sugerem que os subprodutos do açaí possuem potencial bioativo significativo. De acordo com Dos Santos et al. (2022), essas propriedades antioxidantes também são eficazes na proteção contra o estresse oxidativo e danos ósseos em modelos experimentais de periodontite, o que reforça o valor farmacológico dos compostos fenólicos do açaí para a saúde bucal e inflamações sistêmicas.
Costa et al. (2023) exploraram a incorporação de açaí em formulações tópicas, utilizando argilas brancas como veículo, demonstrando que esses produtos têm uma boa estabilidade preliminar. Os efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios do açaí podem ser benéficos para o cuidado da pele, protegendo-a contra os danos causados por radicais livres e promovendo uma pele mais saudável. Garbossa e Campos (2016) destacam o açaí como um ingrediente promissor para o desenvolvimento de cosméticos naturais, devido à sua capacidade de atuar como antioxidante e de melhorar a saúde da pele.
O anel aromático, em fenólicos encontrados no mesocarpo do açaí, desempenha um papel fundamental na formulação de protetores solares, sendo um dos principais componentes responsáveis pela absorção e dissipação da radiação UV. Sua estrutura química confere uma alta capacidade de estabilização dos radicais livres, protegendo a pele contra os danos causados pela exposição solar prolongada, essas substâncias também melhoram a aparência da pele, reduzindo a formação de rugas e manchas, problemas comumente associados à exposição solar prolongada (Darnet et al., 2023).
Darnet et al. (2023) enfatizam a importância do transcriptoma do mesocarpo do açaí para a compreensão dos compostos bioativos presentes na fruta. O estudo revelou uma série de genes envolvidos na biossíntese de compostos secundários, como antocianinas e lipídios. Essa abordagem genômica oferece uma perspectiva valiosa para otimizar a produção de fitoquímicos de interesse, especialmente em escalas industriais, permitindo que os benefícios do açaí sejam amplamente aplicados nas indústrias de alimentos e cosméticos.
Fisicamente, o açaí tem características distintas que podem afetar suas aplicações. O açaí apresenta uma maior viscosidade e conteúdo lipídico principalmente no mesocarpo que Santos et al. (2024) argumenta ser benéfico para a formação de emulsões estáveis, essenciais em cremes e loções. O mesocarpo do açaí, ou seja, sua polpa, é particularmente rico em lipídios, conferindo ao fruto uma elevada viscosidade e densidade. Os ácidos oleico e o linoleico, são fundamentais para manter a integridade da pele e proteger contra fatores ambientais agressivos, sendo amplamente utilizados em cosméticos com foco em hidratação e recuperação. Destacando ainda que, esses ácidos graxos atuam prevenindo a perda de água pela epiderme, auxiliando na retenção de umidade e, consequentemente, prevenindo a desidratação da pele e promovendo hidratação prolongada (Santos et al. 2024; Darnet et al. 2023)
Colares et al. (2021) destacam que a viscosidade e o conteúdo lipídico presentes no mesocarpo são essenciais na formulação de produtos que visam a nutrição e reparo da pele, fornecendo uma base rica em compostos naturais que favorecem a proteção cutânea. Essa característica física é destacada pelos autores como essencial na aplicação de cosméticos, pois influencia diretamente a textura e espalhabilidade de cremes e loções, permitindo que esses produtos formem uma camada protetora sobre a pele, melhorando a hidratação e a absorção de nutrientes.
Costa et al. (2023) apontam que o açaí pode ser mais eficaz em formulações antioxidantes devido ao seu perfil lipídico e maior concentração de compostos fenólicos totais, enquanto Alavarsa-Cascales et al. (2022) enfatizam a necessidade de autenticidade e pureza do açaí para garantir esses benefícios, destacando a importância da rastreabilidade na cadeia de produção. Além disso, os ácidos graxos presentes no açaí também são conhecidos por promoverem a regeneração celular e a melhoria da elasticidade da pele, características essenciais para retardar o envelhecimento cutâneo
A estabilidade dos compostos bioativos também é influenciada pelo processamento e armazenamento. Estudos como o de Colares et al. (2021) indicam que o processamento de açaí em baixas temperaturas pode preservar melhor os compostos antioxidantes, enquanto altas temperaturas tendem a degradar as antocianinas e outros flavonoides. Esse conhecimento é essencial para o desenvolvimento de formas farmacêuticas eficazes e estáveis ao longo do tempo.
No contexto do envelhecimento cutâneo, Dos Santos et al. (2022) relatam que a aplicação tópica de antioxidantes derivados do açaí pode melhorar a aparência da pele envelhecida ao aumentar a produção de colágeno e elastina, além de reduzir a profundidade das rugas. Esses efeitos são amplamente atribuídos à ação combinada de antocianinas e ácidos graxos essenciais presentes no fruto.
Eficácia do uso do Açaí em diversas condições dermatológicas
As propriedades bioativas do açaí são amplamente atribuídas aos altos níveis de antocianinas, flavonoides e outros compostos fenólicos presentes em sua composição. Estudos como o de Alavarsa-Cascales et al. (2022) e Aliaño-González et al. (2020) destacam a alta capacidade antioxidante dessa fruta, que é crucial na prevenção do estresse oxidativo, um fator importante no desenvolvimento de lesões e ou condições dermatológicas. Como citado anteriormente, essa capacidade antioxidante pode ajudar a neutralizar os radicais livres, protegendo as células da pele de danos que podem levar a condições como o envelhecimento precoce e o câncer de pele.
A psoríase é um distúrbio cutâneo crônico, o potencial uso do açaí no seu tratamento tem sido objeto de estudo em várias pesquisas recentes. De acordo com Castro et al. (2020), os compostos antioxidantes presentes no açaí podem ajudar a reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, fatores que desempenham um papel central na patogênese da psoríase. Essa ação anti-inflamatória é reforçada pelos estudos de Costa et al. (2023), que indicam que a combinação de açaí com outros compostos pode potencializar seus efeitos terapêuticos.
A dermatite atópica é outra lesão cutânea que pode se beneficiar do uso de açaí. Alavarsa-Cascales et al. (2022) discutem que o consumo regular de açaí pode ajudar a atenuar os sintomas da dermatite atópica devido às suas propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras. Isso ocorre porque os compostos presentes no açaí ajudam a reduzir a produção de citocinas inflamatórias, que são conhecidas por exacerbar os sintomas dessa patologia cutânea.
A acne é uma condição cutânea comum que resulta da inflamação dos folículos pilosos e das glândulas sebáceas. Estudos como o de Garbossa; Campos (2016) sugerem que o açaí pode ser um tratamento eficaz para a acne devido às suas propriedades antioxidantes e antimicrobianas. O açaí ajuda a combater as bactérias causadoras da acne, como o Propionibacterium acnes, ao mesmo tempo em que reduz a inflamação associada às lesões acneicas.
O envelhecimento cutâneo, causado pela exposição a fatores como radiação UV e poluição, é uma preocupação crescente, e o açaí tem sido estudado por seu potencial em retardar esse processo. De acordo com estudos como os de Santos et al. (2024), o açaí pode ajudar a proteger a pele contra os danos causados pelos radicais livres e pela radiação UV, devido à sua alta concentração de antioxidantes.
O açaí também tem sido explorado como um potencial agente terapêutico na cicatrização de feridas. Cunha-Silva et al. (2024) demonstraram que extratos de açaí podem acelerar o processo de cicatrização em modelos experimentais, possivelmente devido à sua capacidade de estimular a produção de colágeno e reduzir a inflamação local. Esse efeito pode ser particularmente útil no tratamento de feridas crônicas, como úlceras diabéticas.
O estresse oxidativo é um fator importante no desenvolvimento de várias alterações na pele, incluindo vitiligo, dermatite seborreica e câncer de pele. O açaí, devido à sua alta concentração de antioxidantes, tem sido sugerido como uma terapia complementar para essas condições (Castro et al., 2020).
Tanto o açaí demonstra fortes efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, que são benéficos no tratamento de vários problemas dermatológicos. Ramos et al. (2022) sugerem que o açaí pode ter um efeito anti-inflamatório mais pronunciado, especialmente em condições onde o estresse oxidativo é um fator chave.
Formas de Uso do Açaí na Estética e o Mercado desses Biocosméticos
As formas farmacêuticas do açaí variam de extratos líquidos e secos a emulsões e géis, com cada forma apresentando vantagens específicas. Aliaño-González et al. (2020) destacam que a extração de antocianinas do açaí por métodos de extração líquida pressurizada (PLE) resulta em compostos altamente concentrados que podem ser utilizados em formulações tópicas para potencializar os benefícios antioxidantes.
Castro et al. (2020) destaca a importância dos recursos ergogênicos nutricionais do bioma brasileiro, com ênfase nos ativos derivados de plantas como o açaí. Esses autores sugerem que o açaí possui um perfil único de nutrientes e compostos bioativos, incluindo antocianinas, flavonoides e ácidos graxos, que contribuem para suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Tais propriedades são cruciais na formulação de biocosméticos, onde o objetivo é prevenir o envelhecimento precoce e promover a regeneração cutânea.
Esta perspectiva é complementada por estudos como o de Costa et al. (2023), que avaliaram a estabilidade preliminar de argilas brancas contendo açaí e acerola em pó para uso tópico. Os resultados indicaram que a combinação de açaí com outros compostos naturais pode aumentar a eficácia dos produtos cosméticos, proporcionando benefícios adicionais, como clareamento da pele e aumento da firmeza.
A indústria farmacêutica e de suplementos alimentares tem explorado intensamente o açaí, formulando uma variedade de produtos, incluindo cápsulas, comprimidos, pós solúveis, extratos líquidos e até formulações tópicas. AlavarsaCascales et al. (2022) destacam que o açaí é amplamente utilizado em formas farmacêuticas como cápsulas e comprimidos, devido à sua alta concentração de antocianinas, que possuem propriedades antioxidantes significativas. Por outro lado, Costa et al. (2023) argumentam que o uso de resíduos de frutas, como o açaí, em formulações tópicas tem mostrado grande potencial no tratamento de desordens cutâneas, devido às suas propriedades anti-inflamatórias.
Essas diferentes formas de utilização refletem a versatilidade do açaí como ingrediente bioativo. Enquanto Aliaño-González et al. (2020) apontam que o processo de extração pressurizada de antocianinas de açaí é ideal para a produção de extratos líquidos de alta potência, Dos Santos et al. (2022) observam que o uso de extratos secos em cápsulas garante uma melhor conservação das propriedades antioxidantes ao longo do tempo. A divergência entre os autores sobre a forma ideal de utilização dos compostos bioativos do açaí reflete a complexidade de se otimizar a entrega desses compostos em diferentes formas farmacêuticas.
A eficácia das formas farmacêuticas formuladas com açaí é um tema amplamente debatido na literatura científica. Santos et al. (2024) sugerem que a biodisponibilidade dos compostos bioativos do açaí, quando consumido em cápsulas, é superior à de outras formas, como o pó solúvel, devido à maior estabilidade dos compostos durante o processo digestivo. Contrapondo essa visão, Costa et al. (2023) argumentam que as formulações tópicas, como cremes contendo extratos de açaí, apresentam um potencial terapêutico elevado no tratamento de condições dermatológicas, como a psoríase, por permitirem uma aplicação direta nos locais afetados.
Santos et al. (2024) nos diz que a administração oral de cápsulas de açaí pode contribuir significativamente para a redução de marcadores inflamatórios sistêmicos, uma vez que os compostos bioativos são eficazmente absorvidos pelo trato gastrointestinal. Entretanto, a revisão de Ramos et al. (2022) sugere que a eficácia das formas tópicas deve ser mais explorada, especialmente no contexto de proteção cutânea contra radicais livres, onde os antioxidantes do açaí podem neutralizar os efeitos prejudiciais da exposição ao ambiente.
Costa et al. (2023) conduziram um estudo sobre o efeito de um formulado desenvolvido com guaraná e semente de açaí em modelos experimentais pós-cirúrgicos, investigando a reparação in vitro e in vivo. Os achados revelaram que o açaí, quando combinado com outros ativos naturais, potencializa a regeneração tecidual e reduz a inflamação, sugerindo sua aplicabilidade em tratamentos pós-operatórios e cicatrização de feridas. Este estudo é um exemplo claro de como o açaí pode ser incorporado em formulações para melhorar a saúde da pele, particularmente em situações que exigem rápida regeneração celular.
Além disso, Ramos et al. (2022) avaliaram a capacidade antioxidante e os efeitos protetores de um antioxidante tópico que continha açaí como um dos ingredientes principais. Os resultados indicaram que a inclusão de açaí em formulações cosméticas aumenta a defesa da pele contra o estresse oxidativo, um fator chave no envelhecimento cutâneo. Isso reforça a ideia de que o açaí pode ser um componente vital em produtos que retardam o envelhecimento.
As divergências observadas entre os estudos podem ser atribuídas a diferenças metodológicas na extração e análise dos compostos bioativos. Cunha-Silva et al. (2024) sugerem que o método de extração assistida por enzimas é o mais eficiente para maximizar a extração de antocianinas do açaí, resultando em extratos com maior atividade antioxidante.
A análise comparativa de Dos Santos et al. (2022) reforça também a importância da escolha do método de extração na eficácia dos produtos. A extração por solventes convencionais, embora mais acessível, pode não preservar a integridade dos compostos sensíveis ao calor e ao oxigênio, como as antocianinas e os ácidos graxos, afetando a eficácia dos produtos. Darnet et al. (2023) defendem a extração enzimática como uma alternativa que, além de eficiente, é ambientalmente mais sustentável, um fator cada vez mais relevante na indústria farmacêutica.
Matta et al. (2020) destacam que o açaí possui um perfil mais balanceado de ácidos graxos, antocianinas e fitosteróis, o que o torna mais versátil para diferentes aplicações, desde a suplementação nutricional até o uso cosmético.
Em contraste, Santos et al. (2024) sugerem que o açaí, com seu perfil lipídico mais rico, pode ser preferível em formulações voltadas para a saúde cardiovascular e proteção contra o estresse oxidativo. Além das aplicações farmacêuticas, o açaí tem sido amplamente utilizado em cosméticos, principalmente devido às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Garbossa; Campos (2016) complementam essa visão, destacando a eficácia dos antioxidantes derivados do açaí em produtos tópicos destinados à proteção contra danos causados por radicais livres e envelhecimento precoce da pele.
O mercado para produtos farmacêuticos e cosméticos formulados com açaí está em crescimento, impulsionado pela demanda por produtos naturais e sustentáveis. Além disso, o estudo de Santos et al. (2024) destaca os efeitos biológicos dos extratos de Euterpe oleracea, enfatizando seu potencial em proteger a pele contra danos oxidativos, uma propriedade essencial para a prevenção do envelhecimento cutâneo. Essa característica antioxidante é reforçada por Ramos et al. (2022) que discutem como o açaí pode atuar na prevenção de lesões cutâneas relacionadas ao estresse oxidativo, incluindo aquelas que afetam a pele.
A viabilidade de utilizar o açaí em biocosméticos também depende dos métodos de extração e da estabilidade dos compostos bioativos. Este estudo é complementado por Alavarsa-Cascales et al. (2022), que otimizaram um método de extração assistida por enzimas para obter antocianinas do açaí, evidenciando a importância de técnicas avançadas para maximizar os benefícios dos ingredientes naturais.
5 CONCLUSÃO
O açaí (Euterpe oleracea Mart.) tem se mostrado um ingrediente valioso no setor de biocosméticos, graças à sua rica composição de compostos bioativos, como antocianinas, flavonoides e ácidos graxos essenciais. Essas substâncias desempenham um papel crucial em produtos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, propriedades regenerativas e hidratantes, que contribuem para a firmeza e clareamento da pele, além de prevenir danos causados por radicais livres, que ajudam a combater o envelhecimento precoce e tratar diversas condições dermatológicas, como psoríase e dermatite atópica. Além disso, as formas farmacêuticas disponíveis, como extratos líquidos e cápsulas, aumentam sua versatilidade e eficácia, destacando o potencial do açaí na estética e dermatologia.
Sua aplicação em cremes antienvelhecimento e produtos tópicos para desordens cutâneas realça sua importância como um ingrediente multifuncional, promovendo a saúde da pele e o bem-estar geral. Sugere-se o desenvolvimento e a avaliação de novas formas farmacêuticas inovadoras de açaí, como nanocápsulas e sistemas de liberação controlada, visando maximizar a absorção e a eficácia dos compostos bioativos em aplicações dermatológicas e cosméticas. A padronização dos extratos de açaí é fundamental para garantir a consistência e a eficácia dos produtos cosméticos, assegurando que os benefícios terapêuticos sejam otimizados. No entanto, a eficácia dos produtos à base de açaí pode variar conforme a forma farmacêutica e a condição dermatológica a ser tratada.
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